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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

16 de Julho de 2021

ALGODÃO PELO MUNDO #28/2021 


Algodão em NY - Relatório do USDA, demanda forte, novo capítulo da guerra comercial e rumores não confirmados de que a China estava ativa no mercado foram os destaques da semana. O contrato Dez/21 fechou em 89,05 U$c/lp, alta de 1,1% nos últimos 7 dias.



Preços - Ontem (15/7), o algodão brasileiro estava cotado a 101,00 U$c/lp (+200 pts) para embarque em Out-Nov/21 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook).


Preços 2 - O basis médio do algodão Middling Brasileiro posto na Ásia em Julho/21 está 11,31 U$c/lp, maior valor em pelo menos três anos, de acordo com a Cotlook.


Preços 3 - O índice A Index, média de cotações base Ásia, atingiu 98,70 U$c/lp, maior valor desde Ago/2018.


Altistas 1 - Esta semana o USDA ampliou a estimativa de consumo global para 26,8 milhões de tons (maior da história). Além disso, reduziu em quase 2% os estoques globais em relação com as previsões do mês passado.


Altistas 2 - Os leilões de algodão da reserva chinesa continuam vendendo 100% dos lotes ofertados. Os preços médios foram U$c/lp 104,80, e a maioria do algodão é estoque antigo, produzido em Xinjiang.


Altistas 3 - Analistas acreditam que o bom andamento dos leilões reforça a visão que a China irá em breve colocar em prática sua política de rotação de estoques da reserva, ou seja, irá comprar para repor os estoques.


Baixistas 1 - O clima nos EUA está melhor que o esperado, com chuvas até em excesso em algumas regiões. No Oeste do Texas, o potencial aparenta estar melhorando, com mais chuvas previstas.


Baixistas 1 - O USDA, por outro lado, reduziu a previsão de importação Chinesa em 2021/22 para 2,18 milhões de toneladas. Como a diferença entre consumo e produção na China será de 3,1 milhões de toneladas, esta previsão indica que o país deve consumir quase 1 milhão de toneladas de seus estoques este ano.


Baixistas 2 - O relatório do USDA desta semana também ampliou as previsões de produção e exportação dos EUA em 2021/22. A produção foi estimada em 3,88 milhões de tons, enquanto as exportações estão previstas em 3,3 milhões.


Baixistas 3 - O valor dos fretes marítimos, medido pelo Baltic Dry Index, recuou no mês de Julho, mas no acumulado do ano já aumentou 123%.


Guerra Comercial 1 - Não há sinais de que o governo Biden queira retomar o diálogo econômico com a China, como ocorreu nas gestões Bush e Obama. Ações recentes indicam que a suspensão instituída pelo ex-presidente Trump pode, inclusive, ser intensificada.


Guerra Comercial 1 - Entre as ações, estão o alerta para empresas americanas sobre os riscos de continuar em Hong Kong; novos banimentos de importação para a região de Xinjiang e a exclusão de Pequim na construção de acordo de comércio digital.


China – Compradores Chineses estão monitorando de perto o mercado, aguardando para a tão esperada alocação das cotas extras de importação pelo governo Chinês.


Paquistão - Uma importante mudança no quadro de oferta e demanda divulgado este mês foi a queda de quase 6% na previsão de produção do Paquistão. O país do Sul da Ásia é o 7º maior produtor, 3º maior consumidor e o 4º maior importador mundial de algodão.


Bangladesh - Fabricantes de roupas de Bangladesh formalizaram pedido ao governo para manterem as indústrias abertas durante lockdown a partir de 23 de julho. O receio é impactar a produção para o Natal: julho e agosto concentram 40% das exportações bengalesas. O país é o 2º maior comprador de algodão brasileiro.


Lavouras - O relatório de condições de lavoura dos EUA aponta melhora, com 56% das lavouras em boas-excelentes condições, 4 pontos a mais que semana passada, e somente 1% muito ruim.


Consumo - Notícia excelente vinda do maior mercado consumidor do mundo: as importações de roupas pelos EUA em Maio foram 132% maiores que em Mai/20. Melhor que isso: as roupas de algodão representaram uma fatia de 51% do total importado, contra o percentual de 35% de 2019, informa a consultoria Jernigan Global.


Colheita - A Abrapa informa o andamento da colheita da safra 2020/21 de algodão no Brasil até ontem (15/7): BA e TO (25%); GO (40%), MA (16%); MG (35%), MS (50%), MT (12%), PI (35%) SP (91%) e PR (100%). Total Brasil: 17% colhido.


Exportações - O Brasil exportou 22,6 mil tons de algodão na primeira semana do mês de julho/21. Se exportarmos pelo menos 64 mil tons este mês, fecharemos o ano comercial (Ago-Jul) com mais de 2,4 milhões de tons exportadas.


