Voltar

Programa ABR está aberto para adesões na safra 2021/2022

​Certificação socioambiental é renovada a cada safra nas unidades produtivas

24 de Fevereiro de 2022

Começou a temporada de adesão ao programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) para a safra 2021/ 2022. Executado pela Abrapa em benchmark com a Better Cotton (BCI), o ABR atesta o compromisso das unidades produtivas com a sustentabilidade. A certificação é renovada anualmente, com assessoria técnica das associações estaduais. No atual ciclo, participam do programa Ampa, Ampasul, Abapa, Agopa, Amipa, Appa, Apipa e Amapa.

O ABR promove a gestão sustentável das fazendas por meio da evolução progressiva de boas práticas sociais, ambientais e econômicas. Na atual temporada, o protocolo de certificação foi atualizado, de forma a atender à renovação do benchmark com a Better Cotton e à nova redação da Norma Regulamentadora - NR 31, que estabelece os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho rural.

A renovação da parceria com a BCI ampliou o incentivo a boas práticas agrícolas, como o compromisso do uso eficiente de defensivos e de técnicas de manejo para manter e melhorar a estrutura e a fertilidade do solo. Também foi incluída a responsabilidade de utilização da plataforma digital e manutenção dos recibos de vendas e transações de Better Cotton.

Já a nova redação da NR 31 - estabelecida pela Portaria SEPRT 22.677, de 22/10/2020, que entrou em vigor no dia 27 de outubro de 2021 - exigiu a revisão dos itens de Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente do Trabalho, previstos no Critério 6 do protocolo ABR.  Entre as novidades, está a possibilidade de realização de treinamentos e capacitações à distância e a criação do Programa de Gerenciamento de Risco no Trabalho Rural (PGRTR), incluindo os requisitos legais de prevenção de acidentes do trabalho e a Gestão de Saúde Ocupacional previstos no Inventário de Riscos do PGRTR.

A revisão também amplia a responsabilidade sobre gestão de máquinas, equipamentos e implementos - os itens relacionados ao uso foram adequados e passíveis de serem geridos no PGRTR. Estabelece, ainda, novos requisitos legais específicos com relação às áreas de vivência, instalações sanitárias, local para refeição, alojamento, lavanderia e área de lazer, entre outros.

Com as atualizações,  a lista de Verificação Diagnóstico da Propriedade (VDP) passa a ter 201 itens e a lista de Verificação para Certificação da Propriedade (VCP), 183 itens, organizados nos mesmos 8 critérios:


  • Critério 1. Contrato de Trabalho

  • Critério 2. Proibição de Trabalho Infantil

  • Critério 3. Proibição de Trabalho Análogo a Escravo

  • Critério 4. Liberdade de Associação Sindical

  • Critério 5. Proibição de Discriminação de Pessoas

  • Critério 6. Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente do Trabalho (NR31)

  • Critério 7. Desempenho Ambiental

  • Critério 8. Boas Práticas Agrícolas


Os critérios 2, 3, 4 e 5 passam a ser de conformidade obrigatória. Além disso, tanto na VDP quanto na VCP, há 51 Critérios Mínimos de Produção (CMP's) de aprovação obrigatória, conforme acordado com a BCI.

A evolução obrigatória e contínua permanece a mesma:

1ª safra – 85% da VCP para certificação

2ª safra 87% da VCP

3ª safra - 89% da VCP

4ª safra em diante – 90% da VCP

São documentos do programa ABR, na safra 2021/2022:

1.Regulamento

2.Termo de adesão

3.VDP

4.VCP

5.Modelo de certificado

6.Modelo de selo

Todas as unidades produtivas/produtores que aderem ao programa ABR, passam pelo processo de auditoria externa conduzido por um órgão certificador independente, reconhecido internacionalmente. Na safra 21/22, as certificadoras de terceira parte são ABNT,  Gênesis e Bureau Veritas. Em razão dos cuidados sanitários impostos pela pandemia de Covid19, foi definida a seguinte regra:

Fazendas de primeira e segunda safra de auditoria - certificação presencial;

A partir da terceira safra - certificação presencial, por sorteio, em 30% das unidades produtivas e virtual nas demais.

