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Defesa global do algodão marca evento do ICAC

Abrapa representou o Brasil no Research Associates Program (RAP), realizado de 7 a 11 de abril no Tennessee (EUA)

17 de Abril de 2025

O fortalecimento do algodão na matriz têxtil foi a tônica central da edição de 2025 do Research Associates Program (RAP), evento promovido pelo Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC). Direcionado a pesquisadores e especialistas em cotonicultura e sustentabilidade de todo o mundo, o evento teve a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) representando o Brasil.


Gerente de Sustentabilidade da entidade, Fabio Carneiro participou do congresso, realizado de 7 a 11 de abril no Tennessee (EUA). Ele explica que, além da diversidade de nações produtoras presentes, o evento se destacou pelo alinhamento estratégico do ICAC, uma das organizações mais representativas da cotonicultura mundial.


“Hoje, a indústria têxtil global é dominada por fibras sintéticas, de origem fóssil. Isso impacta diretamente a demanda em todo o mundo. Por isso, é fundamental nos unirmos na defesa do algodão como uma opção viável e mais sustentável frente aos desafios ambientais e econômicos do setor”, destacou Carneiro.


Nesta 25a edição, o gestor da Abrapa apresentou no evento um panorama sobre os avanços da cotonicultura brasileira, boas práticas agrícolas adotadas e iniciativas de rastreabilidade e sustentabilidade. “Foi um importante intercâmbio, porque a partir da fala de cada um dos nove países participantes, construímos um cenário global e uma rede de diálogo ativo entre profissionais de todo o mundo”, comentou o gestor.


Além de reuniões e palestras, o evento incluiu visitas ao Conselho Nacional do Algodão (NCC), às unidades de beneficiamento de Longtown, às Fazendas Walker, ao Museu do Algodão, às instalações de classificação de qualidade do USDA e à Mallory Alexander Logistics (cortesia de um convite da American Cotton Shippers Association - ACSA).


Realizado pelo ICAC, o Research Associates Program recebeu apoio institucional da Cotton Incorporated e ACSA. Além do Brasil e dos EUA, marcaram presença representantes da África do Sul, Argentina, Coreia do Sul, Costa do Marfim, Tanzânia, Taiwan e Turquia.

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Abrapa comemora 50 anos da Embrapa Algodão

16 de Abril de 2025

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) celebra, nesta quarta-feira (16), os 50 anos da Embrapa Algodão, um marco que representa as conquistas e os avanços da cotonicultura brasileira. Ao longo dessas cinco décadas, a instituição tem sido uma parceira essencial no desenvolvimento de pesquisas, no aprimoramento dos sistemas de produção e na criação de soluções para o controle de pragas e doenças, o que permitiu ao Brasil alcançar uma das maiores produtividades de pluma por hectare do mundo.


Com sede em Campina Grande, na Paraíba, a Embrapa Algodão é referência nacional no setor. “O agro brasileiro tem muito a comemorar. Não teríamos avançado tanto na cotonicultura sem o apoio constante da ciência”, afirmou Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa. O Brasil se tornou líder global na produção de algodão, com variedades mais resistentes e adaptadas às diferentes condições climáticas e de solo. A Embrapa Algodão desempenhou um papel fundamental nesse processo, no desenvolvimento de novas cultivares e na adaptação dos sistemas de produção ao Cerrado, bioma que consolidou a cotonicultura brasileira, especialmente após o declínio da produção no Nordeste devido à infestação do bicudo do algodoeiro a partir de 1985.


“Devemos muito à adaptação de materiais, ao desenvolvimento de tecnologias, ao controle integrado de pragas e doenças, à melhoria da fertilidade e ao trabalho contínuo da Embrapa, que nos orientou desde o início, definindo procedimentos e promovendo encontros entre os produtores”, explicou Portocarrero.


Criada em 1975 com a missão de coordenar, planejar e executar pesquisas sobre o algodão no Brasil, a Embrapa Algodão expandiu seu portfólio de estudos para incluir outras culturas, como amendoim, gergelim, mamona e sisal. Seu foco continua sendo o melhoramento genético, o controle biológico, a biotecnologia, a mecanização agrícola e a qualidade das fibras. A unidade tem se destacado também no desenvolvimento de sistemas de produção integrados e na transferência de tecnologias para produtores de diferentes regiões do país.


