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Câmara Setorial atualiza previsões da cadeia do algodão frente à pandemia

30 de Março de 2021

A safra 2020/2021 de algodão deve alcançar 2,41 milhões de toneladas da pluma. O volume previsto é 20% inferior à 2019/20 e resulta, principalmente, da redução da área plantada, que totalizará 1,35 milhão de hectares. A produtividade média estimada é de 1.784 kg de pluma por hectare. As projeções atualizadas da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa, mostram, ainda, que 65% do algodão plantado na safra 2020/21 é de segunda safra e 35%, de primeira.


Os dados foram apresentados pelas associações estaduais na primeira reunião do ano da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).  O encontro, virtual, contou com a participação de todos os elos do setor.


A indústria têxtil apresentou suas expectativas, diante da queda na demanda interna, em razão da segunda onda da pandemia de Covid-19 no país.  A previsão é de um consumo de 700 mil toneladas de algodão. Segundo Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o recuo nas vendas do varejo já vinha sendo observado desde novembro e, a partir de março, começou a ser sentido pela indústria. "Estamos procurando costurar soluções que não coloquem em risco toda a rede de produção e distribuição", informou.


Pimentel acredita que somente em 2022 o setor retomará os níveis de 2019. Neste sentido, manifestou preocupação quanto ao estoque de passagem. "Precisamos trabalhar juntos, indústria, cotonicultura e varejo, para que não haja escassez de algodão e tenhamos uma situação de crescimento da cotonicultura e da indústria brasileira, rumo a nossa meta de um milhão de toneladas. Há preocupação com estoque de passagem muito apertado e é preciso que cotonicultura e indústria estajam afinados neste tema para não haver falta de algodão para a indústria têxtil brasileira", concluiu.


No que se refere às vendas externas, a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) estima que alcancem 2,315 milhões de toneladas da pluma entre julho de 2020 e junho de 2021 – até fevereiro, os embarques totalizavam 1,8 milhão de toneladas.  "Seria um novo recorde de exportação para o Brasil, além de solidificar a posição de segundo maior exportador do mundo, depois dos Estados Unidos, com praticamente 25% do comércio global", destacou Henrique Snitcovski, presidente da Anea. A China segue como principal destino da produção brasileira, responsável por mais de um terço das exportações de algodão.


 


A Abrapa aproveitou a reunião para apresentar o programa de promoção internacional do algodão brasileiro, o Cotton Brazil. Lançado em 2020 em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), o projeto tem foco no mercado asiático, destino de 99% das exportações brasileiras da pluma. Desde dezembro de 2020, a Abrapa conta com um escritório em Singapura, de onde foram realizados 10 eventos virtuais denominados Cotton Days - com a presença de mais de mil potenciais compradores, embaixadores e diplomatas - além de reuniões com as principais entidades do setor industrial têxtil da Ásia.


Como convidada especial da reunião, a pesquisadora Lêda Carvalho Mendes, da Embrapa Cerrados, falou sobre perspectivas de uso da Análise Biológica dos Solos – BIOAS - para uma agricultura mais sustentável. Lançada no ano passado, a tecnologia busca aliar alta produtividade com qualidade de solo. "Queremos fazer agricultura em solos saudáveis", afirmou.


 


Deliberações


 


O reajuste do Preço Mínimo do Algodão foi um dos temas em debate. A Câmara setorial decidiu solicitar ao Mapa a atualização dos valores no próximo Plano Safra, que deve ser anunciado pelo governo federal entre maio e junho deste ano. A proposta está sendo elaborada com base em dados do Centro de Pesquisas Econômicas da Esalq/USP e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). "É importante termos a garantia do preço mínimo não só para uma eventualidade, que esperamos que não aconteça, mas também como balizador dos cálculos para tomada de empréstimo e outros levantamentos", pontuou o diretor-executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero


Outra demanda que será enviada ao Ministério da Agricultura é a criação de mecanismos regulatórios que minimizem os impactos do processo de reavaliação do imidacloprido à agricultura brasileira. Também será reiterado o pedido, feito em dezembro de 2020, de priorização de registro de defensivos para pragas de difícil controle, como o bicudo do algodoeiro e a ramulária.


Ao final desta 62º reunião da Câmara Setorial, o presidente, Milton Garbugio, passou a liderança do fórum a Júlio Cézar Busato, que está à frente da Abrapa, desde janeiro deste ano.  "Queria agradecer a todos da câmara setorial, quantos problemas já resolvemos aqui. Temos muitas conquistas e ficamos orgulhosos com isso", falou Garbugio. "Temos que, intensivamente, trabalhar cada vez mais e mostrar que temos, sim, produto com responsabilidade e qualidade como qualquer produtor do mundo", finalizou.


