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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #47/2024 13/12/2024

13 de Dezembro de 2024

Destaque da Semana - Mercado oscilou pouco na semana, sempre em torno de 70 U$c/lp. Cotton Brazil recebeu prêmio da ApexBrasil e Exame. Último relatório de Oferta e Demanda do USDA trouxe poucas mudanças nesta semana.


Algodão em NY - O contrato Mar/25 fechou nesta quinta 12/dez cotado a 70,09 U$c/lp (-1,4% vs. 05/dez). O contrato Dez/25 fechou em 71,27 U$c/lp (-2,8% vs. 05/dez).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia é de 790 pts para embarque Jan/Fev-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 12/dez/24.


Baixistas 1 - A moeda americana (dollar index) atingiu ontem o valor mais alto em 2 semanas. Essa alta pressiona para baixo as commodities cotadas em dólar.


Baixistas 2 – Menos vendas e embarques de algodão nos EUA preocupam analistas porque maiores estoques de passagem geram pressão baixista na ICE.


Altistas 1 - Em outubro, os EUA (maior mercado consumidor do mundo) atingiram o maior volume importado de produtos têxteis de algodão desde set/22.


Altistas 2 - A exportação de têxteis e vestuário pela China em novembro gerou US$ 25,17 bilhões (+6% a.a.). No acumulado jan/nov, a cifra é de US$ 273,06 bilhões (+2% a.a.).


Exportações 1 - Se mantiver a média dos últimos 3 meses (Set-Nov), o Brasil ultrapassa em 2024 a marca de US$ 5 bilhões de algodão exportado. O recorde anterior foi de US$ 3,7 bilhões em 2022.


Exportações 2 - Santos segue liderando com 94% de participação nos embarques. Destaque para Salvador, com 4% contra 1,4% no ciclo anterior.


Exportações 3 - O principal destino segue sendo a China (26% das vendas no ano comercial até aqui). O destaque de nov/24 foi a Índia (32 mil tons), quase 4X o volume do ano anterior.


Cotton Brazil - A Abrapa recebeu nesta semana o Prêmio ApexBrasil-Exame: Melhores dos Negócios Internacionais 2024. O Cotton Brazil, iniciativa da Abrapa em parceria com ANEA para promover o algodão do Brasil no exterior, concorreu com mais de 50 organizações de diversos setores na categoria "Imagem".


Oferta e demanda 1 - No relatório de Oferta e Demanda desta semana, o USDA estimou a produção global em 25,56 milhões tons (+263,23 mil tons ante nov/24).


Oferta e demanda 2- O consumo mundial ampliou 124 mil tons, ficando em 25,21 milhões tons. Com isso, os estoques finais aumentaram para 16,55 milhões tons (+58 mil tons).


Oferta e demanda 3 - A relação estoque/uso global ficou em 66%, acima da última temporada (65%) e abaixo de 2022/23 (67%).


Oferta e demanda 4 - Chamou a atenção a queda na estimativa de importação de algodão pela China. O volume estimado (1,85 milhão tons) é 108,86 mil tons menor que a projeção de nov/24 e 43% inferior aos 3,26 milhões tons de 2023/24.


China 1 - Uma das razões para essa menor importação na China é a ótima safra doméstica. Esta semana, a BCO aumentou em 220 mil tons a previsão de safra 2024/25, chegando a 6,75 milhões tons (USDA = 6,14 mi tons).


China 2 - A BCO justificou sua projeção de safra com aumento de 14% na área plantada no sul de Xinjiang e aumento na produtividade devido ao clima favorável.


EUA 1 - Nos EUA, a colheita de algodão está praticamente concluída.


EUA 2 -Produtores dos EUA agora estão de olho nas cotações Dez/25 que ainda longe do ponto de equilíbrio para eles que está acima de 80 centavos/lp.


Paquistão - A colheita de algodão no Paquistão já foi quase toda finalizada. Estimativas de mercado indicam que a produção será de 1,2 milhões de tons, 22% a menos que 23/24.


Bangladesh - Em nov/24, Bangladesh exportou US$ 3,3 milhões em roupas de malha e tecido – 16% a mais que em nov/23. O total acumulado no ano fiscal (jul/23 a nov/24) é US$ 16,1 bilhões (+12% frente a 2023/24).


Austrália 1 - Em out/24, a Austrália exportou 151.403 tons de algodão. O Vietnã liderou as compras, com 44.701 tons (29%), deixando a China em segundo lugar (31.160 tons e 21%).


Austrália 2 - No acumulado ago/out, o volume exportado pelos australianos foi de 523.922 tons (+4% que em 2023).


Exportações Dez - As exportações brasileiras de algodão somaram 57,1 mil tons na primeira semana de dezembro.


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (12/12) foram beneficiados nos estados da BA (98%), GO (98,33%), MA (90%), MG (98%), MS (100%), MT (88,78%), PI (96,04%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 91,1%.


