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Brasil lidera exportações mundiais de algodão

Em Minas Gerais, a área plantada na safra 2024-25 deve aumentar em 7,4%, abrangendo 2,14 milhões de hectares

13 de Novembro de 2024

Com o encerramento do mês do algodão, que comemorou, em 7 de outubro, seu dia mundial, o Brasil tem muito a celebrar. A safra 2023/2024 confirmou a posição do país como principal exportador global da pluma, superando os Estados Unidos (EUA) – meta projetada para o ano de 2030. As exportações acumuladas de janeiro a setembro deste ano somam 2,01 milhões de toneladas, com previsão de atingir 2,85 milhões até o fim do ano.


A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) estima que a área plantada para a safra 2024/2025 aumentará em 7,4%, abrangendo 2,14 milhões de hectares, enquanto a produção deve crescer 8%, alcançando quase 4 milhões de toneladas. Mesmo diante de um cenário de preços menos atrativos, especialmente na bolsa de Nova York, a expectativa é que o Brasil mantenha sua liderança mundial nas exportações.


Segundo dados do relatório de safra da Abrapa do mês de outubro, o Brasil exportou 2,6 milhões de toneladas de algodão no período acumulado de agosto/2024 a setembro/2024, totalizando uma receita de US$ 500,6 milhões e espera-se que o país mantenha esse ritmo, com uma previsão de 2,86 milhões de toneladas exportadas na safra 2024/2025. No entanto, os produtores estão atentos à necessidade de aprimorar suas estratégias para enfrentar a volatilidade dos preços, buscando preservar suas margens de lucro.



Recorde de produção na safra 2023/2024


O encerramento desta safra também trouxe números expressivos em termos de produção. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil produziu um recorde de 3,673 milhões de toneladas de pluma, impulsionado principalmente pelo aumento da área plantada e a substituição de culturas, como o milho segunda safra, pelo algodão. Embora a produtividade tenha sofrido leve queda, o aumento de área compensou o impacto, mantendo a produção em níveis elevados.


Para a safra 2024/2025, o primeiro levantamento da Conab indica uma área plantada de aproximadamente 2 milhões de hectares e produtividade estimada em 1,83 mil toneladas por hectare, o que deverá resultar em uma produção total de 3,665 milhões de toneladas, levemente inferior à safra atual.


O consumo interno, por sua vez, apresentou leve retração. Em 2023, o Brasil consumiu 710 mil toneladas de algodão, e para 2024 a expectativa é de 695 mil toneladas. Já para 2025, o consumo deve se estabilizar em torno de 700 mil toneladas. Com isso, os estoques finais das safras 2023/2024 e 2024/2025 estão previstos para crescer, atingindo 2,29 e 2,40 milhões de toneladas, respectivamente.



Amipa: 25 anos de conquistas para a cotonicultura mineira


Em Minas Gerais, a Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa) completou, em 2024, 25 anos de atuação, reafirmando seu papel de destaque no fortalecimento da cotonicultura cada vez mais sustentável no Estado. A entidade tem sido uma voz ativa em prol dos cotonicultores mineiros, promovendo ações estratégicas que visam melhorar a qualidade e competitividade do algodão produzido em Minas, tanto no mercado nacional quanto internacional.


“A Amipa tem como foco integrar os produtores mineiros em projetos de desenvolvimento e promover o uso das melhores tecnologias produtivas disponíveis. Além disso, temos um compromisso com a sustentabilidade e com o apoio à agricultura familiar no Norte de Minas”, afirma Lício Augusto Pena de Sairre (na foto), diretor executivo da entidade.


Entre as iniciativas de destaque, a Amipa lidera projetos de monitoramento de pragas, com foco no combate ao bicudo-do-algodoeiro, principal praga da cultura, além de fomentar práticas socioambientais e certificações de qualidade. A Associação também possui unidades estratégicas, como a Central de Classificação de Fibra de Algodão (Minas Cotton), e uma Fábrica de Produtos Biológicos (Biofábrica), que fortalecem a produção de algodão em Minas Gerais ao viabilizarem a classificação e análise técnica da fibra produzida e o controle biológico de pragas nas lavouras algodoeiras.