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Cotonicultores brasileiros buscam expansão de mercado no Paquistão e Turquia

​Missão Vendedores, realizada pelo programa Cotton Brazil, da Abrapa, pretende ampliar ainda mais os negócios com os dois países, que já têm o Brasil como segundo maior fornecedor da pluma

22 de Fevereiro de 2022

Começou segunda-feira (21/02) a Missão Vendedores, iniciativa de promoção e desenvolvimento de mercado realizada pelo programa Cotton Brazil, da Associação Brasileira de Produtores de Algodão, Abrapa. Uma comitiva com cotonicultores brasileiros prospecta a indústria têxtil da Turquia e do Paquistão para fortalecer a presença e o relacionamento entre os dois países.

A missão é uma das atividades do Cotton Brazil, programa criado pela Abrapa para ampliar a participação do algodão brasileiro no mercado global. Assim como o programa, o intercâmbio comercial é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).

Missão Vendedores inicia pela Expo 2020, em Dubai, com foco na indústria têxtil paquistanesa. O Paquistão é o quinto maior consumidor mundial de algodão, tendo importado aproximadamente 1,2 milhão de toneladas no ano comercial 2020/21. É o terceiro maior importador da pluma brasileira, com 12% de market share e um volume superior a 280 mil tons importadas no último ciclo comercial.

Para mostrar como o Brasil pode ampliar ainda mais o fornecimento ao Paquistão, a Abrapa realiza nos dias 23 e 24 de fevereiro o Cotton Brazil Outlook 2022, em Dubai. O evento, presencial, terá palestra com apresentação de dados sobre o mercado de algodão brasileiro e também roda de negócios e networking entre brasileiros e paquistaneses. Mais de 100 indústrias com sede no Paquistão já confirmaram presença no evento.

Além disso, a comitiva brasileira representará o agro brasileiro em uma série de agendas setoriais na Expo 2020, como o AgriTalks, promovido pela Apex-Brasil, em 23 de fevereiro.

Após Dubai, a Missão Vendedores parte para uma agenda de negócios nas cidades turcas de Gaziantep, Kahranmarash e Istambul, incluindo visita a indústrias têxteis e reuniões com empresários locais. Na programação, destaque para a realização de mais duas edições do evento Cotton Brazil Outlook 2022.

Assim como o Paquistão, a Turquia é um parceiro relevante para o comércio externo de algodão do Brasil. No ano comercial 2020/21, o país foi o quarto maior importador de pluma brasileira. As importações somaram 279 mil toneladas, o que correspondeu a 12% do volume embarcado pelo Brasil. Na temporada atual (2021/22), já foram compradas 119 mil toneladas, e a expectativa da Missão Vendedores é de que esse volume se amplie após os contatos que serão realizados in loco.

O Brasil é atualmente o segundo maior fornecedor de algodão tanto para a Turquia como para o Paquistão, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Saiba Mais. A Missão Vendedores é promovida pela Abrapa, desde 2015, e visa aproximar cotonicultores nacionais do mercado comprador, num intercâmbio de informações e promoção de networking. Além de rodas de negócios, a iniciativa sempre inclui visitas às fábricas locais para que os produtores conheçam os modelos de negócio dos países compradores e também as demandas técnicas das fiações.

Esta é primeira edição a ser organizada após a pandemia de Covid-19 e também depois do lançamento do programa Cotton Brazil, responsável pela promoção e prospecção de mercados para o algodão brasileiro. O programa é realizado em parceria com Apex-Brasil e Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), além de receber apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Abrapa integra missão do Mapa ao Irã

Com ministra Tereza Cristina, entidades e empresas do agro foram conhecer oportunidades de negócios

21 de Fevereiro de 2022

A Abrapa integrou a missão oficial do governo brasileiro ao Irã, realizada na última sexta-feira (18) e sábado (19). A delegação, liderada pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, contou com entidades e empresas de diversos setores da agropecuária, como Aprosoja /MT, ABIEC, ABPA, BR foods – Frango, Friboi, JBS e OCB.

A viagem teve como objetivo conhecer melhor o mercado iraniano e avaliar as possibilidades de negócios entre os dois países. A Abrapa esteve representada pelo vice-presidente, Alexandre Schenkel, e pelo diretor de Relações Internacionais, Marcelo Duarte. Ambos participaram de um fórum com empresários iranianos e de reunião ampliada do Ministério da Agricultura do Irã, além de sessões B2B entre empresas dos dois países.

