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Indianos querem mais algodão do Brasil

30 de Junho de 2021

Industriais comprovam evolução da fibra brasileira e projetam ampliação nas compras futuras


A melhoria na qualidade e a transparência de informações sobre a produção de algodão brasileiro estimulam a indústria têxtil da Índia a projetar que o comércio exterior com o Brasil seguirá em curva crescente nos próximos anos. Os atributos da fibra produzida no País foram destacados durante a Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable, mesa redonda promovida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), ontem (29), na Índia.


"A indústria do vestuário e seus clientes finais querem um algodão sustentável e sem contaminação. Portanto, é importante termos informações sérias e transparentes sobre o produto, e conseguimos  isso com o algodão brasileiro", disse Ranjan Chaudhary, diretor executivo da Argon Spinning Ltda.


O vice-presidente da Corp Raw Material Vardhman Textiles Limited, Lalit Mahajan, reforçou a confiança no algodão do Brasil. "Há produto em abundância e a atitude de colocar os resultados de qualidade em um site é uma grande conquista da Abrapa. Também parabenizo pelo programa que busca sementes adequadas para plantio em cada estado brasileiro", afirmou.


Com qualidade e transparência nas informações, os parceiros comerciais indianos já estão pensando no futuro. Com a perspectiva de ampliarem ainda mais as compras, mostraram a necessidade de que as cargas da pluma brasileira na Índia tenham maior disponibilidade para atender a demanda de forma rápida.


"O algodão brasileiro tem atributos únicos de fibra, mas é preciso alguns ajustes para aumentar a exportação. Acreditamos que o estoque ainda é pequeno localmente e há espaço internacional onde é possível armazenar o produto. Digo isso porque estou sempre aumentando os meus volumes de compra", sugeriu Suresh Kotak, presidente da Kotak Ginning and Pressing Industries, divisão da Kotak Commodity Services P Ltda.


O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, recebeu positivamente as sugestões e acredita que ainda é possível ampliar mais a presença do algodão brasileiro no mercado indiano. "O objetivo destes eventos era exatamente esse: ouvir a indústria têxtil dos principais países compradores, seus questionamentos e necessidades. Identificamos várias propostas de ação e agora vamos avaliar o que pode ser implementado e em quanto tempo", explicou.


Busato reforçou a importância histórica do país no mercado de algodão. "A Índia é o maior e mais tradicional produtor de algodão do mundo. Tem a segunda maior indústria têxtil do globo, com muita capacidade de crescimento. Exporta mais do que importa e acreditamos que podemos complementar a oferta no país com algodão livre de contaminação, tão importante para agregação de valor. Somos parceiros nessa jornada", declarou.


Os negócios entre os dois países se fortaleceram há dez anos. Na safra 2009/10, a Índia importou 198 toneladas de algodão do Brasil e, na atual, de agosto de 2020 a maio de 2021, o volume superou 9 mil toneladas, levando a um crescimento de 4.400%.


O presidente da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Fauss, disse que os dois parceiros podem melhorar a cooperação. "Estamos prontos para aumentar a participação no mercado têxtil, oferecendo volume e qualidade", afirmou.


Segundo o embaixador do Brasil na Índia, André Aranha Corrêa do Lago, a Índia aumentou o consumo da pluma brasileira e hoje os brasileiros estão entre os dez maiores fornecedores. "Temos potencial de crescimento e podemos complementar a produção local. Para isso, precisamos nos conhecer melhor e trocarmos informações como estamos fazendo hoje".


Dalci Bugolin, adido agrícola do Brasil na Índia, explicou que a Embaixada do Brasil tem apoiado as iniciativas do programa Cotton Brazil – braço da Abrapa responsável pela promoção internacional da fibra brasileira. "E estamos tendo resultados práticos. Em três anos, as exportações brasileiras de algodão para a Índia aumentaram mais de 3x. De janeiro a maio deste ano, o comércio exterior registrou mais de US$ 8 milhões, enquanto nesse mesmo período, no ano passado, o valor foi de aproximadamente US$ 2 milhões e, em 2019, de US$ 3 milhões", comparou.


Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable encerrou seu ciclo com o webinar na Índia. A série de eventos online foi promovida pelo Cotton Brazil, que recebe apoio direto da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). Além da Índia, receberam a iniciativa da Abrapa os países que se destacam no consumo da fibra brasileira: Bangladesh, Turquia, Paquistão, Coreia do Sul, Vietnã e Indonésia.