A atuação da Embrapa Algodão é de abrangência nacional, com forte presença no Semiárido, Cerrado e região Sudeste, além de parcerias com outras unidades da Embrapa e com instituições do setor. A equipe da unidade opera em 11 estados brasileiros, incluindo Paraíba, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão, Tocantins, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo.

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Abrapa realiza capacitação de inspetores de UBA em Chapadão do Sul

16 de Abril de 2025

A maratona de treinamentos do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB) chegou, mais uma vez, ao Mato Grosso do Sul. No dia 15 de abril, dez profissionais participaram da terceira capacitação para inspetores de Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA), promovida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com supervisão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e apoio da Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul). Realizado em Chapadão do Sul (MS), o treinamento teve como objetivo qualificar os participantes para atuação no PQAB, certificação oficial do governo federal que atesta a qualidade da pluma nacional.


“Foram abordados os principais desafios da safra atual, como a pegajosidade, a presença de seed coat, a contaminação por plástico e o índice de fibras curtas”, destacou Edson Mizoguchi, gestor do Programa de Qualidade da Abrapa. O curso também destacou aspectos técnicos para preparar os inspetores quanto ao autocontrole nos pontos críticos do processo, desde a retirada das amostras até a análise do algodão.


O inspetor de UBA, assim como o de algodão em pluma, é o profissional responsável por alimentar as informações no Sistema Abrapa de Identificação (SAI) e no Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), seguindo os procedimentos e padrões internacionais de análise. Esses dados servem de base para a certificação oficial emitida pelo Mapa.


Para Adão Hoffmann, diretor executivo da Ampasul, a iniciativa contribui para a formação de um grupo qualificado de profissionais nas algodoeiras de Mato Grosso do Sul, assegurando a integridade das informações e a qualidade das amostras que chegam até o cliente final. “Isso fortalece a confiança na precisão dos resultados de qualidade obtidos em laboratório”, afirmou.


Renato Marinho de Souza, gerente do laboratório da associação, reforçou que todas as algodoeiras do estado contam com inspetores habilitados para operar dentro dos parâmetros exigidos pelo PQAB. “Essa qualificação é essencial para assegurar o cumprimento da norma IN24 na amostragem dos fardos, cujos resultados serão submetidos ao programa”, explicou.


Para Edmilson Santos, consultor na área de qualidade, processo e beneficiamento do algodão, o fato de o Brasil ter se tornado o maior exportador mundial da pluma trouxe consigo um novo nível de responsabilidade. “Esse título elevou nossa exigência em termos de controle de qualidade. Para mantê-lo, é essencial intensificar o rigor em todas as etapas do processo produtivo. O PQAB qualifica colaboradores das unidades de beneficiamento para atuarem como inspetores de qualidade, profissionais com uma visão holística de todo o processo produtivo do algodão. Com isso, todos se beneficiam: o produtor, que passa a contar com processos mais bem definidos; o colaborador, que adquire conhecimento e novas oportunidades de carreira; e o mercado, com a indústria têxtil cada vez mais interessada na fibra brasileira”, destacou.


Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa, apresentou os detalhes do Sistema de Autocontrole (SAI) e os mecanismos de rastreabilidade utilizados no setor. “Explicamos o funcionamento da etiqueta SAI e o significado de cada dígito. Essa etiqueta é a síntese do programa de rastreabilidade da Abrapa e funciona como um ‘CPF’ para cada fardo de algodão produzido no Brasil. Entre as informações disponibilizadas estão o local de produção, a unidade de beneficiamento e até mesmo a prensa utilizada na compactação. O código também indica se o algodão possui certificação do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e/ou licença da Better Cotton (BC), ambos voltados à sustentabilidade da fibra”, explicou.


Além da apresentação teórica, os participantes realizaram uma navegação assistida pelo sistema para visualização dos processos relacionados ao autocontrole, tanto na versão web quanto no aplicativo. “A credibilidade do algodão brasileiro está diretamente ligada à precisão em cada etapa do processo”, destacou Silmara. Ao final da capacitação, todos os participantes passaram por uma avaliação, sendo exigida nota mínima de seis pontos para aprovação.


Maratona


O treinamento realizado na Ampasul faz parte de uma série de ações promovidas pela Abrapa com foco na preparação dos laboratórios para a safra 2024/2025. No dia 22, a capacitação de inspetores de UBA será realizada no Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), na Bahia. Já no dia 29, a formação chega à Minas Cotton, laboratório da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa).

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Sou de Algodão promove webinar com EcoMaterioteca para estudantes da UEG

O movimento se une à empresa referência em pesquisa e classificação de materiais para falar sobre tecidos sustentáveis na moda

15 de Abril de 2025

Na noite de terça-feira (8), o Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), promoveu webinar para estudantes do curso de Design de Moda da parceira Universidade Estadual de Goiás (UEG), juntamente com a EcoMaterioteca, empresa focada em sustentabilidade na indústria da moda. A conversa, para 37 alunos, teve como tema principal o uso de tecidos sustentáveis na moda.


Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do movimento, foi a responsável por abrir a discussão. Ela começou apresentando o Sou de Algodão, que é uma iniciativa que visa promover a moda responsável e o consumo consciente, destacando os benefícios da fibra, que é natural, versátil e confortável, além de biodegradável e reciclável, atributos alinhados à sustentabilidade ambiental. “A nossa matéria-prima não só possui características de conforto e qualidade, mas também se alinha com as demandas contemporâneas do consumidor por uma moda mais transparente”, reforça.


A partir disso, Gabriela Schott, CEO da EcoMaterioteca, assumiu a conversa contando um pouco sobre a empresa e o serviço oferecido em consultoria para tecelagens, além da iniciativa voltada às instituições de ensino em moda, que facilita o acesso a tecidos mais ecológicos.


Gabriela também apresentou aos estudantes as classificações dos materiais e tecidos responsáveis, de acordo com os critérios que a EcoMaterioteca desenvolveu. “Nós temos uma área comercial que oferece cortes de 4 metros dos tecidos da EcoSimple, tecelagem que possui um bom posicionamento no setor. Esse tamanho foi pensado para a melhor otimização do corte, e também não é usualmente comercializado pelas tecelagens, então ajuda os pequenos empreendedores, e também estudantes, a terem acesso aos tecidos sustentáveis e ecológicos  de alta qualidade”, reitera.


Carla Barros, coordenadora do curso de bacharelado em Design de Moda da UEG, considera extremamente importante que os estudantes tenham acesso a esse tipo de informação. “O webinar foi enriquecedor, pudemos aprender muito sobre tecidos e sobre o algodão responsável, e isso vai ajudar muito os nossos alunos daqui para frente. O Sou de Algodão foi o responsável por criar essa conexão, e essa é a vantagem da nossa parceria, o movimento é o elo que nos vincula a empresas que, sem ele, nós não teríamos acesso”, afirma.


Já Manami Kawaguchi destaca que trazer a EcoMaterioteca para falar com a universidade parceira tem o objetivo de facilitar o entendimento e o acesso a materiais mais responsáveis com o meio ambiente, para que os estudantes passem a refletir sobre o tema, antes mesmo de entrar no mercado.


“Nós queremos mostrar que existe uma classificação para tecidos sustentáveis, que vai de acordo com o tipo de matéria-prima. É algo inédito, e ajuda muito na estratégia das marcas em serem consistentes com seus discursos e com o acesso a materiais que realmente estão alinhados com seus objetivos”, completa Manami.


A EcoMaterioteca, fundada em 2017, atua como uma ponte entre a indústria têxtil e de confecção e a academia e o mercado. Ao incentivar o diálogo sobre as possibilidades da moda e do design responsável com os futuros profissionais do setor, a empresa cumpre o seu propósito em educar para transformar a moda brasileira.

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Rumo a 2026: qual sotaque o próximo CBA vai ter?

11 de Abril de 2025

O 14º Congresso Brasileiro do Algodão mal esfriou os motores e a equipe da organização já está de volta à estrada! Entre os dias 9 e 11 de abril, o time fez as primeiras paradas em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, e São Paulo (SP) para avaliar se elas têm o que é preciso para receber o 15º CBA, em 2026.


Das cidades que chegaram a ser consideradas — Brasília (DF), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Natal (RN), Pinhais (PR), Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP) — São Paulo e Belo Horizonte foram as escolhidas para a visita técnica.


Representando a Abrapa, a diretora de Relações Institucionais, Silmara Ferraresi, esteve acompanhada pelas parceiras da Comunicato – Eventos Únicos, Melissa Matteo e Fernanda Rodrigues e Camilla Luz. E BH já recebeu o grupo com aquele jeitinho mineiro: simpatia, pão de queijo e muitas possibilidades! Além de sua rica história e cultura, a capital mineira mostrou força com sua estrutura para eventos para acolher os mais de 3,5 mil participantes esperados.


