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Sou de Algodão brilha na SPFW N46, em parceria com João Pimenta

23 de Outubro de 2018

O Sou de Algodão, movimento desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com diversas ações para incentivar o uso da fibra na indústria têxtil do país, participou novamente do São Paulo Fashion Week. Esta edição foi sua primeira parceria com João Pimenta, com patrocínio do Projeto Estufa, iniciativa do SPFW para apresentar novas formas de criar, distribuir e produzir moda, o qual o estilista representa.


Para o desfile feminino, que aconteceu no dia 22 de outubro, João Pimenta fez uma imersão no universo do movimento e criou uma coleção inteiramente feita de algodão, com uma fibra só, o que representou um desafio para o estilista que costuma trabalhar com muitos fios. "Quis quebrar também um tabu, porque as mulheres brasileiras não consomem muito algodão, a não ser na camisa, no jeans, elas ainda acham que demora a secar, que amassa. Toda fibra natural amassa, vide o tafetá de seda e o linho'', conta Pimenta.


Em seu processo criativo, o estilista fez uma visita à Fazenda Pamplona, em Cristalina/GO, para conhecer pessoalmente todo o processo de produção do algodão sustentável e outra para a Bordana, cooperativa que tem um trabalho de inclusão socioeconômica de mulheres através do bordado e da cultura do cerrado goiano.


Para o desfile na 46ª edição da semana de moda nacional, o movimento trouxe 10 marcas parceiras para colaborações, que forneceram desde os bordados e fios até os tecidos usados na coleção. Bordana, Canatiba, Cataguases, Cedro Têxtil, ITM Têxtil, Norfil, Santanense, Trecê Brasil, Urbano Têxtil e Vicunha estarão na passarela em criações inéditas assinadas por João Pimenta.


"Estar mais uma vez na São Paulo Fashion Week tem uma importância, inclusive simbólica, para o Sou de Algodão. Primeiro, porque foi nesse evento, o maior da moda no país, que nosso movimento estreou, mostrando aos players brasileiros e ao público participante que a moda pode ser, sim, mais natural e sustentável, sem perder em estilo e criatividade. Nesse retorno ao SPFW, estamos com parceria com o estilista João Pimenta, que não somente abraçou o movimento, como produziu uma coleção 100% algodão. Ele teve oportunidade de conhecer o modelo de produção da matéria-prima numa fazenda; de ver a colheita e o beneficiamento de perto e isso, com certeza, foi não só uma fonte de inspiração, como um diferencial, na medida em que ele pôde conhecer a dinâmica logística do processo, e, assim, criar dentro de parâmetros factíveis. A coleção sai pelo Selo Estufa e está linda. O fato de ser voltada para mulheres também é significativo, pois mostra para esse segmento, um dos que menos consome a fibra natural, que o algodão vai além do casual e despojado e pode ser também luxuoso. Essa versatilidade faz toda a diferença", comemora Arlindo Moura, presidente da Abrapa.


"Participar do movimento Sou de Algodão me fez sentir uma grande evolução como pessoa e como profissional, a união que faz a força, faz todo o sentido dentro desse projeto. Estou muito feliz e agradecido a todas as marcas que fazem parte do movimento tão importante para a moda e para o nosso país. Viva a natureza brasileira", festeja João Pimenta.


Sobre o "Sou de Algodão"


"Sou de Algodão" é um movimento que incentiva o uso desta fibra natural, essencial na moda e no bem-estar do brasileiro, e tem como objetivo conscientizar o consumidor final sobre os benefícios da matéria-prima e as práticas responsáveis da cotonicultura. É uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).


As ativações do movimento contemplam engajamento de influenciadores que conversam tanto com a cadeia produtiva quanto com o consumidor, como estilistas, personal stylists, representantes de marcas que ditam a moda, empresários e blogueiras. Também são realizadas ações de engajamento nas redes sociais, plataformas digitais e um portal de conteúdo sobre o uso do algodão na indústria da moda (http://soudealgodao.com.br/), além de parcerias com marcas, iniciativas com instituições de formação em moda e apoios.

