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Jovens estilistas provam que moda, coragem e criatividade andam juntos
06 de Fevereiro de 2025“A criatividade viabiliza várias formas de diálogo, e a moda é um caminho de comunicação com o qual me identifico”, afirma a estudante de moda Vitoria Antunes, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ela ficou em terceiro lugar no Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores*, destinado para novos talentos, que aconteceu em 2024. Para Vitória, exercitar o seu olhar artístico significa encontrar beleza no que está ao seu redor. “A gente se conecta com beleza, no que a gente enxerga e alimenta a alma. As minhas inspirações estão ligadas ao que me comove, ao que me emociona. Tudo o que me causa emoção me permite traduzir em criação, e a moda entra como uma ferramenta de verbalizar isso.” A coleção ‘Sapiens Caribal’, que a jovem criou para o Desafio Sou de Algodão, clama pela atenção à exuberância da nossa biodiversidade e celebra as manualidades brasileiras. “Estudei sobre a necessidade de mitigação dos biomas brasileiros e decidi abrir um diálogo usando a moda como ferramenta para esse mapeamento”, relata. Fernanda Bastos, de Macapá, no Amapá, que ficou com o segundo lugar no Desafio, ressalta a região norte do país como fonte inesgotável de referências. “Como criadora nortista, desde sempre a gente é incentivado por inspirações naturais e culturais. Como eu vivo, as pessoas de onde eu vivo, o que elas fazem e a natureza que nos cerca. Tudo isso é apaixonante e me inspira a fazer algo que seja relevante para o lugar de onde eu venho.” Sua coleção ‘Na esquina do Rio’ reflete o trajeto hidroviário que faz saindo de Macapá para estudar moda em Belém, no Pará. “No meio dessas viagens, temos muito para observar. Pessoas diferentes, tanto dentro como fora do barco, a floresta Amazônica, as vilas ribeirinhas… E eu deitada na rede viajando visualizei uma peça que eu nunca fiz, mas que originou a coleção, que era uma camisa que remete à arquitetura ribeirinha.” Por sua vez, o grande vencedor da terceira edição do projeto do movimento Sou de Algodão em parceria com a Casa de Criadores, Lucas Caslú, natural de Goiânia, no Goiás, mostra que, além do tema, investigar processos sustentáveis e explorar materiais inovadores também são jeitos fundamentais para atingir uma moda mais criativa e autoral. Na coleção ‘Experiências’, Lucas, que é um acumulador assumido, se debruça no upcycling e traz peças que espelham suas experiências pessoais. Ele conta que suas ideias não surgem de repente, mas a partir de uma coletânea de pensamentos. “Eu gosto de andar com um caderninho para anotar as ideias sem compromisso com o resultado, e isso me dá uma liberdade criativa maior. Quando eu pego uma folha de papel em branco, é muito difícil eu ter uma ideia pronta. A persistência tem resultado comigo.” Trabalhando em uma confecção, o estudante e professor de desenho se assustou com a quantidade de tecido que era jogada fora e, então, decidiu levar para casa um saco do que seria descartado. “Eu achava aquele material incrível e via muito potencial nele”, lembra. “A gente, como desenhista e como designer, tem uma responsabilidade muito grande com o material que a gente trabalha.” A designer Vitoria Antunes também percebe que admirar a matéria-prima que se tem a disposição e fazer dela o suficiente desperta sua curiosidade e a instiga a criar. “Sair da zona de conforto nos estimula a pensar além de uma modelagem de uma blusa bonita.” Já Fernanda Bastos, que vem de uma família de artesãos, se deparou com uma escassez de materiais na região onde vive e, diante disso, se apropriou do que teve acesso em abundância, o barbante. Para sua inscrição no projeto, criou um vestido que possui texturas de fios de malha e resíduos de cortes de brim, representando o mapa da sua travessia no rio. Afinal, em um cenário atual em que tendências repetidas surgem o tempo inteiro, alimentando o consumo desenfreado, é preciso coragem para questionar e desafiar esses padrões. “Se a gente for analisar o consumo, o caminho mais seguro seria produzir o que é tendência, o que se sabe que será consumido e entregar para um público que já quer esse produto”, declara Vitoria.
