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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

​ALGODÃO PELO MUNDO #51/2022

23 de Dezembro de 2022

-  Destaque da Semana – Impactadas por fatores macroeconômicos, as cotações subiram bem no início da semana, com Mar/23 chegando a quase 90 U$c/lp.  Entretanto, a fraqueza na demanda voltou a pesar e ontem tivemos limite de baixa.  Mesmo assim, o saldo foi positivo nos últimos 7 dias.



- Algodão em NY 1 – O contrato Mar/23 fechou ontem a 84,30 U$c/lp (+4,04%).



- Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 81,07 U$c/lp (+1,8%) e o Dez/24 a 77,08 (+0,26%) para a safra 2023/24.



- Preços (22/12), o algodão brasileiro estava cotado a 105,25 U$c/lp (+675 pts) para embarque em Jan/Fev-23 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para embarque em Out-Nov/23 a referência do preço fechou também em 102,50 U$c/lp (+400 pts).



- Altistas 1  Dados divulgados esta semana mostram que a confiança do consumidor dos EUA está acima esperado para dezembro.  Este resultado contribuiu para alta nos mercados financeiros e naturalmente deu suporte à alta do algodão.



- Altistas 2  A safra da Índia, maior produtor do mundo, está ficando cada vez menor.  Esta semana, a Cotton Association of India (CAI) reduziu* sua previsão de produção para pouco menos de 5,78 milhões de toneladas, mas analistas acreditam que o número pode ser menor.



- Baixistas 1  O relatório de vendas dos EUA trouxe números decepcionantes esta semana.  As vendas líquidas foram negativas, pois houve cancelamentos de 36 mil toneladas de vendas por empresas chinesas.



- Baixistas 2  Apesar anúncio do PIB dos EUA ter crescido a uma taxa anual de 3,2%, bem acima do nível esperado de 2,9%, o mercado interpretou de maneira negativa o número.  As bolsas caíram porque a visão é que o Fed poderá ter que adotar remédios mais amargos contra inflação.



- China 1 – Após a repentina mudança de rumos do governo em relação ao controle da doença no país, casos de Covid estão se espalhando por toda a China.  O governo local estima que em torno de 248 milhões de pessoas (quase 1/5 da população) pegou o vírus somente este mês, no maior surto de Covid do mundo.



- China 2 – A nova abordagem do governo em relação à Covid foi muito bem recebida pela indústria têxtil. No curto prazo, entretanto, o rápido avanço da doença preocupa.



- China 3 – As ruas estão mais vazias que na época dos lockdowns, mas os hospitais estão cheios.  O governo não tem divulgado o número de mortos, mas consultorias independentes estimam que em torno de 5 mil pessoas estejam perdendo a vida por dia.



- China 4 – Voltando ao algodão, a colheita está praticamente concluída na China e beneficiamento no país já ultrapassou 60%, conforme relatado pela China National Cotton Exchange esta semana.



- Intenção de Plantio – O contrato Dez/23 ultrapassou esta semana 80 U$c/lp e melhorou as expectativas de retorno ao produtor.  Este número será monitorado de perto pelos produtores americanos que estão decidindo a área a ser plantada a partir de março. Lembrando que no início deste ano o contrato de dezembro de 2022 já havia ultrapassado a marca de 1 dólar por libra-peso.



- Cotton BR 1 - O Cotton Brazil, da Abrapa, com apoio da Apex Brasil e ANEA, divulgou o resumo dos resultados no biênio 2021-2022. O programa objetiva a promoção do algodão brasileiro nos mercados globais, especialmente na Ásia.



- Cotton BR 2 - Nos anos de 2021 e de 2022, o Cotton Brazil realizou quatro missões e 36 eventos internacionais, atingindo um público qualificado de mais de 4,4 mil pessoas.



- Cotton BR 3 - O Brasil atualmente é o 2º maior exportador global de algodão, com US$ 3,2 bilhões de receitas e 1,7 milhão de toneladas exportadas no último ciclo.



- Agenda - A bolsa de NY estará fechada na segunda-feira com o feriado de Natal.



- Exportações - De acordo com dados do Ministério da Economia, o Brasil exportou 97,5 mil tons de algodão até a terceira semana dezembro/22. A média diária de embarque foi 30,9% inferior quando comparado com dezembro/21.



- Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (22/12):  BA (97%); GO (100%); MA (76%), MS (100%); MT (99%); MG (100%); SP (100%); PI (100%); PR (100%). Total Brasil: 98% beneficiado.



- Semeadura 2022/23 - Até ontem (22/12): SP (74%), GO (76%), MS (49%), MT (3%), BA (70%), MG (70%),PI (27%), PR (85). Total Brasil: 20% semeado



- Faremos uma pausa nas próximas duas semanas e nosso próximo boletim será 13/Jan/23


 


🎄 Boas Festas – Feliz Natal e um 2023 repleto de paz, saúde e realizações!



Preços - Consulte tabela abaixo ⬇



Boletim Algodao pelo Mundo 51.jpeg


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Abrapa é laureada pelo BB com troféu comemorativo aos R$ 300 bilhões alcançados pela instituição financeira em sua carteira de crédito rural

​Evento se realizou em Brasília, na sede da instituição, e reuniu parceiros do setor

21 de Dezembro de 2022

Banco do Brasil alcançou R$ 300 bilhões em sua carteira de crédito rural. O volume é considerado pela instituição uma marca histórica, e mostra o reposicionamento do banco perante o mercado. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, esteve presente na cerimônia e recebeu troféu alusivo às comemorações do BB pela meta alcançada. O evento foi em Brasília, nesta quarta-feira, 21. Os cotonicultores e o BB têm parceria de longa data.


"Em dez anos, o BB passou de R$ 100 bilhões para R$ 200 bilhões sua carteira de crédito rural e, em 18 meses, alcançou R$ 300 bilhões. É uma marca impressionante e que se deve ao trabalho e dedicação do presidente da instituição, Fausto de Andrade Ribeiro, toda sua equipe e aos agricultores que fazem do BB um grande parceiro. Certamente, o algodão ajudou muito para que esse volume fosse alcançado em curto espaço de tempo", destacou Busato.


A estratégia envolveu o relacionamento com a ampla rede de clientes da instituição, a criação de novos produtos, a digitalização dos processos e o atendimento especializado ao segmento agroindustrial. Isso sem perder participação entre os clientes pessoa física, que tem representatividade na carteira agro.