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Missão Vendedores 2018

23 de Outubro de 2018

Terminou em Hong Kong, na China a Missão Vendedores 2018, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que leva os cotonicultores nacionais para dialogar com o mercado comprador e apresentar o desempenho da atividade no Brasil. Este ano, a missão foi à Turquia e à China, importantes destinos da pluma do país na Ásia, mercado que representou, no ciclo 2017/2018, 80% das importações de algodão. Os trabalhos começaram no dia 8 de outubro, em Kahramanmaras, na Turquia, e prosseguiu nos dias 11 e 12, nas cidades chinesas de Xangai e Qingdao, respectivamente, finalizando, no dia 18, em Hong Kong, onde a Abrapa realizou o último dos Brazilian Cotton Day desta edição, com uma série de reuniões com empresários e traders, além de apresentações de especialistas. Na última parada, um dos pontos mais debatidos foi o risco logístico da safra 2018/2019, estimada em 2,5 milhões de toneladas de pluma, das quais, de 1,6 a 1,7 milhão de toneladas devem seguir para o mercado externo.


"Na safra 2017/2018, que foi um recorde, já enfrentamos alguns problemas de atraso nos embarques, porque os contêineres disponíveis para isso rarearam com a diminuição das importações brasileiras. Este ano, o produtor provavelmente terá de estocar algodão na fazenda. Toda a cadeia produtiva está se movimentando para buscar soluções para evitar transtornos que podem ser ainda maiores com o aumento expressivo da produção. Não podemos ficar reféns da nossa competência", disse o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura. Algumas alternativas já estão sendo estudadas, inclusive os embarques pelo Porto de Salvador, que começaram a se tornar mais expressivos, mas ainda em caráter experimental, este ano.


Regularidade


O presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Henrique Snitcovski, ressaltou a importância da constância da oferta para o mercado asiático, o que depende, principalmente, da frequência das linhas marítimas para fazer os embarques. "Esse é um ano muito importante para se prometer menos e entregar mais. Quando o Brasil conquistar uma fatia significativa do mercado asiático, não terá mais volta. Quando eles experimentarem, de fato, o algodão do Brasil, passarão a ser compradores fieis. Para isto, é preciso fazer mudanças estruturais. O produtor tem feito a parte dele", disse Snitcovski. A regularidade na oferta foi um consenso em todas as reuniões. De acordo com o tesoureiro da Abrapa e presidente do conselho administrativo do grupo SLC Agrícola, Eduardo Logemann, "o Brasil não quer ser mercado de oportunidade, quer ser fornecedor permanente", ressaltou.


Dentre os espaços que o país pode ocupar na Ásia a curto prazo, o mais promissor é o que surge da desavença comercial entre a China e os Estados Unidos. Para o diretor da trading Reinhart em Pequim, Thomas Reinhart, a curto prazo, o Brasil tem uma vantagem política na China, devido às relações comerciais arranhadas entre esta e os EUA. "Porém, a longo prazo, isso não será a influência decisiva sobre os preços do algodão brasileiro. Se a fibra norte-americana não pode entrar na China, vai competir com mais força nos demais mercados, deixando a demanda total quase inalterada", disse.


Marketing e qualidade


Thomas Reinhart acredita que a estratégia de marketing do algodão brasileiro deve estar focada a longo prazo, e não em circunstâncias políticas momentâneas. Ele também diz ser necessário "um trabalho contínuo para manter e melhorar a qualidade, especialmente a respeito do comprimento da fibra e do teor de fibras curtas; assim como os investimentos públicos e privados na infraestrutura necessária para assegurar a logística para sustentar as exportações crescentes", concluiu.


Nas reuniões, também foram apresentados os programas que a Abrapa desenvolve em Qualidade e Sustentabilidade, como o Standard Brasil HVI, que padroniza e verifica os resultados das análises e classificações instrumentais de algodão, e o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que trata das boas práticas na produção da pluma, e que opera em benchmarking com o protocolo internacional Better Cotton Initiative (BCI), referência mundial em licenciamento de fibra sustentável. Tanto nas reuniões da China quanto da Turquia, o ABR/BCI foi destacado como um diferencial da pluma brasileira por diversos participantes.