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


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Abrapa promove dia de campo com presidente do BB

16 de Julho de 2021

Comitiva visitou a Fazenda Pamplona, em Goiás


Em 09 de julho, a Abrapa apresentou o processo produtivo do algodão aos dirigentes do Banco do Brasil. Em visita à Fazenda Pamplona, do Grupo SLC Agrícola, localizada em Abadiânia/GO, a comitiva acompanhou a colheita e conheceu os principais desafios da cotonicultura brasileira.


"Contem com o Banco do Brasil para mais um ciclo poderoso do processo agrícola", disse o presidente do BB, Fausto de Andrade Ribeiro. Também participaram do dia de campo o vice-presidente do banco, Renato Luiz Naegele, e o diretor de Agronegócio Antonio Carlos Wagner Chiarello, além dos presidentes da Abrapa, Júlio Busato, e da Agopa, Carlos Alberto Moresco.


O grupo foi recepcionado pelo diretor-presidente da SLC Agrícola, Aurélio Pavinato. "Mostramos toda a cadeia produtiva do algodão brasileiro e a importância do setor nas exportações e no atendimento ao mercado asiático. O Banco do Brasil é o principal banco que financia o agro e é importante que tenham essa visão de longo prazo",  afirma Pavinato.

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Credibilidade do algodão brasileiro depende das análises de HVI

16 de Julho de 2021

Tamanho das amostras interfere diretamente na classificação da pluma











​A colheita da safra 2020/2021 de algodão está a pleno vapor. Os 11 laboratórios de classificação da fibra espalhados pelas regiões produtoras estão prontos para analisar e atestar a qualidade das 2,43 milhões de toneladas de pluma previstas para a atual temporada. Para a confiabilidade dos resultados e a maior valorização do algodão produzido no Brasil, um aspecto é fundamental: o tamanho das amostras de teste.


O padrão brasileiro de classificação está previsto na Instrução Normativa 24 https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/21289371/do1-2016-07-15-instrucao-normativa-n-24-de-14-de-julho-de-2016-21289194), publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 2016. A norma prevê desde os requisitos de identidade e qualidade, até amostragem, modo de apresentação e marcação ou rotulagem das amostras de 100% dos fardos.


Para a correta classificação tecnológica e visual, cada fardo deve ser cortado em lados opostos para retirada de duas amostras de 150 gramas. Cada uma será partida ao meio no sentido longitudinal, em duas subamostras de 75 gramas que serão adicionadas às subamostras do outro lado do fardo. Desta forma, são formadas duas amostras de trabalho, uma para classificação tecnológica e uma para classificação visual e manual.


As dimensões são determinantes para a análise das características intrínsecas da fibra por instrumentos de alto volume do tipo HVI, aceita comercialmente no mundo todo. De acordo com a IN 24, cada amostra deve ter, no mínimo, de 25 cm a 30 cm de comprimento, de 13 cm a 15 cm de largura, de 8 cm a 13 cm centímetros de espessura e 150 gramas de massa. O padrão internacional é de 8 onças, equivalentes a 226,80 gramas – os Estados Unidos, nosso principal concorrente, utilizam 230 gramas.


Anicézio Resende, gerente de laboratório da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), explica que são necessárias 40g para o módulo que mede o comprimento da fibra (20g para cada tambor), outras 10 g para o módulo de micronaire e 100 gramas para análise de cor e impurezas. Pode parecer muito, mas 50 g é o mínimo necessário em cada bandeja do módulo de cor, o chamado colorímetro duplo ou simples, para cobrir completamente o visor e permitir a captação fiel do grau de brancura e amarelamento da pluma obtendo a junção correta da cor do algodão o chamado CG no relatório de HVI.


"De uma amostra com menos de 150 gramas, o que sobra para o colorímetro fica muito raso em volume e deixa passar a claridade, o que interfere na leitura do grau de brancura, amarelamento e na contagem da sujeira e piora a qualidade", ressalta Resende. Ele lembra que o tamanho também é importante, uma vez que cada bandeja do HVI tem 14 cm de largura por 25 de comprimento.


Como cada prensa tem um tamanho de faca diferente, para facilitar a padronização das amostras, a Amipa desenvolveu um gabarito, que foi distribuído para as 16 algodoeiras de Minas Gerais, "Na safra 20/21, todas as usinas de Minas já estão com o molde. Agora estamos oferecendo treinamentos para acertar a questão do volume, já que a massa de algodão é retirada manualmente", conta o gerente de laboratório da Amipa.


A Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) também aposta na capacitação, como estratégia para melhorar a qualidade das amostras enviadas para análise de HVI.  Segundo Rhudson Assolari, gerente Laboratorial de Análises de Algodão da entidade, um dos problemas identificados é a rotatividade de trabalhadores nas algodoeiras, uma vez que a atividade de beneficiamento é sazonal.  "Os funcionários são treinados e demoram um tempo para pegar o jeito. No ano seguinte, são outros e temos que treinar as equipes novamente", relata.


A estratégia encontrada foi oferecer workshops de sensibilização para gestores e classificadores de algodoeiras.  "Levamos o pessoal para dentro do laboratório e fazemos análises com amostras dentro e fora do padrão, para que vejam a diferença de resultados", conta Assolari.


A cooperativa de produtores de algodão, Unicotton, promove capacitação das equipes das algodoeiras, desde 2010, e também investe na sensibilização de lideranças. "A cada safra, reunimos os associados e mostramos a importância do tamanho da amostra para a análise de HVI. Fazemos os produtores entenderem que a precisão da classificação e a credibilidade do resultado dependem disso", conta Valmir Lana, gerente de Classificação da Unicotton, destacando também a importância do emblocamento por HVI como diferencial de mercado.


Cuidados com a Manipulação


O correto manuseio das amostras também é essencial para a confiabilidade dos resultados das análises. A IN 24 determina que as amostras não podem ser preenchidas nem aparadas,  e o manuseio deve ser feito com cuidado para não causar a perda de materiais não fibrosos (folhas, cascas, talos dentre outros materiais) que mude seu caráter representativo. A cautela é necessária para evitar contaminação ou descaracterização do material no trajeto da usina até o laboratório.


Rhudson Assolari recomenda embalar as amostras imediatamente após a retirada, sem qualquer outro tipo de manuseio ou preparação. O algodão deve ser colocado sobre um papel craft, etiquetado, cuidadosamente enrolado e colocado em um saco resistente, para não ter perigo do fardo rasgar ou sujar com óleo ou poeira no caminho até o laboratório.  As embalagens e as amostras deverão ser claramente identificadas por usina e, opcionalmente, pelos números do lote e do fardo.


Apoio do CBRA


O trabalho dos laboratórios de análise de HVI é monitorado e orientado pelo Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), principal pilar do programa de Qualidade da Abrapa, o Standard Brasil HVI (SBRHVI).  Edson Mizoguchi, gestor do programa, ressalta que o CBRA disponibiliza um guia operacional, que reúne normas e recomendações para a realização de análises de acordo com as melhores práticas internacionais.


Além de conter a IN 24, o Manual inclui a tradução de documentos como o Método de Análise Padrão da ASTM (ASTM Standard Test Method); Manual da força-tarefa do ICAC para Padronização Comercial da Análise Instrumental de Algodão (CSTIC) e do Comitê Internacional do ITMF para Métodos de Análise de Algodão (ICCTM);  e o Programa para Certificação Internacional de Laboratórios - ICA Bremen.


O CBRA também é responsável pelo programa de checagem, que envia amostras padrão para os laboratórios e faz rodadas de análise, a fim de garantir que as máquinas estejam dentro da conformidade.  Mizoguchi alerta, no entanto, que o resultado não será confiável se a amostra de teste não seguir os parâmetros mínimos e as diretrizes estabelecidas na norma.  "Não adianta a máquina estar funcionando corretamente se a amostra é duvidosa", pontua.  "O produtor, que quer ganhar mais, tem que tirar 150 gramas do seu fardo para fazer uma boa análise. É a classificação que vai dizer se o algodão será vendido ao preço de um fusquinha ou de uma Ferrari", garante.





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Desafios do mercado de algodão no Brasil e no mundo

15 de Julho de 2021

O Brasil é o quarto maior produtor mundial de algodão e o segundo maior exportador, sendo considerado o maior fornecedor de algodão sustentável do planeta, de acordo com dados da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão).


75% da última safra nacional (2019/20), cuja produção alcançou três milhões de toneladas, recebeu a certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Soma-se a isso o fato do Brasil ser campeão mundial em produtividade em sequeiro (sem irrigação), com 92% de suas plantações dependendo apenas de chuvas para se desenvolver.


Segundo Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa, a tecnologia criada pelos cotonicultores brasileiros em parceria com Embrapa, universidades, fornecedores de insumos e técnicos, permitiu ao país ter a maior produtividade de algodão não irrigado do mundo.


"Os agricultores da região do Cerrado, em que 94% da produção se encontra, conseguem colher o dobro de pluma (algodão sem caroço) do que os produtores americanos (1800 quilos de pluma por hectare contra 970 quilos nos Estados Unidos). Nós seremos os maiores exportadores mundiais de algodão em um curto espaço de tempo e, em um maior período, seremos o primeiro produtor mundial de algodão." Júlio Cezar Busato, presidente da Abrapa


O Brasil também é um dos maiores consumidores mundiais do fio, consumindo cerca de 720 mil toneladas de algodão pluma por ano. No entanto, apesar desse cenário favorável ao tecido no país, as fibras sintéticas vêm ganhando espaço no mercado doméstico.


