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SPFW 58: Sou de Algodão, 12 estilistas e muita conexão
21 de Outubro de 2024

Lançado em 2016 com a missão de unir a cadeia produtiva e têxtil e estimular o uso do algodão brasileiro, o movimento Sou de Algodão hoje gera conexões entre produtores, fiações, tecelagens, malharias, confecções, varejistas, estilistas e público final. Neste SPFW, 12 estilistas parceiros mostraram 36 looks sendo o algodão pelo menos 70% da matéria-prima usada. Com styling assinado por @paulomartinez.stylist, as peças desenvolvidas por nomes como @adrianameiraatelier, @davidleeoficial, @igordadona e @joao_pimenta, as peças trazem técnicas como crochê, tricô, macramê e aplicações. Confira: https://www.revistalofficiel.com.br/fashion-week/spfw-58-sou-de-algodao

SPFW N58 evidencia autenticidade da moda nacional; veja mais destaques
21 de Outubro de 2024

O São Paulo Fashion Week N58 (SPFW) segue reafirmando seu espaço de criatividade e vanguarda na moda brasileira. Nos últimos dias, inovações e homenagens marcaram as apresentações de etiquetas como Artemisi, Bold Strap, Dario Mittmann e do movimento Sou de Algodão. Sou de Algodão reúne importantes nomes do SPFW Catarina Mina, Ateliê Mão de Mãe, João Pimenta e Weider Silveiro são alguns dos nomes que apresentaram looks no desfile do Sou de Algodão, movimento que promove o uso do algodão nacional na indústria da moda. Ao todo, foram 36 visuais feitos de formas diferentes, com diversas técnicas manuais — renda, crochê, tricô e macramê —, mas sempre com o algodão como o denominador comum. Cada peça foi a representação da individualidade de cada estilista, mas também da coletividade da cultura e do produto brasileiros. Confira a reportagem: https://www.metropoles.com/colunas/ilca-maria-estevao/spfw-n58-evidencia-autenticidade-da-moda-nacional-veja-mais-destaques#google_vignette 

Sou de Algodão leva alunos de Moda da UCS para uma imersão na indústria têxtil
21 de Outubro de 2024

Na última semana, o movimento Sou de Algodão promoveu um dia especial para os alunos do curso de Moda da Universidade de Caxias do Sul (UCS), uma de suas faculdades parceiras. Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do movimento, foi a responsável por acompanhar os alunos na Experiência Sou de Algodão e conduzir uma palestra sobre a importância da fibra para a indústria têxtil. O dia começou com a Experiência, que, desta vez, ocorreu na sede da Traciatti, uma marca parceira especializada em tricô 100% algodão e proprietária da Le Linea. Participaram da visita 16 estudantes e dois professores do curso de Moda da UCS. A Traciatti, com 12 anos de existência, tem uma trajetória que remonta a 40 anos, a partir das experiências anteriores de seu fundador, em malharias. Apaixonado por algodão, ele se especializou no desenvolvimento de fios mais adequados para o tricô industrial. Hoje, a marca é reconhecida pela altíssima qualidade de seus produtos e pela distribuição em lojas multimarcas, especialmente nas regiões Sudeste e Sul do Brasil. Além de sua sede em Caxias do Sul, a Traciatti conta com duas lojas em shoppings do Rio Grande do Sul. “Essa visita foi uma excelente chance de compartilhar nosso trabalho e as práticas que adotamos no dia a dia, explicando a importância de cada etapa do nosso processo produtivo para resultar em um produto de extrema qualidade e conforto. Além disso, essa interação nos permitiu também aprender com as perguntas e curiosidades dos estudantes, tornando essa visita enriquecedora para todos. Esperamos que essa experiência inspire futuros profissionais”, comemora Sabrina Gaiardo, uma das sócias da Traciatti. À noite, Manami conduziu uma palestra na UCS para 40 estudantes dos cursos de Moda, Design, Artes Visuais, além de público externo. A apresentação destacou o trabalho da Abrapa, seus pilares estruturais e projetos, como os programas de sustentabilidade, rastreabilidade, qualidade e promoção. Entre os principais pontos mencionados, a gestora ressaltou a liderança do Brasil na exportação de algodão responsável, a terceira posição global em produção da fibra e a capacidade de atender integralmente a demanda interna. Também destacou que os setores têxtil e de confecção são o segundo maior gerador de empregos no Brasil. Manami também enfatizou a versatilidade do algodão na moda nacional, apresentando exemplos de designs feitos com tecidos de algodão. “O algodão é uma das fibras mais antigas utilizadas na produção têxtil, e sua versatilidade se traduz em diferentes estilos. É importante mostrar, aos estudantes, seu papel na criação de peças com valor agregado, valorizando a fibra e a cadeia nacionais”, explicou. Renan Isoton, coordenador do curso de Moda da UCS, celebrou o sucesso da palestra. “Alunos e profissionais se reuniram para aprender e debater sobre o cultivo e o uso do algodão na moda brasileira, proporcionando um momento rico de trocas. No mesmo dia, foram expostos os trabalhos dos alunos participantes e dos semifinalistas regionais do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, onde todos se sentiram prestigiados com a presença da Manami e dos demais visitantes”, concluiu.