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2033 o agro que irá prevalecer já está revelado em 2023

​No campo da ciência e da tecnologia do universo agropecuário, o conhecimento disponível já vive no estado da arte desses agentes

19 de Dezembro de 2022

Qual revelação é esta? Assim me questionaram os alunos do mestrado internacional da Audencia, França/FecapE Brasil. Muito simples por uma ótica óbvia, se escaparmos da hipnose das distrações e generalizações podemos pegar, apalpar e ter evidências comprovadas dos agentes do sistema de agribusiness que já atuam em 2023 como se em 2033 estivéssemos.


Daniel Goleman, criador da inteligência emocional nos aponta que cerca de 11% dos agentes humanos atuam engajados nas forças evolutivas da realidade. Portanto, legítimos antecipadores dos ciclos inexoráveis das mudanças.


Na comemoração dos 40 anos da Embrapa Meio Ambiente em Jaguariúna em dezembro 2022, Marcelo Morandi, ex-chefe, e Paula Packer atual chefe dessa unidade, trataram dessa poderosa perspectiva da "competência antecipatória". Significa demonstrar que na história humana na terra sempre alguns viram antes e anteciparam o que muitos seguiriam tempos à frente.


No campo da ciência e da tecnologia do universo agropecuário, o conhecimento disponível já vive no estado da arte desses agentes do antes, dentro e pós-porteira das fazendas, dos 11% que dominam a competência "antecipatória". Pesquisadores estudando a relação das plantas com os microbiomas sem dúvida irão antecipar o que uma vanguarda fará na gestão desse "deep ESG". Outros dois visionários enxergaram nos anos 1950 uma necessidade fundamental tratando o setor de alimentos como uma cadeia umbilicalmente conectada, batizada de "agribusiness". Foi em Harvard, professores John Davis e Ray Goldberg.


No Brasil, outro gênio do talento antecipatório, Ney Bittencourt de Araújo, então presidente da Agroceres, foi estudar com Ray Goldberg e introduziu no Brasil o conceito de agronegócio. Nascia inspirada pelo Ney a Abag, e o Pensa/ FEA-USP, com dr. Décio Zylbersztajn, tudo isto na virada dos anos 1980 para os 1990.


Então, da mesma forma, conseguimos visualizar hoje algumas cadeias produtivas avançadas na sua coordenação, quando comparamos com a maioria ainda em atritos, desarmonia e numa cacofonia dentro de si mesmas. Renovabio representa um plano inteligentíssimo reunindo a sociedade civil organizada com governo na orquestração da cadeia dos biocombustíveis. Também visualizo na Abrapa, no algodão, um salto positivo a ser seguido por todos nestes próximos 10 anos. A indústria brasileira de árvores, IBA, setor evoluído na sua orquestração também e com muito a contribuir para a imagem do País.


Dessa forma, o que já podemos revelar que será o óbvio para a gigantesca maioria do agro que planeja chegar vivo e próspero em 2033? Vamos a sete pontos verificáveis e acessáveis já à disposição:



1- Gestão de cadeias produtivas, do a do abacate ao z do zebu, com objetivos de cada categoria integrando indústria, comércio, serviços e agropecuária numa sinfonia onde metas, meios, obstáculos e fatores críticos de sucesso estejam compreendidos, responsabilizados e administrados. Não esquecer o consumo per capita mensurado. Uma agroindústria como Caramuru entra com ousadia na logística dos trens e portos, por exemplo. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras), com seu vice-presidente institucional e administrativo Marcio Milan, governa o Rama – rastreabilidade e monitoramento de alimentos ao lado da Paripassu com métricas que ligam consumidores finais a produtores rurais pela segurança e sanidade dos alimentos na hortifruticultura.


O presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos e Bebidas (Abia), João Dornellas, afirma que: "Seremos cada vez mais supermercado do mundo, além de celeiro". Quer dizer vamos produzir e vender muito mais valor agregado.


Nutrientes para a Vida, outra iniciativa que vai ao futuro associando nutrição de plantas e solos a saúde humana, com a Anda. Missão de entidades representativas da sociedade civil organizada com agentes públicos.



2 – Capitalismo consciente das organizações empresariais, conforme as definições de Thomas Eckschmidt, Raj Sisodia e Timothy Henry estão escritas no livro "Capitalismo consciente – guia prático". Já constatamos ações realistas de corporações como a Bayer, num projeto de incluir na tecnologia contemporânea 100 milhões de pequenos agricultores no mundo. A UPL desenvolvendo o conceito pronutiva da saúde vegetal, a Biotrop, Koppert, Índigo, agrichem com bioinsumos, a Nutrien consolidando uma rede de distribuição e um conceito "UP" de extensão tecnológica, a DSM Tortuga numa jornada de capilaridade da saúde animal, a Jacto e sua fundação Shunji Nishimura de tecnologia em Pompeia.


Agropalma, em Tailândia no Pará, um show vivo de responsabilidade social e ambiental. Líderes nos alimentos como Unilever definindo que irão incluir no seu suply chain milhares de pequenos agricultores. Pepsico trazendo e revelando produtoras e produtores de suas batatas para o consumidor final. Iniciativas de produtores rurais com agropecuária sustentável, a pantaneira como exemplo, a marsuriana nascendo agora em Naviraí, Mato Grosso do Sul; a Nestlé apoiando a instalação de biodigestores para produção de biometano nos seus fornecedores de leite; JBS maior do planeta em alimentos criando a campo forte, fertilizantes especiais. Idem BAT Souza Cruz valorizando seus integrados na faixa de 17 mil famílias. A Unesp Jaboticabal com prof. Paranhos em bem-estar animal e Carmen Peres, um símbolo exemplo nacional. Marise Porto também exemplo real do programa agricultura ABC, com ILPF. Esses são apenas alguns exemplos do que já temos em 2023 e que será regra em 2033.



3 – Cooperativismo crescente e abundante. As cooperativas significam a única fórmula realista para a prosperidade de 100% dos seus agentes. A lei dos 11% é dura e, se não houver gestão e pressão educadora, a maioria fica pelo caminho. E o cooperativismo tem como dever supremo não deixar gente pra trás. Pobreza, miséria e fome serão inaceitáveis cada vez mais e, se não forem de forma determinantemente combatidos, os governos serão inapelavelmente destituídos. Portanto, essa governança exigirá cooperativas como plano de Estado. E já as temos hoje? Sim. No mundo e aqui no Brasil à disposição. Reunidas formam o maior faturamento de um bloco empresarial do País, mais de 15 milhões de cooperados. E, onde tem uma cooperativa bem liderada, o IDH da região é superior. Assim como Marcio Lopes presidente da OCB diz: "Cooperativismo é prosperidade". Roberto Rodrigues, embaixador das cooperativas na FAO, acrescenta: "Onde tem cooperativa, tem riqueza; onde não tem cooperativa, tem pobreza". Em 2033 teremos obrigatoriamente a inclusão de milhões de brasileiros nesse sistema, abandonando programas assistencialistas que não emancipam seres humanos. O cooperativismo de crédito tenderá a ter uma participação ascensional no sistema financeiro nacional.