Há dez anos, o algodão representava 57% do total de fibras utilizadas pela indústria têxtil nacional. Hoje, representa 46%, segundo informações da Abrapa. O mesmo tem acontecido no mundo, onde o algodão também tem enfrentado uma forte concorrência de tecidos sintéticos como o poliéster.


Esse polímero viu sua produção crescer nas últimas décadas, ultrapassando a de algodão em 2000 e alcançando em 2020 o dobro do valor de 2000. Enquanto isso, a produção de algodão manteve-se quase estável nesse período, segundo dados da Tecnon OrbiChem, empresa de BI (Business Inteligence) para o setor petroquímico.


"O consumo mundial praticamente dobrou nos últimos 25 anos, particularmente na Ásia, e o consumo de algodão não aumentou, está quase estável. De 95 até agora, a variação foi pouca, de 10% a 15%, e o preço dos sintéticos está cada vez mais competitivo. Existe um apelo muito grande para o custo-benefício. Com o poliéster, você utiliza a mesma roupa durante dez anos sem se degradar, diferente do algodão que é biodegradável." Sergio Benevides, coordenador do Comitê de Algodão da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção)



15.07.21.pngSustentabilidade


Se por um lado o poliéster é mais barato e durável, por outro gera problemas ambientais devido ao fato de não ser biodegradável, permanecendo no ambiente por um longo tempo após o seu descarte. "As roupas sintéticas geram microfibras que se soltam do tecido quando lavadas, contaminando rios, mares e peixes e, consequentemente, retornando aos seres humanos gerando problemas de saúde", afirma Busato.


Em 2016, com o objetivo de mostrar os benefícios e as possibilidades do algodão e incentivar o seu uso e consumo responsável no contexto nacional, foi criado o programa "Sou de algodão" pela Abrapa. "A iniciativa une todos os agentes da cadeia produtiva do algodão e da indústria têxtil por uma moda mais consciente: homens e mulheres do campo; tecelões; artesãos; fiadores; designers de moda; estilistas; varejistas; estudantes e consumidores", explica o presidente da associação.


"Para o algodão recuperar espaço, é preciso uma campanha mundial pela sustentabilidade do planeta", defende Benevides. Segundo Busato, para o uso de algodão crescer, é preciso aumentar a rentabilidade da cultura, que é resultado da produtividade, do custo da produção e do preço do algodão no mercado, e a expansão do mercado consumidor. "Tudo que produzimos além de 720 mil toneladas (quantidade atualmente consumida no Brasil), precisamos exportar. Por isso, a Abrapa criou um programa chamado Cotton Brasil e um escritório na Ásia para divulgar o nosso algodão nesse mercado".


O algodão no Ceará


A relação entre o Ceará e o algodão vem de longa data. O estado, que chegou a ser o terceiro maior produtor do país e o maior do nordeste há cerca de três décadas, viu as suas plantações serem devastadas pela praga do bicudo. Isso obrigou muitos agricultores a abandonarem o cultivo da planta.


"Historicamente, todas as grandes cidades do interior do Nordeste tiveram seu desenvolvimento econômico impulsionados pelo algodão. Por diversos motivos (praga do bicudo, secas constantes, economia mundial), na década de 1990 houve uma derrocada da cultura na região, o que deixou uma enorme lacuna na economia do Nordeste e do Ceará, que chegou a ter mais de um milhão de hectares plantados com algodão." Gildo Pereira de Araújo, analista da Embrapa.


Atualmente, Mato Grosso e Bahia são os maiores produtores nacionais de algodão, com produções estimadas para a safra 2020/21 de 1,724 milhão de toneladas (70% da produção nacional) e 510 mil toneladas (cerca de 25%), respectivamente. Para reverter essa situação, em 2018 foi criado o Programa de Implantação da Cultura do Algodão no Ceará, iniciativa do governo estadual que tem como objetivo fazer com que o estado volte a ser um dos principais produtores de algodão do país.


"O programa surgiu na antiga Seapa (Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura) e em 2019 demos continuidade expandindo o programa com parceiros como a Embrapa, UFC, IFCE (Instituto Federal do Ceará) e o setor produtivo, inclusive a indústria compradora da produção. Em 2020, mesmo com a pandemia, tivemos um aumento da área plantada e realizamos muitas reuniões e lives para orientar e estimular os produtores." Silvio Carlos Ribeiro, secretário executivo da Sedet (Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado do Ceará), órgão responsável por conduzir o programa


De acordo com o professor e diretor de ensino do IFCE Campus Crato, Marcus Goes, foi o manejo integrado de praga, prática adotada em grandes culturas como soja e milho, que permitiu retomar o cultivo na região.


"Com a orientação de técnicos, os produtores usam defensivos agrícolas apenas quando são encontradas grandes populações de insetos, diminuindo os custos por uso indiscriminado e reduzindo a indução de resistência da praga". Marcus Goes, diretor de ensino do IFCE Campus Crato


Além disso, outros dois fatores contribuíram com o combate ao bicudo. O primeiro foi o uso de sementes selecionadas e o segundo foi a implementação de um "vazio sanitário" entre os meses de outubro e dezembro. Neste período, os agricultores são obrigados a limparem a terra de qualquer presença de algodão, fazendo com que o inseto não tenha com o que se alimentar. "Não eliminamos o bicudo, mas aprendemos a conviver com ele", esclarece Gomes.


Em 2021, a área plantada de algodão não teve crescimento. Isto aconteceu devido à valorização do preço da soja e milho, que levou alguns agricultores a apostarem nesses cultivos. Para a safra 2021/22, o objetivo é aumentar as áreas no estado, incluindo a região do Crateús e o norte do Ceará. Além disso, a ideia é intensificar os trabalhos na região do Cariri. Este último é onde se busca estabelecer um forte programa de grãos, como milho, soja e algodão. "De maneira geral, o semiárido possui condições climáticas e de solo que permitem produzir a melhor fibra do país com elevada resistência", finaliza Araújo.



Por: Raul Galhardi | Em: 13 de julho de 2021/Trendsce

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VOZES DO AGRO - Brasil será o maior fornecedor mundial de algodão até 2030

12 de Julho de 2021

Após forte impacto da pandemia de Covid-19 sobre a demanda e as cotações internacionais, o panorama atual é de aquecimento do mercado mundial de algodão. Os pacotes de resgate e a retomada da atividade econômica em diversos países deram novo fôlego à cotonicultura e devemos aproveitar o bom momento para construirmos e consolidarmos a credibilidade da fibra produzida no Brasil.


No ano passado, preços abaixo do custo de produção levaram à redução da área plantada no mundo todo. Segundo balanço de oferta e demanda do International Cotton Advisory Committee (ICAC), as perspectivas para a temporada 2020/21 são de recuo de 7% na produção mundial de algodão, totalizando 24,31 milhões de toneladas.


O consumo global, em contrapartida, deve crescer 9% e chegar a 24,81 milhões de toneladas – ainda abaixo dos 26 milhões registrados antes da pandemia. O cenário representa uma janela de oportunidade para o Brasil. Em função do aumento da produção brasileira de algodão, nossas exportações têm batido recorde atrás de recorde.


O mês de maio entrou para a história da cotonicultura brasileira com 115.243 toneladas embarcadas, 66% acima do volume registrado em maio do ano passado.  Até este mês (julho), quando termina a atual temporada de exportações, as vendas externas devem chegar a 2,35 milhões de toneladas.


Como quarto maior produtor e segundo maior exportador mundial da fibra, o Brasil já abastece 100% do mercado nacional e 20% da indústria têxtil mundial. Mas queremos e podemos mais. Temos quantidade, qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade e precisamos mostrar isso ao mundo.


Pesquisa realizada junto à indústria asiática mostrou que, na hipótese de preços iguais para a pluma americana e brasileira, 75% comprariam algodão produzido nos Estados Unidos. A realidade é simples: a imagem do Brasil ainda está aquém do algodão que produzimos.


A percepção equivocada se traduz em números. Na média, a cotação do algodão brasileiro no mercado asiático é de 400 a 450 pontos abaixo do produto americano, o que significa que estamos deixando de ganhar R$ 1 bilhão por ano. Para conquistar a confiança do mercado e aumentar nossa rentabilidade, temos que mostrar quem somos, o que pensamos e aquilo que fazemos.


Esse é o objetivo da Cotton Brazil Harvest 2021 Roundtable, rodada de encontros virtuais com os principais compradores de algodão do mundo, que a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) promoveu durante todo o mês de junho. A agenda faz parte do projeto Cotton Brazil, uma parceria do setor produtivo com o governo brasileiro e as tradings, e inclui reuniões com potenciais clientes de Bangladesh, Turquia, Paquistão, Coréia do Sul, Vietnã, Indonésia e Índia.


Na China, o painel sobre a safra brasileira integra a programação presencial da 2021 China International Cotton Conference, em Suzhou. O gigante asiático lidera o ranking de compradores do algodão brasileiro. Com a importação de 23,7 mil toneladas em maio, o total embarcado para a China na atual temporada superou as 700 mil toneladas da pluma, 22% acima do registrado no período anterior. Os chineses já superam, inclusive, o consumo médio das indústrias têxteis brasileiras.


Para mantermos esse ritmo, estamos fortalecendo nossas parcerias com entidades que representam o setor têxtil chinês, que importa anualmente mais de 2 milhões de toneladas de pluma de algodão.  Em menos de 60 dias, firmamos convênios com a China Cotton Association (CCA) e a China National Cotton Exchange (CNCE), que movimenta 80% do algodão consumido naquele país, o equivalente a 7 milhões de toneladas.