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Algodão brasileiro em destaque do programa Doutor Agro

30 de Junho de 2021

A cadeia produtiva do algodão foi tema do programa Doutor Agro da última semana, no youtube.  Marcos Fava Neves, professor dos cursos de Administração da USP, em Ribeirão Preto, e da EAEASP/FGV, em São Paulo, e especialista em  planejamento estratégico do agronegócio, falou sobre a importância do setor para a economia brasileira, com geração de empregos e arrecadação.  A preocupação com a sustentabilidade e o incentivo a práticas responsáveis por meio do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) também mereceram destaque.



Confira: https://www.youtube.com/watch?v=ugkva4OS2Uw



Doutor Agro, em 25.06.2021

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Sou de Algodão foi tema de live na São Paulo Fashion Week

29 de Junho de 2021

Entre os assuntos abordados, o destaque foi a relação entre produtores da fibra e estilistas


​Na última sexta-feira, 25, aconteceu o Live Talk Sou de Algodão, que ocorreu dentro da programação da edição 51 da São Paulo Fashion Week. Silmara Ferraresi, gestora geral do Movimento Sou de Algodão, foi quem falou sobre a parceria com o maior evento de moda do Brasil.


Além de marcar presença e apoiar os 25 anos do SPFW, 100% digital, nesta edição, o movimento ainda conta com 10 estilistas parceiros. "Para nós, é muito importante o trabalho desses talentosos estilistas, para inspirar o público e mostrar a versatilidade da fibra natural. Também é uma forma de chamar a atenção para a importância socioeconômica de sua produção", explica a também assessora da presidência da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão.


A live abordou o tema da SPFW, Regeneração, que está relacionado com o que Sou de Algodão quer passar para os consumidores, já que a cadeia produtiva vem trabalhando, incessantemente, em ações para a produção de uma fibra de qualidade, gerando impactos positivos para o meio ambiente, para o trabalhador, suas famílias e a sociedade. "Acreditamos que, somente com os esforços somados do produtor, da indústria e da sociedade, poderemos realmente cultivar a moda responsável no Brasil. Não existe regeneração, se esperarmos que apenas um ator realize mudanças. A união é necessária e o Movimento existe para isso", finaliza.



Sobre Sou de Algodão


É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 36% de toda a produção mundial de algodão sustentável.



Siga Sou de Algodão:


Site: www.soudealgodao.com.br


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Instagram: @soudealgodao


Youtube: Sou de Algodão



Contatos para pautas:
Vira Comunicação contato@viracomunicacao.com.br - (19) 3367.1233
Mariana Torelli - mariana.torelli@viracomunicacao.com.br - (11) 96397.6100
Thiago Rodrigues - thiago.rodrigues@viracomunicacao.com.br - (19) 99687.0812
Guilherme Pichonelli guilherme@viracomunicacao.com.br - (11) 98076.1234

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

25 de Junho de 2021

ALGODÃO PELO MUNDO #25/2021











- Algodão em NY - Mesmo com grãos em queda, algodão teve recuperação de preços em NY, graças à demanda que segue firme. O contrato Dez/21 fechou em 86,73 U$c/lp, alta de 3,2% nos últimos 7 dias.



- Preços - Ontem (24/6), o algodão brasileiro estava cotado a 98,25 U$c/lp (+100 pts) para embarque em Out-Nov/21 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook).



- Altistas 1 - Apesar dos boicotes a produtos feitos com algodão de Xinjiang, as exportações de confecções da China renderam US$ 12,2 bilhões em Maio/21, 37% a mais que um ano atrás e já acima dos níveis do período pré-Covid.



- Altistas 2 - Há muita expectativa no mercado sobre quando e como compradores Chineses vão entrar no mercado com as novas cotas de importação e também como o governo vai operar as reservas estatais. Estima-se que somente a reserva estatal do país importou 830 mil toneladas de algodão nesta temporada.



- Altistas 3 - Segundo a Cotlook, as margens das fiações continuam atraentes, mantendo a demanda firme por algodão. Gargalos logísticos internacionais, entretanto, preocupam o setor.