Já na cidade mais populosa do Brasil, que pulsa com cultura, negócios e inovação, o trio também encontrou potencial para abrigar um dos maiores eventos da cotonicultura brasileira. São Paulo, com sua vibe cosmopolita, mostrou que também está no páreo.


Mas o martelo ainda não foi batido. Em breve, a vencedora será anunciada! A ideia é garantir que o local escolhido tenha tudo para receber o CBA com a grandiosidade que ele merece.


Será que BH leva essa? Ou São Paulo vai surpreender? Qual a sua torcida? Por enquanto, a caminhada rumo a 2026 está só começando!

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Capacitação reforça padronização e qualidade nas análises do algodão em pluma

11 de Abril de 2025

Entre os dias 7 e 11 de abril, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) promoveu o primeiro curso de capacitação e qualificação de inspetores de algodão em pluma de 2025. Supervisionado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o treinamento foi realizado na sede da entidade, em Brasília, e teve como objetivo preparar os profissionais que atuarão nos laboratórios do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB) durante a safra 2024/2025. Além de serem responsáveis pela inspeção das amostras, eles têm a missão de assegurar a confiabilidade dos resultados, o que exige verificações periódicas a cada 200 análises, mantendo uma taxa mínima de 91% de confiabilidade.


“Este ano, atendendo a uma solicitação do Mapa, tivemos uma abordagem mais prática, com foco no correto manuseio das amostras e na execução das análises. Contamos com a participação de pessoas estratégicas dos laboratórios, que terão o papel de multiplicar esse conhecimento em treinamentos internos com seus colaboradores safristas.”, explicou Edson Mizoguchi, gestor do Programa de Qualidade da Abrapa.


Além da parte técnica-operacional, a capacitação teve como temas boas práticas laboratoriais, rastreabilidade, qualidade na Unidade de Beneficiamento de Algodão (UBA) e os programas da Abrapa: Sou de Algodão, Sou ABR, Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e ABR – UBA. O curso também contou com a presença do fiscal do Mapa, Cid Rozo, responsável pelo autocontrole, que reforçou a importância do PQAB e destacou as melhorias observadas nos laboratórios durante a safra 2023/2024. Ele ainda apontou os principais pontos críticos do processo de amostragem e análise, essenciais para garantir a confiabilidade dos resultados.


“A importância desses treinamentos está, sobretudo, em promover a harmonização dos entendimentos entre os diferentes laboratórios, garantindo que todos estejam alinhados em relação aos procedimentos, padrões de qualidade e critérios técnicos. Foram apresentados exemplos práticos de situações que tiveram sucesso em um laboratório e falhas em outro, o que permite identificar pontos de melhoria, discutir correções adotadas e compartilhar medidas preventivas eficazes que já foram implementadas com bons resultados”, afirmou Rozo. Segundo ele, em dois anos de implementação do programa, o número de laboratórios com índice de confiabilidade superior a 98% cresceu de seis para dez, em um universo de 12 laboratórios avaliados.


Participaram da capacitação representantes dos laboratórios da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) e do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA).



Abrangente


Durante o curso, foram abordados temas que abrangem a cadeia produtiva do algodão. A diretora de Relações Institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, apresentou os detalhes do funcionamento da etiqueta do Sistema Abrapa de Identificação (SAI) e destacou sua importância dentro dos programas PQAB e Standard Brasil HVI (SBRHVI). "Mostramos como os sistemas de rastreabilidade são construídos, qual o caminho percorrido pelo algodão desde a origem e o papel do inspetor de UBA no sistema", explicou Silmara.


Para o consultor na área de qualidade, processo e beneficiamento do algodão, Edmilson Santos, o treinamento não foi restrito ao laboratório. “Ele conectou conhecimentos desde a lavoura, passando pela logística, análises laboratoriais e chegando até a indústria têxtil. Foi uma verdadeira imersão nos fatores que influenciam a qualidade e o valor do algodão, promovendo um entendimento amplo e prático de como cada etapa impacta o resultado final”, explicou.


No último dia do curso, os participantes foram submetidos a uma avaliação, na qual a nota mínima exigida foi sete. “O PQAB também passou por várias melhorias da última safra para a atual. Ao retornar para o laboratório, minha missão é compartilhar esse conhecimento com toda a equipe, para que todos estejam por dentro das mudanças e avanços ocorridos de uma safra para outra. Essa troca é essencial para garantir que todo mundo esteja alinhado e preparado para aplicar as novas práticas no dia a dia”, concluiu Milena Ingrid, gestora da qualidade do laboratório da Agopa.

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Guerra comercial preocupa sobre impactos na economia e no trade global do algodão

Semana foi marcada por elevações nas tarifas por parte dos Estados Unidos, principalmente para a China

11 de Abril de 2025

Os desdobramentos da Guerra Comercial dos Estados Unidos com elevações nas tarifas para diversos países marcaram a semana, principalmente em relação à China. Conforme a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), há grande preocupação em torno da situação sobre os possíveis impactos na economia mundial e no trade global do algodão e demais produtos.


Apesar disso, a entidade frisa que alguns países e empresas já visualizam oportunidades que podem surgir com os ajustes que estão em andamento no mercado.

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Representantes da indústria têxtil visitam fazenda de algodão no Paraná

10 de Abril de 2025

A Acopar — Associação dos Cotonicultores Paranaenses, entidade associada à Abrapa — recebeu, em 9 de abril, um grupo de clientes da Fiação Fiasul, uma das maiores do setor do Paraná, com mais de 30 anos de atuação no mercado. Cerca de 25 parceiros, em sua maioria representantes da indústria têxtil de Gaspar (SC) e região, foram recepcionados em Toledo (PR), sede da empresa, e convidados a visitar uma lavoura de algodão no Sítio Saltinho, em Ibiporã (PR), durante a manhã. À tarde, o grupo participou do Seminário Algodão Paraná, promovido pela entidade durante a ExpoLondrina 2025.


A iniciativa de aproximar os empresários da realidade da produção algodoeira partiu do Núcleo Têxtil da Associação Comercial e Industrial de Gaspar (ACIG) e foi inspirada na Cotton Trip, promovida pela Abrapa para valorizar as particularidades da cadeia do algodão. Com base nessa experiência, decidiu-se proporcionar uma vivência semelhante, tendo a Fiasul como parceira estratégica.


O roteiro da visita técnica foi desenvolvido ao longo de dois dias e foi possível graças à articulação entre a Fiasul e a Acopar. A proposta da ação foi promover transparência, fortalecer a colaboração e criar conexões entre os elos da cadeia produtiva, destacando a importância da indústria têxtil catarinense, reconhecida nacionalmente por sua tradição e relevância.


“Esse tipo de iniciativa é extremamente importante e está alinhado com o que a Abrapa já vem fazendo: aproximar os nossos clientes, oferecendo mais conhecimento sobre a matéria-prima com a qual trabalham. Quando a fiação se conecta com a origem da fibra, o benefício é mútuo. Os clientes da fiação — como confecções e estamparias — passam a entender melhor o valor do algodão brasileiro e podem transmitir isso ao consumidor final, reforçando as vantagens de uma fibra nobre e sustentável. Esse movimento tende a fortalecer toda a cadeia produtiva”, destacou Almir Montecelli, presidente da Acopar.


A Fiasul também integra o movimento Sou de Algodão, criado pela Abrapa em 2016, com o objetivo de despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável, valorizando a fibra natural brasileira em todas as etapas da cadeia produtiva.

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Abrapa destaca papel do associativismo e da sustentabilidade na ExpoLondrina 2025

09 de Abril de 2025

O papel do associativismo no fortalecimento da cadeia produtiva do algodão e sua contribuição para a retomada do crescimento da cultura nas últimas décadas foram temas centrais da participação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) no “Seminário Algodão Paraná – Estratégias de incentivo à cotonicultura do Paraná”. Promovido pela Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) no dia 8 de abril, durante a ExpoLondrina 2025, o evento reuniu cerca de 150 pesquisadores, empresários e profissionais do setor, promovendo a troca de experiências e o debate de soluções para o avanço da cotonicultura no estado.


Durante o seminário, o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, destacou que o Brasil multiplicou por cinco sua produção de algodão utilizando uma área duas vezes menor em relação ao passado. Atualmente, o país ocupa a liderança nas exportações globais da fibra, com ênfase em qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade. Segundo ele, essa transformação é fruto de uma mudança estrutural e de mentalidade por parte dos produtores, aliada ao trabalho associativo coordenado pela Abrapa e suas entidades estaduais.