As oportunidades são imensas. Nos últimos quatro anos, dobramos nossa produção e pretendemos fazer isso de novo. Com claras vantagens em relação aos principais concorrentes em termos de oportunidade de expansão de áreas, clima favorável, água e tecnologia de produção, o Brasil tem plenas condições de se tornar o maior fornecedor mundial de algodão até 2030, reconhecido globalmente pela qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade e padrão tecnológico do seu produto.


*Júlio Cézar Busato é presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa)


As ideias e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do seu autor e não representam, necessariamente, o posicionamento editorial da Revista Globo Rural.


Revista Globo Rural.Vozes do Agro. Em 12.07.2021

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

09 de Julho de 2021

Algodão em NY - Apesar de iniciarem a semana em alta, as cotações de algodão em NY acabaram cedendo às pressões externas de baixa nos grãos e no mercado financeiro para fechar praticamente estável na semana. O contrato Dez/21 fechou em 86,88 U$c/lp, alta de 1,1% nos últimos 7 dias.




Preços - Ontem (08/7), o algodão brasileiro estava cotado a 99,00 U$c/lp (+275 pts) para embarque em Out-Nov/21 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook).


Altistas 1 - Os primeiros leilões de algodão da reserva chinesa venderam 100% dos lotes ofertados. Os preços foram considerados altos para algodão antigo e de baixa qualidade (equivalentes a U$c/lp 104,20), o que demonstra a força da demanda.


Altistas 2 - O boletim do ICAC deste mês destaca recuperação no consumo e no comércio internacional de algodão.


Altistas 3 - Hoje pela manhã foi divulgado o relatório de vendas e exportações dos EUA. Os números agradaram o mercado, apesar da presença tímida da China nas compras da safra nova (ainda).


Baixistas - O clima nos EUA está melhor que o esperado, com chuvas até em excesso em algumas regiões. No Oeste do Texas, o potencial aparenta estar melhorando, com mais chuvas previstas.


ICAC 1 - A produção mundial de pluma no ciclo 2021/22 foi estimada em 24 milhões tons pelo ICAC no relatório de julho. É o menor patamar das 4 últimas safras. A retomada nos volumes produzidos é prevista somente para a próxima temporada.


ICAC 2 - Por outro lado, o consumo global está em alta: 25,59 milhões tons previstos em 2020/21 com projeção de atingir mais de 25,8 milhões tons no ciclo 2021/22. Produção menor aliada à alta demanda causará queda nos estoques finais, já que o consumo pela indústria irá exceder a produção.


🇧🇷 Exportações 1 - Em junho, Turquia (24,8 mil tons), Vietnã (18,6 mil tons) e Bangladesh (14,3 mil tons) foram os países que mais importaram algodão do Brasil. O ranking dos principais compradores traz ainda a China (14,2 mil tons), em quarto lugar, seguida pela Indonésia (10,1 mil tons).


🇧🇷 Exportações 2 - Já no acumulado de ago/20 a jun/21, a China lidera as compras, com mais de 718 mil tons importadas e marketshare de 31%. Em seguida, estão Vietnã (17%), Paquistão (12%), Turquia (11%), Bangladesh (11%), Indonésia (9%), Malásia (3%), Coreia do Sul (3%), Tailândia (1%) e Índia (0,4%).


Sustentabilidade 1 - O Brasil fechará o ciclo 2020/21 com 81,3% da produção de algodão certificada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Os dados são da Abrapa e correspondem a 2 milhões de toneladas da pluma.


Sustentabilidade 2 – O ABR certifica fazendas com boas práticas sociais, ambientais e econômicas, em benchmarking com a certificação Better Cotton Initiative (BCI). Respondendo por 38% de toda a produção BCI no mundo, o Brasil se mantém como maior fornecedor mundial de algodão responsável.


Lavouras - O relatório de condições de lavoura dos EUA aponta estabilidade, com 52% das lavouras em boas-excelentes condições, mantendo otimismo entre os produtores.


Agenda - Na próxima segunda-feira (12/07), o USDA divulgará seu relatório de oferta e demanda mundial do mercado de algodão. No mesmo dia, o Ministério da Economia do Brasil libera os primeiros números de exportação brasileira do mês de Julho/21.


Colheita - A Abrapa informa o andamento da colheita da safra 2020/21 de algodão no Brasil até ontem (08/7): BA e TO (20%); GO (27%), MA (11%); MG (27%), MS (42%), MT (5%), PI (22%) SP (71%) e PR (100%). Total Brasil: 10% colhido.


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com


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Começa a temporada de beneficiamento da safra 2020/21 de algodão

09 de Julho de 2021

Está começando a temporada de beneficiamento da safra 2020/2021 de algodão.  Até novembro, toda a produção brasileira – estimada em 2,43 milhões de toneladas – terá passado pelas 204 algodoeiras ativas espalhadas pelo País  e estará pronta para ser comercializada mundialmente. O cuidado começa na colheita, e cada etapa do processo é determinante para a qualidade final da pluma.


O método de beneficiamento consiste na separação da fibra das sementes e das impurezas, por processos mecânicos precisos. O grande desafio é preservar as características intrínsecas e extrínsecas da pluma. "A arte do beneficiamento é conseguir a melhor relação entre seus efeitos positivos e negativos, para produzir a qualidade procurada com o menor custo possível", resume Jean Luc Chanselme, sócio-diretor técnico da Cotimes do Brasil e especialista em Engenharia e Tecnologia do Beneficiamento.


Para isso, é necessário cumprir rigorosos procedimentos, desde o campo até a armazenagem final dos fardos, devidamente rastreados e identificados com as etiquetas do Sistema Abrapa de Identificação (SAI). Jean Belot, pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt),assegura que a primeira etapa do beneficiamento é uma boa colheita. "A qualidade do que sai da algodoeira depende do que entra", afirma. Nesse sentido, é fundamental respeitar boas práticas, como a limpeza regular do cesto das máquinas e a regulagem das placas.


Aspecto extremamente importante, segundo o pesquisador, é a umidade do algodão em caroço no momento em que é colhido. O ideal é evitar colheita à noite, porque o orvalho pode gerar problemas no algodão em caroço e encarneirar a fibra, o que dificulta o beneficiamento. A umidade também reduz o tempo de armazenagem. Se aguardar muito tempo para ser processado, o algodão pode esquentar e fermentar, degradando a qualidade. "Uma usina de beneficiamento não pode fazer milagre. Se o algodão chega ruim, não vai sair bom", alerta Belot.


Planejamento


A interação entre o campo e a usina é essencial, para que a beneficiadora saiba o tipo de algodão que está recebendo e como manejá-lo da melhor forma. Essa é a prática na SLC Agrícola. "Enxergamos a algodoeira como uma indústria dentro do campo, começamos nossas atividades planejando como tirar o algodão da lavoura  e adotamos controle de processos e indicadores", diz  o coordenador de algodoeiras da SLC, Edmilson Santos.


O grupo adota o modelo Toyota de produção, conhecido como produção puxada. O processo começa com a análise prévia da qualidade do algodão no campo e a identificação do que será oferecido aos mercados interno e externo.  A partir daí, é definida a programação de transporte e beneficiamento.  "Na produção puxada, conseguimos fazer uma segregação desse algodão, de acordo com suas particularidades, e realizamos o beneficiamento respeitando as características de cada variedade", explica Santos.


É preciso encontrar e respeitar os níveis de temperatura no processo de abertura da fibra para extração das impurezas e agregar umidade de forma equilibrada no descaroçamento, para preservar as características intrínsecas da fibra. "Tudo tem que ser analisado e planejado. Quando temos a produção controlada, conseguimos tomar as decisões corretas para beneficiar o algodão, fazendo a gestão do processo e agregando valor à pluma", garante o coordenador de algodoeiras da SLC.


A pluma beneficiada é enfardada e identificada com o Sistema Abrapa de Identificação (SAI), contemplando a sua origem. Fica reservada em estoque, aguardando o resultado das análises de classificação, com informações completas para formação dos lotes, de acordo com as características da fibra – cor, comprimento, alongamento, resistência e micronaire. Depois disso, os fardos de plumas são emblocados para  posterior expedição.


Mas os cuidados não terminam aí. A armazenagem também exige precauções, para evitar risco de incêndios, pontua Jean Belot. O pesquisador lembra que, durante o processo de beneficiamento, existe o risco de faíscas, que podem ser incluídas nos fardos e pegar fogo posteriormente.  Entre as medidas preventivas, ele recomenda  vistoriar regularmente o estoque, para identificar algum comportamento diferente, e manter espaço entre os fardos, para manobrar e afastar qualquer um com suspeita de fogo.


Estrutura industrial


A verdade é que o beneficiamento de algodão é uma atividade industrial. Por isso, a estrutura de uma algodoeira exige um detalhado projeto de engenharia – seja para construção, ampliação ou modernização. A primeira etapa é o correto dimensionamento da usina. Segundo Jean Luc Chanselme, o projeto deve considerar a estimativa de área cultivada e a produtividade para um período de 10 anos. "A capacidade deve ser adaptada ao nível de produção esperado. Se as máquinas forem sobrecarregadas, se perde em qualidade; se a estrutura for superdimensionada, o custo fica muito alto", ressalta.