 


Em nome do setor, Busato agradeceu a atuação de Garbugio em ações que beneficiaram a cotonicultura brasileira e reiterou o compromisso dos produtores com qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade. "Temos que fazer o dever de casa, vamos ter um trabalho enorme e não vai ser fácil. O que queremos, com isso, é conquistar mercado e valorizar a pluma brasileira", destacou. A próxima reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados está marcada para julho.


 

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

26 de Março de 2021

ALGODÃO PELO MUNDO #12



- Algodão em NY - Semana de queda significativa no mercado, com especuladores saindo em massa de suas posições.  Com o mercado em limite de baixa ontem, o contrato Jul/21 fechou em 79,52 U$c/lp, queda de 8% nos últimos 7 dias.  Desde o pico no final de Fevereiro, o contrato já perdeu 15 U$c/lp.


- Preços - O preço do algodão brasileiro Middling 1-1/8” (31-3-36) posto Ásia está em 91 U$c/lp (-4% na semana) para embarque em Mar-Abr/21 e 90,25 U$c/lp (-3% na semana)  para embarque em Out-Nov/21.  Tabela com mais detalhes abaixo.


- Altistas - Mesmo com o mercado em baixa na semana, é importante destacar que os fundamentos de mercado não se alteraram de maneira significativa.  Apesar das (poucas) chuvas, a seca no Texas continua e o ritmo de exportações segue forte. Além disso, a área de plantio deste ano nos EUA ainda é incerta e está pressionada por conta da relação de preços algodão x grãos.


- Baixistas 1 - Analisando os fatores baixistas, é importante destacar que a pandemia COVID-19 continua preocupando e limitando o crescimento, principalmente na Europa.  A grave situação no Brasil também está no radar, além das tensões sobre distribuição de vacinas entre a UE e Reino Unido além da Índia limitando exportações da vacina.


- Baixistas 2 - Os novos capítulos da relação EUA-China também contribuíram para a onda baixista.  Após o boicote de produtos com algodão de Xinjiang, os americanos, liderando uma coalizão com seus aliados da Europa e Canada, impuseram novas sanções à China por conta das acusações de campos de trabalho forçado na região.


- Baixistas 3 - A China, por sua vez, nega as acusações e já retaliou com sanções aos ocidentais.  Ao mesmo tempo, esta semana há uma forte campanha nas redes sociais defendendo algodão produzido em Xinjiang e pedindo boicote a várias marcas de varejo que proibiram os produtos da região.  Somente a hashtag #euapoioalgodãodeXinjiang já teve até ontem 1,8 bilhões de visualizações.


- Exportações - Exportações brasileiras de algodão na 3a semana de março foram de 49 mil toneladas.  O acumulado do mês nestas três semanas é de 153,8 mil tons.  Com estes números, mar/21 já é o maior mês de março da história, superando as 140 mil tons de mar/20.


- Relação Paquistão-Índia - O comércio de algodão entre os dois países foi suspenso em 2019 pelo Paquistão devido a litígios de fronteira na região da Caxemira. Os primeiros-ministros dos dois países estão em negociação que pode levar à suspensão do embargo.


- A Austrália teve cinco dias de chuvas contínuas, com algumas áreas recebendo as maiores precipitações em mais de meio século. Com isso, os reservatórios estão se enchendo, o que traz esperança de melhores dias para a cotonicultura local.


- Apesar de não interromper o comércio de algodão, o bloqueio do Canal de Suez impacta diretamente a cadeia têxtil pois esta é a principal via de exportação marítima de toda a Ásia para a Europa. A operação para desencalhar o navio Ever Given, um dos maiores navios do mundo com 400 mts de comprimento, pode levar muitos dias ainda.  A cada dia de interrupção, em torno de US$ 10 bilhões de mercadorias deixam de transitar pelo canal.


- Agenda - O relatório de intenções de plantio do USDA para esta safra será divulgado na quarta-feira, 31/mar. Entretanto, após o fim da pesquisa com produtores o mercado caiu mais 10 U$c/lp, o que pode indicar que o número anunciado pode estar acima do que será efetivamente plantado. A estimativa do USDA em Janeiro foi de 12,00 milhões de acres.


- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇

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Abrapa e Apex avaliam projeto Cotton Brazil

25 de Março de 2021












A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa, apresentou, nesta quinta-feira (25), um balanço da primeira fase do programa Cotton Brazil à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).  Fruto da parceria do setor produtivo com o governo federal, com apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), o projeto foi lançado em 2020 com o objetivo de promover internacionalmente o algodão brasileiro, com foco no mercado asiático.

 

A Ásia é o destino de 99% das exportações brasileiras da pluma, concentradas em nove países: China (22,5%), Bangladesh (17,3%), Vietnã (16,1%), Turquia (10,2%), Paquistão (9%), Indonésia (6,9%), India (2,4%), Tailândia (2%) e Coreia do Sul (1,4%), segundo dados do USDA (out/2020).

