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Agricultura digital é foco da John Deere no 11° Congresso Brasileiro do Algodão

31 de Julho de 2017

Uma das patrocinadoras do 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA), a John Deere vê no tema da edição 2017 do evento – Inovação e Rentabilidade – a oportunidade ideal para intensificar a divulgação de suas soluções integradas, baseadas no conceito de agricultura de precisão e conectividade rural, para um público majoritariamente formado por cotonicultores. A cultura do algodão é uma das que mais intensivamente aplicam tecnologia em máquinas e sistemas operacionais, que permitem a gestão racional dos insumos agrícolas e, consequentemente, o aumento da produtividade e a redução dos custos. O CBA é uma realização da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), e acontecerá entre os dias 29 de agosto e 1° de setembro, no Centro de Convenções de Maceió (AL).


            No 11° CBA, a John Deere será uma das protagonistas da plenária sobre agricultura digital, no dia 31 de agosto, abordando as inovações tecnológicas e a nova revolução agrícola, além das tendências que contribuirão para alimentar uma população mundial estimada em nove bilhões de habitantes em 2050, segundo a FAO. O desafio da empresa, que tem quase dois séculos de história, tem sido conectar a inteligência das máquinas e das pessoas para realizar com precisão o trabalho no campo.


            "Essa integração permite que o cliente melhore sua produtividade, de forma sustentável, aplicando o elemento correto, na medida, no lugar e no tempo exatos. No CBA, queremos destacar o comprometimento da John Deere e da nossa rede de concessionários com a agricultura brasileira, colaborando para aumentar cada vez mais a eficiência e a produtividade da cotonicultura", diz o gerente de vendas, Marcelo Lopes. Segundo ele, a empresa apoia o CBA por reconhecer a importância do evento, bem como o trabalho da Abrapa e das suas associações estaduais na busca da sustentabilidade e do crescimento da cotonicultura do Brasil. Nos últimos anos, o país foi destino de investimentos que superam US$ 550 milhões, pela multinacional americana.


            "A John Deere foi um marco na revolução agrícola do século XIX e, desde então, nunca parou de inovar. Ela tem tudo a ver com a cotonicultura moderna e produtiva do Brasil e não poderia ficar de fora do Congresso Brasileiro do Algodão", afirma o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura.


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Blairo Maggi prevê avanços na modernização dos processos de registro de defensivos agrícolas.

26 de Julho de 2017

Um diagnóstico detalhado, seguido de orientações para a modernização do sistema regulatório de defensivos agrícolas no Brasil, foi entregue ontem (25/07) ao ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, pelo vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e presidente da Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA), Júlio Cézar Busato, e pelo diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero. O dossiê é resultado de quase um ano de pesquisa e foi realizado por um Grupo de Trabalho (GT), designado no âmbito da CTIA, que espera que os dados levantados possam orientar a tomada de decisões pelo Governo Federal para desburocratizar o registro de produtos novos e genéricos para a defesa fitossanitária.


De acordo com Maggi, de posse dos dados, o Mapa tem subsídios para promover mudanças mais acertadas na legislação, visando a desburocratização dos processos, que hoje consomem em torno de oito anos para o registro de um produto novo, e de seis, para um genérico. "Agora temos uma análise profunda e detalhada, feita em colaboração pelos diversos setores agrícolas e pela indústria, que vai nos permitir avançar nas mudanças que estão em andamento", disse o ministro. Na reunião, também estava presente o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luís Eduardo Rangel. A cada ano, 400 novos pedidos de registro são protocolados no sistema pelas empresas fabricantes. Em 2016, desse total, apenas 277 foram registrados, sendo que, destes, somente cinco são produtos novos.


De acordo com Júlio Busato, o estudo é um raio x do setor, e tem como foco os gargalos que fazem com que o Brasil perca competitividade ante os seus concorrentes, e comprometem a renda do produtor rural. "Identificamos os problemas e propomos soluções factíveis, com recomendações que, se implementadas, vão beneficiar não somente o setor agrícola, mas toda a sociedade brasileira", afirma Busato, também presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).


Coordenado pela Abrapa, o GT também foi integrado pela Embrapa, Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg), União dos Fabricantes Nacionais de Fitossanitários (Unifito), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav) e Associação das Empresas Brasileiras de Controle Biológico (ABCBio).

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11° Congresso Brasileiro do Algodão

26 de Julho de 2017

Entre os dias 29 de agosto e 1° de setembro, a cidade de Maceió será o polo conversor da cotonicultura no Brasil. Da pesquisa científica à classificação de fibra, das novas tecnologias às tradings e instituições financeiras, toda a cadeia produtiva do algodão estará reunida no 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA). O evento é promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e acontece a cada dois anos, com média de público de 1,5 mil participantes. Na capital alagoana, ele será realizado no Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió.

