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Indústria têxtil tailandesa quer algodão brasileiro para crescer mais

​Em missão comercial pela Tailândia, produtores brasileiros de algodão identificam oportunidades para apoiar a retomada da produção têxtil no país

14 de Junho de 2022

Ensaiando uma retomada, no segundo semestre, após se recuperar dos impactos da pandemia de Covid-19 nos anos anteriores, a indústria têxtil da Tailândia tem focado no algodão como principal insumo. E o Brasil figura como um importante player para fornecer um produto de qualidade, rastreável e cultivado de forma responsável.

Essa foi a mensagem central recebida pelo grupo de cotonicultores e exportadores brasileiros durante passagem pelo país, no início de junho. A programação pela Tailândia integra a missão comercial da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), realizada em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Nacional de Exportações de Algodão (Anea) e que incluiu visitas técnicas a indústrias, reuniões com empresários e um evento setorial.

Chamado de "Missão Vendedores", o intercâmbio começou com uma visita à Thai Rung Textile, maior compradora do algodão brasileiro na Tailândia. Foi a oportunidade para os produtores conhecerem mais sobre o processo fabril da empresa, identificando oportunidades para aperfeiçoar o algodão exportado para os tailandeses.2614

"Essa busca por melhoria contínua está no sangue da cotonicultura brasileira. A partir da década de 1990, ocorreu uma união maior entre produtores rurais e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), além de outras instituições de pesquisa. O resultado foi um algodão com qualidade superior que hoje abastece boa parte do mundo", lembrou o presidente da Abrapa, Júlio Busato.

Atualmente, além de ser o quarto maior produtor mundial de pluma, o Brasil é o segundo maior exportador no globo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. "Tecnologia associada a um clima com chuvas regulares e em bom volume nos permite produzir o dobro de pluma na mesma área em comparação com os Estados Unidos, por exemplo", informa Busato.

A evolução do algodão brasileiro também foi percebida pelo mercado tailandês. Ente os países considerados prioritários pela Abrapa, a Tailândia é oitavo maior importador mundial de algodão, com 130 mil toneladas na safra 2020/21. Desse total, o Brasil respondeu por 16% com o embarque de 21 mil toneladas de pluma.

Para ampliar o market share brasileiro no mercado tailandês, o caminho das pedras foi dado durante a Missão Vendedores. "Basta continuar investindo na melhoria do índice de fibras curtas nas próximas safras e comunicar mais sobre a qualidade do algodão brasileiro", sugeriu Vitoon Sirikietsoong, um dos industriais que participou do Cotton Brazil Outlook, evento realizado na sexta (10/6), em Bangcoc.

Durante o evento, ficou perceptível para os brasileiros que a indústria têxtil tailandesa vive agora um período de busca por mais eficiência, recuperando-se dos impactos pós-pandemia. O algodão tende a ser favorecido, pois o consumidor sinaliza preferir tecidos com essa fibra natural.

Um dos destaques durante o Cotton Brazil Outlook foi a revelação de que, a partir da próxima safra, o algodão brasileiro terá a certificação oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). "Dados de origem da amostra e indicadores de qualidade serão certificados pelo governo brasileiro, assim como ocorre nos Estados Unidos", antecipou o presidente da Abrapa.

Chamou atenção dos participantes o fato de que o algodão brasileiro é o primeiro a ter rastreabilidade de ponta a ponta, opção ainda não existente para os produtos cultivados nos Estados Unidos e Austrália.

A missão comercial da Abrapa, APEX-Brasil e Anea na Ásia integra o programa Cotton Brazil, desenvolvido em parceria entre as três organizações. O objetivo é promover o algodão brasileiro no mercado internacional e desenvolver mercados principalmente na Ásia – região que concentra 99% das exportações brasileiras.

"Atualmente, respondemos por 23% do mercado no ciclo 2020/21 e temos potencial firme de crescimento nos próximos anos. Em nossas missões comerciais verificamos o quanto os países estão abertos a isso", observou Busato.

