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Abrapa prevê safra de algodão menor com 2,5 milhões de toneladas

​Falta de chuva no final do ciclo afetou produção no Mato Grosso e na Bahia

25 de Julho de 2022

A Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) reduziu a previsão para a safra de algodão em pluma para cerca de 2,5 milhões de toneladas, contra os 2,8 milhões previstos anteriormente.

O volume está situado acima da temporada passada 20/21, quando a produção recuou para 2,3 milhões de toneladas, e a safra 19/20 quando o Brasil alcançou o recorde histórico de 3 milhões de toneladas de algodão.

" Brasil terá menos algodão. Faltou chuva no final do ciclo em Mato Grosso e Bahia. Ainda assim, a safra atual será cerca de 10% maior que a anterior, mantendo o Brasil como o quarto maior produtor de algodão do mundo. ", explica Júlio Busato, presidente da Abrapa.

 

Mercado interno e externo

Do total cultivado, apenas 700 mil toneladas permanecem no país, basicamente para abastecer a indústria têxtil. O grosso da produção é exportado. Quase 95% têm a China por destino, destaca Busato em entrevista ao GBLjeans.

Conforme o produtor, 84% do algodão brasileiro têm certificação ABR. Dos 2,33 milhões de toneladas da safra 20/21, 1,96 milhão de toneladas correspondem a algodão certificado.

Quase todo o volume certificado também conta com licença BCI, de forma que 42% do algodão BCI do mundo são de algodão do Brasil, informou Márcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa em apresentação a jornalistas.

Para comparar, ele citou que os Estados Unidos participam com apenas 214 mil toneladas de algodão BCI.

 

Giro pela fazenda

Para mostrar a cadeia de produção do algodão certificada antes da fiação têxtil, a Abrapa organizou um giro por uma das fazendas do SLC Agrícola, grupo que responde por 11% da produção brasileira de algodão. O destino foi a fazenda Pamplona, situada em Cristalina, cidade de Goiás a 124 quilômetros de Brasília.

Para a safra 21/22, só a fazenda Pamplona plantou 92 mil hectares de algodão de primeira safra, que termina de colher em agosto. A fazenda também planta soja e milho.

Conta com uma UBA (Unidade Beneficiadora de Algodão) no mesmo complexo, com capacidade para processar 65 mil fardos de 2,3 toneladas cada um. Depois de passar pela usina de beneficiamento, os chamados 'fardões' dão origem a dois ou três fardos de 230 quilos cada um. São os 'fardinhos' que abastecem as fiações.

Na UBA, os 'fardões' envoltos em embalagens de plástico amarelo são abertos e levados para equipamentos que fazem a limpeza do algodão em duas etapas. Em seguida, uma máquina trata do descaroçamento da pluma.

A pluma limpa segue pela esteira para empacotamento nos fardinhos, enquanto o caroço passa por outros processos. Serve de insumo às indústrias de alimentos, para produção de óleos, e de cosméticos. A sobra de pluma que fica grudada no caroço é chamada de línter e usada para fabricação de papel-moeda ou do algodão que se compra na farmácia.

Outros sub-produtos incluem a fibrilha da qual se faz a sacaria, panos de prato entre outras aplicações; a casca do caroço serve para ração de gado. "Tudo do algodão tem uso", assegura Filipe Mamede, gerente de vendas do SLC.

 

Leia mais: Abrapa prevê safra de algodão menor com 2,5 milhões de toneladas | Agrofy News

Mídia: Agrofy News

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Rota do algodão: conheça o processo do plantio até a etiqueta da roupa

​Fazendo o processo inverso, a coluna te conta detalhes sobre o processo de plantio, colheita, descaroçamento, avaliação e produção dos fios

25 de Julho de 2022

Presente nas peças básicas do closet, da camisa a calça jeans, o algodão carrega textura, história e é tramado também em uma longa trajetória até chegar às prateleiras da lojas de moda. A coluna foi direto na fonte, em uma das plantações brasileiras, a 105 quilômetros de Brasília, para conhecer de perto e revelar todos os detalhes.

Vem saber mais!

Fazendo o caminho reverso da etiqueta presa na roupa até a plantação de algodão, a Cotton Trip (Viagem de Algodão, em tradução para o português) foi realizada a convite do Sou de Algodão, movimento que promove o consumo responsável na indústria. Para acompanhar de perto esse processo, a coluna desembarcou na Fazenda Pamplona, localizada em Cristalina de Goiás. Por lá, 18 kg de algodão são colhidos por hectare.

O movimento é uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que realiza ações e parcerias para incentivar o uso do algodão sustentável produzido em solo nacional. "Por aqui, toneladas de plumas são produzidas com certificação e estamos levando esta etiqueta para os produtos finais, que vão para as prateleiras das lojas", explica Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa.

Vale relembrar que o Brasil é líder mundial em algodão sustentável. Em solo tupiniquim, quando o assunto é sustentabilidade, o país está na vanguarda do processo de irrigação natural.

Acompanhando o ciclo das chuvas, apenas 8% da plantação é umidificada artificialmente, durante o ciclo. Para se ter ideia, a Austrália tem 100% e os Estados Unidos contam com 37% desta irrigação.

 

Colheita

Em setembro, a agricultura destinada ao algodão é iniciada. Após o botão da flor de algodão começar a migrar nos primeiros 30 dias de plantação, os cultivos passam a receberem atenção redobrada para o controle de pragas, que também pode ser guiada por drones.

A primeira safra termina em agosto do ano seguinte, e 100% do produto colhido já tem um destino final. No chão de fábrica, o algodão em caroço passa pela máquina descaroçadeira.

