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Laboratórios de análise de algodão da Ampasul e Agopa são aprovados em visita técnica do CBRA, em julho

31 de Julho de 2024

 Em julho, o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), deu início às visitas deste ano para aplicação do protocolo de Verificação e Diagnóstico de Conformidade do Laboratório (VDCL), como parte do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI). A maratona começou pelo laboratório da Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), no dia 23, e, posteriormente, foi realizada no Laboratório de Classificação Visual e Tecnológica da Fibra de Algodão da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), no dia 30.


“Até outubro, os 12 laboratórios participantes do SBRHVI serão visitados para avaliação do cumprimento dos 42 itens da lista VDCL. Após as verificações, serão feitas recomendações para eventuais melhorias, visando assegurar que todos estejam plenamente em conformidade com o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB)”, afirma o gestor dos programas de qualidade da Abrapa, Edson Mizoguchi.


Os requisitos para o laboratório participar do programa SBHVI englobam a parte estrutural, como, a climatização, os instrumentos de ensaio do HVI, a documentação e os registros de manutenção. O resultado confirma se o laboratório está operando com processos padronizados e se os dados obtidos nos ensaios com a pluma são precisos e transparentes. O trabalho do CBRA é orientar as unidades que serão, em outro momento, auditadas pelos fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).


 “Nosso laboratório apresentou um Sistema de Gestão de Qualidade e se prepara para a acreditação junto ao CGCRE do Inmetro pela NBR ISO IEC 17025 no escopo de análise de HVI para as características micronaire, comprimento UHML, resistência em gramas por tex, índice de uniformidade, grau de brilho e de amarelamento”, afirma Renato Marinho de Souza, gerente do laboratório da Ampasul, que fica na cidade de Chapadão do Sul (MS). Nesta safra, a previsão do gestor é realizar 650 mil análises, um aumento de 57% em relação à safra 2022/23. Segundo ele, o estado sul-mato-grossense tem apresentado uma qualidade excelente nas principais características do algodão.


Para Rhudson Assolari, gerente do Laboratório de Classificação Visual e Tecnologia da Fibra de Algodão da Agopa, localizado no município de Goiânia (GO), a visita do CBRA é importante para avaliar toda operação, do início da chegada das amostras até as análises efetivadas. “Além disso, colocamos em operação uma nova máquina HVI-Classing Q Pro, considerada a modernização em termos de análise de algodão no Brasil. Ela é mais rápida do que a HVI-1000, o que aumenta a estabilidade das medições e reduz a influência do operador ao longo do tempo”, diz.


O laboratório da Agopa já possui um Sistema de Gestão da Qualidade implementado, além da acreditação na NBR ISO IEC 17025 pela CGCRE do Inmetro. “A nova máquina adquirida tem como objetivo aumentar a produtividade e reduzir a influência operacional nos ensaios”, explica o especialista em qualidade do algodão, Deninson Lima, do CBRA, que realizou a conferência no local.


A verificação é uma parte fundamental do programa do SBRHVI, que visa orientar os laboratórios nacionais. Outros dois pilares são: o CBRA e o Banco da Qualidade do Algodão Brasileiro. Os próximos encontros serão no mês de agosto, na Central de Classificação de Fibra de Algodão - Minas Cotton, em Uberlândia; no Laboratório de Classificação de Algodão BV Kuhlmann, em Rondonópolis e no Laboratório Petrovina, em Pedra Preta ; no Laboratório de Classificação Instrumental da Unicotton, em Primavera do Leste  e no da Cooperfibra, ambos em Campo Verde.

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Profissionalismo e sustentabilidade do algodão em MT chamam atenção na Missão Compradores

31 de Julho de 2024

A cada edição da “Missão Compradores”, intercâmbio comercial em que a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) recebe importadores de algodão no Brasil, o generalismo a respeito da cotonicultura brasileira é substituído por uma visão mais realista do cotidiano no campo. Em sua oitava edição, a iniciativa reúne 21 representantes da indústria têxtil mundial e, na primeira etapa, o destaque foi o profissionalismo na gestão das fazendas e as boas práticas ambientais.


Neste ano, a comitiva recepcionada pela Abrapa traz executivos de oito países: Bangladesh, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Honduras, Índia, Paquistão e Turquia. Culturas, idiomas e realidades bem diferentes dos brasileiros – o que torna ainda mais útil “abrir a porteira” das fazendas aos importadores.