 

O potencial de crescimento desses mercados motivou iniciativas como a abertura de um escritório da Abrapa em Singapura, hub do continente asiático.  A base regional já propiciou a realização de 10 eventos virtuais denominados Cotton Days, com a presença de mais de mil potenciais compradores, embaixadores e diplomatas, além de reuniões com as principais entidades do setor industrial têxtil da Ásia.

 

O projeto inclui uma plataforma de Business Inteligence que auxilia os gestores do setor do algodão brasileiro na tomada das melhores decisões baseadas em dados. A ferramenta reúne as principais informações e indicadores da cadeia produtiva do algodão no Brasil e no mundo.

 

"A parceria com o governo brasileiro tem sido fundamental neste projeto e elevará nossas exportações de algodão a um outro patamar", avalia o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. A meta do Cotton Brazil é transformar o Brasil no maior exportador de algodão em pluma do mundo até 2030, reconhecido pela qualidade, sustentabilidade e padrão tecnológico de seu produto.



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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

23 de Março de 2021

ALGODÃO PELO MUNDO #16/2021



- Algodão em NY - Ao contrário dos grãos, que tiveram boa alta na semana, os contratos de algodão tiveram pouca volatilidade.  O contrato Jul/21 fechou em 86,05 U$c/lp, queda de 0,2% nos últimos 7 dias.


- Preços - O preço do algodão brasileiro Middling 1-1/8” (31-3-36) posto Ásia está cotado a 93,50 U$c/lp (+75 pts na semana) para embarque em Abr-Mai/21 e 93,50 U$c/lp (+75 pts) para embarque em Out-Nov/21.


- Altistas 1 - A China importou mais de 280 mil tons de algodão em mar/21, principalmente dos EUA, Brasil e Índia. O total importado na temporada 20/21 já ultrapassou 2 milhões de tons.


- Altistas 2 - As importações de fios de algodão pela China também seguem em ritmo forte. Foram 225 mil tons em mar/21, com o Vietnã representando quase metade das origens.


- Altistas 2 - Os mercados de grãos e oleaginosas tiveram forte alta na semana em Chicago. Milho subiu mais de 10%, atingindo limite de alta na sessão de ontem, e soja subiu 7% - ambos estimulados pelos apertados estoques.


 - Baixistas 1 - No caso do algodão, apesar de estar em patamar menor que o ano passado, os estoques estão longe das mínimas históricas.


- Baixistas 2 - Segundo a publicação Cotton Outlook, fiações relataram redução no volume de vendas de fios. Após muitos meses de excelentes margens, as indústrias têm reclamado de uma relação menos favorável de preços fio X algodão.


- BCI Chinês 1 – A China deve lançar em breve sua própria versão de certificação socioambiental para a cultura do algodão. Segundo fontes oficiais, “já está na hora da China definir seus próprios padrões de qualidade”, ao invés de atender as exigências externas.


- BCI Chinês 2 - O programa estaria sendo gestado há dois anos e, agora, com as crescentes tensões envolvendo denúncias de trabalho forçado na sua principal região produtora (Xinjiang), a China decide implementar a estratégia.


- Bangladesh – Além do lockdown, exportadores do setor têxtil têm sofrido com falta de gás em Bangladesh. Nas últimas semanas, fiações, tecelagens e fábricas de tecidos reduziram a produção devido à escassez do insumo energético. O país é o 2º maior importador de algodão do mundo.


- Turquia - A área plantada de algodão na Turquia em 21/22 deve aumentar 29%, para 450 mil hectares, segundo o USDA. Assim, mesmo com aumento no consumo interno, as importações devem reduzir em 5,9%, para pouco menos de 1 milhão de tons, colocando agora o país no 5º lugar do ranking de importações.


- Paquistão - O Paquistão tende a ter o pior desempenho na produção da pluma nos últimos 30 anos. O governo local estuda subsidiar a venda de sementes e agroquímicos e pode adotar preço mínimo para auxiliar os mais de 1,5 milhão de produtores do país.


- Paquistão 2 - As importações, por outro lado, devem atingir o recorde de 1,2 milhões de tons esta temporada (agora 4º do mundo).  A indústria têxtil do país é altamente competitiva no cenário global e representa 60% de todas as exportações do Paquistão.


- Índia - Embora ainda haja preocupação com a alarmante segunda onda de Covid-19 no país, os centros de produção têxtil, localizados principalmente em áreas rurais, não estariam sendo muito afetados.


 Plantio - Relatório semanal do USDA mostra aumento de 3 pontos percentuais para 11% do plantio nos EUA, mesmo nível do ano passado e acima da média de 5 anos em 2%. A situação de seca no Oeste do Texas permanece preocupante.


