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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão no seu WhatsApp

30 de Julho de 2021

Algodão pelo mundo ​#30/2021



- Algodão em NY - A barreira dos 90 U$c/lp foi rompida novamente em mais uma semana de leve alta nas cotações. O contrato Dez/21 fechou em 90,31 U$c/lp, alta de 0,45% nos últimos 7 dias.


 - Preços 1 - Ontem (29/7), o algodão brasileiro estava cotado a 102,25 U$c/lp (+200 pts) para embarque em Ago-Set/21 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook).


 - Preços 2 - O índice Cotlook (média de 18 cotações posto Ásia) superou a barreira de 100 U$c/lp desde Junho/2018.


- Altistas 1 - Esta semana, o Banco Central dos EUA (Fed) informou que não irá aumentar os juros (que se encontram próximos a zero) nem diminuir os estímulos à economia. Quanto mais esta política for mantida, melhor para os mercados de commodities.


- Altistas 2 - O número de contratos em aberto na bolsa de NY aumentou em mais de 10 mil, para 247.600. Um ano atrás, este número era de 173.700, e dois anos atrás, de 197.500.


- Altistas 3 - Mercado em alta, bons volumes negociados e número de contratos em aberto também em alta evidenciam um mercado firme.


- Baixistas 1 - O ritmo de retomada das economias após as ondas de Covid-19 está desigual e a variante Delta ainda preocupa os mercados.


- Baixistas 2 - Entre os 7 grandes produtores globais, que representam 83% da produção, somente Brasil e China devem ter redução este ano. Nos EUA, inclusive, a cada semana as condições de lavoura reportadas são melhores, com o clima ajudando.


- Baixistas 3 - Nas fazendas norte-americanas, o índice de lavouras boas e excelentes esta semana está em 61%, 12 pontos acima do ano passado.


- China 1 - No gigante Asiático, os leilões da reserva continuam vendendo 100% dos lotes ofertados.  Já foram vendidas mais de 181 mil tons, o preço médio aumentou para 110 U$c/lp.


- China 2 - As cotações de algodão na bolsa de Zhengzhou (ZCE) tiveram alta de 3,9% esta semana (124,27 U$c/lp) e o spread entre ZCE e NY foi o maior desde 2017.


- China 3 - As altas cotações na China estão relacionadas à demanda mas também à queda na produção local este ano, que devido ao clima em Xinjiang deve ser 700 mil toneladas menor que no ano passado. Alguns analistas acreditam em redução próxima a 1 milhão de toneladas nesta safra.


- China 4 - Novamente, a China esteve praticamente ausente do relatório de vendas divulgado pelos EUA. Neste momento da safra passada, o país já havia comprado 1 milhão de fardos a mais dos EUA.


- EUA - Nos EUA, haverá uma rolagem maior do que a esperada de vendas da safra 20/21 (que termina amanhã 31/7) para 21/22, uma vez que dos 17,5 milhões de fardos vendidos, somente 15,75 milhões foram exportados até o ultimo relatório. O número estimado pelo USDA foi de 16,4 milhões.


- Austrália - Na Austrália, segundo maior produtor do hemisfério Sul, o beneficiamento da safra 20/21 será finalizado em mais um ou dois meses. Produtores estão animados com os preços e produtividades alcançados e podem aumentar a área na próxima safra.


- Plantio - No último grande produtor que ainda não havia finalizado plantio, a Índia, as operações (manuais na maioria dos casos) estão praticamente concluídas (97,4%). As chuvas de monções, que chegaram mais cedo e depois pararam, agora voltaram a cair no país.


- Colheita - A Abrapa informa o andamento da colheita da safra 2020/21 de algodão no Brasil até ontem (29/7): BA e TO (46%); GO (61%), MA (25%); MG (47%), MS (80%), MT (23%), PI (67%) SP (96%) e PR (100%). Total Brasil: 31% colhido.


- Exportações - O Brasil exportou 49,4 mil tons de algodão nas três primeiras semanas do mês de julho/21.


