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Problema de fibra curta pode ser evitado com cuidados no beneficiamento do algodão

31 de Agosto de 2017

Dentro da programação do 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA), que acontece até sexta-feira (dia 01/09), em Maceió/AL, foi realizada na tarde da quarta-feira a mesa temática Estratégias para diminuir o SFC (Índice de Fibra Curta) do algodão brasileiro. Durante as apresentações, os palestrantes fizeram uma avaliação das experiências que podem contribuir para a diminuição do SFC, um desafio enfrentado por toda a cadeia da cotonicultura.


A discussão teve a participação do coordenador científico do 11º CBA, Eleusio Curvelo Freire, que falou das Causas da produção de fibras curtas nas fazendas; do gerente de Processos Têxteis do grupo Coteminas, José Edilson Oliveira de Andrade, cuja abordagem enfocou o problema das fibras curtas na indústria e do presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (ANEA), Henrique Snitcovsky, que abordou o SFC do algodão brasileiro e o impacto na comercialização da fibra produzida pelo país.


De acordo com José Edilson Oliveira de Andrade, uma das principais causas da fibra curta são os excessos no processo de beneficiamento, ao bater o algodão para tirar as impurezas. "Quando se bate demais na fibra, ela quebra e perde o comprimento. Como no algodão a característica principal é o comprimento, isso resulta na diminuição do valor do produto", afirmou o especialista, destacando que, a cada etapa da cadeia produtiva, o problema pode se agravar.


Na indústria, a fibra curta acaba gerando uma perda sobre o resíduo, que compromete em média 6% do material, resultando em prejuízo para a fiação. "Uma forma de reduzir, significativamente, o problema é não colher o algodão úmido e bater menos durante o beneficiamento", afirmou o gerente de Processos Têxteis da Coteminas.


 


Serviço


O quê: Congresso Brasileiro do Algodão


Onde: Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió/AL


Quando: de 29 de agosto a 1° de setembro de 2017


Quem realiza: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa)

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Sustentabilidade é foco de produtores de algodão do Brasil

31 de Agosto de 2017

A sustentabilidade está relacionada a aspectos econômicos, sociais e ambientais. Mas, conseguir alinhar este conceito como alternativa de rentabilidade é um feito que produtores de algodão do Brasil vêm apresentando aos mercados mundiais, mantendo a posição de maior país fornecedor de algodão sustentável, com licenciamento BCI Better Cotton Initiative. A pauta sustentabilidade do algodão foi tema de uma sala temática no 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA), evento realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).



Conduzida pelo gestor de sustentabilidade e Banco de Dados da Abrapa, Fernando Rati, as palestras foram apresentadas pelo coordenador de sustentabilidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Nelson Ananias Filho e a analista de sustentabilidade do Rabobank, Aline Camargo Aguiar.



De acordo com Rati, a expectativa para este ano é de 1,2 mil toneladas de pluma brasileira certificada.  "Alcançamos recorde na safra passada (2015/2016), com 81% da produção nacional de algodão certificado. Temos crescido exponencialmente, e os produtores têm aberto as porteiras das fazendas para nosso Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Com isso, estamos avançando no reconhecimento internacional, com mais poder de barganha para posicionar nossa pluma com preços melhores e respaldo da credibilidade", afirma Rati. Na ocasião, foram apresentados casos de sucesso de sete estados brasileiros, como o Piauí, que, desde 2013, não tem incidência do bicudo do algodoeiro, praga que afeta plantações.



O ABR é um programa nacional da Abrapa em prol da melhoria da produção no país, e envolve ações de promoção da sustentabilidade, relações justas de trabalho, aplicação de leis trabalhistas e ambientais.


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Gestão, manejo e respeito às pesquisas auxiliam cultura do algodão

31 de Agosto de 2017

Gestão, manejo e respeito às pesquisas


auxiliam cultura do algodão



A viabilidade econômica do algodão e suas alternativas sustentáveis têm como pilares a gestão do negócio, o manejo e o conhecimento dos principais problemas. Com base nesses quesitos, os especialistas Fernando Lamas da Embrapa Agropecuária Oeste, Carlos Moresco da Agopa, Alexandre Cunha da Embrapa Algodão e Evaldo Takizawa, da Ceres Consultoria apresentaram, durante o 11º Congresso Brasileiro do Algodão, conceitos para aliar mercado, sustentabilidade e produção com o respeito às pesquisas.