- Brasil-China - Aproximação - Na próxima segunda-feira (terça 27 em Beijing) a Abrapa assina Memorando de Entendimento com a principal entidade do setor na China, a China Cotton Association.


- Brasil-China - Aproximação 2 - O acordo prevê intercâmbios técnicos, parcerias para promoção da fibra brasileira no mercado Chinês e representa um marco nas relações das duas principais entidades do setor em seus respectivos países.


- Brasil-China - Aproximação 3 - A China é o principal mercado do algodão brasileiro, representando nesta temporada 33% das exportações nacionais, com volume de 643 mil tons, de ago/20 a mar/21.


- Exportações - O Ministério da Economia divulgou que o Brasil exportou 104 mil toneladas de algodão nas três primeiras semanas de abril. Este já é o recorde para o mês de abril, superando as 90,5 mil tons do ano passado.


- Preços - Consulte tabela abaixo


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Conheça o Sou de Algodão, movimento que promove o consumo responsável

22 de Março de 2021

​Iniciativa da Abrapa realiza ações e parcerias para incentivar o uso do algodão sustentável produzido em solo nacional.


Você sabia que o Brasil é o maior fornecedor de algodão sustentável do mundo? E que somente 8% de todo o algodão cultivado no país é irrigado artificialmente? Em 2016, o movimento Sou de Algodão foi criado para incentivar o consumo responsável da fibra, que é natural e biodegradável, além de levar informações como essas para o público. A iniciativa é da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e conta com 500 marcas engajadas atualmente, de segmentos que vão da moda à decoração. Essas parcerias funcionam como uma via de mão dupla, conscientizando os consumidores sobre a composição de suas roupas e de seus produtos.


Vem conhecer essa iniciativa!


Afinal, o que é algodão sustentável?


No Brasil, o algodão considerado sustentável é aquele certificado pelo Algodão Brasileiro Responsável (ABR), programa da Abrapa que existe desde 2012 e avalia pilares que formam o tripé da sustentabilidade: econômico, social e ambiental. Para adquirir o selo, atualmente fornecido em parceria com a ONG internacional Better Cotton Initiative (BCI), os agricultores precisam cumprir 178 requisitos de um rígido protocolo de boas práticas. Antes disso, precisam atender a outros 224 itens na fase de “verificação para diagnóstico”.


A atividade deve, por exemplo, ser economicamente sustentável e gerar renda, com salários dignos. No aspecto social, o programa avalia critérios como a segurança no trabalho e o respeito à legislação trabalhista brasileira. Já na esfera ecológica, o produtor deve cumprir o Código Florestal Brasileiro e manter boas práticas agronômicas. Os resultados da certificação são auditados por empresas externas que possuem renome internacional.


“Esse programa sempre é atualizado conforme a legislação. Dez anos de muito trabalho e, agora, estamos fazendo isso também para as beneficiadoras de algodão, que separam a pluma do caroço”, explica Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa desde janeiro deste ano. Em meados de 2015, a associação identificou perda de participação do algodão em relação a outras fibras e falta de conhecimento do consumidor sobre as roupas que vestia.


Diante desse contexto, surgiu uma necessidade: incentivar o uso do algodão brasileiro na moda e colocá-lo em pauta. Mostrar às pessoas, principalmente o consumidor, como ele é produzido, unindo a voz de profissionais de toda a cadeia produtiva da fibra. Para isso, a Abrapa pensou em uma ferramenta de conscientização sobre a composição das roupas. Assim, surgiu o movimento Sou de Algodão.


Nasce o Sou de Algodão


O Sou de Algodão estreou no São Paulo Fashion Week N42, em outubro de 2016. A campanha de lançamento teve como embaixadores o fundador e diretor criativo do evento, Paulo Borges, e os estilistas Martha Medeiros e Alexandre Herchcovitch, além do apoio de 10 filiadas e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).


O movimento faz diversas ativações para levar a consciência sobre os benefícios e as possibilidades da pluma (algodão beneficiado). Entre elas, participações em eventos de moda e no Congresso Brasileiro do Algodão, lançamentos de kits e campanhas em datas especiais, entre outras ações, como o Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, voltado para o público universitário.


Em 2018, por exemplo, o movimento organizou uma visita de jornalistas, estilistas e professores a uma fazenda algodoeira. O encontro, com participação de designers da Casa de Criadores, do consultor e palestrante André Carvalhal e da jornalista de moda Lilian Pacce, foi batizado de Cotton Trip. Outra frente de atuação é com marcas parceiras que pertencem à indústria têxtil e trabalham com o algodão nacional. Para se engajarem, elas precisam oferecer produtos com, pelo menos, 70% da fibra na composição.


