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Prováveis cortes de investimento e oferta de crédito para o próximo Plano Safra preocupam produtores de algodão Resumo

31 de Março de 2017

Orçamento restrito, devido à crise econômica, e perspectivas de cortes nos programas de subvenção ao seguro rural e de recursos para o Programa de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), como contingenciamento atrelado à necessidade de cumprimento das metas pelo governo. Essas foram algumas das sinalizações do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, em sua participação na última quarta-feira (29), da reunião ordinária de número 46 da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, na sede do Mapa, em Brasília. Por outro lado, o secretário destacou uma tendência real de redução das taxas de juros para o Próximo Plano Safra,  considerando que o Conselho Monetário Nacional aponta para uma redução progressiva de juros no país. Geller foi convidado a participar da sessão, na qual antecipou um panorama do próximo Plano Safra, previsto para ser lançado pelo Governo Federal até junho.


As notícias de "tempos difíceis" deixaram apreensivos os membros da Câmara, pois impactam, justamente, sobre alguns dos principais pleitos dos cotonicultores, representados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A Câmara congrega desde a produção agrícola até a indústria têxtil e de confecções.


Dentre as bandeiras defendidas pela Abrapa, está a elevação do Preço Mínimo do algodão dos atuais R$54,90/arroba para R$74,76/arroba. O valor de referência proposto para os leilões da Conab foi calculado de acordo com os custos atuais de produção da commodity em um estudo assinado pela Abrapa e suas associações estaduais, Cepea/USP e CNA. De acordo com o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, a elevação é uma necessidade, ainda que, no momento atual, não haja nenhuma previsão de necessidade de subvenção através do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) de milho e algodão. "Ajustar o valor, que está defasado, é uma segurança para o agricultor de algodão e milho para que, no caso de uma eventual necessidade, este não fique descasado da realidade do agricultor. Mas o que ficou claro na apresentação de Neri Geller é que não há provisionamento para este ajuste agora, sendo a prioridade do governo o seguro rural voltado ao pequeno produtor", afirmou.


A Câmara propôs, ainda, um preço mínimo diferenciado por região produtiva, para o algodão, como já acontece com o milho. "O custo de produção varia muito por estado produtor. Na Bahia, por exemplo, onde se faz uma única safra de algodão, o custo de produção é mais alto do que em Mato Grosso, que faz duas safras. Entender essa diferença e estabelecer preços mínimos diferenciados faz com que o programa seja mais justo e eficaz", explica Moura.


Em defesa dos recursos destinados à produção de algodão, os membros da Câmara argumentaram a importância social e econômica do setor produtivo, que, em sua avaliação, deve ser preservado dos cortes orçamentários. Mas o alerta do secretário de Política Agrícola do Mapa foi de que, a depender da situação econômica do país, não haverá avanço no crédito em relação ao Plano Safra 2016/2017.


Dentre as boas notícias de Neri Geller, a liberação do crédito denominado "extra teto" para grandes produtores, com juros equivalentes ao do crédito rural – uma demanda da Abrapa através Câmara Setorial –, a manutenção do programa Moderfrota, o investimento em tecnologia de informação para integrar os dados do setor, com o programa Inovagro, e o incentivo ao financiamento de armazéns, silos e secadores para soja, milho e arroz. Este último também uma bandeira da Câmara Setorial. "É uma necessidade evidente. Cada safra cheia que fazemos gera uma crise logística. Sem estradas e armazéns, os grãos se perdem em cima dos caminhões", afirma o presidente da Abrapa.


Homenagem


A reunião foi a última da Câmara Setorial do Algodão e Derivados sob o comando do cotonicultor João Carlos Jacobsen Rodrigues, que presidiu a Abrapa no biênio 2015/2016. Pioneiro no plantio de algodão no Oeste da Bahia, Jacobsen deixou o posto com uma homenagem prestada pelas sua atuação à frente da Câmara e em prol da cotonicultura nacional. No dia 30 de março, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, assinou uma Portaria nomeando Arlindo de Azevedo Moura o novo presidente da Câmara Setorial.