- Baixistas 1 - As previsões nos EUA indicam chuvas nas principais regiões produtoras do país nos próximos dias e também nas próximas duas semanas.



- Baixistas 2 - As vendas de exportação da safra nova dos EUA divulgadas esta semana foram bem abaixo do volume do ano anterior e da média dos últimos cinco anos. A China, principalmente, não está comprando como esperado.



- Vietnã 1 - Empresários da indústria têxtil vietnamita sugeriram intercâmbio técnico e mais eventos para ampliar os negócios com os cotonicultores brasileiros. A Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable passou pelo país na segunda.



- Vietnã 2 - Hoje, o Vietnã é o segundo maior comprador do algodão brasileiro e terceiro importador mundial. Os negócios entre os dois países aumentaram 720% nos últimos 10 anos. A cada 5 fardos comprados pelos vietnamitas, 1 é brasileiro.



- Indonésia 1 - Os importadores indonésios também querem mais informações técnicas do Brasil. "Quanto mais soubermos do algodão brasileiro, mais iremos consumi-lo", garantiu Michelle Tjokrosaputro, presidente da indústria têxtil Dan Liris.



- Indonésia 2 - A rodada de webinars do programa Cotton Brazil passou pela Indonésia ontem. Quarto maior importador da fibra no mundo, o país é um dos maiores apreciadores da fibra brasileira, que tem mais de 35% da fatia de mercado de algodão na Indonésia.



- Paquistão - Com o plantio no Paquistão finalizado, a expectativa é de uma produção em torno de 1 milhão de toneladas. O volume importado deve aumentar já que o país deve consumir 2,45 milhões de toneladas em 21/22.



- Lavouras - Os EUA já semearam 96% da área prevista (+6pp na semana).  O relatório de condições de lavoura aponta melhoria, com 52% (+7pp) das lavouras em boas-excelentes condições, gerando otimismo entre os produtores.



- Agenda 1 - Nesta segunda (28), é a vez da Índia receber a Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable. O segundo ciclo de webinars promovidos pelo programa Cotton Brazil se encerra, assim, com eventos realizados em 7 países importadores.



- Colheita - A Abrapa informa o andamento da colheita da safra 2020/21 de algodão no Brasil até ontem (24/6): BA e TO (5%); GO (7%), MA (5%); MG (14%), MS (11%), MT (1%), PI (2%) SP (62%) e PR (95%). Total Brasil: 3% colhido.



- Exportações - O Brasil exportou 70,7 mil tons de algodão nas três primeiras semanas do mês de junho. Volume 25% superior às 56,7 mil tons durante o mês inteiro de jun/20.



Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com



- Preços - Consulte tabela abaixo


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25 de Junho de 2021

O compromisso dos cotonicultores brasileiros com a sustentabilidade, o movimento Sou de Algodão e o 2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores são alguns dos temas abordados na 4ª edição do Informativo Moda Projeto Entre, da Universidade Anhembi-Morumbi. O boletim traz uma entrevista exclusiva com o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.

Confira:

https://www.abrapa.com.br/Documents/Informativo%20Moda%20Projeto%20Entre_Algod%C3%A3o%20e%20Denim.pdf

Informativo Projeto Moda Entre, 4ª edição, 2021, Anhembi- Morumbi.

 

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Algodão brasileiro rumo ao topo do ranking mundial

25 de Junho de 2021

Elevar o padrão e a credibilidade do algodão brasileiro é um compromisso contínuo dos cotonicultores. Foi assim que conseguimos, em pouco mais de uma década, reposicionar o Brasil de grande importador para segundo maior exportador e quarto maior produtor mundial da fibra.


Hoje, abastecemos 100% do mercado nacional e 20% da indústria têxtil mundial.  O salto é resultado da união e da determinação dos produtores, com intenso trabalho focado em quatro pilares: qualidade, sustentabilidade, rastreabilidade e promoção comercial.



Para fazer frente às exigências do mercado internacional quanto à garantia de origem do algodão, ainda em 2004, o Brasil adotou a padronização das etiquetas e a implantação de uma metodologia internacional de rastreabilidade de fardos que deu origem ao Sistema Abrapa de Identificação (SAI). Atualmente 100% do algodão brasileiro exportado é rastreável, fardo a fardo.


