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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #18/2024 31/05/2024

31 de Maio de 2024

Destaque da Semana - Depois de subir acima de US$ 80c/lp na semana, ontem o mercado fechou em queda forte ontem com notícias de chuvas nos EUA.


Algodão em NY - O contrato Jul/24 fechou nesta quinta 30/05 cotado a 77,76 U$c/lp (-4,8% na semana). O contrato Dez/24 fechou 76,51 U$c/lp (-2,4% na semana) e o Dez/25 a 75,79 U$c/lp (+0,2% na semana).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia é de 690 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 30/mai/24).


Altistas 1 - A previsão é de que a economia chinesa cresça 5,0%, conforme divulgou o Fundo Monetário Internacional (FMI) esta semana.


Altistas 2 - O número está dentro da meta do Partido Comunista e acima dos 4,6% previstos anteriormente pelo FMI.


Altistas 3 - No Paquistão e na Índia, ondas de calor severo com temperaturas acima de 50ºC afetaram as áreas de algodão esta semana, atrasando o plantio.


Baixistas 1 - Vivemos ainda um período de demanda fraca influenciada por fatores geopolíticos e macroeconômicos negativos. A inflação e as taxas de juros permanecem em um nível muito alto no mundo.


Baixistas 2 - Os preços do fio de algodão estão estagnados e a lucratividade das fiações tem sido ruim.


Baixistas 3 - Chuvas em grande parte da região do cinturão do algodão norte-americano colocaram pressão no mercado, ratificando o bom começo de safra por lá, que tem 60% da área já plantada.


China Cotton Summit 1 - Comitiva brasileira na China participou esta semana do 2024 China Cotton Industry Development Summit, congresso anual da CCA que ocorre este ano na cidade de Xi’an, com 800 participantes. Abaixo um resumo dos principais pontos relativos a mercado:


China Cotton Summit 2 - Forte presença do Estado em políticas públicas de impacto atestam que a China seguem empenhada e focada em desenvolver sua cadeia de algodão/têxtil no longo prazo.


China Cotton Summit 3 - Palestrantes de mercado apontaram a pequena safra norte-americana (menor em 37 anos) e o grande volume importado pela China (maior dos últimos dez anos) como os grandes eventos fundamentalistas altistas do ciclo 2023/24.


China Cotton Summit 4 - As questões em aberto para o período 24/25, que começa em agosto são: 1) qual será a demanda global? Será que o número de 25,4 milhões tons (+3% que 23/24) irá se realizar? 2) quanto a China vai importar em 24/25? e 3) qual será o tamanho da safra americana?


China Cotton Summit 5 - O maior impacto nos preços da bolsa de NY é causados pela oferta e demanda dos EUA. Lá, o clima vai ajudando e o aumento de 33% para 3,5 milhões tons e até mais parece factível. Mas as previsões climáticas para a safra são de mais furacões e menos chuva.


China Cotton Summit 6 - Mais volatilidade à vista: com o cenário da safra americana em aberto, um dos palestrantes afirmou que se a safra cair para 2,8 milhões tons, o preço pode chegar a 0,95 U$c/lp mas se for a 3,7 milhões tons podemos ter algodão de 0,65 U$c/lp na bolsa de NY.


China Cotton Summit 7 - A safra do hemisfério sul está praticamente definida, com o Brasil e Austrália novamente colhendo grandes volumes. A previsão é que o Brasil ultrapasse os EUA nas exportações em 24/25, mas isso por outro lado pode aumentar os estoques nos EUA e derrubar preços.


China Cotton Summit 8 - Além disso, com esse cenário em que Brasil e Austrália exportam 1 milhão tons a mais que os EUA, a gestão de risco de mercado ficará mais complexa, com mais pressão e volatilidade nos “basis” desses países.


China Cotton Summit 9 - Em termos de cenário futuro, incertezas tanto em termos de oferta (devido a eventos climáticos extremos) e demanda (novas legislações e competição com sintéticos).