O sequenciamento de máquinas e etapas também é fundamental no planejamento da usina. O projeto deve corresponder à matéria-prima que será beneficiada e à qualidade que o produtor quer obter no final do processo.  "A fibra é algo extremamente frágil e passa por processos mecânicos agressivos. O excesso de máquinas pode comprometer a qualidade da pluma", alerta Chanselme.


Aspecto fundamental de toda instalação industrial é a manutenção, e não poderia ser diferente com as algodoeiras.  Quando negligenciada, afeta a produtividade da usina e a qualidade da pluma - peças gastas dão um tratamento mecânico muito mais violento ao algodão e podem ter efeitos como quebra da fibra e do caroço, por exemplo.


A ação preventiva é a melhor estratégia e deve ser feita por uma equipe específica, distinta daquela encarregada da produção. "Esse é um dos pilares da chamada manutenção produtiva total", ensina o consultor. O time de produção deve estar focado nas regras de beneficiamento, para produzir fibra a partir do algodão em caroço da melhor forma possível. Enquanto isso, a equipe de manutenção observa o processo e programa a substituição preventiva de peças, para garantir que as máquinas trabalhem com todo o seu potencial e sem risco de panes e paradas na produção.


Nas algodoeiras da SLC Agrícola, estrategicamente a manutenção é realizada diariamente no intervalo entre os turnos de produção, entre 18h e 21h -horário de pico de energia e maior custo. "A manutenção planejada evita paradas no meio do processo de beneficiamento, isso faz com que a usina tenha uma melhor cadência e um menor custo de produção", explica Edmilson Santos. Como a atividade é sazonal e dura aproximadamente seis meses, os outros seis meses do ano são dedicados à manutenção preventiva, preditiva e vistoria minuciosa de todos os equipamentos, para que a usina esteja 100% preparada para a safra seguinte.


"Durante muito tempo, o beneficiamento foi considerado uma operação secundária. Não podemos esquecer que cada processo, dentro da algodoeira, é determinante para a qualidade do algodão", conclui Jean Luc Chanselme.


Para conhecer mais o processo de beneficiamento, assista ao vídeo produzido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa): https://www.youtube.com/watch?v=I-fFjel3CKE

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Relatório Quinzenal de Safra

07 de Julho de 2021

Principais indicadores da temporada de exportações de algodão 2020/2021


Exportações têm melhor junho da história




O Brasil exportou 100.612 toneladas de algodão em pluma em junho, 77% a mais que o volume embarcado, no mesmo mês, em 2020. Os três principais destinos foram Turquia, Vietnã e Bangladesh. No acumulado de 11 meses da atual temporada de exportações, as vendas externas totalizaram 2,336 milhões de toneladas, 25% superior ao mesmo período na temporada 19/20. China continua sendo o principal cliente da pluma brasileira.


Relatório Quinzenal de Safra – 06.07.2021

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Abrapa esquenta os motores para o 13º CBA

06 de Julho de 2021











Faltando menos de um ano para o 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), a Abrapa começará a contagem regressiva com um evento virtual no próximo dia 27. O chamado Esquenta CBA será transmitido ao vivo pelo youtube da entidade e antecipará algumas das novidades previstas para o próximo encontro, que acontecerá entre 16 e 18 de agosto de 2022, em Salvador.


Realizado desde 1997, a cada dois anos, o CBA apresenta o que há de mais recente em pesquisa e tecnologia para o cultivo do algodão e debate demandas e rumos do setor.  O tema do 13º CBA será Algodão Brasileiro: Desafios e Perspectivas no Novo Cenário Mundial. “Nenhum outro fórum será tão assertivo para debater as ameaças e oportunidades representadas pela pandemia de Covid-19”, avalia Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa e do 13º CBA.


Na live do dia 27, a entidade mostrará, em detalhes, o local escolhido para o evento. A comissão científica contará quais temas já estão confirmados para a programação e também serão apresentadas as novidades que os patrocinadores levarão para Salvador.


Marque na agenda e acompanhe tudo o que vem por aí pelas redes sociais da Abrapa.



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Preço do algodão sofre reajuste pelo Governo Federal

06 de Julho de 2021

O preço mínimo do algodão foi reajustado em 6,5% pelo Governo Federal. O valor da pluma foi para R$ 82, 60 a arroba. A informação foi divulgada na semana passada, durante reunião ordinária da Câmara Setorial da cadeia produtiva do algodão e derivados do Ministério da Agricultura, mas a correção ficou abaixo do que setor pleiteava. Para falar sobre esse reajuste e também traçar um panorama de como está o setor, o jornalista Vinícius Marra conversou com Júlio Busato, Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), no programa Terra Viva – 2ª edição desta segunda-feira (5).


Assista: https://tvterraviva.band.uol.com.br/noticia/1000001005561/preco-do-algodao-sofre-reajuste-pelo-governo-federal.html?mobile=true


Terra Viva  em 05/07/2021

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