Schenkel aproveitou a oportunidade para apresentar um panorama da cotonicultura brasileira. Lembrou que o Brasil já foi grande importador de algodão e se tornou exportador há poucos anos, mas já ocupa a posição de segundo maior fornecedor mundial da fibra. "Apesar de sermos jovens como exportadores, construímos laços de confiança com os mercados que fomos conquistando", destacou.

Atualmente, não há exportação direta de algodão do Brasil para o Irã, mas há potencial para a parceria. O mercado têxtil iraniano está em expansão e hoje a estimativa é de que as importações sejam de 120 mil toneladas da pluma por ano, o que posiciona o país entre os dez maiores importadores de algodão no mundo.

Por outro lado, desde 2019 o Irã é um importante fornecedor de uréia, insumo usado na fabricação de fertilizantes. Entre as possibilidades para ampliar o comércio bilateral está a chamada operação de barter (permuta) entre uréia e algodão.  "O Irã sofre sanções internacionais. Portanto, é importante analisar cuidadosamente para que as operações, uma vez iniciadas, sigam todas as regras de compliance", avalia o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte. "Vamos trabalhar junto ao Ministério da Agricultura, para que as exportações aconteçam dentro das regras vigentes do comércio global", explica.

O diálogo entre a Abrapa e o Irã teve início em novembro de 2021, em uma reunião virtual com a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), a Embaixada do Brasil em Teerã e empresas têxteis iranianas.

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Empreendedoras apostam no algodão para criar de forma sustentável

Movimento Sou de Algodão é destaque no projeto Um Só Planeta/ PEGN

21 de Fevereiro de 2022

Abrapa na Mídia

 

Empreendedoras apostam no algodão para criar de forma sustentável

 

O comércio da fibra gerou receita de R$ 18,9 bilhões na temporada 2020/2021, segundo a Abrapa

 

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de algodão. O país ocupa o quinto lugar no ranking, atrás de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Entre agosto de 2020 e julho de 2021, o país exportou 2,4 milhões de toneladas da fibra natural, um recorde. O comércio da matéria-prima gerou receita de US$ 3,7 bilhões (R$ 18,9 bilhões) na temporada 2020/2021, de acordo com a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão). Além das grandes fábricas têxteis espalhadas pelo país, o algodão também é insumo para pequenas empreendedoras que encontraram nele uma forma de aflorar a criatividade e produzir de forma mais consciente e sustentável.

 

Suzana Romero já tinha experiência com a indústria têxtil, setor em que toda a sua família materna trabalhou. Mesmo com a formação em moda e os 15 anos de vivência no segmento no currículo, ela só foi encontrar a inspiração para a sua marca, Dacorda, em outro continente. Enquanto morava na Austrália, ela realizou um curso e, em uma das aulas, estudou sobre manipulação de materiais têxteis. Foi ali que começou a fazer experimentações com cordas, itens fundamentais no seu trabalho atual, iniciado em 2017, quando retornou ao Brasil. “Quando comecei a estudar moda, não existia isso de sustentabilidade. Quis criar o oposto do que eu vi antes, não queria jogar nada fora e queria trabalhar com resíduos”, conta. Com o material, ela cria, ao lado da mãe, itens de decoração e acessórios.

 

A arquiteta Nádia Doncatto deixou de atuar integralmente na profissão quando teve filhos, passando a pegar projetos esporadicamente. Moradora da região da Serra Gaúcha, ela tinha vontade de fazer algo diferente e encontrou no tricô gigante uma inspiração. “Eu queria trabalhar com algo que olhassem e se apaixonassem, trazendo movimento para a minha vida profissional”, relembra. Ao lado da sócia Andressa Merlin, percorreu as malharias da região para encontrar uma forma viável de produzir os itens, já que a lã era difícil de manusear e manter. O algodão foi a resposta para a criação da Hygme, há cinco anos. Como enchimento, as sócias decidiram usar fibra de poliéster, proveniente da reciclagem de garrafas PET.

 

À frente da Liga Transforma, coletivo com foco em moda sustentável criado durante a faculdade, a empreendedora Lourrani Baas faz a criação de peças com retalhos de tecidos. O projeto beneficia mulheres em situação de vulnerabilidade, que recebem suporte e qualificação profissional para atuar na área. “Além de ajudar o planeta, os nossos produtos são autorais, com informação de moda. Estamos vivendo a época da regeneração da moda, precisamos rever os processos para impulsionar a produção consciente e sustentável”, afirma.