Depois de quatro anos de atuação do projeto, Júlio Cézar Busato avalia que os consumidores começaram a se preocupar mais com sustentabilidade e fibras naturais. “Os sintéticos estão trazendo um problema enorme: a poluição dos rios e mares com microfibras. As coisas estão conseguindo caminhar e nós estamos conseguindo levar a nossa informação, as verdades de como é produzido o algodão brasileiro”, observa.



Marcas parceiras

As primeiras colaborações surgiram já no primeiro ano do movimento. Só em 2021, mais de 100 novos parceiros se juntaram à iniciativa, que tem expectativa de chegar a pelo menos 650 marcas engajadas, ainda neste ano. As listas dos segmentos de moda incluem labels como IoraneRonaldo SilvestreFarm e Ginger. A Reserva foi a 500ª marca a adentrar ao time.


“Nossa relação com as marcas é de colaboração. Para ser parceira não tem nenhum aporte financeiro. Trabalhamos juntos no processo de divulgação: eles divulgando o Sou de Algodão, e nós, a marca. Eles usam a logo e toda nossa guide, e nós fazemos o mesmo”, comenta a coordenadora do movimento, Silmara Ferraresi, da Abrapa.


O selo do movimento pode ser usado pelas marcas em suas plataformas de comunicação e nos produtos feitos com pelo menos 70% de algodão. Pelo site da iniciativa, é possível conferir todas as empresas engajadas de acordo com a categoria de mercado.


O movimento também articula colaborações entre as parcerias, como trabalhos conjuntos de grifes com grandes tecelagens, por exemplo. “Ajudamos muito dessa maneira, nos mais variados segmentos. Temos desde feminino, masculino, artesanato. Não tínhamos pensado que algodão poderia ser forte no segmento pet, mas tivemos uma marca engajada recentemente”, acrescenta a coordenadora.



Algodão no radar da moda

stylist e consultora de estilo e imagem Chris Francini é uma grande fã do algodão, especialmente por causa do toque e as diversas possibilidades que ele oferece para a indústria. “Hoje, você pode tecê-lo de várias maneiras, de tela e na diagonal. Pode fazer mil coisas com ele, ter acabamentos diferenciados. Acho que isso é que traz a novidade”, opina. A Iorane é uma das marcas parceiras do projeto que a especialista em estilo admira.


Para ela, um dos pontos mais importantes do movimento Sou de Algodão é a valorização do produto brasileiro. “Nós exportamos muito e, finalmente, as confecções nacionais começaram a enxergar nosso produto nacional. Tem um valor agregado muito forte, por isso o movimento é tão importante”, defende. “No mundo inteiro, estamos voltando para uma cadeia produtiva menor e que ajude produções locais.”



Algodão orgânico e sustentável são a mesma coisa?

Nas contas da Abrapa, o Brasil é o quarto maior produtor de algodão no mundo e o segundo maior exportador mundial. Atualmente, 75% dessa matéria-prima produzida em solo brasileiro tem o selo ABR.


De toda a quantidade licenciada pela BCI no mundo em 2019, 36% veio do Brasil. Isso significa que a maior parte do algodão sustentável do mundo é oriunda da cadeia nacional. Além disso, apenas 8% do algodão cultivado por aqui é irrigado artificialmente, enquanto os Estados Unidos, maior exportador do material, irriga 80%.


É importante, também, entender que o conceito de algodão sustentável é completamente diferente de algodão orgânico. A produção das plumas orgânicas não permite o uso insumos químicos, como agrotóxicos e fertilizantes sintéticos, e organismos geneticamente modificados, como as sementes transgênicas. O cultivo de plumas orgânicas no Brasil ocupa, principalmente, estados no Nordeste, a exemplo do “algodão colorido” da Paraíba, que a coluna abordou anteriormente.


O sustentável, por sua vez, respeita os três pilares mencionados anteriormente e é cultivado de maneira tradicional, usando tecnologias para manter a qualidade da fibra e controlar pragas, como o temido bicudo-do-algodoeiro. Busato adianta que já existe um trabalho conjunto da Abrapa com a Embrapa para encontrar uma alternativa para deter o inseto que dispense o uso de defensivos.








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Aberta a temporada de adesão à certificação ABR e ao programa SBRHVI

22 de Março de 2021

Está aberta a temporada de adesão ao programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que certifica o compromisso das unidades produtivas com a sustentabilidade. A partir da safra 2020-2021, todo produtor que adere ao ABR se associa, automaticamente, ao Standard Brasil HVI (SBRHVI).


Com a vinculação dos dois programas, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão une sustentabilidade à qualidade. A iniciativa proporciona maior praticidade aos produtores e maior confiabilidade à fibra brasileira, ao dar transparência aos dados de HVI.


A adesão ao ABR continua sendo necessária a cada safra, mas a adesão ao SBRHVI passa a ser por prazo indeterminado. O produtor pode optar pelo programa de qualidade (SBRHVI) sem aderir ao de sustentabilidade (ABR), mas não o inverso.