“Dos 21 representantes das indústrias têxteis mundiais que estão conosco, 19 visitam pela primeira vez nosso País. É uma bela oportunidade de mostrar na prática nosso compromisso com as pessoas, o ambiente e a qualidade”, ponderou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.


Para Faizah Mahmoot, de Bangladesh, a oportunidade teve efeito duplo. A visita à fazenda Bom Futuro, em Campo Verde (MT), na terça (30) foi a primeira vez em uma lavoura de algodão. “Conhecemos desde a colheita até o beneficiamento. Vimos como classificam o algodão e os programas sociais e ambientais que o grupo tem. Foi uma experiência ótima”, comentou.


Na Bom Futuro, destaque para a verticalização da produção. Além da algodoeira, a propriedade tem uma biofábrica de defensivos biológicos e uma indústria esmagadora – que produz óleo de algodão. Ainda em Campo Verde, a comitiva conheceu a Cooperfibra, cooperativa que é fiação e tem também um laboratório de classificação de algodão. Lá, um dos atrativos foi ver os diferentes tipos de fios que podem ser confeccionados a partir do algodão brasileiro.


Boas práticas


Na segunda (29), a comitiva visitou a fazenda Boa Esperança, em Lucas do Rio Verde (MT). “É uma propriedade com uma preocupação muito forte com o bem-estar dos colaboradores, além de ter boas práticas ambientais. Aqui, foram reflorestadas muitas áreas com árvores frutíferas, palmeiras e outras espécies para ampliar a área preservada para além do que exige a legislação”, explicou Schenkel.


Com 33 mil hectares destinados ao plantio de algodão na safra 2023/24, a Boa Esperança produz em área de sequeiro, sem irrigação – assim como 92% da produção nacional. Outro diferencial é o grande uso de compostagem (resíduos orgânicos que contribuem para a nutrição do solo), reduzindo a necessidade de fertilizantes minerais. Além disso, 100% do manejo é feito com controle biológico associado ao químico.


Durante a visita, era dia de colheita, atividade que Raza Ellahi, da Turquia, acompanhou de perto. “O que mais chamou a atenção foi a eficiência na colheita, com máquinas de última geração e pessoas capacitadas. Conversei com os gestores da fazenda para entender como eles dividem os talhões, escolhem as variedades e organizam as máquinas para colher”, disse ela.


Já a chinesa Sarah Hong destacou o grau de profissionalismo encontrado. “Fiquei impressionada com o quanto a operação de colheita é bem estruturada. A separação dos lotes de algodão é feita desde o início das atividades. Isso é muito importante porque nós, compradores, precisamos de lotes uniformes para extrairmos o máximo da capacidade produtiva da fiação”, explicou Hong.


Toda a pluma produzida na fazenda Boa Esperança é destinada à exportação e a rastreabilidade da produção abrange todas as etapas produtivas – do plantio da semente até a chegada dos fardos ao contêiner que seguirá aos portos.


Workshop


No domingo (28), foi realizado um workshop sobre a cotonicultura brasileira. O evento foi aberto pelo presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, e contou com a presença do produtor e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “Aqui, em Mato Grosso, cultivamos com responsabilidade e eficiência. E temos potencial para expandir a produção: basta haver demanda”, afirmou o presidente da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa), Eraí Maggi.


O diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, apresentou uma visão geral sobre os principais ativos do algodão brasileiro (qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade). Fernando Rati, gestor do Cotton Brazil, mostrou dados atualizados sobre a produção de algodão em Mato Grosso e o diretor da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Ariel Coelho, traçou um diagnóstico do mercado nacional e internacional da fibra.


Na safra 2023/24, a previsão é de que o Brasil produza cerca de 3,7 milhões de toneladas de pluma, com exportações estimadas em cerca de 2,6 milhões de toneladas.


Agenda


Nos próximos dias, a “Missão Compradores” passará pelos municípios baianos de São Desidério e Luiz Eduardo Magalhães, por Cristalina, em Goiás, até a sede da Abrapa, em Brasília (DF). Estão programadas visitas técnicas ao Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e ao Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), estrutura coordenada pela Abrapa.


Saiba mais


A “Missão Compradores” está em sua oitava edição em 2024 e integra o escopo de ações do Cotton Brazil, iniciativa que representa internacionalmente o setor produtivo do algodão brasileiro. Coordenado pela Abrapa, o programa é realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e tem apoio da Anea. A missão é realizada em conjunto com as associações estaduais de produtores de algodão de Mato Grosso (Ampa), Bahia (Abapa) e Goiás (Agopa).

