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Abrapa reforça parceria com ApexBrasil e MRE com eventos na Ásia

07 de Novembro de 2024

Os últimos dias foram de muita integração entre a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e o governo federal brasileiro. Representantes da associação participaram de duas reuniões de planejamento do Ministério das Relações Exteriores (MRE) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em Bangkok (Tailândia) e Tóquio (Japão).


As reuniões de planejamento fomentaram na integração do staff no Brasil e na Ásia tanto da ApexBrasil como do MRE, com embaixadores e diplomatas locais – além do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que tem servidores da Secretaria de Relações Internacionais e adidos agrícolas atuando nos países asiáticos.


Em Bangkok, capital da Tailândia, o encontro ocorreu no final de outubro. A equipe da Abrapa, coordenada pelo presidente, Alexandre Schenkel, apresentou o Cotton Brazil como uma experiência bem-sucedida de parceria com a ApexBrasil, com saldo positivo tanto para os cotonicultores como para a imagem internacional do País.


O Cotton Brazil é um programa de promoção do algodão brasileiro em escala global. Foi idealizado pela Abrapa e é realizado em parceria com a ApexBrasil, tendo apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).


"Ficamos muito felizes de ver o destaque recebido pelo Cotton Brazil. Os resultados obtidos, principalmente a conquista do posto de maior exportador mundial de pluma, têm credenciado toda a nossa cadeia produtiva como referência do que o Brasil pode conquistar em outros setores também, e isso nos deixa muito orgulhosos", analisou Schenkel.


O futuro do mercado do algodão no mundo e, em especial, no Sudeste Asiático, foi um dos temas mais discutidos. Schenkel explica que esse posicionamento passa por reforçar o compromisso cada vez mais crescente da cadeia produtiva do algodão com práticas responsáveis. "Nossa matéria-prima é a mais sustentável para termos um futuro de menos impacto ambiental. Para isso, precisamos garantir competitividade frente às opções sintéticas", pontuou.


JAPÃO . Embora atualmente o Japão não tenha uma alta demanda por algodão, e represente um pequeno volume nas exportações da fibra brasileira, as relações comerciais entre os dois países tendem a se intensificar daqui para frente. A segunda etapa das reuniões de planejamento do MRE ocorreu em Tóquio, e a Abrapa aproveitou para abrir novas frentes de relacionamento com a indústria japonesa.


O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, ressaltou o papel de vanguarda da indústria japonesa. "Embora muitas fiações japonesas tenham migrado para outros países, o Japão é muito relevante na cadeia produtiva, desde as fiações até a etapa varejista, sendo que o terceiro maior grupo varejista do globo é japonês", explicou Duarte.


A preocupação da indústria japonesa com certificação socioambiental também a aproxima do algodão brasileiro. "O programa Sou ABR, em fase piloto com varejistas no Brasil, é um bom exemplo para o Japão, porque realiza a rastreabilidade total do produto da fazenda até à gôndola, e é exatamente isso que as marcas japonesas procuram", observou o diretor.


ALGODÃO . O mercado asiático representa 98,24% das exportações brasileiras de algodão registradas no ano comercial 2023/24 – quando o País embarcou 2,68 milhões de toneladas de pluma. Atualmente, o Brasil é o maior exportador do produto no mundo.

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No Japão: Brasil busca agregar valor dos produtos para exportação

07 de Novembro de 2024

Em um encontro promovido pela ApexBrasil, no Japão, com a participação da Abrapa, a entidade explora estratégias para ampliar mercado e valor da exportação da pluma nacional. Entre as iniciativas estão a separação por lote e a análise de HVI. Confira mais detalhes na entrevista do presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, na reportagem do Canal Rural.