A implantação da análise e classificação da fibra de algodão pelo modelo internacional HVI (High Volume Instruments) foi outra medida pró-competitividade que equiparou o Brasil aos principais países produtores.


Visando à padronização das análises de qualidade, em 2016, implementamos o programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), que tem como principal pilar um moderno e bem equipado laboratório central – o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) – certificado internacionalmente pelo Centro Global de Testes e Pesquisas de Algodão (ICA Bremen, na sigla em inglês) e responsável pela checagem de resultados e pela orientação e treinamento aos laboratórios que atendem aos cotonicultores brasileiros.


Como resultado, a safra 2019/2020 foi a melhor em confiabilidade nos laudos de HVI da história, com mais de 96% neste índice, o que garante maior credibilidade do algodão brasileiro nos mercados interno e externo.



Outra pauta prioritária dos nossos cotonicultores é a sustentabilidade. Em uma iniciativa pioneira no país, a Abrapa lançou, em 2012, o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que promove a gestão sustentável das fazendas e das beneficiadoras de algodão por meio da evolução progressiva de boas práticas sociais, ambientais e econômicas.


O ABR atua, desde 2013, em benchmarking com a Better Cotton Initiative (BCI), uma organização não governamental global que reúne em seu conselho de administração as principais marcas mundiais – como Nike, Adidas, Ralph Lauren, Levis, H&M, entre várias outras – e promove a adoção de práticas responsáveis no processo produtivo do algodão.


O programa completa 10 safras, com comprometimento crescente do produtor brasileiro. Atualmente, cerca de 80% das fazendas são certificadas com o selo ABR, auditado por empresas independentes de renome mundial.


O Brasil é o maior fornecedor mundial de algodão Better Cotton, com 36% de toda a produção mundial, e é o único país que possui uma certificação específica para o primeiro elo industrial da cadeia do algodão, o beneficiamento, atestando as boas práticas sustentáveis, desde a lavoura até a Unidade de Beneficiamento de Algodão (UBA).


Ações como essas, aliadas a novos recursos tecnológicos e pesquisas para melhoramento genético, vêm garantindo crescimento vertiginoso à produção brasileira de algodão, tanto em volume quanto em qualidade.  Na safra 2019/2020, chegamos a 3 milhões de toneladas, com a maior produtividade do mundo em regime de sequeiro.


Com o consumo da indústria têxtil nacional estabilizado em 700 mil toneladas por ano, passamos a buscar ativamente o mercado externo e trabalhar para mudar a percepção sobre a fibra brasileira. A realidade é que mesmo com indicadores médios de qualidade superiores aos dos Estados Unidos, nosso principal concorrente, estamos recebendo de 8% a 10% menos no preço da pluma que os norte-americanos.


Para diminuirmos essa diferença, os produtores precisam melhorar a qualidade do algodão brasileiro como um todo, a forma como apresentamos nossa pluma no mercado e a transparência dos dados desde o fardo até as análises do tipo HVI. Temos que mostrar ao mundo quem somos, o que pensamos e aquilo que fazemos.


Esse é o objetivo do projeto Cotton Brazil, lançado no ano passado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).  Com apoio dos ministérios da Agricultura (Mapa) e de Relações Exteriores (MRE) e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), colocamos em prática um ambicioso plano de promoção internacional do algodão brasileiro e instalamos um escritório da Abrapa na Ásia, destino de 99% das exportações brasileiras de algodão.


Os primeiros frutos começam a ser colhidos. Estamos batendo recordes de exportações e o mercado externo está cada vez mais confiante no algodão brasileiro. Isso nos faz ter certeza de que a busca contínua do setor produtivo por qualidade e credibilidade é o caminho para levar o algodão produzido no Brasil ao topo do ranking mundial.


*Júlio Cézar Busato é presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), criada em 1999 e que representa 99% de toda a área plantada, 99% da produção e 100% da exportação do Brasil.


 


As ideias e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do seu autor e não representam, necessariamente, o posicionamento da Revista Globo Rural.


Globo Rural – vozes do Agro - Júlio Cézar Busato - em 25 Jun 2021

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Vietnã e Indonésia sugerem intercâmbio técnico com Abrapa

25 de Junho de 2021

A troca de informações, em uma espécie de intercâmbio técnico, pode ampliar ainda mais o crescente comércio de algodão entre cotonicultores brasileiros e a indústria têxtil do Vietnã e da Indonésia. A sugestão esteve presente em dois webinars realizados nesta semana pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) na rodada de eventos Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable.


