Voltar

Missão Compradores 2019

28 de Agosto de 2018

Um grupo de 25 representantes de seis países - Vietnã, Bangladesh, China, Turquia, Colômbia e Indonésia - convidados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) - visita os três maiores estados produtores da pluma no Brasil, entre os dias 26 de agosto e 1º de setembro. Trata-se da Missão Compradores 2018, iniciativa que vem sendo realizada há quatro anos pela entidade para apresentar ao mercado global o modelo nacional de produzir algodão, que se caracteriza pelas altas produtividades e práticas sustentáveis. Nesta edição, a expedição acontece em meio à colheita da safra 2017/2018, já considerada um recorde de produção, que deve fechar em 2,015 milhões de toneladas de algodão em pluma.


Os visitantes estrangeiros saíram na segunda-feira (27) de São Paulo, e seguem para Bahia, Goiás e Mato Grosso. Em cada estado, a Abrapa conta com o suporte das associadas, respectivamente, Abapa (BA), Agopa (GO) e Ampa (MT). A programação em cada parada inclui visita às lavouras, usinas de beneficiamento (algodoeiras), laboratórios de classificação de algodão e fiação. Em Brasília, além da sede da Abrapa, o grupo vai conhecer o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA).


Os países participantes, majoritariamente asiáticos, estão entre os maiores compradores do algodão brasileiro, escolhidos juntamente a cinco tradings que mediam os negócios com a commodity: Ecom, Reinhart, Cofco, Louis Dreyfus e Cargill. Dentre os participantes, estão empresários e executivos de grandes indústrias têxteis.


"A cada edição, a Missão Compradores se supera. Este ano, estamos realizando a maior de todas já empreendidas, desde 2015. É uma ação comercial e diplomática que tem se mostrado muito eficaz, porque não tem propaganda melhor do nosso algodão que trazer o comprador para conferir in loco como ele é produzido", diz o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, lembrando que, nesta safra, 2017/2018, o Brasil galgou um novo patamar no ranking dos maiores exportadores mundiais da commodity, alcançando o terceiro lugar, que antes era ocupado pela Austrália. À frente dele, Estados Unidos e Índia. No ranking da produção, o país ocupa o quarto lugar, antecedido pela Índia (1º), China (2º) Estados Unidos (3º) e Paquistão


Moura ressalta que a experiência em campo sempre deixa os visitantes impressionados. "A cotonicultura brasileira é muito profissional. Incorpora tecnologia em todas as suas etapas e isso se traduz em processos bonitos de serem vistos. Este ano, com muito orgulho, devemos bater um novo recorde na produção nacional, de 2,015 milhões de toneladas de algodão em pluma, ante a marca alcançada em 2011, de 1,959 milhão de toneladas", afirma Arlindo Moura.

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Ação da AGU contra a suspensão de Glifosato, Tiram e Abamectina alivia mas não tranquiliza o cotonicultor

24 de Agosto de 2018

A um mês do início do plantio da safra 2018/2019, e no momento em que o país bate um recorde de produção de pluma, os produtores brasileiros de algodão receberam como um "fôlego" a notícia da ação impetrada pela Advocacia Geral da União (AGU) determinando a suspensão da liminar que proíbe o uso do herbicida glifosato, do fungicida Tiram e do inseticida Abamectina no país. A medida é a ofensiva da União contra a liminar expedida pela 7ª Vara Federal do DF, que, além de suspender a concessão de novos registros, cancela todos os já existentes relativos a esses produtos. A AGU estima que o banimento desses defensivos químicos pode representar um impacto de, aproximadamente, R$25 bilhões à balança comercial brasileira. Além do prejuízo econômico para a cotonicultura e os plantios que fazem rotação com o algodão, como a soja e o milho, a medida da Justiça de Brasília, se executada, inviabilizaria o sistema de Plantio Direto na Palha, prática agrícola sustentável, de conservação do solo, na qual o Brasil é referência mundial.


No plantio direto na palha, não se usam arados e outros implementos para revolver o solo. A palhada residual da cultura plantada anteriormente serve de base para o plantio da seguinte, criando uma proteção física para a terra. A prática também incorpora matéria orgânica e incrementa a microfauna do solo. "A questão é que, nesse sistema, a pressão das ervas daninhas é muito forte. A aplicação do glifosato combate o problema sem atacar a lavoura, que é resistente ao principio ativo", explica Arlindo de Azevedo Moura, presidente da Abrapa.


Segundo Moura, a ação da AGU é um "fôlego momentâneo" para o produtor. "Foi uma sinalização importante de que o Governo, em especial do ministro Blario Maggi, que entende a importância do setor e o risco que corre a economia brasileira se essa liminar não for revogada. Esperamos que seu efeito seja definitivo", conclui.