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Nutrição do algodoeiro é tema de workshop no 14° CBA

30 de Julho de 2024

A nutrição do algodoeiro será o tema central do workshop 4, que acontecerá no último dia do 14° Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). No encontro, especialistas evidenciarão que a adubação e nutrição do algodoeiro estão diretamente relacionadas ao permitir que os materiais genéticos da cultura tenham condições de expressar seus potenciais produtivos conforme os ambientes de produção.


 “Para cada condição de solo e ambiente há a necessidade de fazer diagnósticos específicos, existindo estratégias diferentes. As respostas não são lineares porque há questões econômicas envolvidas. Por isso, o workshop 4 irá abordar, também, as eficiências técnicas e econômicas”, explica o coordenador do encontro, Leandro Zancanaro, sócio proprietário da Origens Parcerias Agrícolas.


 Zancanaro tem a expectativa de fazer com que as pessoas reflitam que, neste tema, há conceitos fundamentais que sempre foram atuais e que fornecem as diretrizes para o diagnóstico e elaboração das estratégias futuras. “Espero que o público tenha condições de interagir em relação ao que o conhecimento sobre a fisiologia associado à nutrição tem de novo, com comprovação científica”, afirma.


 

Palestras


 Quem abrirá o debate será o palestrante Álvaro Vilela Resende, da Embrapa Milho e Sorgo. Ele falará sobre conceitos de fertilidade no perfil do solo. Doutor em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), ele é pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, na cidade de Sete Lagoas (MG), onde desenvolve pesquisas em manejo da fertilidade do solo e adubação, visando o uso eficiente de nutrientes em solos de fertilidade construída.


 A palestra seguinte será proferida pelo professor do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), Evandro Fagan, que abordará os aspectos fisiológicos que interferem na eficiência nutricional do algodoeiro. Fagan é graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, tem mestrado em Agronomia pela mesma universidade, e doutorado em Produção Vegetal pela Escola superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Atualmente é professor da UNIPAM, além de ministrar aulas de Fisiologia, Nutrição e Desenvolvimento de Plantas em cursos de especialização da ESALQ/USP.


 Na sequência, o coordenador de Solos e Pesquisa do Setor de Planejamento Agrícola, da SLC Agrícola, Marquel Jonas Holzschuh, falará sobre solos, ambientes de produção e fertilização do algodoeiro. Graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ele tem mestrado em Ciência do Solo pela UFSM e Doutorado em Ciência do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Possui experiência em agronomia e pesquisa agrícola, com ênfase em correção, fertilidade e manejo do solo; adubação e nutrição de plantas.


 Leandro Zancanaro encerra o encontro com a palestra “Uso racional de fertilizantes: se adaptar a diversidade de situações”. Ele explica que essa adaptação depende do diagnóstico correto e conhecimento com base científica aplicado a uma atividade com o uso da tecnologia. "Tecnologia não tem a ver com o que é usado de insumos ou ferramentas, por mais sofisticadas que sejam, e sim, com o conhecimento”, acredita.


 Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ele tem mestrado em Ciência do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Atualmente é sócio proprietário da Origens Parcerias Agrícolas, que trabalha com pesquisa nas áreas de solos, sistemas de produção, e consultoria nos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

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Brasil recebe representantes da indústria têxtil de nove países

29 de Julho de 2024

Uma delegação formada por 23 representantes da indústria têxtil de nove países desembarcou nesta semana no Brasil para a 8ª edição da Missão Compradores. As visitas começam por Mato Grosso e seguem para outros três estados. O intuito é a promoção do algodão brasileira no mercado externo.


A comitiva é formada por representantes de Bangladesh, China, Coreia do Sul, EUA, Honduras, Índia, Paquistão, Ilhas Mauricio e Turquia.


A Missão Compradores é promovida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio do Cotton Brazil, com apoio da Anea, da Apex-Brasil e das associações estaduais de algodão.


As informações são do Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa, divulgado nesta sexta-feira (26).

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Tudo sobre o algodão tem encontro nacional

29 de Julho de 2024

O Brasil ocupa a quinta colocação entre os maiores produtores de algodão do mundo. Mato Grosso, que produz mais de dois terços do algodão brasileiro, é fundamental nesse cenário. A área plantada no estado atingiu a marca estimada de 1,441 milhão de hectares para a safra 2023/24, representando um aumento de 2,51% em relação à última estimativa.