"Queremos apoiá-los a encontrar mais compradores. Para isso, é fundamental que o produtor brasileiro possa ter mais informações técnicas sobre a tecnologia de fiação usada no Vietnã", propôs Nguyen An Toan, presidente da Vietnam Cotton and Spinners Association (VCOSA).


No atual ano comercial, que começou em agosto de 2020 e segue até o mês que vem, o Vietnã já ampliou em 25% os volumes comprados de algodão brasileiro – passando de 298 mil toneladas, em 2019/20, para as 371 mil toneladas atuais. Num recorte de dez anos, o comércio exterior entre os dois países é 28 vezes superior, já que em 2010/11 o volume importado foi de 13 mil toneladas de pluma.


"A praticamente cada cinco fardos exportados pelo Brasil, um tem como destino final o Vietnã. Em todos os cinco primeiros meses de 2021, o Vietnã esteve entre os três maiores importadores do algodão brasileiro", informou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.


Quarto maior importador de algodão no mundo, a Indonésia também destacou o potencial do intercâmbio de informações técnicas com o Brasil. "Podemos e queremos ser treinados para processarmos ainda melhor a fibra brasileira. Quanto mais soubermos do algodão brasileiro, mais iremos consumi-lo", declarou Michelle Tjokrosaputro, presidente da indústria têxtil indonésia Dan Liris.


No ciclo 2010/11, o mercado indonésio adquiriu 97 mil toneladas da fibra brasileira. Dez anos depois, o volume aumentou quase 94%, chegando a 189 mil toneladas.


Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable é uma série de webinars realizado pelo programa de promoção internacional do algodão brasileiro, o Cotton Brazil. Idealizado e coordenado pela Abrapa, ele recebe apoio direto da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).


A última edição da mesa redonda virtual ocorre nesta terça (29), na Índia. Além de Vietnã e Indonésia, a Abrapa realizou rodadas de negócios com Bangladesh, Turquia, Paquistão e Coreia do Sul.

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Conselho de Ética do Algodão será presidido pela Abit

24 de Junho de 2021

Eleição dos integrantes para o biênio 2021-2023 ocorreu nesta quarta-feira (23)


A Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) presidirá o Conselho de Ética do Algodão pelos próximos dois anos. A eleição dos novos integrantes ocorreu nesta quarta-feira (23), em reunião virtual.  A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) também integra o colegiado, ao lado da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) / Junta de Corretores.



O Conselho de Ética do Algodão foi criado em 2007, para promover os princípios de ética e zelar pelo bom relacionamento entre os participantes da cadeia do algodão. Entre suas atribuições está a mediação de conflitos, mediante concordância prévia das partes envolvidas.



Confira, abaixo, os membros eleitos para o biênio de 24.06.2021 a 24.06.2023:



Conselho Deliberativo


Presidente: Sérgio Armando Benevides Filho (Abit)


Vice-Presidente Mario Baptista da Silva Reis (BBM)


Tesoureira: Lorena Monteiro (Anea)


Secretário: Paulo Sérgio Aguiar (Abrapa)



Conselho Fiscal


1º José Aldo Teixeira (Abit)


2º Luiz Renato Zapparoli (Abrapa)


3º Henrique Snitcovski (Anea)


1º Suplente: Francisco Renato Linhares Tavares (BBM)


2º Suplente: Aroldo Torres (Abit)


3º Suplente: Miguel Faus (Anea)



Representantes da Abrapa no Conselho de Ética: 


Walter Yukio Horita (Abapa)


Luiz Renato Zapparoli (Agopa)


Paulo Sérgio Aguiar (Ampa)



Representantes da Abrapa no Conselho consultivo da entidade:


Haroldo Rodrigues da Cunha – ex-presidente da Abrapa e do Conselho de Ética do Algodão


Milton Garbugio – ex-presidente da Abrapa e do Conselho de Ética do Algodão

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Mercado da fibra vive momento positivo, com crescimento da demanda e preços remuneradores para o produtor

24 de Junho de 2021

Foi dada a largada na colheita da safra 20/21 de algodão. Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul saíram na frente. Os outros estados produtores só iniciam os trabalhos entre junho e julho. Entre eles, Mato Grosso e Bahia, os maiores produtores nacionais da fibra.