Sou de Algodão apresenta coleção criada por 12 estilistas na SPFW N58
21 de Outubro de 2024

A convite da Sou de Algodão, organização criada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para despertar consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável, 12 estilistas criaram 36 looks para um desfile quase todo feito com o tecido natural mais famoso do planeta. As marcas participantes desta edição do projeto são: Adriana Meira, Ateliê Mão de Mãe, Catarina Mina, David Lee, Heloisa Faria, Igor Dadona, João Pimenta, Martins, Ronaldo Silvestre, Thear, Walério Araújo e Weider Silveiro. Com styling de Paulo Martinez, a apresentação teve como tema Manualidades, o que explica a profusão de crochês, tricôs, macramês e aplicações mil. Na paleta de cores, tons naturais como branco, marrom e bege. Entre os looks, vestidos vazados se misturam a composições de alfaiataria, ora mais clássicos, ora com referências históricas trabalhadas em construções elaboradas. Confira aqui https://elle.com.br/moda/sou-de-algodao-apresenta-colecao-criada-por-12-estilistas-na-spfw-n58

Algodão na SPFW: da Roça à Passarela para Mostrar as Raízes da Moda Brasileira
21 de Outubro de 2024

Cerca de 500 pessoas reservaram a noite de sexta-feira (18) para celebrar o algodão brasileiro em um dos maiores eventos de moda do mundo, a SPFW (São Paulo Fashion Week), que ocupou o Pavilhão de Culturas Brasileiras, no Parque Ibirapuera. O desfile com tema “Manualidades – Raízes da Moda Brasileira”, organizado pelo movimento Sou de Algodão, trouxe a fibra em peças de tricô, renda e macramê, exaltando a tradição de tecer à mão. “O desfile é resultado da união de todo mundo da cadeia do algodão, da união da tradição do passado”, diz Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e gestora do Sou de Algodão. “Faz parte da história do Brasil produzir peças com as mãos, com o olhar moderno do presente, da produção de algodão profissionalizada, com tecnologia, mas que ainda carrega a tradição do cuidado e da preocupação do produtor com a qualidade”.O movimento Sou do Algodão é uma iniciativa da Abrapa, criado em 2016. A produtora de algodão do Grupo Progresso, no Piauí, Ani Sanders, que esteve pela primeira vez na SPFW, diz que ficou emocionada ao ver a fibra que produz no centro das atenções de um dos maiores desfiles de moda do mundo. “Quem planta o algodão vive sonhando, imaginando onde estará a fibra que produz. Esse desfile foi um marco da qualidade e da valorização da nossa fibra, por meio de peças feitas por artistas renomados”, afirmou. O resultado visto na passarela da SPFW é fruto de um processo cuidadoso que começa nos laboratórios e na lavoura. O algodão foi a matéria-prima de 36 peças em tons terrosos e floridas, produzidas por 12 estilistas parceiros que exploraram a fibra brasileira e a tradição ancestral da cultura regional. Entre eles estão Adriana Meira, Ateliê Mão de Mãe, Catarina Mina, David Lee, Heloisa Faria, Igor Dadona, João Pimenta, Martins, Ronaldo Silvestre, Thear, Walerio