Apesar de Minas Gerais ser o maior produtor da região Sudeste e de ter uma participação menor na produção nacional, quando comparado a Estados como Mato Grosso e Bahia, que, juntos, concentram mais de 90% da área plantada, o avanço do algodão mineiro se deve à busca por uma maior rentabilidade em relação aos grãos, conforme apontado por Lício. “Com os preços dos grãos menos atrativos, o algodão se destaca como uma alternativa mais lucrativa, especialmente porque o produtor sabe que há mercado garantido para a pluma”, destaca o diretor executivo.



Perspectivas para o futuro


O algodão brasileiro segue consolidado como um dos principais motores do agronegócio no país. Com o aumento da área plantada, exportações em alta e a busca por novas tecnologias e práticas sustentáveis, o Brasil continua a se posicionar como líder mundial na cotonicultura. Em Minas Gerais, o papel da Amipa continua a ser essencial para garantir a competitividade e a sustentabilidade do setor, promovendo o desenvolvimento contínuo de uma das culturas mais importantes do Estado.

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Abrapa participa de reunião no Mapa para discutir avanços e novos mercados em 2025

12 de Novembro de 2024

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, participou na manhã de 12 de novembro de uma reunião com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e representantes de 20 entidades do agronegócio, em Brasília. O encontro abordou o balanço das ações de apoio do Mapa, no último ano, e as prioridades para 2025, além dos avanços nas aberturas de mercados internacionais para o agronegócio brasileiro. Fávaro anunciou 273 novos acessos a produtos e projeta chegar a 300, até o fim do ano.


Schenkel agradeceu o apoio dado ao setor algodoeiro e ressaltou o impacto positivo do reconhecimento oficial do autocontrole, que aumentou a credibilidade do algodão brasileiro no mercado externo, além das recentes aberturas de mercado na Índia e Egito. "Isso reflete o trabalho intenso para ampliar nossa presença internacional e reforça a qualidade e a sustentabilidade da nossa produção. Esses novos mercados representam uma conquista importante, não apenas para o setor do algodão, mas para todo o agronegócio brasileiro, que ganha mais reconhecimento e competitividade no cenário global", afirmou.


Entre janeiro e setembro de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 125,89 bilhões, representando 49,3% das exportações do país. Embora alguns produtos tenham sofrido queda nos preços médios em comparação a 2022, o desempenho geral tem sido positivo, impulsionado por volumes recordes de vendas, incluindo o algodão. A expectativa é que o Brasil mantenha a liderança global em exportações agrícolas, para o próximo ano, superando os Estados Unidos em volume.


Destaques e Futuro


Fávaro enfatizou a importância das aberturas de mercado para a geração de empregos e fortalecimento da balança comercial, especialmente em um cenário global de incertezas. Ele prevê novos anúncios durante a cúpula do G20, com potencial destaque para as negociações com a China.


Além disso, o ministro mencionou uma reestruturação técnica no Ministério da Agricultura para o próximo ano e reforçou a importância de ouvir as demandas, críticas e sugestões das entidades do setor.


Porto de Chancay e logística


Em novembro, será inaugurado o Porto de Chancay no Peru, também conhecido como "Nova Rota da Seda", o que deve ampliar as exportações brasileiras para a Ásia. A Rota Rondon conecta cidades brasileiras como Tabatinga (AM) e Porto Velho (RO), além de outras localidades estratégicas, reduzindo custos e tempos de transporte. Com o novo porto, o tempo médio de transporte para o Oriente pode ser reduzido em até um terço, potencializando a competitividade do agronegócio brasileiro.