A Missão Vendedores segue até amanhã (15) passando por Bangladesh, tendo começado pela Indonésia. Os três países, juntos, representam 21% do total embarcado para a Ásia na safra 2020/21, cerca de 498,5 mil toneladas da fibra. Já no ciclo atual (de agosto/21 a abril/22), respondem por 21% e por um volume embarcado de 313 mil toneladas de algodão brasileiro.

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Confiança no algodão brasileiro marca comércio com a Indonésia

​Industriais indonésios visitados pela Abrapa mostram preferência pela fibra brasileira e estão abertos a ampliar negócio com os brasileiros

13 de Junho de 2022

A Missão Vendedores, organizada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), fechou a etapa na Indonésia com saldo positivo. Satisfeitos com produto e preço, os industriais indonésios projetam ampliar as relações comerciais com os brasileiros.

Para isso, basta que os cotonicultores sigam investindo na melhoria dos indicadores de qualidade e na rastreabilidade do produto. "Ao longo dos anos, o algodão brasileiro melhorou muito, atingindo qualidade próxima ou até melhor que a dos Estados Unidos", atestou o CEO da Indorama Technology, Anupan Agrawal.

A empresa é uma fiação de algodão, poliéster e mistos, que utiliza algodão brasileiro, há dez anos. Indorama foi visitada pela comitiva brasileira de produtores e exportadores entre os dias 6 e 8 de junho para a troca de experiências que pauta a inciativa da Abrapa. A companhia está expandindo a indústria na Indonésia e abrindo fábrica na Turquia para trabalhar apenas com fiação de algodão.

Outro ponto positivo citado por Agrawal é o fato de que a fibra brasileira é livre de contaminação. "Além disso, os dados de HVI informados pelo Brasil são confiáveis. Há cerca de três anos, recebo a lista e já envio diretamente para a fábrica fazer o blend, sem reteste. É um relacionamento de confiança que vem sendo construído entre as partes".

Essa confiança ajuda a explicar os bons números do comércio de algodão entre Brasil e Indonésia. Em 2021, o País exportou 207 mil toneladas de algodão para a Indonésia, que é o sexto maior mercado da pluma brasileira e o país com o segundo melhor market share da pluma brasileira (41%). Neste ano comercial (de agosto de 2021 a abril de 2022), já foram embarcadas para as indústrias indonésias 133,2 mil toneladas da fibra nacional.

Sexto maior importador de algodão no mundo (foram 501 mil toneladas na safra 2020/21), a Indonésia não tem previsão de ver sua produção própria se ampliar. "Em janeiro de 2023, nosso consumo de algodão está projetado em 60 mil toneladas", antecipa Anupan Agrawal.

A Asian Cotton Industry foi outra indústria visitada pela comitiva da Abrapa. A fábrica trabalha preferencialmente com 100% de algodão brasileiro em sua fiação - desde o início das atividades – importando de outros países somente quando não há disponibilidade de embarques. Mais de 80% da produção é destinada ao mercado japonês. "Notamos a melhoria contínua nos índices de qualidade e somos fãs do algodão brasileiro", afirmou Tomy Tjandradinata, um dos proprietários da indústria.

A outra visita feita pelos brasileiros foi à Kewalrama, que produz fios para persianas, cortinas e produtos de uso industrial, e está na Indonésia com duas unidades.

A agenda foi finalizada com reunião na Embaixada do Brasil em Jacarta, com o ministro conselheiro Daniel Ferreira e o adido agrícola Bruno Breitenbach. "A participação das embaixadas na divulgação do algodão brasileiro tem sido surpreendente. É importante mostrar que os cotonicultores operam em sua maioria em estruturas familiares, mas profissionalizadas e altamente tecnificadas", ponderou o presidente da Abrapa, Júlio Busato.

A missão comercial da Abrapa e Anea na Ásia integra o programa Cotton Brazil, desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O objetivo é promover o algodão brasileiro no mercado internacional e desenvolver mercados principalmente na Ásia – região que concentra 99% das exportações brasileiras.