Araújo e Weider Silverio, que são nomes reconhecidos na moda brasileira. E alguns com presenças internacionais, como João Pinheiro na Paris Couture Week, ou Catarina Mina na Splash Paris, no White Milano e na Coterie New York. Para Rodrigo Burci Dias, gerente de marketing de algodão e feijão na Basf, multinacional de produtos químicos e biológicos, “o desfile começa quando a gente pega uma semente e cruza com outra, na primeira etapa, que é a do melhoramento genético”. E explica o porquê. “Assim, conseguimos produzir uma fibra de maior qualidade e um material genético que vai exigir menos uso de produtos químicos, o que ajuda muito o meio ambiente.” Vale lembrar que 82% do algodão brasileiro possuem certificação socioambiental ABR (Algodão Brasileiro Responsável) e licenciamento Better Cotton, e com 100% da produção rastreada, além de ser uma fibra biodegradável e orgânica. Paulo Sergio Aguiar, vice-presidente da Abrapa, celebra o desfile e destaca a importância do trabalho da entidade como todos os elos envolvidos na cadeia produtiva do algodão. “Dentro da Abrapa e das outras associações, nós conseguimos, através do Algodão ABR, fazer uma certificação onde o consumidor pode identificar e saber todos os passos da produção. Isso precisa ser conhecido e valorizado”. De acordo com o executivo, o algodão tem sido uma constante na SPFW para mostrar qualidades em uma “passarela social” que começa nas inúmeras lavouras. O Brasil tem cerca de 2 mil produtores de algodão, a maior parte nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, com destaque para os estados de Mato Grosso, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. Globalmente, cinco países — Índia, China, EUA, Brasil e Paquistão — representam uma parcela significativa da produção mundial da fibra, com contribuições menores de países como Turquia, Uzbequistão e Austrália. A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), estima que a indústria do algodão emprega cerca de 150 milhões de pessoas em 75 países. “O algodão é a segunda maior cadeia de geração de empregos do mundo. Ou seja, queremos mostrar ao consumidor que ao escolher uma roupa de algodão, ele está colaborando com a responsabilidade social e ambiental de uma fibra biodegradável, orgânica”, afirma Aguiar. Há 3 anos, organizar um desfile para exaltar o algodão na SPFW tem sido parte de uma estratégia para aumentar a adesão ao uso da fibra pelos próprios brasileiros. Mas o movimento Sou de Algodão não descarta a possibilidade de levar a pluma para a New York Fashion Week (NYFW), que acontece duas vezes por ano. Em fevereiro, para apresentar as coleções de outono/inverno, e em setembro, para as coleções de primavera/verão. Outras semanas da moda importantes ocorrem em Milão, Paris e Londres. Leia mais em: https://forbes.com.br/forbeslife/2024/10/algodao-na-spfw-da-roca-a-passarela-para-mostrar-as-raizes-da-moda-brasileira/

Agro em peso e “asas à cobra”: Sou de Algodão e João Pimenta movimentam SPFW
21 de Outubro de 2024