A AGU argumenta que o judiciário não tem a competência técnica para decidir sobre a questão, que representa "grave lesão à ordem pública administrativa e à economia pública. Decisão que se lastreia apenas em estudos unilateralmente produzidos, sem qualquer caráter vinculante e sem que representem qualquer conclusão dos órgãos responsáveis pela conclusão do procedimento de reavaliação toxicológica".


A juíza federal substituta Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara do Distrito Federal, concedeu tutela antecipada para que a União suspendesse, por 30 dias, a partir de 3 de agosto, o registro de defensivos e produtos que contenham os ingredientes ativos. Conforme a decisão da juíza, a suspensão ocorre até que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conclua os procedimentos de reavaliação toxicológica desses produtos. O prazo para a Anvisa é até 31 de dezembro, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Safra recorde eleva expectativa da Abrapa para o 12º CBA

24 de Agosto de 2018

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) reuniu representantes da cadeia produtiva da fibra, em São Paulo, no lançamento do 12º Congresso Brasileiro do Algodão (12º CBA). Foram três dias de atividades, de 21 a 23 últimos, divididos entre jornadas de reuniões individuais com possíveis patrocinadores e um coquetel de lançamento para 60 pessoas, no qual a associação apresentou os números da edição anterior do congresso. O 12º CBA será realizado de 27 a 29 de agosto de 2019, no Centro de Convenções de Goiânia/GO.


A iminência de uma safra recorde, estimada em 2,26 milhões de toneladas de pluma elevou a projeção da Abrapa para o congresso. De acordo com o presidente do 12º CBA, Milton Garbugio, a meta dos organizadores é reunir 1,5 mil congressistas em 2019, contra 1,4 mil participantes em 2017. “Essa é uma projeção bem conservadora, pois o algodão brasileiro está experimentando uma fase muito auspiciosa, depois de alguns anos de retração de área e queda de produção. O clima foi favorável; as pragas, que num passado recente comprometeram a produtividade, estão sob controle e acabamos de subir mais um degrau no ranking dos maiores exportadores mundiais, ficando, já na safra em curso, em terceiro lugar. Acreditamos que todos esses fatores animarão patrocinadores e público a participar”, afirmou Garbugio.


Como nas edições anteriores, o evento contará com uma vasta programação de plenárias, minicursos e mesas-redondas, abordando as mais importantes questões do setor. “Apesar da similaridade na forma, cada CBA é único, pela sua capacidade de evoluir no tempo, sempre em dia com as mudanças tecnológicas que estão acontecendo no agro”, argumenta Arlindo Moura, que presidiu o congresso em 2017. Naquela ocasião, a Abrapa contabilizou 25 patrocinadores e expositores, 94 palestrantes, entre nacionais e internacionais, e 190 trabalhos científicos inscritos. Moura enfatiza que o CBA é o maior acontecimento da cotonicultura brasileira, sendo oportunidade de adquirir informação, fazer relacionamentos e prospectar negócios. “Mas uma das mais importantes funções do congresso é ajudar o produtor na decisão de compras de tecnologias, dentre as inúmeras ofertas de um mercado cada vez mais aquecido”, conclui.

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Cotton Trip: estilistas e jornalistas de moda visitam fazenda de algodão

20 de Agosto de 2018

A convite da Abrapa, alguns dos mais influentes jornalistas de moda e estilistas do Brasil, que nunca haviam visto de perto uma lavoura de algodão, puderam acompanhar a colheita e as mais importantes etapas do processo produtivo da fibra, como o beneficiamento e a classificação. A visita fez parte das “Cotton Trips” que a associação vem realizando para familiarizar os diversos públicos, sobretudo, os que trabalham na concepção e execução de moda, à produção da matéria-prima. Nos dias 16 e 17, foram duas imersões. A primeira, com os estilistas da Casa de Criadores (CdC), inclusive o diretor criativo, André Hidalgo, e expoentes do jornalismo no segmento, como Lilian Pacce, dentre outros. No dia seguinte (17), integrantes da equipe da São Paulo Fashion Fashion Week (SPFW), o estilista João Pimenta Filho, a jornalista Marina Colerato, da plataforma de comunicação com foco em sustentabilidade Modefica, e André Carvalhal, da marca Ahlma e autor do livro Moda com propósito.


Mais uma vez, a fazenda Pamplona, do Grupo SLC Agrícola, abriu as portas para a iniciativa. A unidade produtiva é escolhida pela localização estratégica, em Cristalina/GO, a cerca de 100 quilômetros de Brasília, e por representar a moderna cotonicultura brasileira, produtiva e sustentável. Em julho, a Abrapa já havia levado um grupo de professores das principais universidades de moda de São Paulo para viver a mesma experiência.

A programação das Cotton Trips inclui teoria e prática. Os visitantes conhecem uma panorâmica do setor, os números da safra, a posição que ocupa no mercado global e o peso que atividade tem na economia do país. “Essa contextualização é fundamental para que, na etapa em campo, nossos convidados saibam que uma lavoura é mais que uma plantação; é parte de uma cadeia produtiva complexa, que vem se desenvolvendo com qualidade e em bases sustentáveis”, afirma o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura.