4 – Ciência intensiva aplicada e educada diminuindo desperdícios em todos os sentidos.


Desde saber que plantar uma semente sob temperatura elevada representa desperdiçar parte considerável de seu potencial genético, até uma chegada enorme de nichos e segmentações de originações agrícolas a partir de engenharia genética já com um "design" voltado ao fim específico da transformação agroindustrial, ou nutricional do consumidor final incluindo "accountability" positivo ambiental, iremos ter menos utilização de terras com muita profundidade de consciência no rendimento científico de cada grão já com valor agregado embarcado desde sua concepção. Uma unidade da Cargill, em Bebedouro, produzindo pectina, evidencia o futuro já no presente das grandes tradings, além de containers e navios de 70 mil toneladas de commodities, passam a ser organizações de soluções de ingredientes agroindustriais em pequenas embalagens.


Uma empresa de engenharia mecânica como MWM ao lado de uma cooperativa agroindustrial como Primato, numa intercooperação com demais cooperativas do Oeste paranaense criando uma cooperação agroenergética de biogás já é realidade em 2023. As impressoras 3D e as sínteses da ciência, com "nerd farmers" já existem e farão parte de 2033 que já se evidenciam em 2023. Na educação, a preparação global como a Esalq num acordo com a universidade da China, e nossa experiência com audiência de Nantes num hub agro planetário. Insper, Fia, D Cabral, já existem como exemplos e aqui estão.


Exemplos dignos de menção e em nome deles não esquecer muitos funcionários do ministério da agricultura como Cléber Soares, como Fabiana Alves, sabem tudo o que precisamos fazer nessa rota de 2023 para 2033, assim como a Embrapa e institutos agronômicos.


E o consumo consciente já hoje presente terá na educação dos consumidores uma grande transformação antidesperdício e saudabilidade com 90 mil pontos de vendas dos supermercados sendo transformados em pontos de educação.



5 – Consciência climática e restauração do paraíso natural.


Podemos não concordar com a "guerra pelas percepções humanas" que o tema ambiental propicia, criando bandeiras e sentidos pelo qual "vale a pena viver" num burburinho "cacofônico". Porém, somos agraciados pelo destino e estamos no "cockpit" desse sonho, ou utopia, ou "metaverso" das imaginações humanas. Estamos simplesmente no Brasil, o único país com nome de árvore e com o maior patrimônio vivo do desejo da humanidade, se pudéssemos obter uma convergência de todas essas vozes. Na FGV Agro, no Observatório da Bioeconomia, Daniel Vargas me disse que o potencial de ativos ambientais no mundo somaria o equivalente a cerca de 50% do total do PIB do mundo hoje.


Portanto, voltando aos 11% que possuem a competência antecipatória, Blairo Maggi numa entrevista que me concedeu afirmou: "Nosso negócio é atender nossos clientes. Já fizemos a moratória da soja, iniciativa tomada em 2012, não podemos nadar contra a corredeira, vamos atender clientes para vender e estar 100% com a lei, portanto quem tem a lei ao seu lado não deve temer".


Marcello Brito, ex-presidente da Abag, hoje coordenador acadêmico do agro da fundação Dom Cabral, também participa das iniciativas de orquestrações de empresas conscientes ambientais e participa de uma startup de chocolate amazônico "Demendes". O embaixador Rubens Barbosa, presidente da Abitrigo, também considera vital uma inteligência diplomática brasileira como protagonista da questão mundial e não a reboque ou negando essa discussão. Em 2033 poderemos estar na condição dos "restauradores" desse paraíso, como Jorge Caldeira, Júlia Sekula e Luana Schabib tão bem descrevem no livro "Brasil Paraíso Restaurável". Para isso precisamos dos próximos dois pontos abaixo.



6 – Produtoras e produtores rurais numa nova dimensão de agentes da saúde.


Conversando com Ray Goldberg, ele me disse: "Tejon, alimento agora é sinônimo de saúde, saúde do solo, da planta, animais, água, meio ambiente, pessoas, a saúde da humanidade nasce na originação dos alimentos, entramos num 'health system', um sistema de saúde".


Não vamos chamar mais agricultores, somente de produtores, eles estão acima e além de "bushels" toneladas, arrobas, conteiners, commodities, são agentes essenciais de saúde em todos os sentidos. Um Food citizenship, seria uma "agrocidadania".


Por isso, esses quase 600 milhões de agricultores no planeta terra, cerca de 6 milhões no Brasil, devem e precisam sim ser tratados com elevada consciência de justiça. Enfrentam riscos, fatores incontroláveis em todos os sentidos tanto climáticos, quanto doenças e pragas, fatores de mercados, políticas econômicas, um verdadeiro "festival" de incertezas. E agora mais do que nunca pressionados numa verdadeira "olimpíada" científica e tecnológica com digitalização exigente de sinal, sensores e moderníssima gestão, necessitados de educação, suporte, proteção, pois sabemos filosoficamente que a "tecnologia digital estará sempre a serviço de um mundo cada vez mais analógico", como explica o prof. dr. José Carlos de Souza Jr, do Instituto Mauá de Tecnologia: " Pois entre o 0, e o 0,1111 existe o infinito".


Caberá sim a uma política de estado e a governança de todas as cadeias produtivas desenvolverem algo que já não é novo, porém fundamental, o "fair trade", comércio justo. Contratos que protejam agricultores, ou "agentes da saúde" para que do lado do setor mais arriscado dentre os demais elos do sistema de agronegócio, possam dedicar seu tempo, cérebro, coração e alma para o foco crítico de sucesso de todo complexo: a saúde da produção. E ao lado desta visão, também iremos ver como já vemos em programas excelentes do Sebrae, o desenvolvimento dos "terroir" nacionais, em arranjos produtivos locais, indicação de origem, gerando renda e distribuição de renda em cada município, acrescentando ainda a agricultura local em grandes megalópoles como na própria cidade de São Paulo. Novos entrantes urbanos adentrarão esse universo dos solos, águas, mares e ares do novo agro, numa legítima realidade de um país brasileiro potência agroalimentar, agroambiental, agroenergético, e potência agrohumana.



7 – Não existem países subdesenvolvidos existem países subadministrados (Peter Drucker)


A questão de todas as questões sobre os seis aspectos anteriores reside exatamente na liderança e competência de administração. Significa mitigar os fatores incontroláveis ampliando consideravelmente o planejamento estratégico, efetivar uma "ecogovernança" ao invés de uma subdesenvolvida "egogovernança", a luta dos egos X egos. Segurança alimentar é fundamento de Estado.


