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Algodão deve alcançar 1,5 mi de hectares

​Entrevista ao canal Agro Mais

15 de Março de 2022

Abrapa na Mídia ​

A safra 21/22 de algodão está na fase de desenvolvimento vegetativo na maior parte das lavouras brasileiras, segundo levantamento feito pela Abrapa em parceria com as associações estaduais. Na primeira semana de março, faltavam ser plantados apenas os últimos talhões nos estados de Goiás e Minas Gerais. Em entrevista ao programa Agro Noite, o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, falou sobre as perspectivas para a atual temporada.

Assista:

https://www.youtube.com/watch?v=wGxsp8nwiOQ

Agro Mais – Programa Agro Noite – 10.03.2022

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Vozes do Agro: Setor algodoeiro nacional realiza missão no Paquistão e Turquia

​Artigo de Júlio Busato para a revista Globo Rural

14 de Março de 2022

Mercado doméstico destes dois países demanda mais do que a produção algodoeira dessas nações é capaz de fornecer

 

Após dois anos de reuniões virtuais, os cotonicultores brasileiros finalmente retomaram a interação presencial com atuais e potenciais clientes internacionais. Paquistão e Turquia foram os mercados eleitos para a primeira Missão Vendedores realizada pela Abrapa desde o começo da pandemia de Covid-19. Ambos estão entre os cinco maiores importadores de algodão do mundo. Juntos, os dois países foram destino de um quarto de todo a pluma embarcada pelo Brasil na última temporada, cada um com cerca de 12% das nossas exportações.

Ao longo da última década, além de receber representantes da indústria de diferentes países nas chamadas Missões Compradores, a Abrapa promoveu diversas Missões Vendedores, levando produtores brasileiros para conhecer o modelo de negócio e as necessidades dos principais destinos compradores de algodão no mundo. Nessas visitas, sempre são apresentados os números da cotonicultura brasileira e os programas desenvolvidos no país para incrementar a qualidade, a sustentabilidade, a rastreabilidade e a transparência nos dados de classificação instrumental de fibra, visando reforçar a confiança internacional.

A presença física, fundamental no processo de conquista de novos mercados e na consolidação do Brasil como segundo maior exportador mundial da pluma, ganhou novo impulso com o projeto Cotton Brazil, executado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex- Brasil) e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea),com o apoio dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e de Relações Exteriores (MRE).

Com a Apex-Brasil e a Anea, conseguimos reunir, em Dubai, mais de 100 empresários do setor têxtil e de algodão do Paquistão. Foi uma oportunidade para networking e troca de informações. Ouvimos a indústria daquele país e compreendemos o que devemos fazer para melhorar nossa participação e valorização no mercado paquistanês.

O Paquistão é o quinto maior produtor mundial de algodão, logo atrás do Brasil, com 0,98 milhão de toneladas na safra 2021/22. Mas é, também, o terceiro maior consumidor global da pluma e o quarto maior importador de acordo com o Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC). Há uma disposição muito grande de expandir o parque fabril têxtil, com investimentos da ordem de US$ 5 bilhões em máquinas. A presença da Abrapa, por meio do Cotton Brazil, demonstra nosso interesse em sermos parceiros neste crescimento.

 

Já na Turquia, no começo deste mês, conhecemos duas regiões produtoras, visitamos oito grupos industriais, incluindo os maiores do país em consumo de algodão, ouvimos sugestões de melhoria e percebemos a satisfação daquele mercado e o uso crescente do algodão brasileiro – nos últimos três anos, o país quase triplicou as importações da nossa pluma.

Como o Paquistão, a Turquia tem produção local, mas não consegue atender o consumo interno – o país já é o quinto maior importador mundial, com 1,17 milhão de toneladas adquiridas em outros mercados, segundo dados do ICAC. Observamos, lá, o mesmo movimento de investimentos evidenciado no Paquistão, com muitas fiações sendo construídas e ampliadas e um enorme potencial de expansão de negócios com o Brasil.

A Abrapa tem no seu DNA o foco no mercado, tanto nacional quanto internacional. Não chegaríamos onde chegamos se não tivéssemos a visão do cliente. E essa visão precisa ser permanentemente calibrada, porque o cliente muda. As missões internacionais servem, justamente, para que possamos aprender com nossos atuais e potenciais compradores, entender o que vem pela frente em termos de tendências e demandas, quais regiões e produtos vão crescer mais e quais características da pluma estão sendo mais demandadas.