Considerando esse aumento, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) prevê uma produção de algodão em caroço de aproximadamente 6,3 milhões de toneladas, um volume 12,08% superior ao registrado na safra anterior.


No entanto, apesar dos números positivos é fundamental que os produtores estejam atentos aos riscos climáticos e realizem um planejamento estratégico adequado para garantir o sucesso das próximas safras.


Para discutir os avanços e apresentar as melhores tomadas das decisões nas propriedades, Cuiabá-MT receberá o XVI Encontro Técnico do Algodão, entre os dias 31 de julho a 2 de agosto, no Hotel Gran Odara.


Promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), o encontro será em formato híbrido (presencial e online), conduzido por especialistas convidados e pesquisadores da Fundação.


“Cultivando o futuro” é o tema que norteará a programação dos três dias do encontro. O objetivo é disseminar dados de pesquisa, apresentar o posicionamento da Fundação MT, promover diálogos sobre os gargalos da cotonicultura, debater aspectos da última safra e planejar a próxima temporada em campo.


Luís Carlos Oliveira, gestor comercial e de marketing da Fundação MT, destaca que é uma grande oportunidade para cotonicultores, técnicos e profissionais ligados à cadeia produtiva do algodão se reunirem e participarem de painéis importantes que prometem ser um marco na troca de conhecimentos e experiência sobre a produção e algodão.


“Como em todos os Encontros Técnicos da Fundação Mato Grosso teremos relatos de produtores sobre a safra 23/24 e já pensando também no planejamento da próxima. Os painéis contemplam as principais temáticas e desafios da cultura do algodão como pragas, nematóides, doenças, plantas daninhas, sistema de produção e também um painel sobre clima e fisiologia das plantas. É um momento único para troca de informações, interações e relacionamento”, afirmou.


A programação contará com oito painéis com muito conhecimento técnico sobre a cultura do algodão com palestras de profissionais que são referências na cotonicultura brasileira.


No primeiro dia (31.07), o painel de abertura será dedicado aos desafios, oportunidades e futuro da cotonicultura. Entre os palestrantes convidados estão o diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Márcio Portocarrero, o economista e sociólogo Marcos Troyjo e o CEO do Grupo Locks, Samuel Locks. Em seguida, terá um painel com foco em Sistemas de Produção.


O segundo dia (01.08), será marcado pela retrospectiva da safra 23/24. O coordenador de projetos e difusão de tecnologia do Instituto mato-grossense do algodão (IMA-MT) Marcio Souza mediará o relato de produtores das regiões Norte e Médio Norte, Sul e Oeste de Mato Grosso e do estado da Bahia. Também serão debatidos o clima, a fisiologia das plantas, pragas, bicudo do algodoeiro e o controle de fitonematoides.


No último dia (02.08), terá um painel sobre o Cenário de Doenças na Cultura do Algodoeiro com foco em manchas foliares em seguida, encerrando o encontro, um painel sobre as melhores práticas e novas propostas para o manejo das plantas daninhas no algodoeiro.


As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site da Fundação MT: https://www.fundacaomt.com.br/.

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Sou de Algodão marca presença na edição 54 da Casa de Criadores

Por meio da criação de estilistas parceiros e apoiados, o algodão se vê no centro de mais uma semana de moda brasileira 

26 de Julho de 2024

O Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), retorna para a edição 54 da Casa de Criadores, um dos eventos mais influentes e inovadores do calendário da moda no Brasil. A partir do dia 26 de julho, o público vai poder conferir desfiles de marcas do line-up que receberam apoio de marcas empresas parceiras do movimento, como Canatiba, AN Têxtil, Santista Jeanswear, Têxtil Piratininga e Textilfio, que doaram materiais para a elaboração dos looks que serão apresentados.


A presença do Sou de Algodão na semana de moda acontece há, pelo menos, 10 edições. “Unimos forças para promover um movimento que vai além das passarelas: valorizar o algodão brasileiro em toda sua diversidade e responsabilidade. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial dessa fibra natural, e mais de 80% do nosso algodão tem certificação socioambiental, pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), alinhado com os padrões globais de melhores práticas da Better Cotton”, explica Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.