Temos exemplos de superação espetaculares no país onde cidades se organizaram através de agentes da sociedade civil, formularam uma coordenação para o desenvolvimento, contrataram consultorias internacionais, decidiram um plano, e ao lado do legislativo, executivo e judiciário conduzem seus municípios acima de todas as medianas nacionais de IDH e comparáveis às melhores cidades do planeta.


Temos linhas mestras disponíveis para isso, por exemplo, numa imaginável orquestração das confederações nacionais empresariais, das federações, e nos municípios de suas representações. Ao contrário do jogo perde perde, de um segmento contra o outro, partimos para a convergência das decisões ganha ganha, onde o potencial existente é estupidamente maior do que a demanda corrente. Confederações, uni-vos.


Então, para isso, precisamos dos demais 89% dos percentuais de Daniel Goleman mencionados no início deste artigo. 11% engajados e donos de capacidade antecipatória. Enxergam e atuam antes. Em seguida teríamos 19% que poderiam imitar e seguir esses 11%, entretanto os próximos 50% são acomodados como turistas passando tempo no planeta e os restantes 20% formam a legião dos "terroristas", falando mal de tudo e de todos. A liderança ecológica, a ecogovernança, para 2033 precisará atrair os indiferentes, e oferecer causas nobres para que a raiva dos detratores terroristas possa ser transmutada em lutas bravas e dignas pelo aperfeiçoamento das legítimas imperfeições.


Igualmente, essas lideranças já existem, nós as temos, precisamos apenas de lhes dar muito mais visibilidade e poder de comunicação. Nesta próxima década, um fator específico decisivo para obtermos maior ou menor velocidade nesta jornada para o paraíso restaurável está sob responsabilidade da mídia ética e consciente de seu papel civilizatório.


Enquanto escrevo este trigo, Pedro de Camargo Neto, um legítimo líder do agro brasileiro está ao lado de Ray Goldberg (96 anos), lá em Harvard participando do Papsac, uma reunião anual com a diversidade de líderes do sistema agroindustrial, incluindo seus críticos. E os temas sendo debatidos hoje na virada 2022/23 são:



1 – agricultores e a mudança climática;


2 – agricultores, comércio e regulações;


3 – preferência dos consumidores, nutrição e segurança dos alimentos. Tema este último com total aderência ao ITAL, instituto de tecnologia de alimentos, à disposição.



Precisamos de liderança, aqui vai para o Instituto Pensar Agro (IPA), com Nilson Leitão, uma janela da boa esperança na rota 2023 para 2033. Idem para as mulheres do agro (CNMA) e a juventude (Yami).


O PIB do país pode dobrar de tamanho. Para isso, o PIB do agro precisa também dobrar de tamanho. Relacionar e vincular uma coisa a outra é parte da responsabilidade de líderes se comprometerem e assumirem.


Em junho de 2023, um grande evento acontecerá na cidade de São Paulo, a capital do capital do agronegócio nacional. Será o Brasil Agribusiness onde esses sete aspectos estarão evidenciados rumo a 2033.


"Tudo seria fácil não fossem as dificuldades" (Barão de Itararé). Nunca foi. Mas as forças criadoras sempre vencem e superam as energias das entropias destruidoras. O agro 2033 já existe em parte aqui em 2023, questão de foco e seremos muito melhores, todos, não alguns. Não temos tempo a perder, o jogo é cada vez mais veloz.


(Os exemplos mencionados neste artigo são apenas extratos que abrem pistas para os leitores investigarem o que já temos de realidade hoje que nos permite visualizar os próximos 10 anos. São abundantes as iniciativas inovadoras e sistêmicas de um "design thinking" já em andamento, com notáveis brasileiros responsáveis trabalhando. O presente é o resultado do futuro.)



Leia mais: 2033 o agro que irá prevalecer já está revelado em 2023 - Canal Agro Estadão (estadao.com.br)


Mídia: Canal Agro Estadão – 15/12/2022

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Acordo de Cooperação Técnica entre Abrapa e Banco do Brasil é assinado

​Parceria foi formalizada mediante assinatura do acordo pelos presidentes do BB, Fausto Ribeiro, e da Abrapa, Júlio Cézar Busato

16 de Dezembro de 2022

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e o Banco do Brasil celebraram, na quinta-feira, 15, Acordo de Cooperação Técnica destinado a estreitar cooperação para o desenvolvimento de soluções voltadas a apoiar o crescimento sustentável da cadeia do algodão. A parceria foi formalizada mediante assinatura do acordo pelos presidentes do Banco do Brasil (BB), Fausto Ribeiro, e da Abrapa, Júlio Cézar Busato.


A partir do compartilhamento de dados, informações e conhecimentos, as entidades buscarão estruturar e modelar condições diferenciadas e incentivos financeiros para contratação de financiamentos e geração de recursos para atendimento dos produtores com certificação e rastreabilidade da sua produção, fomentando o desenvolvimento das práticas ASG no campo.


Busato destacou a importância da iniciativa que chancela a produção responsável do algodão brasileiro concedendo o benefício do crédito. "É importante o aceno do BB à cotonicultura e um reconhecimento do nosso trabalho. O ABR é o programa de sustentabilidade mais completo em nível mundial, pois para ter a certificação, o produtor tem de cumprir 100% do Código Florestal brasileiro – e atualmente só o Brasil possui este Código em vigor, além disso, cumpre com todas as determinações da legislação trabalhista brasileira e com as recomendações da OIT. Iniciamos o programa ABR há 10 anos e nos orgulhamos muito dele. Os frutos estão sendo colhidos com o reconhecimento da nossa fibra mundialmente", afirmou Busato.


A Abrapa é reconhecida internacionalmente na promoção de iniciativas voltadas para a produção sustentável de algodão no Brasil, com destaque para as ações de certificação e rastreabilidade dos produtores e propriedades, em especial o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR).


O Banco do Brasil, maior financiador do agronegócio brasileiro e reconhecido como o banco mais sustentável do mundo, conta com uma carteira de R$ 286 bilhões atendendo toda a cadeia do agronegócio, desde o pequeno produtor familiar até as empresas que atuam antes e depois da porteira.

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Busato reforça a necessidade de união do setor para que o Brasil alcance a liderança em exportações de algodão

Pronunciamento foi durante posse de Haroldo Rodrigues da Cunha, na presidência da Associação Goiana dos Produtores de Algodão e do Instituto Goiano de Agricultura

16 de Dezembro de 2022

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) esteve presente na posse de Haroldo Rodrigues da Cunha, oficialmente designado presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão e do Instituto Goiano de Agricultura, para o biênio 2023-2024. O atual mandatário da Abrapa, Júlio Busato, e seu sucessor para o biênio 2023-2024, Alexandre Schenkel, prestigiaram a solenidade de posse que ocorreu durante o jantar de confraternização na quinta-feira, 15 de dezembro, em Goiânia.


