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Colheita de algodão está praticamente finalizada no país, diz Abrapa

A associação lembrou que o Brasil exportou 47,8 mil toneladas de algodão nas duas primeiras semanas de setembro, tomando por base dados do Ministério da Economia

19 de Setembro de 2022

A colheita de algodão da safra 2021/22 alcançava na quinta-feira 99% da área plantada, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 16, pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A retirada da pluma do campo foi finalizada em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Piauí e Paraná, e chega a 99% da área na Bahia, a 98% em Goiás, 94% em Minas Gerais e 88% no Maranhão, conforme a entidade.


A Abrapa informou também que 61% da pluma colhida no País havia sido beneficiada até ontem. Na Bahia, o porcentual chega a 75%; em Goiás, 81%; Maranhão, 39%; Mato Grosso do Sul, 82%; Mato Grosso, 56%; Minas Gerais, 71%; Piauí, 53%. Em São Paulo e no Paraná, o beneficiamento do algodão da safra 2021/11 foi finalizado.


A associação lembrou que o Brasil exportou 47,8 mil toneladas de algodão nas duas primeiras semanas de setembro, tomando por base dados do Ministério da Economia. A média diária de embarque é 19,5% superior quando comparada à de setembro de 2021.



Leia mais: Colheita de algodão está praticamente finalizada no país, diz Abrapa - ISTOÉ DINHEIRO (istoedinheiro.com.br)


Algodão: colheita no Brasil atinge 99% da área, estima Abrapa (canalrural.com.br)


Mídia: Istoé Dinheiro – 16/09/2022


Canal Rural – 19/09/2022

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

​ALGODÃO PELO MUNDO #37/2022

16 de Setembro de 2022

- Destaque da Semana – Até hoje a semana estava tranquila, mesmo com o relatório do USDA na segunda. Mercado agora em forte queda, já na expectativa da reunião do FED (Banco Central dos EUA) na semana que vem e com más notícias vindas da China.



- Algodão em NY – O contrato Dez/22 fechou ontem a 103,29 U$c/lp (-0,53%). Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 82,86 U$c/lp (+0,66%) e o Dez/24 a 76,36 (+0,08%) para a safra 2023/24.



- Preços (15/09) - O algodão brasileiro estava cotado a 124,75 U$c/lp (+100 pts) para embarque em Nov-Dez/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia (fonte Cotlook).



- Altistas 1  Finalmente, após algumas semanas de problemas técnicos, relatório de vendas de exportação do USDA é publicado. As vendas acumuladas para 2022/23 atingiram 1,96 milhão de toneladas, acima dos 1,51 milhão há um ano e da média de cinco anos de 1,81 milhão.



- Altistas 2  O relatório de oferta e demanda do USDA de setembro, divulgado dia 12, trouxe somente 100 mil toneladas a menos de consumo projetado para 22/23 (25,8 milhões de tons) do que a estimativa anterior.



- Baixistas 1  Entretanto, muitos analistas acreditam que o número ainda está alto. O USDA pode estar aguardando os dados de crescimento econômico a serem divulgados pelo FMI em outubro para ajustar seus números.



- Baixistas 2  A economia global pode enfrentar uma recessão no ano que vem causada por uma onda agressiva de aperto nas políticas de juros pelos principais bancos centrais do mundo, disse Banco Mundial esta semana.



- Baixistas 3  A notícia chega enquanto o Federal Reserve se prepara para reunião da próxima semana que poderá resultar em aumento das taxas de juros em até um ponto percentual. A maioria dos economistas, entretanto, vê uma alta de 75 pontos-base como mais provável.



- Baixistas 4  O dólar americano está no patamar mais alto em mais de 20 anos e o aumento nos juros no país deve contribuir para maior valorização da moeda e consequente enfraquecimento das commodities cotadas em dólar.



- China – Segundo a Bloomberg, pesquisa recente mostrou que a previsão de crescimento econômico da China é agora de 3,5%, abaixo da estimativa anterior de 3,9%. Há instituições, como o Barclays, que estimam que o crescimento será mais baixo ainda: 2,6%.



- China 2 – No campo geopolítico, a situação continua tensa entre China e EUA.  Esta semana Xi Jinping se encontrou com Vladimir Putin e, além disso, agência Reuters informou que os EUA estão considerando sanções contra a China para impedir invasão a Taiwan.



- Bangladesh 1 - Queda na venda de jeans na Europa já atinge fabricantes em Bangladesh. As exportações de tecidos jeans e itens de vestuário caíram quase 40%, atingindo embarques de inverno.



- Bangladesh 2 - De acordo com exportadores, com verões mais secos e inflação alta, varejistas e marcas internacionais estão retendo pedidos devido a estoque não vendido.



Turquia - Fiações turcas relatam baixa demanda por fio de algodão e estoques não vendidos estão se acumulando em armazéns.



- Paquistão - O tamanho do estrago das enchentes no Paquistão continua sendo estimado.  Segundo uma entidade local, as entregas de algodão para beneficiamento em agosto caíram 14% e, para setembro, a queda pode ser ainda maior.



Exportações - De acordo com dados do Ministério da Economia, o Brasil exportou 47,8 mil tons de algodão nas duas primeiras semanas de setembro/22. A média diária de embarque é 19,5% superior quando comparado com setembro/21.



Colheita 2021/22 - Até ontem (15/09):  BA (99%); GO (98%); MS: (100%); MT (100%); MG (94%); SP (100%); PI (100%); MA (88%); PR (100%). Total Brasil: 99% colhido.



Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (15/09):  BA (75%); GO (81%); MA (39%) MS (82%); MT (56%); MG (71%); SP (100%); PI (53%); PR (100%). Total Brasil: 61% beneficiado



Preços - Consulte tabela abaixo ⬇




Boletim Algodao pelo Mundo 37.jpeg


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Abrapa apresenta em evento internacional produção brasileira de algodão responsável

Entidade participará da conferência anual da International Textile Manufacturers Federation (ITMF), evento anual do setor, em Davos, na Suíça, entre 18 e 20 de setembro

16 de Setembro de 2022

A cotonicultura brasileira estará presente na conferência anual da International Textile Manufacturers Federation (ITMF), evento anual do setor, em Davos, na Suíça, entre 18 e 20 de setembro. A entidade traz para o debate o tema "Mudanças Climáticas e uma Cadeia de Valor Têxtil Global Sustentável", com o intuito de chamar a atenção para os desafios de curto e médio prazo a serem vencidos pelo segmento. Segundo maior exportador da pluma e quarto produtor mundial, o Brasil, por meio da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), partilhará sua experiência na produção de uma fibra responsável, com ênfase na sustentabilidade como estratégia e apresentará o case da produção de algodão no Brasil.


"A conferência será uma plataforma ideal para a troca de conhecimento sobre as melhores práticas e a partilha de modelos bem-sucedidos e é com esse intuito que mostraremos mais uma vez ao mercado global o que a cotonicultura nacional está fazendo em favor de uma produção responsável social e ambientalmente. Além disso, pretendemos divulgar os investimentos feitos pelo setor em rastreabilidade não só da cadeia produtiva, mas também da cadeia têxtil com as informações de origem ao alcance do consumidor final, por meio do programa SouABR, que já está em fase piloto no Brasil", destaca o presidente da Abrapa, Júlio Busato.


A fala da Abrapa será no painel do dia 18 que tratará especificamente sobre a fibra e para abordar esse conhecimento, diferentes especialistas foram convidados, entre eles: o diretor de Relações Internacionais da Associação, Marcelo Duarte, que apresentará o case brasileiro na produção da pluma – "Sustentabilidade como estratégia: o caso da produção de algodão no Brasil". Duarte discorrerá sobre a evolução da pluma no País, especialmente na última década e mostrará as práticas responsáveis no cultivo, por meio do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Segundo o diretor, o ABR é um componente fundamental da trajetória de sucesso da produção brasileira de algodão. Em menos de duas décadas, 84% da safra brasileira é certificada pelo protocolo ABR, que consiste no cumprimento da legislação trabalhista, ambiental, além de boas práticas agrícolas e uso racional de insumos. Duarte dividirá o painel com Stephanie Silber, Bremen Cotton Exchange, da Alemanha (O mundo atual do algodão) e Marc Lewkowitz, Supima, EUA (Reconstruindo valor através da autenticidade).


