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SEGUE O FIO: A RASTREABILIDADE NA MODA

Sistema mostra evolução no Brasil e no mundo com novas ferramentas e integração de elos da cadeia produtiva

20 de Outubro de 2023




(ABERTURA) Ilustração: C. J. Robinson

Enquanto as agendas ESG e 2030 se tornam mais prementes a empresas e governos em prol de um sistema ambiental e socialmente mais equilibrado e saudável, tentando fazer valer os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, a indústria da moda – e todos os elos que fazem parte dela, do campo ao consumidor final, até seu descarte –, está dando os primeiros passos em um dos pontos que podem ajudar nessa empreitada: a rastreabilidade.

Há alguns anos começamos a ouvir falar sobre a importância de um sistema que traga luz a cada etapa produtiva, mostrando onde, quando, como e quem fez, contribuindo, também, para que haja maior transparência nesse sistema. Com tantas etapas, o setor têxtil se mostra realmente desafiador: depende de investimento, tempo e, principalmente, boa vontade da cadeia de fornecedores em abraçar a ideia e compartilhar alguns de seus dados (bem como investimento em sistemas de proteção destes, de forma mais robusta), mas nem todas as empresas estão preparadas para isso. Porém, um sistema de rastreio é perfeitamente aplicável e tende a ser cada vez mais recomendado, tornando-se um ganho coletivo e mitigando condições impróprias de trabalho e materiais de origem duvidosa, por exemplo.

Segundo a consultora da Delloite no Reino Unido, Vicki Falck, a rastreabilidade não pode permanecer opcional e será fundamental para alcançar maiores resiliência e eficiência da cadeia de fornecimento da moda.

Em seu ponto de vista, as empresas que agora fazem disso uma prioridade e colaboram ativamente com os seus fornecedores e com a indústria em geral para enfrentar o desafio estarão mais bem preparadas para tranquilizar as partes interessadas, cumprir potenciais requisitos de relatórios no futuro e permanecer resilientes contra os riscos da cadeia de fornecedores.

A consultora vai além: ressalta que as empresas de moda que mantêm um diálogo contínuo com os seus fornecedores estarão mais bem equipadas para realizar uma implementação bem-sucedida. “Um bom relacionamento entre a marca e seus fornecedores deve trazer à tona as preocupações dos fornecedores e proporcionar uma plataforma para resolver quaisquer bloqueios. Com o tempo, essas resoluções podem informar uma abordagem-padrão para gerenciar preocupações comuns dos fornecedores, ajudando a gerenciá-las em grande escala.”

TECNOLOGIA EM PROL DA SUSTENTABILIDADE

Um dos meios que mais têm sido utilizados para os sistemas de rastreabilidade é a tecnologia blockchain, um sistema temporal de encadeamento de dados (blocos) que não podem ser modificados ou, caso haja alteração em alguma das informações, ela também fica registrada. Não há como escapar.

Apesar da disseminação do blockchain, existem formas diversas de rastreio, como o código de barras, QR Code, entre outras. Uma solução que vem ganhando destaque no setor têxtil, aqui no país e no exterior, é a da R-Inove, startup brasileira criada pela engenheira têxtil Micheline Maia Teixeira, que sempre atuou no setor, tendo passado por fiação, malharia e confecção. Foram 3 anos de desenvolvimento, testes, erros e acertos até a sua solução única de rastreabilidade têxtil sair do papel, um processo que não foi nada fácil, segundo Micheline.

Mas vamos contar a história do início. A ideia da engenheira têxtil começou a surgir no período em que ainda atuava em empresas do setor, e duas questões a incomodavam bastante: a falta de garantia de origem de um artigo têxtil e a falta de transparência na mão de obra nessa cadeia.

“Quando discutia essas questões com pares, ouvia que o caminho era nanotecnologia, mas eu sempre argumentava que, para o têxtil, essa tecnologia ainda é cara e muito distante do consumidor final. Vale salientar aqui que acredito que qualquer transformação de mercado em busca de um mundo mais transparente e justo na produção industrial precisa contar com a participação efetiva do cliente final. Foi dessa necessidade que surgiu a ideia da nossa solução, que deveria atender aos critérios de rastreabilidade total, com a geolocalização real produtiva com o objetivo de mitigar a mão de obra injusta (análoga à escrava), que fosse economicamente viável, mas que o consumidor interagisse”, relata.
                                                                                                                                                        Micheline Maia Teixeira, cofundadora da R-Inove. / Divulgação

Para explicar como funciona o sistema de rastreabilidade desenvolvido pela R-Inove, Micheline costuma usar uma analogia: é como se fosse um código de barras (no qual estarão todas as informações) impresso no fio que fará o lote do tecido, seja ele malha ou plano, seja cru ou tinto, mas, em vez de barras paralelas, elas são horizontais e sequenciais, invisíveis a olho nu, somente com luz UV, não alteram o tecido ou design das peças e se mantêm permanentes, ou seja, não saem nem com lavagens. Auxilia, inclusive, na circularidade, pois até em aterros sanitários a rastreabilidade do fio continua valendo.

Ela destaca que, para ter uma confiabilidade na rastreabilidade, é preciso estar no início da cadeia têxtil, e não no final, além de não poder ser um processo fácil de falsificar, como as etiquetas. Segundo Micheline, uma das grandes dificuldades para se obter a rastreabilidade completa da cadeia têxtil está na necessidade de imprimir o código de rastreio na etapa inicial, ou seja, no fio cru, antes de se tornar uma malha ou tecido, e isso significa que o código sobre o fio precisa sobreviver a todo o processamento industrial, até mesmo nas etapas de acabamento e tingimento, que são realizadas sob meio aquoso e a alta temperatura, por horas. O código também não pode interagir com os corantes desse acabamento e precisa ficar evidente, independentemente da cor do tingimento. Ao final de tudo, o código ainda precisa manter sua assertividade de leitura, para que possa ser lido por qualquer pessoa, apenas com um celular.

“Um produto que possui algo modificado geneticamente, seja ele fibra ou líquido que foi aspergido sobre o têxtil, fica invisível ao consumidor e só pode ser autenticado por meio de análises realizadas em laboratórios específicos, o que torna caro e moroso o processo de autenticação. Porém, o que considero como maior desvantagem é o fato de que modificações genéticas são associadas a grandes lotes, pois fica inviável economicamente individualizar. Com isso, uma grande produção contém o mesmo código genético, e a realidade é bem diferente no têxtil, pois muita coisa é terceirizada ou produzida por pequenas empresas. Não dá para ter transparência total quando todos estão associados ao mesmo código genético simplesmente porque todos não trabalham da mesma forma. No nosso caso, a nossa codificação consegue individualizar todas as empresas da cadeia que participaram da produção da peça têxtil, com a geolocalização real de cada etapa produtiva, com o objetivo de deixar clara a mão de obra envolvida na produção. Além disso, o próprio consumidor faz a leitura, sem necessidade de nenhuma análise laboratorial cara e demorada.”