Programa SOUABR Publica balanço de 2024
06 de Fevereiro de 2025Lançado em 2021, 0 programa SouABR, de rastreabilidade da cadeia do algodão, totalizou 326,5 mil peças rastreáveis, das quais 194.066 somente em 2024, cerca de 60% do total. Os dados do balanço anual que a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) publica comprovam que em 2024 o Programa SouABR ganhou tração, Dudalina e Individual, marcas da holding Veste S.A., configuram a adesão mais recente. Pelo sistema criado pela Abrapa em conjunto com a Trace, a plataforma de rastreabilidade da cadeia do algodão brasileiro opera com a tecnologia blockchain. "O SouABR atingiu importantes marcos em 2024, como o lançamento das primeiras toalhas rastreáveis do Brasil, em parceria com a Döhler, e a adesão de grandes varejistas, como Calvin Klein e Veste S.A., dona de marcas como Dudalina e Individual. Esses avanços reforçam nosso compromisso com a rastreabilidade e a responsabilidade, conectando o campo ao consumidor final", declarou em comunicado à imprensa Gustavo Piccoli, presidente da Abrapa. BALANÇO DO SOUABR Programa SouABR publica ○ balanço de 2024 em todas as esferas que trafegam pela plataforma, que registrou 194.066 peças rastreáveis. Covolan na Colomb 30 de janeiro de 2025. Algodão 79 produtores 99 fazendas Selecionar o mês 41.647 fardos rastreados. Fiação 1.764.764 quilos de fios rastreados. 06 empresas de fiação rastreadas em 2024 Cataguases, Dohler, Fio Puro (do grupo Kyly), Norfil, Santana Textiles e Vicunha Tēxtil. Tecelagens / Malharias 163.150 metros de tecido rastreados 136.310 quilos de malha rastreados em 2024 06 empresas rastreadas entre os dois segmentos Cataguases, Dalila Têxtil, Santana Textiles e Villa Têxtil. Confecção 206.086 peças produzidas 06 empresas de confeccão rastreadas em 2024 Cataguases, Döhler, Emphasis, Jace Confecções Veste S.A., e Villa Têxtil. Varejo 194.066 peças rastreáveis A diferença entre o volume produzido e as peças rastreáveis reportadas pelo varejo decorre de deficiência na amnarração dos dados por parte dos varejistas, não concluindo o processo de rastreabilidade", explica a Abrapa. 05 empresas de varejo rastreadas em 2024 I Döhler _ 131.605 peças rastreáveis do modelo Marrocos de toalha, contabilizadas entre julho e dezembro de 2024 2 Almagrino = 30.984 peças rastreáveis de roupas masculinas ao longo do ano. 3 Calvin Klein = 25.176 peças rastreáveis ao longo do ano. 4 Veste S.A = 3.841 peças rastreáveis de setembro a dezembro das marcas Dudalina e Individual. 5 C&A= 2.460 peças rastreáveis ao longo do ano. ACESSO POR OR CODE Do ponto de vista do consumidor, um QR Code impresso nas etiquetas das roupas rastreáveis funciona como porta de entrada para percorrer entre as informações dos diferentes agentes que compõem a cadeia do algodão. 1 Produtor de Algodão Sistema mostra dados desde a identificação da certificação ABR até a localização da fazenda entre outras informações. 2 Fardos de Algodão A plataforma do SouABR controla 26 dados relativos aos fardos de algodão que saem da fazenda. Passa pela safra, peso e características técnicas, como amarelamento, uniformização e resistência da fibra. 3 Fiação Data da produção dos fios com algodão certificado e rastreável, dados da empresa de fiação dados de nota fiscal, quantidade vendida e para qual confecção. 4 Tecelagem / Malharia Sistema registra dados da empresa, dados do produto, da nota fiscal, para qual confecção vendeu, quantidade vendida e assim por diante. 5 Confecção sistema recolhe dados sobre data da produção, da empresa de confecção, para qual varejista prestou o trabalho, quanto recebeu de tecido ou malha e quantas peças produziu com esse material são algumas das informações gravadas. 6 Varejo Nessa etapa, o programa inclui dados da empresa, dados da produção, quantidade adquirida com identificação por lote entre outras informações de controle. foto: divulgação (toalha Marrocos da Döhler).