China Cotton Summit 10 - Entre os maiores países exportadores, EUA, Brasil e Austrália participaram de um painel no último dia. Os americanos mostraram um cenário climático mais favorável para este ano, reclamaram dos altos custos e deram ênfase no seu programa de sustentabilidade (USCTP).


China Cotton Summit 11 - Os australianos disseram que apesar da colheita atrasada entre 4 e 6 semanas devido a chuvas, o volume irá superar 1,2 milhões tons e a qualidade intrínseca está boa. Lá, 75% da safra já está colhida.


China Cotton Summit 12 - Já o Brasil destacou o fortalecimento da relação comercial com a China. Neste ano, o Brasil firmou-se como principal fornecedor de algodão para a China, com cerca de 48% do volume importado pelo país Asiático.


China Cotton Summit 13 - Além disso, entre outros ativos como qualidade e rastreabilidade, um grande foco da apresentação do país foi na sustentabilidade da produção e baixa ocupação de área (somente 0,2% do país), sendo mais da metade em safrinha.


China Cotton Summit 14 - É nítida a grande preferência dos chineses por negociar com o Brasil neste momento de conflitos comerciais e geopolíticos com EUA e Austrália.


Cotton Brazil na China 1 - A programação dos brasileiros na China continua nas cidades de Xangai e Ningbo, onde ocorrerão visitas técnicas a fiações e indústrias têxteis.


Cotton Brazil na China 2 - A delegação da Abrapa também participa da reunião ampla da Cosban - Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, com presença do vice-presidente, Geraldo Alckmin.


Exportações - O Brasil exportou 199,7 mil tons de algodão até a quarta semana de mai/24. A média diária de embarque é 4,3 vezes maior em comparação com mai/23.


Colheita 2023/24 - Até ontem (30/05), este foi o status da colheita: SP - 54%; MG - 3%, MS - 4,6%, BA - 0,5%, PR – 100%. Colheita total no Brasil: 0,61%.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.comALGODÃO PELO MUNDO

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Mato Grosso está oficialmente fora da zona de exclusão de algodoeiros transgênicos

31 de Maio de 2024

O Estado de Mato Grosso não está mais sujeito à área de exclusão para o cultivo de algodoeiros geneticamente modificados. A decisão foi oficializada na edição desta quarta-feira, 29 de maio, do Diário Oficial da União, pelo presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Leandro Vieira Astarita. A CTNBio baseou sua deliberação em um parecer solicitado à Embrapa Algodão. A votação ocorreu em 09 de maio e para a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a iniciativa marca um avanço significativo para o desenvolvimento do agronegócio no estado.
A celebração gira em torno da perspectiva de ampliar a área de cultivo de algodão no Mato Grosso, que já responde por 72% da produção nacional da fibra. “Essa região possui um potencial considerável, pois é capaz de realizar cerca de duas safras e meia por ano, incluindo soja, algodão e milho. Esse modelo intensivo de cultivo potencializa a utilização do solo e promove uma significativa melhoria na renda dos agricultores”, afirma Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa.
A zona de exclusão foi criada, em 2005, para evitar a contaminação de espécies nativas de algodão e o impacto ambiental na região pantaneira. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o isolamento geográfico entre cultivares é a forma mais eficiente de se evitar cruzamentos. No entanto, estudos da Embrapa Algodão comprovaram que não há riscos nessas áreas específicas do Mato Grosso, e que a liberação do plantio de algodão transgênico trará um grande potencial econômico para a região.
O estado se destaca especialmente no cultivo de algodão devido à adoção de alta tecnologia agrícola. “Com os cuidados meticulosos dos produtores, o Brasil poderá garantir um fornecimento constante de algodão tanto para o mercado internacional quanto para a indústria nacional”, complementa Portocarrero.

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Capacitação de inspetores de UBA para o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB) é feita em Goiânia

29 de Maio de 2024

Profissionais que trabalham nas Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA) tiveram a oportunidade de participar de um curso de capacitação e qualificação como inspetores, oferecido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), no dia 28 de maio. O curso foi realizado no Laboratório de Classificação Visual e Tecnológica da Fibra de Algodão da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) e teve supervisão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), como parte do Programa da Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB).