"Atualmente, somos o segundo maior exportador mundial de algodão, respondendo por 23% do mercado no ciclo 2020/2021. Mas temos potencial firme de crescimento nos próximos anos e nessas missões comerciais verificamos o quanto os países estão abertos a isso", observou o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte. Ele informa que um dos objetivos da iniciativa é a troca de informações técnicas para que os produtores possam identificar as necessidades dos clientes e que tipo de investimentos ou ajustes são necessários para a ampliação do comércio externo.

A Missão Vendedores passa também pela Tailândia e por Bangladesh. Os três países, juntos, representam 21% do total embarcado para a Ásia na safra 2020/2021, cerca de 498,5 mil toneladas da fibra. Já no ciclo atual (de agosto/2021 a abril/2022), respondem por 21% e por um volume embarcado de 313 mil toneladas de algodão brasileiro. O intercâmbio está em curso e continua até o dia 15 de junho.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #23/2022

10 de Junho de 2022

- Destaque da Semana – Os fundamentos falaram mais alto que a macroeconomia esta semana, com as cotações de algodão indo no sentido inverso à queda no mercado financeiro.


-Algodão em NY – O contrato Jul/22 fechou ontem a 146,51 U$c/lp (+5,32%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22 era cotado a 124,93 U$c/lp (+4,02%) e o Dez/23 a 96,43 U$c/lp (+1,99%) para a safra 2022/23.


- Preços - Ontem, o algodão brasileiro estava cotado a 160,75 U$c/lp (+225 pts) para embarque em Jun-Jul/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22: 140,50 U$c/lp (+25 pts).


- Altistas 1 - Commodities subiram esta semana com novas imagens de satélite mostrando a Rússia bloqueando exportações de grãos da Ucrânia.


- Altistas 2 - Imagens de satélite já haviam mostrado indícios de roubo e desvio de cargas de grãos Ucranianos para portos controlados pelos Russos.


- Altistas 3 - Com compras significativas da China e do Vietnã, as vendas líquidas semanais de algodão dos EUA totalizaram 363 mil de fardos, altas para esta época do ano.


- Altistas 4 - Apesar das chuvas recentes no oeste do Texas, a previsão é de que o clima ficará muito quente novamente a partir deste final de semana.


- Baixistas 1 – Os mercados financeiros globais caíram nesta semana com expectativa de deterioração dos números de inflação nos EUA, que serão divulgados nesta sexta.


- Baixistas 2 – As medidas restritivas chinesas parecem não ter fim. Xangai fechará oito distritos neste fim de semana para teste em massa de Covid-19, impactando 15,3 milhões de habitantes.


- Baixistas 3 – O Banco Mundial informou nesta semana que "a guerra na Ucrânia, os lockdowns na China, os gargalos logísticos e o risco de estagflação estão freando o crescimento".


- Safra 2022/23 - Os EUA já estão com 84% da área plantada. Este número é bem acima dos 70% da safra passada e dos 75% da média dos últimos cinco anos.


- Cotton Brazil 1 - Após a primeira etapa na Indonésia, a comitiva da Abrapa e da Anea (exportadores) prossegue com a Missão Vendedores agora na Tailândia.


- Cotton Brazil 2 - Além de visitas a fiações e reuniões de negócios com indústrias têxteis locais, a Abrapa promoveu um evento em Bangcoc mostrando ao mercado tailandês os principais avanços de qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade do algodão brasileiro.


- Bangladesh - No domingo, a delegação segue para Bangladesh, 2º maior importador global de algodão e um dos mercados em maior crescimento do mundo, mas ainda com pouca participação do algodão Brasileiro.


- Austrália - Fortes chuvas afetam a produção de algodão em um importante estado australiano (Nova Gales do Sul). Relatos indicam que em algumas áreas a colheita chega a acumular atraso de dois meses.


- Índia - No maior produtor do mundo, o início das chuvas de monções atrasou e está abaixo do esperado. Meteorologistas preveem melhoras nas chuvas a partir da semana que vem.