Consolidado no país, o programa Algodão Responsável Brasileiro (ABR) é uma certificação que atesta boas práticas nas fazendas, considerando três pilares: social, ambiental e econômico. O protocolo abrange os principais requisitos da legislação brasileira. São 178 itens, desde segurança e bem-estar do trabalhador até boas práticas agrícolas.


O Standard Brasil HVI (SBRHVI), por sua vez, tem como objetivo garantir o resultado de origem e, assim, dar credibilidade e transparência às análises de HVI realizadas pelos laboratórios de classificação instrumental que operam no Brasil. Isso é feito a partir de três pilares e o primeiro deles é o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), um laboratório central, localizado em Brasília, que faz a checagem dos resultados das análises. Um Banco de Dados da Qualidade do Algodão Brasileiro e a orientação permanente aos laboratórios participantes completam o programa.

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Cadeia têxtil debate sustentabilidade no Dia Mundial da Água

22 de Março de 2021

Como primeiro elo da cadeia produtiva da indústria têxtil, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa, marcou presença no II Summit A Moda pela Água, realizado nesta segunda-feira (22) para marcar o Dia Mundial da Água.  Promovido pelo movimento Ecoera com apoio da Bazaar, o encontro virtual também contou com a participação de empresas como Malwee, Damyller e Nilit.


O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, participou do painel "A moda que me representa - Boas práticas em ação" e falou sobre a certificação Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que atesta boas práticas sociais, ambientais e econômicas nas unidades produtivas. O protocolo abrange 178 itens. "Pra nossa felicidade, quase 80% do algodão brasileiro tem esse selo. O Brasil também é responsável por 36% de todo o Better Cotton produzido no mundo", ressaltou.  Busato também destacou a importância do programa Sou de Algodão, lançado em 2016 na São Paulo Fashion Week com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre o consumo consciente e, assim, fomentar o mercado do algodão responsável.


À propósito do Dia Mundial da Água, o presidente da Abrapa pontuou que apenas 8% do algodão plantado no Brasil é irrigado. Em primeira mão, Busato informou que o projeto Identificação, proteção e recuperação de nascentes, da Associação Baiana dos Produtores de Algodão, Abapa, foi reconhecido com o prêmio ANA 2020,  divulgado nesta segunda-feira pela Agência Nacional de Águas e saneamento Básico. O projeto abrange 9 municípios do oeste da Bahia.


Demais elos da cadeia têxtil


O debate contou com a participação da israelense Nilit, indústria global de soluções para a indústria têxtil e maior fornecedor de poliamida no mundo. Fabianne Pacini, diretora de marketing e conteúdo da empresa, revelou que estão em fase de desenvolvimento de produtos de fontes biológicas .  "Nossa visão é desenvolver soluções que ajudem todos o elos da cadeia da indústria têxtil a oferecer produtos cada vez mais responsáveis e sustentáveis", afirmou.


Esse também é o propósito da Damyller Jeans de acordo com o gerente de Sustenbilidade da empresa, Pedro Eduardo Daminelli.  Pioneira no Brasil na produção de uma linha de jeans com zero descarte de água a partir do uso de laser e ozônio, a empresa de Santa Catarina utiliza corantes naturais, como borra de café, e conta até com uma estação de tratamento dos efluentes industriais.  Segundo Daminelli, a evolução de tecnologias é prioridade para a Damyller. "Utilizamos máquinas de última geração e estamos sempre pesquisando e buscando novas tecnologias no mundo todo", falou.


A Malwee aposta na mesma estratégia há mais de 50 anos.  "A evolução tem que ser contínua, para acompanhar as mudanças e gerar cada vez menos impacto no meio ambiente", disse Guilherme Moreno, gerente de marketing da empresa.   "É impossível fazer moda sem água, o jeito que a gente cuida da água e devolve para a natureza é o que faz a diferença", destacou.  Assim como a Damyller, a Malwee conta com uma estação própria de tratamento de efluentes, onde sistemas de membranas  permitem a devolução da água ao Rio Jaraguá com padrões de qualidade acima dos previstos em legislação. O volume de água recuperado é aproveitado nos processos de tingimento e lavação.


O debate foi encerrado por Chiara Gadaleta, fundadora do Movimento Ecoera. "Sustentabilidade não é tendência , é garantia de futuro", afirmou. "Sustentabilidade é uma jornada, não um destino". O Ecoera foi criado em 2008 com a missão de integrar os mercados de moda, beleza e design às questões sociais e ambientais por meio de um conjunto de atividades, práticas e ações - baseadas nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Onu -, que aproximam toda a cadeia produtiva à sustentabilidade ambiental, social, econômica e cultural.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

19 de Março de 2021

ALGODÃO PELO MUNDO #11/2021



- Algodão em NY - Acompanhando outras commodities, o mercado de algodão está em baixa esta semana.  Incertezas sobre a retomada econômica global, alta nos rendimentos dos títulos do tesouro EUA e relação EUA-China entre os motivos.  O contrato Jul/21 fechou ontem cotado a 86,42 U$c/lp, queda de 3,1% nos últimos 7 dias.