De acordo com o gestor do programa de Qualidade da entidade, Edson Mizoguchi, essa iniciativa visa garantir a qualidade da pluma nacional. “Além da capacitação, o laboratório da Agopa adquiriu mais um instrumento de análise de alto volume Classing Q PRO para atender seus associados. Ele é acredito pela NBR ISO IEC 17025 para o escopo de análise de micronaire, UHML, uniformidade, resistência, grau de brilho e grau de amarelamento, principais características comerciais da pluma”, informou o gestor, que na ocasião também apresentou as diretrizes do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) e do PQAB.


Durante o treinamento, os participantes aprofundaram seus conhecimentos sobre os requisitos legais do PQAB, incluindo a Instrução Normativa 24 (IN24), que define o regulamento técnico do algodão em pluma, e a Portaria 375, que estabelece os requisitos para a certificação voluntária de produtos de origem vegetal. Coube à diretora de relações institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, mostrar as ações do pilar de rastreabilidade da instituição.


Para Rhudson Assolari, gerente do Laboratório de Classificação Visual e Tecnologia da Fibra de Algodão da Agopa, a formação dos inspetores é importante para alinhar os processos de rastreabilidade das amostras. “É fundamental estabelecer contato com os envolvidos na produção das UBAs, destacando o procedimento adequado, incluindo a seleção cuidadosa, a retirada correta e a execução conforme as diretrizes da instrução normativa”, disse.


Além disso, os participantes receberam orientações detalhadas sobre todo o processo. “Enfatizamos a importância de enviarem amostras corretas, que garantirão a análise mais confiável e precisa do conteúdo do fardo”, explicou.


O curso também abordou as melhores práticas para a amostragem, identificação e embalagem do algodão, bem como os procedimentos para o envio das amostras para classificação e análise. Ao final, os inspetores inscritos foram submetidos a uma avaliação para certificar a assimilação do conteúdo. A nota mínima para aprovação foi seis.

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IPA faz balanço positivo de proposições de interesse do agro em 2024

29 de Maio de 2024

O Instituto Pensar Agropecuária (IPA) e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) divulgaram nesta terça-feira (28), em Brasília, as ações de interesse do agronegócio que foram pautadas no Congresso Nacional, em 2024. De janeiro a maio deste ano, foram apresentadas 611 proposições na Câmara dos Deputados e outras 201 no Senado Federal. Coube ao presidente do IPA, Nilson Leitão, demonstrar os dados durante a assembleia das entidades.


"Iniciamos a reunião com o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion, com um resumo das ações em discussão no Congresso Nacional. Lupion enfatizou que não há divisões na FPA, e que a união da Frente tem sido demonstrada nas votações da Câmara. A FPA continuará lutando na defesa das questões que afetam os produtores brasileiros, assim como o IPA”, informou Júlio Cézar Busato, conselheiro consultivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e vice-presidente do IPA.


Após a assembleia, ocorreu uma reunião com Bernard Appy, secretário extraordinário da Reforma Tributária (RT) do Ministério da Fazenda, para discutir a tramitação da matéria, a participação de membros do Grupo de Trabalho, incluindo representantes do IPA, na regulamentação da reforma na Câmara dos Deputados, e medidas emergenciais para o Rio Grande do Sul.


Foram apresentadas alterações indispensáveis na PLP 68/2024 (Reforma Tributária), como o crédito presumido na aquisição de produção de produtor não contribuinte, limitação dos produtos da cesta básica, do conceito de alimentos, dos insumos agropecuários, a questão do imposto seletivo, os créditos acumulativos de ICMS, entre outras.


Em breve, deve ocorrer a votação de outros vetos presidenciais à Lei 14.785/2023, conhecida como Lei dos Defensivos Agrícolas. A discussão sobre as taxas de registro dos defensivos não foi abordada pelo Congresso, em 9 de maio. Esta medida é crucial para assegurar um equilíbrio entre a necessidade de arrecadar recursos para custear os processos de registro e a competitividade do agronegócio brasileiro.