De subir na colheitadeira a aprender a classificar a fibra, os visitantes puderam experimentar um pouco do dia a dia de uma fazenda de algodão, em plena colheita. “Os estilistas ficaram animadíssimos. Esta ação reforça a parceria da Casa de Criadores com o Sou de Algodão”, disse André Hildalgo, referindo-se à participação do movimento na última edição da semana de moda, em julho.

 

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Abrapa mobiliza cotonicultores goianos

20 de Agosto de 2018

Depois de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Bahia, a mobilização de adesão ao programa SBRHVI para a safra 2018/2019 chegou a Goiás. A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), representada pelo gestor do programa de qualidade, Edson Mizoguchi, reuniu-se na terça-feira (14) com produtores do estado, na sede da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa). O objetivo do encontro foi enfatizar com os cotonicultores a necessidade de adesão ao programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), que visa à harmonização dos resultados das análises de algodão nos 11 laboratórios brasileiros participantes do programa, incrementando, assim, a credibilidade da pluma do Brasil no mercado. Em mais alguns dias, uma equipe da Abrapa voltará ao estado para realizar um treinamento operacional para o sistema SBRHVI.


Um dos pilares da iniciativa, implementada e gerida pela Abrapa, é o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), que estabelece e checa o cumprimento dos padrões aferidos por HVI. Na safra que está sendo colhida, o CBRA já checou em torno de três mil amostras enviadas pelos laboratórios, o que equivale a aproximadamente 600 mil fardos de algodão monitorados. O programa SBRHVI tem outros dois pilares, o Banco de dados da Qualidade e a Orientação aos laboratórios.


De acordo com o presidente da Agopa, Carlos Moresco, o SBRHVI se tornou fundamental para a credibilidade do algodão brasileiro. "Para que o programa alcance o resultado esperado, é preciso que o produtor se engaje. Ele é o principal interessado e pode conquistar ganhos reais, financeiros, pela valorização do seu algodão", explica Moresco. As adesões de produtores já começaram, e que o cotonicultor pode fazer isso a qualquer momento, não existindo um prazo final.


Durante a passagem por Goiás, Edson Mizoguchi também realizou uma visita técnica de orientação ao laboratório da Agopa, como parte do terceiro pilar do programa SBRHVI. "O que pudemos confirmar foi a evolução constante do laboratório da Agopa e o comprometimento da sua equipe na implantação de um sistema de gestão de qualidade", afirmou.


A estrutura da Agopa tem capacidade instalada de processamento de 800 mil fardos por safra, e deve analisar, em 2017/2018, em torno de 700 mil. Até o momento, aproximadamente, 200 mil fardos já foram checados. "A cada visita da Abrapa, recebemos feedbacks e orientações e vamos aperfeiçoando nossos procedimentos. Esse é um processo que não tem um fim. É melhoria contínua", explica o gerente do laboratório, Rhudson Assolari.

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Nova Tecnologia

10 de Agosto de 2018

Uma nova tecnologia geneticamente modificada para o algodão foi aprovada pela Comissão Nacional de Biossegurança (CTNBio) no início deste mês de agosto. Trata-se do algodão Widestrike 3, da Dow Agrosciences. O deferimento foi expedido na última reunião da Comissão, e, a partir daí, a empresa obtentora tem de submeter as variedades de algodão com a nova tecnologia para o Registro Nacional de Cultivares (RCN), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que, só após essa etapa, será liberada para o mercado.


O Widestrike 3 é uma nova geração da tecnologia, com maior eficácia contra lagartas, graças à combinação de três proteínas Bt: Cry1F, Cry1Ac, VIP3A. Ela também possui tolerância ao herbicida glufosinato de amônio (gene Pat), mas não ao glifosato. Essa última característica faz com que a cultivar possa se tornar uma opção na estratégia de manejo das plantas voluntárias de algodão pelo produtor, facilitando o cumprimento do vazio sanitário exigido por lei para o controle do bicudo do algodoeiro. As cultivares com a nova tecnologia foram desenvolvidas para o Brasil, que enfrentou nas safras recentes uma grande pressão de lagartas nas lavouras. Uma versão com tolerância ao glifosato já foi aprovada no Japão, México e Coreia do Sul.


A aprovação da CTNBIO aplica-se para o cultivo, produção, manipulação, transferência, comercialização, importação, exportação, armazenamento, consumo da liberação e do descarte do organismo geneticamente modificado e de seus derivados para fins comerciais. Quatro outros processos para OGM de algodão ainda tramitam na CTNBio.


Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Arlindo de Azevedo Moura, a novidade é bem-vinda. “A pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias em cultivares transgênicas, junto com o melhoramento genético, tem sido fundamental para o Brasil avançar na produtividade, como tem acontecido nos últimos vinte anos”, afirma.

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter