ALGODÃO PELO MUNDO #17/2021
Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão
30 de Abril de 2021
30 de Abril de 2021
ALGODÃO PELO MUNDO #17/2021
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
28 de Abril de 2021
A sustentabilidade entrou, definitivamente, para a pauta de governos, entidades e corporações do mundo todo. Com a marca do pioneirismo, o setor algodoeiro foi um dos primeiros a se preocupar com a questão no Brasil e incentivar boas práticas socioambientais a partir do lançamento do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). A iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa, completa 10 anos, com comprometimento crescente do produtor brasileiro: saímos de 47% de certificação da produção nacional em 2011/12 para 75% na safra 2019/20, com previsão de ampliação no ciclo 2020/2021.
O ABR promove a gestão sustentável das fazendas por meio da evolução progressiva de boas práticas sociais, ambientais e econômicas. A certificação de cada unidade produtiva envolve o cumprimento de 178 itens, desde saúde, segurança e bem-estar do trabalhador até proteção de nascentes e preservação dos biomas e do solo. Na primeira safra de certificação, é exigida a conformidade mínima de 85% dos itens. O índice deve ser de 87% na segunda safra, 89% na terceira e 90% na quarta safra, sendo este o patamar a ser mantido para a obtenção de novas certificações. As auditorias são anuais, individuais e realizadas por empresas certificadoras de terceira parte.
Embora voluntária, a adesão cresce a cada safra, demonstrando o engajamento do setor. Na Safra 2019/2020, o volume de pluma certificada chegou a 2,2 milhões de toneladas, 8% superior ao ciclo anterior. A área certificada chegou a 1,24 milhão de hectares, para uma área total plantada de 1,66 milhão de hectares.
Entre as primeiras unidades produtivas certificadas do país estão as fazendas do Grupo Mizote, no Oeste da Bahia. que participam do programa Algodão Brasileiro Responsável desde sua implementação, na safra 2011/2012. "Ser certificados pelo ABR traz benefícios não apenas para a imagem do nosso grupo, como também bons resultados operacionais. Com procedimentos adequados, tudo melhora: desde o clima organizacional até o funcionamento das atividades de rotina, com menos desperdícios e com funcionários satisfeitos, trabalhando melhor", relata Paulo Mizote, presidente do grupo.
O grupo JHS também está entre os pioneiros do ABR . "A retidão das equipes do Programa ABR nas fazendas nos motiva a caminharmos juntos. Suas orientações trazem ganhos efetivos para toda a cadeia e para todos os profissionais envolvidos, gerando segurança, produtividade e equilíbrio ambiental dentro e fora da porteira", diz Roland Van der Groes, gerente do grupo.
Luana Boff, proprietária da Fazenda Indaiá, localizada em Chapadão do Sul (MS), destaca o apoio da Abrapa e da associação estadual na implementação de boas práticas no campo. "A parceria entre Abrapa e Ampasul nos possibilita, diariamente, um auxílio e monitoramento, a fim de atingir a excelência na produção sustentável, pelos pilares ambiental, social e econômico", afirma. Na busca do equilíbrio ambiental e social, a Indaiá trabalha com agricultura de precisão, plantio direto, diversidade de cultivares e integração de lavoura-pecuária. "Proporcionamos uma boa qualidade de vida aos colaboradores e seus familiares e buscarmos aprimorar diariamente a segurança no trabalho", conta Luana.
Haroldo Cunha, cotonicultor em Goiás e presidente do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), aponta o compromisso com a sustentabilidade como um diferencial da pluma brasileira no mercado internacional. "Se hoje somos o quarto maior produtor e o segundo maior exportador de algodão do mundo, o Programa ABR tem um papel decisivo em todo este processo", salienta.
As boas práticas evoluíram com o programa. Marco Antonio Gonçalo dos Santos, coordenador operacional do IMAmt - braço tecnológico da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA) - atua na orientação aos produtores no processo de certificação desde a primeira safra ABR. "No início, havia um desconhecimento de como aplicar a legislação. Os produtores achavam que seria muito complicado, tinham receio de receber as equipes técnicas", conta Santos. "Hoje a cultura mudou bastante, a maioria já fez o dever de casa. O programa proporciona tranquilidade ao produtor", avalia.
Essa também é a avaliação da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, uma das certificadoras responsáveis pelas auditorias e emissão do certificado ABR. De acordo com o coordenador de Certificação de Sistemas de Gestão da ABNT, Antonio Simões Parente, as auditorias realizadas ao longo dos anos identificaram a evolução na gestão das unidades produtivas "Pudemos perceber, também, a busca pela eficiência, pela competitividade, pela prática da responsabilidade social nas lavouras de algodão. Isto resulta na construção de uma boa imagem dos produtores e de um diferencial, assegurando a sua permanência no mercado globalizado", afirma Parente.
Para o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, o comprometimento dos produtores brasileiros com melhoria contínua e práticas sustentáveis tende a ser revertido em maior rentabilidade. É uma questão de tempo. "Trabalhamos intensamente para mostrar ao mundo que somos o maior produtor de algodão responsável do planeta e agregar valor à pluma brasileira", destaca Busato.
Benchmarking ABR – BCI
Desde 2013, o programa Algodão Brasileiro Responsável atua em benchmarking com a Better Cotton Iniciative (BCI), uma organização não governamental global que reúne em seu conselho de administração as principais marcas mundiais - como Nike, Adidas, Ralph Lauren, Levis, H&M, entre várias outras - e promove a adoção de práticas sustentáveis no processo produtivo do algodão. Em 2019, o Brasil se tornou o maior fornecedor de algodão responsável do mundo, contribuindo com 36% de toda a fibra Better Cotton produzida e comercializada.