O IPA congrega representantes das cadeias produtivas do agro brasileiro, da produção à indústria. A entidade discute e elenca as pautas prioritárias para o desenvolvimento agropecuário e subsidia, com informações, a FPA, que as defende no Congresso Nacional.


 

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Após exportação recorde, Abrapa chega à China para fortalecer parcerias

China aumentou em 66% a importação de pluma brasileira no ciclo 2023/24. Missão da Abrapa segue até 6 de junho focada na indústria têxtil chinesa

29 de Maio de 2024

De hoje (28) a 6 de junho, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) promove mais uma missão internacional, agora na China. Entre os intuitos da delegação brasileira, composta por nove representantes da Abrapa e da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), está garantir que o ano comercial 2023/24 entre para a história do comércio entre os dois países.


Afinal, além de principal importador de pluma brasileira, a indústria têxtil da China tem mostrado na prática que ainda há muito potencial de expansão nas relações com o Brasil. De agosto de 2023 a abril de 2024, o país importou 1,2 milhão de toneladas de algodão brasileiro. Esse volume não apenas supera como indica que o ano comercial atual poderá dobrar o recorde histórico de 2020/21 (720,5 mil tons).


Os números refletem o empenho da cadeia produtiva do algodão brasileiro em se firmar como parceiro estratégico dos chineses. “Ano passado, recebemos uma visita da Chinatex no Brasil em que mostramos que poderíamos ampliar o fornecimento à China com um produto de qualidade e de forma recorrente nos 12 meses do ano. Os frutos estão sendo colhidos ao longo do ciclo 2023/24”, observou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.


A Chinatex é uma das maiores empresas da China que comercializam algodão. “De olho nos próximos anos, nossa meta nesta missão é fortalecermos a parceria com outras companhias relevantes do setor, como a China National Cotton Exchange (CNCE) e a China National Cotton Group Corporation (CNCGC)”, antecipou Schenkel.


A CNCE é uma empresa estatal que gerencia a maior plataforma de negócios de algodão na China, reunindo mais de 4 mil fiações que respondem por 90% do consumo de algodão no país. Desde 2021, a Abrapa tem convênio de cooperação formalizado com a CNCE. Já a atuação da CNCGC abrange diferentes etapas da cadeia de suprimentos têxteis, indo do cultivo ao comércio, incluindo o beneficiamento da pluma. Uma de suas funções é garantir a oferta de algodão para todos os setores da indústria têxtil chinesa.


A agenda na China inclui um jantar de negócios com empresários locais na quarta (29) e participação durante os dois dias do "2024 China Cotton Industry Development Summit", congresso anual da CNCE. Além de networking e reuniões paralelas de negócios, a Abrapa volta a integrar o painel de tendências globais. Pelo terceiro ano consecutivo, o diretor de Relações Internacionais da associação, Marcelo Duarte, será palestrante ao lado de representantes dos Estados Unidos e da Austrália.


Após o congresso da CNCE, a comitiva brasileira segue para Xangai e Ningbo para visitas técnicas a fiações e indústrias têxteis. A agenda termina com a participação na programação oficial da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), principal fórum de diálogo regular e oficial entre Brasil e China. No dia 4 de junho, ocorre reunião ampla da Cosban com presença confirmada do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, Geraldo Alckmin.


“Na reunião preparatória para a Cosban, o nosso foco principal foi divulgar o Progama de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), desenvolvido pelo Ministério da Agricultura em parceria conosco. O aceite do PQAB pelos órgãos chineses aumentará a agilidade nas etapas alfandegárias da chegada do algodão na China”, contextualizou o presidente da Abrapa.


A missão na China é realizada pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Coordenado pela Abrapa, o programa tem parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e Anea.

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Brasil pode superar EUA na exportação de algodão

Vendas ao mercado externo devem crescer 12% em 2024

29 de Maio de 2024

A consultoria StoneX prevê que o brasileiro exportará até o fim 2,8 milhões de toneladas de algodão em 2024, superando os Estados Unidos. Até então, os agricultores norte-americanos lideram esse mercado no planeta.