 

Nesta edição, o CBA elegeu como símbolo a renda filé, uma das mais emblemáticas expressões da cultura alagoana, que guarda estreita afinidade com o algodão, tanto por ser esta a sua matéria-prima, como pelos conceitos que o artesanato traz em sua trama, como tradição, moda e sustentabilidade. Para o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, Maceió atende e excede os requisitos levados em consideração na escolha das cidades-sede do Congresso Brasileiro do Algodão. "A capital alagoana tem um excelente Centro de Convenções, boa rede hoteleira e disponibilidade de vôos, e, como um bônus fantástico, uma das mais belas orlas do Brasil", diz.

 

Pioneira do Nordeste

 

Embora o estado hoje não integre o mapa dos grandes produtores de algodão do país, tendo plantado, na safra 2016 apenas 60 hectares, a cotonicultura já foi uma das suas mais expressivas forças econômicas, chegando a rivalizar com a da cana-de-açúcar, no século XIX. Dados históricos da Associação Comercial de Alagoas registram que, em 1926, o estado já exportava algodão, mesmo sem ter estrutura portuária. A própria Associação Comercial foi fundada, em 1866, por um grupo de 46 cotonicultores, para organizar as exportações da fibra. Seu belo prédio atesta a magnitude do setor à época.

 

O algodão foi a mola propulsora de um ciclo de grande industrialização em Alagoas, que teve seu ápice entre os anos de 1930 e 1950. A fibra foi fundamental para o desenvolvimento de muitos municípios alagoanos no sertão e na zona da mata, e  batizou até nomes de cidade, como Ouro Branco, clara alusão ao algodão. Alagoas também foi o primeiro polo industrial do Nordeste brasileiro, com destaque para a fiação, fundada no município de Pedra, pelo empresário Delmiro Gouveia. Para mover o empreendimento, ele construiu, em 1913, uma hidrelétrica no Rio São Francisco. A fábrica produzia as linhas de marca Estrela, empregava em torno de 800 homens e mulheres, e chegou a exportar para Argentina, Chile Peru e outros países da América do Sul.

 

"O cenário escolhido e toda essa bagagem histórica vão conferir um charme especial ao congresso. Nesta edição, serão em torno de 93 palestrantes e mais de 190 trabalhos científicos, que dão conta dos mais importantes temas da cotonicultura no Brasil e no mundo. Tenho certeza de que esta será uma edição memorável do CBA", diz o coordenador científico do evento, e autor de diversos livros sobre a cultura do algodão, Eleusio Curvelo Freire.

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Câmara Setorial do Algodão prevê crescimento de 17% na área plantada com algodão.

18 de Julho de 2017

Depois de sofrer uma retração de 4% na safra 2016/17, em relação à 2015/16, a área plantada com algodão no Brasil pode crescer em torno de 17% em 2017/18. Já a produção, se as estimativas se confirmarem, pode ser de 1,8 milhão de toneladas, ante 1,6 milhão que o país espera alcançar na colheita em curso. As previsões são parte dos dados apresentados pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), durante a reunião realizada no último sábado (15/07), como parte da programação do XVI Anea Cotton Dinner, evento realizado pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), que reuniu em torno de 500 representantes da cadeia produtiva da fibra, no Malai Manso Resort, no estado do Mato Grosso, entre os dias 14 e 16 de julho.


A Câmara é presidida pela Associação Brasileira do Produtores de Algodão (Abrapa) que, no evento da Anea, encerrou a agenda e celebrou o êxito da Missão Compradores 2017. A expedição é promovida anualmente pela entidade desde 2015, e, nesta edição, percorreu, com uma comitiva de industriais e traders provenientes de sete países, sobretudo asiáticos, os três maiores estados produtores de algodão do país. Pela posição no ranking da produção, Mato Grosso, Bahia e Goiás.


De acordo com o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, embora otimistas tanto acerca da safra em curso, quanto da próxima, qualquer previsão de aumento só se sustenta em um contexto de preços favoráveis. Hoje, o algodão que está sendo colhido é vendido, em média, a US$0,725 por libra-peso. Os contratos para 2017/18 têm valor semelhante. "Os custos de produção de algodão são muito altos. Por isso, se o preço não for remunerador, os produtores optam por migrar para soja e milho, culturas de menor custo por hectare e boa liquidez", afirma. O aumento na área plantada, previsto para a próxima safra, é resultado, principalmente, da volta à normalidade climática, depois de alguns anos de seca em estados de produção expressiva, como a Bahia, sob a influência do fenômeno meteorológico el nino. "Se o tempo continuar bom, e os preços forem atrativos, a tendência é plantar mais", diz.


Avanço sustentável


Se dependesse da sinalização dos integrantes da Missão Compradores 2017, o Brasil poderia dobrar a área plantada que eles garantiriam a compra da produção.


Arlindo Moura destacou que o grupo de compradores estrangeiros demonstrou grande apetite por maior volume de fibra produzida no Brasil. Para os industriais e traders, esse incremento seria uma segurança a mais nas negociações, já que a regularidade na oferta é crucial na concorrência com o algodão de outros países, que compõem o blend utilizado pela indústria asiática. "Dobrar a área não é problema. Temos tecnologia para isso, sabemos fazer, e poderíamos, eventualmente avançar sobre a área de milho. Mas nós, produtores, temos consciência de que alcançar, de modo sustentável, essa marca exige tempo e planejamento. Acredito que seja possível, em cinco anos, aproximadamente", projeta o presidente da Abrapa.


Durante a reunião da Câmara Setorial na Anea, o presidente da Abit, Fernando Pimentel, afirmou que a indústria têxtil e de confecções brasileira vislumbra um crescimento de aproximadamente 10% no consumo. Pimentel credita a marca ao aquecimento do comércio, gerado pela baixa da inflação, mesmo com a crise econômica.


Constância


Para Marco Antônio Aluísio, presidente da Anea à época do evento, o mercado asiático quer mais algodão brasileiro no blend, o que significa substituir parte da fibra de países como Austrália e Estados Unidos na composição. "Para isso, é preciso garantir a constância. O industrial que fecha um contrato de 500 toneladas de fibra quer ter certeza de que vai contar com esse volume nos 12 meses do ano", disse, lembrando ainda que o pico da colheita do algodão no Brasil acontece entre julho e outubro, justamente quando cai a oferta dos países do hemisfério Norte. As exportações representam em torno de 50% da safra brasileira.


Em 2017, pela primeira vez, o final da Missão Compradores coincidiu com o Anea Cotton Dinner, o que, segundo Marco Antônio Aluísio, foi muito positivo. "Depois de conhecerem de perto as operações de campo, beneficiamento e indústria da fibra no Brasil, os visitantes tiveram oportunidade de encontrar, a um só tempo, representantes de outros elos da cadeia produtiva, desde instituições bancárias até o mercado consumidor interno. Essa experiência impulsiona o consumo e fortalece a  imagem do Brasil como um player importante", afirma. Desde ontem (17), Marco Antônio, que é da trading ECOM, assumiu a vice-presidência da Anea, passando o cargo para Henrique Snitcovski, da Dreyfus.

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Homenagem a Sérgio De Marco

18 de Julho de 2017

Uma solenidade de homenagem ao assessor especial do Ministério da Agricultura, na gestão do ministro Blairo Maggi, Sérgio De Marco, encerrou a pauta da reunião da Câmara Setorial do Algodão. De Marco, que deixou recentemente o cargo, é cotonicultor, ex-presidente da Abrapa, membro do Conselho Consultivo da entidade,  e presidiu a câmara por dez anos. Ele recebeu o reconhecimento dos membros pela sua histórica atuação na cotonicultura brasileira, com ações que se reverteram em benefícios para o agronegócio do país, em especial, para o algodão. Sérgio De Marco recebeu das mãos do presidente da Abrapa e da Câmara Setorial, Arlindo de Azevedo Moura, uma placa pelo mérito na "construção de uma nova história para o país", que agradecia o tempo dedicado pelo assessor especial à vida pública e às questões ligadas ao agro.


"Fui conhecer, à essa altura da vida, o serviço público. Começávamos o dia com o ministro Blairo Maggi às oito da manhã, tratando de café, cacau, biodiesel, fumo e soja. Às oito da noite, ainda estávamos falando de juros, vendas de máquinas agrícolas e, sempre, de algodão", lembrou De Marco, enfatizando a capacidade e eficiência do ministro Blairo Maggi à frente da pasta. "Somos amigos há 30 anos, mas nunca havíamos tido tanta convivência como agora. Sou testemunha da sua competência e preparo", disse.


A posição estratégica da Câmara Setorial do Algodão e Derivados também foi ressaltada pelo homenageado. "Posso dizer que nenhuma decisão governamental que impacte o setor algodoeiro acontece sem consulta prévia a essa câmara. E isso se repete nas 39 Câmaras Setoriais do Ministério", disse Sérgio De Marco, que destacou o estreitamento entre as demandas do setor e as políticas públicas, com a intermediação da Câmara. "E, dentre todas as outras, a Câmara Setorial do Algodão é uma referência", afirmou.


Dedicação


Sérgio De Marco ressaltou a importância das pessoas que contribuíram, dentro e fora do Governo, para o seu trabalho, e, direta ou indiretamente, para o bem do país. Do Mapa, frisou o papel e a dedicação do coordenador geral de Fibras, Oleaginosas e Borracha, José Maria dos Anjos, do diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento, Sávio Rafael Pereira, e, em especial, do secretário de Política Agrícola, Neri Geller. Da iniciativa privada, Sérgio De Marco ressaltou o trabalho do diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, assim como do diretor executivo da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Décio Tocantins.


Sobre a aposentadoria, Sérgio De Marco pontuou que não será um retiro decisivo. "Vou dedicar mais tempo à minha família, aos meus quatro netos e à nossa qualidade de vida. Mas estarei sempre disponível para trabalhar, de coração e voluntariamente, pelo algodão", disse.


Para o presidente da Abrapa, Sérgio De Marco é personagem protagonista na moderna cotonicultura brasileira. "Ele imprimiu sua marca na história como cotonicultor pioneiro, como líder classista e, agora, recentemente, como um servidor público que soube usar seu conhecimento de empresário para contribuir para a desburocratização do setor. Sempre lhe seremos gratos", concluiu Moura.


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Missão Compradores 2017 – Profissionalismo da cadeia produtiva do algodão impressiona visitantes na expedição promovida pela Abrapa.

17 de Julho de 2017

A colheita da safra de algodão no Brasil em 2016/17 ainda não chegou à metade dos seus 926 mil hectares, mas impressionou os visitantes estrangeiros que, a convite da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), conheceram na última semana, entre os dias 9 e 14 de julho, algumas das mais representativas etapas da cadeia produtiva da fibra nos três maiores estados cotonicultores do país, em ordem decrescente de tamanho, Mato Grosso, Bahia e Goiás. A Missão Compradores é uma iniciativa implementada pela Abrapa em 2015, que tem por objetivo promover o algodão brasileiro e prospectar negócios no mercado internacional. Nesta edição, integraram a expedição 15 representantes de indústrias e cinco tradings, de sete países – Peru, Bangladesh, Paquistão, China, Turquia, Coreia do Sul e Índia. Majoritariamente asiáticos, eles fazem parte dos dez maiores compradores do algodão brasileiro. Cinco tradings que atuam no Brasil também assinam a expedição, Ecom, Reinhart, Dreyfus, Cofco e Cargill. Em cada um dos estados visitados, a Abrapa conta com a parceria das associações estaduais, a Abapa, na Bahia, a Agopa, em Goiás, e a Ampa, no Mato Grosso.


Muitos dos visitantes vieram pela primeira vez, e se surpreenderam com a magnitude dos sistemas produtivos, a tecnologia investida pelos produtores brasileiros, e as vastas lavouras do cerrado, bem diferentes do sistema familiar que caracteriza gigantes produtores como a China e a Índia. Veteranos, sobretudo representantes das tradings, destacaram a retomada dos altos níveis de produtividade e qualidade na safra que está sendo colhida, em função da volta à normalidade do clima. A expectativa dos cotonicultores é colher, nesse ciclo, 1,5 milhão de toneladas de pluma, o que representa 20% a mais de produção ante a safra 2015/16, mesmo com a redução de área de 4%.


Para o trader Richard Pollard, da Ecom, o que mais chamou sua atenção este ano foi o reflexo da melhoria do clima sobre as lavouras e no ânimo dos cotonicultores. Ele destaca a importância da Missão para pôr os compradores em contato com uma realidade totalmente diversa. "O Brasil é único, e os investimentos aqui são muito altos. É difícil para um gerente de fiação em Taiwan, na China ou no Paquistão visualizar quão diferentes e profissionais são as operações brasileiras em produção de algodão, até que eles venham para o Brasil e vejam por eles mesmos", disse.


Maqboll Alam Baig, gerente de compras da Interloop Limited, do Paquistão, foi um desses visitantes de primeira vez. Após conhecer lavouras, beneficiadora e os laboratórios de classificação de fibra por HVI nos três estados, ele se disse muito confortável em negociar algodão com o Brasil. "Ficamos muito satisfeitos com o convite da Abrapa. Pudemos ver o quanto o Brasil está investindo no desenvolvimento da cotonicultura e melhorando a qualidade da sua fibra", afirmou.


O diretor geral de compras da fiação coreana Kukil Spinning, Hyun Seok Kim, já havia estado no Brasil por duas vezes. "Mas isso foi há muito tempo, quando o país começou a exportar algodão. Hoje, posso dizer que o Brasil é muito bom em qualidade e, por isso, os preços se comparam ao do algodão americano. Estamos  muito satisfeitos com a qualidade de vocês", afirmou.


Pela primeira vez visitando fazendas no país, Babul Chandra Nandi, da Rising Spinning & Rising Industries de Bangladesh, diz que a companhia já era compradora do algodão brasileiro, e vai incrementar o volume de compras. "Esse tour está sendo muito educativo para nós. Bangladesh é um grande importador e é bom ver a realidade de onde compramos", disse.


Mercado em expansão


O Brasil deve exportar em torno de 610 mil toneladas de pluma em 2017, mas a liberação dos estoques de reserva que vinham sendo mantidos pela China, e que, segundo o mercado, eram suficientes para suprir por um ano a demanda do país, abre espaço para uma presença ainda mais robusta do algodão brasileiro.  Segundo Robin Pigot, da Cargill, a grande mudança no mercado asiático deverá ser protagonizada pela China, com o fim do programa de estoque que o governo chinês mantém para a proteção da indústria local. "Esse programa chegará ao fim no ano-safra 2017/18 e a China terá de recuar e voltar a importar. O país importou em torno de 4,5 milhões de fardos no ano passado e deverá comprar entre 10 e 15 milhões de fardos em 2019/20. Assim sendo, poderá facilmente haver um crescimento entre seis e dez milhões de fardos na demanda de importação chinesa. Eu acredito que três milhões de fardos ou mais poderão ser supridos pelo Brasil, se o país produzir mais", prevê.


Quinta marcha


Durante a missão, em diversos momentos, os visitantes apontaram a abundância de água e a diversidade entre os polos produtores do Brasil, como um trunfo do país frente a adversários como a Austrália, e se disseram impressionados com a evolução da cotonicultura nacional. "Todo mundo fala muito do algodão australiano, mas o que as pessoas muitas vezes não mencionam é que os australianos dependem da água. Se tem uma seca, acaba a produção deles. Esse é um problema que não existe no Brasil. É um player importante, que não pode ser ignorado. Tudo depende do preço, mas o Brasil pode vender a sua produção na segunda metade do ano, e o segundo semestre é muito importante. Antes, nós tínhamos o algodão africano, que era muito forte o ano inteiro. Agora, ele acaba no mês de julho, e é isso que eu explico para todo o pessoal do sudeste asiático está viajando comigo. Outro aspecto muito importante é a reputação o Brasil conquistou como um fornecedor que cumpre os seus contratos", diz Danny Van Namen, vice presidente da Reinhart para o Sul da Ásia. "Estive muitas vezes no Brasil, inclusive dez ou quinze anos atrás, quando o país era um importador de algodão. Hoje, está na 'quinta marcha' e é incrível o que está acontecendo aqui. Viajo para muitos países produtores de algodão pelo mundo afora e o que vejo no Brasil excede as expectativas", conclui.


Missão cumprida


Para o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, a cada ano, reforça-se a certeza de que a iniciativa é importante e traz reflexos diretos nos negócios brasileiros com algodão. "Precisamos levar cada vez mais longe a mensagem de que somos não apenas um grande produtor, mas um fornecedor de algodão de qualidade, produzido em modos sustentáveis tanto do ponto de vista econômico, quanto social e ambiental. Somos o maior produtor de algodão licenciado pela Better Cotton Iniciative (BCI) do mundo, com 71% de certificação da nossa safra, e temos o nosso programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que excede em rigor a certificação internacional e hoje já é adotado por 81% dos cotonicultores brasileiros.  Mas, para entender tudo isso, quando se está do outro lado do mundo e do outro lado do balcão, nem sempre é fácil. Às vezes é preciso ver de perto para crer", diz o presidente da Abrapa.


Na Bahia, os visitantes conheceram a Fazenda Busato I, a beneficiadora Warpol, ambas do Grupo Busato, o pátio de armazenamento da trading Ecom e o Laboratório de Análise de Fibra da Abapa. Em Goiás, estiveram no Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Abrapa, na Fazenda Pamplona, do Grupo SLC, e no Laboratório de HVI da Agopa. Em Mato Grosso, o grupo conheceu a Fazenda Cidade Verde (Grupo WDF Agro), as Fazendas Santo Antonio e Philadelphia, ambas do Grupo Bom Futuro, o laboratório de HVI da Unicotton, e visitou a "Expoverde". Ainda no Mato Grosso, os visitantes estiveram no laboratório de HVI e na fiação da Cooperfibra, assim como na  beneficiadora da Cooperbem.


Após a etapa de visitas técnicas, os integrantes da Missão Compradores 2017 encerraram a agenda na Chapada dos Guimarães (MT), onde o grupo participou do XVI Anea Cotton Dinner, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), no dia 14 de julho, no Malai Manso Resort.


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Plano Safra BB - Aumento de 30% no volume de recursos ofertados anima produtores de algodão

11 de Julho de 2017

Representada pelo conselheiro e tesoureiro Eduardo Logemann, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) acompanhou, na manhã de hoje (11), o lançamento do Plano Safra 2017/2018 do Banco do Brasil (BB), cujo montante é de R$103 bilhões, com redução de um ponto percentual nas taxas de juros das linhas de custeio, investimentos e de comercialização da agricultura empresarial. A solenidade teve presença do presidente Michel Temer e dos ministros Henrique Meirelles, da Fazenda, e Blairo Maggi, da Agricultura. Do total ofertado, R$ 11,5 bilhões serão destinados às empresas da cadeia do agronegócio e R$ 91,5 bilhões, aos produtores e cooperativas.


O evento comemorou a revisão da Conab para o volume da produção agrícola brasileira, de 230 milhões de toneladas para 237 milhões de toneladas em 2017/2018. O valor anunciado para esta safra é, segundo o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, 30% maior do que o ofertado na última, quando o BB liberou R$72 bilhões para o financiamento. Os recursos já estão disponíveis desde o dia 3 de julho, início da safra 2017/2018.


Autonomia


Segundo Henrique Meirelles, o Brasil está saindo da recessão e entrando em novo ciclo de estabilidade econômica, "com a retomada da produção industrial, dos empregos e o aumento no consumo de bens de capital". Blairo Maggi destacou a liberdade conferida pelo governo para que o seu ministério tome as medidas necessárias "para fazer a agricultura andar". Em seu discurso, o presidente Michel Temer afirmou que o seu governo deu autonomia para que os diferentes setores desenvolvam as suas atividades. "Isso permitiu que fizéssemos um ano em um mês, aprovando as reformas necessárias à retomada do crescimento da economia", concluiu.