Naturalmente, o cenário pontual é de apreensão com a guerra na Ucrânia e seus impactos, até porque esses países dependem muito de energia do leste europeu, principalmente a Turquia. Uma crise energética certamente impactará muito o desenvolvimento planejado.

Por outro lado, sob o ponto de vista de médio e longo prazos, ficamos muito animados. O algodão está voltando com força ao guarda-roupa das pessoas no mundo todo. É um fenômeno que já tínhamos observado em números e, ao conversar com a indústria paquistanesa e turca, percebemos o quanto as marcas, as lojas e o consumidor final estão buscando peças que tenham menos impacto no meio ambiente. Nesse sentido, o Brasil está totalmente alinhado à demanda mundial: 84% da produção nacional têm certificação socioambiental. É um grande diferencial da pluma brasileira.

O que vimos e ouvimos vai de encontro à vontade dos produtores brasileiros de continuar ampliando a área plantada e produzindo de maneira consistente, com qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade. Voltamos para casa seguros de que estamos no caminho certo, mas que precisamos continuar evoluindo. Traçamos uma agenda de prioridades que envolverá um trabalho conjunto entre produtores, pesquisadores, exportadores e governo, para que, juntos, façamos as mudanças necessárias para que o algodão brasileiro permaneça na vanguarda mundial.

Júlio Cézar Busato, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

 

https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Opiniao/Vozes-do-Agro/noticia/2022/03/setor-algodoeiro-nacional-realiza-missao-no-paquistao-e-turquia.html

 

Revista Globo Rural – Vozes do Agro – 14.03.2022

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Como economizar fertilizante? Na falta do insumo, agro busca alternativas

​Reportagem da Revista Globo Rural

14 de Março de 2022

Guerra entre Rússia e Ucrânia trouxe mais incerteza na oferta. Manejo de solo, uso de residual e misturas com organominerais são orientações

A incerteza sobre o mercado de fertilizantes, reforçada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, colocou em alerta o agronegócio brasileiro, importador da maior parte do insumo usado no campo. Boa parte desses fertilizantes vem da Rússia, mas o governo recomendou a suspensão dos embarques em função de riscos logísticos e sanções aplicadas ao país. Diante da situação, economizar fertilizantes e atentar para o manejo eficiente do solo tem sido a orientação da Embrapa e de representações do setor.

A avaliação é de que, pelo menos o início do plantio da safra 2022/2023, está garantido, pois a maioria dos agricultores compra o produto antecipadamente. Mas há riscos sérios a partir de setembro, caso o conflito continue. "Há grande risco de faltar potássio, porque a Bielorússia e a Rússia são os maiores exportadores, só perdem para o Canadá", afirma José Carlos Polidoro, pesquisador da Embrapa Solos, no Rio de Janeiro."Não temos notícia que a indústria parou de produzir fertilizantes, mas houve o embargo. Acabou a guerra, tudo volta ao normal, mas agora estamos em alto risco."

Para ajudar o produtor adotar melhores práticas de manejo do solo e economizar no uso do fertilizante, a Embrapa iniciará em abril a Caravana FertBrasil. Técnicos serão enviados para 30 polos agrícolas, cobrindo 90% da área plantada do País. A iniciativa, que será realizada até abril de 2023, levará conhecimento sobre a correta avaliação do solo e a dosagem necessária de adubo com o objetivo de, em média, elevar a eficiência do produto em 10%.

Segundo Polidoro, os fertilizantes usados hoje chegam a ter eficiência de até 60% e, com a iniciativa, a ideia é elevar para 70%. "Isso significa uma economia de 10% em fertilizantes. Ou se usa menos e mantém a produtividade, ou você usa a mesma quantidade e aumenta a produtividade melhorando a eficiência", explica o pesquisador.

