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Sou de Algodão promove webinar com EcoMaterioteca para estudantes da UEG

O movimento se une à empresa referência em pesquisa e classificação de materiais para falar sobre tecidos sustentáveis na moda

15 de Abril de 2025

Na noite de terça-feira (8), o Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), promoveu webinar para estudantes do curso de Design de Moda da parceira Universidade Estadual de Goiás (UEG), juntamente com a EcoMaterioteca, empresa focada em sustentabilidade na indústria da moda. A conversa, para 37 alunos, teve como tema principal o uso de tecidos sustentáveis na moda.


Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do movimento, foi a responsável por abrir a discussão. Ela começou apresentando o Sou de Algodão, que é uma iniciativa que visa promover a moda responsável e o consumo consciente, destacando os benefícios da fibra, que é natural, versátil e confortável, além de biodegradável e reciclável, atributos alinhados à sustentabilidade ambiental. “A nossa matéria-prima não só possui características de conforto e qualidade, mas também se alinha com as demandas contemporâneas do consumidor por uma moda mais transparente”, reforça.


A partir disso, Gabriela Schott, CEO da EcoMaterioteca, assumiu a conversa contando um pouco sobre a empresa e o serviço oferecido em consultoria para tecelagens, além da iniciativa voltada às instituições de ensino em moda, que facilita o acesso a tecidos mais ecológicos.


Gabriela também apresentou aos estudantes as classificações dos materiais e tecidos responsáveis, de acordo com os critérios que a EcoMaterioteca desenvolveu. “Nós temos uma área comercial que oferece cortes de 4 metros dos tecidos da EcoSimple, tecelagem que possui um bom posicionamento no setor. Esse tamanho foi pensado para a melhor otimização do corte, e também não é usualmente comercializado pelas tecelagens, então ajuda os pequenos empreendedores, e também estudantes, a terem acesso aos tecidos sustentáveis e ecológicos  de alta qualidade”, reitera.


Carla Barros, coordenadora do curso de bacharelado em Design de Moda da UEG, considera extremamente importante que os estudantes tenham acesso a esse tipo de informação. “O webinar foi enriquecedor, pudemos aprender muito sobre tecidos e sobre o algodão responsável, e isso vai ajudar muito os nossos alunos daqui para frente. O Sou de Algodão foi o responsável por criar essa conexão, e essa é a vantagem da nossa parceria, o movimento é o elo que nos vincula a empresas que, sem ele, nós não teríamos acesso”, afirma.


Já Manami Kawaguchi destaca que trazer a EcoMaterioteca para falar com a universidade parceira tem o objetivo de facilitar o entendimento e o acesso a materiais mais responsáveis com o meio ambiente, para que os estudantes passem a refletir sobre o tema, antes mesmo de entrar no mercado.


“Nós queremos mostrar que existe uma classificação para tecidos sustentáveis, que vai de acordo com o tipo de matéria-prima. É algo inédito, e ajuda muito na estratégia das marcas em serem consistentes com seus discursos e com o acesso a materiais que realmente estão alinhados com seus objetivos”, completa Manami.


A EcoMaterioteca, fundada em 2017, atua como uma ponte entre a indústria têxtil e de confecção e a academia e o mercado. Ao incentivar o diálogo sobre as possibilidades da moda e do design responsável com os futuros profissionais do setor, a empresa cumpre o seu propósito em educar para transformar a moda brasileira.

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Rumo a 2026: qual sotaque o próximo CBA vai ter?

11 de Abril de 2025

O 14º Congresso Brasileiro do Algodão mal esfriou os motores e a equipe da organização já está de volta à estrada! Entre os dias 9 e 11 de abril, o time fez as primeiras paradas em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, e São Paulo (SP) para avaliar se elas têm o que é preciso para receber o 15º CBA, em 2026.


Das cidades que chegaram a ser consideradas — Brasília (DF), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Natal (RN), Pinhais (PR), Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP) — São Paulo e Belo Horizonte foram as escolhidas para a visita técnica.


Representando a Abrapa, a diretora de Relações Institucionais, Silmara Ferraresi, esteve acompanhada pelas parceiras da Comunicato – Eventos Únicos, Melissa Matteo e Fernanda Rodrigues e Camilla Luz. E BH já recebeu o grupo com aquele jeitinho mineiro: simpatia, pão de queijo e muitas possibilidades! Além de sua rica história e cultura, a capital mineira mostrou força com sua estrutura para eventos para acolher os mais de 3,5 mil participantes esperados.


Já na cidade mais populosa do Brasil, que pulsa com cultura, negócios e inovação, o trio também encontrou potencial para abrigar um dos maiores eventos da cotonicultura brasileira. São Paulo, com sua vibe cosmopolita, mostrou que também está no páreo.


Mas o martelo ainda não foi batido. Em breve, a vencedora será anunciada! A ideia é garantir que o local escolhido tenha tudo para receber o CBA com a grandiosidade que ele merece.


Será que BH leva essa? Ou São Paulo vai surpreender? Qual a sua torcida? Por enquanto, a caminhada rumo a 2026 está só começando!

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Capacitação reforça padronização e qualidade nas análises do algodão em pluma

11 de Abril de 2025

Entre os dias 7 e 11 de abril, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) promoveu o primeiro curso de capacitação e qualificação de inspetores de algodão em pluma de 2025. Supervisionado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o treinamento foi realizado na sede da entidade, em Brasília, e teve como objetivo preparar os profissionais que atuarão nos laboratórios do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB) durante a safra 2024/2025. Além de serem responsáveis pela inspeção das amostras, eles têm a missão de assegurar a confiabilidade dos resultados, o que exige verificações periódicas a cada 200 análises, mantendo uma taxa mínima de 91% de confiabilidade.


“Este ano, atendendo a uma solicitação do Mapa, tivemos uma abordagem mais prática, com foco no correto manuseio das amostras e na execução das análises. Contamos com a participação de pessoas estratégicas dos laboratórios, que terão o papel de multiplicar esse conhecimento em treinamentos internos com seus colaboradores safristas.”, explicou Edson Mizoguchi, gestor do Programa de Qualidade da Abrapa.


Além da parte técnica-operacional, a capacitação teve como temas boas práticas laboratoriais, rastreabilidade, qualidade na Unidade de Beneficiamento de Algodão (UBA) e os programas da Abrapa: Sou de Algodão, Sou ABR, Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e ABR – UBA. O curso também contou com a presença do fiscal do Mapa, Cid Rozo, responsável pelo autocontrole, que reforçou a importância do PQAB e destacou as melhorias observadas nos laboratórios durante a safra 2023/2024. Ele ainda apontou os principais pontos críticos do processo de amostragem e análise, essenciais para garantir a confiabilidade dos resultados.


“A importância desses treinamentos está, sobretudo, em promover a harmonização dos entendimentos entre os diferentes laboratórios, garantindo que todos estejam alinhados em relação aos procedimentos, padrões de qualidade e critérios técnicos. Foram apresentados exemplos práticos de situações que tiveram sucesso em um laboratório e falhas em outro, o que permite identificar pontos de melhoria, discutir correções adotadas e compartilhar medidas preventivas eficazes que já foram implementadas com bons resultados”, afirmou Rozo. Segundo ele, em dois anos de implementação do programa, o número de laboratórios com índice de confiabilidade superior a 98% cresceu de seis para dez, em um universo de 12 laboratórios avaliados.


Participaram da capacitação representantes dos laboratórios da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) e do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA).



Abrangente


Durante o curso, foram abordados temas que abrangem a cadeia produtiva do algodão. A diretora de Relações Institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, apresentou os detalhes do funcionamento da etiqueta do Sistema Abrapa de Identificação (SAI) e destacou sua importância dentro dos programas PQAB e Standard Brasil HVI (SBRHVI). "Mostramos como os sistemas de rastreabilidade são construídos, qual o caminho percorrido pelo algodão desde a origem e o papel do inspetor de UBA no sistema", explicou Silmara.


Para o consultor na área de qualidade, processo e beneficiamento do algodão, Edmilson Santos, o treinamento não foi restrito ao laboratório. “Ele conectou conhecimentos desde a lavoura, passando pela logística, análises laboratoriais e chegando até a indústria têxtil. Foi uma verdadeira imersão nos fatores que influenciam a qualidade e o valor do algodão, promovendo um entendimento amplo e prático de como cada etapa impacta o resultado final”, explicou.


No último dia do curso, os participantes foram submetidos a uma avaliação, na qual a nota mínima exigida foi sete. “O PQAB também passou por várias melhorias da última safra para a atual. Ao retornar para o laboratório, minha missão é compartilhar esse conhecimento com toda a equipe, para que todos estejam por dentro das mudanças e avanços ocorridos de uma safra para outra. Essa troca é essencial para garantir que todo mundo esteja alinhado e preparado para aplicar as novas práticas no dia a dia”, concluiu Milena Ingrid, gestora da qualidade do laboratório da Agopa.

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Guerra comercial preocupa sobre impactos na economia e no trade global do algodão

Semana foi marcada por elevações nas tarifas por parte dos Estados Unidos, principalmente para a China

11 de Abril de 2025

Os desdobramentos da Guerra Comercial dos Estados Unidos com elevações nas tarifas para diversos países marcaram a semana, principalmente em relação à China. Conforme a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), há grande preocupação em torno da situação sobre os possíveis impactos na economia mundial e no trade global do algodão e demais produtos.


Apesar disso, a entidade frisa que alguns países e empresas já visualizam oportunidades que podem surgir com os ajustes que estão em andamento no mercado.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #14/2025 11/04/2025

11 de Abril de 2025

Destaque da Semana - Os desdobramentos da guerra comercial ampliados em todos os sentidos são os principais temas do momento. Há grandes preocupações sobre os possíveis impactos na economia e no trade global de algodão e demais produtos, mas também há países e empresas vendo oportunidades que podem surgir com os ajustes que já estão em andamento no mercado.

Algodão em NY 1 - Depois de caírem para a casa dos U$c/lp 60 no auge do “tarifaço” na última sexta, as cotações se recuperaram com a "trégua" de 90 dias anunciada pelos EUA, exceto para a China.

Algodão em NY 2 - O contrato Jul/25 fechou nesta quinta 11/abr cotado a 67,00 U$c/lp (+2,0% vs. 03/abr). O contrato Dez/25 fechou em 68,28 U$c/lp (+1,1% vs. 03/abr).

Basis Ásia - Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 987 pts para embarque Abr/Mai-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 11/abr/25).

Altistas 1 - Na quarta (9), o presidente dos EUA, Donald Trump recuou e suspendeu por 90 dias as tarifas extras de países que não retaliaram , limitando a 10% as tarifas recíprocas adicionais a estes países. Os mercados reagiram.

Altistas 2 - Refletindo confiança nas medidas que estão sendo tomadas pelo Governo Chinês para estimular o consumo interno e amenizar os impactos da guerra comercial, as bolsas da segunda maior economia do mundo mostram resiliência.

Altistas 3 - Muitas negociações estão em andamento neste momento e acordos comerciais podem mudar rapidamente o ânimo dos mercados.

Baixistas 1 - Em termos de fundamentos de algodão, o relatório de oferta e demanda global do USDA deste mês foi levemente baixista , mostrando novo enfraquecimento da demanda, das exportações e aumento de estoques .

Baixistas 2 - Os preços do maior concorrente do algodão ( poliéster ) caíram bastante esta semana (-5,8%). A China é o maior produtor e exportador de poliéster do mundo (70%) .

Baixistas 3 - A Casa Branca esclareceu ontem que a atual tarifa adicional para produtos chineses nos EUA é 145% , sendo 125% anunciados 9/Abril mais os 20% anunciados em Fevereiro.

Baixistas 4 - No capítulo de hoje (11/4) da guerra comercial, a China aumentou de 84% para 125% a tarifa de importação para os EUA, chamou as medidas de Trump de “piada” e sinalizou que não pretende mais retaliar via tarifas.

Baixistas 5 - Nos EUA, maior mercado consumidor do mundo, o setor de vestuário será o mais impactado pelo aumento de preços com as novas tarifas - o que tender a reduzir a demanda em curto prazo.

EUA - Até 7/04, o plantio de algodão atingiu 4% da área prevista (-1% em relação a 2024 e -2% frente à média dos últimos cinco anos). No Texas , maior produtor, o índice foi de 6% , contra a média histórica de 10% .

China 1 - No último ano, a China exportou em torno de 900 mil tons de algodão para os EUA na forma de roupas e artigos têxteis . 100% desses produtos são feitos com algodão importado , já que desde 2021 a pluma chinesa é proibida nos Estados Unidos.

China 2 - Assim, se persistirem estas tarifas, as importações chinesas de algodão devem reduzir substancialmente nos próximos meses .

Bangladesh - Neste ano comercial 2024/25, o Brasil se consolida como principal fornecedor de algodão para a indústria têxtil bengalesa, respondendo por 20% do mercado de importação .

Austrália 1 - Convidada pela China a se unir contra as tarifas dos EUA, a Austrália manteve-se neutra . O governo australiano quer negociar as tarifas norte-americanas, mas considera importante também se manter independente da China .

Austrália 2 - Essa postura aumenta o risco de que a China volte a boicotar produtos australianos , como fez de 2020 a 2023 . Um dos produtos afetados pelo boicote foi o algodão .

Microplásticos 1 - Na semana passada, simulação feita por inteligência artificial pela ong Business Waste mostrou como o corpo humano é afetado por diferentes graus de exposição a microplásticos. Tecidos sintéticos são uma das principais fontes de microplásticos. Confira: https://bit.ly/microplasticos250411b

Microplásticos 2 - A cada ano, cerca de 8,3 milhões tons são lançadas ao ambiente pela indústria da moda em todo o mundo, graças ao crescente uso de fibras artificiais . É um volume correspondente ao peso de 7.261 estátuas do Cristo Redentor , no Rio de Janeiro.

Microplásticos 3 - Esse alerta vem sendo feito pela Cotton Incorporated . Confira estudo sobre o tema aqui (em inglês): https://bit.ly/microplasticos250411a.

Pegada hídrica Mundo - Estudo divulgado em março pelo ICAC apontou que, em média, o algodão precisa de 2.346 litros de água de irrigação para produzir 1kg de pluma . A informação combate fake news sobre o impacto hídrico do algodão.

Pegada hídrica Brasil - No Brasil, segundo o estudo, os números são ainda menores . Como somente 9% da área de algodão é irrigada, no país a cultura precisa de somente 64 litros de água de irrigação por kg de pluma (3% da média mundial): https://bit.ly/microplasticos250411c

Safra 2024/25 - Em seu último relatório de safra, a Conab ampliou em +6,9% a área de algodão, para 2,079 milhões ha . A produção foi estimada em 3.890,8 mil tons ( +5,1% ante o realizado em 2023/24).

Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 45,0 mil tons na primeira semana de abril. A média diária de embarque é 2,6% superior que a registrada no mesmo mês de 2024.

Preços - Consulte tabela abaixo ⬇

Quadro de cotações para 10-04

Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil - cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Representantes da indústria têxtil visitam fazenda de algodão no Paraná

10 de Abril de 2025

A Acopar — Associação dos Cotonicultores Paranaenses, entidade associada à Abrapa — recebeu, em 9 de abril, um grupo de clientes da Fiação Fiasul, uma das maiores do setor do Paraná, com mais de 30 anos de atuação no mercado. Cerca de 25 parceiros, em sua maioria representantes da indústria têxtil de Gaspar (SC) e região, foram recepcionados em Toledo (PR), sede da empresa, e convidados a visitar uma lavoura de algodão no Sítio Saltinho, em Ibiporã (PR), durante a manhã. À tarde, o grupo participou do Seminário Algodão Paraná, promovido pela entidade durante a ExpoLondrina 2025.


A iniciativa de aproximar os empresários da realidade da produção algodoeira partiu do Núcleo Têxtil da Associação Comercial e Industrial de Gaspar (ACIG) e foi inspirada na Cotton Trip, promovida pela Abrapa para valorizar as particularidades da cadeia do algodão. Com base nessa experiência, decidiu-se proporcionar uma vivência semelhante, tendo a Fiasul como parceira estratégica.


O roteiro da visita técnica foi desenvolvido ao longo de dois dias e foi possível graças à articulação entre a Fiasul e a Acopar. A proposta da ação foi promover transparência, fortalecer a colaboração e criar conexões entre os elos da cadeia produtiva, destacando a importância da indústria têxtil catarinense, reconhecida nacionalmente por sua tradição e relevância.


“Esse tipo de iniciativa é extremamente importante e está alinhado com o que a Abrapa já vem fazendo: aproximar os nossos clientes, oferecendo mais conhecimento sobre a matéria-prima com a qual trabalham. Quando a fiação se conecta com a origem da fibra, o benefício é mútuo. Os clientes da fiação — como confecções e estamparias — passam a entender melhor o valor do algodão brasileiro e podem transmitir isso ao consumidor final, reforçando as vantagens de uma fibra nobre e sustentável. Esse movimento tende a fortalecer toda a cadeia produtiva”, destacou Almir Montecelli, presidente da Acopar.


A Fiasul também integra o movimento Sou de Algodão, criado pela Abrapa em 2016, com o objetivo de despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável, valorizando a fibra natural brasileira em todas as etapas da cadeia produtiva.

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Abrapa destaca papel do associativismo e da sustentabilidade na ExpoLondrina 2025

09 de Abril de 2025

O papel do associativismo no fortalecimento da cadeia produtiva do algodão e sua contribuição para a retomada do crescimento da cultura nas últimas décadas foram temas centrais da participação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) no “Seminário Algodão Paraná – Estratégias de incentivo à cotonicultura do Paraná”. Promovido pela Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) no dia 8 de abril, durante a ExpoLondrina 2025, o evento reuniu cerca de 150 pesquisadores, empresários e profissionais do setor, promovendo a troca de experiências e o debate de soluções para o avanço da cotonicultura no estado.


Durante o seminário, o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, destacou que o Brasil multiplicou por cinco sua produção de algodão utilizando uma área duas vezes menor em relação ao passado. Atualmente, o país ocupa a liderança nas exportações globais da fibra, com ênfase em qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade. Segundo ele, essa transformação é fruto de uma mudança estrutural e de mentalidade por parte dos produtores, aliada ao trabalho associativo coordenado pela Abrapa e suas entidades estaduais.


“Nos anos 1970 e 1980, o Brasil cultivava entre 4 e 4,3 milhões de hectares de algodão, produzindo pouco mais de 500 mil toneladas, fazendo com que o país se tornasse o segundo maior importador da fibra. A recuperação começou com a modernização do setor, impulsionada por investimentos em pesquisa, adoção de variedades transgênicas resistentes a pragas, e a implementação de boas práticas agrícolas, além de parcerias estratégicas com instituições como a Embrapa”, disse.


A consolidação do Brasil como potência global na produção e exportação de algodão exigiu não apenas tecnologia, mas também estratégias integradas, visão de longo prazo e organização setorial. Atualmente, praticamente toda a produção excedente do país é exportada, garantindo o abastecimento da indústria têxtil nacional e fortalecendo a presença brasileira nos mercados internacionais.