 

As três microempreendedoras encontraram no algodão a forma de tirar seus planos do papel e caminhar com as próprias pernas. Além da questão da sustentabilidade, a matéria-prima promove um toque mais agradável e confortável ao corpo, um fator importante para a confecção de roupas e objetos de decoração que entram em contato com a pele. Elas também ressaltam a importância de promover o crescimento da cadeia de produção da fibra natural, da plantação até a chegada ao consumidor final. “O algodão é fincar as raízes no que importa. Espero que a gente consiga alavancar o sustentável, o limpo e o consciente por meio dele”, pontua Baas.

 

Adeptas da economia circular, elas desenvolvem iniciativas para diminuir o impacto que deixam no planeta com seus produtos. Romero, por exemplo, trabalha com logística reversa, desmanchando os itens antigos e transformando em novos, investindo na vida útil da matéria-prima. Os restos das linhas das cordas não usadas também são guardados e transformados em enchimento para bonecas e, mais recentemente, em papéis artesanais que serão utilizados como embalagem.

 

Desde 2016, o Brasil conta com o Movimento Sou de Algodão, iniciativa criada pela Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) para promover a moda e o consumo responsável. Tendo como embaixadores os estilistas renomados Alexandre Herchcovitch, Martha Medeiros e Paulo Borges, o movimento formou uma cadeia para valorizar os profissionais que vivem do algodão. “Começamos a nos juntar para demonstrar como a fibra é essencial na moda, como em produtos de cama, mesa e banho, passando pelo jeans até chegar à camiseta. Além disso, a parceria ajuda a levar informação ao consumidor sobre a origem de suas roupas e a estimular o uso do algodão responsável”, afirmou Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa.

 

Entre os 830 parceiros da iniciativa, 673 são marcas de pequeno porte (microempresas e MEIs), sendo a maioria (561) confecções. Busato aponta que a presença de pequenos empreendedores no movimento demonstra o potencial das interações para a geração de novos negócios. “O algodão é muito importante na nossa economia, movimenta grandes indústrias e é fundamental para centenas de microempreendedores individuais que encontraram uma forma de sobreviver à crise econômica que vivemos”, finaliza.

 

Para participar do movimento, os produtos precisam ter, no mínimo, 70% de algodão na composição. Uma vez parte da iniciativa, as marcas ganham espaço no do site Sou de Algodão, com divulgação de seus produtos.

 

PEGN – por Rebecca Silva – 21.02.2022

https://revistapegn.globo.com/Um-So-Planeta/noticia/2022/02/empreendedoras-apostam-no-algodao-para-criar-de-forma-sustentavel.html

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Sou de Algodão Conecta promove terceiro webinar para marcas parceiras

Com participação da apoiadora institucional Ecomaterioteca, o tema 'tecidos responsáveis' foi escolhido, pensando na demanda dos consumidores pela busca de produtos mais sustentáveis

18 de Fevereiro de 2022

O terceiro webinar Sou de Algodão Conecta, promovido pelo Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), aconteceu ontem (17/02), por meio da plataforma Zoom, exclusivamente para marcas parceiras, com a temática abrangendo a demanda das empresas  por tecidos responsáveis e produtos mais sustentáveis.

 

A apresentação foi realizada pela Ecomaterioteca, um acervo itinerante no qual são reunidos, catalogados e classificados materiais têxteis, com a intenção de fomentar práticas sistêmicas de produção de vestuário e acessórios de moda. O foco foi o registro do aumento na procura do consumidor por mais sustentabilidade nas roupas. Nesse cenário, o encontro reforçou a importância de que a cadeia têxtil incorpore práticas responsáveis em seus processos e produtos. Com o intuito de auxiliar marcas e a indústria na escolha de matérias-primas e incentivar uma moda mais consciente, o projeto organizou uma biblioteca de tecidos de origem responsável.

 

A apoiadora institucional do movimento compartilhou sua expertise no desenvolvimento de um critério para organizar os tipos de tecidos. Em 2016, perceberam que muitos designers gostariam de criar produtos utilizando materiais sustentáveis, mas não eram conhecidos e não estavam catalogados. Pensando em transformar a indústria da moda, a Ecomaterioteca criou um sistema para catalogar e classificar as matérias-primas, tornando-se um apoio para os criadores.