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com


- Preços - Consulte tabela abaixo


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Fibra de algodão ajuda a transformar a vida de bordadeiras

29 de Julho de 2021

Bordado é patrimônio cultural e imaterial de Alagoas e vem ganhando destaque nas mídias e melhorando a vida de artesãs


O bordado é reconhecido como patrimônio cultural e imaterial do estado de Alagoas, por ser uma tradição regional transmitida de geração em geração, em geral de mães para filhas. O grande destaque deste artesanato se dá pela técnica do filé, que consiste na elaboração de uma rede constituída por uma linha 100% feita de algodão, esticada sobre um tear, onde os pontos com agulha resultam em peças decorativas e de vestuário.


No entanto, o enfraquecimento do turismo impactou na demanda pelo bordado das artesãs, que trabalhavam sob encomenda para lojistas com comércio nas orlas das praias e em balneários.


Posteriormente, isso se converteu em uma oportunidade: em um ano, as bordadeiras cresceram expressivamente nas mídias sociais, contando com o apoio de diversos parceiros para fortalecer as comunidades locais dependentes dessa tradição.


Apoio social


As bordadeiras receberam cursos do SEBRAE-AL e da Rede Nacional do Artesanato Solidário (Artesol) sobre como ampliar o alcance de seu trabalho em redes sociais como Instagram Facebook. Embora a demanda dos lojistas ainda não tenha se reestabelecido, as profissionais do bordado abriram novos mercados, apoiadas por padrinhos, como o Programa do Artesanato Brasileiro (PAB/AL) e o Sou de Algodão.


A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) ajuda a promover a união de todos os agentes da cadeia do bordado, desde os produtores rurais e da indústria têxtil da fibra de algodão de qualidade, fundamental para o trabalho das bordadeiras, até o consumidor final, passando por tecelões, artesãos, fiadores e designers de moda.



Para as bordadeiras terem uma boa matéria-prima, o trabalho começa com o agricultor na lavoura.


"O movimento Sou de Algodão reforça a importância da qualidade da fibra em toda a cadeia de consumo. Para um algodão de qualidade, é preciso ferramentas e soluções inovadoras no campo. É preciso um trabalho colaborativo que envolva players desta cadeia, por isso, acreditamos e apoiamos o movimento", conta Rafael Mendes, líder do negócio de algodão da Bayer para a América Latina.


A rede de artesãs constitui muito mais do que um ofício ou hobby, sendo parte de um ecossistema local que une mulheres em torno de uma tradição.



Esse é o caso de Petrucia Lopes, vice-presidente do Instituto Bordado Filé da Região das Lagoas Mundaú Manguaba (INBORDAL).


"Com 14 anos, fui morar em Maceió, no bairro do Pontal da Barra, conhecido como o bairro das rendeiras. Lá, aprendi o bordado filé com as amigas em minha adolescência", diz Petrucia.


"Para essas mulheres alagoanas, o dinheiro proveniente do bordado filé é um complemento de renda familiar muito importante. Há artesã que consegue tirar R$ 500 por mês, valor superior ao Bolsa-Família ou um Bolsa-Gás", diz a vice-presidente. "É um diferencial na renda familiar", finaliza.

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Abrapa renova parceria para a qualidade do algodão

28 de Julho de 2021

Em entrevista ao programa Agro Noite, nesta terça-feira (27), o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, falou sobre a renovação da parceria com a Better Cotton Initiative (BCI). Desde 2013, o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) atua em benchmark com a BCI, na certificação de práticas sustentáveis. O Brasil responde por 38% do algodão Better Cotton consumido no mundo todo.


Assista a entrevista completa: https://www.youtube.com/watch?v=SQrXgBZS3lY



Canal Agro Mais em 27.07.2021

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Abrapa promove debate sobre impactos da ramulária na cotonicultura

28 de Julho de 2021

Prejuízo com a doença fungicida chegou a R$ 1,89 bilhões na safra passada


A ramulária é um dos maiores inimigos da produção de algodão. Na safra 2019/2020, o fungo causou um prejuízo de R$ 1,89 bilhões ao setor. Os impactos da doença na cotonicultura brasileira foram debatidos em um Dia de Campo Virtual, promovido nesta terça-feira (27) pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).