Alento


Para Eduardo Logemann, o volume alocado chega no plano safra do BB é o prenúncio de um grande ano agrícola.  "Creio que os juros poderiam ser mais adequados, sendo equiparados ou mesmo inferiores, à Selic, mas saber que há recursos já é um grande alento. Isso impacta no ânimo do produtor, num contexto favorável, de preços reagindo e câmbio adequado. Os agricultores estão recompondo suas dívidas e se preparam para, se São Pedro ajudar, chegar a 240 milhões de toneladas de grãos e algodão", afirma Logemann, enfatizando o agro como o sustentáculo da economia brasileira, responsável por 22% do PIB e dos empregos, e por 40% das exportações do país.


11.07.2017


Imprensa Abrapa


Catarina Guedes- Assessora de Imprensa


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Missão Compradores 2017

07 de Julho de 2017

De 09 a 16 de julho, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) realiza a Missão Compradores 2017. Trata-se uma expedição que vem sendo realizada, ininterruptamente, desde 2015, trazendo para o Brasil industriais estrangeiros de fiação e traders da commodity, para conhecer de perto a cotonicultura e os processos ao longo da cadeia produtiva que respondem pela sustentabilidade, qualidade e credibilidade conquistadas pelo algodão brasileiro internacionalmente. São em torno de 15 representantes de indústrias e cinco tradings, de oito países – Peru, Bangladesh, Paquistão, China, Vietnã, Turquia, Coreia do Sul e Índia – que visitarão fazendas, beneficiadoras de algodão, fiação e laboratórios de HVI na Bahia, Goiás e Mato Grosso, além do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Abrapa, instalado em Brasília.



A programação será encerrada na Chapada dos Guimarães (MT), onde o grupo participará do XVI Anea Cotton Dinner, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), no dia 14 de julho, no Malai Manso Resort. Nesta terceira edição da Missão Compradores, cinco tradings que atuam no Brasil assinam com a Abrapa a expedição, Ecom, Reinhart, Dreyfus, Cofco e Cargill. Em cada um dos estados visitados, a Abrapa conta com a parceria das associações estaduais, a Agopa, em Goiás, a Ampa, no Mato Grosso, e a Abapa, na Bahia.



"É uma jornada de conhecimento, oportunidade de negócios e troca de experiências que tem se mostrado fundamental para a abertura de novos mercados e estreitamento de laços comerciais", explica o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura. Segundo ele, a transparência nas relações entre cotonicultores brasileiros e os players mundiais tem contribuído para a manutenção do posto de quinto maior produtor de algodão no ranking mundial, com 1,5 milhão de toneladas de pluma estimados para a safra 2016/17, e do status de quarto maior exportador, com previsão de embarcar 610 mil toneladas de pluma na safra em curso.



A escolha dos países de origem dos visitantes não é aleatória. Eles fazem parte dos dez maiores compradores do algodão brasileiro. "Embora alguns dos maiores compradores dessa lista sejam também grandes produtores, como é o caso da China e da Índia, o nosso modelo de produção é completamente diferente. Totalmente tecnificado, do plantio ao beneficiamento, com fazendas com capacidade de produção em larga escala e, principalmente, com atenção aos requisitos sociais, ambientais e econômicos, que fazem do país o maior fornecedor de algodão sustentável do mundo", explica o presidente da Abrapa.



Atualmente, 81% da safra de algodão brasileira são certificados pelo programa Algodão Brasileiro Sustentável (ABR) e 71% da produção nacional são licenciados pela Better Cotton Iniciative (BCI), entidade internacional que atesta a sustentabilidade da cadeia da fibra. "Temos muita satisfação em dizer que o Brasil responde por mais de 25% de todo o algodão BCI no mercado global. Isso revela muito sobre quem somos e o compromisso que assumimos com esta e com as futuras gerações", afirma.



Qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade



No roteiro da Missão Compradores 2017, os visitantes terão oportunidade de conhecer, na teoria e na prática, os principais programas que a Abrapa empreende, com foco na qualidade (Standard Brasil HVI– SBRHVI), na rastreabilidade (Sistema Abrapa de Identificação – SAI) e na sustentabilidade, com o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que opera em benchmarking com a BCI. Uma das paradas do grupo será no Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), inaugurado em Brasília em dezembro de 2016, para servir de referência na padronização das análises de fibra por High Volume Instrument (HVI) para os laboratórios que atendem aos produtores de algodão.



Confiança



Para o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Marco Antonio Aluisio, trazer consumidores estrangeiros para conhecer o modo brasileiro de produzir algodão muda completamente a perspectiva dos visitantes. "A maioria vem de países asiáticos, de produção familiar. O perfil da nossa cotonicultura é surpreendente para eles", diz. O objetivo da missão é garantir, segundo o presidente da Anea, que o algodão brasileiro passe a compor – ou aumente a sua participação – no blend que indústrias preparam para a fabricação dos seus produtos.