Na próxima etapa, é estriada a fibrilha e, em seguida, ocorre o briquete, que vira ração para gado. No fluxo, os caroços de algodão também são separados e destinados para a extração do óleo. O óleo vegetal costuma abastecer a cadeia alimentícia, ganhando morada nas cozinhas de restaurantes a fast foods, por segurar a temperatura por mais tempo antes de se recompor.

Por fim, o algodão em pula é a última etapa do processo. Ele, então, é destinado à indústria têxtil para a extração dos fios de algodão e seguem em direção aos produtos de cama, mesa, banho e vestuário.

Uma parte do produto segue para os laboratórios de testagens, para as amostras comprovarem a resistência, durabilidade e comprimento dos fios. O controle de qualidade também é essencial para avaliar os materiais do tipo exportação, que irão para fora do país.

 

Algodão rastreável

A necessidade de maior transparência no processo produtivo é uma demanda no mercado de moda. Como uma forma de alcançar esse objetivo, a Renner e Youcom se uniram à Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio da Sou de Algodão Brasileiro Responsável (SouABR). Com a parceria, entregam a possibilidade do consumidor conhecer a trajetória do item.

 

Leia Mais: Rota do algodão: conheça o processo do plantio até a etiqueta da roupa (metropoles.com)

Mídia: Metrópoles

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13º CBA: Workshops serão no dia 18 de agosto

Pela manhã, ocorrerão as Plenárias com foco no mercado brasileiro e mundial de algodão

22 de Julho de 2022

Cinco workshops movimentarão as atividades no terceiro e último dia do 13º Congresso Brasileiro de Algodão, que se realizará no Centro de Convenções de Salvador, entre os dias 16 e 18 de agosto. A diversidade de culturas e manejo de solo como estratégias para maximizar a produtividade de grãos e fibras, a adubação e os sistemas de produção como ferramenta para aumento de eficiência produtiva, os sensores e suas eficiências no combate a pragas, o futuro da produção on farm de microrganismos no Brasil e a qualidade do algodão brasileiro para atender a evolução da indústria têxtil mundial estão entre os assuntos a serem abordados. Será uma oportunidade de os participantes se aproximarem das experiências e estudos dos palestrantes sobre os respectivos assuntos.

O CBA é organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e tem o apoio de várias instituições e empresas que se preocupam com a expansão da produção da fibra com sustentabilidade. O evento ocorre a cada dois anos e reúne especialistas, produtores, pesquisadores e empresas brasileiras e internacionais para discutir temas relacionados ao algodão.

Os workshops do dia 18 serão na parte da tarde, nos horários das 14h30 às 17h30. Pela manhã, no mesmo dia, ocorrerão as Plenárias com foco no mercado brasileiro e mundial de algodão. Paralelamente às palestras, haverá a área de exposição. A programação completa está disponível no site do CBA:  http://congressodoalgodao.com.br/programacao-2022/ . Não haverá transmissão em tempo real somente no modo presencial e por meio de inscrições antecipadas.

 

Manejo de solo

No workshop que tem como tema "Debatendo a diversidade de culturas e manejo de solo como estratégias para maximizar a produtividade de grãos e fibras", os participantes dividirão suas experiências abordando os seguintes tópicos: manejo de solo como estratégia para mitigação de estresse biótico e abiótico (Táimon Semler, da comissão científica); importância da saúde do solo na produção algodoeira, na visão do BCI (Álvaro Gomes Moreira), manejo de solo como estratégia para mitigação de estresse biótico e abiótico (Henrique Debiasi, da Embrapa Soja), plantas de cobertura: estratégias para implantação e manejo em sistemas de cultivo solteiro e em consórcio (Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira, da Embrapa, e Luiz Carlos Bergamaschi, da Abapa).

 

Eficiência produtiva

"Adubação de sistemas de produção como ferramentas para aumento de eficiência produtiva" é tema de outro workshop. Na coordenação e também como palestrante, está Ana Luiza Borin, que integra a comissão científica do CBA. Segundo ela, será uma oportunidade de os palestrantes apresentarem suas teorias e estudos sobre o tema e mostrar, na prática, o que está sendo feito na área. Além de Ana Luiza, José Francisco da Cunha, engenheiro agrônomo pela Esalq, falará das tendências do consumo nacional de fertilizantes: como ganhar eficiência? Álvaro Vilela de Resende da Embrapa falará sobre: fundamentos da adubação de sistemas e gestão operacional. Balanço de nutrientes com base em dados locais, exemplos de adoção e como praticar. Adilson de Oliveira Júnior da Embrapa, José João Gomes da Amaggi e Marquel Holzschuh da SLC Agrícola abordarão o tema: balanço de nutrientes com base em dados locais, exemplos de adoção e como praticar.

 

Sensores

Coordenado por Lúcio de Castro Jorge, pesquisador da Embrapa Instrumentação, o workshop "Sensores são eficientes para identificação de pragas, doenças, nematoides, plantas daninhas e estado nutricional?" discutirá as experiências e o que está em desenvolvimento no setor para o combate de doenças e aplicações localizadas. Murilo Maeda, da Texas A&M AgriLife Extension, tratará da evolução do uso de sensores para pesquisa em algodão, Alaerson Maia Geraldine, focará sua fala nos sistemas de reconhecimento de doenças, plantas daninhas e aplicação localizada, assim como Francelino Rodrigues, da Lincoln Agritech Ltd. Já Fábio Teixeira, da Hypercubes, abordará o estado da arte dos novos nano satélites para o agronegócio, o projeto Hypercubes e suas aplicações no monitoramento agrícola.