Pelas estimativas da StoneX, as exportações de algodão do Brasil devem ter um acréscimo de 300 mil toneladas em 2024. É um aumento de 12% sobre o ano anterior.


De acordo com a consultoria, o crescimento ocorreu em razão da expansão da área plantada em Mato Grosso e na Bahia.


Em conjunto, esses dois Estados respondem por 90% da produção nacional de pluma de algodão, segundo as estimativas da . A maior parte vem das lavouras mato-grossenses (72%).


Além da pluma de algodão


A lavoura de algodão gera mais que somente a pluma usada para fabricar tecidos e produtos da indústria farmacêutica. O cultivo também gera o caroço.


Para 2024, a estima a safra de 8,8 milhões de toneladas de caroço de algodão. Do mesmo modo, Mato Grosso e Bahia respondem por 90% da produção. Sua aplicação se destina à fabricação de rações para a nutrição animal e a extração de óleo - que pode ser tanto usado para a geração de biodiesel quanto na indústria de alimentos.

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China aumenta importação do algodão brasileiro em 66%

De acordo com Abrapa, volume supera e indica que ano comercial atual poderá dobrar o recorde histórico de 2020/21

29 de Maio de 2024

De agosto de 2023 a abril de 2024, a China importou 1,2 milhão de toneladas de algodão brasileiro, um aumento de 66%. Esse volume não apenas supera como indica que o ano comercial atual poderá dobrar o recorde histórico de 2020/21 (720,5 mil tons).


De 28 de maio a 6 de junho, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) promove mais uma missão internacional na China, país principal importador da pluma brasileira.


De acordo com a Abrapa, entre os objetivos da delegação brasileira, composta por nove representantes da entidade e da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), está garantir que o ano comercial 2023/24 entre para a história do comércio entre os dois países.


Os números refletem o empenho da cadeia produtiva do algodão brasileiro em se firmar como parceiro estratégico dos chineses.


“Ano passado, recebemos uma visita da Chinatex no Brasil em que mostramos que poderíamos ampliar o fornecimento à China com um produto de qualidade e de forma recorrente nos 12 meses do ano. Os frutos estão sendo colhidos ao longo do ciclo 2023/24”, observou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.


A Chinatex é uma das maiores empresas da China que comercializam algodão. “De olho nos próximos anos, nossa meta nesta missão é fortalecermos a parceria com outras companhias relevantes do setor, como a China National Cotton Exchange (CNCE) e a China National Cotton Group Corporation (CNCGC)”, antecipou Schenkel.


A CNCE é uma empresa estatal que gerencia a maior plataforma de negócios de algodão na China, reunindo mais de 4 mil fiações que respondem por 90% do consumo de algodão no país.


Desde 2021, a Abrapa tem convênio de cooperação formalizado com a CNCE. Já a atuação da CNCGC abrange diferentes etapas da cadeia de suprimentos têxteis, indo do cultivo ao comércio, incluindo o beneficiamento da pluma. Uma de suas funções é garantir a oferta de algodão para todos os setores da indústria têxtil chinesa.


Agenda na China


A agenda na China inclui um jantar de negócios com empresários locais na quarta (29) e participação durante os dois dias do “2024 China Cotton Industry Development Summit”, congresso anual da CNCE.


Além de networking e reuniões paralelas de negócios, a Abrapa volta a integrar o painel de tendências globais. Pelo terceiro ano consecutivo, o diretor de Relações Internacionais da associação, Marcelo Duarte, será palestrante ao lado de representantes dos Estados Unidos e da Austrália.


Após o congresso da CNCE, a comitiva brasileira segue para Xangai e Ningbo para visitas técnicas a fiações e indústrias têxteis.


A agenda termina com a participação na programação oficial da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), principal fórum de diálogo regular e oficial entre Brasil e China. No dia 4 de junho, ocorre reunião ampla da Cosban com presença confirmada do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, Geraldo Alckmin.


