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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #07/2025 21/02/2025

21 de Fevereiro de 2025

Destaque da Semana - Depois de um bom início de semana, com as cotações atingindo a máxima do ano embaladas pela projeção de redução de área nos EUA, o mercado voltou a cair após análise mais detalhada dos números.


Algodão em NY - O contrato Jul/25 fechou nesta quinta 20/fev cotado a 68,47 U$c/lp (-0,6% vs. 13/fev). O contrato Dez/25 fechou em 69,16 U$c/lp (-0,1% vs. 13/jan).


Basis Ásia - Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 758 pts para embarque Mar/Abr-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 20/fev/25.


Baixistas 1 - Apesar do National Cotton Council (NCC) dos EUA ter previsto a redução da área de algodão em 14,5% para o plantio de 2025, o balanço de oferta e demanda para 2025/26 mostra aumento dos estoques finais no país.


Baixistas 2 - A previsão é de uma safra menor nos EUA, mas com estoques iniciais 55% maiores, resultando em uma alta de 5,3% nos estoques finais de 2025/26.


Baixistas 3 - Além disso, o NCC estimou que a redução da safra (-2,9%) será menor que a redução da área (-14,5%).


Altistas 1 - Apesar da produtividade estimada estar em linha com a média dos últimos 5 anos nos EUA (855 lb/acre vs 863 lb/acre de média), o abandono previsto está bem menor que a média dos últimos cinco anos (18,6% vs 29,4% de média).


Altistas 2 - A tendência de redução de área já era clara nos EUA, devido a sucessivos problemas climáticos e custo de produção acima de US$ 0,80/lb.


Altistas 3 - A confirmação dessa tendência pode vir em 28/fev, quando o USDA divulgará as primeiras projeções de área, oferta e demanda para 2025/26.


Altistas 4 - O primeiro aviso dos contratos de março será em 24/fev. Se os especuladores que estāo muito vendidos (short) recomprarem rapidamente, os preços tendem a subir significativamente – mesmo que por pouco tempo, já que a demanda continua fraca.


Índia 1 - Abrapa e Anea realizam várias ações comerciais e de promoção na Índia, quarto maior exportador têxtil do mundo.


Índia 2 - O governo indiano planeja atingir US$ 100 bilhões em exportações têxteis até 2031 . Apesar da baixa produtividade e da migração para outras culturas limitarem a produção indiana, as fiações querem mais algodão de qualidade e livre de contaminação.


Nos últimos seis meses, o Brasil exportou 112 mil tons de algodão para a Índia, volume maior que a soma dos últimos oito anos. Tendência clara de crescimento e mais aceitação da pluma brasileira no mercado indiano.
Durante reuniões na Índia, o governo indiano acenou com a suspensão da tarifa de 11% sobre a importação de algodão nos próximos meses. Com isso, um volume expressivo de pluma brasileira poderá entrar na Índia.
Além das ações de promoção e relacionamento, o Cotton Brazil está atuando com consultores locais para ajudar a indústria têxtil indiana a lidar com desafios técnicos.
Como o algodão é uma fibra natural com especificidades de cada origem, muitas fiações ainda não sabem como processá-lo de forma eficiente. Esse suporte técnico é fundamental para consolidar a utilização da pluma brasileira no mercado indiano.


Missão Índia/Paquistão 1 - Nos primeiros dias da missão na Índia, a comitiva brasileira visitou fiações, reuniu-se com entidades setoriais e realizou uma edição do seminário Cotton Brazil Outlook em Coimbatore, principal polo têxtil da Índia.


Missão Índia/Paquistão 2 - Hoje, o seminário é realizado em Mumbai. Na semana que vem, a missão segue para o Paquistão, onde serão visitadas três cidades: Karachi, Lahore e Islamabad.


Bangladesh - A Bangladesh Textile Mills Association (BTMA) pleiteou ao governo que suspenda a importação de fios indianos por via terrestre. Hoje, a Índia fornece mais de 95% dos fios importados por Bangladesh.


Agenda 1 - Foi adiada para hoje (21) a publicação do relatório semanal de vendas e exportações do USDA.


Agenda 2 - Em 27/fev, o Cotton Outlook publicará seu primeiro relatório de Oferta e Demanda para 2025/26. No dia seguinte (28), será a vez do USDA.


Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 148,7 mil tons até a 2a semana de fevereiro. A média diária de embarque é 9,4% superior que a registrada no mesmo mês em 2024.


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (20), foi finalizado o beneficiamento nos estados de GO, MA, MG, MS, PI, PR e SP, restando os estados da BA (99%) e MT (99,57%). Total Brasil: 99,51%.


Plantio 2024/25 - Até ontem (20), foram semeados nos estados da BA (99,5%), GO (96,8%), MG (98%), MT (99,9%) e PI (92,9%). Nos estados do MA, MS, PR e SP, o plantio já foi encerrado. Total Brasil: 99,6%.


Preços - Consulte tabela abaixo


tabela 21.02


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Cotonicultores certificados pelo ABR na safra 2023/2024 poderão ter desconto de 0,5% em juros do Plano Safra 2024/2025

20 de Fevereiro de 2025

Cotonicultores com fazendas certificadas pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR – safra 2023/2024), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), já podem se habilitar ao desconto de 0,5% nas taxas de juros de custeio do Plano Safra 2024/2025. O benefício se deve ao reconhecimento do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), como elegível ao programa Brasil Agro Mais Sustentável, conforme já havia antecipado o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante o 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA).


Para ter acesso ao desconto, os cotonicultores que se enquadram nos requisitos devem estar inseridos na plataforma Agro Brasil Mais Sustentável até o dia 30 de junho. O primeiro passo, é procurar as respectivas associações estaduais.


De acordo com o presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, o incentivo representa um reconhecimento direto àqueles que adotam práticas sustentáveis na produção de algodão. “Estamos comprometidos em fortalecer a posição do Brasil como referência em algodão responsável, consolidando nossa liderança como o maior exportador mundial da fibra”, ressaltou Piccoli.


Para Carlos Fávaro, o ganho financeiro é uma vantagem adicional para aqueles que demonstram compromisso com a responsabilidade social e ambiental. “O setor do algodão foi a primeira cadeia produtiva a se beneficiar desta iniciativa, mostrando que está alinhado à visão de sustentabilidade”, afirmou o ministro, durante encontro com Gustavo Piccoli, presidente da Abrapa, na última quarta-feira (12).


O ABR


Criado em 2012, o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) visa a padronizar e promover o aperfeiçoamento constante na gestão de recursos naturais, condições de trabalho e técnicas de cultivo nas fazendas de algodão. Na safra 2023/2024, o ABR certificou 451 unidades produtivas, com volume de 3,04 milhões de toneladas de algodão certificado, chegando a 83% da produção nacional.

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Plantio na reta final e projeção mantida

19 de Fevereiro de 2025

O plantio da safra 2024/2025 está quase finalizado, e a produção estimada segue em 3,91 milhões de toneladas – um crescimento de 5,8% em relação à safra anterior, segundo o levantamento da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Agora, as lavouras avançam para a fase de desenvolvimento, enquanto o monitoramento de pragas e doenças segue intenso no campo. O beneficiamento do algodão colhido na safra passada está em 99,2%, garantindo o produto pronto para abastecer o mercado nacional e o internacional. Acompanhe estas e outras informações no Relatório da Safra da Abrapa de fevereiro de 2025. Clique no link e confira.

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Cotonicultores certificados pelo ABR na safra 2023/2024 poderão ter desconto de 0,5% em juros do Plano Safra 2024/2025

19 de Fevereiro de 2025

Cotonicultores com fazendas certificadas pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR – safra 2023/2024), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), já podem se habilitar ao desconto de 0,5% nas taxas de juros de custeio do Plano Safra 2024/2025. O benefício se deve ao reconhecimento do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), como elegível ao programa Brasil Agro Mais Sustentável, conforme já havia antecipado o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante o 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA).


Para ter acesso ao desconto, os cotonicultores que se enquadram nos requisitos devem estar inseridos na plataforma Agro Brasil Mais Sustentável até o dia 30 de junho. O primeiro passo, é procurar as respectivas associações estaduais.


De acordo com o presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, o incentivo representa um reconhecimento direto àqueles que adotam práticas sustentáveis na produção de algodão. “Estamos comprometidos em fortalecer a posição do Brasil como referência em algodão responsável, consolidando nossa liderança como o maior exportador mundial da fibra”, ressaltou Piccoli.