André Hidalgo, diretor artístico  da Casa de Criadores, concorda com Schenkel, dizendo que essa parceria se traduz em moda autêntica e inclusiva, onde produtores, estilistas independentes, influencers e consumidores se encontram para celebrar a originalidade e a qualidade dessa matéria prima. “É uma troca que beneficia todos os elos da cadeia têxtil, elevando o valor do nosso produto nacional e fortalecendo o mercado fashion brasileiro. Juntos, continuamos transformando o algodão em produto de alto valor agregado, reafirmando nosso compromisso com a moda responsável e consciente”, completa.


Estabelecendo-se como uma plataforma essencial para a promoção de novos talentos, o tema deste ano é “Catarse”, fomentando um debate sobre o sentido da moda como sistema em um contexto de questionamento. As apresentações serão realizadas em locais históricos do centro da cidade de São Paulo, como o Viaduto do Chá, a Praça Ramos de Azevedo, a Biblioteca Mário de Andrade, a Galeria Prestes Maia e o Vale do Anhangabaú.


Estreia no line-up da Casa de Criadores 


Entre os parceiros Sou de Algodão que fazem parte do line-up da semana de moda, Lourrani Baas é uma delas. Founder e CEO da Liga Transforma e Diretora Criativa da Baas Couture, a estilista faz sua estreia na passarela. Suas coleções são marcadas pela atuação destacada na promoção do design circular e sustentável na moda, além da promoção da inclusão e a regeneração do setor.


“Participar do line-up da Casa de Criadores é sem dúvida uma experiência enriquecedora. É fruto de uma jornada extensa e vitoriosa. Fazer moda no Brasil não é algo fácil. E se a proposta nasce no nordeste pelas mãos de uma mulher negra e gorda, as chances de sucesso são menores ainda. E já que curto muito frustrar padrões, essa estreia significa transcender e firmar a minha marca no círculo da moda autoral. Eu acredito no poder da conexão e do fortalecimento do movimento Sou de Algodão, porque ser parceira é contribuir para a construção de um cenário fashion mais sólido e diverso no Brasil”, finaliza Lourrani.


Histórico da parceria entre Sou de Algodão e Casa de Criadores


A história entre o movimento e a maior semana de moda autoral do Brasil começou a ser escrita em 2018, por meio de um desfile com estilistas do line up e marcas parceiras, e uma ativação no lounge da edição com um espaço para os convidados conhecerem a trajetória do algodão, da semente ao guarda-roupa - com pés de algodão, subprodutos, fios, tecidos e peças das marcas parceiras.


Depois, nomes do line-up da época também conheceram uma fazenda de algodão certificado. A partir disso, o movimento já marcou presença em oito edições da Casa de Criadores. Foram mais de três desfiles próprios com peças feitas por estilistas do line-up, além da noite do algodão, com Igor Dadona, Isa Isaac Silva, Renata Buzzo e Rober Dognani apresentando coleções produzidas 100% com algodão.


Além disso, já são três edições do Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, maior concurso brasileiro para estudantes da área e que tem como objetivo valorizar a moda autoral nacional. Nas duas primeiras edições, foram mais de 800 inscritos, mais de 300 instituições de ensino participantes, 75 semifinalistas e 14 desfiles finalistas. Nomes como Mateus Cardoso, Dario Mittmann, Rodrigo Evangelista e Guilherme Dutra foram os talentos revelados.


Em 2024, com a terceira edição acontecendo, a grande final será com dois representantes de cada região do Brasil, pela primeira vez. Além disso, o 3º Desafio bateu recorde de inscrições, com mais de 950, superando as duas primeiras edições juntas.

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StoneX: Exportações de algodão ganham força, com expectativa de atingir 2,9 mi ton

Com a colheita em curso, e a entrada da pluma no mercado, embarques podem seguir ritmo avançado

26 de Julho de 2024

Em sua revisão de julho, a StoneX manteve sua expectativa de produção brasileira para a safra 2023/24 de algodão em 3,53 milhões de toneladas.


O Mato Grosso, que concentra a maior parcela da produção nacional, apresenta números otimistas para a produtividade, apesar de eventuais adversidades que possam ter sido experienciadas em alguns estágios de desenvolvimento das plantas no estado, afetando principalmente estruturas do baixeiro.


“O fato que deve ser observado com o avanço da colheita – que ainda está muito incipiente no estado – é a qualidade do algodão que está sendo colhido, uma vez que a pluma do ponteiro pode ter uma qualidade inferior pelo seu período de maturação mais encurtado”, explica a StoneX, em relatório divulgado nesta quinta-feira.