- Preços - Na tabela abaixo começamos a divulgar esta semana o indicativo de preços do algodão Brasileiro Middling 1.1/8”(31-3-36) posto na Ásia, de acordo com cotações da publicação especializada Cotlook.  Os preços são para embarques em Março/Abril e Out/Nov deste ano.


- Baixistas 1 -Destaque negativo das commodities esta semana, as cotações de petróleo Brent despencaram 8,7%.  Entre os motivos estão a paralização ou ritmo muito lento de vacinação em algumas partes do mundo, lançando incertezas sobre a demanda no curto prazo, principalmente na Europa.


- Baixistas 2 - Esta semana foi também marcada por mais aumento nos rendimentos dos títulos do tesouro dos EUA.  As taxas, que saltaram de 0,7% para 1,73% em um ano, estão fazendo que muitos fundos migrem para este ativo, considerado mais seguro.


- Altistas - Condições de seca em todo o Texas continuam sustentando novos preços de safra, mesmo que partes do oeste do estado tenham recebido chuvas esta semana.


- Altistas 2 - Exportações continuam em ritmo acelerado nos dois principais exportadores, EUA e Brasil.  Com os números divulgados esta semana, os EUA já comercializaram para o exterior 99.4% da expectativa até o final do ano comercial  (Julho), e já exportaram 62% (2,1 milhões de tons).


- Exportações - Exportações brasileiras de algodão na 2a semana de março foram de 44 mil toneladas.  O acumulado do mês nestas duas semanas é de 104,4 mil tons.  Com estes números, o Brasil já exportou 85% (1,8 milhões de t) da meta até o final de Julho.


- China - Esta semana foram divulgados mais dados que mostram a robusta recuperação econômica da China. As vendas no varejo, a produção industrial e o investimento em ativos fixos aumentaram mais de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Economistas do UBS elevaram sua previsão de crescimento do PIB da China este ano para 9%.


- Guerra Comercial - Ocorre neste momento no Alasca a primeira de alto nível reunião EUA-China após a posse de Joe Biden. O clima da reunião não parece muito bom, acusações mútuas.  O sentimento é que haverá pouco progresso nas negociações.


- Conab - O último relatório da CONAB Brasil reduziu a previsão da produção nacional deste ano para 2,510 milhões de tons (o número da Abrapa é 2,491). A área final foi estimada em 1,425 milhão de hectares (o número da Abrapa é 1,399), uma redução de 14,5% em relação à safra passada.


📉📈 Preços - Consulte tabela abaixo ⬇

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Produtores brasileiros e indústria têxtil chinesa estreitam relações com participação no Cotton Brazil Outlook – China

18 de Março de 2021

Evento, que aconteceu em março, busca uma maior aproximação entre o algodão brasileiro e empresas chinesas. A participação do algodão brasileiro nas importações da China (market share) na temporada 2019/2020 atingiu 37% e, atualmente, país é o maior importador da fibra nacional.


A última quinta-feira, 10 de março, foi marcada por um importante encontro entre produtores de algodão do Brasil e representantes da indústria têxtil da China. Na data, aconteceu o Cotton Brazil Outlook China, evento promovido por Cotton Brazil, iniciativa da Abrapa (Associação Brasileira de Produtores de Algodão), em parceria com Anea (Associação Nacional dos Exportadores de Algodão) e Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), contando com a Embaixada do Brasil em Beijing e a CNCE (China National Cotton Exchange) como co-organizadores do evento.


Este foi o mais recente evento virtual da série, que já promoveu encontros com os mercados da Índia, Coreia do Sul, Vietnã, Turquia, Bangladesh, Paquistão e Indonésia, através do estreitamento de relações entre autoridades e especialistas do segmento nacional com empresários do ramo têxtil locais. Na ocasião, os participantes recebem informações valiosas sobre os diferenciais da pluma brasileira, suas características, dados sobre a última safra e projeções de curto e médio prazos.


Depois da abertura oficial com Marcelo Duarte, Diretor de Relações Internacionais da Abrapa e gestor do Cotton Brazil, o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, deu as boas-vindas aos presentes. Logo após, o embaixador do Brasil em Beijing, Paulo Estivallet, ressaltou a importância da parceria comercial entre os dois países nas últimas décadas. Segundo ele, mesmo com a grave crise global gerada pela pandemia de Covid-19, foram atingidos recordes comerciais em 2020.