"Essa participação tem sido cada vez mais expressiva, ocupando parte de um espaço que era destinado, sobretudo, ao algodão americano ou australiano. Isso advém da confiança que o Brasil vem ganhando me mercado internacional como um fornecedor que tem não apenas escala e qualidade, mas regularidade na oferta", afirma Marco Antonio Aluisio, lembrando que as exportações brasileiras, que já oscilaram muito em volume, estão mais estáveis nos últimos anos. "A Missão Compradores, com certeza, é importante para abrir mercados, aumentar a credibilidade e reforçar a imagem do nosso algodão", conclui.




07.07.2017


Imprensa Abrapa


Catarina Guedes – Assessora de Imprensa


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Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA) conclui estudo com 12 propostas para modernizar a regulação de defensivos agrícolas no Brasil.

04 de Julho de 2017

Coordenada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão  (Abrapa), a


Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), encerrou com doze recomendações o estudo sobre a modernização do sistema regulatório de defensivos agrícolas no Brasil, insumos que hoje representam, em média, 42% dos custos de produção do algodão, e 21% da soja. As mudanças propostas ao modelo atual passam pela criação de um sistema eletrônico de informações que integre os três órgãos responsáveis pelo registro de defensivos no país, o Ministério da Agricultura, a Anvisa e o Ibama, alterações na legislação e o protagonismo do Mapa no processo, como instituição diretamente ligada à produção agrícola.


O dossiê é resultado de quase um ano de trabalho e foi entregue ontem (03/07) ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para que possa balizar as decisões do Governo Brasileiro, sobretudo no que tange ao registro, que hoje demanda em torno de oito anos, para produtos novos, e seis para genéricos. O trabalho foi coordenado pela Abrapa, com a participação da Embrapa, Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg), União dos Fabricantes Nacionais de Fitossanitários (Unifito), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav) e Associação das Empresas Brasileiras de Controle Biológico (ABCBio).


"Em última instância, o que almejamos é aumentar a competitividade brasileira, que hoje é limitada por fatores como burocracia e falta de objetividade. Precisamos de uma revisão nas leis que regulam os defensivos, para que fiquemos em paridade com nossos concorrentes. Nestes, a média do tempo despendido entre a data do protocolo do pedido e o registro do produto é de três anos, metade do tempo que o Brasil gasta. Enquanto isso, nossa agricultura fica vulnerável, porque as pragas e doenças criam resistência aos princípios ativos quando esses permanecem em uso por tempo", argumenta Júlio Cézar Busato, vice presidente da Abrapa e presidente da CTIA.


Vulnerabilidade


Dentre as doenças que hoje mais preocupam os produtores de algodão, Busato cita a ramulária, mal específico do algodoeiro, presente em todos os países produtores, e que chega a causar perdas de até 40% na produtividade das lavouras. "A ramulária sequer está inscrita na lista de prioridades de registro do Mapa. Os 70 produtos disponíveis no mercado já não são eficientes para combater o fungo, que adquiriu resistência aos princípios ativos", alerta o presidente da CTIA, elencando também como preocupante a falta de novas moléculas para o combate da ferrugem asiática.


De acordo com o levantamento realizado pelo grupo de trabalho da CTIA, a cada ano, são protocolados no sistema 400 novos pedidos de registro pelas empresas fabricantes. Em 2016, desse total, apenas 277 foram registrados, sendo que, destes, somente cinco são produtos novos, que representam inovação para o controle de pragas e doenças. "O restante é composto por genéricos e dos chamados "técnicos", que servirão de base para a formulação de novos produtos. O mesmo estudo aponta que o Brasil vai na contramão de alguns dos seus principais concorrentes, como Estados Unidos, Austrália, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile, nos quais um único órgão é responsável pelo registro e o sistema de avaliação é eletrônico", ressalta o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, que coordenou os trabalhos do grupo.


Uso eficiente


Um dos entraves à modernização do processo de registro de defensivos agrícolas no país é agravado pelo desconhecimento do tema e pela propagação de informações sem embasamento científico, segundo o presidente da Abrapa, Arlindo Moura. "Muito se apregoa que o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos, mas isso não é uma verdade absoluta. Um dos grande ganhos desse trabalho da câmara temática foi analisar não o quanto o Brasil gasta por ano, em dólares, com defensivos, mas a eficácia desse uso, na relação entre a produção de alimento por quantidade de produto aplicado. Visto assim, o quadro muda completamente, e países como Holanda, Japão, Bélgica, França e Inglaterra, nessa ordem, são maiores consumidores que o Brasil", explica Moura.


Segundo o estudo, o Brasil é ainda o país que produz mais quilos de alimentos para cada dólar investido em defensivos. São 142 Kg, contra 116 Kg na Argentina, 94 Kg nos Estados Unidos, 62 Kg na União Europeia e 8Kg no Japão. "É preciso ainda levar em consideração que somos um país de clima temperado, propício ao surgimento de diversas doenças e pragas. Não temos neve quebrando, por meses, o ciclo reprodutivo das pragas, e os transgênicos, que reduzem em muito o uso de defensivos por safra, são advento recente aqui. Simplesmente dizer que o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxico é difundir um preconceito, e isso nunca é bom", afirma Arlindo Moura.