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Abrapa e Anea preparam plano para melhorar a percepção internacional sobre a qualidade do algodão brasileiro

12 de Novembro de 2024

Dezenas de lideranças do setor produtivo do algodão brasileiro reuniram-se na manhã de terça (12) para debater como a qualidade da pluma nacional é percebida pela indústria têxtil global. Agora, equipes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) elaboram um plano de ação prevendo melhorias para 2025.


Durante a reunião, foi apresentado um estudo desenvolvido pela Wazir Advisors, consultoria indiana especializada no mercado têxtil. O mapeamento foi contratado pelo Cotton Brazil, programa de promoção do algodão brasileiro em escala global. Entre os respondentes, foram consultados industriais de seis dos principais mercados importadores da pluma brasileira: China, Vietnã, Paquistão, Bangladesh, Turquia e Indonésia.


Na apresentação, o consultor Varun Vaid, da Wazir, mostrou como é a percepção internacional sobre a fibra brasileira e que demandas técnicas as indústrias têm no uso da matéria-prima. Algumas soluções foram propostas e em seguida um debate entre produtores e exportadores foi realizado para coleta de novas alternativas e insights.


"Essa reunião foi muito importante para definirmos os próximos passos que precisamos traçar para garantirmos melhorias em nosso processo de qualidade. A consultoria fez um excelente trabalho na identificação desses desafios, e agora temos subsídios para iniciarmos nosso plano de trabalho", afirmou Edson Tetsuji Mizoguchi, gestor do programa de Qualidade da Abrapa.


A identificação dos pontos fortes e dos itens a serem melhorados vai contribuir tanto para o atendimento ao mercado doméstico brasileiro como para o posicionamento mais assertivo no mercado externo, explica Marcelo Duarte, diretor de relações internacionais da Abrapa. Do levantamento e da troca de ideias, cotonicultores e exportadores, agora, partem para a construção do plano de ação de melhorias, com foco para o ano de 2025.


O Cotton Brazil é uma iniciativa da Abrapa em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e tem apoio da Anea.

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Missão Vietnã-China começa dia 17 

12 de Novembro de 2024

O Cotton Brazil, programa de promoção global do algodão brasileiro desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), realiza sua nona missão internacional neste ano. Os países alvo são Vietnã e China, que, juntos, responderam por 64% das exportações nacionais de pluma realizadas no ano comercial 2023/2024.


O objetivo do intercâmbio, que vai de 17 a 23 de novembro, é reforçar ainda mais as relações comerciais entre produtores e exportadores de algodão brasileiro com as duas nações. Além de maior consumidora mundial de pluma, a China é a maior exportadora global de produtos têxteis. Já a indústria têxtil vietnamita é a terceira que mais exporta no mundo.


A delegação brasileira terá oito representantes e será coordenada pelo presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. “Esse contato direto com fiações, indústrias e varejistas tem sido fundamental para mostrarmos os avanços do algodão brasileiro. Além disso, mantemos o canal de diálogo aberto pois sempre há aspectos para aperfeiçoarmos”, observou Schenkel.


No ciclo comercial 2023/2024, a China importou 1,32 milhão de toneladas de algodão do Brasil, o equivalente a 49% do total. O Vietnã, 389 mil toneladas (15%).


 A missão começa pela capital do Vietnã, Hanoi, que receberá uma edição do seminário “Cotton Brazil Outlook” e visitas técnicas a indústrias têxteis. Em seguida, a delegação brasileira segue para Hue para mais uma rodada de visitas e um almoço de negócios com empresários locais. No dia seguinte, o destino é a cidade de Ho Chi Minh, onde será realizada mais uma edição “Cotton Brazil Outlook” e visitas a fiações.


Na China, a agenda inclui uma série de reuniões com entidades de classe e empresas estatais do setor industrial têxtil na capital, Pequim. Entre as já confirmadas, estão China National Cotton Group Corporation (CNCGC), China National Cotton Exchange (CNCE), Chinatex Corporation, China Cotton Association (CCA) e China Cotton Textile Association (CCTA).


O Cotton Brazil foi idealizado pela Abrapa e é desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). A iniciativa recebe apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).

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Appa celebra seus 25 anos de fundação em nova sede

11 de Novembro de 2024

A última sexta-feira (08) foi de celebração para a Associação Paulista dos Produtores de Algodão (Appa), em Campos de Holambra, pelos 25 anos de fundação da entidade. Na ocasião, também foi inaugurado o novo centro administrativo, o novo centro de treinamento e auditório, este último, batizado com o nome de um dos grandes incentivadores da cultura do algodão no estado de São Paulo, Johannes Henricus Scholten.


 “A Appa acredita que, agora com a sua nova sede, a associação possa trazer mais eventos do agronegócio e, também, mais treinamentos para seus associados e colaboradores. No início de dezembro já está marcado o primeiro ciclo de palestras, focado em aprimorar gerentes de propriedades rurais”, afirma o presidente da Appa, Thomas Derks.


Durante a comemoração, que reuniu aproximadamente 250 pessoas, entre os pioneiros do setor, passando pelos pesquisadores, colaboradores, produtores, empresas da cadeia e autoridades locais; ocorreram outras homenagens para pessoas que fazem parte da história da Appa. Um dos homenageados pelos serviços prestados ao setor foi Jorge Maeda, um ícone do algodão brasileiro e ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que esteve representada pela diretora de Relações Institucionais, Silmara Ferraresi.


Jorge Maeda desempenhou papel fundamental na Abrapa, particularmente em períodos de significativa transformação e crescimento da cotonicultura brasileira. Defensor da inovação e da sustentabilidade, ele promoveu práticas que ajudaram a transformar o Brasil em um dos principais produtores e exportadores mundiais de algodão. “A Abrapa, com as iniciativas que ele apoiou, fortaleceu a qualidade e a eficiência da produção nacional, incentivando o uso de tecnologias avançadas e reforçando a colaboração entre os produtores, o que elevou o algodão brasileiro posto que tem ocupado atualmente, ressalta Silmara.


Para Derks, foi um grande evento. “Essa noite de homenagens enalteceu ainda mais a Associação Paulista dos Produtores de Algodão e a cotonicultura paulista que saíram fortalecidas desse encontro”, conclui.

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Simpósio entre Brasil e Alemanha debate programa ABR

11 de Novembro de 2024

Neste sábado (9), a produção responsável de algodão no Brasil foi um dos temas debatidos na edição deste ano do Simpósio Fronteiras Brasil-Alemanha de Ciência e Tecnologia (BRAGFOST, na sigla em inglês). O evento binacional é promovido em parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e a Fundação Alexander von Humboldt.


Com o tema “Entrando em um futuro sustentável”, o simpósio reuniu cerca de 60 cientistas e pesquisadores brasileiros e alemães em Piracicaba (SP). A grande adesão dos cotonicultores brasileiros à certificação socioambiental foi o case de sucesso levado ao encontro pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


Para o ciclo 2023/24, o Brasil prevê que 82,5% de sua safra de algodão tenha certificação do programa “Algodão Brasileiro Responsável” (ABR) – volume equivalente a 3 milhões de toneladas. O programa ABR é o padrão brasileiro de certificação socioambiental e é coordenado pela Abrapa.


A apresentação foi realizada por Fernando Rati, responsável pelo gerenciamento do projeto Cotton Brazil, programa da Abrapa que faz a promoção do algodão brasileiro em escala global. “Apresentamos uma visão geral sobre como o programa ABR funciona e mostramos como a sustentabilidade faz parte de diferentes etapas da nossa cadeia produtiva. Um exemplo é a rastreabilidade total do algodão certificado, que é um diferencial em âmbito mundial”, observou Rati.


A parceria entre as comunidades científicas brasileira e alemã iniciou-se em 2003. A cada ano, o simpósio binacional se alterna entre os dois países tendo como objetivo a troca de conhecimento em diferentes áreas das ciências e das engenharias. Dos encontros, surgem oportunidades para cooperações entre as nações, avalizadas e financiadas pela Fundação Alexander von Humboldt.

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Sou de Algodão na SPFW e no Domingão do Carlão

11 de Novembro de 2024

O programa Domingão do Carlão, apresentado pelo Carlão da Publique, esteve no desfile “Manualidades”, apresentado pelo movimento Sou de Algodão, na 58a. edição do São Paulo Fashion Week. Além da passarela, o programa mostra os bastidores do evento e traz entrevistas com nomes da moda brasileira como Glória Kalil. O movimento SDA foi representado pelo vice-presidente da Abrapa, Paulo Aguiar, e pela sua gestora, Silmara Ferraresi, que ressalta a importância do algodão como a conexão entre o campo e a cidade. “Nosso objetivo é unir esses mundos, o do trabalho que o produtor faz no campo com quem está na cidade usando nossa matéria-prima”.

Confira: https://www.youtube.com/watch?v=eG5sGD2e_tE 

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Abrapa reforça parceria com ApexBrasil e MRE com eventos na Ásia

11 de Novembro de 2024

 Porto Alegre, 8 de novembro de 2024 – Os últimos dias foram de muita integração entre a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e o governo federal brasileiro. Representantes da associação participaram de duas reuniões de planejamento do Ministério das Relações Exteriores (MRE) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em Bangkok (Tailândia) e Tóquio (Japão).


     As reuniões de planejamento fomentaram na integração do staff no Brasil e na Ásia tanto da ApexBrasil como do MRE, com embaixadores e diplomatas locais – além do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que tem servidores da Secretaria de Relações Internacionais e adidos agrícolas atuando nos países asiáticos.


     Em Bangkok, capital da Tailândia, o encontro ocorreu no final de outubro. A equipe da Abrapa, coordenada pelo presidente, Alexandre Schenkel, apresentou o Cotton Brazil como uma experiência bem-sucedida de parceria com a ApexBrasil, com saldo positivo tanto para os cotonicultores como para a imagem internacional do País.


     O Cotton Brazil é um programa de promoção do algodão brasileiro em escala global. Foi idealizado pela Abrapa e é realizado em parceria com a ApexBrasil, tendo apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).


     “Ficamos muito felizes de ver o destaque recebido pelo Cotton Brazil. Os resultados obtidos, principalmente a conquista do posto de maior exportador mundial de pluma, têm credenciado toda a nossa cadeia produtiva como referência do que o Brasil pode conquistar em outros setores também, e isso nos deixa muito orgulhosos”, analisou Schenkel.


     O futuro do mercado do algodão no mundo e, em especial, no Sudeste Asiático, foi um dos temas mais discutidos. Schenkel explica que esse posicionamento passa por reforçar o compromisso cada vez mais crescente da cadeia produtiva do algodão com práticas responsáveis. “Nossa matéria-prima é a mais sustentável para termos um futuro de menos impacto ambiental. Para isso, precisamos garantir competitividade frente às opções sintéticas”, pontuou.


     JAPÃO – Embora atualmente o Japão não tenha uma alta demanda por algodão, e represente um pequeno volume nas exportações da fibra brasileira, as relações comerciais entre os dois países tendem a se intensificar daqui para frente. A segunda etapa das reuniões de planejamento do MRE ocorreu em Tóquio, e a Abrapa aproveitou para abrir novas frentes de relacionamento com a indústria japonesa.


     O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, ressaltou o papel de vanguarda da indústria japonesa. “Embora muitas fiações japonesas tenham migrado para outros países, o Japão é muito relevante na cadeia produtiva, desde as fiações até a etapa varejista, sendo que o terceiro maior grupo varejista do globo é japonês”, explicou Duarte.


     A preocupação da indústria japonesa com certificação socioambiental também a aproxima do algodão brasileiro. “O programa Sou ABR, em fase piloto com varejistas no Brasil, é um bom exemplo para o Japão, porque realiza a rastreabilidade total do produto da fazenda até a gôndola, e é exatamente isso que as marcas japonesas procuram”, observou o diretor.


     ALGODÃO – O mercado asiático representa 98,24% das exportações brasileiras de algodão registradas no ano comercial 2023/24 – quando o País embarcou 2,68 milhões de toneladas de pluma. Atualmente, o Brasil é o maior exportador do produto no mundo.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #42/2024 08/11/2024

08 de Novembro de 2024

Destaque da Semana 1 - Vitória de Trump foi a principal notícia da semana. Hoje às 14hs (Brasília) ainda teremos a divulgação do relatório de novembro de Oferta e Demanda do USDA.


Destaque da Semana 2 - Com a divulgação do ótimo número de exportação de out/24 (280 mil tons), o Brasil tem o melhor começo de safra de exportação da história (562 mil tons exportadas de ago a out/24).


Algodão em NY - O contrato Dez/24 fechou nesta quinta 07/nov cotado a 71,05 U$c/lp (+2,1% vs. 31/out). O contrato Dez/25 fechou em 73,27 U$c/lp (+1,3% vs. 31/out).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro no posto Leste da Ásia é de 881 pts para embarque Nov/Dez-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 07/nov/24.


Altistas 1 - Com as eleições definidas nos EUA, uma importante fonte de incerteza nos mercados foi reduzida.


Altistas 2 – Preparando-se para enfrentamentos com a nova gestão Trump, a China anunciou hoje mais US$ 1,4 trilhão em pacote de estímulos à economia.


Altistas 3 - Ontem (7), o Federal Reserve (Fed) reduziu os juros em 0,25 pp. É a 2ª redução consecutiva.


Baixistas 1 - Apesar do grande apoio do setor empresarial, há muito receio nos EUA em relação aos impactos que uma escalada na guerra comercial com a China pode causar na economia.


Trump 2.0 - 1 – Trump ameaçou, na campanha, impor tarifas de 60% sobre produtos chineses. No seu 1o mandato, em 2018, a guerra comercial EUA-China incluiu uma série de tarifas sobre produtos chineses.


Trump 2.0 - 2 - Naquele período, uma das armas da China foi impor tarifa de 25% sobre o algodão americano e ainda boicotar o algodão da Austrália, o que abriu muito espaço para o algodão do Brasil.


Trump 2.0 - 3 - Antes do primeiro mandato de Trump, a participação do Brasil nas importações chinesas era de menos de 10%. No último ano comercial, o Brasil liderou as importações chinesas com mais de 40% de participação.


Trump 2.0 - 4 - Se por um lado o algodão brasileiro soube aproveitar a briga dos gigantes para crescer na China na fase 1 da guerra comercial, agora temos muito mais a perder do que em 2018.


China 1 - Cerca de 94% das lavouras em Xinjiang já foram colhidas na China (+11 pp que na semana anterior).


China 2 - As exportações têxteis da China em outubro totalizaram US$ 25,5 bilhões (+11% em relação ao ano anterior).


EUA - A colheita atingiu 63% da área nos EUA no domingo (03), +11 pp que na semana passada.


Índia - A estimativa do Ministério da Agricultura da Índia é de que a safra 2024/25 seja de 5,08 milhões tons (-8% frente a 2023/24). A projeção é inferior à do USDA.


Austrália - Os australianos exportaram 189.350 tons de algodão em set/24. Foi o maior volume mensal em dois anos.


Japão 1 - Representantes da Abrapa estiveram no Japão esta semana em reuniões com uma das maiores redes de varejo do mundo, fiações, tradings e entidades do setor têxtil.


Japão 2 - O Japão mudou seu foco de atuação. Das fiações, passou a atuar em várias áreas: de equipamentos de teste, máquinas de fiação, comércio de algodão e de fios até marcas globais e de moda.