As máquinas vão ao campo em meio a uma expectativa positiva, apesar de apontar para números finais menores no volume. Isso acontece devido à reação nos preços das plumas conseguiu inserir ânimo ao final de uma safra complicada.


A estimativa é de uma produção 20% menor neste ciclo, cerca de 2,41 milhões de toneladas de algodão em pluma. O motivo para esta queda é a diminuição da área plantada no País, que também diminuiu 17% e alcançou pouco mais de 1,35 milhão de hectares.


O ano que passou foi desafiador para a cotonicultura brasileira. O setor viu a demanda mundial pela fibra cair de 26 milhões de toneladas para 22 milhões, reflexo da crise provocada pela pandemia da Covid-19.


Além disso, outras culturas estavam mais rentáveis, como a soja e o milho. Fatores como estes influenciaram a tomada de decisão dos produtores no momento da semeadura.


O cenário agora é completamente diferente. "No momento do plantio os preços estavam abaixo do custo de produção. Agora o mercado retomou. A demanda voltou quase ao patamar normal", disse o presidente da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), Júlio Cézar Busato.


Com a procura em alta e os preços em excelente patamar, os produtores estão otimistas. "Com a valorização que houve da pluma e do caroço, a gente acredita que quem optou pelo plantio da cultura possa ter um bom resultado", conta o presidente da Appa (Associação Paulista dos Produtores de Algodão), Peter Derks.


O estado, que está em plena colheita, plantou 4,7 mil hectares e deve registrar produtividade média de 280 arrobas por hectare.


Exportações x Consumo doméstico  


Cerca de 80% de tudo que vai ser colhido no País já foram comercializados. Mas há um detalhe importante: pelo menos 60% foram vendidos abaixo de 65 centavos de dólar por libra peso, valor inferior aos preços praticados agora, que variam entre 84 e 90 centavos de dólar, segundo dados da Abrapa.


Só em abril, as exportações brasileiras de algodão totalizaram 176.995 toneladas, 95% a mais que o embarcado no mesmo período de 2020.


A China, com 32%, e o Vietnã, com 16%, lideram o ranking de compradores da pluma brasileira. Com crescimento de 10%, a demanda mundial está estimada em 24,9 milhões de toneladas no ciclo 20/21, no momento em que se espera uma redução de 6,5% na produção mundial.


O cenário positivo já se reflete no próximo plantio. "A área deve crescer de 10 a 12%, depende do comportamento do mercado", antecipa Busato. Pelo menos 30% da produção futura também já foram negociados.


Diante de uma perspectiva tão boa no mercado externo, a indústria nacional passou a questionar se poderia faltar produto para abastecer o mercado brasileiro. A resposta do presidente da Abrapa é enfática:


"Não existe risco de faltar algodão este ano. As indústrias brasileiras estão abastecidas ou estão se abastecendo" 


Luiz Carlos Bergamaschi.


Além disso, com certeza, esse algodão que está chegando no mercado (referente ao começo da colheita) vai abastecer o mercado nacional.


O consumo doméstico da fibra é de 700 mil toneladas. A previsão é de que chegue a 720 mil toneladas em 2021. Busato também alerta para a importância de se fechar contratos antecipados e destaca que o algodão brasileiro é de alta qualidade e o mais barato do mundo, portanto, bem mais competitivo.


Grandes produtores 


 


Maior fornecedor brasileiro de algodão, com 70% da produção, o Mato Grosso plantou 950 mil hectares com a cultura nesta safra, segundo a Abrapa. O atraso na colheita da soja reduziu em 17% a área cultivada no estado.


A Ampa (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão) também estima queda na produtividade. A colheita está prevista para o fim de junho.


Outro estado que colhe em junho é a Bahia, segundo maior produtor da fibra. "A safra ainda não está definida, mas deve repetir o que vem acontecendo nos últimos anos, desde 2017", é o que diz o presidente da Abapa (Associação Baiana dos Produtores de Algodão), Luiz Carlos Bergamaschi.