O pesquisador explica que há casos de o produtor não realizar a análise do solo antes do plantio e, muitas vezes, mesmo dispondo das informações sobre a fertilidade, aplicar o fertilizante de acordo com o preço. Para o pesquisador, seria como precisar tomar um remédio, mas calibrar a dosagem de acordo com o preço do produto, sem considerar a receita médica. "Dá para se melhorar muito com melhores práticas agrícolas e tecnologia. Boa parte já faz boas práticas, mas todos podem melhorar. E, por isso, vamos com a nossa Caravana com expertise de mais de 40 anos com manejo de fertilizantes."

 

Poupança na terra 

Júlio Cézar Busato, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), confirma que, para esta safra, não há qualquer risco. Nos Estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul e Piauí o plantio começou em novembro do ano passado. Já Mato Grosso, que responde por 70% da produção de algodão, o plantio teve início em janeiro.

"Mas, para a próxima safra que vai começar em fim de novembro é outra história. Alguns produtores já adquiriram os fertilizantes, mas não deve passar de 30% do total. E o mercado está parado, porque não está tendo precificação pelos exportadores como Rússia e Bielorússia, que representam 40% do potássio. Isso nos preocupa muito", explica Busato.

A entidade está orientando os seus associados a fazer análises do solo e avaliar se é possível aproveitar a "poupança da terra", ou seja, o reflexo de anos de anos de adubação, que elevou a fertilidade a um nível em que é possível de ser aproveitado o residual nas lavouras.

"O mercado de fertilizante está parado, compra-se caro e em pequenas quantidades. Mas ainda temos tempo", diz o presidente da Abrapa. "O que pedimos aos associados é calma nessa hora, porque nós temos tempo. E usar a poupança que temos no nosso solo. Estamos usando fertilizante ao longo do tempo, elevamos a fertilidade e podemos usufruir um pedaço do que já está no solo. E quando as coisas voltarem ao normal, repomos isso."

Quem tem o mesmo raciocínio é o presidente institucional da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Cesario Ramalho. Ele observa que tudo correu bem, sem preocupações, no plantio do milho de segunda safra, semeado a partir de janeiro, após a colheita de soja. "Mas o futuro é incerto: há preocupação para outubro, na nova safra, e grande preocupação para 2023."

"Mas nós temos uma coisa muito positiva para a agricultura, temos uma espécie de reserva de elementos no solo pelo trabalho que a gente vem fazendo há algum tempo, tenho uma poupança de potássio no solo, não preciso tanto de potássio. Pode ter risco de plantar com metade do fertilizante, e há que diga que planta sem fertilizante. Mas essa poupança ajuda. Mas a situação é bastante preocupante, mas sem pânico", explica Ramalho.

O setor, que teve perdas de até 20 milhões de toneladas de milho na safra passada em decorrência da estiagem nos Estados do Sul e em Mato Grosso do Sul, não espera um impacto na produção em decorrência da crise dos fertilizantes. "Essa melhora da fertilidade do nosso solo vai produzir agora com menos fertilizante com certeza. Mantenho minha preocupação pelo País inteiro, mas não tenho nenhum pânico", explica ele, que vai apoiar a caravana da Embrapa.

 

Orgânicos e organiminerais 

Já o setor de cana-de-açúcar tem maiores preocupações, pois não compra fertilizantes antecipadamente para o plantio, explica Arnaldo Bortoletto, presidente da Cooperativa dos Plantadores de Cana de São Paulo (Coplacana), que também atua no Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Bortoletto observa que o setor canavieiro não faz compra antecipada. 'Até o momento estamos entregando as carteiras que temos, porque as empresas suspenderam as vendas. Mas afirmar, neste momento, que a produção irá reduzir é muito precoce, pois ainda temos fertilizantes nos estoques das empresas, embora a demanda tenha aumentado muito nestes últimos 10 dias."

A cana é uma cultura semiperene, na qual a renovação dos canaviais ocorre no máximo a cada cinco anos. Cerca 80% da produção vem da chamada "cana soca", na qual a cana é cortada e colhida após o primeiro plantio, mas logo em seguida nascem novos brotos da terra, para gerar as novas safras. "Hoje a situação mais crítica é para a cana soca. Para o plantio o pessoal já comprou", diz o presidente da Coplacana.

A entidade está orientando aos associados fazrem a mistura de fertilizante mineral com esterco de galinha, porco e boi, os chamados organominerais. "Como ninguém sabe o que vai acontecer com o preço, que vem subindo e afetando o custo de produção, a alternativa que a cooperativa vem tomando é usar organomineral, de compostagem que nós temos, como esterco de galinha, suíno e boi para economizar no fertilizante, para sempre usar uma dosagem menor para não ficar sem", explica.