"Para obter viabilidade em longo prazo é necessário ter um bom manejo, respeitar as pesquisas e as áreas de refúgio. Assim, daremos vida longa às novas tecnologias que chegam para reduzir a aplicação de defensivos nas lavouras", acredita o especialista da Agopa, Carlos Moresco. Para ele é fundamental mostrar aos produtores o quanto é importante respeitar as orientações e avaliações das pesquisas, tornando-as balizadoras no processo de tomada de decisões.



Nesse aspecto, de acordo com o especialista da Embrapa Algodão, Alexandre Cunha, o uso das plantas de cobertura aparece como uma alternativa para a melhoria do sistema de produção, diminuindo os problemas e auxiliando no manejo integrado de combate às pragas. "Essas plantas de cobertura podem ainda absorver nutrientes a maiores profundidades do solo, beneficiando o cultivo do algodão. Ao longo do tempo e com o equilíbrio do sistema, a tendência é a redução da aplicação de fertilizantes", explica Cunha, ressaltando que hoje os fertilizantes representam cerca de 25% do custo do algodão no Brasil.



Dessa forma os especialistas entendem que os produtores devem conhecer e controlar os custos de produção, dando especial atenção à volatilidade dos preços de mercado para estabelecer, antecipadamente, as estratégias de comercialização. "Escolher as variedades mais adaptadas para cada região, preservar as tecnologias e dominar a fundo os problemas nas propriedades também facilita o desenvolvimento do negócio algodão e, por fim, compreender os potenciais destrutivos das pragas, respeitando as pesquisas são algumas das ações que farão a diferença para o produtor de algodão no Brasil", diz Moresco.


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11º CBA - Pesquisadores destacam programas fitossanitários como principal inovação da cotonicultura brasileira

31 de Agosto de 2017

​Nos últimos três anos, o número de aplicações de inseticidas para combate ao bicudo-do-algodão no Brasil teve uma queda de 30% a 40%, enquanto os danos à produtividade ficaram próximos a zero. Estes são alguns dos resultados positivos creditados ao surgimento dos programas fitossanitários estaduais. Principal inovação surgida na cotonicultura brasileira nos últimos anos, o modelo foi alvo de análise de especialistas na tarde da quarta-feira (30.08) durante o 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA). Realização da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), o evento prossegue até esta sexta (01.09), no Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió, em Alagoas.


Mantidos pelas associações de produtores rurais, os programas fitossanitários são desenvolvidos por meio de núcleos que reúnem lideranças e grupos técnicos para discutir os problemas locais e a adoção de medidas. "A solução dos problemas dos produtores passa por medidas coletivas, de ampla adesão e regionalizadas", acredita o engenheiro agrônomo Paulo Degrande, professor da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). "A inovação consiste no olhar do produtor sobre o que acontece nas suas fazendas", ressalta.


Uma das experiências do gênero debatidas durante o evento foi o programa fitossanitário da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). "Em dois anos, nós reduzimos o número de aplicações de inseticidas de uma média de 25 a 30 para 12 a 15, durante todo o ciclo do algodão", informa o coordenador do programa da Abapa, Antônio Carlos Araújo.


A sala temática sobre os programas fitossanitários contou ainda com uma palestra de Jacob Crosariol Netto, pesquisador do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), e a presença dos pesquisadores Wanderley  Oishi, consultor da Fundação Goiás,  Luiz Pannuti, coordenador de Planejamento Agrícola na área de Entomologia da SLC Agrícola, e Wilhelmus Beckers, diretor da Associação Paulista dos Produtores de Algodão (Appa), que atuaram como debatedores.



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Boas Práticas agrícolas em pauta no Congresso Brasileiro do Algodão

31 de Agosto de 2017

Planejar boas práticas agrícolas é pensar em bons resultados para toda a lavoura, com atitudes corretas dentro e fora da porteira. Esta afirmação foi defendida por especialistas da cadeia produtiva do algodão que participaram da sala temática, coordenada pelo diretor da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Celito Breda. O encontro aconteceu quarta-feira (30/08), no 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA), evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e ocorre no Centro de Exposições de Maceió.



