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Safra brasileira de algodão 2024/2025 deverá ser 8% maior e Brasil pode manter a liderança global nas exportações

19 de Setembro de 2024

As primeiras estimativas para a safra de algodão 2024/2025 pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram divulgadas na manhã desta quarta-feira (18), durante a 76ª reunião do foro, presidido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). De acordo com o levantamento sobre os dados indicados pelas associações de produtores estaduais, a área plantada com a cultura, no país, deverá ser em torno de 7,4% maior, em relação ao ciclo 2023/2024, chegando a 2,14 milhões de hectares. Neste cenário, e considerando uma produtividade projetada em 1859 quilos de algodão beneficiado (pluma) por hectare (0,6%), a produção pode chegar a 3,97 milhões de toneladas de algodão, um crescimento aproximado de 8%.


Os números iniciais são mais otimistas do que os divulgados no dia anterior pela Conab, que projeta uma produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma, numa área de 2 milhões de hectares, com produtividade esperada de 1831 quilos por hectare. Os dados foram consolidados na 76ª reunião da Câmara, que ocorreu por conferência pela internet, reunindo elos diversos da cadeia de valor, como a indústria e os exportadores.


Na oportunidade, também foram fechados os números obtidos em 2023/2024. No quinto levantamento do período, o Brasil registrou área total de 1,99 milhão de hectares, com produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma e produtividade de 1848 quilos de pluma por hectare, praticamente os mesmos divulgados no levantamento anterior, feito em junho de 2024. O estado de Mato Grosso se manteve como o maior produtor nacional, com 2,67 milhões de toneladas de algodão em pluma, colhidos numa área de 1,47 milhões de hectares, seguido pela Bahia, que colheu 679,8 mil toneladas, em 345,4 mil hectares, e por Mato Grosso do Sul, que registrou produção de 66,6 mil toneladas e área 32 mil hectares.


“As projeções para a safra que virá são ainda muito preliminares. Para consolidar a previsão, vai depender muito da produtividade, que por sua vez está atrelada ao clima, sobre o qual não temos ingerência. Por isso, e considerando também o mercado, a nossa recomendação é que o produtor se preocupe muito em reduzir – ou otimizar – os custos e fazer o melhor possível para aumentar a produtividade, para compensar os preços não tão atrativos no momento”, afirma o presidente da Abrapa e da Câmara Setorial, Alexandre Schenkel.



Liderança deve ser mantida


De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus, para o próximo ciclo, as expectativas são de que o Brasil continue como o maior exportador global, frente aos Estados Unidos em volume exportado. A boa notícia, contudo, acontece num período desafiador. Segundo Faus, o mercado internacional de algodão tem apresentado oscilações entre 68 e 72 centavos por libra-peso nos últimos meses, refletindo uma demanda fraca.


“A oferta global, marcada por grandes safras no Brasil, Estados Unidos e Austrália, contrasta com uma demanda moderada, especialmente pela redução das importações da China, o maior comprador mundial. A China, que no ciclo anterior representava 50% das exportações brasileiras, agora absorve apenas cerca de 20%, desafiando o setor a buscar novos mercados, como Índia e Egito”, explica.


No mercado interno, ainda de acordo com a Anea, a demanda segue moderada, e a expectativa é de que o preço se mantenha estável, com possível queda no final do ano devido ao aumento da oferta. No entanto, a qualidade e o rendimento da safra têm sido positivos, o que traz otimismo para o setor.


“Será um grande marco confirmar a liderança do Brasil nas exportações de algodão, porque prova que não foi apenas uma casualidade da conjuntura, mas é uma tendência duradoura.  Esse é o fruto de um trabalho que é resultado da união de todo o setor, catalisado pela ação assertiva do Cotton Brazil, iniciativa de promoção do algodão brasileiro no mercado externo, implementada pela Abrapa, Anea e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, ApexBrasil”, diz o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.



Desempenho da Indústria Têxtil e de Vestuário (2024)


De janeiro a julho de 2024, a produção têxtil cresceu 3,6% e a de vestuário 1,3%. No entanto, ao longo de 12 meses, o vestuário ainda apresenta queda de -1,4%. A importação de vestuário subiu 12,9% de janeiro a agosto, e a importação do setor, como um todo, subiu 13,4%. Já a exportação de têxteis e confeccionados caiu 9,5%, principalmente devido à crise na Argentina, principal mercado do Brasil. O setor gerou quase 25 mil novos empregos no período, mas prevê cortes no final do ano, o que é corriqueiro devido a sazonalidade da produção.