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NOTA DE REPÚDIO - FUNRURAL

31 de Março de 2017

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) recebe com grande insatisfação a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) acerca da constitucionalidade da contribuição social rural de empregador pessoa física, o Funrural, feita à revelia da Constituição e em desfavor do setor produtivo, que tem se mostrado, hoje mais do que nunca, o pilar que sustenta a economia da nação.







Entendemos que o resultado da votação se deu por critérios políticos e não técnicos, o que espelha o afã do Governo Federal em melhorar a arrecadação, ainda que, para isso, não se atente aos princípios de igualdade e isonomia tributária entre os contribuintes urbanos e rurais. Embora patente, o entendimento do STF acaba por legalizar o vício jurídico quanto à criação do tributo por Lei Ordinária, quando, de fato, deveria ter sido por Lei Complementar.


Os produtores brasileiros não se eximem de suas obrigações tributárias, mas defendem que toda exigência deva atentar aos preceitos legais, sobretudo, de justa e isonômica, o que não ocorre quando a cobrança do Funrural é feita sobre a receita bruta do agricultor e não sobre a folha de pagamentos. O ônus dessa decisão se soma aos muitos desafios que o setor enfrenta diariamente, com a logística deficitária, a insegurança jurídica, o anacronismo da legislação trabalhista, a morosidade das instituições públicas, dentre outros. Não nos tornaremos vítimas passivas das circunstâncias. Estamos atentos e proativos para a reparação desta grande injustiça.


Brasília, 31 de março, de 2017


Arlindo de Azevedo Moura
Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão ­ Abrapa






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Amipa apresenta sua nova sede em Uberlândia

30 de Março de 2017

Uma estrutura de primeiro mundo. Esse é o melhor conceito para definir o novo prédio que abriga a sede da Associação Mineira dos Produtores de Algodão – Amipa, em Uberlândia, Minas Gerais. A obra custou cerca de R$ 9 milhões, tem mais de 2.500 m² de área construída em um terreno de 6.000 m², localizado na rua Francisco Cândido Xavier, 50, no bairro Alto Umuarama II, zona Leste da cidade. A construção abriga centro administrativo, auditórios, museu e dois laboratórios de analise e pesquisa – Minas Cotton e Biofábrica -, entre outras instalações, e foi projetada e erguida seguindo um conjunto de medidas que visam a sustentabilidade da edificação, tais como, ventilação cruzada, reuso de água e eficiência energética, por meio de células fotovoltaicas.


Ocupada desde o ano passado – antes a filial funcionava na cidade em imóvel alugado -, a nova sede da Amipa em Uberlândia será inaugurada oficialmente no próximo dia 30 de março, em evento programado para as 20 horas e que terá a presença de autoridades, associados, entre outros convidados.


A modernidade e características sustentáveis do novo prédio renderam à Amipa e ao arquiteto autor do projeto arquitetônico, Luiz Márcio, da Destra Arquitetura, o 1º lugar na categoria Projeto Comercial e Predial, na 10ª edição do Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa promovido pela Flex Eventos, em São Paulo, em outubro de 2013, quando a obra estava ainda em construção. O prêmio é o mais importante na área da arquitetura para edifícios corporativos da América Latina.


A construção de uma sede própria para abrigar a filial da Amipa em Uberlândia era um desejo antigo da diretoria da associação. Os primeiros passos para essa conquista começaram ainda em meados de 2012, quando a então diretoria representada pelos senhores Ângelo Dias Munari, presidente, Inácio Carlos Urban vice-presidente e Lício Augusto Pena de Sairre, diretor executivo, conseguiram junto ao prefeito da época, Odelmo Leão, a doação da área de 6.000 m² na zona leste da cidade, onde em janeiro de 2016 foi concluída a obra. Naquele mesmo mês, no mandato de Munari, a Amipa se transferiu para o novo prédio onde iniciaram as atividades de ambos os laboratórios na nova edificação, gerando pesquisas, desenvolvimento e empregos. Agora no fim de março, ocorre a inauguração oficial da nova sede. Cabe destacar que a realização da obra contou com o apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).