O ABR e a BCI se norteiam pelos mesmos princípios: conscientização e orientação de toda a cadeia produtiva e comercial do algodão sobre a importância de relações trabalhistas justas e da responsabilidade ambiental no campo. Coordenado nacionalmente pela Abrapa e implantado pelas associações estaduais de produtores, o benchmarking ABR/BCI é um fator de diferenciação da fibra brasileira.
A adesão ao BCI é opcional. O protocolo de verificação de sustentabilidade dos dois programas abrange requisitos da legislação nacional e internacional, divididos em oito critérios: (1) contrato de trabalho; (2) proibição de trabalho infantil; (3) proibição de trabalho análogo a escravo ou em condições degradantes ou indignas; (4) liberdade de associação sindical; (5) proibição de discriminação de pessoas; (6) segurança, saúde ocupacional e meio ambiente do trabalho; (7) desempenho ambiental; (8) boas práticas agrícolas.
Confira, abaixo, a evolução das certificações ABR e BCI no Brasil:
Como obter a certificação ABR e o licenciamento BCI
A temporada de adesão ao programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) para a safra 2020/2021 já está aberta. Para participar, o produtor deve procurar a associação estadual filiada à Abrapa correspondente ao seu estado https://www.abrapa.com.br/Paginas/Associadas.aspx. Após preenchimento do Termo de Adesão ABR (TA), a equipe técnica da associação estadual agenda com o produtor ou grupo uma visita à unidade produtiva aderida, para que sejam verificados todos os itens necessários para que a propriedade seja orientada sobre a situação real em relação aos requisitos para certificação.
A partir da visita de diagnóstico, o produtor definirá, com os técnicos da associação estadual, o plano e o prazo para as eventuais correções necessárias, de forma a obter a certificação ainda na mesma safra. A última etapa é a auditoria externa independente, de terceira parte e acreditada internacionalmente, agendada pelos próprios técnicos das associações estaduais.
Para mais informações, acesse https://www.abrapa.com.br/Paginas/Sustentabilidade.aspx e procure a associação estadual filiada à Abrapa.
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
27 de Abril de 2021
SÃO PAULO (Reuters) - A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) assinou nesta terça-feira um memorando de entendimento com a China Cotton Association (CCA, na sigla em inglês) no intuito de promover o comércio da pluma ao país asiático e fortalecer a relação do Brasil com o maior comprador global da commodity.
O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, disse à Reuters que o acordo será de grande auxílio ao setor, pois permitirá o aumento da troca de informações com a China, destino de cerca de 35% do algodão brasileiro na atual temporada.
"Eles poderão nos dizer quais são as restrições existentes no mercado chinês, eventuais problemas que o algodão brasileiro possa ter, para que sejam corrigidos... é uma maneira de entender melhor a demanda", afirmou ele, que não mencionou o quanto o acordo poderia elevar as exportações brasileiras.
Além deste, a Abrapa pretende fechar acordos com outras entidades chinesas e demais países compradores de algodão na Ásia, acrescentou Busato.
Atualmente, o Brasil é o segundo maior fornecedor de algodão para a China, atrás apenas dos Estados Unidos, e tem conseguido manter o "market share" que ganhou durante a guerra comercial entre Washington e Pequim.
Busato disse que os norte-americanos estão no mercado chinês de algodão há muito tempo e já possuem acordos nos mesmos moldes que o firmado entre a Abrapa e a CCA.
"Por isso (os EUA) chegaram onde chegaram e nós também estamos indo no mesmo caminho", afirmou, ao citar que a liderança no fornecimento da pluma se deve muito ao nível de credibilidade que o algodão americano possui na China. "Precisamos conquistar isso também", acrescentou.
De acordo com a Abrapa, a CCA foi criada em 2003 e possui dentre os membros desde produtores de algodão a empresas do setor têxtil e institutos de pesquisa.
"Ampliar as relações comerciais é o que (na ponta produtiva) vai trazer uma rentabilidade para o agricultor brasileiro. É isso que precisamos garantir para que a gente possa cada vez mais aumentar a área de algodão."
A Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) estima que o Brasil deve encerrar a safra 2020/21 com vendas entre 700 mil e 750 mil toneladas da pluma para a China. Até março, foram embarcadas 651 mil toneladas, número que já superou o total enviado ao país na temporada 2019/20, de 570 mil.
ÁSIA
Depois de registrar neste ano o melhor primeiro trimestre da história, a Anea projeta embarques de 2,3 milhões de toneladas de algodão para o acumulado da safra 2020/21, alta de 21%.
Isso porque o Brasil tem ampliado as vendas de algodão não só para a China, como para diversos países asiáticos, disse o diretor da Anea, Miguel Faus.
"Aumentamos nossa presença e esse esforço de relacionamento é feito em todos esses países, não só na China, para não ter uma concentração e podermos atender a todos", afirmou o executivo, sobre a existência de uma alternativa caso os chineses avancem nos negócios com os EUA, em detrimento do produto brasileiro.
O presidente da Abrapa ressaltou que a associação assinou um memorando de entendimento com Índia em janeiro, por meio da Confederação Indiana da Indústria Têxtil (Citi), "e estamos negociando outros nos demais países compradores, como Vietnã, Indonésia, Coreia do Sul, Paquistão e Bangladesh, além de outra entidade na China".