Ele também destacou as dez estratégias sustentáveis adotadas pela cotonicultura brasileira. Entre elas estão auditoria e verificação, bem-estar e segurança dos trabalhadores e produtores, conservação da vegetação nativa nas propriedades, uso eficiente da água, energia limpa, proteção do solo, manejo integrado de pragas com uso de biológicos, uso eficiente da terra, agricultura digital e de precisão, além de rastreabilidade e transparência. “A evolução do setor nas últimas décadas demonstra que é possível produzir mais e melhor, com respeito aos recursos naturais e às boas práticas ambientais e sociais”, informou.


Outro ponto enfatizado por Portocarrero foi a importância da estruturação de programas robustos que atestem, principalmente no mercado internacional, a confiabilidade e a competitividade do algodão brasileiro. Entre essas iniciativas, destacou-se o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), criado para certificar unidades produtivas com base em critérios socioambientais alinhados às melhores práticas globais. Seu sucesso permitiu a expansão para as unidades de beneficiamento (ABR-UBA) e terminais retroportuários (ABR-LOG).


A rastreabilidade da produção foi abordada como diferencial competitivo, por meio do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) e do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA). Estratégias de valorização da fibra no mercado nacional e internacional, como o movimento Sou de Algodão e a iniciativa Cotton Brazil, foram apresentadas como pilares da promoção da imagem e do consumo do algodão brasileiro.


O seminário também contou com a participação de importantes lideranças do setor. Almir Montecelli, presidente da Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar), abriu os debates. Eleusio Curvelo Freire, da Cotton Consultoria, apresentou o “Projeto Algodão Paraná”, com foco em temas como variedades, controle de pragas, doenças, ervas daninhas, colheita e transporte. Aristeu Sakamoto, do Sindicato Rural de Cambará, falou sobre custo de produção e rentabilidade, enquanto o professor João Celso dos Santos, da Orbi-Cotton, trouxe uma análise da comercialização do algodão no Brasil e no mundo.



Evento


A ExpoLondrina 2025, uma das principais feiras agropecuárias do País, que ocorre até o dia 13 de abril, celebra 63 anos de história com expectativa de superar os números da edição anterior. Em 2024 o evento registrou mais de 470 mil visitantes e movimentou aproximadamente R$ 1,26 bilhão em negócios, gerando cerca de 9 mil empregos diretos e indiretos. Ao longo do evento, câmaras técnicas discutirão as cadeias do queijo, do café, novas tecnologias, além de uma série de inovações e transações comerciais.

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Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro - safra 2023/2024 (Março de 2025)

04 de Abril de 2025

A análise por HVI do algodão brasileiro da safra 2023/2024, conduzida pelos 12 laboratórios que integram o Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), avança para sua conclusão, prevista para o dia 10 de abril, com a publicação do relatório final no dia 15 de abril. Os dados atualizados até 31 de março indicam que 16.792.692 fardos de algodão da safra 2023/24 já foram analisados, com 18.102 fardos examinados apenas no mês de março. Restam cerca 6 mil fardos a serem analisados. O relatório de março aponta a estabilidade da qualidade em relação ao ciclo anterior, com destaque para melhorias significativas em relação ao histórico, com 92% dos fardos acima de 1,11 polegadas em comprimento UHML, 95% acima de 80% em uniformidade, 95% com resistência da fibra superior a 28 gramas tex e 79% dos fardos com índice de fibras curtas (SFI) menor que 10. Confira todos os detalhes no Relatório de Qualidade da Abrapa de março através do link: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2025/04/Relatorio-de-Qualidade-do-Algodao-Brasileiro-%E2%80%93-safra-2023.24-marco.pdf

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Comitê Sou de Algodão, formado por líderes da Abrapa e apoiadores platino, Basf e Bayer, se reúne para fechamento do planejamento 2025

Durante o encontro, foram compartilhadas as conquistas de 2024 e os próximos passos do movimento

04 de Abril de 2025

Na última sexta-feira, 28/03, aconteceu a primeira reunião de 2025 do comitê de Sou de Algodão, constituído por representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e dos apoiadores platino do movimento, Basf e Bayer. Durante o encontro, foram apresentados o balanço financeiro e os resultados alcançados em 2024, bem como a previsão de apoios e investimentos para 2025, e as metas para este ano.


Estiveram presentes pela Abrapa — Gustavo Viganó Piccoli, presidente; Marcio Portocarrero, diretor executivo; Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais; Camila de Souza Preuss, assessora de relações institucionais; Alessandra Zanotto e Walter Horita, membros do comitê Sou de Algodão; pela Bayer, estavam Fernando Prudente e Giulyah Santos; a Basf compôs o grupo com Warley Palota, Alexandre Garcia e Alessandra Homem de Maia; e participaram também Luciano Thomé Castro, Augusto Lima e Silva e Manami Kawaguchi Torres, da Markestrat, assessoria estratégica e de comunicação do movimento.


Em 2024, alguns dos resultados alcançados foram a produção de 194.066 peças rastreadas pelo programa SouABR; a realização do 3o desfile Sou de Algodão na São Paulo Fashion Week (SPFW); a final do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, que totalizou 960 inscritos; a parceria com 229 novas marcas, como a Teka e a Mash; visitas guiadas e palestras em universidades parceiras; e seis dias de Cotton Trip com 200 visitantes.


Warley Palota, gerente sênior de Marketing Algodão da Basf, citou que é uma grande satisfação apoiar o movimento Sou de Algodão, e ver o quanto ele tem evoluído para uma maior conscientização e promoção da fibra natural, junto aos consumidores brasileiros. “Não é apenas falar do algodão, mas sim como ele é produzido, da semente ao guarda-roupa, de forma sustentável. Acreditamos no movimento e na parceria com a Abrapa,  e esperamos que em 2025 possamos avançar ainda mais, junto aos consumidores”, ressaltou.


“A Bayer vem participando desde a inauguração do movimento Sou de Algodão, inclusive fomos um dos idealizadores do projeto junto com a Abrapa. Acompanhar o trabalho de conscientização sobre o uso da fibra natural do algodão para fora da cadeia traz um ganho de imagem importantíssimo para todo o setor cotonicultor.  Que o movimento siga impactando cada vez mais a sociedade, dando visibilidade ao cultivo sustentável que envolve toda a cadeia do algodão. Desejamos mais um ano de sucesso ao time do Sou de Algodão e à Abrapa pela iniciativa”, completou Fernando Prudente, Líder do Negócio de Algodão da divisão agrícola da Bayer.


Em relação ao planejamento e metas para 2025, o grupo destacou os principais projetos: expansão do SouABR, programa de rastreabilidade, com o lançamento da política de participação; 5ª edição da Cotton Trip, com quatro dias de imersão em São Paulo e em Goiás; lançamento do 4º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores; e realização do 4º desfile Sou de Algodão na SPFW, em outubro. Além disso, estão previstas ações que envolvem canais digitais, marcas e universidades parceiras.


A reunião foi finalizada com uma avaliação dos resultados do movimento e também de rumos estratégicos para o futuro. Atualmente, Sou de Algodão é considerado uma marca de valor, sendo referência para outros setores do agro e tendo muita abertura com a indústria têxtil nacional.


“Nossos apoiadores são muito importantes no que diz respeito ao fomento da nossa iniciativa. É essencial nos reunirmos para discutir os resultados alcançados, e também a visão de futuro do Sou de Algodão. Temos muitos projetos e ações à vista com o movimento, e estamos trabalhando em conjunto para fazer acontecer”, declarou Silmara Ferraresi.