Em sua manifestação, Busato reforçou a necessidade de união entre os produtores, começando pelas associações estaduais e a Abrapa. "O que nos trouxe até aqui e fez do algodão brasileiro um sucesso mundial foi mostrar as vantagens da nossa produção, seja em qualidade ou sustentabilidade. Temos uma grande oportunidade pela frente, mas precisamos seguir trabalhando porque vale a pena lutar por aquilo que queremos conquistar. Muito em breve alcançaremos a liderança na exportação de algodão", salientou.


Na ocasião, a Agopa evidenciou a recente conquista da ISO 17025, a certificação do Programa Nacional de Classificação de Algodão, ação de parceria da Abrapa com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimentos (Mapa) e os investimentos no laboratório de classificação da fibra, entre outras ações. Homenagens de despedida e declarações de boas-vindas compuseram o contexto solene.


Ao discursar, Haroldo Rodrigues da Cunha destacou o trabalho feito por Carlos Alberto Moresco e os demais integrantes da diretoria, enaltecendo as ações que levaram o setor a crescer e conquistar cada vez mais mercados. Ele lembrou que, em 2004, quando foi presidente da Agopa, o Brasil consumia 700 mil toneladas de algodão/ano, montante que permanece até hoje. "Não fossem as iniciativas da Abrapa, em parceria com as estaduais e os produtores, para ganhar mercados, o setor estaria estagnado."


O evento contou com a presença do secretário de Agricultura de Goiás, Tiago Mendonça e de políticos de Goiás, além de líderes de entidades representativas do agronegócio, produtores, traders, parceiros, equipes e convidados.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #50/2022

16 de Dezembro de 2022

-  Destaque da Semana – Esta semana o mercado terminou como começou, após digerir vários dados, incluindo relatório do USDA, redução no ritmo de aumento dos juros nos EUA e notícias de aumento de Covid na China.


- Algodão em NY 1 – O contrato Mar/23 fechou ontem a 81,03 U$c/lp (+0,22%).


- Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 79,64 U$c/lp (+2,06%) e o Dez/24 a 76,88 (+2,59%) para a safra 2023/24.


- Preços (15/12), o algodão brasileiro estava cotado a 98,50 U$c/lp (-175 pts) para embarque em Dez/22-Jan/23 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para embarque em Out-Nov/23 a referência do preço fechou também em 98,50 U$c/lp (+50 pts).


- Baixistas 1  O USDA oficializou em seu último relatório a previsão de retração no consumo global de algodão no ciclo 2022/23. A projeção foi reduzida em 708 mil toneladas em comparação ao relatório no mês passado. A redução já era esperada e o consumo projetado para 22/23 agora é 24,3 milhões tons.


- Baixistas 2  Apesar do Banco Central dos EUA (Fed) ter reduzido o ritmo de alta de juros, elevando a taxa básica dos EUA esta semana em 0,5 ponto percentual (p.p.), contra altas de 0,75 p.p. nas últimas quatro reuniões, o Fed sinalizou que os aumentos devem continuar e prevê juros em 5,1% em 2023.


- Baixistas 3  A esperada recuperação na atividade econômica na China após flexibilização das políticas de combate à Covid no país está comprometida no curto prazo pois a doença se espalha rapidamente nas principais cidades do país.


- Baixistas 4  Na capital Pequim, por exemplo, onde a doença só chegou com força agora, o cenário no momento é de uma cidade fantasma, com lojas fechadas e restaurantes vazios.


- Altistas 1  O atual surto de Covid na China fez dois importantes bancos (UBS e ANZ) reduzirem suas previsões de crescimento da China de 3,1% para 2,7%.  Por outro lado, para 2023 os bancos esperam que a economia volte a crescer em torno de 5% ao ano.


- Altistas 2  Com altos custos de insumos e preços mais baixos do algodão em relação aos preços das commodities concorrentes (soja e milho), é provável que haja uma área menor de algodão em 2023/24 no principal exportador mundial - EUA.


- Paquistão - A atual safra de algodão do Paquistão, que foi afetada por fortes chuvas e inundações, continua surpreendendo negativamente. Nos primeiros quatro meses da safra, os números de entregas de algodão para beneficiamento caíram 40% em comparação com o mesmo período na temporada passada.


- China - O Ministério da Agricultura da China reduziu sua perspectiva para o consumo de algodão para 22/23 em 200 mil toneladas, para 7,5 milhões de toneladas. A desaceleração do crescimento econômico global é vista como o principal fator na redução de demanda por têxteis.


-  ABR-Log 1 - Em 2023, a Abrapa lança oficialmente o ABR-Log, versão do protocolo ABR para terminais retro portuários brasileiros que estufam contêineres com algodão.


-  ABR-Log 2 - A meta é garantir que os fardos cheguem ao destino sem avarias, danos físicos ou sujeira, ao mesmo tempo em que critérios mínimos de respeito social e ambiental são cumpridos. O ABR-Log integra o programa Cotton Brazil.


- Certificação 1 - Abrapa e Mapa pretendem levar a certificação oficial voluntária do algodão para todo o Brasil em 2023. A meta foi apresentada durante reunião da Câmara Setorial do Algodão ontem (15).


- Certificação 2 - A certificação já teve projeto piloto aplicado em duas fazendas neste ano. O objetivo é implantar o padrão oficial de classificação, identidade, qualidade e amostragem do algodão. A classificação do algodão passará a ser oficial, uma importante demanda dos países importadores.


- Safra 2022/23 - A Abrapa atualizou estimativas e prevê uma área plantada de algodão de 1,657 milhão de ha no próximo ciclo (aumento de 1,3%). A produção foi projetada em 2,94 milhões tons, 17,6% acima da safra 2021/22.


- Exportações - De acordo com dados do Ministério da Economia, o Brasil exportou 55,6 mil tons de algodão nas duas primeiras semanas de dezembro/22. A média diária de embarque foi 32,5% inferior quando comparado com dezembro/21.


- Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (15/12):  BA (96%); GO (100%); MA (74%), MS (100%); MT (99%); MG (100%); SP (100%); PI (100%); PR (100%). Total Brasil: 98% beneficiado.