Ainda assim, isso não é um imperativo e deverá seguir sendo monitorado ao longo das próximas semanas, conforme a colheita avança. Quanto ao estado da Bahia, segundo maior produtor, a colheita está ligeiramente mais avançada.


Apesar da manutenção para os números de oferta, a StoneX estima que o Brasil deva exportar 2,9 milhões de toneladas neste ano safra, 100 mil toneladas a mais do que era esperado nas estimativas do mês de junho.


“Por mais que os carregamentos não se mantenham nos patamares surpreendentes observados nos primeiros meses do ano, eles ainda estão relativamente aquecidos. Além disso, com a colheita em curso e com uma entrada desse algodão no mercado ao longo dos próximos meses, a exportação pode continuar forte”, afirma a consultoria.


Ainda assim, é preponderante que se observe o contexto internacional ao longo dos próximos meses. O cenário de demanda lenta, expectativa de safra forte nos EUA e preços baixos pode trazer efeitos para o ritmo brasileiro de embarques. Esse contexto também pode impactar a área plantada da próxima safra, o que seguirá sendo monitorado pela StoneX nos próximos meses de 2024.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #27/2024 26/07/2024

26 de Julho de 2024

Destaque da Semana - Com o bom progresso das lavouras nos EUA e boas colheitas no hemisfério sul, as cotações de algodão seguem em queda.


 Fique atualizado sobre o mercado mundial do algodão. Participe do canal do Cotton Brazil no WhatsApp*: 🖱️ https://bit.ly/CanalCottonBrazil.


Algodão em NY - O contrato Dez/24 fechou 68,90 U$c/lp (-4,2% vs. 18/jul) e o Dez/25 a 72,08 U$c/lp (-2,1% vs. 18/jul).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro no posto Leste da Ásia é de 800 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 25/jul/24).


Baixistas 1 - O USDA informou esta semana que 53% das lavouras de algodão dos EUA estão em condição boa a excelente, em comparação com 45% na semana anterior.


Baixistas 2 - O índice A, que reflete os preços de algodão na Ásia, atingiu seu menor valor desde dezembro de 2020.


Baixistas 3 - Na Bolsa de Zhengzhou (China), os preços também caíram, com a expectativa de boa oferta interna no país.


Altistas 1 - Com os preços internacionais mais atrativos, a expectativa é que a demanda melhore.


Altistas 2 - PIB dos Estados Unidos cresce 2,8% e supera expectativas do mercado.

EUA - A importação de têxteis e roupas de algodão pelos EUA em maio chegou ao maior valor desde set/23: US$ 3,5 bilhões (+7,6% que em abr/24 e +4,4% que em mai/23). No acumulado do ano, a alta é de 6,5%.


China 1 - Em junho, a China importou 155.293 tons de algodão – quase o dobro das 83 mil tons de jun/23. Os EUA forneceram 55% do total, e o Brasil, 29%.


China 2 - No acumulado, o total é 3,1 milhões tons contra 1,2 milhão tons do mesmo período em 2022/23. Desse montante, o Brasil forneceu cerca de 41% e os EUA, 35%.


China 3 - Ainda não houve anúncio de novas cotas de importação, apesar dos rumores.


Índia 1 - Até 18/jul, a área plantada com algodão na Índia atingiu 10,2 milhões ha - 3% abaixo dos 10,5 milhões ha que no mesmo período de 2023.


Índia 2 - Em razão do baixo uso de tecnologia no país, a produtividade média na Índia (446 kg/ha de fibra) é significativamente menor que a média mundial (785 kg/ha).


Paquistão - Devido à chuva, algumas regiões produtoras no Paquistão pararam a colheita. Predomina o clima quente e há previsão de mais chuvas. As lavouras são relatadas em condições satisfatórias.


Bangladesh 1 - Manifestantes bengaleses, a maioria jovens, continuam reivindicando mudanças políticas e econômicas. Confrontos levaram pelo menos 200 pessoas à morte. Muitas áreas seguem sem internet, cortada pelo governo.


Bangladesh 2 - Nas últimas 24h, a capital bengalesa, Dhaka, começou a recuperar a normalidade. O toque de recolher foi reduzido, o horário de expediente retomado e carros voltaram a circular.


Bangladesh 3 - A visita da Primeira Ministra de Bangladesh ao Brasil esta semana foi cancelada devido ao caos instalado no país.