"As exportações de algodão brasileiro para a China cresceram 31% entre 2019 e 2020. Esta é uma comprovação de que o Brasil é capaz de produzir e comercializar grandes volumes com grande qualidade", explicou o embaixador, afirmando ainda que "o trabalho duro de produtores e autoridades fez com que o produto brasileiro seja hoje reconhecido e indicado mundialmente".


China é o principal mercado internacional do Algodão Brasileiro


 


De acordo com dados da Abrapa, a China, maior consumidor global de algodão, foi o maior importador da fibra brasileira, representando 30% de todo o volume embarcado no período de agosto de 2019 a julho de 2020. O país tem tido uma crescente participação nas compras de algodão brasileiro: nos últimos 5 anos, o Brasil aumentou consideravelmente o volume de algodão exportado para a China em mais de 5 vezes. Na temporada 2015/2016, foram 100.661 toneladas; na temporada 2019/2020 este número subiu para 576.680 toneladas, que renderam 916,4 milhões de dólares para o Brasil.


Yang Baofu, vice-diretor geral da CNCE – China National Cotton Exchange (organização que tem mais de 5.000 compradores de algodão em sua carteira na China), reconheceu a crescente importância do algodão do Brasil para a indústria têxtil chinesa e a necessidade de um estreitamento cada vez maior entre os países. "A integração do mercado e de toda cadeia da indústria de algodão da China com o Brasil formou uma exemplar cooperação ganha-ganha", afirmou. Ainda de acordo com Mr. Baofu, o evento Cotton Brazil Outlook representa "oportunidade para aumentar ainda mais o entendimento, fortalecer a cooperação, expandir a escala dos negócios da cadeia de algodão brasileiro com o mercado chinês e criar um ambiente comercial internacional saudável".


O webinar seguiu com as apresentações de Júlio Cézar Busato, Presidente da Abrapa; Edson Mizoguchi, Gestor de Qualidade da Abrapa; Carlos Moresco, produtor de algodão brasileiro; Henrique Snitcovski, Presidente da Anea; e Marcelo Duarte, Diretor de relações internacionais da Abrapa.  O evento contou ainda com a participação de representantes da indústria chinesa durante uma rica sessão de perguntas e respostas: Eric Weng, Gerente do Departamento de Trading Internacional da Chinatex Cotton (HK) Limited; Nana Zhao, Gerente Geral da Henan Tongzhou Cotton Trade Co.; e Kris Kong, Gerente Internacional da Hebei Xindadong Textile Co. Os convidados contribuíram com suas percepções sobre o aumento da qualidade e, consequentemente, da aceitação do algodão brasileiro pela indústria têxtil chinesa. Ainda, sugeriram ações para aumentar a participação da pluma no mercado chinês, de maneira a criar uma situação ganha-ganha para todos os elos da cadeia. O evento Cotton Brazil Outlook – China é uma das várias ações da iniciativa Cotton Brazil nos principais mercados consumidores de algodão do mundo.


 


Sobre Cotton Brazil


Cotton Brazil é uma iniciativa que nasce no final de 2020 para promover o algodão brasileiro no mercado global, depois de 20 anos de constante inovação, pesquisa e investimentos em aprimoramentos do setor. Capitaneada pela Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), em parceria com Anea (Associação Nacional dos Exportadores de Algodão), Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Cotton Brazil pretende levar o Brasil à liderança global nas exportações de algodão através de ações como marketing digital com site em nove idiomas e redes sociais; marketing de relacionamento; eventos técnicos e promocionais; inteligência de mercado; missões com compradores e vendedores; pesquisas e parcerias estratégias.  Para coordenar de forma mais efetivas estas ações e fomentar um estreitamento nas relações com os clientes Asiáticos, a Abrapa conta com um escritório em Singapura.


Para saber mais, acesse: www.cottonbrazil.com

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"Nossos esforços agora são de aumentar o mercado externo para o algodão brasileiro"

16 de Março de 2021

Entrevista do presidente da Abrapa no quadro “Conversa na Varanda” do programa “Depois da Porteira”


Em entrevista ao programa Depois da Porteira, transmitido pela rádio CooperaCom, o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, falou sobre a grande evolução da cotonicultura brasileira na última década e perspectivas para o setor. Com investimentos em pesquisa e tecnologia, a produção da fibra saltou de 1.194 milhão de toneladas na safra 2009/2010 para 3 milhões de toneladas na safra 2019/2020, e o Brasil se tornou o quarto  maior produtor e o segundo maior exportador de algodão do mundo. "Podemos crescer muito mais e num curto período de tempo", afirmou Busato.


Ouça a entrevista completa aqui (incluir o link: https://anchor.fm/agropressmarketingecomuni/episodes/Nossos-esforos-agora-so-de-aumentar-o-mercado-externo-para-o-algodo-brasileiro-esg652)

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