- Agenda - Hoje, 10, o USDA divulgará seu relatório de oferta e demanda de Junho.


- Safra 2022 1 - Em seu 9° levantamento de safra, a Conab estima produção de 2,81 milhões tons de algodão no ciclo 2021/22 – uma alta de 19,3% em relação a 2020/21. A projeção de acréscimo de 16,8% na área, chegando a 1,6 milhão de hectares.


- Safra 2022 2 - Mesmo com revisão negativa na produtividade (-4,25%), o Imea elevou a estimativa de produção de pluma em MT para 2,023 milhões tons (+0,28% sobre maio). Motivo: revisão positiva na área plantada (+5,23% ante maio e +22,2% sobre safra passada).


- Colheita 2021/22 - Até ontem (09/06): BA (5%); GO (3,7%); MS: (3,6%); MG (4,5%) PR (90%); SP (53%). Total Brasil: 2,6% colhido. Em MT, os primeiros talhões foram colhidos para regulagem das máquinas. MA e PI iniciam a colheita na próxima semana.


- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


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Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Anuário Brasileiro do Algodão mostra evolução da cadeia produtiva

A Abrapa é citada em várias matérias ao longo da publicação

08 de Junho de 2022

Os avanços da cotonicultura brasileira, liderados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), junto às estaduais e aos produtores podem ser conferidos na edição 2022 do Anuário Brasileiro do Algodão. A publicação é uma iniciativa da Editora Gazeta e está disponível online.  São informações sobre produção, mercado, melhorias tecnológicas e sustentáveis, e que movimentam toda a cadeia algodoeira.

Entre os destaques, o anuário traz matéria sobre a rastreabilidade e o acompanhamento completo, desde o plantio do algodão certificado ABR (Algodão Brasileiro Responsável), até o produto na loja. Isso é possível graças ao blockchain, tecnologia que torna a informação acessível e auditável, em todas as etapas do processo. O projeto-piloto do programa SouABR se realiza em parceria com a Renner e a Reserva, numa iniciativa da Abrapa.

As perspectivas para a safra 2021/2022 também foram abordadas na publicação, que utilizou dados divulgados pela Abrapa, e que apontavam crescimento de 19,6%, o que atingiria um volume de 2,82 milhões de toneladas de pluma. Sobre o mercado, a previsão dos EUA para um consumo de algodão maior do que a produção, mas com possível redução no ciclo 2022/2023 por questões econômicas, igualmente mereceu destaque.

A produção sustentável, em que mais de 80% dos produtores de algodão têm certificação ABR, foi citada na publicação. A certificação atesta as boas práticas nas fazendas, considerando os pilares social, ambiental e econômico. As missões à Ásia, continente responsável pela maior parte das importações de algodão do Brasil, foram enfatizadas pela necessidade de promover globalmente a fibra brasileira, assim como o Congresso Brasileiro do Algodão, que se realizará entre os dias 16 e 18 de agosto, em Salvador, e que reunirá lideranças, produtores, pesquisadores e empresários do setor em ciclos de palestras para discutir assuntos da atualidade no mercado da pluma. O tema da 13ª edição do CBA será: "Algodão brasileiro – desafios e perspectivas no novo cenário mundial".

O anuário, em português e inglês, está disponível para os que acompanham a evolução da cotonicultura brasileira.

 

Leia em: https://www.editoragazeta.com.br/sitewp/wp-content/uploads/2022/06/ALGODAO_2022.pdf

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Artesanato e moda casa são destaques nas adesões ao Movimento Sou de Algodão em maio

​A iniciativa, que chegou ao patamar de 974 parceiras no mês de maio, passou a contar com 38 novas marcas, entre elas, a chegada da Döhler, que atua no segmento moda casa com mais de 140 anos de tradição

07 de Junho de 2022

As marcas do segmento de artesanato e de moda casa foram os destaques no grupo de 38 novas marcas que aderiram ao Movimento Sou de Algodão, que alcançou o patamar de 974 parceiras no mês de maio. Entre as empresas que se associaram aos conceitos da moda responsável e da promoção da fibra natural está a Döhler, de Joinville (SC), que tem mais de 140 anos de tradição na produção de artigos para cama, mesa, banho e decoração. A principal explicação para uma empresa centenária procurar o algodão para fabricar peças para a moda casa está nos atributos reconhecidos: conforto, durabilidade e qualidade. Eles são essenciais, principalmente, para toalhas e lençóis, que são os carros-chefe dessa marca.