 

Menos dependência 

Dos 42,5 milhões de toneladas de fertilizantes entregues ao setor entre janeiro e novembro do ano passado, 35,6 milhões de toneladas foram importados, 83,7% do total, de acordo com dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).

Busato, da Abrapa, avalia que após muita discussão com o governo, agora será possível avançar na redução da dependência na produção de fertilizantes no Brasil. Para ele, a questão ambiental será equacionada, mas avalia que a sociedade precisa também apoiar. "Somos o maior produtor de soja do mundo, o segundo de milho, o quarto de algodão, mas sem fertilizantes não vamos produzir nem para o nosso mercado. Tem que ter apoio não só dos agricultores, mas de toda a sociedade para entender essa problemática."

Em nota divulgada à imprensa, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore, destacou a necessidade de desburocratizar o sistema de licenciamento no Brasil, para reduzir a dependência da importação do produto. "Precisamos desburocratizar o sistema de concessão e de licenciamento dessas jazidas de recursos minerais com potenciais para o uso de fertilizantes no país", diz. "O Congresso Federal precisa agir rápido, é momento de deixar as ideologias e se preocupar com o futuro e a alimentação das pessoas, se o Brasil não agir rápido poderá acontecer escassez de alimentos, inflação e desemprego."

 

Leia mais: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2022/03/como-economizar-fertilizante-na-falta-do-insumo-agro-busca-alternativas.html

Revista Globo Rural – por Roger Marzochi – 09.03.2022

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #10/2022

11 de Março de 2022

- Destaque da Semana – O desenrolar do conflito Rússia-Ucrânia e seus reflexos em todo o mundo continuam dominando a pauta do mercado. Semana com menos negócios e muitas incertezas.


- Algodão em NY – O contrato Mai/22 fechou ontem a 116,86 U$c/lp (-2,45%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22 era cotado a 101,44 U$c/lp (-0,14%).


- Preços Ásia - Ontem (10/3), o algodão brasileiro estava cotado a 136,50 U$c/lp (-125pts) para embarque em Mar-Abr/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook. Para o embarque Out-Nov/22: 118,0 U$c/lp (+100pts).


- Altistas 1 - O clima seco continua preocupando nos EUA. Relatório desta semana mostrou que pela primeira vez em dez anos a estiagem atingiu mais de 50% do território do país. No Texas, maior produtor de algodão, a seca atinge mais de 80% do estado.


- Altistas 2 - Com a temporada de plantio prestes a iniciar nos EUA, produtores refazem as contas sobre o que plantar, uma vez que o preço dos grãos valorizou mais do que o do algodão nas últimas semanas e os insumos não param de subir.


- Altistas 3 - Esta semana o governo norte-americano anunciou que a inflação no país (CPI) foi de 7,9% nos últimos 12 meses, maior nível em 40 anos.


- Baixistas 1 - A inflação, realidade na maioria dos países do G20, agora está agravada com a guerra na Ucrânia. Embora provoque alta geral dos preços no curto prazo, tende a frear a demanda por produtos acabados com o tempo.


- Oferta e Demanda - Relatório mensal do USDA divulgado quarta trouxe números inalterados para EUA e China, leve redução nas exportações do Brasil e outra pequena queda nos estoques globais para 21/22, com produção global menor (26,09 mm de tons) e consumo maior (27,13 mm de tons).


- Logística - A logística internacional, que estava começando a se recuperar do caos recente, enfrenta novo golpe com a guerra na Ucrânia.


- Paquistão - Governo local aprovou recentemente financiamento, descontos fiscais, subsídios à energia e apoio ao aumento da produção doméstica de algodão. A indústria têxtil é o setor mais importante do Paquistão: produtos têxteis representam 60% das exportações.


- China 1 - Governo chinês anunciou hoje o 1o lote de cotas adicionais de importação para 2022, de 400 mil toneladas. O volume será totalmente alocado para as indústrias privadas do país.