 

Futuro e qualidade do algodão

Os workshops "Qual o futuro da produção on farm de microrganismos, no brasil?" e "Discutindo a qualidade do algodão brasileiro para atender a evolução da indústria têxtil mundial." encerrarão as atividades da área científica do dia do 13º Congresso Brasileiro de Algodão. Rafael Pitta, integrante da comissão científica e coordenador do workshop "Qual o futuro da produção on farm de microrganismos, no Brasil?", contará com as apresentações de André Peralta, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), que tratará da legislação sobre a produção de microrganismos on farm, Doglas Broetto, da SLC Agrícola, vai falar das técnicas de produção on farm. Case: Grupo SLC Agrícola, e  Rose Monnerat, pesquisadora da Embrapa, discorrerá sobre os principais cuidados na produção e controle de qualidade dos microrganismos on farm.

O workshop sobre "Qualidade do algodão brasileiro para atender a evolução da indústria têxtil mundial" terá a participação de especialistas, pesquisadores e profissionais com vasta experiência e deverá aproximar congressistas das respectivas realidades. Entre os convidados, além do coordenador do workshop, Sérgio Dutra, do Instituto Mato-Grossense do Algodão, teremos Thomas Reinhart, Marcelo Duarte, diretor de relações internacionais da Abrapa, Edmilson Santos, da SLC Agrícola, Mauro Loro, da Bom Jesus, Sandeep Hota, da OLAM Internacional, Eric Hequet, da Texas Tech University, Jordan Yung da Universal Têxtil, Harald Schwippl, engenheiro de tecnologia e Juliana Lopes, da Amaggi.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #29/2022

22 de Julho de 2022

- Destaque da Semana – Finalmente, após 5 semanas no negativo, tivemos uma semana de recuperação nas cotações de algodão em Nova York. Com muita volatilidade e direção futura ainda incerta, fatores macroeconômicos sugerem retração de demanda ao mesmo tempo que a safra americana sofre com seca e calor extremo.

 

- Algodão em NY – O contrato Dez/22 fechou ontem a 91,60 U$c/lp (+9,4%). Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 77,09 U$c/lp (+9,6%) e o Dez/24 a 73,57 U$c/lp (+8,8%) para a safra 2023/24.

 

- Preços (21/07), o algodão brasileiro estava cotado a 134,50 U$c/lp (+475 pts) para embarque em Ago-Set/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22: 115,00 U$c/lp (+550 pts).

 

- Baixistas 1 - Nesta semana, a preocupação com a recessão global e a desaceleração no consumo seguiram em pauta. O cenário aponta para taxas de juros mais altas e dólar mais forte, pressionando as commodities.

 

- Baixistas 2 - Ocorre semana que vem a aguardada reunião de Julho do Federal Reserve para anúncio da política de taxa de juros nos Estados Unidos. Esta semana o banco central Europeu aumentou a taxa de juros pela primeira vez em 11 anos.

 

- Altistas 1 – A situação de seca continua no Cotton Belt norte-americano, principalmente no Texas, estado que responde por 57% da área plantada. Mesmo com chance de chuva nos próximos dias, o Texas segue com projeções desanimadoras, com calor extremo e seca.

 

- Altistas 2 – Relatório semanal de exportações do USDA mostrou vendas líquidas de 248,4 mil toneladas na safra 2021/22. Volume significativamente superior à semana anterior e 93% acima da média das últimas quatro semanas.

 

- China 1 - As importações de algodão da China em junho totalizaram 162,9 mil toneladas, queda de 10,6% em relação a maio e queda de 5,4% ano a ano. O líder em exportações ao país no acumulado do ano é os EUA com 54% seguido pelo Brasil com 28%.

 

- China 2 - O governo chinês implantou um sistema de cotas para limitar a exportação de fosfatos neste segundo semestre. A intervenção no mercado visa conter preços internos e garantir segurança alimentar.

 

- China 3 – O país, assim como EUA e Europa, também enfrenta um verão com temperaturas excessivamente altas. Não há relatos, entretanto, de perdas na produção causada pelo stress térmico.

 

- Índia – As chuvas de monções estão bastante intensas na Índia, com a maioria das regiões produtoras de algodão registrando precipitações em excesso e até inundações. Índia e China sãos os maiores produtores de algodão do mundo.

 

- Indonésia – Segundo o governo da Indonésia, pelo segundo ano seguido, o Brasil lidera as exportações para o país, com 30% do total importado em 2021/22, seguido por Austrália (25%) e EUA (14%).

 

- Missão Compradores 1 - Começa no dia 29 a Missão Compradores, intercâmbio comercial promovido pela Abrapa, Anea e Apex-Brasil pelo programa Cotton Brazil. A delegação visitante reúne 21 executivos e proprietários de fiações de Bangladesh, Coreia do Sul, México, Paquistão, Turquia e Vietnã e representantes de 14 tradings.

 

- Missão Compradores 2 - O objetivo é que os industriais conheçam in loco o sistema produtivo do algodão brasileiro, acompanhando da colheita – que está em curso neste momento – até o beneficiamento e a classificação do algodão.

 

- Missão Compradores 3 - A comitiva passará 3 dias em MT, 2 dias na BA e 1 dia em Goiás e Brasília (DF). A missão volta a ser realizada depois de 3 anos em suspenso devido à pandemia.

 

- Exportações 1 - De acordo com dados do Ministério da Economia, o Brasil exportou 13,7 mil tons de algodão nas três primeiras semanas de julho/22. A média diária de embarque é 55,0% inferior quando comparada com julho/21.

 

- Exportações 2 – No Brasil, estados como BA, MT e SP já iniciaram os primeiros embarques da safra 2022 para exportação.