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Abrapa acompanha início da impressão de etiquetas e lacres do SAI para a safra 2024/2025

04 de Abril de 2025

Após a abertura do Sistema Abrapa de Identificação (SAI) para a safra 2024/2025, no dia 1º de abril, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) realizou, nos dias 3 e 4, visitas técnicas às gráficas homologadas para a emissão das etiquetas e lacres de mala. A equipe esteve na Grif Rótulos e Etiquetas Adesivas, Indústria Gráfica Brasileira Ltda e Rótulos Prakolar Sato para acompanhar o início dos trabalhos de impressão e garantir que tudo ocorra conforme o planejado, uma vez que houve melhorias no processo de checagem tanto na etiquetas quanto dos lacres.


Nesta safra, o QR Code das etiquetas segue o padrão GS1 Digital Link, com um nível de correção de erros H, garantindo mais qualidade na leitura. A etiqueta SAI foi ajustada, ficando 5 mm mais fina, otimizando o uso da matéria-prima sem comprometer a qualidade. O liner do vinil foi reformulado, com peso reduzido de 80g de para 60g, tornando-se mais leve e sustentável.


Para tornar o processo ainda mais preciso, as gráficas passaram a utilizar sensores de visão, capazes de inspecionar a etiqueta em sua totalidade — e não apenas o código de barras. “Esse investimento visa reduzir ao máximo a ocorrência de etiquetas faltantes ou duplicadas. O sistema também atribui uma nota de qualidade à impressão: padrões A e B são aceitos, mas se o equipamento identificar uma nota C,  a produção é paralisada.


O material é descarado e impresso novamente. Esses avanços são fundamentais para garantir a excelência em todas as etapas da produção”, destacou Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Abrapa.


As gráficas já iniciaram a produção dos materiais, que incluem lacres e etiquetas em BOPP adesivo, vinil adesivo e vinil adesivo com ilhós. A qualidade das tags é essencial, pois cada etiqueta possui uma numeração única para assegurar a rastreabilidade do algodão brasileiro. Até o momento, 59 Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs) já estão habilitadas no sistema e outras 19 se inscreveram para obter a autorização e começar a fazer seus pedidos. Já foram geradas 3.356.500 etiquetas e 17.910 lacres, totalizando 41 pedidos gerados e 1 em geração.


A Abrapa estima a utilização de  18,4 milhões de etiquetas nesta temporada, considerando a projeção de produção de 3,95 milhões de toneladas de algodão no Brasil.


Expectativas


Os representantes das gráficas destacaram o crescimento na demanda e os investimentos realizados para aprimorar a qualidade e segurança das etiquetas.


O diretor comercial da Grif Rótulos, Fernando Pirutti, ressaltou o aumento nas negociações antecipadas e a evolução do controle de fabricação das etiquetas. “Os volumes parecem ser maiores do que nos anos anteriores, indicando uma expectativa de crescimento. Além disso, os aprimoramentos implementados nos últimos três anos garantem mais segurança e confiabilidade aos usuários.”


Sócio da IGB, Fernando Rimini, destacou os avanços na inspeção de qualidade. “Aumentamos nossa produção em cerca de 17%, realocamos a operação para um espaço exclusivo e implementamos dois novos sistemas de inspeção, um por imagens e outro offline, garantindo 100% de controle sobre possíveis falhas”, afirmou.


Já o diretor executivo da Rótulos Prakolar Sato, Mauricio Medici, comentou sobre o crescimento esperado: “Esperamos um aumento de 30% no faturamento com as etiquetas SAI. Além disso, estamos alinhados com os novos procedimentos e controles implementados pela Abrapa para garantir ainda mais qualidade no processo.”


Sobre o SAI


O Sistema Abrapa de Identificação foi implementado em 2004 como parte do pilar de rastreabilidade da entidade. Ele desempenha um papel crucial no rastreamento do fardo de algodão, fornecendo informações detalhadas sobre a origem da produção, o produtor, certificações da fazenda, unidade de beneficiamento e qualidade da fibra, incluindo os resultados de HVI e laboratório de classificação.


Com a ampliação da rastreabilidade e aprimoramento das tecnologias envolvidas, o SAI reafirma seu compromisso com a transparência e a qualidade do algodão brasileiro no mercado global.

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