Para Carlos Fávaro, o ganho financeiro é uma vantagem adicional para aqueles que demonstram compromisso com a responsabilidade social e ambiental. “O setor do algodão foi a primeira cadeia produtiva a se beneficiar dessa iniciativa, mostrando que está alinhado à visão de sustentabilidade”, afirmou o ministro, durante encontro com Gustavo Piccoli, presidente da Abrapa, na última quarta-feira (12).


 O ABR


Criado em 2012, o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) visa a padronizar e promover o aperfeiçoamento constante na gestão de recursos naturais, condições de trabalho e técnicas de cultivo nas fazendas de algodão. Na safra 2023/2024, o ABR certificou 451 unidades produtivas, com volume de 3,04 milhões de toneladas de algodão, chegando a 83% da produção nacional.




  • Passo a passo para habilitação do produtor com fazenda certificada ABR na safra 2023/2024 (exercício 2024): 



  1. Produtor: verificar a validade da certificação ABR de sua(s) fazenda(s) – Somente os produtores com fazendas que possuem a certificação do Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), na safra 2023/2024, (exercício 2024), estão aptos a receber o benefício;

  2. Produtor: contactar a Associação Estadual para atualizar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) – Ela é responsável pelo processo de garantir que todas as informações estejam corretas. O registro atualizado é essencial para garantir a adesão ao desconto;

  3. Associação Estadual: enviar as informações do produtor devidamente validadas para a Abrapa;

  4. Abrapa: enviar as informações recebidas da Associação Estadual para o SERPRO e comunicar a Associação Estadual sobre liberação do produtor para acesso à plataforma;

  5. Produtor: após Associação Estadual informar a liberação para acesso à Plataforma AB+S, acessar o link: https://agrobrasil.agricultura.gov.br/abs/home para aceite da inclusão, habilitando a fazenda certificada ao programa de desconto;

  6. Produtor: após acessar o link, entrar com gov.br;

  7. Produtor: após acessar o gov.br, dar o aceite no Termo de Uso e Política de Privacidade;

  8. Produtor: em seguida, clicar em "Meus Estabelecimentos Rurais",

  9. Produtor: filtrar CPF ou CNPJ ao qual deseja ver os Estabelecimentos relacionados. Eles aparecerão na lista de Estabelecimentos Rurais, pois foram previamente cadastrados junto ao SERPRO pela Associação Estadual/Abrapa. Clique na aba Ações para habilitar o Estabelecimento desejado,

  10. Produtor: Procurar a instituição financeira para apresentação da documentação necessária de financiamento do Plano Safra (2024/2025) e verificar se o desconto está aplicado em suas operações.


 Mais informações estão disponíveis no site da Abrapa e links abaixo:


a)     Resolução do Banco Central CMN Nº 5.152, de 3 de julho de 2024: possui todas as referências para orientar os produtores a se habilitarem para pegar o incentivo.


Link: Resolução do Banco Central


b)    Programa Agro Brasil + Sustentável: possui as explicações sobre o funcionamento do programa, bem como iniciativas reconhecidas.


Link: Programa Agro Brasil + Sustentável — Ministério da Agricultura e Pecuária


c)     Plataforma Agro Brasil + Sustentável: plataforma digital onde o produtor habilita o Estabelecimento Rural para acessar o benefício.


Link: Plataforma Agro Brasil +Sustentável


d)    Site da Abrapa: página com referências detalhadas para orientar os produtores com fazendas certificadas ABR, na safra 2023/2024, a se habilitarem para pegar o incentivo.


Link:  ABR e Programa Agro Brasil + Sustentável – ABRAPA

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Crédito: 71,7 mil produtores podem ter desconto de 0,5 p.p no custeio por prática ambiental

19 de Fevereiro de 2025

Médios e grandes produtores rurais poderão contratar financiamentos de custeio no âmbito do Plano Safra 2024/25 com desconto de 0,5 ponto porcentual nas taxas de juros por boas práticas ambientais. De acordo com o Ministério da Agricultura, 71,7 mil produtores estão credenciados em programas de certificação de sustentabilidade da Pasta, reconhecidos para o benefício financeiro e aptos a receber o desconto em operações de custeio. São eles Produção Integrada (PI Brasil), com aproximadamente 18 mil produtores, Boas Práticas Agropecuárias (BPA) com cerca de 3 mil produtores e de Produção Orgânica com aproximadamente 50 mil agricultores, informou a pasta ao Broadcast Agro.