Esse tem sido um dos trunfos da R-Inove: ter conseguido chegar a um processo ímpar, que traz transparência às etapas, e é economicamente viável de ser implantado, já que o código é colocado em cones de apenas um dos fios que farão parte da carga do tear plano ou circular, e esse mesmo código se repetirá no rapport.

Entre as empresas que já estão utilizando a solução de rastreamento da R-Inove estão a tecelagem Brand Têxtil (SP), a fiação Fiasul (PR) e as marcas Virgínia Barros (calçados biodegradáveis e feitos à mão) e Natural Cotton Color, pioneira na utilização de algodão orgânico e naturalmente colorido.

“A Brand Têxtil abriu suas portas para os testes em viscose e deu muito certo. Hoje, sua linha de viscose estampada é 100% rastreável, que pode ser acessada por meio de qualquer celular. A Fiasul, localizada em Toledo (PR), também testou nossa solução em malha de algodão e hoje a apresenta aos seus clientes como um diferencial em seus produtos de linha.

Atualmente, finalizamos testes em duas grandes empresas e iniciamos a fase de negociação. Estamos também com testes em andamento em outras três empresas, além de uma prova de conceito que deve ocorrer em uma rede hoteleira. Desse total, duas empresas são do segmento de EPIs. Infelizmente esse é um segmento de produtos-alvo de falsificadores em virtude do alto preço dos tecidos funcionais (à prova de fogo e antiarco elétrico). Buscamos dar ao trabalhador da linha de frente, como bombeiros, eletricistas, etc., ferramentas para verificar se a vestimenta que está usando vai protegê-lo adequadamente”, conta a cofundadora da R-Inove.

No caso da Natural Cotton Color, um dos primeiros cases da startup, a maior questão na época era a pirataria. Com uma moda autoral, artesanal, sustentável e com todos os cuidados em relação ao uso do algodão orgânico da Paraíba, que já nasce colorido, e à mão de obra, que conta com rendeiras do sertão paraibano, a marca de Francisca Vieira faz sucesso no mercado externo, em especial o europeu, o que atraiu olhares de falsificadores, questão que agora vem sendo tratada judicialmente.

Natural Cotton Color: o rastreio e as certificações aumentam o valor agregado e a credibilidade da marca junto ao mercado. / Divulgação


Francisca conta que as peças de sua marca com o fio rastreável eram pilotos para o projeto da R-Inove junto ao Senai CETIQT, e a novidade foi apresentada na Febratex 2022, em Blumenau (SC). Mas a implantação desse sistema de rastreabilidade ainda não pode ser aplicada às suas peças comerciais e a CEO da Natural Cotton Color elenca alguns motivos: primeiro, a empresa ainda possui uma grande quantidade de malhas e tecidos em estoque para serem usados, e o fio impresso precisa ser tramado junto, ou seja, na hora de tecer; segundo, depende de tecelagens que aceitem introduzir o fio no tear; terceiro, o custo, o qual a empresa não consegue absorver no momento, tampouco repassar aos seus consumidores. Porém, é assertiva em dizer que o rastreio e as certificações aumentam o valor agregado e a credibilidade da marca no mercado.

“Como já temos duas certificações – o que aumenta o custo final do produto – e estamos a caminho da terceira, a Global Organic Textile Standard (GOTS), o custo para fazer o rastreamento de uma tonelada de matéria-prima é praticamente equivalente ao que pagarei na GOTS, que é uma referência mundial na rastreabilidade da cadeia produtiva”, explica. Mas, no caso, ambos os sistemas de rastreabilidade (GOTS e R-Inove) possuem alguns pontos distintos de abrangência.

Em sua opinião, micro e pequenas empresas que têm se empenhado em ter toda a sua cadeia pautada em processos sustentáveis deveriam ter acesso à inovação em rastreabilidade, como no caso da R-Inove, com subsídios, como do próprio Senai ou outras entidades do setor. “As instituições brasileiras precisam cuidar da moda sustentável”, reforça.

Por falar em micro e pequenas empresas, Francisca conta uma novidade que pode dar uma forcinha nessa questão: por meio da Associação Brasileira da Indústria, Comércio, Serviços e Educação para Moda Sustentável (Abrimos) e Instituto IA (Incubação e Aceleração), dois projetos vêm sendo trabalhados. Um deles é junto à ApexBrasil, voltado exclusivamente à exportação de moda sustentável; e o outro é de adequação de produtos de moda sustentável para que possam ganhar o mercado externo, pois, como a grande maioria desses negócios é composta por MEI e ME, e os serviços terceirizados, é necessário que haja uma qualificação de mão de obra que atenda aos critérios das demandas internacionais.

“Pela primeira vez, Sebrae e ApexBrasil estão trabalhando em parceria, com suas diretorias alinhadas sob o mesmo propósito, um complementando o outro. Como o Sebrae tem foco em micro e pequenas empresas, creio que isso possa ajudar a subsidiar a rastreabilidade dos produtos.”

DESCORTINANDO PROCESSOS

Completando dois anos de lançamento, feito em 7 de outubro de 2021, Dia Mundial do Algodão, o SouABR, programa de rastreabilidade do algodão brasileiro – da semente ao consumidor final –, idealizado e promovido pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), tem galgado grandes avanços junto aos seus participantes, que, mandatoriamente, precisam ter a certificação ABR (Algodão Brasileiro Responsável), cumprindo quase duzentos itens de verificação. Vale destacar aqui que 42% de toda a produção mundial de algodão é licenciado BCI.

O objetivo é trazer maior transparência à cadeia produtiva algodoeira na moda em todas as suas etapas do processo: a origem da semente, quem plantou, quem colheu, quem beneficiou, quem fiou, quem teceu, quem tingiu, quem confeccionou, quem comprou, incentivando os consumidores a fazerem escolhas mais conscientes dos produtos que estão adquirindo, ao mesmo tempo que estimula melhores práticas ambientais, sociais, trabalhistas e econômicas a cada elo da indústria. Na verdade, a SouABR é a primeira iniciativa de rastreabilidade em larga escala na cadeia têxtil brasileira, de ponta a ponta, por meio de blockchain, algo inédito também no exterior, por mais que haja plataformas dedicadas ao setor. Uma vez registrados em blockchain, os dados são imutáveis e auditáveis.

Antes de ser oficialmente apresentado ao mercado, o programa SouABR passou por um período de cerca de um ano e meio sendo gestado. Entre as empresas que aceitaram o desafio de passar por esse laboratório estão a Reserva (com camisetas masculinas), marca do Grupo AR&Co, e as Lojas Renner (com peças de sua linha feminina).

A Reserva deu o start ao programa em 2021, com as primeiras camisetas rastreáveis, e junto dela os fornecedores: Incofios e Fio Puro (fiação); Vicunha e RenauxView (tecidos planos); Dalila Ateliê Têxtil (malharia); EGM, Lavinorte e ByCotton (confecções).

Alan Abreu, da Reserva, primeira marca a lançar peças rastreáveis pelo programa SouABR.