O analista da consultoria Safras & Mercado Elcio Bento acrescentou que o cenário é promissor para as exportações, pois, além da demanda aquecida dos asiáticos, o Brasil conta com um dólar favorável, safra menor nos Estados Unidos e amplo excedente exportável, visto que o consumo interno caiu na pandemia da Covid-19.
Ele calcula que a oferta brasileira deve atingir 3,045 milhões de toneladas no ano comercial de 2020/21 (julho de 2020 a maio de 2021), ante 2,53 milhões no ciclo anterior. Por outro lado, o consumo doméstico deve baixar de 680 mil para 660 mil toneladas --o menor patamar da série histórica iniciada em 2004/05.
"No acumulado da atual temporada foram exportadas 2,23 milhões de toneladas --o maior volume já verificado em um ano comercial-- e um montante que supera... o mesmo período do ano passado em 21,4%."
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
27 de Abril de 2021
Documento assinado na noite desta segunda (26) visa posicionar o Brasil como principal fornecedor de algodão para o mercado chinês.
Nos últimos cinco anos, o Brasil ampliou em mais de 15 vezes as exportações de algodão para o mercado chinês. Na safra 2016/17, foram comercializadas 41,8 mil toneladas (tons). No atual ciclo 2020/21, que finaliza em junho, já são 643,1 mil tons vendidas – e, no que depender da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) e da China Cotton Association (CCA), esse ritmo seguirá intenso nos próximos anos.
Na noite de ontem (26), as duas entidades assinaram um memorando de entendimento que formaliza esforços conjuntos na aproximação ainda maior entre os cotonicultores representados pela Abrapa e o mercado industrial têxtil chinês reunidos na CCA. Criada em 2003, a CCA representa cerca de 60% do setor têxtil na China, abrangendo diversos elos da cadeia do algodão, inclusive indústrias. Já a Abrapa, fundada em 1999, abrange 99% da produção da fibra no Brasil e 100% do total das exportações nacionais.
"Já visitei o Brasil três vezes e vejo um futuro brilhante para os dois países. Estamos unidos na busca por um produto cada vez mais responsável, a partir de um sistema produtivo amigável ao meio ambiente, que protege seus recursos naturais e também os interesses legítimos dos trabalhadores", pontuou a presidente da CCA, Fang Gao.
De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a China produz cerca de 6 milhões de toneladas de algodão por ano. Entretanto, para atender a demanda da indústria local, precisa importar mais 2 milhões de toneladas – volume que a coloca como maior consumidor industrial de algodão do mundo.
"Por questões climáticas e naturais, a tendência é de que nossa área plantada com algodão se mantenha estável nos próximos anos, assim como a produção. Precisamos de um fornecimento regular e de produto de alta qualidade. Em médio prazo e nesse contexto, o Brasil pode ser considerado o maior player para a China", analisa Jianhong Wang , vice-presidente da CCA.
Os brasileiros estão prontos para o desafio, garante o presidente da Abrapa, Júlio Busato. "Há vários anos, a associação tem viabilizado essa aproximação com a China. Conhecemos as necessidades do setor têxtil chinês. É por isso que, principalmente nas últimas três safras, os níveis de qualidade da fibra nacional cresceram tanto", afirmou durante a assinatura do memorando.
Dados do Beijing Cotton Outlook Consulting (BCO) indicam que enquanto os norte-americanos responderam por 43% do total importado pelo gigante oriental nos primeiros dois meses deste ano, o Brasil absorveu 37,5% das compras chinesas. Índia vem em terceiro lugar, com cerca de 12% das importações.
"Na safra atual, o volume importado pela China ultrapassou a demanda doméstica brasileira, posicionando-se como o maior mercado consumidor do algodão brasileiro", informa Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa. Desde 2020, Duarte lidera o escritório da associação no mercado asiático, em Singapura, com a missão de estreitar relações com os maiores compradores mundiais.
Oportunidades
O descompasso entre a necessidade de algodão e a produção chinesa tende a aumentar nos próximos anos. A estimativa da OCDE é de que até 2029 as compras chinesas aumentem 13% em comparação à média de 2017-2019, enquanto a projeção é de que a produção cresça apenas 3,9% no mesmo período.
"A Abrapa tem criado oportunidades junto ao mercado chinês. O memorando contribui para concretizar as aspirações que os governos dos dois países traçaram em 2019. Uma delas é posicionar o Brasil como importante agente para a segurança alimentar dos chineses, e a outra é intensificar nossa cooperação comercial", observou Ana Coralina Prates, da Seção de Agricultura da Embaixada do Brasil em Pequim.
Na prática
A primeira iniciativa prática da parceria entre Abrapa e CCA poderá ser conferida em junho. Nos dias 17 e 18, os brasileiros participam como apoiadores da 2021 China International Cotton Conference, em Suzhou. O evento funcionará como uma vitrine da fibra nacional, com parceria institucional da embaixada brasileira e também da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).
Além da promoção do produto brasileiro, o memorando de entendimento fomenta a troca de conhecimento técnico entre os dois países em diversas áreas, além de informações de mercado e econômicas. A médio prazo, outro objetivo é que os padrões de avaliação da qualidade da fibra brasileira possam ser uniformizados junto ao setor alfandegário chinês.
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
24 de Abril de 2021
Destaque da semana - Primeiro, o navio Evergreen encalhou no canal de Suez no final de março. Agora, é a incorporadora Evergrande que ocupa as manchetes do noticiário econômico global. Enquanto o navio ficou encalhado por seis dias – causando caos cujos reflexos sentimos até hoje – somente o governo Chinês para desencalhar a Evergrande.