Segundo a arquiteta Rosi Pane, os projetos com algodão costumam agregar três pontos principais: estilo, no qual se incorpora a ideia de trabalhar produtos naturais; autenticidade, já que o algodão passa a ser o protagonista; e maturidade, que permite trazer valor e essência. É um elemento que propicia um toque diferenciado, um conceito de perfis que valorizam a responsabilidade e a poesia existentes neste contexto.

Diante de infinitas possibilidades e da versatilidade do material, os objetos feitos a partir do algodão podem frequentar qualquer ambiente e ser transformados, por exemplo, em cachepôs, dando suporte aos arranjos dentro de casa, e em balanços, uma tendência dentro de quartos, varandas e livings. Além disso, cortinas e persianas podem ser uma boa opção para ambientes comerciais, com caimento perfeito, que emolduram as janelas, ou em tecidos que revestem sofás e cadeiras com toque delicado.

Além do artesanato, as marcas femininas, masculinas, infantis e juvenis, de homewear e agênero são alguns dos segmentos que também fazem parte do Movimento Sou de Algodão. Outro destaque são as malharias, sendo que, em maio, ocorreu a chegada das marcas Beckhauser Malhas e Mamut Malhas, que ajudam a reforçar o grupo desse segmento, que, agora, conta com 16 empresas.

A grande adesão por parte de pequenos empreendedores até grandes redes de varejo demonstra que o algodão alcança todos os tipos de consumidores e tem a confiança dos empresários, que são beneficiados por diversos projetos promovidos pelo programa e seus parceiros. "No caso do artesanato, a maioria é liderada por microempreendedores que encontraram uma forma de sobreviver à crise econômica que vivemos. Isso quer dizer que o nosso trabalho não é apenas uma questão de democratizar o uso da fibra, mas de compartilhar com todos, de forma transparente, aquilo que fazemos e a forma como pensamos. O algodão é muito importante para a nossa economia, movimenta grandes indústrias e marcas de varejo, e, além disso, é fundamental para as centenas de microempreendedores individuais", explica Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa.

 

Para conferir todas as marcas que se juntaram ao Movimento, até agora, é só acessar o site.

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Renner e Youcom lançam calça jeans 100% rastreadas por blockchain

​Iniciativa inédita no Brasil permite que o consumidor, por meio de QR Code, acompanhe todo o processo de confecção das peças

06 de Junho de 2022

A Renner e a Youcom lançam uma iniciativa até então inédita no país. As marcas investiram nas primeiras peças de jeans 100% rastreadas usando blockchain, tecnologia que permite o acompanhamento de todo o ciclo da confecção da peça.

A necessidade de maior transparência no processo produtivo é uma demanda no mercado de moda. Como uma forma de alcançar esse objetivo, a Renner e Youcom se uniram à Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio da Sou de Algodão Brasileiro Responsável (SouABR). Com a parceria, entregam a possibilidade do consumidor conhecer a trajetória do item.

A novidade se deve à tecnologia blockchain, que criptografa e registra os dados de forma distribuída, garantindo a sua autenticidade e impedindo qualquer alteração no processo. Com a ferramenta do QR Code, impresso nas etiquetas, o consumidor poderá rastrear desde as fazendas certificadas, onde a matéria-prima é produzida, até o destino final.


Nesta etapa do projeto, a Renner lançou, no fim de maio, três modelos de calça jeans feminina. A Youcom, por sua vez, chega com dois modelos que começam a ser vendidos na segunda quinzena de junho.