“No momento do lançamento do Programa SouABR, em 2021, o pioneirismo e a inovação foram fatores importantes para o posicionamento da marca em relação à rastreabilidade, além da gestão de conformidade das fazendas envolvidas no processo de cultivo do algodão, que possibilita comunicar com responsabilidade e transparência todo o trajeto percorrido pelo produto, da fazenda à prateleira da loja”, destaca Alan Abreu, especialista em Sustentabilidade da Reserva.

Assim como no início do projeto, a Reserva continua com a rastreabilidade do SouABR em suas camisetas de algodão, mas Silmara Ferraresi, diretora de comunicação institucional da Abrapa, explica que só entram no sistema de rastreabilidade as peças que usaram lotes de algodão em conformidade com o ABR, pois pode acontecer de algum fardo diferente ser misturado à fabricação do tecido. Em abril deste ano, a Reserva alcançou a marca de 100 mil camisetas rastreadas pelo SouABR.

“Digo que não é uma campanha publicitária: são peças que têm uma história própria que não se mistura com outras histórias”, pontua.

“Atualmente, ainda trabalhamos a rastreabilidade exclusivamente com as camisetas e enxergamos oportunidades para, futuramente, evoluir o mix, contemplando também camisas e calças. Tratando-se de moda, é um projeto que exige muitas “costuras” institucionais, devido aos vários elos da cadeia de valor. Enquanto companhia Arezzo&Co, temos feito um forte trabalho para que o couro utilizado nos produtos não tenha nenhuma relação com o desmatamento ou com conflitos em terras de povos originários, e, para isso, também foi iniciado em 2022 um ambicioso projeto de rastreabilidade da cadeia do couro com o uso da tecnologia blockchain. A Arezzo&Co é uma das primeiras companhias de moda no Brasil a fazer rastreabilidade do couro com essa tecnologia, o que reforça o protagonismo, o compromisso, a responsabilidade e a transparência com as práticas ESG”, reforça Alan.
Lojas Renner: ambição de, até 2030, alcançar a rastreabilidade de 100% de seus produtos feitos com algodão. / Divulgação

A Renner, outra parceira de primeira hora do SouABR, conta que em 2019 fizeram uma Proof Of Concept (PoC) de rastreabilidade digital, monitorando 15% dos pedidos realizados no período de avaliação daquele ano, o que os fez entender os ganhos e as possibilidades que tinham em mãos. Em 2022, já no projeto de rastreabilidade com a Abrapa, Renner e Youcom, lançaram as primeiras calças jeans 100% rastreáveis do país com o uso de blockchain.

“Além da parceria de rastreabilidade do algodão com a Abrapa, pretendemos incorporar todos os nossos fornecedores diretos à rastreabilidade digital nos próximos anos, bem como expandir essa tecnologia a outras matérias-primas. Ter o processo de rastreabilidade em nossas roupas mostra que é possível conciliar moda, inovação e sustentabilidade para dar maior transparência ao processo produtivo de ponta a ponta, ao mesmo tempo que nos permite engajar e influenciar positivamente fornecedores e parceiros no nosso ecossistema. Com isso, reforçamos nosso compromisso com a moda responsável e permitimos que os clientes façam suas escolhas cada vez mais conscientes”, destaca Eduardo Ferlauto, gerente-geral de Sustentabilidade das Lojas Renner.

Assim como a Reserva, a Renner pretende expandir a rastreabilidade a outras matérias-primas têxteis que utilizam em suas coleções e tem a ambição de, até 2030, alcançar a rastreabilidade de 100% de seus produtos feitos com algodão.

“O objetivo é parte do novo ciclo de compromissos públicos da companhia, que já conquistou resultados significativos na área de sustentabilidade, implementando soluções inovadoras ao desenvolvimento e geração de valor de todo seu ecossistema de moda responsável”, completa Ferlauto.

CADEIA PRODUTIVA E COLABORATIVA
C&A: Processo de implantação de rastreabilidade mais curto em virtude da integração com os fornecedores. / Divulgação

Em 2023, uma das maiores atualizações no programa de rastreabilidade SouABR foi a adesão da C&A. Silmara Ferraresi, da Abrapa, diz que para além de ser uma varejista centenária e de capilaridade global, com o aprendizado que vinham tendo desde o início do funcionamento do programa, o tempo de implantação caiu substancialmente. Enquanto as primeiras varejistas precisaram se estruturar durante dois anos, praticamente, a C&A, que aderiu ao SouABR em janeiro deste ano, estava com sua primeira coleção-cápsula de duas calças jeans femininas rastreáveis (7,8 mil peças) à venda para a campanha do Dia dos Namorados, em junho. Claro que alguns fatores ajudaram, como trabalhar com alguns fornecedores que já atuavam no programa, como a Vicunha, mas a C&A agregou novos parceiros, como a Emphasis, confecção com mais de 30 anos no mercado e especializada em jeans, localizada em Votorantim, interior de São Paulo, e já planeja novas coleções com peças rastreáveis.

Cyntia Kasai, gerente-sênior de ASG na C&A Brasil, explica que o trabalho de longa data junto à cadeia de fornecedores, fortalecendo as boas práticas socioambientais e de inovação, contribuiu para a rapidez na implantação do sistema de rastreio, que foi de aproximadamente 10 semanas, e além do algodão querem ampliar para as peças com viscose e poliéster.

“A coleção foi um grande passo em nosso compromisso de oferecer uma moda cada vez mais sustentável, responsável e com transparência”, salienta Cyntia, que revela como foram as etapas desse processo.

Primeiro, a formalização da parceria com a Sou de Algodão e ao programa SouABR; depois, processo de manufatura da coleção, com coleta de inputs de dados de manufatura na plataforma de rastreabilidade SouABR (dados de produtos, tecidos, fios, fardos de algodão, unidades de produção, entre outros); criação do layout e impressão das tags das peças (informativo do Algodão Rastreável com QR Codes que direcionam às páginas web de rastreabilidade SouABR); e, por último, a definição e execução da estratégia de comunicação (peças, e-commerce). Como desafio, ela destaca os processos de manufatura que precisaram garantir que os fios e os tecidos de algodão fossem compostos 100% algodão certificado ABR e o desenvolvimento de uma comunicação que estimule a cliente a conhecer mais sobre o produto e valorizá-lo.

“A rastreabilidade vai além da transparência sobre a origem do produto e das etapas de produção, também contribui para reduzir riscos socioambientais e oferece uma opção de compra mais consciente à nossa cliente”, complementa.

Gabriele Ghiselini Cavaliunas, diretora-administrativa da Emphasis. Foto: Arquivo Pessoal


A Emphasis, que entrou neste projeto junto à C&A, conta que teve todo o suporte da varejista e da Abrapa na integração ao sistema de rastreabilidade. De acordo com Gabriele Ghiselini Cavaliunas, diretora-administrativa da Emphasis, não houve grandes mudanças nas práticas de controle que já adotavam em seu cotidiano.