Missão ApexBrasil 1 - Os bons resultados do Cotton Brazil foram destaque nas reuniões de planejamento que a Apex Brasil, o MAPA e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) promoveram na última semana na Ásia.


Missão ApexBrasil 2 - Uma delegação da Abrapa participou da agenda tanto em Bangkok como em Tóquio. A parceria com a ApexBrasil, adidos agrícolas, diplomatas e embaixadores brasileiros foi reforçada na missão.


Cotton Day Santos 1 - Mais de 150 produtores, traders, operadores de terminais portuários e retroportuários, armadores, prestadores de serviços e autoridades participaram do 1º Cotton Day Santos na quarta passada (6).


Cotton Day Santos 2 - Toda a cadeia logística brasileira do algodão definiu estratégias conjuntas para melhorar o escoamento da fibra. Este é o 3º evento da Abrapa em Santos desde a implantação do programa de certificação ABR-LOG.


Cotton Day Santos 3 - Santos é o maior porto do mundo no escoamento de algodão, com fluxo anual mensurado em 2,7 milhões tons. A próxima agenda de trabalho do grupo já tem data: 27 de novembro.


Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 280,9 mil tons em outubro. Volume 24,5% superior que o registrado no mesmo mês de 2023.


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (07) foram beneficiados no estado da BA (92%), GO (92,8%), MA (58%), MG (92%), MS (97%), MT (72,70%), PI (80,18%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 77,20%


Preços - Consulte tabela abaixo


Quadro de cotações para 07_11

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Sou de Algodão promove três dias de imersão na indústria têxtil para estudantes de moda

As universidades parceiras Senac Santo Amaro, PUC Campinas e Anhembi Morumbi conheceram a fábrica da Covolan, responsável pelo segmento de denim

08 de Novembro de 2024

Entre os dias 5 e 7 de novembro, o movimento Sou de Algodão promoveu dias especiais para alunos do curso de Moda do Centro Universitário Senac SP, campus Santo Amaro, da PUC Campinas e da Anhembi Morumbi, todas universidades parceiras. Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do movimento, foi a responsável por acompanhar os alunos na Experiência Sou de Algodão, em que quase 140 estudantes e docentes puderam conhecer a planta da Covolan Têxtil, em Santa Bárbara d’Oeste, uma das principais tecelagens do segmento denim.


Os dias começaram com uma palestra, conduzida por Manami, que destacou o trabalho da Abrapa, seus pilares estruturais e projetos, como os programas de sustentabilidade, rastreabilidade, qualidade e promoção. Entre os principais pontos mencionados, a gestora ressaltou a liderança do Brasil na exportação de algodão responsável, a terceira posição global em produção da fibra e a capacidade de atender integralmente a demanda interna. Também destacou que os setores têxtil e de confecção são o segundo maior gerador de empregos no Brasil.


Manami também falou sobre a visão do consumidor que está cada vez mais preocupado com a sustentabilidade e a busca por transparência das empresas de moda. Segundo Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o Brasil tem a vantagem de conseguir produzir uma moda 100% nacional. “Podemos mostrar por quantas mãos passa aquela peça, até chegar às mãos de quem compra a peça de roupa, já que temos uma cadeia têxtil completa e verticalizada, desde a produção da matéria prima, que é produzida com responsabilidade socioambiental e certificada”, explica.


“Levar os estudantes e docentes a conhecerem todos os processos da fabricação de um tecido tão importante para a moda, ajuda a promover o nosso propósito, de fortalecer o ensino e a cadeia produtiva, como um todo”, acrescenta a gestora.


Depois disso, aconteceu a visita técnica dentro da fábrica da Covolan Têxtil. Os presentes puderam conhecer a planta e os processos de fabricação de denim, tecido utilizado na produção do jeans, o item mais democrático do guarda-roupa de todas as pessoas. A empresa é referência em sustentabilidade, com mais de 30 certificações. Fundada em 1966, passou de fiação e tecelagem para uma referência nacional e internacional em Sustentabilidade. É 100% brasileira e, a partir do ano 2000, dedicou-se à produção exclusiva de Denim, com o propósito de gerar mudanças a partir dos produtos.


“É uma experiência de extrema importância para os dois lados: tecelagem e estudantes, futuros profissionais da moda. Precisamos gerar cada vez mais empatia, porque tudo o que fazemos hoje tem impactos sociais, ambientais e econômicos. Na Covolan, entendemos que contribuir com esses momentos de aprendizagem é um dever e uma obrigação, assim ajudamos na formação de uma cadeia de fornecimento mais forte, adequada e preparada. Essa experiência proporciona o que os alunos não conseguem ter no dia a dia da universidade: o sensorial, o cheiro e a temperatura corporal. Tudo isso só acrescenta na formação desse profissional que estará trabalhando com a gente no futuro”, comemora Thaísa Peralta, head de Denim da Covolan.


A aluna Larissa Caixeta Maiello, da PUC Campinas, explica que a visita foi muito importante para entender todos os processos, da produção do tecido até chegar no mercado. “Pudemos conhecer, também, todos os certificados e métodos que eles utilizam pensando na sustentabilidade, para proteger o meio ambiente e entregar um material de qualidade, usando o algodão”.


Esse é o mesmo sentimento de Giovana Gabriele Cardoso da Silva, aluna da Anhembi Morumbi. “Nós, como futuros profissionais de moda, vamos precisar desses métodos para saber como trabalhar da melhor maneira”, explica.


Mariana Sivieri, estudante do Centro Universitário Senac - Campus Santo Amaro, também tem um pensamento que vai de acordo com as colegas da futura profissão. “Fiquei impressionada com o compromisso da empresa, que vai desde o tratamento de despoluição da água utilizada no tingimento do Denim até a geração de energia por biomassa. Essa visita me permitiu uma visão completa do ciclo de produção e reafirmou a importância de práticas sustentáveis no setor”, comemora.


A professora Claudia Regina Martins, da Anhembi Morumbi, ressaltou que os processos são bem planejados e as estratégias de sustentabilidade estão presentes de uma maneira que não é um marketing. “A estação de tratamento de água da Covolan é incrível. Já estive em outras empresas, que inclusive são de Denim, mas a estação deles é uma coisa, assim, perfeita. É importante a gente conhecer todo esse processo, não só quem trabalha na área, porque a gente vê todas essas etapas e todo esse cuidado com as certificações, as preocupações ambientais, de qualidade e com os trabalhadores”, comenta.


Rose Sathler, coordenadora do curso de Moda da PUC Campinas, reforça que as visitas técnicas representam oportunidades singulares de aprendizado, permitindo aos estudantes uma imersão em temas fundamentais para sua formação. “A parceria com o movimento Sou de Algodão proporcionou, mais uma vez, a chance de observar de perto o processo produtivo, ressaltando a importância da responsabilidade ambiental e social na indústria têxtil. Agradecemos à Covolan, referência em práticas sustentáveis, pela acolhida e pelo compartilhamento de conhecimento. Esta experiência reforça nosso compromisso conjunto com a formação integral dos estudantes de Design de Moda da PUC-Campinas”.


Por fim, Viviane Torres Kozesinski, Docente do Bacharelado em Design de Moda - Centro Universitário Senac - Campus Santo Amaro, agradece ao movimento Sou de Algodão por ter promovido a conexão entre universidades e empresas, fundamental para a formação dos futuros designers de moda. “As visitas técnicas às empresas da área de moda possibilitam estender os limites da sala de aula. Um ponto fundamental e muito marcante na visita, foi poder conhecer o sistema implementado pela empresa na busca por uma produção limpa e sustentável. Sem dúvida, foi um exemplo positivo que impactou fortemente os alunos”, finaliza.

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