O desconto no chamado "custeio sustentável" está autorizado desde 2 de janeiro conforme resolução do Conselho Monetário Nacional (CNM). Mas a implementação do programa atrasou, já que faltava a listagem dos programas e instituições certificadoras reconhecidas pelo governo. A regulamentação foi publicada em portaria interministerial pelo Ministério da Agricultura e pelo Ministério da Fazenda na última quinta-feira (13).


A portaria reconhece as instituições e organismos certificadores dos programas de produção integrada, boas práticas agrícolas e produção orgânica. No âmbito da Produção Integrada (PI Brasil), o programa reconhece o Instituto Certifica Brasil. Sete programas foram reconhecidos no âmbito do Programa de Boas Práticas Agrícolas (BPA): Programa Soja Legal da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), Programa Certifica Minas Café da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais; Programa Certifica Minas da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais; Programa Boas Práticas Agrícolas IBS do Instituto BioSistêmico; Programa Algodão Brasileiro Responsável da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa); Programa Selo Ambiental do Arroz Rastreado do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga/RS) e Protocolo de Sustentabilidade Cooxupé Gerações da Cooperativa Guaxupé.


Dentro dos sistemas de produção orgânica, foram reconhecidas 11 instituições certificadoras que poderão emitir os certificados aos produtores rurais. São elas: Instituto Certifica Sociedade Simples; IBD Certificações Ltda.; Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar); Instituto Mineiro de Agropecuária; Ecocert Brasil Certificadora Ltda.; Agricontrol OIA Ltda.; Associação dos Produtores Orgânicos do Tapajós; Central de Associações de Produtores Orgânicos Sul de Minas; Associação de Agricultura Orgânica e Agroecologia da Zona da Mata/MG; Associação de Agricultura Biodinâmica do Sul (ABD-SUL) e Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (Abio). Os produtores que tiverem a chancela das certificações dessas instituições passarão a ter direito ao benefício, chamado de juros verdes pelo governo.


A portaria interministerial estabelece que as instituições certificadoras serão as responsáveis pelo cumprimento dos critérios dos programas reconhecidos pelos seus produtores certificados, sendo passíveis de comprovação e verificação. As instituições devem assegurar que os produtores rurais certificados cumpram os requisitos estabelecidos nos programas.


Em caso de descumprimento dos critérios de práticas sustentáveis a instituição certificadora e os produtores certificados poderão ser penalizados, nos termos da legislação vigente, perdendo o direito à bonificação prevista na Resolução CMN nº 5.152, de 3 de julho de 2024. A relação das instituições reconhecidas pela portaria interministerial pode ser revista a qualquer momento, prevê a normativa.


Para concessão do desconto aos produtores rurais, as instituições financeiras deverão validar as informações na Plataforma AgroBrasil + Sustentável (AB+S) por meio da consulta de práticas agropecuárias sustentáveis. Os bancos devem checar se os produtores cumprem as regras para concessão de descontos por meio dos dados informados na plataforma. As instituições e certificadoras reconhecidas pelo governo devem manter atualizadas as informações dos produtores na plataforma AB+S, em especial quanto a mudança de classificação, inclusão ou exclusão de produtores certificados. O rebate nos juros será feito pelos agentes financeiros no momento da contratação das linhas quando a certificação ativa dos programas deve ser verificada.


O desconto é válido para operações contratadas até 30 de junho dentro do Plano Safra atual, ou seja, pode ser utilizado nas operações de custeio da safra de inverno. Outros 0,5 ponto porcentual de desconto nos juros pode ser obtido pelos produtores com Cadastro Ambiental Rural (CAR) validado - pouco mais de 105 mil. Médios e grandes produtores que contrataram financiamentos no RenovAgro (Programa de Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis, antigo ABC+) nos últimos cinco anos também poderão receber o abatimento adicional de 0,5 ponto porcentual nos juros para as áreas relacionadas com o investimento anterior - público estimado em 9 mil produtores rurais.