Confira aqui: https://www.youtube.com/watch?v=SCdu2-C-pFc

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1º Cotton Day Santos discute desafios e soluções logísticas para exportação de algodão no Porto de Santos

07 de Novembro de 2024

Com público superior a 150 pessoas, entre produtores, traders, operadores de terminais portuários e retroportuários, armadores, prestadores de serviços e autoridades, a cadeia logística do algodão lotou o Auditório da Associação Comercial de Santos (ACS), no 1º Cotton Day Santos. O evento, promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio do programa Cotton Brazil, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), foi realizado em 06 de novembro, com o objetivo de pensar alternativas para garantir que o maior porto do mundo no escoamento da fibra, hoje responsável por mais de 95% dos embarques, possa dar conta do crescimento contínuo da produção brasileira de algodão.


Atualmente saem de Santos, a cada ano, de 110 a 120 mil contêineres, cerca de 9 mil por mês, movimentando aproximadamente 2,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) para o mercado externo.


Na manhã do evento, foram discutidos temas como "Oportunidades e desafios logísticos para a exportação de algodão," com o presidente do Comitê de Logística da Anea, Brenno Queiroz; "O Brasil como o maior exportador mundial de algodão," com o gestor de Sustentabilidade da Abrapa, Fábio Carneiro; e "O papel dos terminais retroportuários na logística do algodão," com o diretor executivo da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC), Wagner Souza.


Já à tarde, os temas abordados incluíram "Atuação dos órgãos intervenientes – Certificado Fitossanitário," com o chefe de setor do Mapa no Porto de Santos, Roberto Lorena de Barros Santos; "REDEX," com o chefe do Serviço de Gestão e Infraestrutura Aduaneira (SEGIN) – Alfândega do Porto de Santos, Dimas Monteiro de Barros; "Cenário de transporte marítimo de contêineres," com o diretor de Logística da MSC, Elmer Alves Justo; e "O Porto de Santos a serviço da exportação de algodão no Brasil," com o diretor de Operações da Autoridade Portuária de Santos (APS), Beto Mendes. O 1º Cotton Day teve patrocínio da Hipercon Terminais de Carga.


“Precisamos garantir que as quase 3 milhões de toneladas que precisam deixar o país, uma vez que são o excedente da produção, depois que abastecemos a demanda de cerca de 750 mil toneladas da indústria nacional, cheguem ao consumidor, do outro lado do mundo, no tempo e nas condições corretas. Da mesma forma, sabemos que o cotonicultor tem o know-how para aumentar sua produção a cada safra, incrementando a produtividade, com sustentabilidade e qualidade. Seria um absurdo pedir a ele que não produza mais, que não evolua, por falta de estrutura de exportação,” disse o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero. “Mesmo com a entrada de portos alternativos, como o de Salvador e Paranaguá, Santos continuará protagonista e precisa ser olhado com atenção,” acrescentou.


Este é o terceiro evento sobre logística do algodão sediado pela Associação Comercial de Santos (ACS) desde agosto do ano passado, quando a Abrapa entregou os primeiros certificados do programa Algodão Brasileiro Responsável para Terminais Retroportuários de Algodão, ABR-LOG. A iniciativa da Abrapa, em parceria com a Anea, faz parte do programa Cotton Brazil, de promoção da fibra brasileira no mercado internacional, fruto da parceria entre Abrapa, Anea e ApexBrasil. A exemplo do ABR, voltado para a certificação das fazendas, e do ABR-UBA, para Unidades de Beneficiamento de Algodão, o ABR-LOG também é um programa de certificação socioambiental, com ênfase adicional na qualidade. Seu foco é o elo responsável pelo recebimento dos fardos, armazenagem, estufagem do contêiner e embarque, visando a melhoria do processo de exportação, com eficiência e preservação da integridade dos fardos até o destino.


“A Associação Comercial ficou muito feliz em organizar este evento, que nos ajuda a entender os desafios logísticos do setor de algodão, que são basicamente os mesmos para outras cargas em contêineres. Isso permite à ACS promover um diálogo rico com a autoridade portuária, com a alfândega e com a municipalidade. Queremos manter o protagonismo do Porto de Santos, lembrando que ele já representou 99% das exportações totais de algodão brasileiro, e hoje esse percentual é de 95%,” afirmou o vice-presidente da ACS, Carlos Alberto Santana Jr.


Melhor alternativa


Segundo estudos encomendados pela Abrapa e pela Associação Mato-grossense do Produtores de Algodão (Ampa) à consultoria Macroinfra, Santos ainda é a melhor alternativa para o algodão do Mato Grosso e do Matopiba. No entanto, os atuais problemas enfrentados pelos exportadores em Santos prejudicam a logística e aumentam o custo do transporte.


Entre as dificuldades, estão a redução da janela de embarque dos terminais, o atraso frequente dos navios, o conflito sobre o local de armazenagem dos contêineres, a diminuição do número de “REDEX”. O Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (REDEX) é uma área alfandegada localizada fora dos portos e aeroportos, criada para facilitar os procedimentos de exportação de mercadorias. Recentemente, alguns terminais perderam este reconhecimento, por não atenderem às especificações exigidas.


Os desafios também englobam, segundo os estudos, a insuficiência de fiscais do Mapa e problemas na recepção dos fardos e contêineres. A situação é agravada pelo fato de o algodão ser apenas uma das mercadorias exportadas pelo porto, que também escoa soja, açúcar, milho, fertilizantes e celulose e por onde entram produtos importados pelo Brasil.


Esforços


De acordo com o diretor de Operações da APS, Beto Mendes, em 2023, o Porto de Santos cresceu em torno de 7% e movimentou 173 milhões de toneladas. “Se dividirmos esse total pelos 365 dias do ano, considerando que cada carreta transporta, em média, 30 toneladas, Santos movimentou, por dia, 15.827 caminhões. Como um terço disso vem de trem, passaram pelo Porto de Santos, diariamente, 10 mil caminhões no ano passado. Anualmente, aproximadamente 5.500 navios atracam aqui,” detalhou.


“Eventos como este são de grande relevância para o Porto de Santos, para os produtores, exportadores e, em especial, para o Brasil. Nós não mediremos esforços para dar suporte ao setor produtivo para que ele possa continuar sendo atendido por Santos,” afirmou.


Esforços extras e rearranjos estratégicos são medidas que o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) vem adotando durante a safra de algodão, para garantir que as cargas exportadas sejam comprovadamente livres de pragas e doenças. De acordo com o chefe de setor do Mapa, Roberto Lorena de Barros Santos, o Ministério se adapta à realidade brasileira. “Não podemos dizer ao exportador que ele precisa embarcar menos num determinado ano porque o governo não consegue acompanhá-lo. É nosso papel nos adaptarmos à demanda. Realizamos forças-tarefas na safra, quando a demanda é maior que a nossa capacidade,” afirmou.


Na área fitossanitária, o certificado brasileiro tem reconhecimento e respeito no mercado internacional, sendo até mesmo usado como garantia em operações financeiras, segundo representantes do Mapa.


Como resultado do evento, será formado um grupo de trabalho em colaboração com a autoridade portuária para buscar soluções conjuntas para a questão dos contêineres no Porto de Santos. A primeira reunião está prevista para o dia 27/11 e reunirá representantes de todos os setores agrícolas que utilizam contêineres para exportação.


Toda a programação foi transmitida ao vivo e está disponível no canal da Associação Comercial de Santos no YouTube, no link:


https://youtube.com/live/BKarp3mOO28?feature=share.


07.11.2024
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
(71) 98881-8064
Monise Centurion – Jornalista Assistente
(17) 99611-8019
Simone Seara – Jornalista Assistente
(71) 99197-9756

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Associação inspeciona 12 laboratórios de análise de algodão

Visitas técnicas fizeram parte do terceiro pilar do programa Standard Brasil HVI

04 de Novembro de 2024

A equipe do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), concluiu, nesta semana, as visitas técnicas a 12 laboratórios de análise de algodão, previstas na programação do terceiro pilar do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), para aplicação do protocolo de Verificação e Diagnóstico de Conformidade do Laboratório (VDCL).


O último laboratório visitado foi o da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), que fica em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. Segundo o gestor do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) da Abrapa, Edson Mizoguchi, a unidade tecnicamente está preparada para a acreditação pela NBR ISO IEC17025, e só não o fez porque deverá inaugurar sua nova sede em breve. “A Abapa adquiriu dois novos instrumentos Classing Q Pro, que estão rodando nessa safra, aumentando, com isso, sua capacidade de análise. A meu ver, toda equipe está de parabéns, atendendo aos requisitos do programa SBRHVI”, afirmou.


Para o gerente do laboratório da Abapa, Sergio Brentano, a inspeção era muito aguardada. “Pudemos apresentar o avanço dos processos do laboratório em relação à operação, bem como, a qualificação da equipe técnica em atender os requisitos obrigatórios para a correta execução da atividade. A cada safra, estamos avançando em nossos processos, o que reflete na garantia da qualidade e credibilidade do trabalho desenvolvido”, pontua Brentano.


Os 12 laboratórios inspecionados, responsáveis pela análise de 100% da produção brasileira, estão situados nos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A visita técnica, que acontece a cada safra, tem por objetivo garantir que todos os processos estejam padronizados, bem como, os dados aferidos nos ensaios com o algodão beneficiado, feitos por aparelhos HVI (Instrumento de Alto Volume), são confiáveis. Para tanto, durante a vistoria são feitas recomendações dos ajustes necessários.


Segundo Mizoguchi, o balanço geral das visitas técnicas foi muito positivo. “Percebemos um incremento no nível de implementação do Sistema de Gestão de Qualidade, o que garante uma maior padronização dos laboratórios participantes”, diz, acrescentando que o SGQ prepara, também, as unidades para atender à fiscalização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB).


Em comparação à safra anterior, também houve um aumento considerável no número de equipamentos HVI nas unidades, que saltou de 73 para 83 instrumentos. Em Mato Grosso, está concentrada a maior parte deles, com 58 unidades, seguido pela Bahia, com 14.


Foram visitados os laboratórios Unicotton (Primavera do Leste), Cooperfibra (Campo Verde), Petrovina (Pedra Preta) e Kuhlmann- Bureau Veritas, nas unidades de Rondonópolis, Sapezal, Campo Novo do Parecis, Lucas do Rio Verde e Sorriso, além dos laboratórios da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), da Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul) e da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).

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Abrapa participa do Congresso Internacional da Abit em Salvador

Especialistas e empresários do mercado têxtil e de confecção discutem os desafios e as estratégias na busca pela representatividade e competitividade do setor, no mercado internacional.

01 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), representada pela diretora de Relações Institucionais, Silmara Ferraresi, participou do 9º Congresso Internacional da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), realizado em Salvador, nos dias 30 e 31 de outubro. Com o tema “Conexões Brasil – Mundo: Caminhos Estratégicos para Competitividade”, esta edição do evento abordou o posicionamento estratégico da indústria têxtil e de confecção brasileira no mercado global.


Os sete painéis e as duas palestras da programação, mediadas pelo presidente emérito da Abit, Fernando Pimentel, tiveram como foco discutir estratégias e oportunidades para aumentar a participação do setor no mercado internacional.  “O setor têxtil é um dos mais importantes na economia nacional. Responde por 2% do PIB e gera mais de dois milhões de empregos, mas o nosso market share no exterior é de apenas 1,5%”, argumenta Fernando Pimentel.


Ainda segundo Pimentel, para que o Brasil aumente sua participação no mercado externo, é fundamental tratar da redução do custo brasil, fazer acordos internacionais com o Mercosul e a União Europeia, e investir nas indústrias, assim como na inovação, na modernização de maquinário e em processos. “Precisamos ter uma visão cooperada, da matéria-prima até o produto final, para que a agenda da sustentabilidade, que já praticamos, tenha uma comunicação homogênea nas feiras internacionais e nas missões, para que atraiamos investidores internacionais para aumentar a transformação da fibra dentro do país”, aponta.


Consumo interno


No âmbito do mercado interno, a prioridade é aumentar o consumo da fibra. Para tanto, a Abit e a Abrapa firmaram um compromisso, em setembro passado, durante o 14° Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), promovido pela Abrapa, que tem por objetivo alavancar o consumo das atuais 700 mil toneladas para um milhão de toneladas anuais. Para o presidente emérito da Abit, a parceria entre as entidades só reforça os esforços para atingir esta meta.


“O Brasil tem uma cadeia produtiva integrada e isso faz toda diferença. A Abit, juntamente com a Abrapa, busca ampliar a presença dos produtos brasileiros no atendimento à demanda internacional e local, o que é visto na agenda de sustentabilidade, governança, tecnologia, inovação, criatividade, presente em todas as nossas ações; trabalhamos na competitividade sistêmica de toda a cadeia e no combate às importações desleais. Se quisermos que a indústria brasileira cresça, ela precisa do suporte desse suprimento local, com um algodão certificado, de qualidade, e que atenda às exigências nacionais e internacionais”, afirmou.


Para a diretora de relações institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, o compromisso conjunto de elevar a meta de consumo para um milhão de toneladas é considerada um marco histórico na cadeia produtiva do algodão brasileiro. “É um avanço significativo, que demonstra a confiança das duas entidades no potencial de crescimento e desenvolvimento do setor no Brasil”, avalia Silmara.


Segunda ela, o evento foi uma oportunidade única de encontrar muitos parceiros do movimento Sou de Algodão, do qual é gestora, além de ver nas palestras o reconhecimento aos programas desenvolvidos pela Abrapa, como o SOUABR. “No painel sobre desenvolvimento sustentável foi gratificante ver a menção que o gerente divisional de Sustainable Supply Chain (SSC) da C&A Brasil, Leandro Ito, fez ao programa SOUABR, como uma referência em ESG. Isso nos motiva a fazer mais e melhor”, finaliza.


O congresso


Na abertura do evento, o embaixador Roberto Azevêdo falou sobre a nova realidade mundial, com foco nas mudanças que estão ocorrendo no contexto geopolítico, e seus desdobramentos para o comércio internacional, para a cadeia de suprimentos, e como isso impacta a indústria brasileira. As políticas regulatórias globais e seus impactos no comércio também estiveram na pauta de discussões.


O desenvolvimento sustentável como estratégia para a competitividade foi o tema de um dos encontros. Na pauta, o que as empresas brasileiras estão fazendo em termos de boas práticas de gestão ambiental, social e de governança, como estratégia para o desenvolvimento sustentável. Um dos painéis mais concorridos foi “O Novo Consumidor: Oportunidades e Desafios”. Representantes da consultoria empresarial americana, McKinsey, Martha Torres e Pedro Fernandes; da Lupo Sport, Rogério Guimarães; e da Informa Markets Fashion, Edwina Kulego; abordaram o perfil do novo consumidor e os desafios que as empresas encontram na atualidade, para antecipar e atender as necessidades e desejos de clientes através de novas conexões e, ao mesmo tempo, construir relações profundas com seu público-alvo.


Encerrou o congresso, a consultora de inovação, Daniela Klaiman, da Future, que falou sobre como a proliferação de tecnologias e as inúmeras crises que o mundo está vivendo têm gerado ansiedade e incertezas sobre o futuro. Daniela ressaltou o lado positivo dessas transformações para o mundo corporativo, tendo o futuro como uma janela de oportunidades para o surgimento de um novo olhar, apoiado em conceitos, como a bioeconomia e cuidados com a saúde mental.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #41/2024 01/11/2024

01 de Novembro de 2024

Destaque da Semana - Na próxima terça-feira, os mercados irão reagir aos resultados das eleições presidenciais nos EUA, bem como ao relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado na sexta-feira.


Algodão em NY - O contrato Dez/24 fechou nesta quinta 31/out cotado a 69,57 U$c/lp (-5,4% vs. 24/out). O contrato Dez/25 fechou em 72,45 U$c/lp (-0,9% vs. 24/out).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro no posto Leste da Ásia é 833 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 31/out/24


Altistas 1 - A economia dos EUA continua mostrando força. O PIB do país cresceu 2,8% (taxa anualizada) até o 3° trimestre, com destaque para as despesas de consumo pessoal (+3,7%).


Altistas 2 - O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da China de outubro (50,1) mostrou expansão. Desde abril de 2024, o índice indicava contração.


Altistas 3 - Este é o primeiro indicador econômico oficial aferido depois do anúncio das medidas do presidente Xi Jinping para aquecer a economia.


Baixistas 1 - Embora países como Vietnã e Paquistão continuem a importar algodão, a demanda geral permanece fraca.


Baixistas 2 - Às vésperas das eleições, as bolsas americanas fecharam o mês em baixa pela primeira vez em 6 meses.


Baixistas 3 - A economia continua fraca na Europa, com consumo estagnado e e recessão no setor industrial.


China 1 - Colheita de algodão na região de Xinjiang já ultrapassou 80%, com a parte norte praticamente concluída e a parte sul em cerca de 75%.


China 2 - O total de algodão beneficiado em Xinjiang até 31 de outubro foi de 1.878.400 tons, 39% a mais que no ano passado.


EUA - A colheita atingiu 52% da área nos Estados Unidos no domingo (27) – 6 pontos percentuais à frente dos 46% da média de cinco anos.


Índia 1 - Esta semana, a Índia celebra o Diwali, o famoso Festival das Luzes, uma das festividades mais importantes e vibrantes do país.


Índia 2 - A associação manteve a previsão de consumo de cerca de 5,32 milhões tons de algodão, com importação projetada em 425 mil tons (+127,5 mil tons que em 2023/24).


Austrália - A China foi destino de 30% da safra 2023/24 de algodão da Austrália. Vietnã importou 26%, seguido por Índia e Indonésia (ambas com 10%).


Benin - Benin tem ambições de se tornar um novo polo têxtil com a construção de um centro têxtil ao sul de Cotonou, que usará 100% de algodão certificado pela Cotton Made in Africa.


ApexBrasil 1 - A Abrapa participa de 31/Out a 1 em Bangkok de novembro de reunião de planejamento e coordenação da ApexBrasil, Ministério de Relações Exteriores e Ministério da Agricultura no Sudeste Asiático.


ApexBrasil 2 - O encontro reúne embaixadores, diplomatas e adidos agrícolas dos países do Sudeste Asiático. Também participam empresários, investidores e entidades setoriais do agro.


Cotton Day Santos 1 - Será nesta quarta (6) a primeira edição do Cotton Day Santos na Associação Comercial de Santos (ACS). O evento terá palestras de especialistas e representantes de órgãos envolvidos com a exportação de algodão.


Cotton Day Santos 2 - A iniciativa é da Abrapa, por meio do Cotton Brazil, programa de promoção do algodão brasileiro realizado em parceria com a ApexBrasil. A Anea é parceira no evento. Saiba mais: https://bit.ly/40t5b1w


Textile Exchange Conference 1 - O fomento ao uso de fibras preferenciais pela indústria têxtil mundial centralizou a conferência anual da Textile Exchange (TE), que ocorreu nesta semana em Pasadena (EUA).


Textile Exchange Conference 2 - O Brasil foi representado pela Abrapa e participou de mesas redondas com representantes mundiais do setor.


Textile Exchange Conference 3 - Entre os temas de maior destaque, o financiamento de marcas à promoção de boas práticas, a preocupação com o grande uso de fibras sintéticas e a agricultura regenerativa.


Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 257,2 mil tons até a 4a semana de outubro. A média diária de embarque é 26% maior que a registrada no mesmo mês de 2023.


Beneficiamento 2023/24 - Até o ontem (31/10), foram beneficiados no estado da BA (89%), GO (90,2%), MA (57%), MG (89%), MS (94%), MT (69%), PI (75,9%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 73,74%


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 31_10


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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