Em alta, o trabalho artesanal, assim como algumas das técnicas manuais mais populares do Brasil – crochês, tricôs, bordados e aplicações, voltaram ao centro das atenções nesta sexta-feira, 17, no São Paulo Fashion Week. Por meio de 36 looks criados por 12 renomados estilistas brasileiros, a Sou de Algodão, movimento criado em 2016 pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) com o intuito de unir todos os agentes da cadeia produtiva e despertar uma consciência coletiva pelo consumo responsável dessa matéria-prima, apresentou a coleção “Manualidades – Raízes da Moda Brasileira”, exaltando a tradição do “feito à mão”, em um desfile repleto de referências históricas. O resultado são peças bem elaboradas, vazadas com mistura de alfaiataria, estampas florais e tons naturais e terrosos.  “Mostra a união de toda cadeia do algodão e a tradição ancestral”, afirmou Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e gestora do Sou de Algodão. Ela acrescenta que o “feito à mão” faz parte da história do Brasil, das culturas regionais e mesmo da modernidade, com a produção de algodão profissionalizada com tecnologia. “Mas que ainda traz o cuidado do produtor com a qualidade”, completa. O desfile teve como convidadas as apresentadoras Fernanda Lima (que mais uma vez foi prestigiar os filhos gêmeos João e Francisco, que estrearam como modelos) e Pryscilla Paiva, musa do agronegócio, setor que compareceu em peso na, com diversos representantes e profissionais marcando presença na apresentação. Entre os estilistas que assinaram as peças da Sou de Algodão estão Adriana Meira, Ateliê Mão de Mãe, Catarina Mina, David Lee, Heloisa Faria, Igor Dadona, Martins, Ronaldo Silvestre, Thear, Walerio Araújo, Weider Silverio e João Pimenta, um dos maiores nomes da moda masculina atual, e que apresentou sua coleção em seguida. Asas à cobra Menos teatral e mais realista, com menos volumes e mais pele à mostra, João Pimenta surpreendeu ao trazer uma coleção mais comercial, mas não menos potente e ousada. Fruto de um trabalho mais focado do estilista, que deixou um pouco de lado os figurinos de teatro para se concentrar no desenvolvimento das peças de seu ateliê. Não foi tarefa fácil, já que Pimenta sempre conciliou as duas funções – “foi estranho desenvolver algo que tivesse só duas peças, sem tantas camadas”, disse – mas valeu o esforço. Peças mais leves e com muita pele à mostra deram movimento às silhuetas naturais do corpo. As estampas e texturas de cobra surgiram em praticamente toda o desfile, até para justificar o nome da coleção “Asas à Cobra”. A teatralidade e a subversão, inerentes do estilista, também apareceram, mas na forma de rendas, laços, capas, guarda-chuvas e minissaias masculinas. Também sua alfaiataria característica, em roupas oversized, de materiais transparentes e acetinados, com ombros quadrados e volumosos. Uma coleção mais equilibrada, mas que evidencia a assinatura de João Pimenta. Não à toa, foi aplaudida de pé. Leia mais em: https://veja.abril.com.br/comportamento/agro-em-peso-e-asas-a-cobra-sou-de-algodao-e-joao-pimenta-movimentam-spfw/

Liderança na exportação torna o Brasil protagonista no mercado têxtil mundial
21 de Outubro de 2024