A nova filial da Amipa em Uberlândia possui 2.507 m² de construção, erguida em dois pavimentos, e abriga o centro administrativo, auditórios com capacidade para 90 lugares, duas filiais tecnológicas (um laboratório de análise de fibras de algodão e outro de controle biológico de pragas), museu, área de descompressão, salas de reuniões, ambientes administrativos entre outras dependências. Essa estrutura é servida por um estacionamento para mais de 70 veículos. No local, trabalham diariamente cerca de 25 funcionários, incluindo 21 apenas na Biofábrica. Em período de safra, o número sobe em cerca de 40 trabalhadores, principalmente por conta do aumento das atividades no laboratório Minas Cotton, que é considerado um dos mais modernos e precisos do mundo em análise de fibras do algodão.


Nova sede da Amipa tem estrutura futurística


Assinado pelo arquiteto Luiz Márcio Carvalho, o projeto da nova sede da Associação Mineira dos Produtores de Algodão - Amipa recebeu pelo maior número de votos em sua categoria o primeiro lugar no Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa, realizado pela Flex Eventos em São Paulo. Uma conquista resultante da união entre a associação e o autor do projeto.


Com 2.507 metros quadrados, a nova sede foi concebida para abrigar o também premiado laboratório Minas Cotton da associação, que classifica a fibra do algodão e certifica os produtores para comercialização no mercado nacional e internacional. Com espaços interativos, como o museu do algodão, e oficina de treinamentos para trabalhadores da cotonicultura os espaços se complementam para a valorização dos associados produtores do estado mineiro.


O local da construção fica em um importante eixo comercial da Zona Leste de Uberlândia, com acessos facilitados – incluindo as BRs 050 e 365 - e proximidade ao aeroporto da cidade proporcionando comodidade a todos que fazem uso das instalações. A nova sede conta ainda com o museu do algodão, um espaço para interação com a sociedade, aberto para que estudantes e a população possam conhecer a história do algodão e seus processos de produção.


O produto símbolo da associação, o algodão, é traduzido na fachada da construção por cores e formas que criam a identidade visual da edificação. O prédio apresenta ainda sustentabilidade prática com reuso de águas pluviais, otimização de iluminação natural e ventilação cruzada proporcionando em todos os ambientes uma atmosfera agradável de conforto climático e uso racional de energia, com apoio de células fotovoltaicas (em fase de instalação).

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CCAB Agro amplia participação no 11° Congresso Brasileiro do Algodão

24 de Março de 2017

No ano em que comemora uma década de existência e a consolidação de uma aliança internacional estratégica com o grupo francês InVivo, o Consórcio Cooperativo Agropecuário Brasileiro  (CCAB Agro) não apenas confirmou, como potencializou, a sua participação no Congresso Brasileiro do Algodão – 11° CBA, promovido a cada dois anos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), e que, em 2017, será realizado em Maceió (AL), entre os dias 29 de agosto e 1° de setembro. Veterana no evento, a CCAB decidiu por um upgrade na sua participação no CBA, com um estande maior e em localização diferenciada. A expectativa do Consórcio para o Congresso é, além de destacar a fase atual da empresa, lançar novos produtos para a cotonicultura, que estão em etapa final de registro.


A CCAB Agro é uma empresa brasileira formada por agricultores, em modelo de gestão empresarial, que oferece tecnologia em produtos fitossanitários genéricos e biológicos. Atualmente, seu portfolio conta com mais de 100 produtos para diversas culturas agrícolas, dentre as quais, o algodão. Desse total, 15 estão registrados em seu nome e outros 90 em diversas fases do processo de registros. Segundo o CEO, Jones Yasuda, o Consórcio é a maior empresa de registro de genéricos do país, já era a maior aliança de cooperativas da América Latina, e acaba de receber um reforço que o torna parte de uma plataforma global de cooperativas, com a entrada do Grupo InVivo, selada em dezembro do ano passado.


“Esta associação amplia nosso raio de ação e certamente será muito importante para o agronegócio brasileiro. Nossa expectativa para o futuro é muito boa. No CBA, vamos ter oportunidade de detalhar essa aliança e, muito provavelmente, de apresentar novos produtos para a cotonicultura. Trata-se do maior evento do setor algodoeiro e fizemos questão de, mais uma vez, marcar presença. Só que desta, dando ainda mais visibilidade à nossa participação”, afirmou Yasuda.