Coreia do Sul - De ago/23 a jun/24, a importação de algodão do país somou 55,8 mil tons, 37% a menos que no mesmo período de 2022/23.


Dia do Algodão - Na semana passada, o Cotton Brazil realizou palestra sobre mercado internacional de algodão durante Dia de Campo em Barreiras (BA). O evento foi promovido pela Abapa.


Missão Compradores 1 - A delegação com 23 representantes da indústria têxtil de Bangladesh, China, Coreia do Sul, EUA, Honduras, Índia, Paquistão, Ilhas Mauricio e Turquia já está no Brasil para a edição deste ano da Missão Compradores.


Missão Compradores 2 - As visitas começam por MT e seguem para BA, GO e DF, incluindo fazendas, algodoeiras, cooperativa, laboratórios e centro de pesquisa.


Missão Compradores 3 - O intercâmbio está em sua 8ª edição e é uma iniciativa da Abrapa, por meio do Cotton Brazil, com apoio da Anea, da Apex-Brasil e das associações estaduais de algodão. Mais: https://bit.ly/abrapa240726


Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 128,2 mil tons até a 3ª semana de julho. A média diária de embarque é 2,47 vezes maior que a média registrada no mesmo mês de 2023.


Colheita 2023/24 - Até ontem (26/07), foram colhidos no estado da BA (34,69%), GO, (52%), MA (36%), MG (42%), MS (70%), MT (24%), PI (48%), PR (100%) e SP (87%). Total Brasil: 28,39%


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (26/07), foram beneficiados no estado da BA (25%), GO (15,2%), MA (10%), MG (15%), MS (28%), MT (5%), PI (15,51%), PR (100%) e SP (76,5%). Total Brasil: 9,96%


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 25_07

Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Workshop traz tecnologia no campo com uso de drones, robôs, IA e sensores

26 de Julho de 2024

Drones, robôs, Inteligência Artificial e sensores nos campos de cultivo do algodão fazem parte de um cenário que, há algumas décadas, poderia parecer cena de filme futurista. Mas, que agora virou realidade graças à tecnologia desenvolvida para aprimorar o manejo do algodoeiro. Essas novidades serão tema do Workshop 3, que integra a programação do 14° Congresso Brasileiro do Algodão (CBA). O evento, realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), ocorrerá em Fortaleza, de 03 a 05 de setembro, e reunirá produtores e especialistas do setor.


O workshop está dividido em três partes distintas sob a coordenação de Lucio André de Castro Jorge, pesquisador na Embrapa Instrumentação desde 1991, e especialista em machine learning, inteligência artificial e processamento de imagens e drones. É ele quem abre a primeira parte do encontro para falar sobre “drones e sensores para agricultura de precisão”.


“O workshop vem trazer temas muito demandados pelos produtores de algodão que tem se deparado, dia a dia, com a oferta de drones, robôs, soluções de IA e novos sensores prometendo ajudar no manejo da lavoura de algodão, principalmente, no controle de pragas. Algumas destas tecnologias já são realidades no campo, mas será que estão entregando o que anunciam? Esperamos que nesse encontro possamos passar uma visão abrangente sobre os desafios e oportunidades trazidos pelas novas tecnologias na cultura do algodão, tentando responder todas as dúvidas dos produtores”, afirma Lúcio Jorge.


Formado em Engenharia Elétrica pela Faculdade de Engenharia de Barretos; Lúcio Jorge acumula mestrado em Matemática Computacional e Ciência da Computação pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC/USP); e doutorado em Processamento de Sinais e Instrumentação pela Escola de Engenharia da Universidade de São Paulo (SEL-EESC/USP).


Na sequência, será a vez do professor e diretor do Centro Weslaco & Corpus Christi, do Texas A&M AgriLife Research and Extension Center, Juan Landivar, falar sobre drones, sensores, Inteligência Artificial, agricultura de precisão e o que pode se esperar para o manejo da cultura. Com Ph.D. em Fisiologia de Culturas pela Universidade Estadual de Mississippi, Landivar é graduado em Agronomia pela Universidade Estadual de Nova York. Atualmente, dirige o segmento de serviços técnicos para a América do Sul, do Centro Weslaco & Corpus Christi.


A segunda parte do encontro traz o tema “Drones para pulverização”. O engenheiro agrônomo Eugênio Schroder, da Schroder Consultoria Agro, abrirá o debate com foco nas pulverizações agrícolas por drones, suas vantagens e dificuldades. Doutor em fitossanidade, fundador e sócio-diretor da Schroder Consultoria Agro, ele traz experiência de três décadas na área de tecnologia de aplicação aérea e validação agronômica de drones multirrotores.


A terceira e última parte do encontro tratará da robótica para o campo, com palestra de Cem Albukrek, da Agrobotz Tecnologia e Serviços, que explicará como funciona o uso de robôs nas fazendas de cultivo do algodão. Com 20 anos de experiência nesse segmento, Cem é sócio administrador da Agrobotz, que presta serviços de engenharia, robótica, software, produtos químicos e biotecnologia na América Latina e nos EUA.

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Sou de Algodão participa da Mostra Moda Campinas

Com palestra sobre sustentabilidade e mercado da moda, o movimento conversou com varejistas, atacadistas e empreendedores no maior evento de moda do interior paulista 

25 de Julho de 2024

No último dia 24 de julho, quarta-feira, Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), marcou presença na 4ª edição da Mostra Moda Campinas, maior evento do interior paulista do segmento dedicado à conexão entre o varejo e o atacado. O tema desta edição foi “Encantamento da Natureza no Jardim da Moda”, a fim de explorar as tendências do Verão 2025. O objetivo também foi de aproximar a indústria e o varejo da moda, por meio de palestras e talks sobre tendências, montagem de coleção, novo varejo, experiência do cliente e sustentabilidade. Para esse último tópico, Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do movimento,  realizou uma das palestras.


O tema da conversa foi “Sustentabilidade: uma realidade de mercado”. Para isso, Manami começou apresentando os dados sobre o atual cenário da indústria têxtil. Segundo a Textile Exchange e a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção): o algodão representa 22% do mercado têxtil mundial e 79% das fibras naturais; já o Brasil - a maior cadeia têxtil completa do Ocidente (contemplando etapas desde o cultivo da fibra até o varejo) -, é um dos cinco maiores produtores e consumidores de denim do mundo, e está entre os quatro maiores produtores globais de malha.


A gestora pontuou, ainda, que os consumidores vêm se tornando cada vez mais rigorosos em suas escolhas. “Segundo dados do Instituto Locomotiva, de um estudo feito em 2021, cerca de 86% da população brasileira se interessa por sustentabilidade e 75% consideram que as empresas de vestuário deveriam se preocupar com esse tema e tê-lo como pauta permanente. Por isso, 15% das pessoas estão dispostas a pagar a mais por produtos de marca com posicionamento sustentável e 60% deixariam de consumir de empresas que apresentam problemas éticos”, explica.


Como o algodão é uma das fibras mais importantes para o mercado da moda nacional, a Abrapa vem desenvolvendo um trabalho pensando na qualidade, sustentabilidade, rastreabilidade e promoção da matéria-prima. Para isso, um dos pilares é o ABR (sigla para Algodão Brasileira Responsável), programa criado em 2012, que certifica as unidades produtivas que seguem rigorosos critérios sociais, ambientais e econômicos.


“Esse trabalho nos levou a um novo cenário, depois de mais de 20 anos de existência da Abrapa. Hoje, o Brasil produz mais de 3,11 milhões de toneladas de pluma, sendo que 720 mil toneladas são consumidas pela indústria nacional. Cerca de 82% de toda essa produção tem certificação ABR, 92% é em regime de sequeiro (o algodão brasileiro cresce apenas com água da chuva). Somos o maior fornecedor de algodão responsável, maior exportador e terceiro maior produtor”, diz Manami.


Na parte final da palestra, o movimento Sou de Algodão foi apresentado ao público e a gestora explicou que ele foi criado para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva do algodão e da indústria têxtil, dialogando com o consumidor final por meio de ações, conteúdos e parcerias com marcas e empresas.


O SouABR também foi um destaque no fim da conversa. Manami contou que o programa de rastreabilidade nasceu devido ao desejo dos consumidores em ter acesso a uma maior transparência no processo de venda, compra e consumo. “A proposta é oferecer ao público uma espécie de ‘raio-X’ da peça que ele está adquirindo, comunicando os passos que ela percorreu até chegar às suas mãos”, finaliza. Os convidados puderam fazer a leitura do QR-code de produtos, apresentados no telão, para passar pela experiência de conhecer a cadeia envolvida na fabricação de peças das varejistas participantes, e entender o que o consumidor pode ver ao adquirir uma peça rastreável pelo programa SouABR.

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