- Semeadura 2022/23 - Até ontem (15/12): SP (70%), GO (69%), MS (49%), MT (1%), BA (58%), MG (70%),PI (27%), PR (85). Total Brasil: 16% semeado.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


  Boletim Algodao pelo Mundo 50.jpeg


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com


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Algodão: produção da nova safra de algodão é revisada para 2,94 milhões de toneladas, alta de 17,6% em relação à anterior

​Os dados foram divulgados durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, que reuniu representantes do setor, em sessão virtual

16 de Dezembro de 2022

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A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), divulgou na quinta-feira (15), os números do fechamento da safra 2021/2022 e uma atualização da projeção 2022/2023 que já começou a ser plantada no Brasil. A produção totalizou 2,5 milhões de toneladas, alta de 5,8% com relação à safra passada. O aumento é resultado da recuperação de 19,4% na área plantada e queda de 11,4% na produtividade, devido a desafios climáticos, com relação à safra anterior. O processo de beneficiamento, que consiste na separação do caroço e da fibra, e as análise da qualidade do algodão (HVI), estão na fase final, no Brasil. Os dados foram divulgados durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, no último encontro do ano, que reuniu representantes do setor, em sessão virtual.


Apesar do crescimento sobre a safra 2020\2021, a previsão ficou abaixo das estimativas iniciais, devido às intempéries climáticas que atingiram as regiões produtoras de maneira diferenciada, com chuvas excessivas ou seca. Os prognósticos iniciais do setor eram colher 2,8 milhões de toneladas da fibra. Para Júlio Busato, que preside a Câmara setorial e comanda a Abrapa, o setor vem crescendo a cada ano e, assim, caminhará para melhor atender o mercado interno e externo com o algodão brasileiro. Infelizmente, em um momento em que o mundo quer mais o nosso algodão, tivemos essa questão climática que impactou nas lavouras", salientou Busato.


Para 2022/23, a área plantada de algodão deverá subir 1,3%, totalizando 1,657 milhão de hectare. A produção é projetada em 2,94 milhões de toneladas, uma variação de 17,6% ante a safra 2021/22. A recuperação da produtividade é o principal fator de aumento esperado para a produção.



Mercado Internacional


As exportações são estimadas em 1,8 milhão de toneladas e o consumo doméstico em 737 mil toneladas no calendário comercial 2022/23. No acumulado de agosto a novembro de 2022, 43% da projeção de exportação foi atendida e 33% do consumo doméstico.


O Brasil exportou 268,6 mil toneladas em novembro de 2022, totalizando uma receita de US$ 526,1 milhões. O volume foi 61,5% superior ao registrado no mesmo mês de 2021, e a receita 81,4% maior em dólares recebidos do mercado externo. Novembro é o quarto mês do calendário de exportação 22/23. O maior importador do algodão brasileiro foi a China, com participação de 35% do total embarcado. Paquistão, Vietnã, Bangladesh e Turquia completam a lista dos cinco maiores importadores da pluma. Paquistão foi o país que mais comprou do Brasil, somando 41,8 mil toneladas embarcadas a mais do que em novembro de 2021.


Os presidentes da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Fernando Pimentel, e da Anea (Associação Nacional dos Exportadores de Algodão), Miguel Faus, participaram da reunião e apresentaram os prognósticos das respectivas entidades. Para Pimentel, não foi um ano positivo para o setor doméstico, devido a diferentes fatores, entre os quais: recessão mundial, baixa margem da indústria, inflação interna e externa corroendo o poder de compra do consumidor. Para 2023, as projeções são mais animadoras com crescimento. Faus, apresentou as estatísticas sobre a exportação da pluma brasileira em 2022 e comentou sobre a logística nacional internacional.



ABR-log e Certificação oficial


Durante a reunião da Câmara, foram feitos balanços dos programas ABR-Log e da Certificação Oficial do algodão brasileiro. A certificação oficial voluntária tem o objetivo de harmonizar os procedimentos de controle da conformidade, de acordo com a Portaria 375 de 12 de agosto de 2021 e Instrução Normativa nº24 de 14 de julho de 2016 que estabelece o padrão oficial de classificação, identidade, qualidade e amostragem do algodão com amostras padrão de 150 gramas. O programa, traz a auditoria e verificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a processos que teve o projeto-piloto implantado nesse ano, em duas fazendas, é uma parceria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Abrapa. A partir de 2023 será disseminado em todas as regiões produtoras.


O ABR-Log, que é o Protocolo Socioambiental para terminais retro portuários que estufam contêineres com algodão no Brasil, por sua vez, também será implementado no próximo ano. O objetivo é aprimorar a qualidade das operações nos terminais retroportuários para que o produto chegue ao destino sem avarias, danos físicos e sujeira, atrelado a critérios mínimos de respeito social e ambiental. A ação integra o programa Cotton Brazil, gerido pela Abrapa, com apoio da Apex-Brasil, Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e Ministério das Relações Exteriores (MRE). Os trabalhos para implementação do ABR-Log tiveram início neste ano, com o levantamento do problema, pesquisa de dados e opiniões, contratação e elaboração do protocolo, visita a terminais e validação do protocolo. Uma vez consolidado, o objetivo é o comprador receber os fardos de algodão íntegros após transporte; com padronização e melhoria das operações de estufagem nos terminais brasileiros; fortalecimento de quesitos sociais e ambientais em mais um elo da cadeia produtiva; aprimoramento da prensagem e produção dos fardos nas algodoeiras.


Os atuais estágios dos programas foram apresentados pelo diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, e o gestor de Sustentabilidade, Fábio Carneiro. A reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados foi a última realizada em 2022. O presidente empossado para comandar a Abrapa no biênio 23\24, Alexandre Schenkel acompanhou os trabalhos.

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Laboratórios se reúnem para discutir melhorias nos processos de classificação do algodão

​Encontro aconteceu na sede da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), recentemente

13 de Dezembro de 2022

O Grupo Técnico de Laboratórios participantes do Programa SBRHVI se reuniu, recentemente, na Abrapa para discutir questões técnicas relativas à classificação instrumental do algodão. O objetivo foi buscar melhorar a confiabilidade dos equipamentos que realizam os testes do tipo HVI.


Houve a apresentação dos resultados da safra 2021/22 e, após, foi ratificado os índices e critérios de tolerâncias das checagens e reteste. A reunião serviu também para definição das necessidades de treinamento e o planejamento para a safra 2022/23.


Dados do Programa de Qualidade apontam que, em 2022, até 30 de novembro, foram verificadas 58.783 amostras de checagem que equivale a 10.884.600 (93%) da safra, 88% de adesão dos produtores. Também merece destaque o fato de o CBRA – Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão se tornar um Serviço de Controle Autorizado do MAPA (SCA) para análise de algodão. Desse modo, com a habilitação será possível realizar as primeiras certificações de algodão junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Projeto-piloto foi desenvolvido ao longo deste ano e a meta é em 2023 liberar o sistema para a participação de todos os produtores. Medida que garante mais um passo importante para a valorização do algodão brasileiro.