Para o presidente da Abrapa e do CBA, Arlindo de Azevedo Moura, o redimensionamento da participação da CCAB é um termômetro muito importante do ânimo do produtor e da confiança do mercado na agricultura. “O CCAB é muito especial por ser ao mesmo tempo uma empresa de agricultores e um fornecedor. Essa dupla aptidão permite uma visão de longo espectro do setor. Fazemos questão de comemorar no CBA esse dez anos de sua existência, marcada pela constante busca da sustentabilidade na agricultura”,  disse o presidente.


Para saber mais sobre o 11° Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), programação, inscrições, submissão de trabalhos, etc., acesse: www.congressodoalgodao.com.br

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Crise no setor de carnes foi pauta da reunião-almoço na FPA

23 de Março de 2017

As consequências da Operação Carne Fraca foram a tônica das discussões na reunião-almoço da terça-feira (22/03), na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), evento que conta sempre com a participação da Abrapa. Os erros, tanto na forma de comunicar os resultados da ação, quanto no próprio conteúdo revelado pela Polícia Federal, causaram pânico generalizado na nação, desde a última sexta-feira (17/03), e trazem desdobramentos graves para a economia brasileira. Por isso mesmo, segundo os parlamentares – com o apoio de diversos setores do agro – além da pecuária, demandam medidas de redução de danos.


O presidente da FPA, o deputado Nilson Leitão, propôs a realização de uma audiência pública para discutir o modelo brasileiro de controle sanitário. “Embora a nossa inspeção tenha o reconhecimento interno e externo, pode haver espaço para o seu aperfeiçoamento. É isso que nós queremos debater de maneira democrática e transparente com a cadeia produtiva e os interessados nesse tema”, afirmou.


Os parlamentares pretendem, dentre outras ações, organizar uma missão de deputados às 21 indústrias acusadas, cobrar medidas enérgicas com relação à forma equivocada com que a PF divulgou o assunto, e responsabilizar os culpados. Os prejuízos causados pela divulgação irresponsável das informações da operação Carne Fraca ainda não podem ser quantificados, mas representarão um grande retrocesso em todas as conquistas que o país levou anos para alcançar no mercado internacional.


Os impactos da crise da carne não se restringem ao setor de bovinos, aves e suínos, e devem atingir em cheio também os produtores de grãos, dentre os quais os de algodão, fornecedores de caroço para a indústria de alimentação animal. Lembrando, ainda que, pelo modelo de matriz produtiva diversificada que caracteriza o produtor do cerrado, responsável pela quase totalidade do algodão produzido hoje no Brasil, o cotonicultor, geralmente, é também produtor de outros insumos para a pecuária, como soja e milho.


Na reunião, outros temas foram abordados, como as questões da Reforma da Previdência, da Legislação Trabalhista, da Terceirização e da venda de terras para estrangeiros.

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Cotonicultores apresentam demandas para o Plano Safra 2017/2018

17 de Março de 2017

Em reunião na Comissão Nacional de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) apresentou as propostas do setor algodoeiro para o Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 – o Plano Safra –, previsto para ser lançado pelo Governo Federal até junho. Dentre os pleitos, a elevação do Preço Mínimo do algodão pela Conab, dos atuais R$54,90/arroba para R$74,76/arroba. O valor foi calculado de acordo com os custos atuais de produção commodity em um estudo assinado pela Abrapa, Cepea/USP e CNA. Outra demanda, dentre os cinco tópicos levantados pela entidade, com base nas informações colhidas junto às suas dez associações estaduais, foi a liberação do crédito denominado "extra teto" para grandes produtores, com juros equivalentes ao do crédito rural.



Instrumento direcionador das políticas públicas, o Plano Safra diz respeito, principalmente, às linhas de crédito disponíveis para a agricultura e é lançado anualmente. A Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA ouviu diversos setores do agro em seis workshops realizados em todas as cinco regiões do Brasil, além do Matopiba. As demandas levantadas serão consolidadas em um documento, que será entregue ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi. No próximo dia 29 de março, o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, deverá participar de uma reunião na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Mapa, que é presidida pela Abrapa. Ele foi convidado pela Câmara Setorial a apresentar aos membros o arcabouço do Plano Safra 2017/2018.