O potencial de perda das lavouras de algodão em razão de doenças fungicidas é de 35%.  As ameaças incluem o bicudo, com potencial de perda de 100%; o complexo de lagartas, com potencial de perda de 40 a 60%; e mosca branca, trips e pulgão, pragas que reduzem a qualidade da fibra em razão dos índices de pegajosidade.



Marcio Portocarrero, diretor-executivo da Abrapa, salientou que o controle de pragas, ervas daninhas e doenças representa 38% do custo de produção das lavouras.  Na busca por soluções, o controle da ramulária é prioridade. "A perda média de produtividade é de 5,3%, isso inviabiliza totalmente o cultivo do algodão se não houver um controle efetivo da ramulária em todo o processo", disse Portocarrero. Na sua avaliação, o maior desafio dos cotonicultores é a eficiência, para fazer frente às ameaças naturais do clima tropical e oferecer um algodão de qualidade para o mundo todo.



Para isso, a Abrapa trabalha em parceria com a Embrapa Algodão no projeto Rede Ramulária. Integram a iniciativa o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e o Instituto Mato-grossense de Algodão (IMAmt), além de outras nove consultorias e instituições de pesquisa e 11 indústrias de defensivos.  "A Rede surgiu da crescente importância da doença e o aumento significativo de danos e perdas, com resultados erráticos para controle, associados a distintas metodologias de análise dos produtos utilizados", informou Alderi Araújo, chefe geral da Embrapa Algodão.



O objetivo da Rede é unificar as ações voltadas ao controle químico da doença. O trabalho, desenvolvido há quatro anos, envolve ensaios em 12 municípios das principais regiões produtoras de algodão do País: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia e Goiás. Já foram identificados produtos com mais de 80% de eficácia.   "É fundamental que a gente continue a tipificação dos produtos com melhor performance. A disponibilização de moléculas é muito importante para o desempenho do controle da doença e para o manejo da mancha de ramulária", afirmou Araújo.


Carlos Goulart, diretor do departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), participou de um painel sobre medidas regulatórias e novas tecnologias e falou sobre o que a área de defesa agropecuária vem fazendo para contribuir com a cadeia produtiva do algodão. Entre as ações, citou a adoção de listas de priorização de produtos fitossanitários para registro, para que novas tecnologias sejam aprovadas tempestivamente. Atualmente, há três listas em vigor - todas contemplam a cotonicultura.


"Os problemas surgem e o Ministério da Agricultura precisa dar respostas ao produtor. Para a cultura do algodão, uma das questões é o controle químico", pontuou Goulart. Mencionou, ainda, o programa de incentivo à produção de bioinsumos. "Há uma série de processos regulatórios, tanto do Legislativo quanto do Executivo, tentando aperfeiçoar a capacidade do governo de ofertar tecnologias em tempo para o produtor", reiterou.


O debate também contou com a presença de Eric Hirata, gerente de Projetos da BASF, que apresentou tecnologias de combate à ramulária em fase de pesquisa. Entre as novidades está o Revysol, molécula registrada em 46 países (incluindo Estados Unidos e Austrália), que proporciona seletividade das culturas. "O ingrediente ativo é muito seletivo, não apresentando fitotoxidade ou injúrias nas culturas, tanto no campo quanto nas estufas", garantiu Hirata.  O projeto foi submetido à aprovação do governo federal em 2016 e está em fase de avaliação pela Anvisa.



O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, participou da abertura dos debates e destacou a parceria da Embrapa e do Ministério da Agricultura. "A ramulária é a principal doença que pode causar danos à cultura do algodão, mas temos várias ferramentas surgindo. A Embrapa tem feito um ótimo trabalho e também tem sido fundamental o apoio do Mapa, principalmente na busca de novos registros, para que a gente consiga combater esta doença",  destacou.

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Abrapa renova benchmark com Better Cotton Initiative (BCI)

26 de Julho de 2021

Acordo atualiza protocolo do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR)


A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) renovou sua parceria com a Better Cotton Initiative (BCI). As duas entidades atuam em benchmark desde 2013, atestando a sustentabilidade da cotonicultura brasileira. O Brasil é o maior fornecedor de algodão Better Cotton do mundo, com 38% do mercado global.