- Algodão em NY 1 - Montanha russa em NY. A cotação contrato Dez/21 caiu na segunda para menos de 90 U$c/lp, mas depois, com a intervenção do governo Chinês e o robusto relatório de vendas semanais dos EUA (com compras principalmente da China!), os preços se recuperaram e a semana terminou praticamente como começou.
- Algodão em NY 2 - O contrato Dez/21 fechou em 92,46 U$c/lp, queda de 0,05% nos últimos 7 dias.
- Preços - Ontem (23/9), o algodão brasileiro estava cotado a 104,75 U$c/lp (-125 pts sobre a semana passada) para embarque em Nov-Dez/21 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook).
- Baixistas 1 - A Evergrande, com seus 1.300 projetos em 280 cidades, é certamente a maior preocupação financeira da China no momento. A incorporadora é a mais endividada do mundo, com passivo de US$ 300 bilhões. O risco de calote gera um temor de contágio sistêmico internacional. A solução passa sem dúvida pelo governo Chinês, que esta semana acalmou os mercados ao injetar US$ 71 bilhões no sistema financeiro.
- Baixistas 2 - A situação do mercado imobiliário Chinês, que seguramente ainda terá mais capítulos, é um grande alerta a todos de como as coisas podem mudar muito rápido no mercado, para um lado ou para outro.
- Altistas 1 - Voltando a falar de algodão, as vendas semanais dos EUA foram robustas novamente na última semana. O USDA anunciou que foram vendidos 379 mil fardos (82,5 mil tons), sendo 60% para a China.
- Altistas 2 - Foi bem recebido pelo mercado também o posicionamento do banco central americano (FED) desta semana. O "tapering" (retirada de estímulos à economia) não será iniciado antes de Novembro, e somente se a economia apresentar bons indicadores.
- Altistas 3 - A temporada de tempestades nos EUA não acabou. Está sendo observado com atenção o desenvolvimento da Tropical Depression 18 no Atlântico. Até o início da próxima semana, as informações serão mais precisas sobre o possível alcance da tempestade.
- Safra Brasil 21/22 - A Abrapa divulgou a estimativa de intenção de plantio da nova safra. A expectativa inicial é de crescimento de 12,6% na área plantada (1,53 milhão de ha) e 20,6% na produção de pluma (2,79 milhões de toneladas).
- China 1 - Após pausa para os feriados do Festival da Lua nesta semana, os leilões da Reserva Chinesa continuam a vender 100% dos lotes ofertados. Já foram vendidas 569,5 mil toneladas das 600 mil planejadas.
- China 2 - Especula-se muito ainda que a safra Chinesa deste ano (estimada em 5,8 milhões de toneladas) pode ser menor e que devido às restrições aos produtos feitos com algodão de Xinjiang, o país tenha que importar mais que o previsto (2,2 milhões de tons). Seguimos acompanhando.
- Agenda - No dia 7 de Outubro, durante o Congresso da International Cotton Association (ICA), em Liverpool, que ocorrerá de forma híbrida (virtual e presencial), a Abrapa irá apresentar um painel especial sobre as perspectivas para a safra 2022 do Brasil.
- Safra Brasil 20/21 - A Abrapa, em conjunto com as associações estaduais, atualizou a estimativa de produção brasileira de algodão para 2,32 milhões de toneladas, queda de 119 mil toneladas referente ao levantamento de julho/21 e 679 mil toneladas a menos em relação à safra 19/20.
- Colheita - Até ontem (23/09): BA e TO (99%); GO (100%), MA (96%); MG (98%), MS (100%), MT (100%), PI (100%) SP (100%) e PR (100%). Total Brasil: 99,8% colhido.
- Beneficiamento - Até ontem (23/9): BA e TO (62%); GO (93%), MA (35%); MG (78%), MS (97%), MT (45%), PI (82%) SP (100%) e PR (100%). Total Brasil: 52% beneficiado.
- Exportações - O Brasil exportou 76,7 mil tons de algodão nas três primeiras semanas do mês de setembro/21. A média diária de embarque está 16,2% inferior quando comparada a setembro/20.
- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇
Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
23 de Abril de 2021
A crise econômica decorrente da pandemia de COVID-19 teve forte impacto sobre o setor algodoeiro no mundo todo. A mudança no comportamento do consumidor têxtil reduziu a demanda global por algodão em 6,4% e resultou no recuo da área plantada e na previsão de queda na produção. Na busca por soluções conjuntas, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) promoveu, nesta quarta-feira (22), o Fórum Regional Algodoeiro dos Países Parceiros da Cooperação Sul-Sul Trilateral +Algodón: Encontro De Agremiações Algodoeiras. O evento virtual contou com o apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE).
O cenário mundial tem exigido novas estratégias de representação, defesa e promoção dos interesses do setor. Durante o encontro, a FAO fez um chamado aos países parceiros da Cooperação Sul-Sul trilateral +Algodão - Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Haiti, Paraguai e Peru – para que unam esforços institucionais e técnicos, no sentido de superar as dificuldades e buscar soluções para a reativação econômica da região e para a sustentabilidade da cadeia de valor do setor agrotêxtil.
O embaixador Ruy Carlos Pereira, diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores, abriu a reunião falando sobre a importância do intercâmbio de informações entre instituições de excelência públicas e privadas. Frisou, ainda, que o algodão é fundamental para o programa brasileiro de cooperação técnica internacional para países em desenvolvimento. "O programa contempla iniciativas como o aprimoramento da produção do algodão, a promoção do trabalho decente na cadeia de valor desta commodity, a facilitação do escoamento de subprodutos associado a programas de alimentação escolar, entre outros aspectos", enumerou.