Os demais pontos elencados pela Associação foram o provisionamento de recursos orçamentários para pagamento de Prêmio Equalizador Pago (Pepro) de milho e algodão, caso haja necessidade da subvenção, o incentivo ao financiamento de armazéns, silos e secadores para soja, milho e arroz com juros de 6,5% ao ano, e a inserção, nas condicionantes para a contratação de financiamento de custeio de soja, algodão e milho, da obrigatoriedade, por parte dos produtores, da comprovação da segregação de uma área de  "refúgio" nas lavouras de OGMs. Os refúgios são lavouras de cultivadas com sementes convencionais, próximas às transgênicas, que, segundo preconizam os desenvolvedores dessas tecnologias, são fundamentais para o manejo fitossanitário, contribuindo para evitar a resistência de pragas das lavouras.



Instrumento fundamental



Para o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, embora os cotonicultores recorram majoritariamente aos recursos disponibilizados para o custeio das lavouras pelas tradings e fornecedores de insumos, o Plano Safra é um importante instrumento, sobretudo para definir as linhas de financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas, e é necessário que ele se adeque à realidade do produtor. "É o caso, por exemplo, do pleito da linha 'extra teto' para grandes produtores com juro de crédito rural, que havia sido retirada do Plano Safra passado e retornou, com a entrada do ministro Blairo Maggi. O reforço da Abrapa no pleito desse item advém da preocupação da entidade com a consolidação do tópico em 2017/2018", afirma.



 Segundo o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, os recursos do Plano Safra são essenciais para a sustentabilidade da economia brasileira. "Eles ajudam não só a tornar o país mais competitivo na produção da fibra, como favorecem a geração de emprego e renda e a economia, como um todo, uma vez que o agro presenta em torno de 25% do PIB nacional e a cotonicultura tem grande relevância nesse contexto. Esperamos que todas essas demandas sejam absorvidas", conclui o presidente.


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Abrapa e MackGraphe dão mais um passo rumo à parceria para estudo da aplicabilidade do grafeno na cotonicultura

14 de Março de 2017

Após a segunda visita do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo de Azevedo Moura, e do diretor executivo da entidade, Marcio Portocarrero, às instalações do Centro de Pesquisa Avançada em Grafeno (MackGraphe) da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ocorrida na segunda-feira (13/03) em São Paulo, uma nova etapa foi cumprida na aproximação entre produtores e cientistas para analisar as possíveis aplicações do grafeno na cotonicultura. No dia 11 de abril, pesquisadores do MacGraphe viajam para Brasília para conhecer o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) e uma fazenda produtora da fibra, pertencente à empresa SLC Agrícola, em Luziânia (GO).


O objetivo da visita é apresentar ao grupo da Mackenzie o modo produção e a tecnologia envolvida nos processos de cultivo e beneficiamento do algodão, para estudar a possibilidade de agregar a eles o grafeno, o mais forte e impermeável material do planeta, derivado do grafite. De acordo com Arlindo Moura, o elemento poderá ser incorporado tanto a máquinas e implementos agrícolas nas fazendas, quanto – em outra etapa da cadeia produtiva – à composição dos tecidos de algodão, conferindo a estes uma infinidade de atributos tecnológicos.


“O grafeno, considerado o ‘novo silício’, já é uma realidade muito próxima nas tecnologias de comunicação, como chips, fibras óticas, etc. Na indústria têxtil, promete ser revolucionário na concepção de tecidos inteligentes, capazes de monitorar a temperatura do corpo humano, a pressão arterial, o nível de colesterol de quem está usando, etc. Temos um mundo a desbravar”, afirma Moura, lembrando que a cotonicultura é uma das atividades agrícolas que mais incorporam tecnologia. “Os parâmetros atuais de produção de algodão no Brasil são uma prova disso. Não seríamos o quinto maior produtor mundial se não fosse a pesquisa da Embrapa e de diversas instituições públicas e privadas, sobretudo universidades, que trabalharam na pesquisa e desenvolvimento de variedades adaptadas às condições de cerrado transformando uma região desacreditada em um dos maiores polos de produção de algodão do mundo”, disse.