Henry Costa, diretor de produto das lojas Renner, explica que a iniciativa avança na discussão da sustentabilidade. “Este projeto mostra que é possível conciliar moda e inovação para dar maior transparência ao processo produtivo de ponta a ponta, ao mesmo tempo em que nos permite engajar e influenciar positivamente os fornecedores e parceiros”, contou em comunicado à imprensa.


A certificação de autenticidade é fornecida pela Abrapa às fazendas de algodão que possuem 183 itens de verificação, distribuídos em oito frentes. Inclui, por exemplo, contrato de trabalho e condições dignas.



Pontos como veto a qualquer tipo de discriminação; segurança e saúde dos trabalhadores; além de boas práticas de preservação ambiental, estão entre as condições estabelecidas pela associação. A ideia é que a iniciativa seja cada vez mais expandida.




De acordo com o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, em 2012, foi criado um protocolo único de certificação para as fazendas produtoras de algodão do Brasil. “É uma jornada longa conseguir levar essa certificação até a palma da mão do consumidor, que está mais exigente”, explicou.



Serviço

A novidade dos jeans da Renner e Youcom estão disponíveis no e-commerce das marcas. Também é possível encontrar em lojas físicas selecionadas.


Metrópolis


Ilca Maria Estevão

06/06/2022 12:00,atualizado 06/06/2022 11:36

Fonte:


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Meio Ambiente: Abrapa destaca as boas práticas sustentáveis

​Os programas ABR e ABR-UBA são a síntese da união dos cotonicultores a favor de uma produção mais responsável de algodão no Brasil

06 de Junho de 2022

As boas práticas ambientais adotadas pelo setor algodoeiro, sob a liderança da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), podem ser observadas em diversas frentes nas fazendas e unidades de beneficiamento, nas regiões produtoras da fibra. São soluções implementadas pelos produtores que vão desde a conservação dos recursos naturais, o manejo dos recursos hídricos, técnicas recomendadas para a conservação do solo, da biodiversidade, gerenciamento de dejetos e resíduos sólidos, até a manutenção de áreas de preservação permanente (APP), áreas de integração lavoura pecuária florestas (ILPF), e a utilização de adubo orgânico, sem contaminar o ambiente. Não à toa, a cotonicultura brasileira está entre as mais atuantes pela causa da sustentabilidade, focando os seus esforços em várias ações. Mantém um programa nacional de produção de algodão sustentável, opera um acordo de benchmarking com a Better Cotton Inititiave (BCI), estimula iniciativas regionais relacionadas às boas práticas socioambientais e apoia programas governamentais de cunho sustentável.

Por ocasião do Dia do Meio Ambiente, comemorado em cinco de junho, a Abrapa reforça a importância do trabalho realizado junto às associadas e aos produtores, por meio dos programas Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e ABR-UBA para unidades de beneficiamento. Segundo o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, as fazendas de algodão e unidades de beneficiamento certificadas pelos programas evidenciam o esforço contínuo dos cotonicultores em promover a sustentabilidade no setor. "Certamente, a cotonicultura ganhou novo impulso com a implantação dos programas e é esse trabalho permanente de toda a cadeia que torna a cultura uma das mais organizadas no País", afirma.

 

ABR e ABR-UBA

Os programas propõem a evolução progressiva das boas práticas sociais, ambientais e econômicas a fim de construir uma boa imagem para o produto brasileiro e conquistar espaço no mercado do algodão responsável. O trabalho permanente da Abrapa é voltado para melhorar continuamente a gestão sustentável das fazendas e das unidades de beneficiamento, para elevarem os níveis de conformidade e estarem aptos à certificação. Para tanto, os programas são sustentados em três pilares: social, ambiental e econômico. São oito os critérios estabelecidos e que devem ser cumpridos para garantir a certificação, entre os quais meio ambiente, segurança do trabalho e saúde ocupacional, desempenho ambiental e boas práticas.