Marcos Montes, secretário-Executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil mencionou o diferencial do algodão brasileiro, cultivado em regime de sequeiro – apenas 8% da área é irrigada –, e reafirmou a disposição do governo brasileiro em apoiar o desenvolvimento da cultura na região. "Acredito que podemos implementar, nos nossos países-irmãos, uma tecnologia mais avançada, fazendo com que o algodão seja uma cultura de boa renda para todos", afirmou. "O cooperativismo e o associativismo são instrumentos importantes para que o algodão gere renda e emprego para o médio e o pequeno produtor", enfatizou.
O diretor-executivo da Abrapa, Márcio Portocarrero, ressaltou que foi justamente o associativismo que propiciou o desenvolvimento da cotonicultura brasileira. A partir da criação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, há 22 anos, o país passou da condição de segundo maior importador da pluma para segundo maior exportador mundial. "Nos anos 2000, os produtores decidiram retomar o cultivo de algodão no Brasil baseando-se nas seguintes premissas: adoção de alta tecnologia, investimentos em rastreabilidade, certificação socioambiental, qualidade e comercialização dirigida aos mercados interno, com o movimento Sou de Algodão, e externo, com o Cotton Brazil", contou Portocarrero, lembrando que a Abrapa conta, inclusive, com um escritório em Singapura voltado ao mercado asiático.
O papel do cooperativismo para a superação da crise econômica foi mencionado por representantes dos diferentes países e enfatizado pelo presidente da Organização Brasileira de Cooperativas (OCB), Marcio Lopes Freitas. "Há uma mudança muito clara no perfil do consumidor, 62% têm interesse em empresas que estão empenhadas em fazer o bem e isso tende a ser impulsionado pela pandemia", pontuou. "Esse modelo inclusivo e colaborativo que as pessoas estão buscando está presente no cooperativismo desde a sua origem: um modelo de negócio que promove inclusão social, geração de trabalho e renda e redução de custos e ampliação dos benefícios através da economia de escala", complementou. Segundo ele, 48% do algodão produzido no Brasil segue o modelo cooperativo, incluindo médios e pequenos produtores.
No encerramento do Fórum, Alberto Ramirez, especialista em Cooperativismo do Escritório Regional da FAO para a América Latina e o Caribe, mencionou Brasil e Argentina como exemplos de cooperativismo bem-sucedido. "A questão central é saber como estruturar uma representação que tem, em seu DNA, a democracia e o trabalho em conjunto. Isso é fundamental", afirmou. Destacou, ainda, a importância das dimensões social e ambiental e da colaboração entre cooperativas dos diferentes países da região. "Não há democracia real sem que antes haja democracia econômica. As cooperativas permitem democratizar o acesso a bens de capital e renda, e isso vai viabilizando uma sociedade mais justa", ressaltou.
Além de integrantes dos governos membros da Cooperação Sul-Sul Trilateral +Algodón, o encontro reuniu representantes de agremiações de algodão, cooperativas, associações, setor têxtil-confecções, instituições de pesquisa, extensão rural e universidades. As discussões e recomendações serão compartilhadas e utilizadas para a elaboração de um plano de ação regional.
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
23 de Abril de 2021
ALGODÃO PELO MUNDO #16/2021
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
13 de Dezembro de 2024
22 de Abril de 2021
Iniciativa da Abrapa realiza ações e parcerias para incentivar o uso do algodão sustentável produzido em solo nacional.
Você sabia que o Brasil é o maior fornecedor de algodão sustentável do mundo? E que somente 8% de todo o algodão cultivado no país é irrigado artificialmente? Em 2016, o movimento Sou de Algodão foi criado para incentivar o consumo responsável da fibra, que é natural e biodegradável, além de levar informações como essas para o público. A iniciativa é da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e conta com 500 marcas engajadas atualmente, de segmentos que vão da moda à decoração. Essas parcerias funcionam como uma via de mão dupla, conscientizando os consumidores sobre a composição de suas roupas e de seus produtos.
Vem conhecer essa iniciativa!
Afinal, o que é algodão sustentável?
No Brasil, o algodão considerado sustentável é aquele certificado pelo Algodão Brasileiro Responsável (ABR), programa da Abrapa que existe desde 2012 e avalia pilares que formam o tripé da sustentabilidade: econômico, social e ambiental. Para adquirir o selo, atualmente fornecido em parceria com a ONG internacional Better Cotton Initiative (BCI), os agricultores precisam cumprir 178 requisitos de um rígido protocolo de boas práticas. Antes disso, precisam atender a outros 224 itens na fase de “verificação para diagnóstico”.
A atividade deve, por exemplo, ser economicamente sustentável e gerar renda, com salários dignos. No aspecto social, o programa avalia critérios como a segurança no trabalho e o respeito à legislação trabalhista brasileira. Já na esfera ecológica, o produtor deve cumprir o Código Florestal Brasileiro e manter boas práticas agronômicas. Os resultados da certificação são auditados por empresas externas que possuem renome internacional.
“Esse programa sempre é atualizado conforme a legislação. Dez anos de muito trabalho e, agora, estamos fazendo isso também para as beneficiadoras de algodão, que separam a pluma do caroço”, explica Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa desde janeiro deste ano. Em meados de 2015, a associação identificou perda de participação do algodão em relação a outras fibras e falta de conhecimento do consumidor sobre as roupas que vestia.