Consolidado como maior exportador mundial de algodão, o Brasil teve papel de destaque no evento anual da International Cotton Association (ICA), que ocorreu de 14 a 17 de outubro, em Liverpool, na Inglaterra. O País sentou-se à mesa com lideranças do setor para participar mais ativamente da missão de garantir ao algodão uma presença maior no mercado têxtil de hoje e amanhã. A delegação brasileira, coordenada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), participou de debates, realizou eventos e incrementou a construção de um novo posicionamento junto à indústria têxtil e marcas mundiais. “Não basta nos tornarmos o maior exportador e não participarmos das tomadas de decisão. Assumimos uma postura mais ativa para podermos trabalhar juntos em pontos estratégicos, como é o caso da legislação europeia”, explicou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa. Neste ano, a participação brasileira incluiu três eventos durante a programação do congresso. No dia 15 de outubro, o Cotton Brazil Luncheon reuniu empresários e investidores do setor têxtil com novos dados e previsões sobre safra e exportação brasileiros. No dia 17, o Brasil esteve em um painel regional da programação oficial do evento, cujo foco foi o novo papel da cotonicultura brasileira no fortalecimento do algodão no mercado mundial de têxteis. Além disso, ao longo do ICA Trade Event, a delegação realizou uma série de rodadas de negócios com tradings mundiais. “Em todas as iniciativas, fomos muito prestigiados. Há grande interesse sobre como o Brasil pode contribuir para que o algodão amplie sua participação no mercado têxtil, porque a capacidade de aumentarmos a oferta em nível mundial está limitada”, observou Schenkel. Isso porque, segundo o presidente, o País já é reconhecido como um fornecedor com oferta estável e confiável de um produto cuja qualidade aumentou muito e rapidamente. “A percepção internacional é de que a liderança do Brasil nas exportações deve-se à evolução geral do algodão brasileiro, em termos de qualidade, certificação socioambiental, volume de produção e acesso a mercados”, analisou o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte. Mas o Brasil admite que existem pontos a serem melhorados. Enquanto a evolução do comprimento, resistência, micronaire e tipo é reconhecida, ainda é preciso aperfeiçoar quesitos como índice de fibras curtas, além da presença ocasional de pegajosidade e contaminação. Em termos de cadeia produtiva, a logística é o principal ponto de atenção identificado. “Existe a percepção de que precisamos aprimorar as operações portuárias e ampliar as rotas para além de Santos. Por isso, temos investido no programa ABR-LOG, um protocolo de boas práticas para os terminais retroportuários”, pontuou Alexandre Schenkel. TENDÊNCIAS O ICA Trade Event antecipa tendências do mercado têxtil, e a questão ambiental continua sendo um ponto de atenção. Na Europa, uma nova lei pretende rotular peças de roupa com a informação sobre o impacto ambiental gerado durante sua fabricação. Mas a forma de cálculo atual favorece o poliéster, tecido sintético feito com derivados de petróleo, em detrimento de fibras naturais, como o algodão. O uso de inteligência artificial tem aumentado na indústria têxtil, que emprega a tecnologia em várias áreas (do planejamento e negociação até à manufatura e previsão de demanda). Por outro lado, conflitos ao redor do mundo são um fator crítico para a ampliação da demanda. É o caso das guerras entre Rússia e Ucrânia e no Oriente Médio, além das disputas comerciais entre Estados Unidos e China. As eleições norte-americanas também estão em pauta, pois os candidatos Kamala Harris e Donald Trump têm abordagens distintas quanto ao comércio externo. “Com o aumento da nossa participação no mercado, aumenta também a nossa responsabilidade. Trabalhando juntos com outras nações e organizações, o setor pode avançar mais em escala global”, afirmou o presidente da Abrapa. A participação brasileira no ICA Trade Event é uma das ações do Cotton Brazil, iniciativa de promoção do algodão brasileiro em escala global. Idealizado e coordenado pela Abrapa, o programa é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e tem apoio da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa
18 de Outubro de 2024