O realinhamento dos protocolos do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e do BCI foi feito para incorporar novas iniciativas de sustentabilidade global, relacionadas a manejo integrado de pragas e doenças, saúde do solo e boas práticas socioeconômicas e de agricultura sustentável. A atualização será feita a cada cinco anos.



A nova fase do acordo foi celebrada em reunião virtual realizada na última sexta-feira (23), com a presença do CEO da BCI, Alan MacClay, e de toda a diretoria da mais reconhecida instituição de acreditação de fibra de origem sustentável do mundo. Com sede na Suíça, a organização não-governamental reúne em seu conselho de administração grandes marcas como Nike, Adidas, Ralph Lauren, Levis, H&M, entre outras.



"O BCI é um projeto estratégico, que posicionou o nosso algodão no mundo e tem respondido a muitas dúvidas do consumidor com relação à forma de produzir no Brasil. Somos grandes aliados", avaliou o diretor-executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero.   Destacou, ainda, o empenho da associação na regulamentação e implantação de biofábricas e no estímulo à produção on farm de bioinsumos no País.



Portocarrero aproveitou a oportunidade para falar sobre o projeto brasileiro de quantificar o sequestro de carbono na produção de algodão, para comercializar créditos com empresas do mundo todo. "É o grande passo que vamos dar nos próximos anos. Será uma garantia a mais de sustentabilidade e uma fonte de renda para os cotonicultores", ressaltou.



Alan MacClay demonstrou entusiasmo com as iniciativas brasileiras. "Tudo isso é muito animador, há um alinhamento perfeito de nossas estratégias", afirmou o CEO da BCI. "É interessante ver ações, além do nosso acordo. Temos que ser uma comunidade de aprendizagem", destacou. Esse é justamente o objetivo do primeiro Simpósio das Grandes Fazendas da BCI, que acontecerá no dia 11 de agosto e reunirá palestrantes brasileiros e internacionais para troca de ideias e experiências sobre a cultura do algodão. O evento, virtual, é gratuito e terá tradução simultânea. Para se inscrever, acesse


https://survey.alchemer.eu/s3/90354164/BCI-Large-Farm-Symposium-Registration?snc=1626094003_60ec39b3a643b2.50003279&sg_navigate=start&sglocale=pt-br

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Movimento Sou de Algodão chega a mais de 600 marcas parceiras no primeiro semestre de 2021

23 de Julho de 2021

A meta estipulada pelo movimento é de atingir 650 marcas até o final do ano


Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), chegou às 609 marcas parceiras em junho deste ano. São mais de 100 novas marcas que se juntaram desde abril, fazendo com que se aproxime da meta estipulada de 650 até o final de 2021. A maioria dos destaques são as adesões de moda masculina, infantil e juvenil. Além disso, acessórios e artesanatos também entram para ajudar na democratização do uso de algodão e promoção de uma moda mais consciente e responsável.


Dentre as cidades e estados que mais registraram adesão ao Movimento Sou de Algodão, ao longo de quase 5 anos de existência, São Paulo se destaca com 200 marcas. Logo após, a região Sul também ganha grande espaço, sendo Santa Catarina a líder com 112, seguido de Paraná com 56 nomes. Já em Minas Gerais, voltando para a região sudeste, são 55 adesões e o Rio Grande Sul, em quinto lugar, com 34 marcas.


“Não é apenas uma questão de democratizar o uso da fibra, mas de compartilhar com todos, de forma transparente, aquilo que fazemos e a forma como pensamos. O algodão é muito importante para a nossa economia, movimenta grandes indústrias e marcas de varejo, e, além disso, é fundamental para as centenas de microempreendedores individuais que encontraram uma forma de sobreviver à crise econômica que vivemos”, explica Júlio Cézar Busato, presidente da Associação Brasileira dos Produtos de Algodão (Abrapa).


O que explica a grande procura pela fibra natural na moda masculina é a durabilidade e a resistência à temperatura e às lavagens. Além disso, também é hidrofílica, porque absorve rapidamente a transpiração, permitindo que a pele respire. Já no artesanato, as marcas procuram trabalhar com a cultura do fazer à mão e dos costumes, tendo a natureza como pilar. Muitas, como é o caso da Donilia, trabalha com pequenas coleções com matéria prima de descarte de empresas têxtil.