Os cotonicultores baianos plantaram no ciclo atual quase 267 mil hectares, contra 313 mil na temporada passada. A produção está prevista entre 500 mil e 508 mil toneladas de algodão em pluma. A safra anterior chegou perto de 600 mil toneladas.


Por lá, 70% da safra foram comercializados. A maior parte foi negociada por um bom preço, cerca de 77 centavos de dólar por libra peso. "Valor que remunera o produtor. Não como soja e milho, mas remunera", explica Bergamaschi. A expectativa é de recuperação na área plantada, de 10 a 15%, no próximo ciclo.


 


Qualidade certificada


Enquanto os produtores se preparam para iniciar os trabalhos de colheita, no Centro de Análise de Fibras da Abapa a expectativa é para a classificação da safra. Cerca de 3 milhões de amostras da pluma serão processadas, volume praticamente igual ao da safra 19/20.


Este ano, o laboratório baiano vai classificar também o algodão do Maranhão – em torno de 200 mil amostras –, e passa a analisar toda a pluma do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). A qualidade esperada para a produção da Bahia é das melhores, afinal, o clima ajudou.


O centro da Abapa é modelo no Brasil, com taxa de confiabilidade em torno de 99%, pelos programas do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA/Abrapa).


Outra novidade prevista para este ano é a implementação do Programa de Certificação de Conformidade Oficial do Algodão Brasileiro. Trata-se de uma certificação inédita para a fibra por parte do Ministério da Agricultura.


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Simulação em condição ideal, com certificação da unidade produtiva em todas as safras de a desão


O projeto está em fase final de estruturação e, de acordo com informações divulgadas pela Abrapa, vai permitir a consolidação da boa imagem do algodão do Brasil no mercado internacional. Será uma garantia de identidade, qualidade e segurança dos resultados das análises realizadas pela rede de laboratórios privados, sob supervisão da associação, por meio do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI).


"A certificação atenderá às exigências dos mercados interno e externo e garantirá a credibilidade necessária para que o algodão brasileiro seja reconhecido como um dos melhores do mundo, levando junto a certificação/licenciamento socioambiental dos programas ABR/BCI e o sistema de rastreabilidade (SAI) que já garante a identificação de todos os fardos de algodão produzidos pelos cotonicultores brasileiros", avaliou o presidente da Abrapa, em reportagem divulgada no site da entidade.


Matéria publicada originalmente no portal: https://agriculture.basf.com/br/pt/conteudos/cultivos-e-sementes/algodao/PR-SP-MS-abrem-colheita-nacional-de-algodao.html

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Avança processo para criação de programa de auto-controle

24 de Junho de 2021

Empenhada na implementação do Programa de Certificação de Conformidade Oficial do Algodão Brasileiro, a Abrapa levou representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para um dia de campo em Cristalina/GO. Em visita à Fazenda Pamplona, do Grupo SLC, nesta quarta-feira (23), os técnicos conheceram todas as etapas do processo produtivo, da colheita ao emblocamento dos fardos por HVI.



O objetivo central da diligência foi verificar o procedimento de coleta de amostras de algodão para classificação visual e por instrumentos de alto volume. A certificação oficial será uma garantia de identidade, qualidade e segurança dos resultados das análises de qualidade.



O gerente da Fazenda Pamplona, Marcelo Peglow, e o coordenador administrativo de Classificação Take-Up, Edson Lima, recepcionaram a missão, integrada pelo Diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa, Glauco Bertoldo, pelo coordenador-geral de Qualidade Vegetal, Hugo Caruso, pelo coordenador de Fiscalização da Qualidade Vegetal, Cid Alexandre Oliveira Rozo, e pela Coordenadora de Regulamentação da Qualidade Vegetal, Karina Fontes Coelho Leandro. O gestor do programa SBRHVI da Abrapa, Edson Mizoguchi, também acompanhou.



"A visita técnica foi muito importante para verificação da conformidade da retirada das amostras e da rastreabilidade do algodão, desde a colheita", avalia o diretor-executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero. Há duas semanas, a mesma equipe esteve no laboratório da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) para conhecer os procedimentos-padrão adotados por todos os laboratórios de análise de algodão cadastrados no programa Standard Brasil HVI (SBRHVI). "O próximo passo é a elaboração de um manual de coleta das amostras, para que possamos avançar no documento oficial de certificação", explica Portocarrero.

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