Destaque da Semana - Nesta semana, nosso boletim trará as principais discussões e tendências realizadas durante o evento anual da International Cotton Association (ICA) em Liverpool, além das cotações e indicadores semanais. ICA 2024 1 - O Brasil teve destaque nesta edição do ICA. No dia 15/out, o Cotton Brazil realizou um almoço com os principais players da indústria presentes em Liverpool. Em pauta, novos dados e previsões sobre o algodão brasileiro. ICA 2024 2 - No dia 17/out, o Brasil foi o destaque de um painel sobre seu novo papel no fortalecimento do algodão no mercado mundial de têxteis. O debate foi muito prestigiado, gerando grande interesse e participação. ICA 2024 3 - A percepção internacional é de que a liderança do Brasil nas exportações é fruto da evolução geral do algodão brasileiro, em termos de qualidade, certificação socioambiental, volume de produção e acesso a mercados. ICA 2024 4 - Prevalece a imagem de um produto de boa qualidade a preços competitivos. ICA 2024 5 - Pontos de destaque: comprimento, resistência, micronaire e tipo evoluíram muito. Pontos a melhorar: índice de fibras curtas, presença ocasional de pegajosidade e contaminação por plásticos. ICA 2024 6 - O principal ponto de melhoria em termos de cadeia produtiva é a logística brasileira, que precisa aprimorar suas operações portuárias. Há também a demanda por novas rotas, além de Santos. ICA 2024 7 - A principal preocupação do setor no mundo é a queda na participação do algodão no mercado total de fibras têxteis. Motivos citados: preço, disponibilidade e funcionalidade. ICA 2024 8 - Na Europa, nova lei pretende rotular peças de roupa com seu impacto ambiental, mas o cálculo atual favorece o poliéster (fibra à base de petróleo). Em resposta, a iniciativa Make the Label Count (MTLC) busca mudanças para uma legislação justa. ICA 2024 9 - A dificuldade de aumentar a participação do algodão no mercado de fibras têxteis está relacionada à capacidade limitada de aumentar a oferta. O Brasil pode ter papel essencial no cenário, com oferta estável e confiável – o que, por outro lado, pressiona preços. ICA 2024 10 - A demanda fraca em mercados-chave, especialmente China, segue preocupando. Até o final do ano, o mercado tende a operar com um teto provável de 75 U$c/lp e um piso de 65-68 U$c/lp, segundo especialistas presentes no evento. ICA 2024 11 - Boas safras no Brasil e na Austrália dão segurança de oferta, e perdas recentes nos EUA e no Paquistão sustentaram os preços. Sem isso, especialistas acreditam que as cotações poderiam estar hoje em cerca de 58 U$c/lp. ICA 2024 12 - O mercado está vendo com desconfiança os números de demanda do USDA. Ao longo dos últimos dois anos, as projeções começaram muito otimistas e passaram por revisões significativas para baixo. ICA 2024 13 - A grande posição de vendas on-call pelos produtores indica que eles podem estar assumindo riscos excessivos com o mercado nos níveis atuais. ICA 2024 14 - As eleições nos EUA são outro fator crítico para o mercado, devido às abordagens distintas de Kamala Harris e Donald Trump quanto ao comércio externo. ICA 2024 15 - Parece claro que tanto a guerra comercial China/EUA como os conflitos armados no Oriente Médio e Rússia/Ucrânia precisam ser resolvidos para que a demanda por algodão aumente significativamente. ICA 2024 16 - A inteligência artificial (IA) está transformando o setor em várias áreas (do planejamento e negociação até à manufatura e previsão de demanda). ICA 2024 17 - Consumidor jovem, que se considera sensível às questões ambientais, define suas compras de roupas frequentemente por design e preço, não sustentabilidade, revelando um descompasso entre valores e comportamento. Algodão em NY - O contrato Dez/24 fechou nesta quinta 17/out cotado a 70,76 U$c/lp (-2,6% vs. 10/out). O contrato Dez/25 fechou em 72,76 U$c/lp (-1,0% vs. 10/out). Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia é de 750 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 17/out/24). Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 95,4 mil toneladas até a segunda semana de outubro. A média diária de embarque é 1,4% menor que a registrada no mesmo mês de 2023. Beneficiamento 2023/24 - Até o dia de ontem (17/10) foram beneficiados no estado da BA (85%), GO (79,55%), MA (55%), MG (87%), MS (89%), MT (62%), PI (62,2%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 67,37%. Preços - Consulte tabela abaixo ⬇ Quadro de cotações para 17_10Quadro de cotações para 17_10 Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com