Para conferir as marcas que se juntaram ao longo do mês de maio, basta entrar nas nas redes sociais do movimento clicando aqui; e para conhecer as que entraram em junho, clique aqui. Para conhecer todos os nomes, é só acessar o site.


22 de julho de 2021

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

23 de Julho de 2021

ALGODÃO PELO MUNDO #29/2021


- Algodão em NY - Semana volátil, mas com viés altista prevalecendo, sustentado pela boa demanda internacional. O contrato Dez/21 chegou a ultrapassar a barreira dos 90 centavos ontem, e fechou em 89,86 U$c/lp, alta de 0,9% nos últimos 7 dias.



- Preços 1 - Ontem (22/7), o algodão brasileiro estava cotado a 100,25 U$c/lp (-75 pts) para embarque em Ago-Set /21 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook).



- Preços 2 - O basis médio do algodão Middling Brasileiro posto Ásia em Julho/21 está 11,35 U$c/lp, de acordo com a Cotlook.



- Altistas 1 - As vendas semanais dos EUA, divulgadas ontem, atingiram o expressivo número de 422 mil fardos (92 mil toneladas). As exportações, por outro lado, sofreram com os gargalos logísticos globais e não impressionaram: 57,4 mil toneladas somente.



- Altistas 2 - Os leilões de algodão da reserva chinesa continuam vendendo 100% dos lotes ofertados, totalizando 134 mil toneladas até ontem. Os preços médios foram U$c/lp 105,34.



- Altistas 3 - As cotas adicionais de importação (700 mil toneladas) anunciadas pela China em Abril finalmente estão sendo liberadas para as empresas importadoras a partir desta semana.



- Altistas 4 - Estas cotas vinham sendo muito aguardadas pelos importadores Chineses devido à forte demanda. Boa parte desse algodão, entretanto, já está há algum tempo em armazéns alfandegados nos portos Chineses aguardando as cotas para entrar no país.



- Baixistas 1 - O relatório de condições de lavoura dos EUA aponta melhora, com 60% das áreas em boas-excelentes condições, 4 pontos acima da semana passada, comparado a 47% da safra passada nesta mesma época.



- Baixistas 2 - Esta semana começou com os mercados em baixa devido ao aumento mundial de infecções pela variante Delta do novo coronavírus. Infelizmente, a pandemia ainda não está superada na maior parte do planeta.



- Vietnã - Exportações de roupas e confecções do Vietnã em Junho foram as mais altas desde Agosto/2019.



- Paquistão - No Paquistão, as exportações têxteis de Junho também foram altas, bem acima do mês anterior. Com a produção de algodão em queda e exportações de roupas e confecções em alta, a tendência é de aumento nas importações da fibra.



- China 1 – A China importou 172 mil toneladas de algodão em Junho, praticamente o mesmo volume de Maio. O país já importou 2,66 milhões de toneladas no período Ago/20-Jun/21, quase 90% a mais que no ano anterior.



- China 2 – O gigante asiático também importou em Junho 160 mil toneladas de fios de algodão, 7% a mais que Junho/20.



- Plantio - Plantio em curso na África e na Índia, sendo que no país Asiático segue em andamento com um pouco de atraso. No Paquistão, os números finais de plantio mostram uma área 13% menor que no ano passado.



- Colheita - A Abrapa informa o andamento da colheita da safra 2020/21 de algodão no Brasil até ontem (22/7): BA e TO (37%); GO (49%), MA (21%); MG (40%), MS (76%), MT (17%), PI (45%) SP (94%) e PR (100%). Total Brasil: 24% colhido.



- Exportações - No último mês de exportações do ciclo 20/21, o Brasil exportou 34,4 mil tons de algodão nas duas primeiras semanas do mês de julho/21.



Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com



- Preços - Consulte tabela abaixo:


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Certificação única no mundo atesta sustentabilidade das algodoeiras brasileiras

23 de Julho de 2021

Na safra 20/21, 33% das usinas de beneficiamento devem receber o selo de boas práticas da Abrapa


O Brasil é o único país do mundo que certifica a adoção de boas práticas da lavoura ao beneficiamento - primeiro elo da cadeia industrial do algodão.  O comprometimento dos cotonicultores brasileiros com a sustentabilidade das algodoeiras é atestado pelo programa Algodão Brasileiro Responsável para Unidades de Beneficiamento de Algodão (ABR-UBA). Lançado há um ano pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o selo deve abranger um terço das 262 usinas ativas no país na safra 2020/21.



O Programa ABR-UBA fomenta o aprimoramento contínuo e padronizar as usinas de beneficiamento com as melhores práticas de segurança e saúde, gerenciamento de resíduos gerados no processo de beneficiamento, utilização de recursos e eficiência operacional. A iniciativa deriva do programa Algodão Brasileiro Responsável(ABR), que desde 2013 atua em benchmark com a Better Cotton Initiative (BCI) e comprova a adoção de processos produtivos responsáveis em 81% da safra nacional.



"Tendo em vista a rastreabilidade total da cadeia produtiva do algodão, era essencial que esse importante elo tivesse uma alternativa de certificação", relata o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.Para a formulação do novo programa, a entidade contou com a consultoria do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e das associações estaduais.



Amândio Pires, engenheiro agrônomo e coordenador de Segurança do Trabalho do IMAmt,  explica que o ABR-UBA utiliza os mesmos critérios do ABR, acrescidos de particularidades das algodoeiras.Como as usinas são indústrias dentro das fazendas, o protocolo de certificação incluiu cuidados com a parte elétrica previstos na Norma Regulamentadora 10 (NR 10), vasos de pressão (NR 13), prevenção de incêndios (NR 23) e, principalmente, com a segurança e a saúde do trabalhador, disciplinada pelaNR 12.



A NR 12 define medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos. "É uma norma complexa não só para as algodoeiras, todas as indústrias brasileiras têm alguma dificuldade para se adaptar", pondera Amândio Pires.



A necessidade de adaptação depende das instalações físicas, que variam muito de usina para usina. "A estrutura é um grande fator de maior ou menor risco. As mais antigas precisam de mais ajustes técnicos em segurança do trabalho, do meio ambiente e contra incêndios", ressalta Carlos Ferraz, coordenador de treinamentos do IMAmt.



Diretrizes do ABR-UBA 



Assim como o ABR, o ABR-UBA se fundamenta nos pilares social, ambiental e econômico:




























Pilar Social  
Saúde, Segurança e Bem-estar do Trabalhador
100% alinhado com a legislação trabalhista brasileira (CLT) e Constituição Federal;
100% alinhado com a Norma Regulamentadora 31, sobre as principais leis trabalhistas nacionais;
100% alinhado com a Norma Regulamentadora 12, sobre segurança no trabalho em máquinas e equipamentos;
100% alinhado com as normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT);
0% "Zero por cento" em trabalho infantil e trabalho análogo a escravo, indigno ou degradante.
























Pilar Ambiental  
Gestão e manejo sustentável de resíduos, energia e água
100% alinhado com a Norma Regulamentadora 25, sobre resíduos industriais;
100% alinhado com a Lei das Águas;
100% alinhado com a Norma Regulamentadora 20, sobre inflamáveis e combustíveis;
100% alinhado com as melhores práticas para uso sustentável de energia.
























Pilar Econômico  
Desempenho operacional
100% alinhado para resguardar empregado e empregador perante as leis trabalhistas;
100% alinhado com as normais legais brasileiras no contexto industrial;
100% alinhado com as melhores práticas no processo de beneficiamento e melhoria no desempenho operacional das usinas;
100% alinhado com as melhores práticas para evitar desperdícios de energia, água e prevenção de incêndios.