Diante desse contexto, surgiu uma necessidade: incentivar o uso do algodão brasileiro na moda e colocá-lo em pauta. Mostrar às pessoas, principalmente o consumidor, como ele é produzido, unindo a voz de profissionais de toda a cadeia produtiva da fibra. Para isso, a Abrapa pensou em uma ferramenta de conscientização sobre a composição das roupas. Assim, surgiu o movimento Sou de Algodão.
Nasce o Sou de Algodão
O Sou de Algodão estreou no São Paulo Fashion Week N42, em outubro de 2016. A campanha de lançamento teve como embaixadores o fundador e diretor criativo do evento, Paulo Borges, e os estilistas Martha Medeiros e Alexandre Herchcovitch, além do apoio de 10 filiadas e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).
O movimento faz diversas ativações para levar a consciência sobre os benefícios e as possibilidades da pluma (algodão beneficiado). Entre elas, participações em eventos de moda e no Congresso Brasileiro do Algodão, lançamentos de kits e campanhas em datas especiais, entre outras ações, como o Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, voltado para o público universitário.
Em 2018, por exemplo, o movimento organizou uma visita de jornalistas, estilistas e professores a uma fazenda algodoeira. O encontro, com participação de designers da Casa de Criadores, do consultor e palestrante André Carvalhal e da jornalista de moda Lilian Pacce, foi batizado de Cotton Trip. Outra frente de atuação é com marcas parceiras que pertencem à indústria têxtil e trabalham com o algodão nacional. Para se engajarem, elas precisam oferecer produtos com, pelo menos, 70% da fibra na composição.
Depois de quatro anos de atuação do projeto, Júlio Cézar Busato avalia que os consumidores começaram a se preocupar mais com sustentabilidade e fibras naturais. “Os sintéticos estão trazendo um problema enorme: a poluição dos rios e mares com microfibras. As coisas estão conseguindo caminhar e nós estamos conseguindo levar a nossa informação, as verdades de como é produzido o algodão brasileiro”, observa.
As primeiras colaborações surgiram já no primeiro ano do movimento. Só em 2021, mais de 100 novos parceiros se juntaram à iniciativa, que tem expectativa de chegar a pelo menos 650 marcas engajadas, ainda neste ano. As listas dos segmentos de moda incluem labels como Iorane, Ronaldo Silvestre, Farm e Ginger. A Reserva foi a 500ª marca a adentrar ao time.
“Nossa relação com as marcas é de colaboração. Para ser parceira não tem nenhum aporte financeiro. Trabalhamos juntos no processo de divulgação: eles divulgando o Sou de Algodão, e nós, a marca. Eles usam a logo e toda nossa guide, e nós fazemos o mesmo”, comenta a coordenadora do movimento, Silmara Ferraresi, da Abrapa.
O selo do movimento pode ser usado pelas marcas em suas plataformas de comunicação e nos produtos feitos com pelo menos 70% de algodão. Pelo site da iniciativa, é possível conferir todas as empresas engajadas de acordo com a categoria de mercado.
O movimento também articula colaborações entre as parcerias, como trabalhos conjuntos de grifes com grandes tecelagens, por exemplo. “Ajudamos muito dessa maneira, nos mais variados segmentos. Temos desde feminino, masculino, artesanato. Não tínhamos pensado que algodão poderia ser forte no segmento pet, mas tivemos uma marca engajada recentemente”, acrescenta a coordenadora.
A stylist e consultora de estilo e imagem Chris Francini é uma grande fã do algodão, especialmente por causa do toque e as diversas possibilidades que ele oferece para a indústria. “Hoje, você pode tecê-lo de várias maneiras, de tela e na diagonal. Pode fazer mil coisas com ele, ter acabamentos diferenciados. Acho que isso é que traz a novidade”, opina. A Iorane é uma das marcas parceiras do projeto que a especialista em estilo admira.
Para ela, um dos pontos mais importantes do movimento Sou de Algodão é a valorização do produto brasileiro. “Nós exportamos muito e, finalmente, as confecções nacionais começaram a enxergar nosso produto nacional. Tem um valor agregado muito forte, por isso o movimento é tão importante”, defende. “No mundo inteiro, estamos voltando para uma cadeia produtiva menor e que ajude produções locais.”
Nas contas da Abrapa, o Brasil é o quarto maior produtor de algodão no mundo e o segundo maior exportador mundial. Atualmente, 75% dessa matéria-prima produzida em solo brasileiro tem o selo ABR.
De toda a quantidade licenciada pela BCI no mundo em 2019, 36% veio do Brasil. Isso significa que a maior parte do algodão sustentável do mundo é oriunda da cadeia nacional. Além disso, apenas 8% do algodão cultivado por aqui é irrigado artificialmente, enquanto os Estados Unidos, maior exportador do material, irriga 80%.
É importante, também, entender que o conceito de algodão sustentável é completamente diferente de algodão orgânico. A produção das plumas orgânicas não permite o uso insumos químicos, como agrotóxicos e fertilizantes sintéticos, e organismos geneticamente modificados, como as sementes transgênicas. O cultivo de plumas orgânicas no Brasil ocupa, principalmente, estados no Nordeste, a exemplo do “algodão colorido” da Paraíba, que a coluna abordou anteriormente.
O sustentável, por sua vez, respeita os três pilares mencionados anteriormente e é cultivado de maneira tradicional, usando tecnologias para manter a qualidade da fibra e controlar pragas, como o temido bicudo-do-algodoeiro. Busato adianta que já existe um trabalho conjunto da Abrapa com a Embrapa para encontrar uma alternativa para deter o inseto que dispense o uso de defensivos.