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GT de Tecnologia da Abrapa recebe a Monsanto

13 de Março de 2017

No dia 07 de março, a Abrapa recebeu em sua sede, em Brasília, representantes da empresa Monsanto que se reuniram com o Grupo de Trabalho de Tecnologia (GT de Tecnologia) para compartilhar informações técnicas dos produtos e tecnologias da multinacional para a cotonicultura. A reunião contou com a presença do presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura e dos membros do GT, Almir Montecelli, Álvaro Salles, Aurélio Pavinato e Luiz Carlos Bergamaschi. Na comitiva da Monsanto, Eduardo Navarro, líder do negócio de algodão, Ramiro Ovejero, líder técnico de manejo de resistência de plantas daninhas, Silvina Rojas, líder técnica de algodão, e Luciano Fonseca, gerente de regulamentação, que falaram, dentre outros assuntos, sobre os benefícios do herbicida dicamba.


Com o plano da Monsanto de lançar variedades tolerantes a este herbicida no Brasil (uma delas aprovada na reunião da CTNBio de 9 de março), o dicamba fará parte de um pacote de soluções para a cultura, tornando, segundo a empresa, o manejo de ervas daninhas mais eficiente para o cotonicultor.


Na reunião, a líder técnica de algodão da Monsanto, Silvina Rojas, apresentou a estratégia da empresa. Ela também tratou sobre a estrutura de desenvolvimento de novas variedades de algodão no Brasil, responsável por testar e avaliar todas as fontes genéticas disponíveis ao redor do mundo, que contenham as tecnologias Monsanto, para que possam ser identificadas e desenvolvidas para atender às demandas do mercado brasileiro.


Fórum adequado


Segundo Eduardo Navarro, líder do negócio de algodão da Monsanto, o GT de Tecnologia da Abrapa é o fórum adequado para discussões técnicas entre indústria e produtores, com foco em ações e ferramentas que irão fazer a diferença para toda a cadeia produtiva do algodão. "Esse diálogo próximo e frequente com os produtores nos possibilita ser mais assertivos no atendimento das demandas técnicas e na disponibilização de pacotes de soluções para a produção de algodão", disse.


O presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, destacou que a função do grupo é conhecer o que a cadeia está produzindo e verificar se é de interesse do produtor. "A intenção da entidade é estar ainda mais próxima às empresas desenvolvedoras de tecnologias, para garantir que os produtos ofertados por elas supram as necessidades do cotonicultor, da melhor maneira possível", afirmou.


Outros temas importantes ligados aos materiais genéticos foram abordados na reunião, como a necessidade de respeitar as áreas de "refúgio", preconizadas pelos desenvolvedores, e as questões relativas à prática de "salvar a semente".


Os GTs


Os Grupos de Trabalho da Abrapa aprofundam a discussão sobre os temas prioritários da cotonicultura e propõem soluções para os gargalos da atividade. Eles estão divididos em seis áreas focais: Comercialização e Rentabilidade; Marketing, Tecnologia; Sustentabilidade; Relações Institucionais e Qualidade. Esses GTs são compostos de representantes das associações estaduais e profissionais técnicos com capacitação para desenvolver as ações pertinentes.

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CTNBio aprovou duas das três tecnologias OGM para o algodão esperadas para 2017

10 de Março de 2017

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou na manhã da quinta-feira (09/03), duas novas tecnologias transgênicas para o algodão. A da Bayer, resistente a insetos e tolerante aos herbicidas glifosato e glufosinato de amônio, e a da Monsanto, tolerante aos herbicidas dicamba e glufosinato de amônio. Das três novas tecnologias que aguardavam na fila de aprovação da CTNBio, resta apenas a da Dow AgroSciences (resistente a lagartas e tolerante ao glufosinato de amônio). Após superada a etapa de aprovação na CTNBio, o produtor ainda deve aguardar em torno de três anos até que o material chegue ao mercado.