“Começamos na compra do tecido, em que separamos por lote e nota fiscal em nosso estoque. Após liberar a produção, eles sobem para o corte, no qual separamos por lotes e identificamos quantas peças fizemos em cada lote de tecido. Depois, segue para a costura, lavanderia e acabamento, seguindo nossa metodologia de ordem de produção. Feitas essas etapas, preenchemos o sistema de rastreabilidade, mostrando quantas peças por lote fizemos e entregamos ao cliente”, elenca Gabi.

Em seu ponto de vista, a transparência ao consumidor final é um caminho sem volta, e será exigida cada vez mais.

“As empresas íntegras terão cada vez mais espaço no mercado e, dessa forma, puxarão outras para o mesmo patamar. Na Emphasis, prezamos muito pela transparência do negócio e a valorização da mão de obra. A rastreabilidade joga luz ao trabalho sério que fazemos no mercado e nossa responsabilidade social no meio em que vivemos”, argumenta a empresária.


 

 

 


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A empresa que intenciona aderir ao programa de rastreabilidade SouABR precisa cumprir outros critérios, sem exceções, e um deles é que a peça a ser rastreada tenha no mínimo 70% de algodão, e que esse insumo seja das fazendas certificadas pelo programa ABR. Além disso, toda a cadeia de fornecedores necessita topar ser mapeada, engajada, entender o funcionamento do programa e compartilhar seus dados. Silmara também conta que, além das empresas que já estão inseridas no programa SouABR, este ano a Abrapa entrou em uma nova fase e abriu espaço a outras marcas que queiram ser elegíveis.

“Acho que esse é outro aspecto positivo do projeto: ele é coletivo e colaborativo”, destaca Silmara Ferraresi, da Abrapa. “É uma experiência nova tanto para nós quanto para quem está na cadeia têxtil, e considero que a rastreabilidade física é uma experiência muito positiva, ao mesmo tempo que exige bastante de quem está envolvido no processo, tanto que não temos tantos exemplos de rastreabilidade de fibras, internacionalmente falando. No Brasil e no mundo, somos o primeiro projeto de rastreabilidade do algodão em escala de ponta a ponta.”

PERCEPÇÃO DE VALOR

Micheline Maia, da R-Inove, assim como Cyntia Kasai, da C&A, acredita que o amadurecimento do mercado em relação à importância da rastreabilidade virá com a mudança de comportamento do consumidor em busca de transparência produtiva do produto ou marca que ele está utilizando.

“O consumidor precisa entender que não há segredo para uma roupa extremamente barata. Alguém pagou por ela: ou foi a mão de obra quase escrava, ou foram os processos inadequados e com excesso de poluição ambiental. Do outro lado, ainda há muito discurso de empresas sócio e ambientalmente corretas, mas que se assustam quando falamos que a nossa solução em rastreabilidade traz transparência efetiva. Até mesmo grandes organizações ainda não estão preparadas para a transparência total, pois não têm certeza se seus processos são 100% justos, principalmente quando terceirizam parte de sua produção. É preciso ressaltar que a inovação atrelada à transparência de produto e processo é um caminho sem volta para o segmento têxtil, e as empresas precisam estar atentas ou vão perder espaço. Apesar disso, temos tido respostas bem positivas e nossos clientes possuem um perfil de liderança inovadora e processos bem controlados, inclusive nos impactos que causam ao meio ambiente. Isso facilita a implementação da nossa tecnologia e cria um canal transparente e aberto ao consumidor. A marca passa a ter uma digital única e fala direto com seu cliente”, aponta Micheline.

Silmara, da Abrapa, complementa a reflexão: as empresas que estão compromissadas entendem que a rastreabilidade é importante para o consumidor final, mas esse consumidor, como no caso brasileiro, ainda não faz a opção de compra de uma peça única e exclusivamente por ela ser mais sustentável, isso falando do grande público. É necessária uma forma de educá-lo e, mais do que isso, que o grande público entenda os impactos positivos de uma cadeia produtiva justa para a toda a sociedade, consciência que já está mais difundida no mercado europeu.

MERCADO EXTERNO

Por falar em mercado europeu, tanto lá quanto em outros continentes, há países observando bem de perto as soluções que o Brasil vem trazendo à rastreabilidade na indústria têxtil como um todo, a exemplo do SouABR, que no exterior é apresentado junto ao Cotton Brazil, programa institucional da Abrapa de promoção internacional do algodão brasileiro, e ao R-Inove, que foi destaque na Conferência 2022 da International Textile Manufacturers Federation (ITMF), realizada em Davos, na Suíça.

Micheline Maia relata que esta foi uma experiência única e certamente, um marco em sua vida profissional. Depois, apresentou a solução de rastreabilidade da R-Inove em exposições em Portugal e Londres. “Atualmente, estamos trabalhando em uma parceria com Portugal que ainda está no início”, revela.

“Importante salientar que a Comissão Europeia aprovou medidas que vão obrigar as empresas a revisitarem seus modelos de negócio. Entre elas, ações que possam garantir o aumento da circularidade, diminuição da poluição ambiental causada pela produção têxtil e combate ao greenwashing, pois a cadeia têxtil, pelo próprio número de etapas produtivas, ainda é muito opaca. Em contrapartida, é uma das maiores empregadoras mundiais. Outra medida importante é o “Passaporte Digital do Produto”, garantindo ao consumidor informações precisas sobre as características e os impactos ambientais de cada produto. Espera-se que o nível de transparência das informações contribua para a decisão de compra e que cumpra um papel importante nas demandas por artigos menos poluentes e com maior ciclo de vida. Cada vez mais a sociedade está despertando para questões como desigualdade, justiça social ou poluição ambiental. Um grande segmento e de tanta importância econômica com o têxtil e de moda precisa estar alinhado a esse movimento. Por isso, acredito que muito em breve será obrigatória a comprovação de origem dos produtos, impactos gerados, inclusive a mão de obra envolvida, não somente na Europa, que já está iniciando essa transição, mas em âmbito mundial. Empresas precisarão estar preparadas para poder atender a essa demanda crescente por maior transparência”, sentencia a engenheira têxtil.

OUTROS EXEMPLOS

Como já dito, há outras empresas internacionais disponibilizando no mercado ferramentas de rastreabilidade voltadas ao setor têxtil. Um exemplo é a TextileGenesis, empresa holandesa fundada em 2018 e que, em janeiro de 2023, teve 51% de seu capital adquirido pela Lectra, em uma operação de 15,2 milhões de euros. A aquisição total deve ocorrer em mais duas etapas programadas: uma em 2026 e outra em 2028.

Legenda: TextileGenesis, plataforma SaaS de rastreabilidade que agora integra o grupo Lectra.
Foto: Divulgação


Utilizando blockchain, a TextileGenesis possui uma plataforma Software as Service (SaaS) que permite que marcas de moda e fabricantes têxteis garantam um mapeamento confiável, seguro e totalmente digital de seus têxteis, desde a fibra até o consumidor, garantindo, assim, sua autenticidade e origens. Entre alguns de seus parceiros estão Lenzing, U.S. Cotton Trust Protocol e Renewcell, além de marcas como Bestseller e H&M.