 

Certificação

A safra 2021\2022 está sendo auditada por três empresas certificadoras – ABNT, Genesis Certificações e Bureau Veritas, que trabalham na conferência das conformidades requeridas. Ao todo, no ABR, são 183 itens de verificação e certificação, desde boas práticas agrícolas, até segurança e bem-estar do trabalhador. A constatação, durante a auditoria, de qualquer prática em desacordo com os 51 Critérios Mínimos de Produção (CMP's) de aprovação obrigatória, conforme acordado com a BCI, elimina a fazenda do processo de certificação.

As fazendas participantes do programa ABR trabalham com evolução contínua: 1ª safra – 85% de aprovação dos critérios da Verificação para Certificação da Propriedade (VCP); na 2ª safra - 87% de aprovação dos critérios da VCP; na 3ª safra - 89% e a partir da 4ª safra em diante – 90% de aprovação dos critérios da VCP. Até agora, 143 fazendas (safra 21/22) receberam a certificação ABR.

 

Sustentabilidade na agenda da moda

A responsabilidade ambiental já é uma prática presente na moda e a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) destaca a potencialidade dos produtores brasileiros, fornecedores da matéria-prima, de produzirem respeitando o meio ambiente. Hoje, o setor é referência mundial, tendo mais de 80% da sua produção certificada. "A questão da sustentabilidade permeia todos os elos da cadeia de produção e a Abit se sente orgulhosa de participar, desde o início, desse projeto da cotonicultura brasileira rumo à sustentabilidade", afirma o presidente da Abit, Fernando Pimentel.

Segundo Pimentel, esse cenário faz com que a matéria-prima produzida no País seja cobiçada globalmente, não apenas pelas características técnicas, mas sobretudo pela forma de cultivo e tratamento de todos os elos que compõem a questão do meio ambiente e da sustentabilidade.  "Isso é positivo porque o algodão certificado fortalece e agrega valor aos produtos da cadeia de produção têxtil e de confecção. Nesse sentido, vemos que o Brasil tem uma oportunidade ímpar de se destacar no cenário futuro e os méritos do que foi alcançado estão relacionados ao conjunto de atores que investiram e trabalham na produção sustentável", disse.

 

Algodão responsável

O trabalho consistente e a evolução da Abrapa levaram a cotonicultura brasileira a um novo patamar. Na última safra, o País produziu 1,96 milhões de toneladas de pluma, sendo 84% certificada pelo programa ABR e licenciada BCI. Com esses números, o Brasil se torna o maior fornecedor de algodão BC, o 2º maior exportador e o 4º maior produtor global da fibra.

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Presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, fala dos desafios e perspectivas da produção de algodão no Brasil e mundo

Busato foi entrevistado na Bahia Farm Show, feira agrícola e de negócios do Norte e Nordeste, em Luís Eduardo Magalhães (BA)

03 de Junho de 2022

Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, participa da Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães. Ele destaca a relevância da feira agrícola e de negócios do Norte e Nordeste e fala sobre os desafios e o trabalho realizado pelos cotonicultores para impulsionar o cultivo do algodão no País.

 

 

Assista:

https://youtu.be/mgtzN3jBNMM

Programa Fala Carlão – Programa de TV

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Missão da Abrapa vai à Ásia conhecer demandas para algodão

Grupo passará por Indonésia, Tailândia e Bangladesh, países que são compradores do algodão brasileiro

03 de Junho de 2022

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) levará uma delegação à Ásia para promover o algodão brasileiro. A missão visitará compradores atuais e clientes potenciais no continente em razão da tendência de aumento da produção da pluma no Brasil. Durante dez dias, o grupo, formado por cotonicultores, exportadores da fibra, membros do conselho de administração da Abrapa e representantes das associadas, passará por Indonésia, Tailândia e Bangladesh, países que são compradores do algodão brasileiro. Juntos, eles representam 21% do total embarcado para a Ásia na safra 2020\2021, cerca de 498,5 mil toneladas da fibra. Já no acumulado das exportações da safra 2021/2022 (agosto/21 a abril/22), esses destinos mantêm o percentual de vendas externas e somam 313 mil toneladas de algodão brasileiro. A viagem inicia no sábado, dia 4, e se estenderá até o dia 14.