13 de Dezembro de 2024
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22 de Abril de 2021
O Movimento Sou de Algodão acaba de alcançar 500 marcas parceiras, com a chegada da carioca Reserva. Lançado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa, em 2016, o programa promove o uso da fibra natural pela indústria têxtil brasileira por meio do incentivo ao consumo responsável. A adesão da Reserva fortalece o compromisso com o desenvolvimento sustentável de toda a cadeia do setor, da fazenda ao guarda-roupa.
A sustentabilidade está entre as prioridades dos cotonicultores brasileiros. Na última safra,75% da produção recebeu a certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e este índice deve crescer na safra 2020/2021. O Brasil é o maior fornecedor de Better Cotton do mundo, responsável por 36% do total produzido no planeta. Também é campeão mundial em produtividade sem irrigação - mais de 90% de nossas plantações dependem apenas da água da chuva para se desenvolver.
Apesar disso, os sintéticos vêm ganhando espaço no mercado doméstico. Há 10 anos, o algodão representava 57% do total de fibras utilizadas pela indústria têxtil nacional, hoje representa 46%. "Para reverter essa tendência, é importante que o consumidor dê valor às boas práticas e reconheça o diferencial de um produto feito com algodão brasileiro responsável", destaca o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.
Esse é o objetivo do Sou de Algodão, um movimento que une todos os agentes da cadeia produtiva do algodão e da indústria têxtil e que agora chega a 500 marcas parceiras entre fiações, tecelagens, confecções e varejo. Todos produzem peças com, no mínimo, 70% de algodão na composição. O programa conta, ainda, com o apoio de empresas e associações que têm iniciativas na área de sustentabilidade ou incentivam uma moda mais consciente. "Estamos muito orgulhosos de firmar mais essa parceria em prol de um varejo mais sustentável, justo e responsável", afirma Rony Meisler, CEO da Reserva.
Como tudo começou
A proposta de uma ação integrada de incentivo ao consumo do algodão no mercado doméstico começou a ser discutida na Abrapa em 2010, inspirada na experiência americana do Cotton Inc. Em 2015, motivada pelo crescente consumo de sintéticos, a entidade encomendou uma pesquisa de mercado que identificou, entre outras coisas, a falta de informação do consumidor sobre o que veste. O resultado determinou a estratégia de promoção do algodão brasileiro: ressaltar os benefícios da fibra natural para o consumidor final e, assim, engajar a sociedade na valorização de um produto que entrega responsabilidade social e ambiental.
O pontapé inicial foi o lançamento do Movimento Sou de Algodão na São Paulo Fashion Week N42, a mais importante semana de moda do país, com apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e da Bayer. Desde então, a Abrapa vem trabalhando iniciativas de conscientização dentro do segmento da moda, convidando a todos para um outro olhar sobre as várias possibilidades do algodão. O movimento contempla ações promocionais, de negócios e informacionais, que vão desde campanhas de comunicação até projetos voltados à ampliação da competitividade e ações em universidades.
Cada vez mais, o consumidor quer saber a origem do que está comprando, quem produziu, quais as condições de sua produção e seu propósito. "Estamos mostrando ao consumidor que, ao adquirir uma peça de algodão, ele ganha a sensação de pertencimento à causa e de dever cumprido na missão de fazer um mundo mais justo e melhor para todos", resume o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.
União da cadeia têxtil
O movimento Sou de Algodão existe graças ao apoio de empresas e organizações que atuam em todos os elos da cadeia têxtil, incentivando uma moda mais consciente.
Além de mostrar que sua marca valoriza os atributos do algodão - como conforto, suavidade, maciez e sustentabilidade – cada uma das 500 marcas parceiras integra uma rede de alta relevância no mercado brasileiro, expandindo visibilidade com associação positiva de valor.
São fiações, tecelagens, malharias, confecções, redes varejistas, projetos sociais, organizações não governamentais, artesãos e microempreendedores que colaboram para uma jornada de produto ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente responsável. Com a palavra, os parceiros:
"O algodão é a principal matéria-prima do nosso país transformada pela indústria têxtil e de confecção. Portanto, faz todo o sentido fortalecermos todo esse processo de agregação de valor através dessa matéria-prima, para mais e mais podermos gerar valor e empregos dentro do território nacional. É por isso que trabalhamos e apoiamos com todos que estão vinculados ao Movimento Sou de Algodão, que tem na Abrapa a sua liderança no processo." Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit)
"Acreditamos que são nossas escolhas que movimentam as mudanças para uma moda mais consciente. O algodão que utilizamos é cultivado de forma responsável, emprega de forma justa e ética e contribui para uma moda mais sustentável. Transformamos o fio em qualidade, durabilidade e conforto. Buscamos gerar impacto positivo no mundo e fazer moda que leve significado para a vida de quem escolhe vesti-la. Por isso somos parte do Movimento Sou de Algodão e apoiamos o uso responsável e certificado da fibra". Samuel Eichstaedt, diretor de Outsourcing e Desenvolvimento de Produtos da Lunelli
"Para a Cedro, a sustentabilidade não é apenas uma tendência, mas sim uma necessidade. Cuidamos do presente para garantir um futuro melhor. Entendemos que é nosso dever entregar ao mercado produtos que possuam em sua fabricação uma cadeia limpa, do algodão às lojas. Ser parceiro Sou de Algodão é prezar pelo bem-estar do planeta e de cada indivíduo que atravessa um tecido. Estar ligado ao movimento nos reforça como empresa consciente e nos faz crescer na sociedade". Eduardo Vaz, gerente de Comunicação e Marketing da Cedro Têxtil
"Valorizar o cuidado, a tecnologia, a inovação, o conforto e o Brasil. Tudo isso representa o Sou de Algodão, e para nós na Dalila Têxtil, que somos a conexão entre o agricultor e o consumidor, ter a oportunidade de ampliar a relevância do algodão é um privilégio. Viva o algodão brasileiro!" André Klein da Silva, diretor Comercial da Dalila Têxtil.