 

- Colheita 2021/22 - Até ontem (21/07):  BA (56%); GO (50%); MS: (41%); MT (32%); MG (25%); SP (96%); PI (59%); MA (14%); PR (95%). Total Brasil: 37,14% colhido.

 

- Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (21/07):  BA (26%); GO (21%); MS (19%); MT (5%); MG (17%); SP (95%); PI (14%); PR (90%). Total Brasil: 10% beneficiado.

 

- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇

Boletim Algodao pelo Mundo 28.jpeg

Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Movimento Sou de Algodão promove imersão para empresas da moda com Cotton Trip

​Com o objetivo de promover o conhecimento sobre a fibra, desde o plantio até o beneficiamento, a iniciativa reuniu grandes nomes de empresas e varejos do mercado da moda nacional

21 de Julho de 2022

O Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), promoveu na quarta-feira (13/07), uma experiência imersiva para as empresas do universo da moda por meio da Cotton Trip. Os representantes das marcas associadas à Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), parceiras ou não do movimento, passaram o dia na Fazenda Pamplona, da SLC Agrícola, para conhecerem os programas de sustentabilidade Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e ABR-UBA (Unidade de Beneficiamento de Algodão). Além disso, puderam acompanhar os processos na lavoura e conhecer os detalhes sobre o plantio, manejo e colheita da fibra.

Foram quase 40 pessoas das principais marcas varejistas do Brasil, como Aramis, Arezzo&Co, Calvin Klein, Centauro, Cia. Hering, C&A, Dafiti, Grupo Malwee, Grupo Soma, Guess, Inbrands, La Moda, Loungerie, Magalu, Marisa, Pernambucanas, Reserva, Riachuelo e Shoulder. A abertura do evento contou com a apresentação de Edmundo Lima, Diretor Executivo da ABVTEX, que deu as boas-vindas aos visitantes e reforçou que os consumidores estão mais conscientes e que as marcas associadas à instituição trabalham para garantir a origem responsável dos itens oferecidos nas lojas.  "Essa é a importância do varejo de moda conhecer as etapas do processo produtivo e a origem dos produtos. Incentivamos que eles participem desta Cotton Trip para saberem mais sobre e ampliarem as iniciativas de comunicação aos consumidores, destacando os aspectos da transparência e da responsabilidade socioambiental", explica Lima.

Os visitantes também participaram de palestras com Diego André Gold, coordenador de produção na da Fazenda Pamplona da SLC Agrícola, que apresentou o grupo e a unidade produtiva, e de Marcio Portocarrero, Diretor Executivo da Abrapa, que falou sobre o ABR, que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e que já certificou 84% da safra 20/21. Já na lavoura, tiveram a oportunidade de conhecer a plantação, manejo e a colheita. Além de acompanharem in loco, na sede da fazenda, como são verificados os critérios de certificação ABR, incluindo, os alojamentos, lavagem de EPIs, depósito de defensivos, entre outros. Na parte da tarde, o grupo visitou a algodoeira para saber mais sobre o processo de beneficiamento de algodão.

O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, acredita que, conhecer o passo a passo da fibra, desde a semente, passando por todos esses processos, e chegando na prateleira da loja, faz com que o consumidor, por meio das marcas, passem a valorizar a matéria-prima que tem a origem responsável. "Existe uma distância entre o campo e o comprador final, e, para diminuir isso, precisamos informar e chamar a atenção para os atributos: natural, leve, hipoalergênico, suave e responsável. Por isso, passamos a convidar os empreendedores do mundo da moda para fazer parte do nosso Movimento e de eventos como a Cotton Trip, para que possamos compartilhar o nosso propósito: unir a cadeia, em torno da moda responsável e do consumo consciente", explica Busato.

A programação também contou com uma visita ao escritório da Abrapa. Na ocasião, Silmara Ferraresi, gestora do Movimento Sou de Algodão, fez uma apresentação sobre a iniciativa e o Programa SouABR, 1° programa de rastreabilidade por blockchain da indústria têxtil do Brasil. Lançado em 2021, hoje, tem parceria exclusiva com a Reserva no mercado masculino e com o Grupo Renner, no feminino. A abertura para todas as marcas que tiverem interesse em participar acontecerá em 2023, mas já podem se inscrever nesse link. Silmara esclareceu como é realizado o trabalho para a conscientização e a democratização do uso desta fibra responsável. "Queremos despertar um senso coletivo em torno do consumo consciente, agregar alto valor ao produto de algodão brasileiro e estimular e fomentar o mercado, através da união dos agentes da cadeia produtiva e da indústria têxtil. Para isso, falamos com os nossos produtores e com o consumidor final por meio de estilistas, universidades com cursos de moda, stylists, influenciadores e jornalistas, além de fiações, malharias, tecelagens, confecções, ONGs, marcas e varejistas", explica Silmara.

 

Sobre Sou de Algodão

É um movimento único no Brasil que nasceu, em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o algodão brasileiro, que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, com 84% da safra 20/21 com a certificação ABR (Algodão Brasileiro Responsável).

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Sou de Algodão destaca sustentabilidade e rastreabilidade no Cotton Trip

21 de Julho de 2022

Sustentabilidade e rastreabilidade em cada peça de roupa. O Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), levou estes conceitos para o Cotton Trip, com a presença da imprensa nacional, na última semana. O Guia JeansWear acompanhou de perto o processo de produção do algodão na fazenda Pamplona, em Goiás, da SLC.

A SLC é um dos centenas de grupos agrícolas que possuem o selo ABR (Algodão Brasileiro Responsável), um programa auditável pela Abrapa, e que assegura a sustentabilidade da fibra nas boas práticas sociais, ambientais e econômicas. As práticas abrem um mercado mais valorizado pelos consumidores internos e também no mercado internacional.