“Na reunião preparatória para a Cosban, o nosso foco principal foi divulgar o Progama de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), desenvolvido pelo Ministério da Agricultura em parceria conosco. O aceite do PQAB pelos órgãos chineses aumentará a agilidade nas etapas alfandegárias da chegada do algodão na China”, contextualizou o presidente da Abrapa.


A missão na China é realizada pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Coordenado pela Abrapa, o programa tem parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e Anea.

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Conab indica avanços na colheita do algodão

Progresso da colheita vem ligeiramente mais adiantado do que a safra anterior

29 de Maio de 2024

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou um panorama positivo da safra de em grande parte do Brasil. As plantações apresentam bom desenvolvimento, com sanidade regular e formação satisfatória de maçãs. A colheita já foi iniciada em alguns estados, com os avanços ligeiramente mais adiantados do que o mesmo período da safra anterior.


Em Mato Grosso, as plantações estão apresentando um bom desenvolvimento, com sanidade considerada regular e uma formação satisfatória de maçãs.


Na Bahia, a colheita do algodão já foi iniciada, o que indica que a safra está progredindo conforme o esperado.


Da mesma forma, no Mato Grosso do Sul, a colheita também começou, mas com uma observação importante: nas lavouras mais tardias, há uma incidência do bicudo-do-algodoeiro, praga que pode comprometer a qualidade e a quantidade da produção se não for controlada adequadamente.


No Maranhão, as lavouras estão em boas condições tanto durante a abertura de capulhos quanto na formação de maçãs. Em algumas áreas desse estado, o processo de desfolha já foi iniciado, o que é um indicativo do avanço das fases fenológicas da planta.


Em Goiás, o início da colheita foi registrado, com as lavouras de sequeiro na fase de formação de maçãs e abertura de capulhos, enquanto as lavouras irrigadas estão no início da floração.


Em Minas Gerais, a colheita começou nas lavouras de sequeiro, indicando um avanço significativo nas operações de colheita.


No estado de São Paulo, especificamente na região de Riolândia, a colheita também está em andamento, o que mostra a movimentação das atividades agrícolas na região.


No Piauí, as lavouras de algodão estão se desenvolvendo em boas condições, sem relatos de problemas significativos, o que é um bom indicativo para a expectativa de produção desse estado.


A maior parte das lavouras de algodão está na fase de maturação, representando 74,5% do total. Isso indica que a maior parte das plantações está próxima da colheita.


A segunda maior fase é a formação de maçãs, com 24,5%. Esta fase é crucial para definir o rendimento final da produção, uma vez que é quando as cápsulas de algodão estão se desenvolvendo.


Considerando todos os estados monitorados, a colheita atinge 0,7%. Ligeiramente adiantado se comparado com o mesmo período da safra anterior, que estava em 0,3%, houve um crescimento na atividade de colheita.



Andamento da Colheita


Maranhão, Piauí e Mato Grosso: Ainda não começaram as operações de colheita


Bahia: a colheita alcançou 2,9%, um aumento significativo de 2,9% em relação à semana passada (0,0%). Este avanço é maior em comparação ao mesmo período da safra anterior, que registrava 1,0%.


Mato Grosso do Sul: a colheita progrediu para 4,0%, um aumento de 2,0% em relação à semana passada (2,0%). Em comparação à safra anterior, que estava em 3,0% no mesmo período, houve um crescimento.


Goiás: a colheita atingiu 1,0%, um avanço em relação à semana passada (0,0%). Esse valor representa um progresso significativo em comparação ao mesmo período da safra anterior, que estava em 0,0%.


Minas Gerais: a colheita avançou para 4,0%, um incremento de 4,0% em relação à semana passada (0,0%). No mesmo período da safra anterior, a colheita também estava em 0,0%, indicando um progresso antecipado nesta safra.

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Após exportação recorde, Abrapa chega à China para fortalecer parcerias

China aumentou em 66% a importação de pluma brasileira no ciclo 2023/24. Missão da Abrapa segue até 6 de junho focada na indústria têxtil chinesa

28 de Maio de 2024

De hoje (28) a 6 de junho, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) promove mais uma missão internacional, agora na China. Entre os intuitos da delegação brasileira, composta por nove representantes da Abrapa e da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), está garantir que o ano comercial 2023/24 entre para a história do comércio entre os dois países.