Segundo explica o consultor técnico da Abrapa, Edivandro Seron, que acompanhou a reunião, as tecnologias ainda precisam aguardar a manifestação do Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, antes de serem submetidas pelas empresas obtentoras ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que verifica as características das cultivares e os seus benefícios agronômicos, seguindo a legislação aplicada para o Registro Nacional de Cultivares-RNC.
“A CTNBio atesta a biossegurança das tecnologias em relação ao meio ambiente, ao homem, aos animais e demais espécies vegetais presentes no sistema de cultivo”, explica. “Mas até chegarem à CTNBio, cada tecnologia já passou em média por dez anos de pesquisas e testes, com investimentos médios em torno de US$150 milhões”, diz o consultor. “Na etapa de campo, para o desenvolvimento das variedades que carregam a tecnologia, os obtentores despendem outros dois anos, até completarem o dossiê, que é submetido à CTNBio”, relata.

Celeridade necessária

Para o presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, o resultado da reunião de hoje é de grande importância para a cotonicultura nacional. “A entrada de novos materiais genéticos quebra o ciclo de resistência de pragas e plantas daninhas da lavoura, ocasionado pelos longos períodos de exposição aos produtos disponíveis no mercado. A última aprovação para o algodão na CTNBio foi em 2016, após uma lacuna de quatro anos”, lembrou o presidente.

Moura afirmou ainda que é indiscutível que se atente para a segurança de novas tecnologias genéticas e de químicos, mas que a celeridade nos processos é uma demanda atual no agronegócio brasileiro. “A legislação preconiza que, ao chegar à CTNBio, haja um prazo de 90 dias para a emissão de um parecer mas, na prática, o tempo médio tem sido de 18 a 24 meses”, conclui.

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Abrapa apresenta modelo de governança em missão na Colômbia

10 de Março de 2017

Como parte de um acordo de cooperação para o fortalecimento da cotonicultura nos países do Mercosul, Haiti e África subsaariana, a Abrapa participou esta semana de uma missão na Colômbia para apresentar ao governo daquele país o seu modelo de governança associativa, os programas que desenvolve em Qualidade, Sustentabilidade e Rastreabilidade, além de um panorama da cotonicultura brasileira. O foco da missão, que prossegue até o dia 16 de março, é a cotonicultura colombiana, que já foi expressiva, quando chegou a ter mais de 400 mil hectares de área plantada, mas hoje está restrita a, aproximadamente, 18 mil hectares, cultivados por agricultores familiares, em duas áreas específicas, o chamado “Caribe úmido”, região de Córdoba, e o “Interior”, em Tolima.


O Acordo foi firmado em 2012 e envolveu, além dos demais países signatários do bloco, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil /Agência de Brasileira de Cooperação (MRE/ABC), o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e o Escritório da FAO para a América Latina e Caribe.

De acordo com o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, o compartilhamento dos recursos técnicos e a troca de experiências nesse intercâmbio podem dar novo ânimo à cotonicultura colombiana, que guarda algumas semelhanças com a brasileira, especialmente quanto às variedades plantadas, herbáceas, anuais e com forte penetração das tecnologias transgênicas.

“Contudo, o modelo de negócio dos colombianos é bem diverso do nosso, e muito menos tecnificado. Será, sem dúvida, um grande desafio, que depende ainda do aceite do governo colombiano às propostas que surgirão desses encontros”, explicou.

Mão dupla

Quanto à possibilidade de fortalecimento da concorrência e os eventuais riscos de perda de mercado, Portocarrero afirma que estas não são preocupações da Abrapa. Segundo ele, nesse caso, as realidades entre Brasil e Colômbia, no que tange ao algodão são desproporcionais. “Por outro lado, os acordos de cooperação são sempre vias de mão dupla. Fazer parte de uma iniciativa dessas, além de ajudar a gerar desenvolvimento, emprego e renda, o que beneficia não apenas o país alvo, mas todo o bloco do Mercosul, é muito salutar para as relações exteriores do país, e, consequentemente, para o setor”, concluiu o diretor.

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