Para começar, a fibra brasileira é cultivada de forma responsável (75% da produção possui certificação socioambiental), gera empregos, movimenta a economia, contribui para uma moda consciente e muito mais.

Após a colheita, os rolos de algodão — cada um com cerca de dois metros de diâmetro e 2.300 quilos — são levados ao beneficiamento, um processo composto por nove tipos de máquinas que prepararam o algodão para o envio às indústrias. No caso, a SLC possui usinas de beneficiamento em suas sedes, realizando esta etapa sem que o produto saia das fazendas.

Nosso país é campeão mundial em produtividade quando o assunto é o algodão sem irrigação: mais de 90% de nossas plantações dependem apenas da água da chuva para se desenvolver e dão uma verdadeira aula sobre origem consciente e inovação. Com tecnologia avançada, hoje com o uso dos drones de pulverização conseguem atuar em áreas de difícil acesso e em aplicações localizadas dentro dos talhões.

Em um panorama geral, é importante destacar que o Brasil é atualmente o segundo maior exportador e o quarto maior produtor de algodão. O país tem um potencial de produção de 5 milhões de toneladas em curto prazo, hoje produzimos 2,8 milhões de toneladas.

O consumo das industrias têxteis nacionais é de 750 mil toneladas por ano. Todo o excedente é exportado para a Ásia (China,Coreia do Sul, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia, Tailândia e Índia). Somente na temporada 2020/2021, as exportações cresceram 23%.

 

SOU ABR

Entre suas principais ações na indústria, a Abrapa criou o selo Sou de Algodão Brasileiro Responsável (SouABR), um programa desenvolvido para consumidores que se fundamentam em valores ligados à sustentabilidade, conscientes quanto ao impacto de suas escolhas de compra.

Através da rastreabilidade total de uma peça de roupa, é possível identificar a origem certificada do algodão e todas as empresas e etapas pelas quais a matéria-prima passou até a sua venda como produto final. Esta é uma forma de promover meios de produção justos e informar, com transparência, a origem de uma peça adquirida no varejo.

Hoje, as marcas Renner, Reserva e Youcom são as três varejistas que estão usando o selo, respeitando as origens e oferecendo transparência em um processo de consumo mais consciente. A partir de 2023 a Abrapa começa a expandir a rastreabilidade da cadeia incluindo mais empresas.

 

EVOLUÇÃO

Recentemente, a Abrapa melhorou o serviço de rastreamento dos fardos, que pode ser consultado por meio do sistema SAI no portal da associação. Além disso, graças a investimentos em modernização, em parceria com o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), os sistemas foram unificados em uma só plataforma em que os bancos de dados se comunicam, permitindo o cruzamento de informações de produção das algodoeiras e um mapeamento mais detalhado do comportamento da safra.

As algodoeiras também evoluíram e a maioria delas já possui programas informatizados para, uma vez informado o código, fornecer todas as características adicionais como peso do fardo, nome da algodoeira, produtor e dados da classificação.

Praticando a gestão por resultados, desde o início, a associação assumiu o compromisso de tornar a cotonicultura brasileira cada vez mais conhecida e competitiva, tanto no cenário nacional quanto internacional. Num trabalho de melhoria contínua, quatro aspectos ganharam destaque ao longo desses anos: qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade e marketing.

A meta da Abrapa é ser "o maior exportador de algodão em pluma do mundo até 2030, reconhecido mundialmente pela qualidade, sustentabilidade e padrão tecnológico de seu produto", informou Marcio Porto Carrero, diretor executivo da Abrapa.

 

Leia mais: Sou de Algodão destaca sustentabilidade e rastreabilidade no Cotton Trip - Guia JeansWear

Mídia: Guia JeansWear

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Como o algodão sai do campo e vai parar na sua roupa

21 de Julho de 2022

Conheça os detalhes da cadeia dessa commodity, em uma das principais produtoras da fibra no país.

Neste momento, em Cristalina, município goiano a cerca de 270 quilômetros da capital Goiânia, imensas colheitadeiras da SLC Agrícola, que podem pesar toneladas, circulam pelas lavouras colhendo a safra 2021/22 de seu algodão. Os campos cobertos de capulhos, a fruta do algodão, maduros e abertos, mostram um mar esbranquiçado.

O ponto de colheita do algodão é uma das culturas mais espetaculares de se ver no campo e na SLC essa imagem é de uma vastidão a perder de vista. Afinal, a companhia que está no ranking Forbes Agro100 responde por cerca de 11% da produção brasileira da commodity, estimada em 2,61 milhões de toneladas para a safra encerrada em junho.

Mas não é só isso. A SLC é um dos centenas de grupos agrícolas que possuem o selo ABR (Algodão Brasileiro Responsável), um programa auditável pela Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), e que assegura a sustentabilidade da fibra nas boas práticas sociais, ambientais e econômicas. As práticas abrem um mercado mais valorizado pelos consumidores internos e também no mercado internacional.

O país é hoje o maior fornecedor global de algodão certificado, segundo dados do movimento Sou de Algodão, afiliado à Abrapa. Marcas como Nike, Calvin Klein e Ralph Lauren são algumas das empresas que buscam este tipo de produto. Desde 2015, a Abrapa, encabeça o movimento Sou do Algodão, para mostrar ao consumidor como a fibra chega até ele. Junto com ela estão 10 entidades estaduais, o Instituto Brasileiro do Algodão, agentes do varejo, como as lojas de departamento Renner, e celebridades, entre elas o estilista paulista Alexandre Herchcovitch.