"A Covolan valoriza ações que promovam relações justas de trabalho, com ambientes preservados e as melhores práticas de cultivo na cadeia produtiva do algodão, da indústria têxtil e da moda. O movimento Sou de Algodão contextualiza essas ações e tem um papel preponderante na divulgação e conscientização do consumo responsável, razões pelas quais nos orgulhamos em apoiar e fazer parte como uma marca parceira". James P. Nadin, consultor e coordenador do SGI da Covolan Indústria Têxtil
"Para a Incofios o Movimento Sou de Algodão tem um significado muito importante. Além de fortalecer o uso do algodão na cadeia têxtil, reforça um dos valores de nossa empresa, a sustentabilidade. Sabemos a importância do nosso papel em ser um multiplicador e apoiador do movimento. Fabricamos fios 100% algodão que serão transformados nos mais diversos artigos da indústria têxtil, contribuindo para uma moda responsável". Fernando Conti, gerente Comercial da Incofios
"O equilíbrio entre inovações sustentáveis e ações socioambientais é um ideal que temos em comum com a Sou de Algodão e que une todos os agentes da cadeia têxtil em um só objetivo: a conscientização de uma moda que se preocupa com a jornada do produto desde o plantio até o cliente final e ressalta nossa brasilidade, colaborando com a economia nacional". Tiago Inácio Peixoto, diretor Comercial da Cataguases
13 de Dezembro de 2024
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20 de Abril de 2021
A escolha dos tecidos do travesseiro e do colchão vai muito além da saúde. Saiba os benefícios e malefícios de algumas opções
A escolha de um bom jogo de cama vai muito além do aconchego e do conforto térmico. A escolha do tecido que ficará em contato com a pele e o cabelo pode trazer benefícios para eles se escolhido da forma certa.
Segundo a dermatologista Laís Leonor, da clínica Dr. André Braz, alguns tecidos são melhores que outros para quem tem alergias recorrentes de pele. "Os jogos de cama 100% algodão são naturais e dessa forma não irritam a pele", comenta. Outro benefício deste tipo de material é a praticidade de higienização, que permite diminuir a presença de ácaros.
A qualidade do sono ajuda na regeneração e renovação celular, explica também a dermatologista Roberta Almada. A médica conta que esse é um dos principais motivos pelos quais a pele precisa de cuidados antes de dormir.
O otorrinolaringologista e professor de medicina da PUC-PR, Allex Itar Ogawa, comenta que o tecido pode fazer diferença na qualidade do sono, uma vez que pacientes com doenças respiratórias alérgicas, como asma e rinite, podem causar microdespertares.
O médico recomenda que tecidos anti-ácaro sejam priorizados na escolha, e caso não haja essa opção, orienta que nos travesseiros, uma fronha com fecho de zíper e um lençol que envelope todo o colchão sejam usados.
Almada orienta que a textura do cetim gera menos atrito do que o algodão e, por conta disso, a pele e os cabelos deslizam de forma mais natural, causando menos atrições e fricções. Por outro lado, o tecido de cetim não absorve a oleosidade natural dos fios e da derme, e ajuda a manter a hidratação natural, diferente do algodão.
A dermatologista Laís comenta que a seda também é um tecido natural e recomendado para os alérgicos. A médica ressalta que este é um tecido mais nobre e adequado para dias frios.
Segundo Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa, que abraça o Movimento Sou de Algodão, o algodão é benéfico para a pele e os cabelos por ser confortável e não abafar. "Por essas propriedades, isso significa que a pele e o cabelo em contato com tecidos de algodão ficarão distantes de alergias", diz.
O algodão também é um bom tecido para usar em dias mais quentes ou mais frios. No verão, ele mantém o corpo mais fresco e tem a capacidade de absorver o suor, secando rapidamente. Já no inverno, que a pele fica mais ressecada por conta dos banhos quentes, a suavidade deste tipo de tecido mantém a temperatura do corpo.
"Mais do que benefícios para a pele ou os cabelos, o algodão promove bem-estar e saúde, afinal, o repouso com qualidade é fundamental para os dias agitados que vivemos", completa Júlio.
Um dos benefícios do tecido de algodão é que ele não acumula energia eletrostática, principalmente no outono e no inverno. Dessa forma, os cabelos não ficam arrepiados após um boa noite de sono.
A principal recomendação dos profissionais é que na hora da higienização do material, as recomendações do fabricante sejam seguidas à risca. Além disso, é importante que as peças de algodão sejam guardadas em armários secos e arejados, distante de locais que acumulam vapor e facilitam a proliferação de fungos e de bactérias.
Ogawa explica que o ácaro – que provoca espirros e alergias – não se desenvolve na poeira doméstica. Porém, restos epiteliais, sejam eles descamação da pele, seja saliva, são facilitadores para o desenvolvimento do bicho. Por isso a importância da higiene com os forros de cama.
De forma simplificada, Ogawa diz que as preferências são individuais e de acordo com cada tipo de pele ou de cabelo. Para escolher a ideal, vale consultar um profissional para um jogo de cama certeiro.
Evelyn Nogueira
20 Abr 2021 - 07h07
Revista Casa e Jardim
13 de Dezembro de 2024
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