Plantio 2024/25 -Até ontem (12/12), foram semeados nos estados da BA (32%), GO (57,8%), MG (50%), MS (0,3%), PI (17,51%), PR (90%) e SP (63%). Total Brasil: 8,44%.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 12_12


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Relatório de safra- dezembro de 2024

12 de Dezembro de 2024

Com a safra brasileira de algodão 2023/2024 totalmente colhida e quase completamente beneficiada, todos os olhos se voltam para 2024/2025. A estimativa é um crescimento de área plantada de 6,6%, que deve ficar em 2,21 milhões de hectares. Já a produção pode bater em 3,91 milhões de toneladas da fibra. Acompanhe o detalhamento deste e de outros indicadores no Relatório de Safra da Abrapa de dezembro. Clique no link e boa leitura: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/12/Relatorio-de-Safra-dezembro-2024.pdf 


 

 

 

 

 

 

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Primeiro grupo de produtores certificados ABR obtém certificação RTRS para soja

12 de Dezembro de 2024

A importância da sustentabilidade e a ideia de que a certificação é um diferencial de mercado estão cada vez mais claras. O mais novo avanço neste sentido foi o primeiro grupo de produtores que já contavam com o certificado Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e agora conquistaram o selo RTRS para as lavouras de soja.


Os produtores participaram de uma iniciativa da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), em parceria com a Associação Sul-Mato-Grossense do Produtores de Algodão (Ampasul) e a Mesa Global de Soja Responsável (RTRS), após a identificação de que havia exigências semelhantes entre as duas certificações, o que poderia facilitar a adequação aos padrões ABR/BCI e RTRS.



Em 2023, a pedido da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), a RTRS elaborou um benchmarking comparativo entre os dois padrões de certificação (ABR e RTRS), com o objetivo de facilitar a auditoria conjunta desses dois selos. O estudo identificou que 72,2% dos indicadores do padrão RTRS já estão contemplados no padrão ABR, o que permitiu otimizar o processo para os produtores que já estavam certificados com ABR obter o selo RTRS.


Esta análise comparativo entre ambos padrões de certificação se integra perfeitamente ao contexto da recente certificação conjunta obtida pelos produtores que já possuíam o selo ABR, graças ao esforço conjunto da RTRS, Abrapa, Aprosoja/MS e Ampasul. Reflete, portanto, o sucesso da integração desses padrões e o compromisso com a sustentabilidade.


Esse é um passo significativo em direção à certificação em larga escala, que pode ser expandida para outros produtores de soja no Brasil. Dos 108 indicadores estabelecidos pelo Padrão RTRS de Produção de Soja Responsável, 78 (72,2%) já estão contemplados no padrão ABR do algodão e 10 (9,3%) são cumpridos parcialmente. Isso significa que, ao completar apenas os indicadores restantes (30), um produtor certificado ABR também obtém a certificação RTRS para soja.


No contexto, Luiza Bruscato, Diretora Executiva Global da RTRS, destaca: “O esforço conjunto entre RTRS, Abrapa, Aprosoja/MS e Ampasul prova que é possível integrar padrões, otimizar processos e gerar impactos significativos no setor agrícola. Esse trabalho colaborativo não só fortalece a relação entre instituições e produtores, como também valoriza as práticas sustentáveis já adotadas, permitindo ampliar e maximizar a oferta de produtos sustentáveis.”


Jorge Michelc, presidente da Aprosoja/MS, afirma que a associação quer que cada vez mais os produtores tenham acesso a novos mercados e também adotem modelos mais sustentáveis em suas propriedades rurais, por isso, incentiva que os associados da Aprosoja conheçam o processo de certificação RTRS e implementem as boas práticas no dia a dia no campo, não apenas para agregar valor ao seu produtor, mas para produzir de forma mais sustentável.


“Em 2024 já foram certificados produtores por meio desta parceria Aprosoja e Ampasul. Temos mais produtores para certificar e estamos divulgando entre nossos associados os benefícios do processo de certificação”, completa.



Em relação ao futuro, este projeto tem dois objetivos principais: consolidar e formalizar a parceria, fortalecendo assim a sinergia entre o ABR e a RTRS. Isso resultará na expansão da certificação RTRS para mais produtores de algodão sustentável que também cultivam soja. Com esse foco, busca-se consolidar a sustentabilidade como um diferencial competitivo essencial, posicionando melhor e criando oportunidades para os produtores locais frente a mercados internacionais com exigências nesse sentido.


Produtores certificados ABR-RTRS


O projeto piloto no Estado de Mato Grosso do Sul se iniciou em 2024, vindo a certificar 6 fazendas RTRS de 3 produtores neste primeiro ano. Os produtores certificados são: Grupo Schlatter, Darci Agostinho Boff e José Izidoro Corso. No total, eles produziram 78.137 toneladas de soja certificada RTRS e 90.630 toneladas de milho certificado RTRS.


“Nós já temos uma parte do algodão certificada pela ABR e BCI (Better Cotton Initiative) e, hoje, nos permite acessar mercados aos quais não poderíamos chegar sem a certificação. Acreditamos que o certificado RTRS para a soja poderia nos trazer um acréscimo de valor do produto da soja também ou tornar a venda mais fácil para as empresas no futuro”, diz Boff, presidente da Ampasul e agricultor.


Ele afirma que conquistou a certificação para duas fazendas onde planta soja, uma na cidade de Chapadão do Sul (Mato Grosso do Sul – MS) e outra localizada em Paraíso das Águas (MS).



Devido às práticas de sustentabilidade já adotadas nas propriedades rurais, Boff conta que não foram necessárias grandes adequações para conseguir o novo selo, o que indica que outros produtores de algodão sustentável que também cultivem soja podem contar com a mesma oportunidade.


Após a experiência positiva com as duas primeiras propriedades rurais, Boff já trabalha para conseguir o selo RTRS em uma terceira fazenda.


“Temos outra fazenda em que estamos tentando nos adequar, onde cultivo soja com integração junto à pecuária. Fica em Paraíso das Águas (MS) também, e planto de 1,7 mil a 2 mil hectares”, acrescenta.


O agricultor Walter Schlatter, vice-presidente da Ampasul, também faz parte do grupo de novos produtores com o selo RTRS. Ele conta que o processo de certificação da soja foi fluido, justamente por já possuir a certificação do algodão, que leva ao cumprimento de vários dos itens analisados.


“Embora o processo de cadeia de custódia exija um nível elevado de controles e relatórios, vejo isso como uma oportunidade para fortalecer a transparência e garantir a integridade dos produtos certificados ao longo de toda a cadeia de suprimento”, comentou. Para Schlatter, estar certificado é sinônimo de qualidade nos processos, compromisso com as pessoas e excelência em sustentabilidade, alinhando-se aos princípios de responsabilidade promovidos pela RTRS.


Todos os produtores de algodão no Brasil cultivam soja, seja na mesma área, em rotação de culturas, ou em outras áreas dentro da mesma fazenda. No entanto, nem todos os produtores de soja cultivam algodão. No Brasil, são 2 milhões de hectares de algodão e mais de 40 milhões de hectares de soja plantados.


Isso significa que existe um grande potencial para os produtores de algodão que já são certificados e podem conquistar o selo RTRS para a soja.



Kriss Corso, diretor do Grupo JCN (do qual José Izidoro Corso é dono), também considerou o processo de certificação fluido, porque o grupo já adota boas práticas de gestão no negócio.


“A certificação RTRS reafirmou o compromisso do Grupo JCN em cultivar produtos agrícolas com responsabilidade e sustentabilidade, usando as melhores tecnologias, respeitando o meio ambiente, gerando empregos com condições de trabalho seguras e socialmente adequadas, sempre em conformidade com a legislação vigente”, ressalta.


O executivo acredita que a certificação contribui para a abertura de novas fronteiras comerciais para a companhia, e reforça aos parceiros comerciais o compromisso de atuar com responsabilidade e sustentabilidade. Para ele, este diferencial auxilia o consumidor na decisão de compra, o que pode motivar novas certificações em outras propriedades do grupo.


“A possibilidade de certificar outras unidades, além das do MS, é grande. O assunto será analisado no próximo planejamento agrícola”, comenta.


Esta iniciativa representa um avanço significativo no contexto de um Brasil que produz de forma sustentável. A certificação conjunta obtida graças ao esforço coletivo da RTRS, Abrapa, Aprosoja/MS e Ampasul demonstra não apenas que é possível integrar padrões e otimizar processos, mas também que a colaboração entre instituições e agricultores gera um impacto relevante, beneficiando os produtores e fortalecendo o setor agrícola.


Acesso em: https://responsiblesoy.org/primeiro-grupo-produtores-certificados-abr-obtem-certificacao-rtrs-soja?lang=pt-br 

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Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro – safra 2023/24 (novembro)

10 de Dezembro de 2024

Os laboratórios do programa SBRHVI analisaram 15.066.153 fardos de algodão da safra 2023/24 até o dia 30 de novembro, e os resultados das características intrínsecas da pluma têm se mostrado satisfatórios. Comparada ao período anterior, houve melhorias em indicadores como resistência, comprimento UHML, uniformidade, índice de fibras curtas e grau de reflexão, enquanto o grau de amarelamento se manteve estável. Outro aspecto, segundo os pesquisadores João Paulo, da Embrapa e Jean Belot,do IMAmt, foi a condição climática do ciclo que favoreceu o aumento das populações de mosca-branca, tanto na soja quanto no algodão de segunda safra. Para o próximo ano, os produtores estão se preparando para combater essas pragas de forma mais eficaz, evitando possíveis problemas de pegajosidade da pluma. Confira mais detalhes no Relatório de Qualidade completo: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/12/Relatorio-de-Qualidade-do-Algodao-Brasileiro_-safra-2023.24-novembro.pdf

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ALGODÃO PELO MUNDO #46/2024 06/12/2024

06 de Dezembro de 2024

Destaque da Semana - Em semana de pouca oscilação nas cotações internacionais, a Abrapa realizou a posse de sua nova diretoria para o biênio 2025-2026. Gustavo Piccoli será o presidente a partir de 01/Jan.


Algodão em NY - O contrato Mar/25 fechou nesta quinta (05/12) cotado a 71,10 U$c/lp (-0,9% vs. 28/nov). O contrato Dez/25 fechou em 72,00 U$c/lp (-0,5% vs. 28/nov).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia é de 790 pts para embarque Jan-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 05/dez/24).


Altistas 1 - Com problemas na safra local, fiações do Paquistão seguem ativas nas compras internacionais.


Altistas 2 - Rumores no mercado dão conta que a Índia poderá remover as tarifas de importação de algodão em breve.


Baixistas 1 - Demanda por fios de algodão caiu na Turquia, resultando em um acúmulo de estoques nos armazéns das fiações.


Baixistas 2 - Essa situação, também relatada no Vietnã, levou as fiações a focarem na exportação dos produtos em estoque, muitas vezes a preço de custo ou até com prejuízo.


Agenda - O USDA divulga o relatório de Oferta e Demanda mundial ade algodão de dezembro na próxima terça (10). Com a colheita praticamente finalizada no hemisfério Norte, há expectativa que o órgão revise para baixo a produção global.


China - As entregas de algodão para beneficiamento na região de Xinjiang, na China, atingiram 4,6 milhões de tons (+20% em relação ao mesmo período do ano passado). Cerca de 3,9 milhões de tons já foram beneficiadas em Xinjiang, em 994 algodoeiras.


Paquistão - Houve queda na área colhida (-17%) e na produtividade (-15%) em relação à última safra. A área também foi menor este ano: os agricultores optaram por culturas com maior potencial de retorno, como arroz e milho.


EUA - Cerca de 70% da safra norte-americana (10 milhões de fardos) já passaram pela classificação do USDA. O percentual de algodão dentro dos padrões mínimos (41-4-35) foi 82%, maior das últimas duas décadas.


Coreia do Sul - O país vive séria crise política. Nesta semana, o presidente Yoon Suk-yeol declarou lei marcial, mas a medida foi votada como ilegal pela Assembleia Nacional do país. Em seguida, vários ministros demitiram-se.


Austrália - O Abares atualizou seus números para a safra australiana de 2024/25 mantendo a estimativa em 1 milhão tons (-7% em relação à safra anterior).


Turquia 1 - As importações de algodão bruto pela Turquia em outubro totalizaram 50.328 tons (+17% frente set/24 e +49% em relação a out/23). O Brasil forneceu 39,4% desse total (19.838 tons).


Turquia 2 - No acumulado de agosto a outubro de 2024, o volume importado foi de 151.035 tons, similar ao de 2023. O Brasil foi origem de 33% desse total, seguido pela Comunidade dos Estados Independentes (21%) e EUA (19%).


ABIT 1 - A produção brasileira de têxteis cresceu 3,6% e a de vestuário 1,7% em 2024. A exportação caiu 5,6% em relação a 2023 e a importação subiu quase 20%.


ABIT 2 - A geração de empregos pela indústria continuou em alta. Foram 14,2 mil novos postos no setor têxtil e 16,5 mil vagas em confecções. Os dados, da ABIT, foram apresentados na Câmara Setorial do Algodão na terça (3).


Safra 2024/25 - A Abrapa atualizou os números da safra 2024/25 prevendo uma área plantada de 2,12 milhões ha (+6,6% em relação ao ciclo anterior). A produção ficou em 3,69 milhões tons (+5,8%).


Exportações 1 - Durante a Câmara Setorial, a Anea manteve a previsão de que o Brasil exportará 2,8 milhões tons no ano comercial 2024/25. A análise é de que, com esse volume, o País se manterá na liderança das exportações mundiais de pluma.


Exportações 2 - As exportações brasileiras de algodão somaram 299,5 mil tons em nov/24 - volume 18,1% maior que o registrada em nov/23.


Exportações 3 - No acumulado de agosto a novembro de 2024, as exportações totalizaram 861,7 mil tons, alta de 11,9% com relação ao mesmo período em 2023.


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (05/12), foram beneficiados nos estados da BA (97%), GO (98%), MA (87%), MG (97%), MS (100%), MT (87%), PI (92,5%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 89,5%


Plantio 2024/25 - Até ontem (05/12), foram semeados nos estados da BA (21%), GO (3,2%), MG (40%), MS (0,3%), PI (2,85%), PR (60%) e SP (56%). Total Brasil: 5,12%


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 05_12


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Abrapa celebra posse da nova gestão e marcos históricos para a cotonicultura brasileira

Para Gustavo Piccoli, que assume em 1º de janeiro de 2025, ser o maior do mundo em exportação de algodão é um novo ponto de partida, e não uma meta final

05 de Dezembro de 2024

Em um ano de marcos históricos importantes para a cotonicultura do Brasil, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) celebrou a posse de sua nova diretoria para o biênio 2025-2026, em uma cerimônia que reuniu aproximadamente 500 pessoas, entre lideranças do setor, representantes de entidades parceiras e autoridades públicas, na noite da quarta-feira (04), em Brasília-DF. Gustavo Viganó Piccoli, produtor de algodão no estado de Mato Grosso e ex-presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), assumiu a presidência da entidade, e lembrou a importância do momento para o setor, quando a Abrapa completa 25 anos, e o país se torna o maior exportador mundial da commodity.


Dentre as autoridades políticas, estavam o assessor especial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Ernesto Augustin, conhecido como Teti, que representou o ministro Carlos Fávaro na ocasião, a senadora e ex-ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion, além de diversos parlamentares e políticos em geral.


Em seu discurso de posse, Piccoli lembrou que o Brasil se tornou um player fundamental no mercado mundial de algodão, e que hoje “senta à mesa das decisões”, numa guinada histórica da condição de importador da fibra para a de maior exportador. “Embora essa conquista seja notável, ela não é um ponto de chegada, e sim um novo ponto de partida. Ela traz desafios proporcionais às nossas realizações, e sabemos que, para enfrentá-los, será indispensável fortalecer o compromisso com os pilares que nos mantiveram firmes: sustentabilidade, rastreabilidade, qualidade e promoção da fibra”, declarou Piccoli, enfatizando a importância da Abrapa para tornar possível o reposicionamento da atividade ao longo dos últimos vinte e cinco anos.


Ainda em seu discurso, Piccoli reforçou a atenção para programas estratégicos da entidade, como o "Sou de Algodão", que promove a fibra no mercado interno, e o "Cotton Brazil", que trabalha para consolidar e abrir novos mercados no exterior. Ele reconheceu o apoio fundamental de parceiros como a ANEA e a ApexBrasil. “Em nome de todos os cotonicultores do Brasil, renovo o compromisso e enalteço o nosso apreço por estas entidades", acrescentou.