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O Futuro do Algodão Brasileiro

18 de Fevereiro de 2025

O crescimento da adesão das fazendas ao Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) na safra 2023/2024 foi o tema central da entrevista conduzida pela apresentadora Marusa Trevisan, no programa Planeta Campo, do Canal Rural, com o presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, nesta segunda-feira (17). Durante a conversa, ele também discutiu o futuro do algodão brasileiro, os desafios da sustentabilidade no setor e as perspectivas para o agronegócio. Piccoli destacou como o Brasil está se consolidando como referência mundial na produção de algodão sustentável. Não perca o bate-papo completo, disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=Z0Z6mXv5X4Y 

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #06/2025 14/02/2025

14 de Fevereiro de 2025

Destaque da Semana - Após o relatório relativamente baixista do USDA desta semana, o mercado aguarda para domingo (16) o relatório de intenções de plantio dos EUA para 2025 elaborado pelo Conselho Nacional do Algodão (NCC).


Algodão em NY - O contrato Mar/25 fechou nesta quinta 06/fev cotado a 66,83 U$c/lp (+1,2% vs. 06/fev). O contrato Dez/25 fechou em 69,15 U$c/lp (+0,4% vs. 06/jan).


Basis Ásia - Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 978 pts para embarque Fev/Mar-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 13/fev/25.


Baixistas 1 - O relatório mensal de oferta e demanda do USDA trouxe aumento de estoques tanto no mundo quanto nos EUA (mercado referência para a Bolsa de NY).


Baixistas 2 - A relação estoque/uso dos EUA, observada de perto pelo mercado, atingiu este mês 39%, a segunda maior desde a crise financeira de 2007/08, menor apenas que no auge da Covid em 2019/20.


Baixistas 3 - Com a grande posição líquida vendida (shorts) dos fundos especuladores, as cotações continuam pressionadas no curto prazo.


Altistas 1 - Se os especuladores estão vendidos, os “comerciais” (produtores, traders, fiações) estão majoritariamente comprados no mercado. Isso mostra que esses players do “mundo real” do algodão veem mais sinais de alta do que baixa.


Altistas 2 - A alta no mercado do petróleo e a queda no índice do dólar esta semana deram suporte às cotações de algodão.


Safra mundial 1 - Em seu relatório de “Oferta e Demanda” de fevereiro, o USDA manteve a estimativa de consumo para 24/25 em 25,2. milhões tons, e aumentou de 26 milhões tons para 26,2 milhões tons a estimativa de produção.


Safra mundial 2 - O aumento de produção está concentrado na China, que produziu uma super safra de 6,75 milhões tons. Com isso, os estoques subiram 110 mil tons, chegando a 17,1 milhões tons.


China 1 - A Beijing Cotton Outlook (BCO) acredita que a importação de 2024/25 chegue a 1,8 milhão tons, enquanto o USDA estima que não passe de 1,6 milhão tons.


China 2 - No ciclo anterior (2023/24), a importação foi de 3,3 milhões tons. Ou seja: independentemente do número (BCO ou USDA), a redução da importação de algodão pela China em 2024/25 será significativa.


EUA 1 - O USDA manteve a previsão de que os EUA produzirão 3,14 milhões tons de algodão na safra 2024/25 e exportarão *2,39 milhões tons


EUA 2 - Até 1º/fev, cerca de 99% da safra 2024/25 de algodão nos EUA já tinha sido beneficiada.


Vietnã - Em jan/25, o Vietnã importou 129.187 tons de algodão, 12% menos que em jan/24. O Brasil forneceu 47% desse total (60.454 tons).


Bangladesh - Bangladesh importou 120.743 tons de algodão em janeiro, tendo a Índia como principal origem (29%).


Missão Índia/Paquistão 1 - De 19/fev a 1º/mar, uma delegação brasileira visita os principais polos têxteis da Índia e do Paquistão. A primeira agenda internacional do ano abre o calendário oficial do Cotton Brazil.


Missão Índia/Paquistão 2 - A agenda de trabalho percorrerá cinco cidades nos dois países. Além de visitas técnicas e reuniões setoriais, serão promovidas quatro edições do seminário “Cotton Brazil Outlook”.


Missão Índia/Paquistão 3 - Uma das metas é ampliar a presença da pluma brasileira na Índia, detentora da segunda maior indústria têxtil do mundo, e no Paquistão, quinto maior consumidor mundial da fibra.


Missão Índia/Paquistão 4 - Missões internacionais são uma das principais estratégicas do programa Cotton Brazil, iniciativa desenvolvida pela Abrapa em parceria com a ApexBrasil e apoio da Anea.