Outro é a FibreTrace®, plataforma SaaS em nuvem para rastreabilidade de fibra têxtil, tanto de forma digital quanto física, desde a fibra bruta até a loja. O serviço está disponível em dois formatos: FibreTrace® Mapped, uma solução digital gratuita que mostra transparência por meio de tecnologia blockchain; e FibreTrace® Verified, que adiciona scanners físicos ao processo de verificação para fornecer rastreabilidade e transparência irrefutáveis ​​para armazenar fibras em cada etapa da cadeia de fornecimento têxtil.

E mais uma opção é a TrusTrace, um ecossistema de rastreabilidade para a moda. A empresa, fundada em 2016 em Estocolmo, na Suécia, é a plataforma líder em rastreabilidade e gerenciamento de dados de conformidade para cadeias de valor de alto volume, tanto para têxteis quanto para a indústria de calçados, sobretudo commodities de alto risco e instalações de produção em regiões de alto risco (prevenção de trabalho forçado). A plataforma, construída em conformidade com o padrão GS1, padroniza como os dados da cadeia de suprimentos e de rastreabilidade de materiais são capturados, digitalizados e compartilhados entre marcas e fornecedores por meio de uma API aberta confiável, permitindo a integração direta entre os fluxos de trabalho de varejistas, fabricantes e fornecedores, bem como com terceiros, como agências de certificação, conjuntos de dados de ciclo de vida e outros fornecedores de soluções de sustentabilidade.


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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #41/2023 20/10

20 de Outubro de 2023

Destaque da Semana - Tensão no Oriente Médio e esfriamento do mercado Chinês derrubam mercado. Missão Cotton Brazil visita o Paquistão.


Algodão em NY - O contrato Dez/23 fechou nesta quinta 19/10 cotado a 84,27 U$c/lp (-0,8% na semana). O contrato Jul/24 fechou 87,27 U$c/lp (-0,4% na semana) e o Dez/24 a 81,54 U$c/lp (+0,5% na semana).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia é de 901 pts para embarque Out/Nov (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 19/out/23).


Baixistas 1 - As vendas de algodão da Reserva Estatal chinesa caíram vertiginosamente esta semana. No leilão de hoje, somente 11% das 20 mil toneladas ofertadas foram arrematadas.


Baixistas 2 - Os leilões surtiram o efeito de desaquecer o mercado e os preços internos de algodão e fio na China caíram aproximadamente 600 pontos nos últimos quatro dias.


Baixistas 3 - Com a tensão no Oriente Médio e postura conservadora do Fed, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA subiram para 5%, o seu nível mais alto desde a crise financeira de 2007.


Altistas 1 - Os preços do petróleo estão em alta com a crise no Oriente Médio.


Altistas 2 - De acordo com o último dado do monitor de secas dos EUA, 47% da área de produção de algodão foi afetada pela seca.


Missão Paquistão 1 - Abrapa, Anea e ApexBrasil realizaram de 16 a 18.10 missão que incluiu produtores e exportadores brasileiros e visitou indústrias, realizou eventos e reuniões nos dois principais polos industriais do país (Karachi e Lahore).


Missão Paquistão 2 - Em Karachi, uma das maiores cidades do mundo, foram visitadas duas indústrias (Naveena e Indus Dyeing), realizado evento para em torno de 80 clientes e agentes - Cotton Brazil Outlook. A delegação ainda participou de um evento fechado com os proprietários e CEOs das principais indústrias do país.


Missão Paquistão 3 - Em Lahore, segunda maior cidade do país, foi realizado o Cotton Brazil Outlook para mais de 100 convidados, além de um almoço fechado com os maiores industriais da região e reuniões com a APTMA (principal entidade do setor têxtil do país) e representantes do alto escalão do governo do Paquistão.


Paquistão 1 - O Paquistão é o terceiro maior consumidor industrial de algodão (2,2 milhões de toneladas previstas para 23/24), atrás somente de China e Índia.


Paquistão 2 - O país também é um grande produtor. É o quinto maior produtor do mundo (1,4 milhão de toneladas em 23/24), mas com produtividade baixa (540 kg pluma/ha) nos seus 2,6 milhões de hectares plantados.


Paquistão 3 - Como não consegue suprir sua demanda somente com algodão doméstico, o Paquistão tem crescido suas importações de algodão, à medida que a indústria têxtil cresce. Hoje é o 5º maior importador de algodão do mundo (910 mil toneladas em 23/24).


Paquistão 4 - Para o Brasil, o Paquistão já é o quarto maior mercado para nosso algodão (188 mil toneladas exportadas em 22/23).


Paquistão 5 - O setor têxtil representa 62% das exportações do país, mas o Paquistão tem uma fatia de somente 2% das exportações globais têxteis, enquanto a China tem 35%.


Paquistão 6 - Com custos baixos de mão de obra, incentivos fiscais e livre acesso ao mercado europeu, o país pretende continuar expandindo seu parque fabril têxtil e ocupar um espaço maior nas exportações globais.


Paquistão 7 - No atual momento, as indústrias locais estão se beneficiando de ótima safra, que pode ser a maior em nove anos, e consequentemente preços atrativos para a indústria (75 U$c/lp posto na indústria).


Paquistão 8 - A tendência é que a partir da virada do ano, com o fim da safra local, a demanda se volte ao algodão importado no país.


Paquistão 9 - O algodão brasileiro já é conhecido pelas indústrias locais, mas ainda persistem alguns conceitos errados que foram esclarecidos nos diversos eventos e reuniões realizadas, que destacaram as vantagens do algodão Brasileiro.


Paquistão 10 - Muitos feedbacks também foram dados aos representantes do Brasil, principalmente no quesitos índice de fibras curtas, maior padronização no compartilhamento dos dados de HVI e aproximação com marcas e varejistas.


Paquistão 11 - Também foi sugerido que o Cotton Brazil trabalhe em conjunto com as indústrias locais para solução de algumas questões técnicas no tingimento com algodão do Brasil.


Exportações - O Brasil exportou 90,6 mil tons de algodão até a segunda semana de out/23. A média diária de embarque é 26,4% menor em relação a out/22.


Beneficiamento 2022/23 - Até o dia 19/10 foram beneficiados: BA (86%), GO (95%), MA (87%), MG (81%), MS (90%); PR (100%), SP (100%), MT (62%), PI (64%) Total Brasil : 69% beneficiado.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Tabela de cotação


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Evento Cotton Brazil Outlook promove a parceria entre cotonicultores brasileiros e clientes no Paquistão

19 de Outubro de 2023

O potencial de ampliação da compra de algodão brasileiro pelo Paquistão mobilizou a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex.Brasil) em uma missão comercial de 16 a 18 de outubro. Quarto maior importador da pluma nacional, o País consumiu 188 mil toneladas na safra 2022/23 e, em dez anos, aumentou em 220% as compras do Brasil.