A programação também prevê ainda discussões sobre o caminho para têxteis totalmente de base biológica em 2050: das melhores fibras à reciclagem – desafios industriais, com a participação de Michiel Scheffer, Wageningen University & Research, Holanda; Interoperabilidade de metodologias e circuitos de reciclagem têxtil, por Pascal Denizart, CETI, França, e Tecnologia inovadora de reciclagem de polímeros, com Torsten Wintergerste, Sulzer / Worn Again Technologies, Suíça, entre outros tópicos e analistas especializados em comércio e comportamento de consumidores. A conferência será também marcada pelos Prémios ITMF 2022, com os quais a federação pretende reconhecer pessoas e empresas que se destacaram em duas áreas específicas: 'Inovação & Sustentabilidade' e 'Cooperação Internacional'.


Confira a programação no link: https://www.itmf.org/conferences/annual-conference-2022



Leia mais: Abrapa apresenta em evento internacional produção brasileira de algodão responsável | Universo Agro (uagro.com.br)


Abrapa apresentará na conferência anual do ITMF a produção brasileira de algodão responsável – Portal Campo e Negócios (campoenegocios.com.br)


Mídia: Universo Agro – 15/09/2022


Campo & Negócios – 16/09/2022

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Abrapa participa de reunião técnica sobre o programa de cooperação Brasil-FAO

​Entre os temas, a retomada da produção de algodão nos países sul-americanos, a regularização fundiária, agricultura familiar e alimentação escolar

16 de Setembro de 2022

A importância do Programa de Cooperação Internacional entre o Brasil, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), esteve na pauta da terceira reunião do Comitê Consultivo, que se realizou nesta semana, entre os dias 12 e 14, em Santiago do Chile. O diretor Executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Marcio Portocarrero, participou dos debates e palestras sobre as ações realizadas para implementar e consolidar programas sustentáveis e definir as prioridades estratégicas da parceria entre Brasil e FAO para os próximos cinco anos em sintonia com o marco estratégico da organização e os interesses do governo brasileiro.


Durante o evento, ocorreram apresentações sobre a visão da FAO e das instituições brasileiras participantes acerca do programa de cooperação. Também foi feito um balanço sobre as iniciativas realizadas e os resultados alcançados até o momento, além de discussões relativas à retomada da produção de algodão nos países sul-americanos, à regularização fundiária, à agricultura familiar e alimentação escolar. Ocorreu, ainda, um debate sobre as lições aprendidas e perspectivas futuras.


O objetivo do encontro foi o de analisar o atual estado de implementação de projetos de Cooperação Brasil – FAO e compartilhar as lições aprendidas, definir as prioridades estratégicas da cooperação para os próximos cinco anos em estreita sintonia com o marco estratégico da FAO e os interesses do governo brasileiro, além de aprimorar os mecanismos de governança compartilhada de implementação conjunta e de comunicação estratégica do programa.  Além da Abrapa, estiveram presentes no encontro, representantes da Embrapa Algodão, INCRA, Secretaria de Agricultura familiar do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da ABC, da FAO, do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Associação Brasileiras das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária ( Asbraer) e Emater Paraíba.

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Abrapa apresentará na conferência anual do ITMF a produção brasileira de algodão responsável

Evento tem como tema “Mudanças Climáticas e uma Cadeia de Valor Têxtil Global Sustentável”

15 de Setembro de 2022

A cotonicultura brasileira estará presente na conferência anual da International Textile Manufacturers Federation (ITMF), evento anual do setor, em Davos, na Suíça, entre 18 e 20 de setembro. A entidade traz para o debate o tema "Mudanças Climáticas e uma Cadeia de Valor Têxtil Global Sustentável", com o intuito de chamar a atenção para os desafios de curto e médio prazo a serem vencidos pelo segmento. Segundo maior exportador da pluma e quarto produtor mundial, o Brasil, por meio da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), partilhará sua experiência na produção de uma fibra responsável, com ênfase na sustentabilidade como estratégia e apresentará o case da produção de algodão no Brasil.


"A conferência será uma plataforma ideal para a troca de conhecimento sobre as melhores práticas e a partilha de modelos bem-sucedidos e é com esse intuito que mostraremos mais uma vez ao mercado global o que a cotonicultura nacional está fazendo em favor de uma produção responsável social e ambientalmente. Além disso, pretendemos divulgar os investimentos feitos pelo setor em rastreabilidade não só da cadeia produtiva, mas também da cadeia têxtil com as informações de origem ao alcance do consumidor final, por meio do programa SouABR, que já está em fase piloto no Brasil", destaca o presidente da Abrapa, Júlio Busato.


A fala da Abrapa será no painel do dia 18 que tratará especificamente sobre a fibra e para abordar esse conhecimento, diferentes especialistas foram convidados, entre eles: o diretor de Relações Internacionais da Associação, Marcelo Duarte, que apresentará o case brasileiro na produção da pluma - "Sustentabilidade como estratégia: o caso da produção de algodão no Brasil". Duarte discorrerá sobre a evolução da pluma no País, especialmente na última década e mostrará as práticas responsáveis no cultivo, por meio do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Segundo o diretor, o ABR é um componente fundamental da trajetória de sucesso da produção brasileira de algodão. Em menos de duas décadas, 84% da safra brasileira é certificada pelo protocolo ABR, que consiste no cumprimento da legislação trabalhista, ambiental, além de boas práticas agrícolas e uso racional de insumos. Duarte dividirá o painel com Stephanie Silber, Bremen Cotton Exchange, da Alemanha (O mundo atual do algodão) e Marc Lewkowitz, Supima, EUA (Reconstruindo valor através da autenticidade).


A programação também prevê ainda discussões sobre o caminho para têxteis totalmente de base biológica em 2050: das melhores fibras à reciclagem – desafios industriais, com a participação de Michiel Scheffer, Wageningen University & Research, Holanda; Interoperabilidade de metodologias e circuitos de reciclagem têxtil, por Pascal Denizart, CETI, França, e Tecnologia inovadora de reciclagem de polímeros, com Torsten Wintergerste, Sulzer / Worn Again Technologies, Suíça, entre outros tópicos e analistas especializados em comércio e comportamento de consumidores. A conferência será também marcada pelos Prémios ITMF 2022, com os quais a federação pretende reconhecer pessoas e empresas que se destacaram em duas áreas específicas: 'Inovação & Sustentabilidade' e 'Cooperação Internacional'.



Confira a programação no link: https://www.itmf.org/conferences/annual-conference-2022

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Colheita de algodão entra na reta final

15 de Setembro de 2022

Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), colheita da safra de algodão 21/22 no Brasil chegou a 98%. Para mais detalhes e um balanço de como foi o andamento da safra, acompanhe a entrevista do vice-presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.



Assista aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-zRSRzPzFbc


Mídia: Terra Viva – 14/09/2022

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Cotonicultura brasileira busca aprofundar e ampliar relações comerciais com Bangladesh

Presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, esteve reunido com embaixadora, durante jantar, em Brasília

13 de Setembro de 2022

Com objetivos comuns, o de estreitar relações e aumentar as divisas comerciais, os produtores de algodão do Brasil e autoridades de Bangladesh têm trabalhado para intensificar o volume de negócios e investimentos mútuos. Com esse intuito, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, compareceu a um jantar oferecido pela embaixadora Sadia Faizunnesa, na 'Casa de Bangladesh', na última sexta-feira (9), em Brasília. Também estiveram presentes o embaixador da Índia, Suresh K. Reddy, o embaixador da Indonésia, Edi Yusup e do Ministério de Relações Exteriores, o Secretário de Ásia, Pacífico e Rússia, embaixador Eduardo Paes Saboya, o diretor do Departamento de Energia e Agronegócios, ministro Alexandre Peña Ghisleni e o Diretor do Departamento para a Índia, Sul e Sudeste Asiático, ministro Roberto Goidanich.


A embaixadora Sadia Faizunnesa, durante o encontro com o presidente da Abrapa, solicitou que ele facilitasse a exportação direta de algodão para Bangladesh, já que o país tem uma grande demanda por algodão. Vale ressaltar que, Bangladesh é o segundo maior exportador de roupas prontas para vestir e o segundo maior importador de algodão do mundo.


Para o presidente da Abrapa, o estreitamento das relações é muito importante, ajuda a melhorar a imagem do setor, que produz uma fibra de qualidade e com responsabilidade ambiental e social, gerando riqueza, emprego e renda, além de abrir portas para maiores volumes de negociações da pluma nacional. Bangladesh é o mercado que mais cresce na importação mundial da pluma, juntamente com o Vietnã, mas que ainda compra pouco algodão brasileiro, comparativamente com outras regiões produtores. O fluxo comercial, referente ao algodão, entre os dois países, na safra passada, foi de 270 mil toneladas importadas. No atual ano comercial, entre agosto de 2021 e agosto de 2022, as exportações para o mercado somaram 184,0 mil toneladas. É o quinto maior importador do algodão brasileiro, mas é o segundo maior importador global de algodão.


Não à toa, o Brasil está de olho em Bangladesh e trabalhando para ampliar a abertura de mais mercado e o surgimento de novas oportunidades de negócios, assim como com os demais países da Ásia, é o caso da Índia e da Indonésia que estavam presentes no encontro. As indústrias têxteis de Bangladesh, por exemplo, planejam expandir sua produção e com isso precisarão de mais algodão do que já consomem e por isso essa comunicação permanente com o país, segundo Busato. "É um mercado estrategicamente localizado no sul da Ásia e nós temos interesse de suprir as necessidades deles. Nós temos hoje uma posição muito importante no ranking mundial tanto na produção, quanto de exportação, temos uma fibra de qualidade e produzimos de maneira responsável, mas percebemos que existem muitos mitos sobre nossa produção e esses encontros são essenciais para mostrar nosso mercado", afirmou.


No acumulado de agosto de 2021 a julho de 2022, a China foi o principal destino das vendas brasileiras (455 mil toneladas) e representou 27% das exportações acumuladas. A participação da China caiu em relação ao ano comercial anterior, quando foi o destino de 30% da pluma. Apesar do menor volume total exportado, 13 países aumentaram as importações, com destaque para Índia (12,7 mil toneladas), Filipinas (1,4 mil toneladas) e Portugal (1,4 mil toneladas). Bangladesch está na programação do setor para expandir as vendas e subir no ranking de maiores destinos da pluma nacional.

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13º Congresso Brasileiro do Algodão

​Algodão Brasileiro – Desafios e perspectivas no novo cenário mundial

13 de Setembro de 2022

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) realizou a 13ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) neste ano. Considerado o maior evento da cotonicultura nacional, de programação diversificada, reuniu 2.500 congressistas e aproximadamente 4 mil participantes de 16 a 18 de agosto, no Centro de Convenções de Salvador (Bahia). No encontro, a cadeia produtiva da pluma discutiu as demandas do mercado algodoeiro no Brasil e no mundo.



Leia mais: Revista Agroanalysis 09.2022.pdf


Mídia: Revista Agroanalysis – 13/09/2022

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Brasil finaliza safra de algodão 21/22 com queda de 200 mil toneladas na produção e espera retomar 3 milhões de toneladas em 22/23

Colheitas estão praticamente encerradas após alguns estados terem períodos de falta de chuvas. Expectativa inicial aponta aumento de área e de produção para a próxima temporada que começará a ser plantada em novembro

12 de Setembro de 2022

A safra de algodão 2021/22 chega ao final no Brasil com produção de 2,6 milhões de toneladas, o que representa uma queda ante à projeção inicial de 2,8 milhões de toneladas. O corte de chuvas no Mato Grosso em abril e na Bahia em maio foi o responsável por esta retração.


Segundo o presidente da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), Júlio Cézar Busato, o clima também não ajudou na qualidade do algodão colhido, que perdeu, especialmente, nas áreas mais afetadas com a seca.


Do lado da comercialização, os produtores já negociaram praticamente toda a produção com bons preços de mercado e custo de produção mais reduzido, garantindo boa rentabilidade.


Pensando na próxima safra 2022/23, a entidade espera que a área cultivada cresça 2%, retomando os 1,66 milhão de hectares da temporada 19/20, quando o país atingiu o recorde de produção de 3 milhões de toneladas.



Leia mais: Brasil finaliza safra de algodão 21/22 com queda de 200 mil toneladas na... - Notícias Agrícolas (noticiasagricolas.com.br)


Confira a íntegra da entrevista com o presidente da Abrapa no vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=JuaWKfdQaUA


Mídia: Notícias Agrícolas – 12/09/2022

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A conquista da Ásia

Como o Brasil se prepara para ser o maior exportador global de algodão nos próximos dez anos

09 de Setembro de 2022

"Quando minha família começou a plantar algodão, há 38 anos, ele era uma culturazinha", diz o agricultor Walter Horita, 59 anos, à frente do Grupo Horita, um dos mais tradicionais produtores do oeste da Bahia. Hoje, a realidade é outra: nos próximos meses, a empresa vai começar o plantio da safra 2022/23 em uma área de 40 mil hectares destinada à fibra. O grupo cultiva 112 mil hectares de lavouras, entre primeira e segunda safras, incluindo 60 mil hectares de soja e 12 mil hectares de milho.


O crescimento do negócio de algodão dos Horita é um retrato do que aconteceu no resto do país. Em uma década, a partir dos anos 2000, a cotonicultura passou da produção familiar para a empresarial. O Brasil, que se tornou o segundo maior exportador mundial, que ir além e ser o número um no mundo. "Isso vai acontecer - e a Ásia é o grande mercado", afirma Horita. A estimativa de consultores é que a posição de liderança vai se consolidar em dez anos, com potencial de 4 milhões de toneladas exportadas.


Brasil é o único grande produtor de algodão do mundo que pode dobrar as exportações de forma sustentável, com aumento da produtividade e da rastreabilidade total da fibra.


Em 2021, o país exportou 2,1 milhões de toneladas de algodão e têxteis de algodão - que representa uma pequena parte - por US$ 3,7 bilhões, de acordo com o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), organizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A marca de 2 milhões de toneladas foi alcançada em 2020; a de 1 milhão, em 2012, volume que se firmou de fato somente a partir de 2018. Neste ano, os dados até julho mostram 909,6 mil toneladas embarcadas por US$ 2 bilhões. "Lá atrás, a gente exportava algodão durante seis meses; hoje exportamos o ano todo. Isso fez a diferença para os compradores. Além do crescimento da produção, a certeza da oferta abriu mercado", diz Horita.


Escala e volume revolucionaram o cenário da fibra no Brasil e dão fôlego pra novos voos. Em meados de agosto, um público de 2.500 pessoas estava pouco interessado na bela paisagem da praia da Boca do Rio, endereço do Centro de Convenções de Salvador (BA), onde aconteceu o 13º Congresso Brasileiro do Algodão, evento promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Uma legião de agrônomos, técnicos, acadêmicos, consultores e grandes produtores compareceram, entre eles o Grupo Horita e a SLC Agrícola, que pertence à família gaúcha Logemann e que atualmente é considerada a maior produtora de algodão do Brasil.


Não por acaso, onde o CEO da companhia, o engenheiro agrônomo Aurélio Pavinato, parava, uma roda de curiosos se formava para escutá-lo. "O sucesso nos anos 1960 era tirar o Brasil de país importador para país produtor. Agora, o que queremos para daqui a 30 ou 40 anos?", pergunta Pavinato. Na safra encerrada, a SLC cultivou 177 mil hectares de algodão, entre primeiro e segundo ciclos de plantio. A área total cultivada foi de 672 mil hectares, incluindo soja e milho. Com uma generosa contribuição do algodão, em 2021 a receita líquida da empresa foi de R$ 4,6 bilhões, valor 24,5% acima do de 2020.



Rota do Algodão


O professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) Marcos Jank, coordenador do centro Insper Agro Global, diz que é preciso olhar quais são os desafios da cadeia, tomando como realidade uma demanda firme por algodão não somente da china, o atual maior comprador da fibra brasileira e maior fabricante de têxteis do mundo, mas de todo o sudeste asiático, principalmente a demanda de países como a Tailândia, o Vietnã e a Indonésia, com fortíssimas indústrias têxteis. E também olhar para o sul asiático, recomenda Jank, onde está a Índia, que de fato tem a segunda maior indústria têxtil do mundo, atrás apenas da China. "Hoje, mais de 70% da produção brasileira de algodão é exportada, e mais de 95% vai para a Ásia", afirma Jank. "Mas você não pode ser um gigante do algodão se não estiver fisicamente presente, junto com seu cliente." O Professor, que trabalhou na Ásia entre 2015 e 2019, que estuda geopolítica há mais de duas décadas, foi um dos influenciadores para que a Abrapa abrisse um escritório permanente em Singapura, em 2020, quando a associação de produtores também iniciou o projeto Cotton Brazil, destinado à promoção da fibra, juntamente com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores.


Essa proximidade com os compradores asiáticos foi reforçada com uma agenda de missões da Abrapa, que já aconteciam desde 2015. "O trabalho é de formiguinha, mas começamos", diz Júlio Busato, atual presidente da entidade. Neste ano, já aconteceram duas missões de produtores brasileiros, uma que incluiu Indonésia, Bangladesh e Tailândia, e outra para o Paquistão e a Turquia. "Visitamos empresas, mostrando a elas que o produtor brasileiro sabe produzir e preservar", afirma. No início de agosto, foi a vez de o Brasil receber a mais recente missão de compradores. Estiveram no país 21 empresários de cinco países asiáticos - Turquia Vietnã, Paquistão, Coreia do Sul e Bangladesh -, mais o México. O grupo de países responde por 60% das importações globais de algodão. "O bloco dos asiáticos compra 900 mil toneladas de fibra por ano, metade do que vamos exportar nesta safra, que deve ficar um pouquinho abaixo da anterior por causa da seca, mas que recuperaremos em 2022/23", diz Busato.


O mercado exportador global é da ordem de 10 milhões de toneladas de pluma de algodão, com os Estados Unidos donos de 3 milhões de toneladas das vendas no mundo, seguidos por Brasil Índia, Austrália e Benin. As exportações globais movimentam cerca de US$ 12 Bilhões todos os anos.


Atualmente, o mundo produz entre 26 e 27 milhões de toneladas de fibra de algodão, por safra. A boa notícia para os cotonicultores brasileiros é que, dos maiores países produtores, - entre eles, Índia, China, EUA e Paquistão-, o Brasil é o que tem as melhores condições para aumentar a produção doméstica. Walter Horita diz que esse movimento é apenas uma questão de mercado. "O algodão é uma cultura de médias e grandes propriedades, por causa da estrutura de capital necessária e das exigências da produção, em termos de tratos culturais, gestão e comercialização", afirma. "com esses três atributos, podemos ocupar qualquer espaço de demanda no mundo. Para dobrar as exportações, basta o mundo demandar."


Horita dá como exemplo a produtividade dos norte-americanos, muito abaixo da brasileira. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), ela foi de 950 quilos por hectare nas últimas três safras. No Brasil, pra o mesmo período, a produtividade foi de 1.721 quilos por hectare, com base nos dados da companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No mundo, ela foi de 769 quilos por hectare. Pavinato, da SLC, viu as lavouras do grupo registrarem uma produtividade de 1.739 quilos por hectare nesse período, com uma das fazendas mais produtivas do grupo batendo os 1.989 quilos. Ele afirma que as tecnologias devem ajudar o produtor cada vez mais, e que a sustentabilidade vai ser uma moeda. "Vamos melhorar muito nossa mecanização e a auto moção das lavouras", diz ele. "Nós já produzimos muito bem, mas ainda tem espaços [para crescer]."


Nessa seara do crescimento, há um frisson no setor. Isso porque, em ganhos de produtividade, o Brasil lidera no mundo, com taxas acima de 3%, enquanto a China e a Índia estão em uma faixa de 2% ao ano e os EUA com menos de 1% ao ano. "O agro é um investimento seguro no Brasil", diz Jank. "Ao crescimento do uso de tecnologias e de inovações dos grandes produtores de algodão, deve ser adicionado o crescimento da área cultivada, principalmente em áreas de pastagens que hoje se encontram degradadas e devem ir para a agricultura. "Para Jank, essa recuperação de áreas soa como música aos ouvidos do mundo, porque mostra um país voltado para à preservação ao poupar áreas nativas. "Temos 75 milhões de hectares agrícolas no país e 160 milhões de hectares de pastos. Possivelmente, dos 50 milhões de hectares de pastos hoje degradados, 20 milhões virão para a agricultura - e o algodão deve fazer parte desse avanço", afirma. "Estados Unidos e Austrália, nossos maiores concorrentes em termos de preço e percepção de qualidade de fibra, jamais conseguirão fazer o mesmo."



Mídia: Forbes – 01/08/2022

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