SouABR finaliza 2024 com marco de 190 mil peças rastreáveis
06 de Fevereiro de 2025O SouABR, primeiro programa de rastreabilidade de ponta a ponta da cadeia têxtil, encerrou 2024 com resultados expressivos: mais de 190 mil peças finais rastreáveis, distribuídas por marcas como Almagrino, C&A, Calvin Klein, Döhler e Veste S.A. A iniciativa, promovida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) por meio do movimento Sou de Algodão, conta com a participação de 79 produtores e 99 fazendas, que disponibilizaram informações sobre mais de 41 mil fardos de algodão rastreados ao longo do ano. O trabalho e esforço para entregar a rastreabilidade ao consumidor final foram reconhecidos ao ganhar o primeiro lugar no Prêmio AMCHAM 2024, um dos mais renomados reconhecimentos à inovação sustentável no Brasil. As peças jeans lançadas pela C&A em fevereiro do mesmo ano, foram um dos destaques da premiação, que é promovida há mais de 40 anos pela AMCHAM – Câmara Americana de Comércio – e destaca práticas empresariais que impulsionam uma economia mais responsável e inovadora. A coleção vencedora contou com o blend de 53.460kg de algodão produzidos em cinco fazendas brasileiras, certificadas pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), 2.207,23 kg de fio e 3.713,40 m de tecidos da Santana Textiles, que, após o trabalho da confecção Emphasis, resultaram em 2.500 calças jeans rastreadas. “O SouABR atingiu importantes marcos em 2024, como o lançamento das primeiras toalhas rastreáveis do Brasil, em parceria com a Döhler, e a adesão de grandes varejistas, como Calvin Klein e Veste S.A., dona de marcas como Dudalina e Individual. Esses avanços reforçam nosso compromisso com a rastreabilidade e a responsabilidade, conectando o campo ao consumidor final”, destaca Gustavo Piccoli, presidente da Abrapa. O programa também registrou resultados significativos em outros segmentos da cadeia produtiva, alcançando mais de 1,75 milhão de quilos de fios, 160 mil metros de tecidos, 135 mil quilos de malhas e 205 mil peças confeccionadas. Alexandre Afrange, CEO da Veste S.A., ressalta a importância da iniciativa para a moda brasileira: “A rastreabilidade completa das peças não apenas conecta o consumidor à história por trás de cada produto, mas também eleva os padrões de sustentabilidade e ética na indústria da moda. Começamos o projeto com 80 mil peças rastreáveis e nosso objetivo é expandir cada vez mais essa iniciativa para os demais produtos que utilizam a fibra de algodão como principal matéria-prima. Não se trata apenas de inovação tecnológica, mas de um movimento maior de transformação do setor.” Pedro Sávio, sócio-fundador da Almagrino, destaca o SouABR como uma referência global em responsabilidade e moda consciente: “Por meio dessa iniciativa, demonstramos ao mercado consumidor nosso comprometimento com os mais altos padrões socioambientais. Na Almagrino, sentimos muito orgulho em fazer parte desse projeto e contribuir ativamente para o desenvolvimento de novos produtos e melhorias no processo de rastreabilidade.” “Estamos muito satisfeitos com o resultado, repercussão e adesão do mercado a nossa toalha de algodão rastreável. Um projeto como esse não apenas garante a origem responsável do algodão, mas reforça nossa transparência com o consumidor que vai poder conhecer desde a fazenda em que o algodão foi colhido, passando pela fiação, tecelagem até a confecção final da peça. A gente busca, sobretudo, um futuro mais sustentável”, destaca Marco Aurélio Braga, head de Comunicação e Marketing da Döhler. Os resultados expressivos do SouABR em 2024 reforçam a importância da rastreabilidade na indústria têxtil, conectando consumidores à origem dos produtos e promovendo práticas mais sustentáveis e transparentes. “Com a adesão de grandes marcas e o reconhecimento em premiações de inovação, o programa segue impulsionando a transformação do setor, elevando os padrões de responsabilidade socioambiental e consolidando o Brasil como referência global em moda consciente”, finaliza Piccoli.