Durante três dias, a comitiva brasileira – que incluiu produtores e exportadores brasileiros – visitou indústrias e intensificou o networking com representantes de entidades setoriais e do governo paquistanês. A Missão Paquistão integra as ações do Cotton Brazil, marca que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro no exterior.

“O Paquistão tem se tornado cada vez mais importante para nós, principalmente porque está investindo bastante na modernização de seu parque industrial para aumentar a oferta de produtos com alta qualidade”, observou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.

A intensificação da parceria entre Paquistão e Brasil se ampliou em julho, durante a Missão Compradores, que é um intercâmbio comercial que traz importadores de algodão brasileiro para conhecerem in loco o sistema de produção.

“Participei da Missão Compradores e voltei impressionado com o profissionalismo com o qual o algodão brasileiro é produzido. Há muita qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade. A ida ao Brasil mudou minha visão sobre o produto para melhor”, afirmou Omair Allawala, executivo da Textile Karachi e um dos participantes dos eventos no Paquistão.

Com o objetivo de reforçar a qualidade do algodão brasileiro e divulgar como a cadeia produtiva está organizada no Brasil, o presidente da Abrapa levou aos paquistaneses a mensagem de que o Brasil é um fornecedor confiável. “Teremos volume para entregar nos próximos anos e somos um fornecedor estratégico e responsável”, afirmou Schenkel.

Mensagem essa baseada em dados e projeções de safra, apresentadas durante duas edições do evento “Cotton Brazil Outlook”, em que a Abrapa mostrou as informações atualizadas e estimativas para o comércio exterior. O seminário foi realizado nas cidades de Karachi e Lahore, reunindo mais de 200 convidados. Ocorreu ainda reunião com representantes da All Pakistan Textile Mills Association (APTMA) – a principal entidade setorial do país – e membros do governo paquistanês, além de visitas a indústrias e reuniões com os principais compradores do país.

Um dos pontos altos na Missão Paquistão foi o programa de rastreabilidade do algodão brasileiro, que abrange 100% dos fardos produzidos. Além de explicar como acessar informações em tempo real, online, da produção brasileira, a Abrapa falou sobre o programa SouABR, que acompanha toda a jornada do algodão da produção nas fazendas até a chegada da peça de roupa no guarda-roupa do cliente – tudo por meio de um QR Code.

O presidente do Conselho da Embrapa e secretário especial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Augustin, avaliou como produtiva a incursão pela indústria têxtil paquistanesa. “Os paquistaneses conhecem o algodão brasileiro, a qualidade do produto e estão interessados em mais negócios. Aqui, estamos mostrando os produtos brasileiros para o mundo, especialmente o algodão, e a qualidade da agricultura do Brasil”, afirmou.

Cotton Brazil. A presença consistente do algodão brasileiro no mercado internacional tomou corpo em 2019, quando Abrapa, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex.Brasil) e Anea lançaram o programa Cotton Brazil. A marca representa toda a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global e prioriza dez países: China, Vietnã, Paquistão, Bangladesh, Coreia do Sul, Indonésia, Índia, Tailândia, Turquia e Egito.

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Sou de Algodão fecha setembro com 41 novas adesões de pequenos e grandes empreendedores

Das marcas locais até grandes reconhecidas do mercado da moda, as novas parceiras provam que o algodão está em alta

17 de Outubro de 2023

Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), fechou o mês de setembro com a adesão de 41 novas marcas, totalizando 1.419 parceiras. No que diz respeito aos portes, 36 são de pequenos empreendedores e 5 são marcas de moda de grande porte e presentes em todo o território nacional. Já em relação aos segmentos, dividem-se, principalmente, entre acessórios e artesanato, com 16, e confecções, com 25, nas quais o infantil continua liderando com 8 adesões, seguido por feminino, com 7, e agênero, com 5.


Forte atração pelo algodão em diversos setores da moda
Um dos destaques de setembro foi a entrada do Grupo Veste, trazendo cinco marcas reconhecidas no mercado da moda: Bo.Bô, Dudalina, Individual, John John e Le Lis Blanc. Essa adesão ressalta a crescente conscientização das marcas de renome sobre a importância de adotar práticas responsáveis, como o uso da fibra natural, em sua produção. “A nossa matéria-prima oferece muito mais do que qualidade, porque também contribui com o meio ambiente, tornando-se uma escolha cada vez mais atrativa para o setor”, explica Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa e gestora do movimento Sou de Algodão.


Elisa Lima, Diretora de Relações com Investidores e ESG do Grupo Veste, diz que as fibras de algodão estão presentes na maioria dos produtos das marcas que fazem parte da empresa. “Fazer parte de um movimento tão relevante como o Sou de Algodão – que destaca ao consumidor o cultivo desta matéria-prima no Brasil para a responsabilidade social e ambiental – é muito importante para a construção de uma moda mais sustentável, o que é unanimidade aqui na Veste. Somos um grupo extremamente cuidadoso em toda a cadeia produtiva, com fornecedores certificados pela ABVTEX. Esta parceria com a Abrapa está só começando”, comemora.


As regiões
O Sudeste lidera com 29 novas marcas que chegaram ao movimento, seguido pelo Sul, com 7 adesões, e o Nordeste, com cinco. Essa distribuição demonstra um aumento significativo do interesse pela fibra em várias partes do Brasil. Entre os estados, São Paulo lidera com 21, seguido pelo Rio de Janeiro, com 6.


Para conferir todas as marcas parceiras Sou de Algodão, é só acessar este link marcas parceiras - Sou de Algodão (soudealgodao.com.br).


Abrace este movimento:
Site: soudealgodao.com.br
Facebook, Instagram, Youtube, LinkedIn e Pinterest: @soudealgodao

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Agronegócio e inovação andam juntos

17 de Outubro de 2023

A feira de difusão de tecnologia agrícola Bahia Farm Show (BFS) é considerada a maior do género no Nordeste e Norte do país, com a participação dos mais diversos segmentos do setor agropecuário. Organizado pela Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), com parcerias e apoios, o evento disponibiliza desde maquinário com tecnologia de ponta até palestras e debates sobre as novidades que maximizam a produção com sustentabilidade para grandes e pequenas propriedades. A 17ª edição, que aconteceu em junho deste ano, somou R$ 8.249 bilhões em negócios. A próxima está marcada para movimentar Luís Eduardo Magalhães e região entre os 11 e 15 de junho de 2024. Analista de Campo da Aiba, Marcus Neves definiu a BFS como a "vitrine onde o produtor encontra o que precisa, desde o preparo da terra até a colheita e comercialização, para ter melhor produção e produtividade".
Engenheiro agrónomo, Neves destacou que os drones- novidade com boa aceitação entre os produtores - já são usados para pulverização em trechos específicos. "Em locais com difícil acesso das máquinas, por exemplo, se faz a pontuação de onde deve pulverizar, e o drone faz o serviço", destacou, otimista com as soluções tecnológicas que permitem o monitoramento remoto das lavouras.