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Sustentabilidade garante ao produtor de algodão renda 10% acima do mercado

​Protocolos de rastreabilidade resultaram em ágio recorde a exportadores este ano estimulando plantio mesmo com alta dos custos

12 de Dezembro de 2022

A forte queda nos preços internacionais do algodão, de 145 centavos de dólar a libra peso em março para menos de 90 centavos de dólar no final deste ano não inibirá o plantio da pluma brasileira para a temporada 2023/24, cuja semeadura começa nos próximos meses.


A previsão da Associação Brasileira de Produtores (Abrapa) é de uma alta de 1,3% em relação a 2022/23, com 1,658 milhão de hectares.


"Esse é o ano que vamos ganhar muito pouco ou nada, mas temos que olhar para o futuro e, quando voltar o consumo, nós por termos mantido a nossa área enquanto os EUA estão falando em reduzir 30%, vamos conquistar mais mercado, mais credibilidade de um mercado que cada vez mais quer o algodão brasileiro. Essa é a nossa aposta e tenho certeza que vamos ter bons frutos para o futuro", afirma o atual presidente da Associação, Júlio Cézar Busato.


Por trás da estratégia de resistência às oscilações de mercado, está a aposta nos programas de rastreabilidade, qualidade e sustentabilidade mantidos desde a fundação da Associação, há mais de 20 anos.


"Nós saímos do fundo da loja para a vitrine", resume Busato. Batizado de Algodão Brasileiro Responsável (ABR), o protocolo de rastreabilidade criado há dez anos pelo setor permite ao consumidor obter informações de qual fazenda veio a pluma com poucos cliques garantindo diferenciação do produto brasileiro em relação aos seus principais concorrentes.


Com isso, em 2022 os produtores receberam, em média, 10% acima do valor cotado em Nova York – o que tem se convertido em mais um estímulo à manutenção da área plantada num contexto de aumento de custos. "Se fizermos as contas, isso representa um ganho de rentabilidade de US$ 150,00 por hectare que está voltando ao produtor", pontua Alexandre Pedro Schenkel, que assume a presidência da Abrapa a partir do próximo ano.


Natural do Rio Grande do Sul, o cotonicultor vive há 33 em Mato Grosso, onde se formou em agronomia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), presidindo a Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro) até este ano. Com longa trajetória no cooperativismo, Schenkel compara a cotonicultura brasileira a um dos maiores ídolos nacionais: Ayrton Senna:


"O Ayrton Senna, quando corria, era um piloto padrão. Ele tinha um rigor no treinamento dele, comparável às vezes com Alain Prost e outros. Chegava em primeiro, segundo, terceiro. Estava sempre por ali. Mas quando chovia, não tinha para ninguém. Ele era o melhor piloto que existia".



A tempestade


Para o algodão brasileiro, a chuva tem sido o aumento de custos diante de um mercado em franca queda de preços este ano, pressionado pela desvalorização do petróleo e pelas perspectivas de menor consumo na China, maior importador mundial e destino de 26,5% das exportações brasileiras este ano.


"A China com essa política de fechamento de Covid realmente está trazendo problemas no consumo e na produção. Fábricas fechadas e consumo menor, agora sabemos que isso é temporário, não vai poder ficar pra sempre e, como falamos aqui, estamos apostando no futuro. Quando o mercado voltar a consumir nós temos que ter o algodão para abastecer esse consumo", afirma o atual presidente da entidade.


A previsão da Abrapa é de que a produção nacional atinja 2,95 milhões de toneladas na safra 2023/24, das quais 700 mil toneladas serão destinadas ao abastecimento interno e, o restante, cerca de 2,25 milhões de toneladas, serão exportadas.


No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, os embarques brasileiros somam 1,4 milhão de toneladas, uma queda de 14% ante o mesmo período do ano passado. Em valor, contudo, houve alta de 9% nas exportações, que somaram US$ 3,14 bilhões de janeiro a outubro deste ano.


O resultado financeiro acompanha a forte valorização da pluma a partir do início de 2022 (22,4% entre fevereiro e abril) puxada não mais apenas por uma demanda global mais aquecida, que já vinha dando fôlego ao mercado, mas também pela forte alta do petróleo diante do conflito entre Rússia e Ucrânia.


Quando a cotação da commodity passou a cair diante da perspectiva de uma recessão global, levou consigo os preços do algodão, hoje com queda acumulada de 25% na bolsa de Nova York desde o início deste ano.


Com 50% da safra 2023/24 vendida até o momento, Busato explica que a fixação do preço de venda da próxima temporada, realizado normalmente 18 meses antes da colheita, está atrasada. "Principalmente em função dessa queda de preço, há dois dias estava a 77 centavos [de dólar a libra peso], e os produtores pararam de vender em função do nosso custo estar acima disso. Agora é ver o que vai acontecer com o mercado. Se esse algodão passar de 90 centavos [de dólar a libra peso] os produtores voltam a vender e talvez a gente chegue aos 70% [de venda antecipada]", explica Busato.



Descomoditizar é o caminho


A relação entre o mercado de petróleo e algodão é antiga, data do final da década de 1930, quando começou a ser produzida em escala comercial a primeira fibra sintética à base do hidrocarboneto, o nylon. Desde então, inúmeras outras fibras sintéticas chegaram ao mercado tendo como principal apelo de vendas a durabilidade, a resistência e o preço.


"A fibra sintética sempre foi mais em conta, mas aí você vê que o conforto do algodão é bem maior", defende Alexandre Schenkel, sem deixar de reconhecer os ganhos em qualidade que o concorrente à base de petróleo teve ao longo de 83 anos.


"Estão até com uma qualidade parecida com o algodão em alguns pontos. Lógico que cobram um preço por estarem entregando mais conforto, mas o algodão sempre vai ter um preço mais acima por ser natural. Mas é o seguinte: se hoje você quer sustentabilidade, vai estar trabalhando com um produto que é de origem de petróleo comparado com o algodão, que é fibra e celulose pura, se degrada quando cai nos rios, enquanto a fibra sintética quando vai se deteriorando na lavagem vai soltando micropartículas que contaminam muitos ambientes, principalmente nossas águas", argumenta.


A sustentabilidade do algodão comparada a outras fibras será uma das principais bandeiras da Abrapa para valorizar a pluma brasileira e promover o consumo interno e externo no próximo biênio, segundo o futuro presidente da Associação. A ideia, afirma, é ter participação do algodão em todos os tecidos sintéticos, "para pelo menos ir diminuindo essa questão de deixar resíduos no ambiente".


"Estamos trazendo um produto totalmente natural que hoje se degrada como se fosse papel. Então, lógico que para o algodão é interessantíssimo a gente estar com essa preocupação com o meio ambiente", observa Schenkel ao fazer uma analogia do mercado de fibras naturais com o de feijão.