O presidente do Grupo Brasileiro dos Consultores de Algodão – GBCA, Rubem Staudt, pontuou que muitos produtores investem em tecnologia, mas não dão a devida atenção às boas práticas. "O algodão é uma cultura extremamente exigente às questões ambientais, então, é necessário fazer uso de atitudes corretas antes mesmo de implantar a lavoura". Em sua apresentação, Staudt destacou correção do solo, escolha do sistema, velocidade adequada de plantio, cuidados na aplicação de defensivos e tratamento fitossanitário. Apresentando dados do Mato Grosso, o técnico em agropecuária, Sérgio Vidal abordou a atuação do estado no manejo de pragas, gerenciamento de crescimento e destruição de soqueira.



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11° CBA debate royalties

31 de Agosto de 2017

Que os royalties são necessários para garantir a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias para as lavouras, o cotonicultor não discute, mas, em algumas situações, questiona o valor e a forma de pagamento. Esse foi o tema central do painel que aconteceu na tarde de hoje (30), na programação do 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA), realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) até a próxima sexta-feira (1°) em Maceió/AL. O painel foi coordenado pelo presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e membro do Conselho de Administração da Abrapa, Alexandre Pedro Schenkel, com participação do líder do negócio Algodão da Monsanto do Brasil, Marcio Menezes Boralli, e o responsável pela área de sementes de algodão da Bayer, Warley Palota.



Durante o painel, Schenkel, apresentou dados inéditos, levantados pela Ampa e pelo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), que questionaram a eficiência das biotecnologias mais utilizadas por cotonicultores de Mato Grosso e de outros estados, como Bahia e Goiás.



Segundo Schenkel, o custo médio em unidades produtoras de Mato Grosso com uso de tecnologia convencional na safra 2016/17 é de US$ 843 por hectare. Esse total considera os gastos com manejo de pragas e de plantas daninhas.  "Quando se adotam tecnologias transgênicas, com a inclusão do pagamento de royalties por comercialização, os valores variaram de US$ 824/ha a US$ 790 por hectare", disse.


O presidente da Ampa também mostrou dados que demonstram a perda de eficiência das tecnologias transgênicas disponíveis no mercado em relação ao controle das lagartas Spodoptera frugiperda e Helicoverpa armigera,. No caso da primeira,  a taxa de sobrevivência, quando é usada a tecnologia WideStrike (WS), chega a 86%.  Em relação a H. armigera, essa é estimada em 36%, segundo pesquisadores do IMAmt.



Schenkel ainda apresentou dados mostrando o crescimento de plantas daninhas resistentes às biotecnologias disponíveis no mercado.  Abordou outros problemas enfrentados pelos produtores, como a maior pressão de pragas não alvo dessas tecnologias em decorrência da migração do cultivo do algodoeiro para a segunda safra (atualmente, mais de 80% do algodão de Mato Grosso são cultivados após a colheita da soja).



Diante disso, Schenkel questionou os representantes das empresas presentes na sala temática se há previsão de reduzir os royalties cobrados pelo uso das tecnologias transgênicas, em função da perda de sua eficiência, considerando os altos custos de produção do algodão. Apesar disso, ele enfatizou a importância do produtor pagar os royalties para garantir a continuidade da pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para a cultura.



Diálogo



O posicionamento de Alexandre Schenkel foi endossado pelo presidente da Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e vice-presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. "Nós, cotonicultores, não discutimos o pagamento dos royalties. Eles estão atrelados a tecnologias que nos trazem benefícios e têm um preço a ser pago. Porém, temos de questionar os valores, pois vemos algumas distorções", concluiu.


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Pesquisadores debatem experiências de sucesso no combate ao bicudo durante 11º CBA

31 de Agosto de 2017

Na safra 2016/2017, os produtores baianos conseguiram garantir níveis de danos provocados pelo bicudo-do-algodão próximos a zero, economizando US$ 150 por hectare em aplicação de inseticidas. A experiência do programa fitossanitário que resultou nestes números positivos foi apresentada nesta quarta (30.08) durante o 11º Congresso Brasileiro de Algodão (11º CBA). Realização da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), o evento reúne até esta sexta (01.09) 1,2 mil participantes no Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió, em Alagoas.



Um dos palestrantes da mesa temática sobre Melhoria da eficiência e redução de custos no controle do bicudo,  o presidente da  Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e vice-presidente da Abrapa Júlo Cezar Busato conta que o programa fitossanitário baiano avançou nos últimos dois anos em função da criação e funcionamento de núcleos, com a atuação direta de produtores, líderes, gerentes e consultores.