 

O webinar foi apresentado por Gabriela Leite Marcondes Schott, CEO da Ecomaterioteca e designer de moda, que iniciou sua participação, declarando que, como premissa, todos os tecidos que fazem parte do acervo, precisam ser fabricados e comercializados no Brasil. Denise Frade, diretora criativa da Ecomaterioteca e colaboradora do blog Sou de Algodão, também participou da conversa e comentou que, quando lançaram a iniciativa no Museu da Moda, em 2016, as pessoas ficaram impressionadas com a grande diversidade de tecidos responsáveis, que podem ser maleáveis e coloridos. "Foi a partir desse momento que entendemos a necessidade de as pessoas conhecerem todos os tipos de tecidos", reforça.

 

Elas explicaram que as indústrias começaram a procurá-las para entender o que elas próprias fabricavam, se eram tecidos ecológicos ou sustentáveis, por exemplo, e, por isso, passaram a trocar ideias e experiências, além de orientações, para poderem definir os critérios do catálogo.

 

Gestão mais sustentável

Pensando sobre uma gestão em que as marcas precisam entregar mais responsabilidade aos consumidores, Denise afirma que é possível criar coleções sem gerar resíduos. "A indústria de confecção precisa dispor de processos produtivos mais eficientes e limpos, além de modelos mais inovadores para atender as demandas de maneira mais competitiva e sustentável a longo prazo", finaliza. Para poder entregar essas questões, as representantes da Ecomaterioteca afirmam que é possível começar fazendo pequenas mudanças, com metas alcançáveis e tangíveis.

 

De acordo com a proposta apresentada, é importante começar com os seguintes passos: ter propósito, conhecer o mercado e escolher um nicho para empreender, tendo diferentes modelos de negócios; pesquisa e seleção de matérias-primas e fornecedores da indústria nacional; processo produtivo eco-eficiente, priorizando a abordagem sobre modelagem, corte sem desperdícios e costura alternativa; terceirização e rastreabilidade do processo produtivo; gestão dos resíduos têxteis terminais; processo criativo com design de superfície têxtil; comunicação de valor, identidade, propósito e posicionamento da marca.

 

Outro ponto abordado durante o  webinar Sou de Algodão Conecta foi de que é possível saber como as pessoas vão consumir a moda. "Nós temos que pensar que as pessoas buscam por um impacto positivo, representatividade, transparência, consciência, causa, valor e sustentabilidade e responsabilidade. As marcas deveriam se alinhar com os valores pró-sustentabilidade e contar histórias verdadeiras", reforça Gabriela.

 

Segundo a CEO da Ecomaterioteca, atualmente são mais de 800 amostras de artigos diferentes, entre tecidos, fios, embalagens, botões, etiquetas, que são catalogadas e classificadas entre biodegradáveis, ecológicos, orgânicos e sustentáveis de mais de 40 indústrias têxteis nacionais parceiras. "Essas empresas podem transitar em mais de uma categoria de tecido, podendo estar em todas as nossas classificações. Colocamos os selos e certificados, entregando transparência, rastreabilidade e comprovação que a tecnologia foi corretamente aplicada", explica Gabriela.

 

Tipos de tecidos 

Conforme estipulado pela Ecomaterioteca, os tecidos responsáveis são classificados em quatro categorias: biodegradáveis, são feitos de matérias-primas que se decompõem em menos de três anos após o descarte correto, como a poliamida biodegradável, por exemplo; o ecológico, que tem fios produzidos com o menor impacto ambiental, como baixa economia de água e energia, menor uso de matéria-prima virgem e consumo de produtos químicos; os tecidos sustentáveis, que são derivados de materiais reciclados, sem uso de água e zero emissão de carbono, por exemplo, como os que vêm da garrafa PET; orgânico, no qual é necessário ser produzido com fios naturais e saudáveis de manejo responsável; e, por último, existem os tecidos biotêxtil, que é feito a partir de células vivas ou microrganismos como colônias de bactérias e fungos.

 

A Ecomaterioteca 

O principal objetivo é democratizar o conhecimento, a pesquisa e a inovação em sustentabilidade. Os serviços disponibilizados são consultoria, mentoria, curadoria têxtil, oficinas, cursos, palestras e venda de kits para teste. "Estamos alinhados com as políticas da ONU em sua agenda para 2030, pois suas ações caminham para levar a sociedade ao consumo mais consciente e responsável, ao reaproveitamento e à reciclagem dos resíduos, promovendo o bem-estar para todos, na medida em que isso se reflete na gestão dos recursos do planeta", explica Gabriela.