Na fazenda Pamplona, a de Cristalina, uma das 23 propriedades do grupo, as condições climáticas ao longo do ciclo 2021/2022 de cultivo das lavouras, de aproximadamente 220 dias, foram regulares e devem garantir um bom resultado na safra. "Nós tivemos um cenário de chuva ideal, o que deixou nossas médias melhores do que o resto do Brasil. Aqui, a produtividade está acima de 360 arrobas por hectare", diz o engenheiro agrônomo Diego André Goldschmidt, coordenador de produção da SLC.

A produtividade da Pamplona deve chegar a 4.300 quilos por hectare, nos 6.419 hectares dedicados ao cultivo de algodão neste ciclo. No total, a companhia plantou 86.326 hectares de algodão na primeira safra, com a estimativa de produtividade próxima de 1.807 quilos por hectare. O grupo ainda produz soja e milho, além de trabalhar com criação de gado em sistema ILP (integração lavoura-pecuária). No ano passado, a receita líquida foi de R$ 4,363 bilhões, com lucro de R$ 1,13 bilhão, recorde na companhia criada e controlada pela família gaúcha Logemann em 1977.

O país tem 1,64 milhão de hectares cultivados nesta safra, segundo a estimativa de julho divulgada pela Abrapa. Os 2,61 milhões de toneladas ainda é um bom volume, mas a entidade esperava uma produção com quase 300 mil toneladas a mais em suas primeiras previsões. "Infelizmente as 2,9 milhões de toneladas de algodão que poderíamos colher não existem mais. A produtividade caiu em função de uma falta de chuvas no fim do ciclo, principalmente nos estados da Bahia e de Mato Grosso, que produzem 93% do algodão brasileiro", avalia Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa, sobre safra. "Nós gostaríamos de voltar aos 3 milhões que colhemos em 2019, já que estamos conquistando o mercado lá na Ásia."

Nos últimos anos, o Brasil tem se mantido entre os cinco maiores produtores mundiais da fibra, ao lado de países como China, Índia, EUA e Paquistão, e a demanda pelo produto local deve continuar aquecida. No acumulado do ano safra, encerrado há quase um mês, já foram exportadas 1,6 milhão de toneladas em pluma, totalizando uma receita de US$ 3,17 bilhões (cerca de R$ 17 bilhões na cotação atual).

A demanda por fibras naturais deve permanecer aquecida, impulsionando a produção, porque o uso da commodity vai além das roupas. Ela é usada pela indústria na criação de coadores de café, tecidos para a medicina e até dinheiro — uma parte das notas do real brasileiro é feita com 100% de algodão. Mas a fibra não é a única parte da commodity que brilha. Sua semente, o popular caroço, e a casca, também possuem valor comercial e nutricional por fornecer altas quantidades de energias e fibras em rações para animais, entre eles gado de corte e pets. O óleo, que pode ser extraído de ambas as partes, também pode ser utilizado como substituto do óleo de soja na produção de margarinas e para biocombustível, por exemplo.

No final da semana passada, a Forbes Brasil acompanhou uma parte da colheita de algodão na fazenda Pamplona. Confira, a seguir, as diferentes etapas do cultivo da fibra e da lida no campo, antes do algodão ser enviado à indústria têxtil ou quaisquer outra destinação:

 

Planejamento agrícola e plantio

O início da produção de algodão começa com o planejamento agrícola, como também acontece com outras culturas. No caso da SLC, a empresa analisa os dados de sua área de pesquisas para definir as melhores épocas de semeadura e de suas operações agrícolas. A fazenda Pamplona possui a unidade de pesquisa mais antiga da empresa, uma área de 178 hectares utilizada para estudos de campo desde 1988.

A partir do que é levantado na área de testes, a empresa define sua estratégia para sementes, fertilizantes e defensivos ideais, para que cada lavoura alcance a maior produtividade possível.

 

Semeadura e monitoramento da lavoura

Para a semeadura, pela grandeza das lavouras, a companhia utiliza máquinas com até 50 linhas de semeadura. São máquinas gigantescas, mas mesmo assim não é difícil varar noites de plantio, caso alguma intempérie chegue de surpresa e o trabalho precise ser suspenso. O plantio é um período crítico porque perder a janela climática ideal pode trazer, na sequência, atrasos às etapas seguintes, o que em geral compromete a produtividade.

A partir daí, o manejo das lavouras também considera boas práticas agronômicas. Uma delas é o MIP/MID (Monitoramento Integrado de Pragas e Doenças), etapa em que são aplicados defensivos agrícolas que garantem a segurança do algodão ao longo de seu crescimento. O sistema de plantio direto e a rotação de culturas são outras duas estratégias adotadas pela SLC em suas produções de algodão e também do milho e da soja.

O plantio direto, um modelo no qual o solo não é revolvido e representa um dos sistemas mais sustentáveis de cultivo no planeta, é aplicado em cerca de 36 milhões de hectares no Brasil, para todas as culturas, segundo a Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha. A meta para a próxima década é chegar a 48,5 milhões de hectares

 

Colheita

Na colheita, a SLC utiliza sensores em suas máquinas para registrar dados georreferenciados de produtividade e criar mapas da produção. As informações levantadas auxiliam na identificação dos fardos colhidos, o que garante a obtenção da rastreabilidade do algodão. A companhia tem 92 colhedeiras da fibra em seu pátio de máquinas, uma das maiores frotas do país.

 

Beneficiamento

Após a colheita, os rolos de algodão — cada um com cerca de 2 metros de diâmetro e 2.300 quilos — são levados ao beneficiamento, um processo composto por nove tipos de máquinas que prepararam o algodão para o envio às indústrias. No caso, a SLC possui usinas de beneficiamento em suas sedes, realizando esta etapa sem que o produto saia das fazendas.

Neste momento, o algodão é pesado e tem sua qualidade avaliada, com amostras retiradas que indicam a pureza e a umidade do algodão. A commodity, então, passa por uma pré-lavagem que tira até 70% das sujeiras encontradas na pluma. Daí, seguem para as máquinas de descaroçamento, separando a semente da pluma.

Aqui a fibra do algodão é separada de sua semente. Esta, por sua vez, ainda passa em uma outra máquina para retirar as pequenas fibras que estão juntas ao caroço — com o nome de línter, esta fibra é utilizada na fabricação de gaze e outros tecidos cirúrgicos. Com a fibra do algodão separada, a empresa realiza o enfardamento e a prensagem, formando fardos de algodão menores, com cerca de 200 quilos, que facilitam o transporte da matéria para a indústria (Forbes, 19/7/22)

 

Leia Mais: Como o algodão sai do campo e vai parar na sua roupa | Brasilagro

Mídia: Brasilagro

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Programação e informações sobre o Congresso Brasileiro do Algodão poderão ser verificadas na tela do celular

Para acessar o app (disponível nos sistemas Android e IOS) e ficar por dentro de tudo o que está acontecendo, basta fazer download

20 de Julho de 2022

Produtores, pesquisadores e representantes de empresas brasileiras e internacionais que forem ao 13º Congresso Brasileiro do Algodão, em Salvador, nos dias 16, 17 e 18 de agosto, terão uma importante ferramenta de apoio para participar ativamente das atividades, localizando os painéis de interesse e otimizando tempo. Um aplicativo, desenvolvido especialmente para o evento, auxiliará os congressistas a consultarem os assuntos pertinentes, como horários, palestrantes, mediadores, hotéis oficiais, transfers, mapa e patrocinadores. A plataforma oferece ainda uma linha do tempo na qual os participantes podem fazer postagens, interagir e até mesmo tirar dúvidas, por meio do FAQ - Perguntas Frequentes.

Para acessar o app e ficar por dentro de tudo que está acontecendo, basta fazer download disponível nos sistemas Android e IOS, no seu mercado virtual (Google Play e Apple Store), procurando pelo nome Congresso do Algodão. Concluído o processo, o usuário fará o login que pode ser efetuado de duas maneiras: usando uma conta Google ou outro e-mail. Ao entrar no aplicativo, no canto esquerdo superior, haverá o menu com todas as especificações da ferramenta sobre o congresso.

O CBA é organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e tem o apoio de várias instituições e empresas que se preocupam com a expansão da produção da fibra com sustentabilidade. O evento reúne diferentes segmentos da cultura algodoeira para discutir temas relacionados à fibra.

 

Veja o que o app dispõe:

·  Informações gerais sobre data e local da realização do evento;

·  Orientações sobre Salvador;

·  Apresentação das comissões organizadora e científica;

·  Palestrantes com currículo, foto e suas apresentações;

·  Espaço para enviar preguntas aos palestrantes;

· Possibilidade de o participante favoritar quais palestras quer assistir;

·  Acesso à área de trabalhos científicos, com textos apresentados nos pôsteres;

·  Informações e contatos da agência de viagens oficial;

·  Mapa geral do evento;

·  Divulgação dos patrocinadores e mapa de localização na área de exposição.

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Cerrado é destaque na produção sustentável de algodão

​Rentável e sustentável. Assim é a produção de algodão no Cerrado. É no centro do país que se encontra 90% das lavouras brasileiras de algodão

20 de Julho de 2022

Com investimento em tecnologia e pesquisa e somente 8% da área plantada irrigada, o Brasil pode ser considerado o maior fornecedor de algodão sustentável do mundo, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

Nas décadas de 1980 e 1990, o Brasil era um dos maiores produtores mundiais de algodão.

Porém, com a chegada do bicudo, a principal praga da cultura nas Américas, a área plantada diminuiu mais de 60% e o país deixou de ser um grande exportador para ser o segundo maior importador de algodão do planeta.

No início dos anos 2000, houve uma retomada do cultivo. A cultura migrou das regiões Sul e Sudeste para o Centro-Oeste.

Com a colheita mecanizada e investimento em pesquisa e novas tecnologias, o cenário mudou bastante.

Se em 1980, o Brasil produziu 500 mil toneladas de pluma em quatro milhões de hectares. Hoje, o país produz quase três milhões de toneladas em pouco mais de 1,5 milhão de hectares. Ou seja, uma produtividade cinco vezes maior em uma área plantada praticamente três vezes menor.

Rentável e sustentável. Assim é a produção de algodão no Cerrado. É no centro do país que se encontra 90% das lavouras brasileiras de algodão.

Uma cultura que já ocupou o sertão e a beira-mar, mas encontrou no Planalto Central as condições ideais para o seu desenvolvimento.

"A gente já tem previsões e históricos de onde iniciam as chuvas e onde elas terminam. Então, para o algodão, é fundamental. Um exemplo é que, nesse estágio que se encontra, da colheita, eu não posso ter mais chuvas. Então, se eu estiver em outra região do Brasil, do Sul, eu já tenho nessa época até chuvas ocorrendo e, no Cerrado, eu não tenho. Eu tenho um clima mais definido", explica Diego Andre Goldschmidt, coordenador de produção da Fazenda Pamplona, em Cristalina (GO).

Na fazenda, 100% das plumas são certificada pelo Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e pela Better Cotton Initiative (BCI).

"Ao obedecer todo esse protocolo, são 183 pontos de cumprimento e verificação, a Fazenda recebe uma auditoria externa que comprova que está feito esse papel e emite um certificado de sustentabilidade para produção que sai da propriedade", explica o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarreiro.

Os protocolos de sustentabilidade envolvem boas práticas agrícolas, sociais e econômicas.

No aspecto ambiental, um fator determinante é a economia de água e de energia: 92% da produção é feita em sequeiro. Ou seja, irrigada apenas com água da chuva.

Além disso, o monitoramento de pragas é feito por drone e há um intenso controle biológico.

Já no aspecto social, a empresa busca oferecer um ambiente seguro, salários adequados, opções de lazer para os funcionários e eliminar qualquer forma de trabalho humilhante ou degradante.

"Trata-se de uma tomada de consciência do consumidor mundial, preocupado com o meio ambiente, com relações de trabalho e qualquer exploração indevida de pessoas. então, quando uma pessoa nos Estados Unidos ou na Europa vai à uma loja comprar uma roupa ou um produto de cama, mesa e banho, ela busca saber se, ao comprar, ela não está contribuindo para esse tipo de crime ambiental e social. a única forma de garantir isso é certificando o processo, desde a origem, até chegar no produto final", complementa Portocarreiro.

 

Rastreabilidade

Uma das iniciativas que assegura a qualidade do algodão produzido em cristalina é a rastreabilidade.

Um sistema de logística reversa, com tecnologia blockchain – ou seja, inviolável – que permite ao comprador e aos consumidores, saberem, todo o processo percorrido pelo produto.

"Junto com o fardo de algodão, a partir de um qr code, é verificado pelo celular, o comprador pode verificar quem produziu, em que região do país produziu, o mapa da fazenda, da onde saiu aquele fardo, em que unidade de beneficiamento esse algodão foi beneficiado, e o mapa da onde está, em que laboratório ele foi analisado, também com mapa, e o resultado da análise, inviolável, que o comprador tem muito interesse em saber e que sabendo que ninguém pode mexer nesse resultado, ele confia no que está ali. e também a informação que o algodão é ou não é certificado, que vão as licenças fornecidas pelas empresas de auditoria", explica o diretor executivo da Abrapa.

 

Leia mais: Cerrado é destaque na produção sustentável de algodão (canalrural.com.br)

Mídia: Canal Rural

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Brasil terá menos algodão na safra 21/22

Previsão de 2,8 milhões de toneladas foi revista, mas, ainda assim, será 10% maior que a anterior

20 de Julho de 2022

Na safra 2019/20, o Brasil bateu o recorde da década, alcançando 3 milhões de toneladas de algodão. Em 2020/21, período marcado pelos efeitos da pandemia de covid-19, a produção recuou para 2,3 milhões de toneladas. Para a safra 21/22, que começa a ser colhida, a previsão que era de colher 2,8 milhões de toneladas foi revista e o Brasil terá menos algodão. "Faltou chuva no final do ciclo em Mato Grosso e Bahia", explica Júlio Busato, presidente da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão).

Ainda que o país termine a temporada 21/22 com menos algodão que o previsto inicialmente, a safra atual será cerca de 10% maior que a anterior, mantendo o Brasil como o quarto maior produtor de algodão do mundo. Do total cultivado, apenas 700 mil toneladas permanecem no país, basicamente para abastecer a indústria têxtil. O grosso da produção é exportado. Quase 95% têm a China por destino, destaca Busato em entrevista ao GBLjeans.

Conforme o produtor, 84% do algodão brasileiro têm certificação ABR. Dos 2,33 milhões de toneladas da safra 20/21, 1,96 milhão de toneladas correspondem a algodão certificado. Quase todo o volume certificado também conta com licença BCI, de forma que 42% do algodão BCI do mundo são de algodão do Brasil, informou Márcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa em apresentação a jornalistas.

Para comparar, ele citou que os Estados Unidos participam com apenas 214 mil toneladas de algodão BCI.

 

Giro pela fazenda

Para mostrar a cadeia de produção do algodão certificada antes da fiação têxtil, a Abrapa organizou um giro por uma das fazendas do SLC Agrícola, grupo que responde por 11% da produção brasileira de algodão. O destino foi a fazenda Pamplona, situada em Cristalina, cidade de Goiás a 124 quilômetros de Brasília.

Para a safra 21/22, só a fazenda Pamplona plantou 92 mil hectares de algodão de primeira safra, que termina de colher em agosto. A fazenda também planta soja e milho.

Conta com uma UBA (Unidade Beneficiadora de Algodão) no mesmo complexo, com capacidade para processar 65 mil fardos de 2,3 toneladas cada um. Depois de passar pela usina de beneficiamento, os chamados 'fardões' dão origem a dois ou três fardos de 230 quilos cada um. São os 'fardinhos' que abastecem as fiações.

Na UBA, os 'fardões' envoltos em embalagens de plástico amarelo são abertos e levados para equipamentos que fazem a limpeza do algodão em duas etapas. Em seguida, uma máquina trata do descaroçamento da pluma.

A pluma limpa segue pela esteira para empacotamento nos fardinhos, enquanto o caroço passa por outros processos. Serve de insumo às indústrias de alimentos, para produção de óleos, e de cosméticos. A sobra de pluma que fica grudada no caroço é chamada de línter e usada para fabricação de papel-moeda ou do algodão que se compra na farmácia.

Outros sub-produtos incluem a fibrilha da qual se faz a sacaria, panos de prato entre outras aplicações; a casca do caroço serve para ração de gado. "Tudo do algodão tem uso", assegura Filipe Mamede, gerente de vendas do SLC.

 

Leia Mais: Algodão na safra 21/22 tem projeção revista para baixo • GBLjeans

Mídia: GBLjeans

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