Agenda - As bolsas norte-americanas não funcionarão na próxima segunda (17) devido ao feriado do “Dia do Presidente”.


Safra 2024/25 1 - A Conab aumentou as projeções da safra 2024/25 de algodão no Brasil nesta semana. A área passou de 2,005 milhões de hectares para 2,036 milhões há (+1,6% frente jan/25). Já a produção foi para 3,76 milhões tons (+1,7%).


Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 77,8 mil tons na primeira semana de fevereiro. A média diária de embarque é 14,6% superior que a registrada no mesmo mês de 2024.


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (13), foi finalizado o beneficiamento de algodão nos estados de GO, MA, MG, MS, PI, PR e SP, restando apenas os estados da BA (99%) e MT (99,17%). Total Brasil: 99,21%.


Plantio 2024/25 - Até ontem (13), foram semeados nos estados da BA (95%), GO (96,8%), MA (100%), MG (97%), MS (100%), MT (95%), PI (89,2%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 95,17%.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇



Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Safras revisa produção de algodão no Brasil em 2024/25 para 3,83 milhões de toneladas

13 de Fevereiro de 2025

Porto Alegre, 12 de fevereiro de 2025 – O plantio da safra 2024/25 no Brasil ganhou ritmo nas últimas semanas e alcançou 83% da área projetada até o último dia 6 de fevereiro, segundo informações da Abrapa. A semeadura está se aproximando do seu fim, com a maioria das lavouras em estágio de desenvolvimento vegetativo.


A área plantada com algodão no Brasil foi revisada para baixo, com as projeções da Safras & Mercado indicando 2,12 milhões de hectares, ligeiramente abaixo da estimativa inicial de 2,15 milhões de hectares. Mesmo com os ajustes, a área com algodão deve crescer 6,3% em relação à temporada passada. Esse número supera a estimativa da Conab, que aponta 2,00 milhões de hectares.


A produção de algodão na safra 2024/25 no Brasil deve alcançar 3,83 milhões de toneladas, uma ligeira correção negativa em relação à previsão anterior de 3,85 milhões de toneladas. Isso representa um avanço de 3,6% em relação à produção colhida na temporada 2023/24, estimada em 3,69 milhões de toneladas. A Abrapa aponta 3,92 milhões de toneladas e a Conab, 3,70 milhões de toneladas.

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VI Workshop de Manutenção Uster reforça qualificação dos laboratórios de análise de algodão  

13 de Fevereiro de 2025

Após três dias de capacitação, encerrou-se em 12 de fevereiro o VI Workshop de Manutenção Uster, o primeiro realizado em 2025 pelo Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). O treinamento, realizado em Goiânia (GO), faz parte do pilar de orientação aos laboratórios do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) e reuniu todos os laboratórios integrantes, além de técnicos da Uster Technologies, referência mundial em equipamentos de análise HVI.


De acordo com o gestor de Qualidade da Abrapa, Edson Mizoguchi, o foco do encontro foi a manutenção dos instrumentos HVI M100, que estarão em pleno funcionamento na safra 2024/2025. “O workshop abordou aspectos teóricos e práticos para garantir maior precisão e confiabilidade nas análises laboratoriais do algodão brasileiro”, afirmou. As atividades aconteceram no laboratório da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), que disponibilizou dois equipamentos para o treinamento.


No primeiro dia, o grupo recebeu orientações sobre a importância da manutenção preventiva e iniciou a prática no Módulo LS, responsável por medir o comprimento, a uniformidade e a resistência da fibra. No segundo dia, foi realizada a capacitação no Módulo Micronaire, utilizado para medir a finura da fibra. No terceiro dia, o foco foi o Módulo de Colorímetro e Trash. Ao final, o técnico da Uster fez uma apresentação da nova máquina Classing Q Pro e esclareceu as dúvidas dos participantes.


Ao final de cada módulo, os técnicos da Uster discutiram os principais problemas, suas causas e as possíveis soluções. Os participantes foram submetidos a uma avaliação e, aqueles que atingiram a média estabelecida, receberam certificados.



Adesão total


A capacitação teve todas as vagas preenchidas, refletindo a grande procura e o interesse dos profissionais em aprimorar seus conhecimentos. Ao todo, 23 pessoas participaram do encontro, incluindo cinco mulheres, reforçando a presença feminina no setor. "O treinamento junto aos técnicos que fabricam os equipamentos nos dá um suporte fundamental, juntamente com a Abrapa. Sempre há algo novo para aprendermos", destacou Iago da Silva Nascimento, encarregado de controle e qualidade do Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). Segundo ele, a expectativa para a próxima safra é de um aumento de 10% a 12% na área plantada, chegando a 500 mil hectares na região do Matopiba e cerca de 4,5 milhões de amostras analisadas.


Já Renato Marinho de Souza, gestor do laboratório da Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), reforçou a importância da uniformização dos processos laboratoriais. “A participação nos treinamentos nos ajuda a compartilhar boas práticas de manutenção e padronizar procedimentos operacionais, garantindo maior qualidade e confiabilidade às análises.” A expectativa da entidade para a safra 2024/2025 é a realização de cerca de 600 mil análises de HVI e 150 mil análises de classificação visual.


A equipe do Laboratório de Classificação Instrumental da Unicotton também aproveitou ao máximo o encontro. Segundo Cesar Arruda Cordeiro, supervisor de classificação tecnológica de algodão, a próxima safra é promissora, acompanhando o aumento da área plantada. “Vamos analisar cerca de 2 milhões de amostras e esperamos uma boa produtividade da safra”, destacou.


Para Rhudson Assolari, gerente do Laboratório de Classificação Visual e Tecnologia da Fibra de Algodão da Agopa, é sempre uma oportunidade para treinar novos profissionais e preparar a equipe para a safra, que promete ser ainda maior. “Consegui treinar dois colaboradores que já estavam comigo há anos, mas ainda não tinham participado desse workshop. Com isso, estamos mais preparados para a próxima safra, que deve crescer cerca de 20%”, disse.


“Tudo o que aprendi vou compartilhar com meus colegas. A capacitação nos ajuda a identificar problemas, as possíveis causas e, assim, vamos garantir mais confiabilidade no equipamento, menos tempo de parada, o que significa menos interrupções, e isso vai melhorar o rendimento e a qualidade dos laboratórios”, finalizou Gessagno Pereira, do Laboratório de Classificação de Algodão BV Kuhlmann.

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Ministro da Agricultura recebe presidente da Abrapa para tratar de temas estratégicos do setor algodoeiro

13 de Fevereiro de 2025

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu nesta terça-feira (12) o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gustavo Piccoli, para uma reunião em Brasília. Este foi o primeiro encontro entre ambos desde que Piccoli assumiu a presidência da associação, em janeiro deste ano. Durante a audiência, foram discutidos temas estratégicos para o setor, como o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e a apresentação do Relatório Anual 2024 da iniciativa Cotton Brazil, executado em parceria com a ApexBrasil e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).


Piccoli também apresentou ao ministro os resultados das exportações brasileiras de algodão, com destaque para a crescente participação do Brasil no mercado asiático. Um dos principais marcos foi o recorde histórico de exportação registrado em janeiro de 2025, quando o país embarcou 415.628 toneladas da fibra, volume 66% maior que o registrado no mesmo mês do ano passado. “Esse marco expressivo reflete os avanços significativos na logística e na competitividade do algodão brasileiro no cenário global, resultado de um planejamento estratégico e antecipação do setor”, afirmou o presidente da Abrapa. Ele estava acompanhado do diretor executivo da entidade, Marcio Portocarrero, durante o encontro.


O reconhecimento da certificação ABR pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), anunciado no ano passado, durante o Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), como elegível ao programa Brasil Agro Mais Sustentável foi tratado durante o encontro. Ele oferece um desconto de 0,5% nos juros do crédito de custeio do Plano Safra 2024/2025 para os produtores com fazendas certificadas. Fávaro destacou que o algodão foi a primeira cadeia produtiva a ser certificada e se beneficiar dessa iniciativa. “Estamos juntos para consolidar o algodão brasileiro como a fibra responsável e o Brasil como o maior exportador de algodão do mundo”, afirmou Piccoli.


A agenda também incluiu discussões sobre sustentabilidade e a parceria com a Better Cotton (BC), além de um pedido formal para a substituição do presidente da Câmara Setorial do Algodão, com a indicação de Gustavo Piccoli para assumir a função, a partir da primeira reunião de 2025, prevista para março.

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