Caminho sem volta

A rastreabilidade é outra conquista baseada em moderna tecnologia, aplicada na cotonicultura da região Oeste através de membros da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). A iniciativa é da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que lançou em 2016 o Programa Sou de Algodão (Sou ABR).
Com o processo consolidado, o usuário das peças de vestuário confeccionadas com algodão rastreado desde a fazenda produtora da fibra pode conhecer - através de um QR Code na etiqueta - qual a origem e histórico do item, da lavoura à confecção.
Vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb)/Sistema Senar, Carminha Missio considera a tecnologia fundamental para o desenvolvimento do setor. "É preciso modernizar para garantir sustentabilidade, que é uma facilitadora em todos os segmentos, independente do tamanho e atividade", enfatizou.
Ela classificou como muito favorável o uso de energia solar para captar água e fazer a irrigação, dispensando o uso da energia das redes. Pontuou que, com utilização das ferramentas de inteligência, é possível mensurar a quantidade de água necessária para molhar as raízes das plantas naquele momento e liberar apenas o necessário.
"Vale a pena o investimento", disse, ressaltando que, sem desperdícios, ganha o meio ambiente e o produtor. "No mesmo processo, é possível calcular a quantidade de carbono sequestrada por aquela lavoura", ressaltou, animada com os resultados.
Missio lembrou que a formação dos trabalhadores para atuar em todas as funções, cada vez mais tecnificadas, é uma das missões do Sistema Faeb/Senar. "Com participação de universidades, unimos a prática com a ciência para acompanhar os processos de inovação", frisou.
Moradora de Luís Eduardo Magalhães, ela é uma liderança nacional da classe produtora, e citou a 5g Feira de Inovação e Tecnologia Agropecuária (E-Agro) como evento difusor de conhecimento e tecnologia. Com abrangência em todo estado, o evento acontece entre 16 e 18 de novembro no Centro de Convenções da Bahia, através de parceria entre o Sebrae Bahia e o Sistema Faeb/Senar, com diversos apoios.
Sucessora de Carminha Misso na presidência do Sindicato Rural (SPRLEM), Creice Fontana Klein disse que o foco principal nos treinamentos ofertados na unidade é a capacitação continuada e qualificação da mão de obra já existente no campo.
"Agricultura e tecnologia andam lado a lado", revelou, citando que entre 2021 e 2022 cerca de quatro mil pessoas passaram pêlos cursos e que a meta para 2023 é atingir 4.600 pessoas. Para as mais novas tecnologias, são ofertados cursos de Pilotagem de Drones para Agricultura de Precisão, Pilotagem de Drones Pulverizadores e Monitoramento de Lavouras por imagens de Satélite.


Por Miriam Hermes

A Tarde - A Tarde Agro - SALVADOR - BA

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Relatório de Safra - outubro de 2023

16 de Outubro de 2023

Estimativa confirmada: o Brasil galgou uma nova posição no ranking global da produção de algodão, saindo do 4º para o 3º lugar entre os maiores fornecedores. Por aqui, a colheita já foi concluída, e, nas Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs), os times se dedicam ao máximo para concluir o processo de separar pluma e caroço, deixando o produto pronto para encontrar o seu destino.

No mundo, o último relatório do USDA, divulgado na semana passada, aponta para queda na oferta e aumento na demanda global da fibra. No Levantamento da Safra da Abrapa, para o mês de outubro, você confere as principais tendências, nacionais e globais, da commodity. Clique no link e acesse o conteúdo.


https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2023/10/Final.-Relatorio_safra_Abrapa.out2023.pdf

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ABR-LOG realiza auditoria em terminal da Brado em Rondonópolis

16 de Outubro de 2023

No dia 10 de outubro, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) esteve presente na auditoria conduzida pela Control Union no Terminal da Brado, localizado em Rondonópolis (MT). Esta é a sexta auditoria realizada e integra o processo de certificação do programa Algodão Brasileiro Responsável para Terminais Retroportuários de Algodão (ABR-LOG), da Abrapa.


A Braido é uma das empresas de terminais de estufagem de contêineres de algodão no Brasil que aderiu voluntariamente ao programa, em 2023. A coordenadora de Sustentabilidade da Abrapa, Bárbara Bonfim, explicou que, ao todo, são 127 itens de verificação e certificação avaliados durante a auditoria. “As análises foram positivas e a empresa gostou bastante da abordagem. A qualidade e os padrões de qualidade de estufagem atestados pelo ABR-LOG são analisados em cada etapa do processo: recebimento dos fardos de algodão, armazenagem, estufagem dos contêineres e, por fim, o embarque”, disse.


De acordo com o gerente executivo comercial da empresa, Vinicius Cordeiro, a empresa aderiu ao programa para certificar junto ao ABR-LOG que todos os seus investimentos foram realizados de forma assertiva para atenderem o segmento do algodão. “A certificação do ABR-LOG nos conecta com as melhores práticas do mercado para garantir a qualidade e a rastreabilidade da pluma de algodão exportado pelo Brasil”, afirmou.
O objetivo do ABR-LOG é contribuir ativamente para aprimorar todo o procedimento de exportação do algodão, assegurando eficiência operacional e, ao mesmo tempo, preservando a integridade dos fardos de algodão até o seu destino final. Essa iniciativa visa, assim, garantir a excelência e a confiabilidade em todo o ciclo de exportação do algodão brasileiro.


Realizado em parceria com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), o ABR-LOG integra o escopo do Cotton Brazil para impulsionar a presença da fibra de algodão brasileira nos mercados internacionais. O Cotton Brazil é ação estratégica da Abrapa, a Anea e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).


Podem aderir ao programa ABR-LOG, de forma voluntária, todos os terminais de estufagem de contêineres de algodão do Brasil. Os terminais interessados em se habilitar podem entrar em contato com o Departamento de Sustentabilidade da Abrapa pelo email gestor.sustentabilidade@abrapa.com.br.


11.10.2023
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
(71) 98881-8064
Monise Centurion – Jornalista Assistente
(17) 99611-8019

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Avanço do algodão brasileiro é destaque em evento da ICA

16 de Outubro de 2023

A ascensão brasileira à posição de terceiro maior produtor global de algodão neste ano foi um dos destaques do evento anual da International Cotton Association (ICA), que ocorreu dias 11 e 12 de outubro, em Singapura. O Trade Event & Gala Dinner é o principal evento do ano da ICA, reunindo centenas de lideranças e profissionais do setor.


Na análise do diretor global da Louis Dreyfuss Company, Joe Nicosia, um dos palestrantes do evento, o algodão brasileiro apresenta um movimento similar ao que ocorreu no setor de soja. Atualmente, o Brasil é o maior produtor de soja no mundo.


Porém, Nicosia pondera que o avanço brasileiro também reflete uma conjuntura climática desfavorável aos Estados Unidos. “O Texas não permanecerá em estado de seca indefinidamente, e em algum momento retomará à produção robusta. Não sabemos quando será esse timing”.