"Hoje você compra um feijão jalo e come uma ou duas vezes ao ano. É um feijão mais especial e a grande demanda no Brasil inteiro é o feijão carioca e preto. É parecido com o que a gente tem de fibra natural. O maior volume de fibra nosso, o feijão carioca, é o algodão, o maior fornecedor como fibra natural e com menor custo para se fazer. Se aumenta a demanda por uma viscose, linho ou seda, o mercado não vai conseguir produzir o suficiente e vai aumentar muito o preço. Já o algodão entrega tanto conforto quanto essas fibras e também sustentabilidade e responsabilidade com o meio ambiente ao não deixar resíduos", defende o futuro representante dos cotonicultores brasileiros ao ver na sustentabilidade um caminho para desvincular o preço das duas commodities.


"Em momentos como esses não está fácil o lucro tanto para o produtor brasileiro quanto para o americano, australiano, africano... Está difícil porque os custos estiveram muito altos. Houve um desequilíbrio nos custos e agora com o mercado. Então, nós vamos sobreviver. Nós somos igual ao Ayrton Senna, nas dificuldades nós estamos lá na frente e, quando voltar ao normal estaremos colhendo os frutos do que estamos plantando agora", conclui Schenkel.



Leia mais: Sustentabilidade garante ao produtor de algodão renda 10% acima do mercado | Algodão | Globo Rural


Mídia: Globo Rural – 09/12/2022

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

​ALGODÃO PELO MUNDO #49/2022

09 de Dezembro de 2022

-  Destaque da Semana – Um dos assuntos mais comentados da semana foi a mudança de rumo da China para uma política mais flexível no combate à Covid. Hoje, às 14hs (hora Brasília) sai o relatório mensal do USDA.

 

- Algodão em NY 1 - O contrato Mar/23 fechou ontem a 80,85 U$c/lp (-4,71%).

 

- Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 78,03 U$c/lp (-2,77%) e o Dez/24 a 74,94 (-2,52%) para a safra 2023/24.

 

- Preços (08/12), o algodão brasileiro estava cotado a 100,25 U$c/lp (-375 pts) para embarque em Dez/22-Jan/23 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para embarque em Out-Nov/23 a referência do preço fechou em 98,00 U$c/lp (-75 pts).

 

- Altistas 1  Mesmo com os recentes desafios inflacionários, a National Retail Federation dos EUA estimou esta semana que as vendas no varejo neste fim de ano aumentarão entre 6% e 8% em relação a 2021.

 

- Altistas 2  O maior ponto de discussão desta semana foi sobre a China, que tem se movido no sentido de abandonar a política de COVID Zero, o que poderá aumentar a demanda e acelerar a retomada industrial.

 

- Baixistas 1  No entanto, não está claro se este impacto será no curto prazo, uma vez que o país ainda tem uma alta taxa de idosos não vacinados.

 

- Baixistas 2  O país não dispõe das vacinas comprovadamente mais eficientes (tecnologia RNA) desenvolvidas na China. O que acontecerá se o número de casos e mortes disparar?

 

- Baixistas 3  Relatos de demanda fraca por algodão e fios de algodão continuam em todos os mercados. Hoje a expectativa é que os números do USDA tragam uma estimativa de consumo menor para este ano (22/23).

 

- Posse da Abrapa - O produtor Alexandre Pedro Schenkel tomou posse na presidência da Abrapa para o biênio 2023-2024. Os integrantes dos conselhos de Administração e Fiscal também foram oficializados.

 

- EUA 1 - A colheita nos EUA praticamente chegou ao fim e a grande maioria da produção já foi entregue nas algodoeiras para beneficiamento. 70% do algodão americano já foi classificado.

 

- EUA 2 - Chuvas nas regiões produtoras foram muito bem vindas nos últimos dias, uma vez que muitas áreas de cultivo de algodão estão muito secas, de acordo com o monitoramento de secas do país.

 

Índia 1 - O presidente da Associação do Algodão da Índia, Atul Ganatra, solicitou ao governo indiano a retirada do imposto de 11% sobre a importação do algodão, o que ajudaria a indústria têxtil do país a ter acesso à matéria prima a preços competitivos.

 

- Índia 2 - Ganatra informou que a indústria já trabalha com apenas 50% da capacidade e que o algodão indiano está 15% acima dos preços internacionais. Por outro lado, os produtores rurais de algodão na Índia protestam contra medidas para diluir este imposto.

 

- China 1 - Autoridades chinesas anunciaram esta semana uma flexibilização de alguns controles da Covid. Espera-se menos interrupções no trabalho, comércio e produções locais.

 

- China 2 - Os testes, que eram obrigatórios para uma série de situações quase que diárias, serão flexibilizados. Além disso, pessoas infectadas poderão se isolar em casa, ao invés de centros de quarentena do governo.

 

- China 3 - Desde que os protestos eclodiram em todo o país no final do mês passado, o governo de Xi Jinping foi rápido ao reformular os aspectos mais duros de sua política de combate à Covid.

 

- Paquistão - A colheita está finalizada no Paquistão e avança o plantio da safra de trigo. As entregas de algodão para beneficiamento, entretanto, estão 40% menores que no ano passado.

 

- Safra 1 - A rentabilidade do produtor na safra 2022/23 será baixa ou neutra, disse o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. Segundo ele, o custo de produção subiu muito na última temporada.

 

- Safra 2 - A manutenção da área de cultivo brasileira deve ser um ponto importante para mostrar aos clientes internacionais o que o país terá um fornecimento contínuo de algodão.

 

- Safra 3 - Isso porque as indústrias têxteis asiáticas devem retomar o ritmo e, quando voltar o consumo, o Brasil conquistará mercado, porque os EUA podem diminuir em 30% a área de algodão com os atuais preços, disse Busato.

 

- Safra 2022/23 - De acordo com o 3º levantamento da safra 2022/23, divulgado ontem (08/12) pela Conab, a área plantada de algodão é estimada em 1,64 milhão de hectare (+2,3%) e a produção de pluma em 2,97 milhões de toneladas (+16,6%).

 

- Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (08/12): BA (95%); GO (100%); MA (72%), MS (100%); MT (98%); MG (100%); SP (100%); PI (100%); PR (100%). Total Brasil: 97% beneficiado.

 

- Semeadura 2022/23 - Até ontem (08/12): SP (10%), GO (47%), MS (10%), BA (22%), MG (70%), PI (10%), PR (78). Total Brasil: 7% semeado.

 

Preços - Consulte tabela abaixo ⬇

 

Boletim Algodao pelo Mundo 49.jpeg

 

Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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