Bangladesh foi o quinto maior comprador de algodão brasileiro, na safra 2021\2022, somando 165,9 mil toneladas. Comparativamente à safra anterior, de 2020\2021, houve um recuo de 270,03 mil toneladas para os atuais 165,9 mil ton. Desse modo, merece destaque o dado que mostra Bangladesh com potencial de compra de algodão do Brasil. O país é o segundo maior importador da fibra no mundo, no entanto, apenas 14% vieram do Brasil.

O cenário da Indonésia já é bem diferente. O país é o sexto maior destino da pluma brasileira no mundo, responsável pela importação de 133,2 mil toneladas de algodão brasileiro, na atual safra. Os números apontam que o país também tem mercado para a fibra brasileira, com possibilidade de crescimento das importações, uma vez que não há produção doméstica. O consumo do país soma 503 mil toneladas. Na safra 2020\2021, a Indonésia comprou do Brasil 207 mil toneladas de algodão, portanto, a participação do Brasil é de mais de 40% no país.

Nono maior destino da fibra brasileira, a Tailândia importou 13,7 mil toneladas de algodão do Brasil, na safra 2021\2022. Comparativamente à safra 2020\2021, foram 7,73 mil toneladas a menos. Conjuntura que também mostra potencial de crescimento das vendas brasileiras de algodão.

“Traçamos uma agenda de prioridades que envolverá encontros com representantes da indústria têxtil dos países, além de visitas técnicas em indústrias locais. É uma maneira de promovermos e ampliarmos o mercado da fibra brasileira”, destaca o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. Os três países foram escolhidos porque estão entre os nove maiores mercados de algodão do mundoSegundo Busato, o setor algodoeiro quer conhecer e entender as demandas dos clientes, avaliar potencial de crescimento na região, além de construir relações. “Vamos apresentar os principais avanços do algodão no Brasil e mostrar o que está por vir. Queremos relações duradouras com nossos potenciais clientes”, afirma. As informações são da Abrapa.

publicado por: Agência SAFRAS

link: https://safras.com.br/missao-da-abrapa-vai-a-asia-conhecer-demandas-para-algodao/#:~:text=Porto%20Alegre%2C%201%20de%20junho,produ%C3%A7%C3%A3o%20da%20pluma%20no%20Brasil

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Agência Europeia de Produtos Químicos (ECHA) refuta capacidade cancerígena do glifosato

03 de Junho de 2022

Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, o parecer do Comitê de Avaliação de Risco (RAC) da Agência Europeia de Produtos Químicos (ECHA) de que o glifosato não deve ser classificado como cancerígeno deve ser olhada com atenção pelas autoridades brasileiras. O parecer do RAC será finalizado e publicado até meados de agosto e enviado à Comissão Europeia e à European Food Safety Authority. As informações são da IHS Markit, empresa de fornecimento de dados e tecnologia.

Tanto o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) quanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tendem a seguir o que a União Europeia dita quando o assunto é a análise de risco de defensivos químicos. Neste caso, o comitê constatou que as evidências científicas sobre o ingrediente ativo não atendem aos critérios de classificação, portanto, não deve ser classificado como cancerígeno e tóxico à reprodução. "É uma decisão que só reforça os estudos feitos pela Anvisa e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento", afirma Busato.

O parecer do RAC será ainda finalizado, mas segundo o RAC, as evidências científicas disponíveis não possibilitam a classificação do ingrediente em classe específica de toxicidade, ou como substância cancerígena, mutagênica ou tóxica para a reprodução. Durante a avaliação, foi considerado extenso volume de dados científicos e centenas de contribuições recebidas nas consultas públicas.

 

Sustentabilidade na agenda da cotonicultura

A Abrapa vem trabalhando com o propósito de garantir e avançar em ações de sustentabilidade, apoiando a implantação de biofábricas nas fazendas para a produção de microorganismos, como bactérias ou fungos para o controle de pragas e doenças e necessários à política de substituição de produtos químicos.

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