Afinal, além de principal importador de pluma brasileira, a indústria têxtil da China tem mostrado na prática que ainda há muito potencial de expansão nas relações com o Brasil. De agosto de 2023 a abril de 2024, o país importou 1,2 milhão de toneladas de algodão brasileiro. Esse volume não apenas supera como indica que o ano comercial atual poderá dobrar o recorde histórico de 2020/21 (720,5 mil tons).


Os números refletem o empenho da cadeia produtiva do algodão brasileiro em se firmar como parceiro estratégico dos chineses. “Ano passado, recebemos uma visita da Chinatex no Brasil em que mostramos que poderíamos ampliar o fornecimento à China com um produto de qualidade e de forma recorrente nos 12 meses do ano. Os frutos estão sendo colhidos ao longo do ciclo 2023/24”, observou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.


A Chinatex é uma das maiores empresas da China que comercializam algodão. “De olho nos próximos anos, nossa meta nesta missão é fortalecermos a parceria com outras companhias relevantes do setor, como a China National Cotton Exchange (CNCE) e a China National Cotton Group Corporation (CNCGC)”, antecipou Schenkel.


A CNCE é uma empresa estatal que gerencia a maior plataforma de negócios de algodão na China, reunindo mais de 4 mil fiações que respondem por 90% do consumo de algodão no país. Desde 2021, a Abrapa tem convênio de cooperação formalizado com a CNCE. Já a atuação da CNCGC abrange diferentes etapas da cadeia de suprimentos têxteis, indo do cultivo ao comércio, incluindo o beneficiamento da pluma. Uma de suas funções é garantir a oferta de algodão para todos os setores da indústria têxtil chinesa.


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Após o congresso da CNCE, a comitiva brasileira segue para Xangai e Ningbo para visitas técnicas a fiações e indústrias têxteis. A agenda termina com a participação na programação oficial da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), principal fórum de diálogo regular e oficial entre Brasil e China. No dia 4 de junho, ocorre reunião ampla da Cosban com presença confirmada do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, Geraldo Alckmin.


“Na reunião preparatória para a Cosban, o nosso foco principal foi divulgar o Progama de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), desenvolvido pelo Ministério da Agricultura em parceria conosco. O aceite do PQAB pelos órgãos chineses aumentará a agilidade nas etapas alfandegárias da chegada do algodão na China”, contextualizou o presidente da Abrapa.


A missão na China é realizada pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Coordenado pela Abrapa, o programa tem parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e Anea.

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Com alta na exportação de algodão, Brasil deve superar EUA em 2023/24, diz StoneX

StoneX ponderou que, nas próximas semanas, o clima deve continuar sendo monitorado, principalmente na região Centro-Oeste

28 de Maio de 2024

A exportação de algodão do Brasil deverá atingir 2,8 milhões de toneladas na temporada 2023/24, aumento de 12% na comparação com a previsão do mês anterior, apontou nesta segunda-feira (27) a consultoria StoneX, acrescentando que o número coloca o país como maior exportador global, superando os Estados Unidos.


“O volume, que é 300 mil toneladas maior do que a última estimativa, colocaria o Brasil como principal exportador global da pluma, ultrapassando os EUA”, afirmou a StoneX.


A consultoria lembrou que as exportações do Brasil estão aquecidas nos últimos meses.


Os embarques estão sendo possíveis diante da expectativa de uma safra recorde.


A previsão é de safra de 3,5 milhões de toneladas, alta de 2% versus previsão anterior e um aumento de 11,1% ante a temporada passada, segundo a StoneX.


“A revisão é resultado de um aumento da área plantada nesta safra, principalmente em Mato Grosso e Bahia, bem como uma expectativa de produtividade média maior, puxada principalmente pela Bahia”, afirmou o relatório.


A StoneX ponderou que, nas próximas semanas, o clima deve continuar sendo monitorado, principalmente na região Centro-Oeste.

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