Aobtenção da certificação depende de 170 itens de verificação, divididos em oito critérios, com metas de cumprimento crescentes a cada safra:











































Critérios de classificação  Itens de verificação 
1.    Contrato de Trabalho 28
2.    Proibição de Trabalho Infantil 2
3.    Proibição de Trabalho Análogo a Escravo, indigno ou degradante 3
4.    Liberdade de Associação Sindical 4
5.    Proibição de Discriminação de Pessoas 2
6.    Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente do Trabalho 108
7.    Desempenho Ambiental 9
8.    Boas Práticas de Beneficiamento 14



Os critérios 2 e 3 têm conformidade total obrigatória em todas as safras. Cada um dos  demais deveatingir 70% (Categoria 1) e 80% (Categoria 2) já na primeira safra e  evoluir pelo menos 2% por safra, por mais cinco anos. Ao final da sexta safra de certificação, as usinas devem alcançar um patamar mínimo de 80% (Categoria 1) ou 90% de conformidade (Categoria 2).As categorias estão associadas ao desempenho operacional das máquinas da usina -na 1, a relação entre capacidade de fardos/número de serras deve ser menor que 0,06, enquanto na Categoria 2 essa relação deve ser igual ou maior que  0,06.



"São quesitos que o produtor teria que realizar para cumprir a legislação existente enão estar sujeito à penalização por algum órgão de fiscalização",ressalta Carlos Ferraz. "Com a certificação, terá um diferencial. A adoção de boas práticas sociais, ambientais e econômicas é uma tendência mundial", pondera.



Melhoria contínua 



A adesão ao ABR-UBA é uma oportunidade para identificação de não conformidades e uma possibilidade para implementação de melhorias, com orientação e acompanhamento das associações estaduais vinculadas à Abrapa e de certificadoras reconhecidas internacionalmente, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ambos participam desde o diagnóstico inicial até a última certificação. "Nosso trabalho não é de fiscal. Acima de tudo, orientamos, apontamos os pontos de melhoria contínua. A certificação é conseqüência", conta Júlio Cesar Pinto, auditor da ABNT.



Além de fazer parte das auditorias anuais do ABR, ele participou do projeto-piloto do ABR-UBA, realizado na safra 2019/20 nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Maranhão. Segundo o auditor, o interesse e o comprometimento dos produtores com boas práticas é cada vez maior. "Vemos uma preocupação crescente não só com a qualidade da fibra, mas também com o funcionário e com o meio ambiente", garante.



Isso se traduz em números. Na safra 2019/20,18 das 262usinas de beneficiamento ativas no país participaram do ABR-UBA. Para o ciclo 2020/21, a perspectiva é de adesão de 88 usinas. Entre as algodoeiras que participaram da primeira edição está a Guimarães Cotton. "Já temos o ABR/BCI, assim que tomamos conhecimento da certificação das algodoeiras, me interessei", conta Rogério Guimarães, sócio-proprietário da usina.



Com o apoio da Associação Mineira de Produtores de Algodão (Amipa) em todas as etapas da certificação, a Guimarães Cotton obteve o selo ABR-UBA em dezembro de 2020. "É um processo bem interessante, depois que está tudo funcionando é muito gratificante e a gente trabalha mais tranqüilo. Tudo o que você faz para se organizar melhor e ter mais segurança nos processos é um incentivo", acredita Guimarães.


"A melhoria é constante. Já identificamos o que pode ser aprimorado e começaremos as correções assim que findar a safra atual", conta.



Essa também é a prática adotada pela DB Agricultura, em fase de certificação. O grupo vê a adesão ao ABR-UBA como uma oportunidade para aperfeiçoar o processo de beneficiamento do algodão.  "Pudemos constatar que sempre existem melhorias a serem feitas, que irão beneficiar toda a cadeia envolvida na produção do algodão", diz Marcos Bruxel, diretor-executivo do grupo. Segundo ele, esses aprimoramentos são em diversas áreas. "Da saúde e segurança do nosso colaborador, pois são instalados diversos mecanismos impedindo uma intervenção humana que poderia gerar algum dano físico, ao aumento da produtividade, com a maior automação que permite fluxo contínuo do algodão", assegura.



Para a obtenção de ambientes mais seguros e saudáveis, o ABR-UBA preconiza a implementação de equipamentos de proteção coletiva (EPC); fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI); qualificação, capacitação  e monitoramento dos trabalhadores da usina;  áreas de vivência em boas condições de conforto e higiene; e manutenção preventiva e corretiva por profissionais qualificados. O programa também conscientiza sobre a importância do gerenciamento dos resíduos gerados durante o processo de beneficiamento.