"Conseguimos reduzir de uma média de 20 a 25 aplicações de inseticida para apenas 13 aplicações na última safra e nosso objetivo é intensificar mais ainda este trabalho, reduzindo para dez", contabiliza Busato, que credita o sucesso à integração entre os produtores. "O bicudo é uma praga coletiva e que tem de ser combatida coletivamente", concorda outro participante da sala, o pesquisador Márcio de Souza, coordenador de Projetos e Difusão de Tecnologias do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt).



A sala temática sobre o controle do bicudo contou ainda com apresentações do diretor e consultor da Holambra Agrícola Assessoria e Consultoria, Guido Aguilar Sanchez; pelo engenheiro agrônomo José Lusimar Eugênio, da Associação Mineira dos Produtores de Algodão e pelos pesquisadores Edson de Andrade Junior (IMAmt) e Valdinei Sofiatti (Embrapa Algodão).

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11º CBA promove debate sobre estratégias para agregar valor ao algodão

31 de Agosto de 2017

O desafio de agregar valor ao algodão brasileiro esteve no centro dos debates nesta quarta-feira (dia 30/08), no 11º Congresso Brasileiro do Algodão, que está sendo realizado pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), até sexta-feira (dia 01/08), no Centro de Convenções de Maceió/AL. O objetivo da sala temática que reuniu técnicos, gestores e empresários foi analisar as estratégias usadas por empresas e instituições para assegurar maior valor à fibra produzida no país.



Cada palestrante tratou de uma questão referente ao tema. O gerente de Mecanização e Agroindustrial da SLC Agrícola, Luciano Bizzi, enfocou asestratégias e tecnologias usadas para agregar valor à fibra. O coordenador técnico do projeto de Qualidade de Fibra da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão, Jean Louis Belot, deu destaque ao Programa de Qualidade do Algodão do Mato Grosso. Para finalizar, o empresário Geraldo Pereira, sócio da empresa Equipe consultoria agronômica, falou sobre o trabalho desenvolvido no cerrado baiano.



Luciano Bizzi ressaltou que a meta de minimizar as perdas e agregar mais valor ao produto deve estar no foco de toda a cadeia produtiva do algodão, desde o plantio, passando pelo beneficiamento, transporte até o processo de exportação. "No campo, uma questão importante é não beneficiar da mesma forma algodão com diferentes características", enfatizou.



Para alcançar os melhores resultados, ele aposta no método que envolve segregar as diferentes plantas, rastrear, monitorar e evitar os contaminantes. "Esse trabalho é feito através de um aplicativo que acompanha o algodão desde a lavoura. É a melhor forma que encontramos para assegurar que o produto mantenha suas características ao longo de todo o processo". afirmou Bizzi.


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Problema de fibra curta pode ser evitado com cuidados no beneficiamento do algodão

31 de Agosto de 2017

Dentro da programação do 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA), que acontece até sexta-feira (dia 01/09), em Maceió/AL, foi realizada na tarde da quarta-feira a mesa temática Estratégias para diminuir o SFC (Índice de Fibra Curta) do algodão brasileiro. Durante as apresentações, os palestrantes fizeram uma avaliação das experiências que podem contribuir para a diminuição do SFC, um desafio enfrentado por toda a cadeia da cotonicultura.


A discussão teve a participação do coordenador científico do 11º CBA, Eleusio Curvelo Freire, que falou das Causas da produção de fibras curtas nas fazendas; do gerente de Processos Têxteis do grupo Coteminas, José Edilson Oliveira de Andrade, cuja abordagem enfocou o problema das fibras curtas na indústria e do presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (ANEA), Henrique Snitcovsky, que abordou o SFC do algodão brasileiro e o impacto na comercialização da fibra produzida pelo país.


De acordo com José Edilson Oliveira de Andrade, uma das principais causas da fibra curta são os excessos no processo de beneficiamento, ao bater o algodão para tirar as impurezas. "Quando se bate demais na fibra, ela quebra e perde o comprimento. Como no algodão a característica principal é o comprimento, isso resulta na diminuição do valor do produto", afirmou o especialista, destacando que, a cada etapa da cadeia produtiva, o problema pode se agravar.