Mais que o volume produzido, a qualidade e a responsabilidade na produção do algodão brasileiro, no entanto, foram os ativos escolhidos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para posicionar o País durante o evento da ICA. Pontos fortes atestados pelo mercado mundial.


“O algodão brasileiro é conhecido pela sua rastreabilidade, qualidade e compromisso com a sustentabilidade. A cadeia de produção de algodão no Brasil possui uma baixa pegada de carbono e critérios mais rigorosos do que as normas internacionais. Por isso, caminha para se tornar o primeiro exportador mundial”, destacou Eugênia Barthelmess, embaixadora do Brasil em Singapura e convidada de honra da programação paralela realizada pela Abrapa durante o Trade Event da ICA.


A agenda brasileira começou com o almoço “Cotton Brazil”, marca que representa a cadeia produtiva do algodão do Brasil no mercado internacional, com a presença de mais de 130 pessoas. No dia 10 de outubro, a associação organizou a “Sala Abrapa”, ambiente para roda de negócios, networking e apresentações sobre o momento atual da safra brasileira e as perspectivas futuras do algodão brasileiro.


O crescimento sustentável da cotonicultura brasileira é o que tem propiciado uma participação cada vez maior no mercado global, ponderou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. “A indústria nacional é nossa principal cliente. É importante lembrar que as exportações têm se expandido sem deixar de atender o nosso mercado interno”, observou ele.



A ICA é uma importante associação comercial e órgão arbitral do cenário global do algodão. Neste ano, seu evento anual contou com uma comitiva brasileira reforçada. Além da Abrapa, participam representantes das associações estaduais de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Goiás e Maranhão.


*Cotton Brazil*. A presença consistente do algodão brasileiro no mercado internacional tomou corpo em 2019, quando Abrapa, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex.Brasil) e Anea lançaram o programa Cotton Brazil. A marca representa toda a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global e prioriza dez países: China, Vietnã, Paquistão, Bangladesh, Coreia do Sul, Indonésia, Índia, Tailândia, Turquia e Egito.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #40/2023 13/10

13 de Outubro de 2023

Destaque da Semana - Singapura foi a capital mundial do algodão esta semana com a realização do Congresso da International Cotton Association (ICA).


Destaque da Semana 2 - O Brasil foi muito citado no evento, principalmente por ter subido para o posto de terceiro maior produtor mundial este ano, superando os EUA.


Destaque da Semana 3 - A ascensão do Brasil foi considerada como inevitável e, segundo Joe Nicosia, está seguindo o padrão do que ocorreu na soja.


Destaque da Semana 4 - Entretanto, Nicosia alertou que o Texas não ficará seco para sempre e voltará a produzir bem, só não se sabe quando.


Algodão em NY - O contrato Dez/23 fechou nesta quinta 12/10 cotado a 84,92 U$c/lp (-1,9% na semana). O contrato Jul/24 fechou 87,65 U$c/lp (-0,6% na semana) e o Dez/24 a 81,16 (-0,1% na semana).


Basis Ásia - o Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 870 pts para embarque Out/Nov (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 12/out/23).


Baixistas 1 - Durante o ICA, um dos grandes fatores baixistas destacados pelo palestrante Joe Nicosia é o atual cenário de altas taxas de juros.


Baixistas 2 - O custo anual de carregamento de estoques ultrapassa US$ 3 bi por ano. Alguém pagará este custo, disse Nicosia.


Baixistas 3 – Nicosia conclamou os produtores e exportadores mundiais de algodão a trabalharem juntos para reverter a tendência de queda do consumo global de algodão, que atingiu a mínima histórica de 22% do share global de fibras têxteis em 2023.


Altistas 1 - Em sua palestra, Joe disse que historicamente quando o consumo cai por dois anos seguidos, no terceiro ano a alta é em média 9,5%, o que demonstra que o potencial de demanda em 23/24 pode chegar a 26,3 milhões de toneladas.


Altistas 2 - Por fim, Joe entende que o mercado só voltará a ficar mais ativo quando o Fed parar de subir as taxas de juros.


Altistas 3 - Informações vindas dos EUA dão conta que além de menor, a safra do país está com baixa qualidade.


Evento ICA - Durante o evento da International Cotton Association (ICA) foi realizado um almoço do Cotton Brazil para 130 clientes e parceiros internacionais presentes em Singapura.


Produção global - De acordo com relatório do USDA, a produção global da safra 2023/24 é estimada em 24,52 milhões de toneladas, queda de 3,1% em relação a 2022/2023.


Consumo global - Consumo global é projetado em 25,21 milhões de toneladas, alta de 4,4% em relação à safra passada.


Mudança de Metodologia 1 - A novidade do relatório desta semana do USDA foi a mudança na metodologia de demonstração da safra e estoques Brasil. Foi feita uma revisão retroativa, desde a safra 1999/2000.


Mudança de Metodologia 2 - Os anos safra do Brasil agora estão classificados no mesmo ano do ano de comercialização, ou seja: safra que colhemos em 2023 ficou 2023/24 e não mais 2022/23.


China 1 - O volume de negócios nos leilões da Reserva Estatal desta semana diminuiu ao longo da semana, atingindo 51% de vendas em 12/10 e 40% em 13/10.


China 2 - De 31/7 a 13/10, os leilões da Reserva da China totalizaram 745.753 toneladas vendidas até agora para 426 fiações (87,9% do ofertado).


EUA - Esta semana o USDA diminuiu a projeção de safra mais uma vez para 2,8 milhões de tons.


Agenda - De 16 a 18 de outubro, Abrapa e Anea realizam missão ao Paquistão, com uma série de reuniões com o Governo local, industriais e associações, além de eventos Cotton Brazil Outlook.


Exportações - Sem dados esta semana.


Safra 2023/24 1 - A Conab divulgou a 1a estimativa da nova safra de algodão. A área plantada é projetada em 1,71 milhão de ha (+2,9%) e a produção de pluma em 3,0 milhões de tons (-5,3%).


Safra 2023/24 2 - As estimativas são mais conservadoras que os dados divulgados pela Abrapa, que projeta a área plantada em crescimento de 8,4% (1,81 milhão de ha) e a produção em alta de 2,0% (3,29 milhões de tons) na safra 2023/24.


Safra 2022/23 - De acordo com a Conab, produção de pluma brasileira da safra 2022/23 foi de 3,17 milhões de tons, mais conservadora que a última estimativa divulgada pela Abrapa (3,23 milhões de tons)


Beneficiamento 2022/23 - Até o dia 12/10: BA (81%), GO (92%), MA (50%), MG (78%), MS (79%); PR (100%), SP (100%), MT (58%), PI (60%) Total Brasil: 64% beneficiado.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 11-10

Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Abrapa e CBRA em recesso nos dias 12/10 e 13/10/2023

12 de Outubro de 2023

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) estarão em recesso nos dias 12/10 (quinta-feira) e 13/10 (sexta-feira), em função do feriado do Dia de Nossa Senhora Aparecida. As atividades serão retomadas em 16/10 (segunda-feira), no horário normal de funcionamento.

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