- China 2 - Em 2021, a China teve 1.469 containers detidos pela alfândega norte-americana com produtos supostamente feitos com mão-de-obra escrava de Xinjiang, incluindo produtos têxteis de algodão. Apesar das restrições, a China exportou aos EUA no período US$ 6,07 bilhões em produtos têxteis contendo algodão.


- Vietnã – O Vietnã se tornou principal destino do algodão da Austrália. Com o boicote Chinês ao algodão do país da Oceania, o Vietnã agora responde por 43% das exportações Australianas.


- ABR - Está aberta a temporada de adesão ao programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) para a safra 2021/22. Produtores devem renovar anualmente sua participação no programa.


- Produção 2021/22 - Ontem (10/03) a Conab aumentou a estimativa de produção de algodão em pluma para 2,824 milhões de toneladas no 6º Levantamento da safra 2021/22, alta de 19,7% em relação a 2020/21 e 112 mil toneladas a mais sobre a estimativa do mês passado.


-  Exportações - Nesta semana, o governo não publicou dados de exportações.


- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


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Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Guerra deve prejudicar indústria de roupa

Entrevista ao programa Agro Noite

10 de Março de 2022

Abrapa na Mídia

Guerra deve prejudicar indústria de roupa

O assunto do momento continua sendo a Guerra na Ucrânia, que mexe com a economia mundial. E esse conflito pode impactar até na fabricação das nossas roupas. A Indústria textil já demonstra preocupação com a falta de matérias primas, fora o aumento no preço dos materiais que estão disponíveis. Sobre este assunto, o programa Agro Noite conversou com o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.

 

Assista:

https://agromais.band.uol.com.br/videos/guerra-deve-prejudicar-industria-de-roupa-17031506

 

Agro Mais – Programa Agro Noite – 07.03.2022

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Relatório Abrapa de Safra – Março/22

​Principais indicadores das temporadas 2020/21 e 21/22 de algodão

09 de Março de 2022

Relatório Abrapa de Safra – Março/22


A safra 21/22 de algodão está na fase de desenvolvimento vegetativo na maior parte das lavouras brasileiras, segundo levantamento feito pela Abrapa em parceria com as associações estaduais.  Na primeira semana de março, faltavam ser plantados apenas os ultimos talhões nos estados de Goiás e Minas Gerais. Os trabalhos de campo concentram-se, a partir de agora, nas adubações de cobertura e no monitoramento de pragas e doenças.


Confira o relatório completo: Relatorio_safra_Abrapa.09Mar2022.vf

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Turquia aprova algodão responsável do Brasil

Missão internacional da Abrapa atesta disposição das indústrias têxteis turcas em ampliar compras da fibra brasileira

09 de Março de 2022

"Brasil e Turquia se complementam. De um lado, um país expandindo rapidamente sua produção têxtil. De outro, uma nação que ainda pode ampliar a área de cultivo de algodão de forma responsável". A fala de M Hanefi Oksuz, presidente da maior indústria têxtil turca, a Kipas Mensucat Isletmeleri AS, traduz bem o saldo final da Missão Vendedores na Turquia, promovida pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) no início de março.

A comitiva, formada por cotonicultores e exportadores da fibra, visitou oito das maiores indústrias de fiação do país, localizadas nas cidades de Gaziantep e Kahramanmaraş. Em cada uma delas, foi realizado um evento presencial – o Cotton Brazil Outlook 2022 - , além de mesas redondas e visitas técnicas.

A Turquia tem uma posição geográfica estratégica: conecta a Europa à Ásia,  o que favorece a indústria têxtil local, que pode transportar via terrestre sua produção para os principais mercados europeus. O consumo de algodão pelos turcos tem crescido 3,3% ao ano desde 2015/16, e as importações aumentam 4,4% a cada novo ano comercial desde então.

Os números refletem o momento atual, caracterizado por novos investimentos no aumento da capacidade industrial. "Conferimos in loco o quanto a Turquia está se preparando para expandir ainda mais sua produção têxtil, e o quanto conta com o Brasil para seguir esse caminho", afirma o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.

A Turquia tem sido parceira constante dos cotonicultores brasileiros. No ano comercial 2020/21, o país importou aproximadamente 280 mil toneladas, 38% a mais que no ciclo anterior. Com isso, se posicionou como o quarto maior importador de algodão nacional, absorvendo 12% das exportações brasileiras da pluma.