Recomendações


Abaixo, as medidas que, de acordo com o estudo realizado pela Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA) devem ser tomadas para modernizar o registro de defensivos e aumentar a competitividade da agricultura brasileira no mercado mundial:


 




  1. Aperfeiçoamento da legislação brasileira baseando-se nas melhores praticas regulatórias dos outros Países de importância agrícola.

  2. Sistema eletrônico integrado (Mapa x Anvisa x Ibama).

  3. Aplicar medidas desburocratizantes onde for possível.

  4. Aperfeiçoar os processos pós registro – Listas Positivas (embalagens,         formuladores, componentes e outros)

  5. Simplificação do Registro de produto idêntico (clone).

  6. Buscar harmonizar o processo aos modelos mais eficientes utilizados em países de referência.

  7. Parametrizar os critérios de avaliação dos três órgãos reguladores.

  8. Melhorar a estrutura administrativa e contratar técnicos especialistas (convênios e ampliar unidades de avaliação virtual) para  os órgãos de Registro.

  9. Dar poder ao Mapa como órgão protagonista dos processos de registro de insumos agrícolas

  10. Priorizar  e dar legalidade aos registros de produtos importantes para a agricultura.

  11. Estruturar um programa de "Phase in" para substituição de produtos retirados do mercado.

  12. Combater o contrabando/pirataria.


04 de julho de 2017


Imprensa Abrapa


Catarina Guedes – Assessora de Imprensa


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Laboratório Farroupilha Lallemand apresentará inovações no controle biológico de pragas e doenças no 11° CBA

04 de Julho de 2017

O manejo integrado de pragas e doenças das lavouras, método que consorcia o uso de defensivos químicos e agentes de controle biológico, terá destaque no 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA). O evento é promovido a cada dois anos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e, em 2017, será realizado entre os dias 29 de agosto e 1° de setembro em Maceió (AL). O tema estará na pauta de discussões em diversas oportunidades no Congresso, e empresas do ramo apresentarão suas inovações tecnológicas. Dentre elas, o Laboratório Farroupilha Lallemand, com um portfólio de "biopotentes" desenvolvidos para combater naturalmente bactérias, fungos, insetos e nematoides. Seu mix de produtos também apresenta inoculantes e promotores de crescimento.


A inclusão de bactérias, fungos e vírus "do bem" no pacote de defesa fitossanitária dos cotonicultores tem sido cada vez mais recorrente, como forma de quebrar a resistência dos inimigos da lavoura aos químicos disponíveis no mercado. A demora na entrada de novos princípios ativos em circulação, em virtude do atual modelo de registro de produtos no país, gera perda de eficiência e onera os custos de produção. "Com os biopotentes, não queremos substituir os químicos, mas aumentar a sua vida útil", explica o gerente comercial do Laboratório Farroupilha Lallemand, Stanis Bombonato, segundo quem, a chave do combate estratégico está no manejo.


"Os químicos, sozinhos, não estavam dando conta do grande número de pragas e doenças das lavouras. Os produtos biológicos entram no receituário como armas adicionais. São inovações seguras e sustentáveis, com certificação internacional, que trazem excelentes resultados", afirma Bombonato. O Laboratório Farroupilha foi fundado há dez anos, em Minas Gerais, e hoje está sob o controle da multinacional canadense Lallemand, presente em mais de 40 países. No Congresso Brasileiro do Algodão, a empresa vai apresentar em torno de dez produtos para os problemas do algodoeiro e de outras culturas, como o mofo branco, a fusariose e a rizoctoniose. "Nossa expectativa é sempre muito boa, porque o CBA é promovido pela Abrapa, uma das mais atuantes e organizadas associações de classe do setor agrícola brasileiro. Somos parceiros do evento há várias edições e a confiança sempre se renova", afirma o gerente.


Para o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, o momento é de aumento de demanda por soluções inovadoras para os problemas da cotonicultura. "Não por acaso, escolhemos como tema do evento o binômio inovação e rentabilidade, e a participação de empresas como o Laboratório Farroupilha Lallemand no CBA vem ao encontro disso. Temos trabalhado, na Câmara Temática de Insumos da Agropecuária do Mapa (CTIA), para apresentar alternativas ao Governo Federal para tornar mais célere o registro de novos defensivos químicos no país, tornando o Brasil mais competitivo no mercado mundial. Hoje, um produto novo leva em torno de oito anos para ser registrado no país, trazendo graves riscos para a defesa fitossanitária nacional. O controle biológico contribui para aumentar a vida útil dos produtos que estão disponíveis. Não são substitutos, mas aliados, e muito bem-vindos", conclui o presidente da Abrapa.


03.07.2017


Imprensa CBA


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