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Missão Vendedores 2018

15 de Outubro de 2018

Estoques em baixa, consumo em alta e expectativa de aumento das importações de pluma de algodão pela China, além da previsão do Brasil se tornar o segundo maior exportador mundial da fibra na safra 2018/2019, são o pano de fundo promissor da Missão Vendedores 2018, que vem sendo realizada desde o dia 08 de outubro na Turquia e na China, pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A Missão é uma iniciativa de marketing e prospecção de novos mercados para o algodão brasileiro, que consiste em reuniões com industriais e traders, visitas aos polos de têxteis, e eventos promovidos pela Abrapa in loco. Nos Brazilian Cotton Days, a entidade apresenta os números da cotonicultura e os programas que vêm sendo desenvolvidos no país para incrementar a qualidade, a sustentabilidade, a rastreabilidade e a transparência nos dados de classificação instrumental de fibra, visando a reforçar a confiança dos compradores da commodity.


A agenda da comitiva brasileira, formada por dirigentes da Abrapa, representantes dos maiores estados produtores de algodão do Brasil, começou por Kahramanmaras, na Turquia, no dia 08 de outubro, quando o grupo se reuniu com cerca de 30 empresários turcos. Hoje, a Turquia é um dos maiores importadores e consumidores de algodão no mundo. Na safra 2017/2018, o país foi o quarto maior importador e o sexto maior consumidor mundial da fibra. O Brasil exporta, em média, 76,5 mil toneladas para a Turquia, o equivalente a 9,5% das importações de algodão daquele país. Para 2018/2019, a Turquia deve consumir 15% a mais de algodão, com incremento previsto de 1% nas importações.


“Trata-se de um mercado muito interessante para o algodão brasileiro, uma vez que os estoques deles estão diminuindo: serão, aproximadamente, 9% menores na próxima safra. A Missão Vendedores nos permite estreitar laços para suprir as demandas futuras. Mesmo sem ter ainda dados consolidados, já temos notícias de que negócios com a pluma do Brasil foram realizados imediatamente após o nosso Brazilian Cotton Day. Há muito espaço para incremento de participação no mercado turco”, afirma o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura. Além das reuniões, o grupo visitou uma fiação em Kahramanmaras.


Na China, a passagem da Missão Vendedores foi dividida em três etapas. As primeiras, já cumpridas em Xangai e Qingdao, respectivamente, nos dias 11 e 12 de outubro. A segunda foi nesta terça-feira (16), em Hong Kong, onde a Abrapa promoveu o Brazilian Cotton Day, nos dias 17 e 18 de outubro. Na sequência, a associação participa da Conferência Anual da International Cotton Association (ICA).


Além das reuniões, que contaram com grande presença de empresários chineses, uma das paradas do grupo foi no Sunvim Group, maior fabricante de artigos de cama, mesa e banho chinês, que exporta para diversos mercados, principalmente, americanos e europeus. A Sunvim consome uma média de 100 mil toneladas de pluma por ano, mas ainda não compra do Brasil. Representantes do grupo estiveram nas reuniões.


A China é o maior consumidor de algodão do mundo. São, em média, 8,8 milhões de toneladas ao ano. Seu consumo cresceu em torno de 15%, da safra 2016/2017 para a 2017/2018. O país está, gradativamente, liberando os estoques que mantinha, “frutos de uma cara política de proteção da indústria nacional”, segundo o presidente da Abrapa. Dados do ICAC apontam que essa redução foi superior a 19%. “Tudo isso, mais a divergência com os Estados Unidos, cria um cenário muito positivo para o algodão do Brasil”, diz.


Compromisso


Moura afirmou que, em todos os encontros com o mercado comprador na Turquia e China, a Abrapa evidenciou seus esforços para garantir a credibilidade nas negociações com a pluma brasileira. “Nosso compromisso é com a transparência nas informações. Prova disso é que implantamos o programa Standard Brasil HVI, que padroniza e harmoniza os resultados nos laboratórios de classificação por High Volume Instrument (HVI). Esse programa é integrado a um grande banco de dados e ao Sistema Abrapa de Identificação (SAI), o que dá segurança tanto para quem compra quanto para quem vende o algodão brasileiro. Além disso, evidenciamos o trabalho do nosso Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), que está em processo final de certificação internacional e garante a fidedignidade dos resultados laboratoriais. Também insistimos muito no grande diferencial da sustentabilidade do algodão brasileiro, assegurado hoje pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR)”, conclui Arlindo Moura. No Brasil, o ABR opera em benchmarking com o protocolo Better Cotton Initiative (BCI), referência internacional em atestar a sustentabilidade da pluma.

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