Energia renovadora


Alexandre Schenkel, presidente que encerra sua gestão em 31 de dezembro, também ressaltou os marcos alcançados pela entidade e a importância do trabalho coletivo que levou a Abrapa a um novo patamar, enfatizando a continuidade das gerações na produção de algodão como um indicador muito positivo.


“Temos aqui uma energia renovadora, composta por jovens produtores que chegam com novas ideias e um compromisso com a evolução do nosso setor. Essa força, somada à experiência daqueles que já estão na estrada há mais tempo, garante que os próximos 30 anos da cotonicultura brasileira estarão em boas mãos", destacou Schenkel. “Quero expressar minha gratidão aos ex-presidentes da Abrapa, que se doaram pela associação e ajudaram a construir o que somos hoje: uma referência global”, disse.


 “Junto com a ANEA e a ApexBrasil, percorremos o mundo levando a mensagem do 'Think Cotton, Think Brazil'. Essa frase representa o nosso esforço coletivo de posicionar nosso país como um líder global na produção de algodão. Que essa mensagem continue ecoando, seja em fábricas aqui no Brasil ou em mercados distantes na Ásia.”


Minibiografia - Gustavo Piccoli


Gustavo Viganó Piccoli, nascido em Anchieta, Santa Catarina, em 11 de abril de 1965, mudou-se ainda jovem para o Mato Grosso. Filho de agricultores, foi pioneiro no cultivo de algodão no município de Sorriso, onde vive há mais de 40 anos. Com uma trajetória de 25 anos dedicados ao plantio de algodão, soja e milho, Piccoli tem uma sólida experiência no agronegócio e na liderança de classe, tendo presidido a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), e participado das diretorias de cooperativas agrícolas, como a Cooperativa Agropecuária Mista de Sorriso (COOAMI) e a Cooperativa Agro industrial do Centro Oeste (Coabra). Após dois mandatos como vice-presidente, assume a presidência da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com o compromisso de manter os altos padrões de credibilidade e sustentabilidade que consolidaram a entidade como referência no agronegócio brasileiro.


Conselho de Administração Biênio 2025-2026

  • Gustavo Viganó Piccoli – Presidente

  • Celestino Zanella – 1º Vice-Presidente

  • Paulo Sérgio Aguiar – 2º Vice-Presidente

  • Alexandre De Marco – 3º Vice-Presidente

  • Carlos Alberto Moresco – 1º Secretário

  • Luiz Carlos Bergamaschi – 2º Secretário

  • Aurélio Pavinato – 1º Tesoureiro

  • André Guilherme Sucolotti – 2º Tesoureiro


Conselho Fiscal

Titulares

  • Walter Yukio Horita – 1º Conselheiro

  • Thomas Derks – 2º Conselheiro

  • Guilherme Scheffer – 3º Conselheiro


Suplentes

  • Darci Agostinho Boff – 1º Conselheiro

  • Amilton Bortolozzo – 2º Conselheiro

  • Patrícia Kyoko Portolose Morinaga – 3º Conselheira


Conselho Consultivo

  • João Carlos Jacobsen Rodrigues

  • Arlindo Moura

  • Milton Garbugio

  • Júlio Cézar Busato

  • Alexandre Pedro Schenkel


 

05.12.2024

Imprensa Abrapa

Catarina Guedes – Assessora de Imprensa

(71) 98881-8064

Monise Centurion – Jornalista Assistente

(17) 99611-8019

Simone Seara – Jornalista Assistente

(71) 99197-9756

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C&A vence prêmio de inovação sustentável com seu jeans rastreável que usa blockchain

O Prêmio ECO AMCHAM 2024 destaca práticas empresariais que impulsionam uma economia mais responsável e a marca de varejo foi reconhecida pela oitava vez

05 de Dezembro de 2024

A varejista C&A, criadora do Movimento ReCiclo e referência em sustentabilidade na indústria da moda, recebeu o Prêmio ECO AMCHAM 2024 de inovação sustentável pela oitava vez. Na terça-feira, 3, a empresa foi reconhecida pelo seu jeans rastreável com o uso de Blockchain, desenvolvido em parceria com o movimento Sou de Algodão por meio do Programa SouABR.


Há 40 anos, a premiação da Câmara Americana de Comércio reconhece práticas do setor privado que impulsionam uma economia mais responsável.


Com o uso de tecnologia de ponta, o jeans é rastreado em toda sua cadeia produtiva — do plantio do algodão nas fazendas até a chegada aos pontos de venda. A coleção foi lançada em 2023 e o cliente pode escanear o QR-Code para conferir todas as etapas da produção.


Segundo a C&A, o reconhecimento reflete o compromisso da marca com a transparência e responsabilidade ambiental, além de conectar os consumidores com a sustentabilidade.


Atualmente, 96% do algodão utilizado pela C&A é sustentável e 100% da energia consumida já é proveniente de fontes renováveis. Neste ano, Movimento ReCiclo bateu uma o marco 109 toneladas de roupas destinadas para reciclagem desde que foi criado em 2017 — incluindo 29 toneladas em 2024. Só o Jeans Circular se transformou em 2 toneladas de roupas reaproveitadas. 


Paulo Correa, CEO da C&A Brasil, agradeceu aos parceiros e celebrou a conquista: "O projeto representa um marco na nossa jornada, ao trazer inovação para o setor e reforçar nossa missão de oferecer uma moda mais sustentável e transparente", escreveu em nota. 


Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) à frente do programa SouABR, também reforçou o compromisso da cadeia têxtil com a inovação, transparência e sustentabilidade. 


"A conquista, graças à parceria com a C&A, demonstra o poder da colaboração entre diferentes elos do setor para entregar ao consumidor final não apenas um produto, mas uma história completa de responsabilidade e rastreabilidade”, disse. 


Entre os outros projetos premiados da marca pela AMCHAM, estão: o Jeans Reciclado (2021), fruto do reaproveitamento de peças doadas pelo consumidor, e o Programa de Monitoramento Participativo (2019) — iniciativa voltada para fortalecer a relação com fornecedores e boas práticas na cadeia produtiva.



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Brasil deve continuar na liderança das exportações de algodão e projeta novos avanços na cotonicultura para 2025

05 de Dezembro de 2024

Com a safra 2023/2024 praticamente finalizada – cerca de 90% da produção já está beneficiada – a 77ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, realizada em Brasília, nesta terça-feira (03), consolidou os números mais recentes do ciclo recém-colhido e antecipou as expectativas para 2024/2025. Este foi o quarto e último encontro da Câmara no ano de 2024, congregando produtores, indústria, exportadores e Governo, de forma presencial e online. A Câmara é presidida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e é uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Em 2025, as reuniões estão previstas para acontecer nos dias 19 de março, 30 de junho, 16 de setembro e 02 de dezembro.




O Brasil, que este ano alcançou o posto de maior exportador mundial de algodão, deve manter a liderança em 2024/2025. A Abrapa prevê um aumento de aproximadamente 5,8% no volume de algodão beneficiado, devendo saltar de 3,69 milhões de toneladas, no ciclo anterior, para 3,91 milhões de toneladas, no próximo. A área destinada ao cultivo também deverá crescer, alcançando 2,12 milhões de hectares, o que representa um incremento de 6,6%.Embora ainda seja cedo para determinar a produtividade exata, as projeções iniciais da Abrapa e suas associações estaduais indicam que esta será discretamente inferior (-0,7%) à registrada na safra 2023/2024, quando o país colheu aproximadamente 1.844 kg de algodão por hectare.

Entre os estados que mais expandirão suas áreas cultivadas com algodão estão Piauí, com crescimento de 47,1%, e Minas Gerais, com 33,1%. Mato Grosso e Bahia, nesta ordem, os dois maiores produtores de algodão no país, devem avançar 5% e 10%, respectivamente. Além disso, uma nova associação estadual está sendo solidificada para integrar a base da Abrapa, representando os cotonicultores do estado do Pará. Na região, as lavouras, que somavam 145 hectares em 2023/2024, crescerão para 500 hectares na próxima safra.

“As reuniões da Câmara Setorial do Algodão do MAPA nos permitem uma visão ampla de cada elo da cadeia produtiva e do setor como um todo. Nós, produtores, além dos dados de safra, mostramos nossas necessidades em questão fitossanitária, apresentando soluções para melhorar ainda mais a eficiência da nossa produção lá no campo”, diz o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, lembrando que, em 2024, ano em que a entidade completou 25 anos de fundação, o país se tornou o maior exportador de algodão do mundo.

“Essa conquista é a soma de todo o apoio entre a indústria, os exportadores, os produtores, e, especialmente, da parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), sem a qual não conseguiríamos alcançar este excelente resultado”, destaca Schenkel. Segundo o presidente, a perspectiva para o ano que vem é de “nos mantermos eficientes, cuidando dos detalhes, e, rigorosamente, do custo de produção, para que a gente ajude a garantir a remuneração do produtor”, afirma.

Exportações

De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), o Brasil exportou 945 mil toneladas de algodão até novembro de 2024. Para a safra 2024/2025, as projeções indicam exportações na faixa de 2,8 milhões de toneladas, consolidando o país como o maior exportador mundial de algodão. Os principais destinos das exportações brasileiras em 2024 foram China, Vietnã e Paquistão, seguidos por Bangladesh e Turquia.

No mercado internacional, os preços futuros para dezembro de 2025 estão em US$ 0,7104/lb, com a demanda global mostrando sinais de recuperação. Segundo o USDA, o Brasil será o terceiro maior produtor mundial em 2024/2025, atrás de China e Índia, enquanto a China permanece como principal consumidor e importador.

O presidente da Anea, Miguel Faus, destacou a recuperação da demanda e a importância de manter o foco na qualidade e logística: “Teremos uma safra grande, um mercado competitivo e muito trabalho pela frente, mas estamos confiantes de que alcançaremos nossos objetivos novamente”, enfatizou.

No mercado doméstico, o preço médio foi de R$ 4,0654/lb, com a safra 2023/2024 colhida e beneficiada até fevereiro de 2025 apresentando qualidade superior ao ciclo anterior e rendimentos semelhantes. Cerca de 80% da safra já foi comercializada, mas a demanda interna segue enfraquecida devido à taxa de câmbio e aos juros elevados.

Indústria têxtil: avanços e desafios


A indústria têxtil e de confecção encerra 2024 “no azul”. Conforme Fernando Pimentel, presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), “não foi um ano espetacular, mas foi positivo”. Representando a Abit na reunião da Câmara Setorial, Oliver Tan Oh apresentou um panorama da conjuntura do setor no Brasil. Os dados indicaram crescimento na produção de têxteis (+3,6%) e vestuário (+1,7%) em relação ao ano anterior, enquanto as exportações caíram 5,6% e as importações cresceram quase 20%.


O emprego no setor apresentou alta moderada, com 14,2 mil novas vagas no segmento têxtil e 16,5 mil na confecção. A confiança empresarial manteve-se com índices de 54,2% e 54,4%, respectivamente, em novembro de 2024.


Para 2025, as expectativas são mistas, segundo a Abit. Cerca de 45% dos empresários do setor se mostram otimistas, mas desafios como falta de mão de obra qualificada (61%), instabilidade econômica (51%) e alta carga tributária (49%) ainda preocupam. Em contrapartida, as oportunidades incluem maior adoção de tecnologias, demanda por produtos sustentáveis e expansão de mercados.


Os empresários planejam investimentos em maquinário e equipamentos (74%), tecnologia e automação (55%) e treinamento de pessoal (54%). Essas iniciativas buscam aumentar a competitividade frente aos desafios econômicos e às tendências globais de economia circular e personalização de produtos.


Pimentel alertou para o impacto do aumento nas importações de vestuário, que crescem mais rápido que o consumo nacional. Ele ressaltou que, apesar das dificuldades, os investimentos no setor seguem firmes, com a aquisição de máquinas crescendo mais de 20% e consultas ao BNDES avançando mais de 40%.


O presidente emérito da Abit não pôde participar da reunião da Câmara em função da agenda do lançamento da “Missão 1 Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais, para a segurança alimentar, nutricional e energética”, da qual participaram o presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente, Geraldo Alckimin. “Durante o evento, foi anunciado o nosso projeto e a meta de voltarmos a consumir 1 milhão de toneladas de algodão. Acredito que o Brasil tem – ou pode ter – uma vantagem competitiva internacional nessa cadeia de fibras naturais, onde o algodão se destaca pela sua sustentabilidade e qualidade”, enfatizou Pimentel.


Fitossanidade em debate


A ramulária e a mancha-alvo, duas das principais doenças que afetam o algodão no Brasil, foram tema de apresentação conduzida pelo pesquisador Fabiano Perina, da Embrapa, durante a reunião da Câmara Setorial. Ele destacou os resultados da Rede de Ensaios Cooperativos sobre Doenças do Algodoeiro. O trabalho foi realizado em parceria com instituições de pesquisa como Embrapa, Fundação Bahia e Fundação Chapadão, além de contar com o apoio de produtores locais, que disponibilizaram áreas para os experimentos.


Os ensaios testaram diferentes fungicidas em 14 localidades nos estados da Bahia, Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul. Perina enfatizou a importância da rotação de fungicidas com diferentes modos de ação e da adaptação dos programas de controle às condições regionais e épocas de semeadura.


“Essas ações são essenciais para evitar a resistência dos patógenos e garantir a sustentabilidade da produção. Os dados reforçam a necessidade de estratégias integradas entre pesquisa, setor público e produtores”, concluiu Perina. As soluções apresentadas prometem reduzir perdas econômicas e fortalecer a competitividade do algodão brasileiro no mercado global.


 

Fonte: Abrapa

Acesso em: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/algodao/389934-brasil-deve-continuar-na-lideranca-das-exportacoes-de-algodao-e-projeta-novos-avancos-na-cotonicultura-para-2025.html

https://revistacultivar.com.br/noticias/brasil-deve-seguir-na-lideranca-das-exportacoes-de-algodao

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Brasil deve continuar na liderança das exportações de algodão

05 de Dezembro de 2024

Com a safra 2023/2024 quase concluída, a 77ª reunião da Câmara Setorial do Algodão, realizada em Brasília, apresentou os dados recentes e expectativas para 2024/2025. O Brasil, que se tornou o maior exportador mundial de algodão, deve manter essa posição, com um aumento projetado de 5,8% no volume beneficiado, passando de 3,69 milhões de toneladas para 3,91 milhões. A área cultivada deve crescer 6,6%, alcançando 2,12 milhões de hectares.


Os estados com maior expansão são Piauí (47,1%) e Minas Gerais (33,1%). A nova associação no Pará aumentará a área cultivada de 145 para 500 hectares. O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, destacou a importância das reuniões para abordar as necessidades do setor e a parceria com a ApexBrasil.


As exportações alcançaram 945 mil toneladas até novembro de 2024, com projeções de 2,8 milhões de toneladas para 2024/2025. Os principais destinos são China, Vietnã e Paquistão. No mercado interno, o preço médio foi de R$ 4,0654/lb, mas a demanda está enfraquecida devido a fatores econômicos.


Na indústria têxtil, houve crescimento na produção de têxteis (3,6%) e vestuário (1,7%), mas as exportações caíram 5,6%. Para 2025, 45% dos empresários estão otimistas, apesar de desafios como falta de mão de obra e alta carga tributária. Estão previstos investimentos em tecnologia e treinamento.


A fitossanidade do algodão, incluindo doenças como ramulária e mancha-alvo, foi debatida na reunião. O pesquisador Fabiano Perina ressaltou a importância de estratégias integradas para garantir a sustentabilidade da produção e reduzir perdas econômicas.



Fonte: Abrapa

Acesso em: https://agromais.uol.com.br/2024/12/04/brasil-deve-continuar-na-lideranca-das-exportacoes-de-algodao/ 

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Programa SouABR, em parceria com a C&A, conquista o Prêmio ECO AMCHAM 2024 com coleção de jeans rastreável

Parceria entre Sou de Algodão e C&A Brasil garante reconhecimento ao algodão certificado ABR, destacando a rastreabilidade com tecnologia blockchain em toda a cadeia produtiva

04 de Dezembro de 2024

O SouABR, desenvolvido pelo movimento Sou de Algodão e pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), acaba de receber um reconhecimento inédito. Por meio da coleção de jeans lançada pela C&A em fevereiro, o programa ganhou, o Prêmio ECO AMCHAM 2024, na categoria produtos e serviços, um dos mais renomados reconhecimentos à inovação sustentável no Brasil. Promovida há mais de 40 anos pela AMCHAM – Câmara Americana de Comércio - a premiação destaca práticas empresariais que impulsionam uma economia mais responsável e inovadora.


O prêmio foi concedido ao projeto Jeans Rastreável com o uso de Blockchain, desenvolvido pela C&A Brasil em parceria com o movimento Sou de Algodão. A coleção garante a rastreabilidade de toda a cadeia produtiva do jeans adquirido pela cliente, do plantio do algodão certificado ABR ao ponto de venda, aliando tecnologia de ponta e práticas sustentáveis.
“É uma honra receber esse reconhecimento com o Programa SouABR, que reflete nosso compromisso com a inovação, transparência e sustentabilidade em toda a cadeia têxtil. Essa conquista, graças à parceria com a C&A, demonstra o poder da colaboração entre diferentes elos do setor para entregar ao consumidor final não apenas um produto, mas uma história completa de responsabilidade e rastreabilidade”, comemora Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.


A primeira coleção de jeans rastreável da C&A, lançada em 2023, contou com a confecção de 2.500 peças de dois modelos de calças: o Jeans Boot Cut Cintura Média (1.300 peças) e o modelo Jeans Wide Leg Relaxed Cintura Alta Gancho Deslocado (1.200 peças). Os dois foram produzidos pela Emphasis. A produção envolveu, ainda, cinco fazendas, 243 fardos de algodão, 2207,23 kg de fios da fiação Santana Textiles e 3.713,40 metros de tecidos da tecelagem Santana Textiles. Juntas, essas unidades produtivas de algodão e indústrias somam 1.757 empregados.
O segundo lançamento, premiado no Prêmio AMCHAM, contou com o blend de 53.460kg de algodão produzidos em cinco fazendas brasileiras, 2.207,23 kg de fio e 3.713,40 m de tecidos da Santana Textiles, que, após o trabalho da confecção Emphasis, resultaram em 2.500 calças jeans rastreadas.


Paulo Correa, CEO da C&A Brasil, confirma que essa conquista reafirma o compromisso da marca com a sustentabilidade. “O projeto representa um marco na nossa jornada, ao trazer inovação para o setor e reforçar nossa missão de oferecer uma moda mais sustentável e transparente. Agradecemos à AMCHAM Brasil, ao movimento Sou de Algodão e a todos os nossos fornecedores e parceiros por acreditarem nessa transformação", afirma.


Os números do Programa SouABR


Até outubro de 2024, destacam-se 32 produtores e 40 unidades produtivas em operação no SouABR. Na produção de fardos, os números cresceram significativamente: em 2022, foram produzidas 12.606 unidades; em 2023, 8.884 unidades; e, em 2024, 22.856 unidades, totalizando 44.346 unidades acumuladas.
Foram confeccionadas, em 2022, 107.217 peças; em 2023, foram 52.493 unidades e, em 2024 181.926 peças, totalizando 341.636 peças. Empresas como By Cotton, Villa Têxtil, Cataguases, Veste S.A., Döhler, Emphasis, Ease, Ufoway, Projeto 50 e Jace Confecções compõem o grupo de empresas que fazem parte do Programa SouABR.
Por fim, no varejo, foram registradas 59.114 peças vendidas em 2022, 68.311 peças em 2023 e 178.342 peças em 2024, com um acumulado de 305.767 peças. Entre as empresas que comercializam peças rastreadas, estão Reserva, Renner, Youcom, C&A, Döhler, Individual, Dudalina, Calvin Klein e Almagrino.
Para Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa e gestora do movimento Sou de Algodão, o programa SouABR está pavimentando o caminho para uma indústria têxtil mais ética, transparente e responsável no Brasil, demonstrando que a moda e o consumo conscientes podem andar de mãos dadas. “É preciso que toda a cadeia têxtil tenha comprometimento, e o desafio de SouABR não é só de números, de entregar peças rastreadas e de mostrar o certificado das fazendas. É mostrar o que fazemos de melhor, dentro do país, evidenciando a responsabilidade que temos com as pessoas e com os trabalhos que geramos”, finaliza.


Sobre Sou de Algodão


Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.


Sobre Programa SouABR


É o primeiro programa de rastreabilidade por blockchain da indústria têxtil brasileira, de ponta a ponta. Com o objetivo de oferecer total transparência ao público sobre a origem das roupas que consome, a leitura de um QR Code na peça de roupa permite verificar as informações de produção do algodão daquela peça. O SouABR está pavimentando o caminho para uma indústria têxtil mais ética, transparente e responsável no Brasil, demonstrando que a moda e o consumo conscientes podem andar de mãos dadas.


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