“Nos anos 1970 e 1980, o Brasil cultivava entre 4 e 4,3 milhões de hectares de algodão, produzindo pouco mais de 500 mil toneladas, fazendo com que o país se tornasse o segundo maior importador da fibra. A recuperação começou com a modernização do setor, impulsionada por investimentos em pesquisa, adoção de variedades transgênicas resistentes a pragas, e a implementação de boas práticas agrícolas, além de parcerias estratégicas com instituições como a Embrapa”, disse.


A consolidação do Brasil como potência global na produção e exportação de algodão exigiu não apenas tecnologia, mas também estratégias integradas, visão de longo prazo e organização setorial. Atualmente, praticamente toda a produção excedente do país é exportada, garantindo o abastecimento da indústria têxtil nacional e fortalecendo a presença brasileira nos mercados internacionais.


Ele também destacou as dez estratégias sustentáveis adotadas pela cotonicultura brasileira. Entre elas estão auditoria e verificação, bem-estar e segurança dos trabalhadores e produtores, conservação da vegetação nativa nas propriedades, uso eficiente da água, energia limpa, proteção do solo, manejo integrado de pragas com uso de biológicos, uso eficiente da terra, agricultura digital e de precisão, além de rastreabilidade e transparência. “A evolução do setor nas últimas décadas demonstra que é possível produzir mais e melhor, com respeito aos recursos naturais e às boas práticas ambientais e sociais”, informou.


Outro ponto enfatizado por Portocarrero foi a importância da estruturação de programas robustos que atestem, principalmente no mercado internacional, a confiabilidade e a competitividade do algodão brasileiro. Entre essas iniciativas, destacou-se o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), criado para certificar unidades produtivas com base em critérios socioambientais alinhados às melhores práticas globais. Seu sucesso permitiu a expansão para as unidades de beneficiamento (ABR-UBA) e terminais retroportuários (ABR-LOG).


A rastreabilidade da produção foi abordada como diferencial competitivo, por meio do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) e do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA). Estratégias de valorização da fibra no mercado nacional e internacional, como o movimento Sou de Algodão e a iniciativa Cotton Brazil, foram apresentadas como pilares da promoção da imagem e do consumo do algodão brasileiro.


O seminário também contou com a participação de importantes lideranças do setor. Almir Montecelli, presidente da Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar), abriu os debates. Eleusio Curvelo Freire, da Cotton Consultoria, apresentou o “Projeto Algodão Paraná”, com foco em temas como variedades, controle de pragas, doenças, ervas daninhas, colheita e transporte. Aristeu Sakamoto, do Sindicato Rural de Cambará, falou sobre custo de produção e rentabilidade, enquanto o professor João Celso dos Santos, da Orbi-Cotton, trouxe uma análise da comercialização do algodão no Brasil e no mundo.



Evento


A ExpoLondrina 2025, uma das principais feiras agropecuárias do País, que ocorre até o dia 13 de abril, celebra 63 anos de história com expectativa de superar os números da edição anterior. Em 2024 o evento registrou mais de 470 mil visitantes e movimentou aproximadamente R$ 1,26 bilhão em negócios, gerando cerca de 9 mil empregos diretos e indiretos. Ao longo do evento, câmaras técnicas discutirão as cadeias do queijo, do café, novas tecnologias, além de uma série de inovações e transações comerciais.

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Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro - safra 2023/2024 (Março de 2025)

04 de Abril de 2025

A análise por HVI do algodão brasileiro da safra 2023/2024, conduzida pelos 12 laboratórios que integram o Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), avança para sua conclusão, prevista para o dia 10 de abril, com a publicação do relatório final no dia 15 de abril. Os dados atualizados até 31 de março indicam que 16.792.692 fardos de algodão da safra 2023/24 já foram analisados, com 18.102 fardos examinados apenas no mês de março. Restam cerca 6 mil fardos a serem analisados. O relatório de março aponta a estabilidade da qualidade em relação ao ciclo anterior, com destaque para melhorias significativas em relação ao histórico, com 92% dos fardos acima de 1,11 polegadas em comprimento UHML, 95% acima de 80% em uniformidade, 95% com resistência da fibra superior a 28 gramas tex e 79% dos fardos com índice de fibras curtas (SFI) menor que 10. Confira todos os detalhes no Relatório de Qualidade da Abrapa de março através do link: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2025/04/Relatorio-de-Qualidade-do-Algodao-Brasileiro-%E2%80%93-safra-2023.24-marco.pdf

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