 

Sou de Algodão Conecta

Além de demonstrar a versatilidade da fibra, o movimento é um ambiente propício para novos negócios e aprendizados. Com este objetivo, foi lançado em agosto de 2021, o Sou de Algodão Conecta, uma iniciativa para integrar, nivelar o conhecimento sobre o algodão e a responsabilidade  da cadeia, e promover a colaboração.

 

Sobre Sou de Algodão

É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, com 85% da produção com a certificação ABR.

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #07/2022

18 de Fevereiro de 2022

- Destaque da Semana – Riscos geopolíticos continuam pautando os mercados de todas as commodities. Nos EUA, divulgada a primeira estimativa de área para 2022/23 e China sinaliza cada vez mais preferência por alimento x fibras.


- Algodão em NY – O contrato Mar/22 fechou ontem a 121,93 U$c/lp (-3%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22, continua acima de 1 dólar ( 102,31 U$c/lp ), mas fechou em queda (-2,8%).


- Preços - Ontem (17/02), o algodão brasileiro estava cotado a 138,5 U$c/lp (- 475 pts) para embarque em Mar-Abr/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22 o indicador é 118,25 U$c/lp (- 250 pts).


- Altistas 1 - Importante revista científica britânica divulgou que seu modelo meteorológico prevê para este ano a maior seca dos últimos 20 anos na região oeste dos EUA, que inclui o Texas, maior produtor do país.


- Altistas 2 - Com a escalada na tensão na Ucrânia, uma das consequências tende a ser o aumento no preço do petróleo. Assim, a curto prazo, a cotação da pluma pode se valorizar.


- Baixistas 1 - Entretanto, embora no curto prazo os efeitos sejam positivos para as cotações, a tendência é de redução no consumo de têxteis no mundo como consequência do acirramento do conflito.


- Baixistas 2 - O National Cotton Council (NCC) dos EUA divulgou esta semana suas projeções de área de algodão dos EUA para 2022/23, indicando área plantada em 12,03 milhões de acres (+7,3% em relação a 2021/22).


- EUA - Entretanto, a área projetada pelo NCC está bem abaixo dos 14,1 milhões de acres de 2018/19. Além disso, a pesquisa com produtores foi realizada de dezembro a meados de janeiro. Nesse período, os riscos de seca eram também mais baixos.


- China 1 - O governo chinês anunciou que irá apoiar o fornecimento de fertilizantes e outros insumos aos agricultores de grãos. O objetivo é superar 650 milhões tons de grãos e oleaginosas, garantindo assim um aumento de 15% na produção de carnes no país até 2025.


- China 2 - Com a clara prioridade para agricultura de grãos e oleaginosas em detrimento a fibras, a China sinaliza que a área plantada de algodão no país poderá sofrer redução.


- Índia - Bayer e governo da Índia negociam a retomada do investimento no desenvolvimento de cultivares e eventos biotecnológicos de algodão no país. O objetivo é melhorar a produtividade média atual (inferior a 500kg/ha/ano) daquele que já é o maior produtor global da pluma.


- Agenda 1 -  A Abrapa integra a comitiva da Ministra Tereza Cristina ao Irã nos dias 18 e 19 de Fevereiro. O país é grande consumidor de algodão mas sofre com as sanções que dificultam seu comércio externo.


- Agenda 2 - Abrapa, Anea e Apex Brasil iniciam na segunda (21) mais uma Missão Vendedores. Uma comitiva com produtores e exportadores brasileiros realizará eventos em Dubai e na Turquia. Na Turquia a agenda também inclui visitas a indústrias têxteis locais.


- Agenda 3 - O evento em Dubai ocorre nos dias 23 e 24 de fevereiro e contará com industriais e agentes do Paquistão, quarto maior importador mundial (1,2 milhão de tons).


- Agenda 4 - Na próxima segunda-feira será feriado nos EUA (President’s day), portanto o mercado estará fechado.


- Exportações - De acordo com dados do Ministério da Economia, o Brasil exportou 85,7 mil tons de algodão nas duas primeiras semanas de fev/22. A média diária de embarque é 27,2% inferior quando comparada com fev/21.