"Visitamos a produção têxtil turca e conhecemos o cotidiano de oito das maiores indústrias nacionais. Essa oportunidade nos permitiu trocar informações e identificar mais claramente as demandas do comprador turco de algodão brasileiro", observa Marcelo Duarte Monteiro, diretor de Relações Internacionais da Abrapa.

A Missão Vendedores é uma iniciativa tradicional da Abrapa, que agora faz parte do programa Cotton Brazil, desenvolvido pela associação para ampliar a participação do algodão brasileiro no mercado global. A iniciativa é realizada em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).

Durante as visitas técnicas às fiações e ao longo dos dois eventos realizados na Turquia, a Abrapa identificou pontos de melhoria e levou informações relevantes para os industriais turcos. Um dos destaques foi o sistema de rastreabilidade brasileiro, que permite que o comprador acesse os dados de qualidade, sustentabilidade e origem do produto - fardo a fardo - via QR Code ou código de barras.

Os empresários turcos receberam de forma positiva também os dados sobre certificação socioambiental da pluma produzida no Brasil. "Gosto do algodão brasileiro e percebo melhoria no produto a cada ano. Além disso, o mercado pede por fibra responsável, e vimos que o Brasil é o maior fornecedor desse tipo de algodão no mundo", afirmou Burak Ohrhan, diretor da Karacasu Têxtil.

Na safra 20/21, 84% da fibra nacional foi certificada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), da Abrapa, que opera benchmarking com o programa internacional Better Cotton. O Brasil é o maior produtor mundial de Better Cotton, respondendo por 37% do volume total de algodão produzido dentro desse padrão no mundo.

Esse reconhecimento é fruto da seriedade e da transparência do programa. "São empresas terceiras, qualificadas e reconhecidas internacionalmente que realizam de forma individualizada a certificação de cada uma das propriedades ABR", explicou Alessandra Zanotto, vice-presidente da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa), durante a Missão à Turquia.

Além de fornecer um produto de boa qualidade, o Brasil cativou os industriais turcos porque comprovou sua capacidade para continuar aumentando sua produção de forma responsável. "Somos o único país que ainda tem disponibilidade para ampliar a produção sem precisar abrir novas áreas, porque a maior parte do nosso algodão é cultivada na mesma área usada pela soja", pontuou Paulo Aguiar, presidente da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa), que também integrou a comitiva.

"Traçamos uma agenda de prioridades que envolverá um trabalho conjunto entre produtores, pesquisadores, exportadores e governo com objetivo de realizarmos as mudanças necessárias para que o algodão brasileiro permaneça na vanguarda mundial de sustentabilidade, qualidade e rastreabilidade", assegura Busato.  Com um consumo doméstico de aproximadamente 740 mil toneladas ao ano, o Brasil já é hoje o segundo maior exportador da pluma, tendo expandido em 130% a sua presença no comércio global. Atualmente, o País exporta 23% do algodão consumido no mundo.

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A Dinâmica do Mercado de Algodão

​Entrevista de Júlio Busato à Química e Derivados

08 de Março de 2022

Abrapa na Mídia

 

A Dinâmica do Mercado de Algodão

 

As perspectivas da cotonicultura para 2022 são destaque na edição de março da Revista Química e Derivados. O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato fala sobre a expectativa de crescimento da safra 21/22 e sobre as preocupações com o ciclo seguinte, em razão do grande aumento nos preços dos insumos agrícolas.

 

Leia a entrevista completa:

https://quimica.com.br/revistas/qd630/index.html#p=78

 

Revista Química e Derivados, Ed. 630 – 02.03.2022

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Vozes do Agro: Desafios e oportunidades da cotonicultura em 2022

​Artigo de Júlio Cézar Busato para a revista Globo Rural

07 de Março de 2022

Vozes do Agro: Desafios e oportunidades da cotonicultura em 2022

 

Alta dos insumos agrícolas, mas setor continua se empenhando para melhorar a qualidade e valorizar da pluma no mercado internacional

 

JÚLIO CÉZAR BUSATO*

 

Apesar dos desafios impostos pela pandemia, 2021 foi um ano de excelentes resultados para o agro nacional. Com recorde de exportações e diversificação de destinos, garantimos superávit à balança comercial brasileira e encerramos mais um ciclo como setor mais dinâmico da economia do País.

