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Com 40 marcas e retorno de Herchcovitch, SPFW chega à sua 58ª edição

Com quase três décadas de história e mais de R$ 1 bilhão em investimentos, São Paulo Fashion Week acontece entre os dias 14 e 21 deste mês

15 de Outubro de 2024


A maior semana de moda da América Latina ocorre há 29 anos. São 57 edições e mais de R$ 1 bilhão em investimentos, além de já ter recebido mais de três milhões de pessoas. Depois de quase três décadas, a passarela se transforma cada vez mais com produções e desfiles plurais, que valorizam aspectos da moda nacional, trazendo nomes renomados, como Alexandre Herchcovitch e João Pimenta, além dos estreantes Normando e Dario Mittman. “Essa edição enfatiza a força e a tradição da moda brasileira. É um diferencial. Uma das maiores expectativas é o retorno de Alexandre Herchcovitch”, disse à DINHEIRO Maya Mattiazzo, professora do Hub de Moda e Luxo da ESPM.






Outro destaque que retorna à passarela é a Another Place. Nesta temporada, a marca pernambucana de moda agênero apresenta a coleção intitulada Perigo, que contempla cerca de 40 looks. A expectativa é de mais uma coleção com peças versáteis e atemporais, atributos que formam o DNA da grife fundada em 2015. Na 54ª edição do evento, em 2022, a grife apresentou a coleção Love Hurts, inspirada nos ciclos de um relacionamento, desde o primeiro olhar até o término. O conceito foi materializado por elementos de brilho, fendas e recortes.








Love Hurts, coleção da Another Place no desfile da SPFW em 2022 (Crédito:Ze Takahashi / @agfotosite)

Sou de Algodão apresentou “Tributo ao jeans” em 2023 (Crédito:Divulgação)


Normando, marca paraense estreia na nova edição (Crédito:Divulgação)



Coleção de João Pimenta na SPFW N57, no Edifício Martinelli (Crédito:Nelson Almeida)


Estilista Alexandre Herchcovitch retorna com a marca Herchcovitch; Alexandre no SPFW

BRASILIDADE


Sou de Algodão (SDA) é um dos projetos especiais da temporada. Em sua terceira participação no SPFW, o movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) tem “Manualidades” como tema do desfile, que conta com 12 estilistas parceiros para entregar 36 looks feitos com as técnicas manuais mais conhecidas, como crochê, tricô, macramê e aplicações, com pelo menos 70% de algodão como matéria-prima. A direção criativa é de Paulo Borges e o styling é assinado por Paulo Martinez.


hand made (feito à mão, em português) é peça-chave para a moda nacional, segundo Martinez. “A manualidade na moda brasileira nunca foi deixada de lado. Sempre foi protagonista, por mais sutil que ela seja usada em uma coleção, podendo estar em um acabamento, um bordado ou de forma mais evidente”, disse.


João Pimenta, um dos nomes mais conhecidos da alfaiataria masculina, que estará presente na sexta-feira (18) em dois desfiles, incluindo o do SDA, destaca os detalhes das criações em parceria com o Movimento. “Criamos três looks full florais. Serão apresentados um casaco, uma calça, uma saia com jaqueta e um vestido com calça. Além da estampa, haverá um trabalho manual de volumetria e, para nós, eles representam o ato de enviar flores. Por isso, o nome da nossa produção para o Sou de Algodão é ‘Vejo flores em você’”, explicou Pimenta.


Acesso em: https://istoedinheiro.com.br/ 

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Relatório de Safra - outubro de 2024

15 de Outubro de 2024

Após semanas de preços ascendentes, o "urso" deu de novo as caras, depois da divulgação do relatório WASDE, na última sexta (11), deixando as cotações cerca de dois centavos mais baixas. Já o indicador Cepea/Esalq acumulou alta de 7,1%, em setembro de 2024, encerrado o mês cotado em 73,67 centavos por libra-peso. Nas lavouras do Brasil, longas férias para as cotton pickers! A colheita está totalmente concluída e o beneficiamento já rompeu a barreira dos 60%. Para muito mais informações, clique no link e confira integralmente o Relatório da Safra da Abrapa- outubro de 2024 no link: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/10/Relatorio-de-Safra-outubro-de-2024.pdf 

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Brasil promove algodão sustentável em evento paralelo ao ICA Trade Event

Delegação brasileira promove networking e negociações no mercado global de algodão em Liverpool

14 de Outubro de 2024

Produtores e exportadores brasileiros participam do evento anual da International Cotton Association (ICA), que ocorre de 15 a 17 de outubro, em Liverpool (Inglaterra), levando o potencial de ampliação no fornecimento de algodão sustentável pelo Brasil ao centro dos debates. Ainda no dia 15 de outubro, às 12h, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) realiza o evento paralelo “Cotton Brazil Luncheon”, direcionado a empresários e investidores do setor têxtil.


Em pauta, estarão números de safra e exportação e projeções para o ciclo 2024/2025. A expectativa é reunir mais de 70 empresários e investidores internacionais. “Nossa meta é fortalecer mundialmente a imagem do Brasil como produtor relevante, junto a públicos estratégicos”, antecipa Alexandre Schenkel, presidente da Associação.


Já no dia 17, o Brasil promove dentro da programação oficial do evento o painel “Cotton Connected: Brazil's role in helping secure global cotton's place in the future of textiles”, das 13h30 às 14h30. O tema é o papel do Brasil como importante ator mundial capaz de garantir ao algodão um papel relevante no futuro dos produtos têxteis. O painel será moderado pelo consultor George Candon e tem Bill Ballenden (LDC), Alexandre Schenkel (Abrapa), Fabiana Furlan (Scheffer) e Mirza Salman Ispahani (M. M. Ispahani Limited) como debatedores.


Cotton Brazil
Ao longo do ICA Trade Event, a delegação de produtores e exportadores brasileiros coordenada pela Abrapa promove uma série de rodadas de negócios com tradings mundiais. O primeiro ciclo ocorre no dia 16 (quarta), de forma paralela à programação do evento, com cinco salas de negócios das 14h às 16h. Na quinta (17), serão mais três reuniões, das 15h às 16h.


Maior exportador mundial de algodão
No ano comercial 2023/2024, que terminou em julho, o Brasil assumiu, pela primeira vez, o posto de maior exportador mundial de algodão. Na safra 2024/2025, a previsão é de 3,67 milhões de toneladas de pluma – volume 13% superior ao de 2023/2024. Para a exportação, a projeção é de 2,86 milhões de toneladas (6,7% a mais que o ciclo 2022/23), segundo dados da Abrapa.


O foco principal dos eventos é debater como será o papel do Brasil num cenário de aumento no consumo de fibras têxteis artificiais, já que é o principal fornecedor mundial de algodão sustentável atualmente. O ponto alto do debate é reunir diferentes visões diretamente envolvidas no tema: do cultivo e produção ao comércio, passando pelo marketing, fiações e varejo.


Acesso em: https://revistacultivar.com.br/noticias/brasil-promove-algodao-sustentavel-em-evento-paralelo-ao-ica-trade-event 

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Com parceria da Abrapa, 1º Cotton Day Santos abre inscrições em 14 de outubro

14 de Outubro de 2024

As inscrições para o 1º Cotton Day Santos abrem hoje, 14 de outubro. O evento acontecerá no dia 06 de novembro, no Auditório da Associação Comercial de Santos (ACS). A iniciativa, que conta com a parceria da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) por meio do programa Cotton Brazil, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), visa destacar a relevância do algodão na pauta comercial brasileira, fomentar discussões e promover conexões entre os principais atores da cadeia produtiva e logística da fibra, no porto de maior representatividade das exportações do produto da atualidade. As vagas são limitadas e direcionadas a produtores, exportadores, traders, operadores de terminais portuários e retroportuários, prestadores de serviços e autoridades.


“A Abrapa busca, com o 1º Cotton Day Santos, reforçar a importância e desafios do algodão para o Porto de Santos. Atualmente, a fibra brasileira está entre os produtos mais relevantes em estufagem de contêineres na retroárea de Santos, Guarujá e Cubatão", destaca Alexandre Schenkel, presidente da entidade. Ele ressalta a relevância do evento em um ano em que o Brasil se consolidou como líder mundial em exportações de algodão. As projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para o período comercial 2024/2025 indicam que o Brasil se manterá como primeiro colocado no ranking, com a previsão de comercialização de 2,72 milhões de toneladas de pluma.


A agenda do dia incluirá palestras de especialistas e de representantes de órgãos envolvidos no processo de exportação de algodão. Entre os temas que serão abordados estão os desafios logísticos para o escoamento da fibra pelo Porto de Santos, que já foi responsável por escoar até 99% da exportação de algodão. A China, o Vietnã, Bangladesh, a Turquia e o Paquistão são os principais destinos da exportação brasileira. No acumulado de agosto/23 a julho/24, as exportações nacionais somaram 2,68 milhões de toneladas. Volume recorde de embarques e alta de 85% com relação a 2022/2023.


De acordo com o presidente da Anea, Miguel Faus, a proposta é que todos os setores envolvidos identifiquem os problemas e necessidades de melhoria, com o objetivo de discutir soluções. Para isso, foram convidados representantes do Mapa e da Receita Federal, incluindo a Alfândega, para participar dessas discussões. O objetivo é trabalhar em conjunto para avaliar o que pode ser aprimorado e implementado. “Queremos engajar todos os setores envolvidos no processo de exportação, buscando aumentar a eficiência e melhorar os serviços no porto. Estamos abertos para discutir as questões logísticas que envolvam a exportação do algodão em qualquer instância”, explica.


A ACS, anfitriã do evento, pretende mostrar como sua capacidade de articulação pode gerar soluções e inovações para o setor. O foco será a criação de conexões e uma maior integração entre os players do segmento, evidenciando a relevância do Porto de Santos para as exportações de algodão e, ao mesmo tempo, a importância do setor algodoeiro para o complexo portuário e retroportuário da cidade. Entre os objetivos está também a formulação de pautas de interesse para o setor, com vistas à criação de fóruns de discussão permanentes, o que permitirá a antecipação de tendências e a busca por melhorias contínuas na logística e no transporte da pluma.


Programação


O evento será aberto às 8 horas com a presença de representantes da ACS, autoridade portuária de Santos, Abrapa e Anea. Ao longo do dia, os participantes poderão assistir a palestras que abordarão temas centrais para o setor, como o panorama do Brasil como maior exportador de algodão e os desafios logísticos enfrentados no Porto de Santos. Especialistas de entidades como Anea, Autoridade Portuária de Santos (APS), Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC), Alfândega, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e MSC trarão perspectivas sobre a logística de exportação, o papel dos terminais retroportuários e o cenário do transporte marítimo de contêineres.


O 1º Cotton Day – Santos conta também com o apoio da Autoridade Portuária de Santos, da Prefeitura de Santos e da Fundação Parque Tecnológico de Santos, entre outras instituições. Essas parcerias reforçam o compromisso de unir esforços para superar os desafios logísticos e fortalecer a competitividade do algodão brasileiro no mercado internacional.


Inscrições


Os interessados em participar do evento podem fazer sua inscrição através do link: bit.ly/cottonday


Imprensa Abrapa

Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
(71) 98881-8064
Monise Centurion – Jornalista Assistente
(17) 99611-8019
Simone Seara – Jornalista Assistente
(71) 99197-9756

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #38/2024 11/10/2024

11 de Outubro de 2024

Destaque da Semana - Relatório mensal de Oferta e Demanda do USDA será divulgado hoje (13h de Brasília) e pode trazer queda na produção e nas exportações dos EUA.

Algodão em NY - O contrato Dez/24 fechou nesta quinta 10/out cotado a 72,65 U$c/lp (-0,1% vs. 03/out). O contrato Dez/25 fechou em 73,51 U$c/lp (+0,2% vs. 03/out).

Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro no posto Leste da Ásia é de 850 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 10/out/24).

Altistas 1 - Os mercados de ações das duas maiores economias do mundo continuam em grande alta .

Altistas 2 - Piora nas lavouras americanas. Semana passada, 29% das lavouras nos EUA foram classificadas como “ boas a excelentes ” (-2 pp).

Altistas 3 - Amanhã (12) o Ministro das Finanças da China fará um aguardado pronunciamento sobre estímulos à economia Chinesa .

Baixistas 1 - O relatório semanal de vendas dos EUA mostrou queda de 7% em relação à semana anterior e 12% abaixo da média das últimas quatro semanas.

Baixistas 2 - Importações de algodão pela China em 2024/25 estão projetadas em 2 milhões tons , em comparação com 3,26 milhões tons em 2023/24 (fonte BCO).

Baixistas 3 - As cotações de algodão na bolsa de Zhengzhou (China) seguem pressionadas por grandes estoques, cotas de importação limitadas e grande safra doméstica , apesar das medidas de estímulo de Pequim.

China 1 - A consultoria BCO ampliou em 160 mil tons a previsão de safra chinesa em 2024/25, passando para 6,4 milhões tons . O número do USDA é de 6,05 milhões de tons.

China 2 - A colheita está começando em Xinjiang , onde 126 algodoeiras já estão em funcionamento.

EUA 1 - Enquanto os EUA ainda contabilizavam os estragos do furacão Helene, o furacão Milton atingiu o país esta semana, causando apreensão no sul, sem atingir regiões produtoras .

EUA 2 - A colheita de algodão começou a se expandir fora do Texas esta semana para 26% (+6pp), acima do ano passado e da média de 5 anos.

Austrália - Em ago/24, os australianos exportaram 190 mil tons de algodão - maior volume mensal desde set/22 . Os destinos foram: China 34%; Vietnã 26%; e Indonésia 9%.

Vietnã 1 - O país importou em setembro 119 mil tons de algodão (abaixo de agosto, mas acima do registrado em set/23). O Brasil foi o terceiro maior fornecedor, com 19 mil tons (16% do total) .

Vietnã 2 - Nos primeiros dois meses do ciclo 24/25, o Vietnã importou 251 mil tons , mais que no mesmo período de 23/24. Cerca de 35% tiveram a Austrália como origem.

Bangladesh 1 - Em agosto, Bangladesh importou 152 mil tons de algodão, +10% que em jul/24 +36% que em ago/23. O Brasil forneceu 15% desse total , enquanto a Africa 60%.

Bangladesh 2 - De janeiro a agosto, os bengaleses importaram pouco mais de 1,1 milhão tons . Origens: África 40%; Índia 21%; e Brasil 18% .

Paquistão - Fontes locais informam que a produção de algodão do país deve ficar abaixo de 1,10 milhão tons , inferior à estimativa de 1,24 milhão do USDA.

ICA Trade Event 1 - Já tradicional, o evento anual da ICA ocorre de 15 a 17 de outubro em Liverpool. O Brasil, via Cotton Brazil, preparou uma programação especial para o congresso.

ICA Trade Event 2 - Na terça (15), às 12h, ocorre o Cotton Brazil Luncheon, evento paralelo para empresários e investidores. Na quinta (17), é a vez do painel Cotton Connected: Brazil's role in helping secure global cotton's place in the future of textiles, das 13h30 às 14h30.

ICA Trade Event 3 - Já nos dias 16 e 17, a Abrapa realiza uma série de rodadas de negócios com tradings mundiais.

Exportações 1 - As exportações brasileiras de algodão somaram 169,5 mil tons em set/2024 - volume 9,1% menor que o recorde registrado em set/23.

Exportações 2 - No acumulado de ago/24 a set/24, as exportações nacionais foram de 281,3 mil tons (3,3% inferior ao mesmo período de 2023).

Exportações 3 - China (66,3 mil tons), Vietnã (54,6 mil tons) e Paquistão (40,2 mil tons) foram os três principais destinos da pluma brasileira de ago/24 a set/24. Juntos, esses países representam 57% do total embarcado.

Qualidade - Até 30/set, foram realizadas 9.593.400 análises de qualidade da safra brasileira de algodão 2023/24. Entre os resultados, melhoria na uniformidade, resistência, comprimento e índice de fibras curtas. Confira: https://bit.ly/4eEuO3k.

Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (10/10), o status do beneficiamento no Brasil era este: BA 83%, GO 76,27%, MA 85%, MG 84%, MS 84%, MT 57%, PI 62%, PR 100% e SP 100%. Total Brasil: 63,67%.

Preços - Consulte tabela abaixo

Quadro de cotações para 10_10

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Rede Bicudo Brasil divulga relatório sobre eficiência de inseticidas no controle do bicudo-do-algodoeiro

04 de Outubro de 2024

A Rede Bicudo Brasil divulgou o relatório com os resultados dos estudos feitos nas principais regiões produtoras de algodão do país, na safra 2023/2024, sobre o uso de inseticidas no controle do bicudo-do-algodoeiro. A praga é a principal preocupação para a cotonicultura brasileira, em razão do seu alto potencial destrutivo pois ataca a maça do algodoeiro. Quando não é controlada, ela limita a produtividade da cultura e deprecia a qualidade da fibra, ocasionando prejuízos econômicos significativos.


Para a pesquisa, foram realizadas ao menos cinco pulverizações sequenciais espaçadas em cinco dias uma da outra. As avaliações iniciaram após a segunda pulverização, em um intervalo de três a cinco dias após a aplicação dos princípios ativos. Como resultado, os experimentos mostraram que não houve destaque para um padrão único de controle. Porém, permitiu concluir que dentre os produtos testados, o Isocicloseram foi aquele que teve maior frequência de casos de controle satisfatório, seguido pelo Malationa.



A análise, que tem como principal objetivo orientar o produtor rural na tomada de decisão na compra e utilização de inseticidas para combater o bicudo-do-algodoeiro, contou esse ano com a participação de nove instituições de pesquisa brasileiras, duas a mais que a edição anterior. Integram o grupo, agora, a FAMIVA, de Ribeirão Preto (SP), e a Fundação Chapadão, de Chapadão do Sul (MS), além das instituições veteranas, baseadas nos municípios de Luís Eduardo Magalhães (BA), Dourados (MS), Rondonópolis (MT), Montividiu (GO), e Campo Verde (MT).



Segundo o gestor de Sustentabilidade da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Fábio Carneiro, estes experimentos são importantes para o setor porque revelam como está funcionando o controle do bicudo em cada região do país. “Temos uma organização nacional desses experimentos em diversas regiões do Brasil. Todos utilizando o mesmo padrão e metodologia, para conseguirmos verificar quais são os produtos que estão sendo eficientes no controle do bicudo. Essa organização da rede bicudo é fundamental para a sustentabilidade do algodão brasileiro”, explica Carneiro.



A organização enfatiza que, os inseticidas não são a única ferramenta possível para conter a praga. O produtor também deve seguir as boas práticas agrícolas para um manejo integrado do bicudo-do-algodoeiro, com monitoramento contínuo, inclusive das pesquisas científicas, a fim de verificar a eficácia dos produtos químicos disponíveis no mercado, detectando possíveis perdas de eficiência de uma safra para a outra.



Rede Bicudo Brasil



A Rede surgiu a partir da necessidade de os produtores terem informações confiáveis sobre a eficiência dos inseticidas no combate ao bicudo-do-algodoeiro. Segundo um dos idealizadores da organização e, também produtor, consultor e pesquisador, Celito Breda, antes, quando não havia uma orientação nacional, as perdas eram grandes. “O produtor tinha o custo do produto, da aplicação e, ainda, o prejuízo na lavoura. É importante fazermos pesquisas em rede porque o cotonicultor tem na mão dados confiáveis e isentos sobre o que funciona ou não. E se hoje funciona e daqui três anos, de repente, caiu a eficiência, ele precisa ter um dado altamente confiável”, acredita Breda.



A Rede Bicudo Brasil é formada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Círculo Verde Assessoria Agronômica e Pesquisa, Fundação Bahia, Ide Consultoria Agrícola e Pesquisa, Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Ferst Pesquisa e Tecnologia, Fundação Mato Grosso, Instituto Goiano de Agricultura (IGA), Instituto Mato-Grossense de Algodão (IMA MT), FAMIVA e Fundação Chapadão, com apoio técnico da Embrapa.


 

O estudo completo, por região, pode ser acessado no site da Abrapa (www.abrapa.com.br) ou através do link: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/10/Rede-Bicudo-Brasil-Safra-2023.2024.pdf

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #37/2024 4/10/2024

04 de Outubro de 2024

Destaque da Semana 1 - Apesar do furacão Helene atingir regiões produtoras dos EUA com força, o mercado oscilou pouco. A notícia altista foi neutralizada pela fraca demanda e agravamento do conflito no Oriente Médio.


Destaque da Semana 2 - A China está celebrando o feriado de Dia Nacional esta semana. Este é um dos maiores feriados nacionais e o país para em feriado durante toda a semana.


Destaque da Semana 3 - Semana que vem, 07/Out será o Dia Mundial do Algodão. Criada pela OMC e FAO para celebrar a importância do algodão para o mundo, a celebração anual promove a conscientização sobre os benefícios da fibra: natural, biodegradável, sustentável, confortável, circular.


Algodão em NY - O contrato Dez/24 fechou nesta quinta 03/10 cotado a 72,73 U$c/lp (-0.4% vs 26/9). O contrato Dez/25 fechou em 73,37 U$c/lp (+0,7% vs 26/9).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro no posto Leste da Ásia é 810 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 3/out/24).


Altistas 1 - Ainda no embalo dos estímulos anunciados pelo governo Chinês, a Bolsa de Xangai fechou no último dia de pregão antes do feriado 23% mais alta que 3 semanas atrás.


Altistas 2 - O furacão Helene atingiu regiões produtoras, principalmente Geórgia e as Carolinas nos EUA. Os danos às colheitas são estimados entre 50 e 150 mil tons de algodão, com prejuízos também de qualidade.


Altistas 3 - Os preços do petróleo aumentaram em mais de 9% esta semana devido ao agravamento da crise no Oriente Médio. O principal concorrente do algodão, poliéster, é feito a partir de petróleo.


Baixistas 1 - O dólar norte-americano está se fortalecendo como um ativo seguro em meio às tensões no Oriente Médio.


Baixistas 2 - As vendas e exportações de algodão reportadas pelo USDA continuam fracas, apesar de um leve aumento, com a China ainda devendo muito como compradora.


Baixistas 3 - O relatório semanal do USDA mostrou que as vendas líquidas de algodão para 2024/2025 aumentaram 9%, para 95.800 fardos, em relação à semana anterior, mas ainda estão 26% abaixo da média das quatro semanas anteriores.


China 1 - Investidores globais estão se preparando para apostar novamente na China, em uma mudança significativa de sentimento impulsionada pelos esforços de Pequim para reverter a desaceleração econômica.


China 2 - O beneficiamento de algodão já começou, mas ainda em pequena escala na China. A colheita deve se intensificar após o retorno do feriado do Dia Nacional na semana que vem.


EUA 1 - As condições das lavouras se deterioraram após o furacão Helene. A classificação de "bom a excelente" caiu para 31%, -6pp em relação à semana passada.


EUA 2 - Os trabalhadores dos portos e operadores portuários dos EUA chegaram a um acordo provisório na noite de quinta-feira que suspende a greve de três dias que fechou os portos na Costa Leste e na Costa do Golfo.


Vietnã - No Vietnã, as compras das fiações foram lentas, com apenas as que tinham urgência entrando no mercado.


Paquistão - Confirmando uma safra menor esta ano, a Associação de Algodoeiras do Paquistão informou que até 30/9 as entregas de algodão em caroço estão 59% abaixo do ano passado.


Bangladesh - A situação política está mais estável em Bangladesh, mas a demanda por algodão desacelerou ligeiramente nesta semana, devido à redução de pedidos e dificuldades na abertura de Cartas de Crédito.


Exportações - O fechamento das exportações de setembro será divulgado pelo MDIC nesta tarde (04/10 às 15h).


Colheita 2023/24 - Até ontem (03/10), foram concluídas as colheitas dos estados da BA, MA, MG, MS, MT, PI, PR e SP. Apenas MG (99,48%) ainda tem áreas a serem finalizadas. Total Brasil: 99,99%


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (03/10), foram beneficiados nos estados da BA (79%), GO (72,36%), MA (75%), MG (80%), MS (84%), MT (53%), PI (57,34%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 59,39%.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Tabela 04.10


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #36/2024 26/09/2024

27 de Setembro de 2024

Destaque da Semana 1 - As cotações subiram no início da semana com notícias de furacão e redução da taxa de juros nos EUA, além do pacote de incentivos da China. As cotações chegaram perto dos 75 cents e o mercado terminou a semana estável.


Destaque da Semana 2 - De acordo com a Cotlook, o volume de algodão brasileiro nas mãos das tradings foi reduzido para uma quantidade gerenciável, o que ajuda no fortalecimento do basis do Brasil.


Algodão em NY - O contrato Dez/24 fechou nesta quinta 26/09 cotado a 73,02 U$c/lp (estável vs. 19/set). O contrato Dez/25 fechou em 72,84 U$c/lp (+0,3% vs. 19/set).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro no posto Leste da Ásia é 830 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 26/set/24).


Altistas 1 - Os mercados acionários dos EUA atingiram novas máximas históricas, enquanto os mercados chineses se recuperaram em mais de 10%, ainda sob efeito do Fed.


Altistas 2 - Na China, o mercado de ações teve sua melhor semana desde 2008, com o novo pacote de estímulo do governo.


Altistas 3 - O Banco Popular da China introduziu medidas para aumentar a liquidez, apoiar o mercado imobiliário e incentivar o crescimento do mercado de ações.


Altistas 4 - Essas são as maiores medidas de estímulo na China desde a pandemia de COVID-19, visando tirar a economia da deflação e atingir a meta de crescimento do governo.


Baixistas 1 - No relatório de vendas e embarques semanais dos EUA, os números decepcionaram, com os piores desta safra tanto para vendas quanto embarques.


Baixistas 2 - A atividade no mercado físico seguiu lenta na última semana, com as compras das fiações em ritmo menor, inclusive por parte do Paquistão, onde o mercado estava mais ativo.


Baixistas 3 - Os preços do petróleo caíram mais de 5% esta semana. Essa queda torna o poliéster mais barato, o que pode exercer pressão descendente sobre a demanda por algodão.


China 1 - O Governo da China anunciou hoje a cota de importação de algodão TRQ em 894 mil tons para 2025, com 33% reservados para empresas estatais.


China 2 - A distribuição restante será baseada no tamanho da empresa e no desempenho anterior. O processo de alocação não é totalmente transparente. Os pedidos serão aceitos entre 15/out e 30/out. A data de alocação não foi divulgada.


China 2 - Os preços no mercado de futuros de algodão de Zhengzhou voltaram a subir durante a semana. O contrato de janeiro fechou no seu nível mais alto desde o final de julho nesta semana.


EUA 1 - Na semana, 37% das lavouras estavam em condições “boas a excelentes” – abaixo dos 39% da semana anterior e da média de 41,6% de cinco anos atrás. O índice de plantas “ruins a muito ruins” aumentou 7 pp, chegando a 33%.


EUA 2 - Atenção voltada ao furacão Helene, já atingiu a costa da Flórida como um furacão de categoria 4 e agora é uma tempestade tropical. As colheitas de algodão provavelmente serão interrompidas em vários estados.


EUA 2 - O Cotlook atualizou seus números prevendo redução de 129 mil tons a previsão de safra dos EUA devido à queda nas estimativas do USDA, ao furacão Francine e à chegada da tempestade Helene.


Bangladesh - Com o atendimento a 18 exigências feitas pelos trabalhadores, a tendência é de que o trabalho nas indústrias têxteis bengalesas volte ao ritmo normal. Hoje, as fiações operam com 65/70% da capacidade.


Logística - A francesa CMA CGM, 3a maior operadora de navios de contêineres do mundo, comprou a Santos Brasil, proprietária do maior terminal de contêineres do Porto de Santos. A transação movimentou R$ 6,3 bilhões.


Alerta - Relatório da fundação Changing Markets mostra que fibras sintéticas derivadas de combustíveis fósseis geram 35% dos microplásticos encontrados nos oceanos, causando danos à saúde humana.


Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 121,9 mil tons até a 3ª semana de setembro. A média diária de embarque é 12,9% menor que a registrada no mesmo mês de 2023.


Colheita 2023/24 - Até ontem (26/09), a colheita foi concluída nos estados da BA, MA, MG, MS, MT, PI, PR e SP. Somente MG (98,75%) ainda tem áreas a serem finalizadas. Total Brasil: 99,98%.


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (26/09), foram beneficiados no estado da BA (76%), GO (68,55%), MA (60%), MG (75%), MS (69%), MT (48%), PI (53,33%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 54,73%.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


tabela 27.09


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Qualidade aprimorada da fibra confere novos mercados ao algodão e Brasil se estabelece como líder global

25 de Setembro de 2024

Porto Alegre, 24 de setembro de 2024 – A cotonicultura brasileira tem registrado avanços impulsionados por biotecnologias que visam aprimorar a produtividade e enfrentar os desafios do campo. Os constantes investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento resultam em um desempenho expressivo que pode conferir ao Brasil o posto de maior produtor mundial. Na safra 2023/2024, por exemplo, a colheita chegou a mais de 3,7 milhões de toneladas de algodão, conforme dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).Além disso, o país se tornou, pela primeira vez na história, o maior exportador de algodão do mundo, superando os Estados Unidos.

Esse crescimento reflete não apenas a capacidade produtiva, mas também as inovações implementadas nos últimos anos, como o melhoramento genético, que confere resistência a pragas, doenças e maior adaptabilidade às condições climáticas adversas. “O Melhoramento genético tem permitido que o Brasil não apenas amplie sua produtividade, mas também melhore a qualidade da fibra, um fator essencial para consolidar nossa posição no mercado internacional”, afirma Eduardo Kawakami, head de P&D na TMG -Tropical Melhoramento & Genética, empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que trabalha para entregar inovação ao campo.

Para o especialista, essas inovações ajudam a fidelizar relações que já consomem nossos produtos e abrir novos espaços em outros países. O Egito, tradicional pela reputação da qualidade da fibra do algodão, abriu seu mercado de algodão em pluma para as exportações brasileiras em 2023. Atualmente, a expectativa é de que a demanda dobre no ciclo 2024/25, segundo a Abrapa. “A qualidade da fibra é um dos nossos grandes diferenciais. Um manejo adequado e processos eficientes de beneficiamento também são fundamentais para manter essa qualidade, mas o melhoramento genético é parte intrínseca desse processo”, acrescenta.

Mercado cotonicultor ainda enfrenta desafios

Apesar dos avanços, o mercado cotonicultor brasileiro ainda enfrenta desafios, especialmente relacionados ao bicudo-do-algodoeiro. Considerada a principal praga da cultura do algodão, tem um alto poder destrutivo, limitando o potencial máximo de produção da planta e depreciando a qualidade da fibra. A Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) revelou que a temporada 2023/24 registrou a pior média populacional em 12 anos, com 8,97 bicudos por armadilha por semana.

O controle dessa praga não é simples e exige esforços contínuos em P&D. Kawakami explica que a biotecnologia, embora seja promissora, é um processo de médio a longo prazo, podendo levar de 10 a 12 anos para apresentar soluções disponíveis para o mercado. Quando se trata de melhoramento genético, o desafio é ainda maior, podendo demandar de 15 ou mais anos. “Estamos falando de um atributo que não temos em nosso banco genético e, de forma geral, o mercado ainda não tem também. Precisamos, então, buscar biotecnologias para incorporar essas características no algodão. Isso envolve desafios significativos, que vão desde encontrar a solução ideal até garantir que ela seja efetiva no combate ao bicudo e segura para o meio ambiente,” destaca.

     Um dos desafios específicos é o manejo chamado de “destruição de soqueira”, que envolve a eliminação dos restos de algodão após a colheita para evitar que o bicudo encontre alimento durante o intervalo entre safras. Há também a necessidade de uma integração mais eficiente entre cultivos, como a soja, para reduzir o impacto da praga. “Estamos buscando desenvolver cultivares de soja que se encaixem nessas biotecnologias e ajudem a promover um controle maior. Acredito que já temos algumas opções promissoras que poderão beneficiar os produtores, como é o caso da soja resistente ao herbicida 2,4D”, afirma o profissional.

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Brasil projeta alta histórica na produção de algodão

Aumento está sendo impulsionado pela expansão da área cultivada

25 de Setembro de 2024

A safra de algodão 2024/25 no Brasil promete alcançar um novo recorde de produção, com estimativa de 3,97 milhões de toneladas de pluma, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira dos Produtores de algodão (Abrapa) em setembro de 2024. Esse volume representa um crescimento de 8% em relação à safra anterior.
Esse aumento está sendo impulsionado pela expansão da área cultivada, que deverá atingir 2,14 milhões de hectares, um incremento de 7,35% em comparação ao ciclo 2023/24. Mato Grosso e Bahia, os dois principais estados produtores de algodão do país, são os responsáveis por essa ampliação na área plantada, refletindo a confiança dos produtores no potencial do mercado.
Além disso, a produtividade média também apresenta sinais positivos, com expectativa de alcançar 123,95 arrobas por hectare, um crescimento de 0,61% em relação ao ciclo anterior. Esse aumento na produtividade, aliado à maior área cultivada, consolida a previsão de recorde para a produção nacional.

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