“O varejo de vestuário mostra sinais de recuperação, com previsão de atingir 1,1% positivo até o final de 2024. A confiança empresarial e o cenário econômico são otimistas, refletindo o controle da inflação e a expectativa de crescimento do PIB”, disse o representante da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Oliver Tan Oh.



Alternativas ao Porto de Santos


Durante a reunião da Câmara Setorial, o tema da logística portuária também foi tratado, tendo como convidado o consultor Luiz Antonio Pagot, que mostrou resultados de um estudo encomendado pela Abrapa e a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), para avaliar alternativas ao Porto de Santos para o embarque da pluma para o mercado externo. Segundo o consultor, está sendo avaliada a viabilidade de outros portos, como Itajaí, Itaguaí, Paranaguá e Salvador, para tentar reduzir os custos e melhorar a eficiência das operações, dada a escalada de preços no Porto de Santos.


“Alguns portos já estão operando com sucesso, como Itajaí e Itaguaí, enquanto outros, como Paranaguá, ainda enfrentam desafios, como falta de contêineres vazios”, explicou.


Segundo Pagot, a exploração de novos portos tem se mostrado eficaz, com Salvador surgindo como uma opção promissora. A linha da MSC, que opera semanalmente, conecta diretamente à Ásia, passando por Suape e Itaguaí antes de seguir para destinos como a China. Isso permite um tempo de trânsito competitivo (cerca de 38 dias até a Ásia), com redução de custos de transporte — de R$ 1.700,00 para cerca de R$ 900,00 por contêiner, tornando Salvador uma alternativa viável e economicamente vantajosa. “Além disso, o porto oferece uma grande disponibilidade de contêineres vazios e armazéns REDEX especializados em estufagem de algodão, com capacidade crescente. A consolidação de Salvador como hub de exportação representa um alívio significativo para os produtores, especialmente do Mato Grosso e da Bahia, que agora contam com um porto confiável e eficiente para escoar sua produção para mercados internacionais”, concluiu.

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Experiência Sou de Algodão leva estudantes do Goiás para a tecelagem Innovativ

Futuros profissionais de moda conheceram o funcionamento de uma tecelagem, além de ouvirem sobre os benefícios do algodão na produção de tecidos

18 de Setembro de 2024

Na última terça-feira (17), o Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), promoveu uma experiência de estudo com cerca de 20 alunos do curso de Design de Moda da Universidade Estadual de Goiás (UEG), parceira do movimento. O local escolhido foi a tecelagem Innovativ, localizada em Santa Bárbara d’Oeste (SP).


Com mais de 80 anos de experiência no mercado de moda e de decoração no Brasil, a Innovativ valoriza as matérias-primas nacionais, com o propósito de exaltar o potencial criativo brasileiro. Em apresentação inicial para os estudantes, Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do Sou de Algodão, comentou sobre a parceria do movimento com a tecelagem e a importância de unir toda a cadeia para fortalecer a indústria nacional, e a gerente comercial da Innovativ, Thalita Colla, destacou os benefícios do algodão, que é uma fibra natural, versátil e confortável. “Aqui no Brasil, temos toda a cadeia produtiva, desde o cultivo da fibra até o consumidor final. E é por isso que nossa parceria com o Sou de Algodão é tão importante, porque não pensamos apenas na sustentabilidade da matéria-prima, mas também em toda uma cadeia que vai se beneficiar com os aspectos econômicos, sociais e sustentáveis”, afirmou Thalita durante a apresentação.


Os estudantes puderam conhecer, também, o diretor industrial da tecelagem, Ordiwal Wiezel, além de ouvirem sobre a técnica milenar de produção do Jacquard, que permite a criação de padrões complexos através do entrelaçamento de fios tintos. “Aqui, nós priorizamos o uso do algodão no Jacquard, porque traz qualidade e estética, agrega muito ao valor final”, ressaltou Thalita.


Após a apresentação, o grupo seguiu para um tour detalhado e completo por toda a fábrica, onde pôde conhecer as máquinas que produzem fio fantasia, crochê e jacquard, e também o processo de revisão de tecidos, etapa fundamental para a garantia da qualidade dos produtos. Carla Nascimento, coordenadora do curso de Design de Moda da UEG, reiterou a importância de experiências como essa com os estudantes. “É sempre muito enriquecedor para os alunos participarem dessas ações para além da faculdade. Também com o Sou de Algodão, tivemos a oportunidade de ver o processo de produção em uma fazenda de algodão, e agora pudemos conhecer a tecelagem, ver como o algodão se torna uma fibra e como esta se torna um tecido. É bem interessante ampliarmos o horizonte dos nossos alunos nessas experiências”, afirmou.


Já Yago Vindex, estudante do 4º período de Design de Moda da faculdade, considerou a visita à tecelagem algo emocionante e inovador. “Como estamos na outra ponta da cadeia, já com o tecido pronto, costumamos não ter conhecimento sobre as fibras e a produção de tecidos. Então, estar aqui é muito importante, porque ganhamos conhecimento em fios, nas máquinas e nos tecidos, e entendemos que são muitas pessoas e etapas envolvidas em todo o processo”, conta.

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Brasil vai de importador para maior exportador de algodão do mundo e se torna exemplo de produtividade

17 de Setembro de 2024

O programa Conexão Campo Cidade, do Portal Notícias Agrícolas, teve como convidado, na última segunda-feira (16), o presidente da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), Alexandre Schenkel. Ele participou de uma roda de conversa com nomes de peso do agronegócio, como o professor emérito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues; o economista Antonio da Luz e uma das maiores autoridades na área de marketing no agronegócio, o sócio diretor da agência Biomarketing, José Luiz Tejon, mediados pelo apresentador Marcelo Prado. Por mais de uma hora, Schenkel falou sobre o cenário atual e futuro do setor, um dos temas abordados na 14ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), que aconteceu no início deste mês em Fortaleza (CE); da celebração dos 25 anos de fundação da Abrapa; da recente conquista do Brasil como maior exportador de algodão do mundo e as estratégias de marketing da Associação para promover a fibra no mercado nacional e internacional. Confira aqui!

 

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14º CBA tem recorde de participantes e celebra 25 anos da Abrapa em grande estilo

17 de Setembro de 2024

Confirmando a expectativa dos organizadores, a 14ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA) superou em número todas as anteriores. Realizado entre os dias 03 e 05 de setembro, em Fortaleza, no Ceará, o evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de algodão (Abrapa) contabilizou mais de 4,2 mil participantes, um aumento de, aproximadamente, 20% ante o apurado no 13º CBA, que aconteceu em 2022, em Salvador. Ao todo, foram 3,3 mil inscritos de 25 estados brasileiros e 20 países. E a área de exposição, em metragem, o aumento foi ainda mais expressivo, 7 mil metros quadrados contra 4,8 mil da anterior, um incremento de cerca de 46%. Dentre os 62 patrocinadores presentes, mais de 40% eram estreantes. Com o tema “Construindo história rumo ao protagonismo mundial”, o congresso celebrou os 25 anos de fundação da Abrapa, e a mais recente conquista do setor, a liderança do Brasil no ranking dos maiores exportadores globais, atingida em julho. De acordo com a Abrapa, o 15º CBA acontecerá em 2026, mas a data e a cidade sede ainda serão definidos.


“Esse crescimento em público e área atestam a adesão do produtor e de toda a cadeia produtiva do algodão ao congresso. Por traz de tudo isso, tem muito trabalho de organização e curadoria, durante os dois anos que antecederam o evento. Prova disso é que nem bem terminamos o 14º CBA e já vamos começar a pensar no próximo”, explica Alexandre Schenkel, para quem o Congresso é um foro fundamental para a cotonicultura brasileira.


“O Brasil assumiu sua posição de grande player e a ciência, com muito investimento em pesquisa e desenvolvimento, está na base dessa escalada. Mas a cada edição do CBA, a Abrapa tem aberto o leque de abordagens, indo além dos temas agronômicos para discutir as novas tecnologias, economia, tendências, marketing e muitos outros, para uma atividade que não para de evoluir”, afirma o presidente, destacando que o congresso também propicia as redes de contato, por ser realizado durante três dias, em um só lugar. “Conhecimento, oferta e demanda, tudo ao mesmo tempo. E eu agradeço a cada uma das pessoas que trabalhou e que compareceu ao evento, em especial aos nossos patrocinadores - veteranos e estreantes – por acreditar e seguir conosco”, finaliza.


Flavio Dalcin Mata, diretor executivo (CEO) e fundador da AgriConnection, uma das novas patrocinadoras do evento, expressou sua satisfação com a participação. "Foi uma honra para nós integrarmos esta edição histórica do congresso. Reconhecemos a importância do evento para o setor e a qualidade do público presente. Estreamos na categoria Cota Ouro, e as expectativas foram superadas. Nosso time comercial iniciou excelentes conversas e algumas grandes negociações que nos deixam otimistas. Agradecemos à Abrapa e ao CBA pela parceria”, comenta Mata.


 

Programação diversificada


O congresso reuniu 114 palestrantes de destaque nacional e internacional, em diversas áreas de atuação. A programação científica incluiu 6 plenárias. As salas temáticas, foram divididas em hubs dispostos, simultaneamente, em um espaço hexagonal. Os 19 hubs foram organizados no formato de “palestras silenciosas”, nas quais os participantes usaram fones de ouvido para acompanhar as apresentações e tinham a liberdade de transitar entre os temas de acordo com seus interesses.


As salas temáticas abordaram uma ampla gama de tópicos, incluindo manejo de pragas, agricultura regenerativa, práticas de baixo carbono e agronômicas, escolha de variedades e tecnologia no beneficiamento para maximizar a qualidade da fibra, dentre outros. Já nas plenárias master, o CBA, mais uma vez, foi além dos temas técnicos, para debater os grandes temas da atualidade, desde a conjuntura econômica global, as variações climáticas e os avanços tecnológicos que estão moldando a produção e comercialização do algodão, até estratégias para fomentar o consumo da fibra, dentro e fora do Brasil. A imagem, o branding e a reputação da fibra também mereceram destaque.


Seis workshops encerraram a parte técnica do congresso, com o último deles dedicado à presença feminina na cotonicultura. A atividade destacou a importância da diversidade e inclusão no setor, ressaltando como a participação das mulheres é fundamental para o crescimento e inovação na indústria do algodão.



Trabalhos científicos


Os 288 trabalhos científicos apresentados no 14º CBA refletiram a excelência da pesquisa nacional, mostrando a diversidade e a inovação da ciência brasileira. "Na minha avaliação, e na de muitos membros da Comissão Científica, o Congresso foi um grande sucesso, tanto em termos de organização quanto de programação técnica e científica. Conseguimos aprimorar o conteúdo em relação ao evento anterior, adaptando-o às preocupações atuais dos produtores de algodão e dos profissionais da área”, diz Jean Belot, pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e coordenador-geral da Comissão Científica.


Para ele, com um público tão diversificado, foi desafiador criar uma programação que atendesse a todos os interesses.  “No entanto, esperamos que a maioria dos congressistas retorne às suas atividades com novos conhecimentos e insights valiosos sobre a cadeia produtiva do algodão. Esta edição foi um marco para o nosso congresso”, finaliza o pesquisador.

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Aplicativo garante agilidade ao trabalho do inspetor de UBA

17 de Setembro de 2024

A Abrapa lança, essa semana, uma novidade que promete agilizar e muito o trabalho dos inspetores de UBA (Unidade de Beneficiamento de Algodão): o aplicativo SAI Inspetor de UBA, que pode ser baixado no celular, com versões disponíveis para os sistemas Android e IOS.


 Nele, o inspetor de UBA - responsável por garantir o tamanho e peso adequados, além da rastreabilidade das amostras de algodão dentro dos padrões estabelecidos para o PQAB (Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro) - pode fazer a submissão de malas dentro do SAI (Sistema Abrapa de Identificação) e responder ao checklist do PQAB, mesmo estando offline. Também não será mais preciso digitar as etiquetas das amostras e o lacre da mala. Basta apontar a câmera do celular para realizar a leitura.


Segundo a diretora de relações institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, o principal benefício desse aplicativo é dar mais agilidade ao trabalho dos inspetores nas UBAs. “Antes, eles só conseguiam fazer a submissão das malas no SAI Web estando online. Tinham que digitar as etiquetas e os lacres da mala. Agora, a câmera do celular faz essa leitura e o trabalho pode ser adiantado offline. Quando o inspetor estiver online, o sistema faz a sincronização dos dados. Tudo facilitado, na palma da mão”, conta.  O app já foi testado previamente em quatro UBAs. Duas na Bahia, a Algopar e a Zanotto Cotton; e duas em Goiás, a GM Cotton e a Pamplona.

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Brasil destaca algodão na Índia

Nosso país é o maior exportador da pluma

16 de Setembro de 2024

O Brasil inicia sua participação nos eventos internacionais de 2024/25 com o seminário Cotton Brazil Outlook, marcado para esta sexta-feira (13) em Nova Déli, Índia. O evento, realizado no hotel The LaLit New Delhi, é o primeiro presencial no país promovido pelo Cotton Brazil, uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de algodão (Abrapa). Destinado a empresários, investidores e líderes governamentais da indústria têxtil indiana, o seminário visa promover o algodão brasileiro globalmente.


Com o apoio da ApexBrasil e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), o Cotton Brazil Outlook busca destacar como o algodão brasileiro, conhecido por sua alta qualidade e competitividade de preços, pode beneficiar a indústria têxtil da Índia. Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, ressaltou que mais de 80% da safra brasileira possui certificação socioambiental, é livre de contaminação e totalmente rastreável.


No ciclo 2023/24, o Brasil superou os Estados Unidos e tornou-se o maior exportador mundial de algodão, respondendo por 37% da oferta global de algodão certificado Better Cotton. Apesar disso, o Brasil detém apenas 5% do mercado indiano, com a Índia importando 8,09 mil toneladas de algodão brasileiro entre agosto de 2023 e julho de 2024, uma queda significativa em relação aos ciclos anteriores.


O seminário abordará a safra 2024/25, projeções de exportação e tendências de mercado, contando com a participação de executivos da Abrapa e do presidente da Anea, Miguel Faus. O evento, que incluirá uma sessão de perguntas e respostas, é organizado com o apoio da Embaixada do Brasil em Nova Déli e em parceria com a Wazir Advisors.

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Rastreabilidade e certificação socioambiental do algodão brasileiro em evidência no V Simpósio de Sementes

13 de Setembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) foi a convidada principal do painel sobre garantia de qualidade no V Simpósio de Sementes de Espécies Forrageiras, realizado no dia 12 de setembro em Foz do Iguaçu (PR), como parte do XXII Congresso Brasileiro de Sementes (CBSementes). O evento destacou a importância da certificação socioambiental, usando o algodão brasileiro como exemplo, e explorou as oportunidades e perspectivas no mercado e na regulação. Além disso, discutiu o papel das forrageiras nos serviços ambientais, incluindo a melhoria do sistema produtivo e a recuperação de áreas degradadas, e analisou os benefícios diretos e indiretos, assim como os impactos do autocontrole na regulação do setor.


“A Abrapa foi convidada a compartilhar sua experiência na implementação do modelo de rastreabilidade e certificação, o ABR (Algodão Brasileiro Responsável), que alcançou o nível de excelência atual. Esta foi uma ótima oportunidade para que produtores de soja, milho, algodão e pecuária — que também utilizam sementes de forrageiras — compreendessem a importância da certificação e rastreabilidade na garantia da origem desses produtos”, afirmou o diretor executivo da associação, Marcio Portocarrero.


O CBSementes termina nesta sexta-feira (13), sendo considerado um ponto de referência na pesquisa e produção de sementes, atendendo às demandas atuais do setor. A programação deste ano destacou quatro simpósios: Tecnologia de Sementes Florestais, Sementes de Espécies Forrageiras, Patologia de Sementes e Análise de Sementes, promovendo um intercâmbio de conhecimentos e práticas entre os participantes. Voltado para pesquisadores, agrônomos, produtores rurais, acadêmicos, representantes de empresas do setor agrícola, formuladores de políticas públicas e interessados na temática da sustentabilidade e inovação no setor de sementes, a expectativa é que o evento reúna cerca de 1,5 mil participantes até o encerramento.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #34/2024 13/09/2024

13 de Setembro de 2024

Destaque da Semana - Após caírem na última sexta-feira, as cotações subiram durante a semana por conta do furacão Francine nos EUA e também do relatório do USDA desta quinta-feira.


Algodão em NY - O contrato Dez/24 fechou nesta quinta 12/09 cotado a 70,38 U$c/lp (+1,4% vs. 05/set). O contrato Dez/25 fechou em 71,33 U$c/lp (+0,5% vs. 05/set).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia é de 814 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 12/set/24).


Altistas 1 - O USDA reduziu as projeções de produção dos EUA e global e estoque final para o ano-safra de 2024/25 em seu relatório mensal de oferta e demanda.


Altistas 2 - O furacão Francine atingiu a costa norte-americana na quarta-feira, causando chuvas nas plantações do Centro-Sul, que estavam em fase de abertura de capulhos.


Baixistas 1 - Chuvas benéficas ocorreram no oeste do Texas nos últimos dias.


Baixistas 2 - Muitos fabricantes de roupas e têxteis em Bangladesh estão fechados após protestos ocorridos na semana passada.


EUA 1 - As lavouras classificadas como “boas a excelentes” caíram de 44% para 40% na semana. 28% das lavouras estavam “ruins a muito ruins” – quatro pontos percentuais acima da semana passada.


EUA 2 - Com a rentabilidade em risco devido à queda contínua de preços do algodão, os cotonicultores norte-americanos se mobilizaram para aprovar a nova Farm Bill até o final do ano.


China 1 - A estimativa de área plantada com algodão na China foi ampliada pelo BCO para 2,75 milhões ha – 0,7% inferior à do ano passado. A produção também foi atualizada para 6,238 milhões tons – 3,8% acima de 2023.


China 2 - A exportação de produtos têxteis e roupas em agosto aumentou 4,3% em agosto, marcando US$ 27,95 bilhões. No acumulado anual, o valor é de US$ 198,0 bilhões (1% abaixo de 2023).


Bangladesh - Protestos continuam principalmente na área industrial de Ashulia e, com isso, empresas têxteis seguem, em sua maioria, de portas fechadas em Bangladesh.


Vietnã 1 - Foram importadas 131.433 tons de algodão pelo Vietnã em ago/24 – acima de jul/24 e de ago/23. O Brasil forneceu 22% desse total (28.866 tons), ficando atrás da Austrália e EUA.


Vietnã 2 - A indústria têxtil vietnamita pode se tornar uma alternativa interessante para varejistas mundiais frente aos conflitos entre EUA e China e às crises em Bangladesh.


Vietnã 3 - Em agosto, as exportações de têxteis e roupas vietnamitas movimentaram quase US$ 4,1 bilhões – maior total mensal dos últimos tempos. Os EUA absorveram 46% do total, seguidos pelo Japão (11%) e Coreia do Sul (10%).


Índia - O plantio de algodão alcançou 11,2 milhões de hectares na Índia até 6/set – 9,1% menos que no mesmo período de 2023. É a menor área plantada nesta época da safra desde o ciclo 2016/17.


Cotton Brazil 1 - Após participar do congresso anual da ITMF & IAF, uma delegação da Abrapa realizou nesta semana a Missão Índia, primeira do novo ano comercial 2024/25.


Cotton Brazil 2 - A agenda na Índia incluiu reuniões com órgãos governamentais para a formalização do pleito de uma cota de importação de algodão brasileiro sem a cobrança da taxa de 11%.


Cotton Brazil 3 - Hoje (13), Nova Déli recebeu uma edição presencial do “Cotton Brazil Outlook”, para um público em torno de 90 industriais. O evento foi realizado em parceria com a Embaixada do Brasil na cidade e a Wazir Advisors.


Safra 2024 - No relatório mensal divulgado ontem (12), a Conab projetou que a safra 2023/24 em 3,65 milhões tons – recorde histórico. Apesar de uma produtividade 1,5% menor que no ciclo anterior, a produção crescerá 15,1% pela estimativa.


Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 33,9 mil tons na primeira semana de setembro. A média diária de embarque é 27% menor que a registrada no mesmo mês de 2023.


Colheita 2023/24 - Até ontem (12/09), foram finalizadas as colheitas dos estados do MA, MS, PR e SP, restando ainda 5 estados: BA (93,5%), GO (93,45%), MG (95%) MT ( 99%) e PI (95,1%). Total Brasil: 98%.


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (12/09), foram beneficiados no estado da BA (65%), GO (60,02%), MA (47%), MG (65%), MS (63%), MT (39%), PI (39,09%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 45,34%.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 12_09

Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Brasil inicia eventos internacionais sobre algodão pela Índia

Cotton Brazil Outlook ocorre nesta sexta (13) em Nova Déli. Seminário é realizado em parceria com a Embaixada Brasileira e a Wazir Advisors

13 de Setembro de 2024

O Brasil começa pela Índia o primeiro evento internacional do ano comercial 2024/25. O seminário Cotton Brazil Outlook ocorre nesta sexta (13), no hotel The LaLit New Delhi, às 10h, na capital Nova Déli. O seminário, promovido pelo Cotton Brazil pela primeira vez de forma presencial na Índia, é dirigido a empresários, investidores e lideranças governamentais inseridos na indústria têxtil indiana.

O Cotton Brazil é uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para promover o algodão brasileiro em escala global. O programa tem parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).

Segunda maior consumidora de algodão no mundo, a Índia é um dos mercados prioritários do Brasil. Um dos objetivos do Cotton Brazil Outlook é mostrar como o algodão brasileiro pode contribuir para ampliar a competitividade da indústria têxtil indiana em escala global, com a oferta de um produto de qualidade com preços atrativos.

“Nos últimos anos, ampliamos nossa presença no mercado internacional com algodão cultivado com responsabilidade socioambiental. Mais de 80% da nossa safra tem certificação socioambiental e alto índice de qualidade. É uma pluma sem contaminação e 100% rastreável”, citou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.

No ano comercial 2023/24, que terminou em julho, o Brasil conquistou pela primeira vez o posto de maior exportador mundial de algodão, à frente dos Estados Unidos. O país sul-americano também se destaca por produzir 37% da oferta mundial de algodão certificado Better Cotton.

Entretanto, os brasileiros respondem por apenas 5% do pujante mercado indiano. De agosto de 2023 a julho de 2024, a Índia importou 8,09 mil toneladas de pluma brasileira – menos da metade do volume registrado no ciclo anterior (16,5 mil tons). Já no ciclo 2021/22, a importação foi de 21,8 mil toneladas. O maior volume de algodão comercializado entre Índia e Brasil foi em 2001/02: 34,1 mil toneladas. Em 2019/20, chegou a 32,4 mil tons.

Durante o seminário, será apresentado o status atual da safra 2024/25 nas lavouras brasileiras. Projeções de exportação, indicadores e tendências também estarão em pauta. Além de executivos da Abrapa, o presidente da Anea, Miguel Fauss, participa do evento.

O Cotton Brazil Outlook é um seminário direcionado a convidados e inclui uma sessão de perguntas e respostas. O evento é realizado pelo Cotton Brazil com apoio da Embaixada do Brasil em Nova Déli e em parceria com a Wazir Advisors.

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“O mundo precisa de mais algodão, e o Brasil é a solução”

12 de Setembro de 2024

Durante o Congresso Brasileiro do algodão (CBA), realizado no início de setembro em Fortaleza (CE), especialistas destacaram o potencial do Brasil como solução para a crescente demanda mundial por algodão. O evento, que pela primeira vez contou com a participação da ORÍGEO, reuniu 80 cotonicultores, influenciadores do setor e pesquisadores renomados, que discutiram as tendências e desafios do mercado.


O CEO da ORÍGEO, Roberto Marcon, ressaltou a importância de fortalecer e integrar o ecossistema agrícola para alcançar uma agricultura mais produtiva, sustentável e rentável. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a produção brasileira deve atingir 3,7 milhões de toneladas neste ano, um aumento em relação ao ciclo anterior.


Manek Gupta, CEO da Viterra na Índia, foi um dos palestrantes convidados pela ORÍGEO e apresentou uma visão otimista sobre o futuro do algodão brasileiro. “Se você olha para o algodão, grande parte da cadeia produtiva é sustentável. E grande parte desse algodão sustentável vem do Brasil. Durante a pandemia, os clientes industriais precisaram buscar alternativas ao algodão, por causa dos altos preços da fibra. Os preços baixaram, mas leva tempo para voltar a usar algodão como antes. O uso dessa fibra crescerá em torno de 2% ao ano, em um ambiente de crescimento econômico e, consequentemente, a demanda", afirma Gupta.


Com o crescimento da demanda global por algodão estimado em cerca de 2% ao ano, Gupta destacou o papel crucial que o Brasil desempenhará no atendimento a essa necessidade. “O mundo precisa de mais algodão, e o Brasil é a solução. Poucos países conseguem produzir algodão com tanta eficiência e a custos tão baixos como o Brasil”, ressaltou o CEO da Viterra. A produtividade crescente no setor algodoeiro nacional é vista como chave para o sucesso, tanto para atender o mercado interno quanto o internacional.

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