 

Para os cotonicultores brasileiros, a boa notícia foi a retomada da demanda interna e externa em um ritmo mais rápido e intenso do que imaginávamos. Por ficarem mais tempo em casa, as pessoas acabaram descobrindo - ou redescobrindo - o algodão, uma fibra natural, confortável e biodegradável. O consumo mundial passou de 25 milhões de toneladas por ano para 27,1 milhão, aquecendo o mercado global e elevando a cotação da pluma.

 

Ao mesmo tempo, nos deparamos com alta de 100% no custo de fertilizantes, vulnerabilidade diante de gargalos logísticos históricos em relação à disponibilidade de navios e contêineres para transportar a nossa produção e forte resistência de nossos concorrentes, com a imposição de novas condições e barreiras aos produtos brasileiros. Assim, novos desafios se impõem em 2022 e nos próximos anos.

 

Um dos principais, sem dúvida, é garantir o fornecimento e reduzir o custo dos insumos, essenciais para obtermos maior produtividade. Atualmente, importamos 95% do cloreto de potássio, 70% da ureia e mais da metade do fósforo que utilizamos como fertilizantes. Também é grande a dependência de fornecimento de defensivos agrícolas, que garantem a produtividade das nossas lavouras. Precisamos fortalecer a indústria nacional e, cada vez mais, buscar defensivos de origem biológica – um caminho que já vem sendo adotado pelos cotonicultores brasileiros.

 

Em 2021, essa dependência externa nos expôs ao gargalo logístico global e resultou na alta generalizada de preços. Internamente, também temos nos deparado com problemas de infraestrutura, pois a velocidade de crescimento da agropecuária nacional tem sido maior do que o País consegue avançar, o que coloca a questão logística entre as preocupações do setor.

 

Nesse sentido, aplaudimos a recém sancionada Br do Mar, que torna mais flexíveis as regras para o afretamento de embarcações estrangeiras para transporte de mercadorias entre os portos do País, e apoiamos o Marco Legal das Ferrovias, que simplificará a participação de investidores no esforço de ampliação e modernização da malha ferroviária nacional.

 

Ainda no âmbito doméstico, a regularização fundiária é outra pauta prioritária para o agro nacional. A titulação de terras é extremamente burocrática e muitos produtores sequer têm a posse da área onde plantam. A nova lei, em tramitação no Senado Federal, facilitará a regularização daqueles que estão em conformidade com o Código Florestal e beneficiará famílias que, historicamente, foram incentivadas pelos governos a ocupar áreas e produzir alimentos e têm, naquela terra, o único imóvel para sua subsistência e geração de renda.

 

Externamente, devemos enfrentar, com contraposição de dados, o uso de questões ambientais como barreiras comerciais, para proteção de mercados. Nenhum país possui Reserva Legal ou Áreas de Preservação Permanente como exigido pela lei brasileira. Nossa agricultura sequestra mais carbono do que emite e caminha para um modelo de neutralidade de carbono, produzimos com sustentabilidade e o mundo precisa conhecer e reconhecer o que fazemos.

 

Como cotonicultores, temos ainda o desafio de nos empenharmos para melhorar a qualidade do algodão brasileiro como um todo. De nada adianta boas iniciativas de alguns produtores. Temos que subir a régua e alcançar um padrão internacional de excelência. Só assim conquistaremos credibilidade, confiabilidade e maior valorização da nossa pluma no mercado internacional.

 

O cenário é promissor, com previsão de aumento de 13,4% na área plantada de algodão na temporada 21/22, em relação ao ciclo anterior, chegando a 1,547 milhão de hectares. A recuperação deve se refletir no crescimento de 16,5% da produção, estimada em 2,71 milhões, sendo que 65% já estão comercializados.

 

Podemos dizer que demos uma ótima largada na safra 21/22. As chuvas permitiram a antecipação do plantio de soja no Mato Grosso, onde é cultivado 70% da nossa fibra. Isso favorecerá a cultura do algodão, majoritariamente de segunda safra, pois teremos maior espaço para iniciar o cultivo e poderemos até aumentar um pouco mais a área plantada.