Na indústria, a fibra curta acaba gerando uma perda sobre o resíduo, que compromete em média 6% do material, resultando em prejuízo para a fiação. "Uma forma de reduzir, significativamente, o problema é não colher o algodão úmido e bater menos durante o beneficiamento", afirmou o gerente de Processos Têxteis da Coteminas.


 


Serviço


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Drones são reforço na aviação agrícola contra o bicudo do algodoeiro

30 de Agosto de 2017

A batalha contra o bicudo do algodoeiro, desde o século 18, mobiliza produtores, cientistas e empresas diversas da cadeia produtiva da fibra. Só nos Estados Unidos, em cinquenta anos, mais de US$ 40 bilhões já foram investidos em defesa fitossanitária com foco na praga, em uma batalha, que, ao que parece, ainda está longe de terminar. Mas novidades surgem no cenário e tornam o controle aéreo mais efetivo e acessível, como os drones, usados na pulverização de defensivos. O tema figurou no minicurso Tecnologias de aplicação para melhorar a eficiência no controle de pragas, realizado na tarde desta terça-feira (29), no primeiro dia de programação do 11°Congresso Brasileiro do Algodão (11°CBA), com participação do pesquisador da Campear Agricultura/Biomonte Pesquisa, Rodrigo Franco Dias, de Marcelo Rodrigues Caires, da Associação Sul Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), e coordenação de Marcos Vilela, do Centro Brasileiro de Bioaeronáutica.


O 11°CBA prossegue até sexta-feira (1°/09) e reúne em torno de 1,2 mil participantes de toda a cadeia produtiva da fibra no Centro de Convenções de Maceió/AL, sob o comando da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


Segundo Marcos Vilela, o drone chega na produção com toda força. "Eu tenho 60 anos de experiência em tecnologia de aplicação e nunca vi um fenômeno tão avassalador. A posição dele na agricultura é única. Chega para preencher uma lacuna, se transformando no avião do pequeno agricultor. O que precisamos é desenvolver os equipamentos e as formas ideais de aplicação e logística para ele, acompanhando os outros princípios de tecnologia de aplicação no tratamento das pragas de algodão", afirma.


Para os especialistas, o bicudo não admite falhas. "Ele entrou aqui no Brasil em 1983, quando Já havia a tecnologia de Ultra Baixo Volume no Brasil (UBV), lançada em 1965. Durante esse período, tivemos altos e baixos na tentativa de controlar a praga", diz. Vilela explica que, naquela época, os custos com defesa "não eram tão exorbitantes". Representavam de 20% a 30% dos custos de uma lavoura de algodão. "Hoje, pelos últimos dados, 42% do custo de produção são relativos à defesa fitossanitária. É um número absurdo", pondera Vilela, afirmando que, em uma lavoura não controlada, pode-se perder de 30% a 50% de produção.


"Um casal de bicudos, dentro de um ciclo de oito semanas, pode gerar 12 milhões de indivíduos e cada um deles destrói uma maçã. Quando você vê um enxame de bicudos, está vendo um caminhão de algodão indo embora", exemplifica.


Marcos Vilela considera que,  com as tecnologias de Ultra Baixo Volume (UBV), de Baixo Volume Oleoso (BVO) mais o drone, os custos de controle e combate podem baixar. Sobre as aplicações chamadas cirúrgicas, aplicadas em áreas pontuais, ele é taxativo. "O bicudo não nos permite ser cirúrgicos. Ou limpa tudo, ou espera a pancada", sentencia.


Marcelo Rodrigues Caires, da Ampasul, em sua palestra abordou as tecnologias e a qualidade de operação, o que inclui a observação de uma série de fatores, que vão desde os climáticos, e relativos aos ventos, bem como o momento certo de aplicação, calibragem dos equipamentos, dentre outros.  "Tudo isso focado no UBV", ressalta.


Ultra Baixo Volume (UBV) é o nome que se dá para aplicações de defensivos em volumes abaixo de cinco litros por hectare, em forma pura, ou diluídos em um veículo oleoso. As técnicas de UBV para diminuir a evaporação das gotas e aplicar inseticidas concentrados foram usadas em aplicações aéreas pelos ingleses na África e na Ásia, após a Segunda Guerra Mundial, para o controle de gafanhotos e mosquitos, mas somente se tornaram operacionais em 1963 após um trabalho realizado por cientistas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e da Companhia América Cyanamid produtora do inseticida Malathion.

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