Cotton Brazil destaca liderança brasileira na exportação
06 de Fevereiro de 2025O programa Cotton Brazil, desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), lançou seu Relatório Anual 2024. A publicação apresenta as principais ações realizadas pelo programa e os destaques ao longo de 2024, como a conquista do posto de maior exportador mundial de pluma pelo Brasil. “O ano de 2024 trouxe importantes conquistas para o algodão brasileiro. Além de termos antecipado a meta de nos tornarmos o maior exportador mundial de pluma, ultrapassamos a receita de US$ 5 bilhões no ano civil, um fato histórico”, destaca o presidente da Abrapa, Gustavo Viganó Piccoli. Entre os dados presentes no relatório, está o volume de 2,7 milhões de toneladas de algodão exportadas no ano comercial 2023/24 (compreendido de agosto de 2023 a julho de 2024). Foi um montante 85% superior ao registrado em 2022/23, elevando a presença do algodão brasileiro no mercado mundial em dez pontos percentuais, respondendo por 28% do mercado global de pluma. O conteúdo traz ainda um panorama geral do setor de algodão no Brasil e no mundo, identificando os principais produtores, consumidores, importadores e exportadores. Além disso, o relatório reúne indicadores, uma análise sobre o comércio com os dez países prioritários do Cotton Brazil e estatísticas mundiais. O Cotton Brazil é executado pela Abrapa em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). A atuação é pautada em missões internacionais, intercâmbio comercial entre instituições e órgãos governamentais, realização e participação em eventos e comunicação integrada.
Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro - safra 2023/2024 (Janeiro de 2025)
05 de Fevereiro de 2025A conclusão da análise por HVI do algodão brasileiro da safra 2023/2024, realizada pelos laboratórios que integram o programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), está na reta final. Com isso, é possível afirmar que a qualidade se manteve estável em comparação ao ciclo anterior, com uma melhoria significativa em um índice crucial: o das fibras curtas (SFI), uma das principais demandas da indústria global de fiação para a fibra nacional. Esse avanço é fruto dos investimentos contínuos em aprimoramentos, desde a escolha das variedades até o manejo na lavoura, na colheita e no beneficiamento. Confira a performance do algodão brasileiro na safra 2023/2024 no Relatório de Qualidade da Abrapa de janeiro. Clique aqui e confira!
Abrapa participa de reunião com ministro da agricultura sobre a COP30
05 de Fevereiro de 2025A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou, nesta terça-feira (4), de uma reunião com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, representantes de entidades e do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), em Brasília (DF), para apresentação do projeto coordenado pelo Mapa e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), voltado para a participação do agro brasileiro na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá de 10 a 21 de novembro, em Belém. "Foi discutida a organização setorial do evento, com ênfase na recuperação de áreas degradadas por meio da agricultura, bem como nos temas de rastreabilidade e sustentabilidade. Todas as cadeias produtivas que participaram contribuíram com sugestões, ideias e boas práticas para a organização da exposição, que será realizada dentro da Embrapa, que terá um espaço no evento", explicou Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa, que representou a entidade na reunião, ao lado de Alexandre Schenkel. A intenção é proporcionar aos convidados uma visão realista da agricultura brasileira nesses aspectos, além das estratégias para enfrentar a resistência de alguns setores da sociedade em relação à atividade agropecuária, abordando preocupações sobre meio ambiente e relações de trabalho. “A COP30 será um momento estratégico para demonstrar os avanços e compromissos do setor com a sustentabilidade e a inovação", destacou Portocarrero. Na segunda-feira (3), Fávaro se reuniu com a diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Na ocasião, foram debatidos temas estratégicos como agricultura, pecuária, florestas e sistemas alimentares, além do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), que pode dobrar a produção agrícola nacional sem necessidade de desmatamento. Também foram discutidas as possibilidades de contribuição da Embrapa na aplicação de tecnologia e inovação no campo. Na ocasião, o encontrou reuniu o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, Pedro Neto; o secretário-executivo adjunto, Cleber Soares; o assessor especial do ministro, Carlos Augustin; e a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá. Representando a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), participaram o presidente Pedro Lupion, os senadores Tereza Cristina, Jaime Bagattoli e Zequinha Marinho. Sobre a COP30 A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) é um dos mais importantes encontros globais sobre mudanças climáticas, reunindo líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil. O evento tem como objetivo discutir soluções sustentáveis para enfrentar os desafios climáticos e promover a cooperação internacional na área ambiental.
Cotton Brazil lança Relatório Anual 2024 com os destaques do ano
04 de Fevereiro de 2025O programa Cotton Brazil, desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), lançou seu Relatório Anual 2024. A publicação apresenta as principais ações realizadas e os destaques ao longo de 2024, como a conquista do posto de maior exportador mundial de pluma pelo Brasil. O conteúdo traz um panorama geral do mercado de algodão no Brasil e no mundo, identificando os principais produtores, consumidores, importadores e exportadores. Além disso, o relatório reúne indicadores de exportação, uma análise sobre o comércio com os dez países prioritários do Cotton Brazil e estatísticas mundiais do setor. O Cotton Brazil é executado pela Abrapa em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). A atuação é pautada em missões internacionais, intercâmbio comercial entre instituições e órgãos governamentais, realização e participação em eventos e comunicação integrada. O Relatório Anual 2024 já está disponível para download, em português, clicando aqui.
Treinamento para auditores do Programa ABR é concluído em Brasília
04 de Fevereiro de 2025Os auditores das empresas QIMA/WQS, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Genesis Certificações concluíram, na última quinta-feira (30), o treinamento de dois dias sobre o protocolo do Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) para a safra 2024/2025. Realizada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em Brasília, a capacitação teve como objetivo aprimorar os conhecimentos técnicos dos profissionais responsáveis pela certificação de terceira parte da produção de algodão sustentável no Brasil. O programa, administrado pela entidade, opera em benchmark com a Better Cotton (BC), referência mundial em licenciamento de pluma sustentável. Na ocasião, o gestor dos programas de sustentabilidade da Abrapa, Fábio Carneiro, destacou a relevância do alinhamento para a evolução do protocolo ABR, reforçando o papel dos profissionais na certificação das fazendas. “Eles foram atualizados sobre critérios essenciais do protocolo ABR, incluindo mudanças na base legal, melhorias nas evidências e ajustes na redação dos requisitos. Entre os temas abordados, destacam-se o contrato de trabalho da fazenda, saúde e segurança dos trabalhadores, promoção da saúde do solo, manejo integrado de pragas e o uso responsável de pesticidas. Esse alinhamento é fundamental para o contínuo aprimoramento do programa nacional de sustentabilidade, dada a importância do papel do auditor”, afirmou. Embora o Programa ABR seja de adesão voluntária, cerca de 83% da produção de algodão do Brasil já é certificada, seguindo as melhores práticas sustentáveis. O protocolo abrange toda a legislação trabalhista nacional, normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), legislação ambiental, Código Florestal e boas práticas agrícolas. Esse esforço reforça a competitividade do algodão brasileiro no mercado internacional, garantindo uma origem confiável e sustentável para a fibra. O treinamento também contemplou atualizações em critérios trabalhistas, com revisões na base legal, aprimoramento de evidências e a inclusão de novos temas, como trabalho decente e combate ao assédio. Outro ponto relevante foi a incorporação de um requisito específico sobre o relacionamento das unidades produtivas com as comunidades do entorno. “A atualização sobre as melhorias e alterações no programa é fundamental para garantir a uniformidade na interpretação dos requisitos entre todos os auditores. A Genesis, que atua nessas auditorias desde 2016, já tem como premissa a busca contínua pela excelência”, destacou Flaviana Bim, gerente de certificações da empresa. ABR Criado em 2012, o Programa ABR integra a estratégia de sustentabilidade da Abrapa, que se apoia em quatro pilares fundamentais: sustentabilidade, qualidade, rastreabilidade e promoção. Para garantir ainda mais credibilidade ao processo de certificação socioambiental do algodão brasileiro, desde a última safra, as associações estaduais contam com três opções de auditoria independente.