-  Semeadura 2021/22 - Até ontem (17/02), 99,1% da área já havia sido semeada no Brasil. Restam ainda as últimas áreas a serem plantadas em MT, MG, GO e SP.


- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


WhatsApp Image 2022-02-18 at 08.34.02.jpeg


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Área e produção de algodão devem crescer mais de 10%

​Entrevista de Júlio Busato ao canal Agro Mais

15 de Fevereiro de 2022

Abrapa na Mídia

 

Área e produção de algodão devem crescer mais de 10%

 

A previsão de crescimento da safra 21/22 em relação ao ciclo anterior foi tema de entrevista do presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, ao programa Agro Noite, do canal Agro Mais. Com 98% do plantio concluído, a estimativa é de uma produção de 2,71 milhões de toneladas da fibra, 14,8% a mais do que o registrado na safra 20/21. Segundo Busato, o consumo mundial de algodão é o maior da história, o que representa uma grande oportunidade para os cotonicultores brasileiros.

Assista:

https://agromais.band.uol.com.br/videos/area-e-producao-de-algodao-devem-crescer-mais-de-10-17023701

 

Agro Mais – programa Agro Noite – 14.02.2022

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #06/2022

11 de Fevereiro de 2022

- Destaque da Semana – USDA projeta aumento de demanda, China volta parcialmente do feriado e tensões continuam entre OTAN e Rússia.


- Algodão em NY – O contrato Mar/22 fechou ontem a 125,66 U$c/lp (-1,5%). Referência para a safra 2021/22, o contrato Dez/22, por outro lado, continua sua rota ascendente, fechando a 105,27 U$c/lp (+1,34%).


- Preços - Ontem (10/02), o algodão brasileiro estava cotado a 143,25 U$c/lp (mesmo valor da semana passada) para embarque em Mar-Abr/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22, o indicador era cotado a 120,75 U$c/lp (alta de 300 pts).


- Altistas 1 - No relatório mensal de oferta e demanda do USDA, apesar de o órgão ter reduzido as estimativas de exportações dos EUA (devido às dificuldades logísticas), a estimativa de produção global ficou 175 mil toneladas menor e o consumo aumentou em 40 mil tons.


- Altistas 2 - O número projetado de consumo global para 21/22 (27,11 milhões de toneladas) é o maior da história, 20% acima do realizado em 2019/20 e 2,9% maior que 2020/21.


- Baixistas 1 – Na China, apesar do feriado oficial de ano novo Chinês ter terminado, grande parte das indústrias só retomará a produção após o Festival da Lanterna, que este ano ocorre em 15 de fevereiro.


- Baixistas 2 - Os dados de inflação nos EUA divulgados ontem (quinta-feira) mostraram a taxa de inflação mais alta em quatro décadas (7,5% ao ano). Este número aumenta a expectativa para elevação de taxas de juros no país, o que é ruim  para as cotações de commodities.


- Austrália - Apesar do boicote Chinês, a Austrália tem tido aumentos significativos nas exportações de algodão. De agosto a dezembro de 2021, os embarques somaram 459,1 mil tons - quantidade mais de 4x superior às 85,4 mil tons de ago-dez/2020.


- Rússia - A tensão entre Rússia e Ucrânia tem gerado apreensão para o setor de insumos agrícolas.  O país é o 2o maior produtor mundial de nitrogenados (10% do mundo) e de potássio (19%), e 4o maior fornecedor de fosforados (7%).


- Turquia 1 - O USDA projeta aumento de mais de 10% no consumo de algodão pelo mercado turco na temporada 2021/22. É um incremento bem superior à média mundial de 3% de crescimento no atual ano comercial.


- Turquia 2 - Em um momento em que o caos logístico influencia severamente o comércio exterior, a Turquia é beneficiada por sua localização, que lhe permite fácil acesso ao mercado europeu - e sem impostos.


- Turquia 3 - O país, por outro lado, tem enfrentado sérios problemas locais, como a grande desvalorização da moeda local (Lira Turca) e recentemente *restrições no fornecimento de gás *natural, fonte energética para as indústrias.


- Índia - O governo indiano não acatou os pleitos da indústria para suspender o imposto sobre algodão importado de 10%, criado há um ano.


- Agenda 1 - Amanhã (12/2) o National Cotton Council dos EUA divulgará sua pesquisa de intenção de plantio para a safra 2022/23 do país. Já o USDA publicará seu relatório de intenção de plantio somente 31 de março.