A conformidade com as boas práticas e as legislações existentes pode dar trabalho, mas permite uma série de ganhos para os participantes do ABR-UBA.  O levantamento de riscos na área fabril ajuda na prevenção a acidentes de trabalho e na redução de risco de incêndios. O mapeamento de maquinários e rede elétrica fomenta o uso adequado dos equipamentos, que passam a operar em condições mais próximas do ideal. Além disso, mudanças em procedimentos ajudam na organização da produção e no controle e na qualidade do produto.



"O ABR-UBA, garante um ambiente saudável e seguro e uma produção de qualidade na unidades de beneficiamento", sintetiza Júlio Cézar Busato. "Com programas similares adotados em todos os demais elos–fiação,tecelagem,tinturaria,confecção,etc – poderemos atestar a sustentabilidade de uma peça de vestuário desde o ponto de venda até o campo. Essa é a visão de futuro da Abrapa: aliar rastreabilidade e sustentabilidade não somente para garantia de origem, mas também para assegurar a adoção de boas práticas ao longo de toda a cadeia produtiva", conclui.



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Movimento Sou de Algodão se junta à ONG Estou Refugiado em ação comemorativa ao Dia do Amigo

20 de Julho de 2021

Os dois projetos querem chamar a atenção da população para os refugiados que vivem em São Paulo/SP.


No dia 20 de julho, é comemorado o Dia do Amigo e essa data se tornou cada vez mais significativa. Por causa do isolamento e distanciamento social, devido à pandemia de COVID-19, foi necessário se afastar das pessoas que mais nos abrigam quando é preciso. E pensando nisso, o Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), se juntou com a ONG Estou Refugiado na campanha "quem tem amigo, tem o mundo".


A intenção é chamar a atenção para a situação de milhares de pessoas que encontraram refúgio no Brasil, por conta da fome ou de guerras em seus países. Para isso, recentemente, os dois projetos entregaram 400 kits de toalha 100% algodão, rosto e banho, para famílias vindas de longe e que ainda precisam de itens básicos para construir novas histórias no nosso País. Além disso, contaram com a ajuda do ilustrador Lavi Kasongo, vindo do Congo, para criar a identidade visual da ação - ele também busca oportunidades de trabalho através da ONG.


A ONG atua fazendo o trabalho de inserção destas pessoas no mercado brasileiro; já o Movimento Sou de Algodão busca conscientizar a população por meio da moda responsável e do consumo consciente.


Essa é a segunda ação do Dia do Amigo realizada pelo Movimento Sou de Algodão. Ano passado, a parceria foi com a ONG Moradores de Ruas e seus Cães para distribuir 500 moletons para pessoas em situação de rua e 300 peças para os companheiros. Além disso, a ONG realizou atividades como banho, doação de ração e atendimento veterinário para os pets; e os seus donos ganharam  alimentos, itens de higiene pessoal e atendimento médico.



Sobre Sou de Algodão


É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 38% de toda a produção mundial de algodão responsável.



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Uso de insumos biológicos é tema de Dia de Campo da Agopa

19 de Julho de 2021

Abrapa apresentou experiência do sistema produtivo baiano 


A Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) realizou, na última sexta-feira (16), o seu 18° Dia do Algodão.  O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, participou do evento e apresentou a sua experiência de cotonicultor, na Bahia, no uso de insumos biológicos no sistema de produção do algodão.  "Temos nosso exemplo na Bahia e hoje fazemos um intercâmbio de informações com o que é desenvolvido em Goiás", disse Busato ao grupo de cotonicultores.



O já tradicional Dia de Campo da Agopa aconteceu no Instituto Goiano de Agricultura (IGA), na cidade de Montividiu/GO, que desenvolve pesquisas com algodão e outras culturas para validação de tecnologias e melhoria da agricultura. Este ano, a atividade ocorreu em um formato reduzido, com pequenos grupos que percorreram um circuito de quatro estações técnicas. "Fizemos um pouco diferente dos eventos anteriores para a segurança de todos", explicou o presidente da Agopa, Carlos Alberto Moresco.



Confira: https://youtu.be/tAKBMDNq_Ec

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