 

Sem dúvida, o horizonte é de oportunidades para a cotonicultura brasileira. Cabe a nós aproveitá-las para, num futuro próximo, nos tornarmos os maiores exportadores globais da fibra e, mais adiante, o Brasil assumir o posto de principal produtor de algodão do mundo.

 

*Júlio Cézar Busato é presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa)

 

https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Opiniao/Vozes-do-Agro/noticia/2022/02/desafios-e-oportunidades-da-cotonicultura-em-2022.html

 

Revista Globo Rural – Vozes do Agro - 16.02.2022

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

​ALGODÃO PELO MUNDO #09/2022

04 de Março de 2022

- Destaque da Semana – Mais uma semana de volatilidade nos mercados, com o conflito entre Rússia e Ucrânia dominando a pauta.


- Algodão em NY – O contrato Mai/22 fechou ontem a 119,80 U$c/lp (+0,5%). O contrato Dez/22 também teve leve alta na semana (101,58 U$c/lp, +0,3%).


- Preços - Ontem (03/03), o algodão brasileiro estava cotado a 137,75 U$c/lp (-250 pts) para embarque em Mar-Abr/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22 o indicador de ontem era de 117,0 U$c/lp (-100 pts).


- Altistas 1 - Nos últimos 30 dias, cotações de commodities como trigo, milho, e soja se valorizaram, enquanto o algodão teve queda.


- Altistas 2 - Com esta valorização recente, principalmente dos cereais, analistas acreditam que a área de algodão nos EUA para este ano deve ser menor que o anunciado pelo NCC e USDA.


- Altistas 3 - Janeiro e fevereiro foram meses bem mais secos que o esperado em grande parte EUA. A seca atinge 58% do país, incluindo o principal estado produtor de algodão (Texas), além de outros estados do Sul e Oeste.


- Baixistas 1 - Com os preços de energia, gás e petróleo em alta, indústrias têxteis podem reduzir a produção. O alerta foi dado esta semana pela Confederação Europeia de Vestuário e Têxtil (Euratex).


- Baixistas 2 - Os EUA estão acelerando as vendas e principalmente os embarques de sua safra 21/22.  Se nos próximos 5 meses forem embarcados os mais de 9 milhões de fardos já vendidos, o cenário de escassez se reduz, uma vez que na sequência entram as novas safras do Brasil e Austrália.


- Baixistas 3 - O conflito na Ucrânia segue sendo a maior ameaça global no momento.


- Cotton Brazil - Turquia 1 - Abrapa, Anea e Apex-Brasil concluíram esta semana a Missão Vendedores com saldo final positivo. Após realizar evento com clientes do Paquistão em Dubai, a última semana foi dedicada à Turquia.


- Cotton Brazil - Turquia 2 - Nas cidades de Gaziantep e Kahramanmaraş, foram visitadas 8 indústrias, incluindo as maiores do país. Além disso, foi realizado um evento Cotton Brazil em cada cidade.


- Cotton Brazil - Turquia 3 - Nos eventos, foram apresentados os avanços do algodão Brasileiro em termos de qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade.


- Cotton Brazil - Turquia 4 - Os eventos foram encerrados com uma mesa redonda entre produtores e exportadores Brasileiros e industriais Turcos para discutir comércio e cooperação entre os países no setor do algodão.


- Cotton Brazil - Paquistão e Turquia importaram 25% do algodão brasileiro no ultimo ciclo.  Ambos países estão em franca expansão de suas indústrias, com investimentos bilionários sendo feitos em fiações.


- Cotton Brazil 2 - Como resultado das discussões, uma série de ações em várias áreas foram definidas como prioritárias para que o algodão Brasileiro continue sua rota crescente de valorização nesses países.


- Agenda - Semana que vem (9/3), é publicado relatório mensal do USDA.


-  Exportações 1 - O Brasil exportou 166,9 mil tons de algodão em fev/22. O volume embarcado foi 32,9% inferior a fev/21.


- Exportações 2 - De agosto de 2021 a fevereiro de 2022, as exportações somam 1,19 milhão de tons.


- Semeadura 2021/22 - Até ontem (03/03) 99,9% da área já havia sido semeada no Brasil. Restam ainda os últimos talhões a serem plantados em MG e GO.


- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


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Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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