- Agenda 2 - O algodão brasileiro será a atração principal em diversos eventos que ocorrerão este mês na Ásia.  Com foco nos mercados do Paquistão e da Turquia, três eventos Cotton Brazil Outlook serão realizados para promover a fibra nacional.


-  Exportações - O Brasil exportou 45,8 mil tons de algodão na primeira de fev/22. A média diária de embarque é 12,5% inferior quando comparada com fev/21.


-  Semeadura 2021/22 - Até ontem (10/02), 98% da área já havia sido semeada no Brasil.


-  Produção 2021/22 - Ontem (10/02), a Conab atualizou a estimativa de produção de algodão em pluma de 2022 para 2,711 milhões de toneladas, uma alta de 14,8% em relação a 2020/21 e em linha com a estimativa da Abrapa (2,71 milhões tons).


- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇



WhatsApp Image 2022-02-11 at 10.04.54.jpeg

Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Relatório de safra – Fevereiro de 2022

11 de Fevereiro de 2022

Relatório de safra – Fevereiro de 2022



O plantio da safra 2021/2022, no Brasil, chegou, no início de fevereiro de 2022, a 88% da área estimada. A semeadura se deu em ritmo acelerado e o desenvolvimento inicial das lavouras é bom.


Os dados estão no relatório de safra de fevereiro de 2022, divulgado pela Abrapa em parceria com as associações estaduais. Confira a íntegra do documento em Relatorio_safra_Abrapa.08Fev2022.vf

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter

Voltar

Estilistas aderem ao movimento Sou de Algodão e veem oportunidade de crescimento nos negócios

​Em janeiro de 2022, a iniciativa atingiu 834 marcas parceiras

10 de Fevereiro de 2022

O programa, que envolve mais de 830 parceiros de toda a cadeia têxtil e da moda, conta com a participação de estilistas que são destaques em eventos como Casa de Criadores e São Paulo Fashion Week 


O Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), consolidou o conceito de moda responsável e vem atraindo a atenção de estilistas que estão aderindo à proposta e passaram a incluir a fibra na produção de suas coleções e peças. Em janeiro, foi registrada a adesão de 32 novas marcas, sendo dois estilistas: Martins e Bispo dos Anjos, que contam com participações no São Paulo Fashion Week. Até o momento, o movimento atingiu a marca de 834 parceiros do segmento têxtil e da moda e de diversas regiões do Brasil, sendo que 6,10% são estilistas e a maioria faz parte, também, do line-up da Casa de Criadores.


Dos 51 estilistas participantes, seis são finalistas da 1ª edição do Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, destinado para que os estudantes de moda estimulem a criatividade e sejam a grande revelação da moda autoral, e três deles são do line-up da Casa de Criadores. Um exemplo é Dario Mittmann que, atualmente, veste personalidades como Gloria Groove, Luan Santana, Diva Depressão e Luisa Sonza.


Para o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, os estilistas fazem parte da história do Sou de Algodão. "Quando criamos o movimento, queríamos alcançar as pessoas que influenciam e levam a nossa fibra para o consumidor, para o setor têxtil e para os produtores de moda. Por isso, fizemos o nosso lançamento no São Paulo Fashion Week, em 2016, com embaixadores como Paulo Borges, Alexandre Herchcovitch e Martha Medeiros, que nos ajudam a conectar o algodão ao universo afetivo do público", explica.


Ao se tornarem parceiros, os estilistas têm a chance de conhecer e fechar negócios com tecelagens que fazem parte do movimento, o que ajuda na produção de coleções. Além disso, eles também têm a possibilidade de serem convidados para desenvolver looks para ações do Movimento Sou de Algodão. Esse é o caso do editorial de moda exclusivo com modelos trans e travestis, realizado em junho de 2021, com looks desenhados pelos estilistas das marcas Assumpta e Ateliê Fomenta, além de Dário Mittmann, Mateus Cardoso, Rodrigo Evangelista e Patrick Langkammer, todos lançados no 1º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores.


Atualmente, os looks desenhados pelos estilistas para o movimento ficam no acervo Sou de Algodão, e disponíveis para empréstimo a personalidades, para uso em eventos, programas e editoriais, com divulgação nas redes sociais ou na imprensa.


Para conferir todas as marcas que se juntaram ao Movimento, até agora, é só acessar o site.

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter