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Rastreabilidade agrega valor ao algodão brasileiro

Movimento 'Sou de Algodão' projeta confiabilidade e transparência em cadeia produtiva para mercado nacional e internacional e aproxima consumidor de peças sustentáveis

29 de Agosto de 2023


No ano em que a baiana Ana Paula Franciosi nasceu, a cotonicultura engatinhava na Bahia. Filha de gaúchos, foi no final dos anos 90 que a empresa da família começou o cultivo do algodão em Luís Eduardo Magalhães (LEM), no oeste do estado. Atualmente são cinco fazendas da família, quatro delas ao norte de LEM, a quinta está no estado do Piauí, onde a produção do algodão irrigado começa como mais um polo produtivo da empresa. No começo do trabalho no campo, ela não imaginava em um futuro não tão distante, o que a profissionalização e os investimentos em tecnologia na administração e na agricultura fossem proporcionar. Na safra de 2021/22, foram 112 mil toneladas de algodão nas propriedades do grupo, número que deve ser superado na safra 2022/23, na qual a colheita ultrapassa os 50%. Quem compra uma peça de roupa em uma loja varejista de uma grande rede espalhada pelo país, com o selo SouABR, consegue ter acesso a toda origem do produto e conhecer também um pouco da história das famílias produtoras da matéria prima do oeste da Bahia e do país. Franciosi conta que para fazer parte do programa, foi preciso investir e mudar a visão da empresa. “Com o selo nós conseguimos melhorar as condições de infraestrutura, equipamentos e pessoal de todas as fazendas. A profissionalização refletiu positivamente também na nossa produção”, conta Ana Paula Franciosi. Formada em administração, a jovem de 24 anos que já passou por muitos setores na empresa -agora responsável pelos investimentos- conta que considera a rastreabilidade do produto extremamente benéfica e que vai de encontro com a proposta de ser uma empresa transparente, que se preocupa com todo o processo produtivo e com o meio ambiente para reafirmar a qualidade para o mercado internacional. Um detalhe que também virou exemplo de motivação aos colaboradores. “Depois de todo um trabalho árduo, de todo o esforço, a gente conseguir encontrar uma calça que foi produzida por um algodão que veio da nossa fazenda, é muito gratificante. A gente fez questão de comprar essa calça. Colocamos em um quadro e apresentamos aos nossos colaboradores para mostrar para eles, o fim da cadeia que eles começaram. Acho que isso que dá o brilho nos olhos, né? E eles se sentem valorizados por entender a importância do trabalho deles”, relata.


Rastreável da semente ao guarda-roupa


Criado em 2016, o Sou ABR é uma iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e do Instituto Brasileiro do Algodão (Iba). Além de agregar valor, tem como objetivo, estimular, fomentar e valorizar o mercado do algodão responsável no Brasil. Os produtos devem ter no mínimo 70% algodão na composição, só é permitida 30% de outras fibras no produto. No entanto, é proibido a mistura de outros tipos de algodão como orgânico, pima, não certificado, reciclado, entre outros. Para Silmara Ferraresi, gestora do Sou de Algodão o resultado nos últimos sete anos está ligado a uma percepção e comportamento do consumidor: “O nosso objetivo sempre foi que as pessoas tivessem noção e a informação de que algodão é produzido com rastreabilidade e com sustentabilidade dentro das fazendas brasileiras. Tanto que 82% da nossa produção tem certificação socioambiental e já em 2021 a gente lançou o programa Sou ABR, em parceria com a Renner e com a Reserva”.
Ferraresi explica que com a facilidade da tecnologia, por meio de um QR Code na etiqueta, o consumidor consegue verificar quais são as fazendas de onde o algodão que está na peça veio, qual foi a fiação, a tecelagem e a malharia, por exemplo. “Hoje já são mais de 120.000 peças rastreadas e o nosso objetivo é que a gente possa expandir, levar isso a novas marcas e ter um número muito maior de peças produzidas com algodão brasileiro, com rastreabilidade e com essa marca da certificação socioambiental”, explica.


Influência sustentável


Jornalista, influenciadora e também consumidora, Maíra Brito acredita que ter um consumo mais sustentável é uma iniciativa que deve partir também das pessoas e não apenas da indústria e ou governo: “Quando eu escolho uma peça dessa por exemplo para poder usar e ter no meu guarda-roupa, e sei de que forma ela foi produzida, de onde essa matéria-prima veio, de que forma foi desenvolvida, isso também é pensar e apoiar a sustentabilidade”, conta. No entanto, mesmo com qualidade e valor agregados, para os mais de 13.500 seguidores (3.000 diários) que assistem ao conteúdo da influenciadora, a maioria de Barreiras (BA) e região, o preço de uma peça com o selo “Sou ABR”, talvez ainda seja um obstáculo para que o movimento alcance mais pessoas: “Acredito que o preço que são cobrados nas peças são de fato muito alto para o grande público, mas você consegue entender um pouco do processo. Na etiqueta tem QR Code, a gente consegue ir lá e acompanhar e ver de como aquela peça foi pensada desde o início; o quanto que ela agrega valor para famílias e meio ambiente”, afirma.


Rastreabilidade de longa data


Diferente do que o público tem acesso, o Sistema Abrapa de Identificação (SAI) funciona como um CPF da pluma e foi instalado em 2004 pela Abrapa. Através dele, pode-se rastrear o local e uma série de informações como quantidade, qualidade, certificações e práticas sustentáveis adotadas. Implementado há 19 anos, o SAI ganhou mais um capítulo no reconhecimento em qualidade no dia 22 de agosto, em Brasília. O certificado do primeiro lote de algodão chancelado pelo Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa, desenvolvido pela Abrapa, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), pelo ministro Carlos Fávaro, à indústria têxtil internacional China Corporation Limited, a Chinatex. A entrega finalizou uma semana de visitas da cúpula da estatal chinesa aos maiores produtores da fibra no Brasil, Mato Grosso e Bahia, respectivamente, bem como à sede da Abrapa, no Distrito Federal, onde conheceram o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA). Ainda de acordo com a Abrapa, a certificação oficial atesta a veracidade dos laudos de High Volume Instrument (HVI), emitidos pelos laboratórios brasileiros. Segundo a associação, isso dá ao comprador a segurança de que as amostras analisadas – e que serviram de referência para a comercialização do produto – correspondem e representam os fardos adquiridos e que a análise à qual foram submetidas respeitou os padrões internacionais. O Brasil possui 12 laboratórios que somam 74 máquinas HVI, integrantes do programa de qualidade Standard Brasil HVI (SBRHVI), da Abrapa. Para Jorge Viana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), o movimento no mercado para práticas mais sustentáveis também tem influência de consumidores cada vez mais informados, que cobram as empresas para que se preocupem com o meio ambiente. “O consumidor está mais exigente e isso é bom. O mundo está vivendo a crise climática, e para isso ser enfrentado, nós temos que ter sustentabilidade em tudo que se faz, especialmente o agronegócio. Não tem como plantar, como criar se a gente não tiver o meio ambiente como aliado”, disse Jorge Viana. Ele ainda destaca que a iniciativa serve como exemplo para outras culturas: “É boa para o algodão ganhar o mundo, mas ela é fundamental para que o pessoal do milho, o pessoal da soja, do sorgo, do arroz, aprenderem com o pessoal do algodão, eu acho que isso vai fazer o Brasil ficar mais forte ainda no mercado internacional”, afirma.


PUBLICADO EM 28/08/2023 ÀS 16H03 POR VINICIUS RAMOS, DE BARREIRAS (BA) - ATUALIZADO EM 28/08/2023 ÀS 18H20

Acesso em: https://www.canalrural.com.br/bahia/rastreabilidade-agrega-valor-ao-algodao-brasileiro/

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Abrapa apresenta rastreabilidade do algodão em evento para professores, em Sapezal

29 de Agosto de 2023

A rastreabilidade da cadeia do algodão de ponta a ponta foi tratada durante a III Feira de Tecnologia do Agro - Algodão Sustentável, nos dias 24 e 25 de agosto, realizada no auditório da Prefeitura de Sapezal (MT), para 230 professores das escolas das redes pública e privada do município, conhecido como grande produtor de algodão na região. Palestras temáticas e visitas de campo, em algodoeiras, foram organizadas para que o público pudesse conhecer, in loco, parte da cadeia da fibra natural.
O diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Márcio Portocarrero, participou remotamente do evento, para explicar sobre a evolução da cotonicultura brasileira, o processo de industrialização da fibra natural, desde seu transporte da lavoura para a unidade de beneficiamento (UBA), controle de qualidade, rastreabilidade até os diversos destinos, de forma a ampliar o conhecimento dos professores sobre esses temas.
“Foram dois dias de participação, com grupos diferentes de professores. Abordamos como é extraída a fibra e o caroço de algodão. Foi uma palestra bem interessante, pois falamos sobre o pilar de sustentabilidade da Abrapa, como o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e o licenciamento Better Cotton Initiative (BCI), o ABR para as Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA) e o ABR para Terminais Retroportuários de Algodão (LOG)”, afirmou.
A agricultura regenerativa, a recuperação de carbono e o ESG também foram abordados na apresentação do executivo. “Falamos muito da rastreabilidade do algodão brasileiro, que acabou de ser a primeira cadeia produtiva certificada por autocontrole no Brasil, e marketing do Sou de Algodão, Sou ABR e Cotton Brazil.”
Realizado pelo movimento Agroligadas, formado por mulheres ligadas ao agronegócio, o principal objetivo da feira é informar professores a respeito do algodão sustentável e responsável, para que eles possam levar o conhecimento aos alunos e despertar o interesse pela cotonicultura, valorizando a atividade que é tão importante para a economia local e mundial.
Para a coordenadora do Núcleo Agroligadas de Sapezal, Ieda Webler Schaedler, as palestras também mostraram as transformações do agronegócio ao longo do tempo e como o emprego da tecnologia pode impactar positivamente as atividades no campo. “Atualmente, a tecnologia de ponta, que é aplicada no dia a dia das atividades relacionadas ao agro, permite que a atividade agrícola seja sustentável, de forma a proteger o meio ambiente e, se bem gerida, trazer ganhos que no passado não se imaginavam, além de contribuir fortemente no aumento da produtividade, otimizando assim recursos naturais, econômicos e também sociais”, disse.
O próximo evento do circuito do algodão será realizado no dia 27 de setembro, no município de Tapurah (MT). O tema, desta vez, será colheita e beneficiamento.

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Sou de Algodão realiza webinars para alunos de moda do Senai CETIQT e PUC Campinas

O 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores foi o principal tema debatido nos encontros e os estudantes tiveram a oportunidade de aprender mais sobre o movimento

28 de Agosto de 2023

No dia 22 de agosto, o movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores do Algodão (Abrapa), promoveu dois webinars direcionados aos alunos de moda do Senai CETIQT e da PUC Campinas, instituições do estado de São Paulo. As apresentações tiveram como objetivo explorar temas essenciais no cenário da moda e incentivar o conhecimento sobre o consumo responsável. Além disso, mais de 110 alunos foram impactados pela apresentação do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores.


A gestora de relações institucionais do Sou de Algodão, Manami Kawaguchi, foi a responsável por conduzir as apresentações. Em um primeiro momento, houve uma fala sobre o movimento, destacando o trabalho para a conscientização de uma moda mais responsável e para a escolha de algodão como matéria-prima. "Escolher a nossa fibra representa um compromisso com a sustentabilidade e a qualidade dos produtos. O algodão conecta gerações, fortalece comunidades e permite que a moda e a indústria têxtil avancem de maneira responsável. Cada peça carrega consigo essa história de dedicação”, explica.


A principal discussão foi sobre o 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores. O projeto visa atrair estudantes de graduação de todo o Brasil, buscando identificar e destacar novos talentos com potencial para enriquecer o cenário da moda. Na edição anterior, o Desafio recebeu a inscrição de mais de 400 trabalhos provenientes de todas as regiões do país, demonstrando um engajamento crescente com a temática.


O 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores é uma oportunidade para estudantes compartilharem suas criações únicas e inovadoras, alinhadas com os princípios de sustentabilidade e responsabilidade na moda. Com o objetivo de alcançar 500 inscrições nesta edição, o Desafio promete ser um catalisador de talento e uma plataforma para debates construtivos sobre o futuro da moda no Brasil.


Como se inscrever no 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores


Os interessados em participar devem realizar as inscrições no portal http://www.soudealgodao.com.br/desafio até o dia 30 de abril de 2024, podendo ser projetos individuais ou em duplas. Além disso, os trabalhos poderão ser dos segmentos de moda masculina, feminina, alta costura, prêt à porter, fitness, homewear/loungewear ou streetwear.


Sobre Sou de Algodão


É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 42% de toda a produção mundial de algodão sustentável.


Abrace este movimento:
Site: www.soudealgodao.com.br
Facebook, Instagram, Youtube, LinkedIn, Pinterest: @soudealgodao
TikTok: @soudealgodao_

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Painel do Sou de Algodão na Febratex Summit falou sobre a importância da rastreabilidade na moda

Trazendo o case mais recente, com a varejista C&A, as apresentações destacaram, ainda, o papel de cada elo da cadeia produtiva e a importância do consumidor para a transformação do setor

25 de Agosto de 2023

No dia 24 de agosto, quinta-feira, Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), realizou um painel na 2ª edição da Febratex Summit, em Blumenau, Santa Catarina. Mediado por Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa e gestora geral do movimento, o tema abordado foi o Programa SouABR, o primeiro a entregar a rastreabilidade de ponta a ponta da cadeia têxtil. Os fornecedores da C&A, com Emphasis, Grupo Busato e Vicunha, estiveram presentes e compartilharam as experiências com a adesão ao programa.


Ao começar o painel, Silmara fez questão de reforçar que a rastreabilidade só é possível por meio do esforço coletivo, com todos os elos que decidiram cooperar. “Essa iniciativa não promove apenas a sustentabilidade na moda, mas também possibilita escolhas conscientes por parte dos consumidores, alinhando-se aos compromissos do varejo”, explica.


Cyntia Kasai, líder das áreas de ESG, comunicação e de investimento social da C&A, também comentou sobre o movimento do consumidor com as marcas. “Só o cliente tem esse poder de transformar. Quando ele questiona, exige e opta por um produto que faça sentido, ele está ajudando a provocar essa transformação”.


Para completar, Gabriela Ghiselini, diretora administrativa da Emphasis, explica o real motivo da importância de promover a rastreabilidade e a transparência para o consumidor. “Temos um mercado controlado e que pensa na sustentabilidade. Mas também sabemos do nosso impacto e tentamos fazer de tudo para minimizar. Para nós é muito importante mostrar que existem histórias e famílias que são sustentadas atrás da peça”.


Entrando na parte em que se falou mais sobre a produção de algodão e como funciona o armazenamento de dados do Programa SouABR, por meio da tecnologia blockchain, Renata Guarniero, gerente de marketing da Vicunha, explicou que todo o algodão certificado ABR que recebem é direcionado para uma unidade específica da empresa. “A partir disso, todo o tecido é produzido com essa fibra e conseguimos garantir isso por meio do upload dos dados na plataforma da Abrapa”, explica.


Para finalizar, Júlio Cézar Busato, do Grupo Busato, enfatizou que toda a cadeia produtiva quando se junta em iniciativas como o Programa SouABR só traz adição para o mercado. “Nós, produtores, queremos nos aproximar e estar mais presente, gerando um ganho enorme. Não apenas para o campo, mas para toda a cadeia, inclusive para a moda brasileira”, finaliza.


Sobre Sou de Algodão
É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, com 82% da safra 20/21 com a certificação ABR.


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Plataforma Better Cotton é tema de treinamento

25 de Agosto de 2023

A utilização correta da Plataforma Better Cotton foi o tema do treinamento on-line, realizado durante a tarde do dia 23 de agosto, para 110 representantes de fazendas que são optantes pela licença Better Cotton, da safra 2022/2023, e para aqueles que ainda têm saldo de créditos BCCUs da safra 2021/2022. A plataforma é a forma de rastreabilidade da cadeia produtiva do algodão licenciado pela Better Cotton e começou a operar em 21 de agosto, para as fazendas licenciadas, nesta safra, disponibilizando os BCCUs para aceite das transferências aos compradores. Cada 1kg de pluma produzido é igual a 1 BCCU (crédito). A plataforma
“É importante fazermos esse treinamento no início da safra e aproveitarmos para atualizarmos os responsáveis das fazendas sobre os direitos, deveres e atualizações da Plataforma Better Cotton”, afirma diz Fábio Carneiro, gestor de Sustentabilidade da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), parceira estratégica da instituição no Brasil.
O acesso à plataforma permite que as fazendas comprovem o fornecimento de algodão licenciado, registrando informações sobre pedidos de algodão originados, gerenciando a documentação necessária, e registrando informações sobre vendas de algodão aos clientes.
As Diretrizes da Cadeia de Custódia Better Cotton, que estabelecem requisitos para organizações participantes da cadeia de fornecimento que compram ou vendem Better Cotton, considerando o caminho documentado percorrido pelos produtos, desde as fazendas licenciadas da Better Cotton até o ponto de venda, também foram discutidas na reunião.
As transferências dos créditos (BCCUs) foram outro ponto abordado pelos participantes durante o treinamento. Esta é a primeira vez que as fazendas trabalham com dois estoques, o deste ano e o da safra passada, permitindo que o comprador possa fazer a solicitação dos créditos (BCCUs) tanto da safra corrente (2022/2023), como da safra passada/em estoque (2021/2022). A opção da transferência da safra passada na plataforma estará disponível, apenas em 1º de setembro de 2023.
De acordo com as orientações, a fazenda deve sempre solicitar que o comprador insira o número correto da safra e da aquisição na plataforma Better Cotton. O inventário da safra 2021/2022 ficará disponível no BCP, até o dia 31 de dezembro de 2023. Outros treinamentos serão agendados, em outubro, com objetivo de atualizar os representantes de fazendas sobre os relatórios de indicadores produtivos.
Outra novidade da plataforma é o lançamento do Multi-Factor Authentication (MFA) para fortalecer a segurança. O MFA é um método de segurança de login em camadas e uma maneira eficaz de aumentar a proteção de sua conta e dados, e será obrigatório até o final de 2023.
Para aqueles que não conseguiram participar do treinamento, o material técnico pode ser solicitado para os gestores de sustentabilidade na associação estadual.


Plataforma Better Cotton


A Plataforma Better Cotton (BCP) é um sistema on-line de propriedade da Better Cotton, usada por mais de 9 mil unidades de beneficiamento, comerciantes, fiadores, fábricas de tecidos, fabricantes de roupas e produtos finais, agentes de fornecimento e varejistas para documentar eletronicamente os volumes de algodão originado como 'Better Cotton' à medida que passam pela cadeia de abastecimento.


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Abrapa participa de debate sobre regulamentação de patentes de biotecnologia

25 de Agosto de 2023

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) esteve presente, no dia 24 de agosto, no debate sobre a atual regulamentação de patentes de biotecnologia, normas e critérios de patenteabilidade de invenções biotecnológicas, organizado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe das Nações Unidas (Cepal) e apoio do Programa Euroclima, da União Europeia.


O evento é uma das ações realizadas para promover o ambiente de negócios em tecnologias verdes: inovação, propriedade intelectual e sustentabilidade. Lançado em maio deste ano, a “Construção de uma estratégia nacional e regional para o desenvolvimento e adoção de tecnologias sustentáveis” tem como propósito levar informação sobre o uso de patentes como mecanismo de difusão de tecnologias verdes, principalmente aquelas que reduzem o impacto climático.


“Acompanhamos o debate acerca da atual regulamentação de patentes de biotecnologia, inclusive normas e critérios de patenteabilidade de invenções biotecnológicas, entre elas as plantas geneticamente modificadas e os diversos bioinsumos que também estão inseridos no contexto de biotecnologia, bem como conhecer os resultados de estudo inédito de benchmarking internacional”, afirmou Edivandro Seron, consultor técnico da Abrapa, que participou do debate realizado no auditório do Ministério do Planejamento, representando a entidade dos cotonicultores


Na ocasião, também foi divulgado um estudo comparativo de benchmarking internacional sobre Normas e Critérios para Patenteabilidade de Invenções Biotecnológicas, que contém conclusões e propostas sobre a patenteabilidade de invenções biotecnológicas no Brasil, a partir da comparação com normas internacionais e pesquisa junto aos usuários, para servir de subsídio a futuras políticas dos países e para identificar os principais gargalos no setor de biotecnologia.


Estudo


O estudo foi realizado com 42 países, entre eles o Brasil. Para cada país estudado, foi analisado seu desempenho no âmbito do Global Innovation Index (GII), para verificar se os critérios de patenteabilidade tem relação com os índices de inovação de cada país. O GII existe desde 2007, é um índice que fornece medidas de desempenho e classifica 132 economias em seus ecossistemas de inovação. É divulgado anualmente pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), em parceria com o Instituto Portulans e é reconhecido pelo Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU) como uma referência oficial para medir a inovação em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A partir dos dados levantamentos nas legislações e diretrizes de cada país estudado, na América Latina e no Caribe, o Brasil entrou nos top 3 de inovação por região se colocando na 2ª posição.
Outro dado apontado, é que na pesquisa feita no Brasil, a maioria (75%) das instituições entrevistadas vê necessidades de aprimoramentos na legislação. A principal lei mencionada para ajustes é a Diretriz de Exame de Pedidos de Patente na área de biotecnologia e a maioria das sugestões é para explicar melhor alguns conceitos e limites presentes nas atuais diretrizes de exame e exemplificá-los com casos práticos, ficando evidente a necessidade de melhorar a acessibilidade das normas internas relacionadas à patenteabilidade no setor de biotecnologia.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #33/2023

25 de Agosto de 2023


Destaque da Semana - O clima e a piora nas condições das lavouras no Texas ditaram o ritmo do mercado na semana. No Brasil, a colheita avança e a presidente da Chinatex, maior importadora de algodão do mundo, visita o Brasil pela primeira vez.


Algodão em NY - O contrato Dez/23 fechou nesta quinta 24/8 cotado a 86,09 U$c/lp (+3,0% na semana). O contrato Jul/24 fechou 85,60 U$c/lp (+2,5% na semana) e o Dez/24 a 80,21 (+1,4% na semana).


Basis Ásia – o Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 868 pts para embarque Out/Nov (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 27/jul/23).


Altistas 1 - As condições das lavouras no Texas, maior estado produtor dos EUA, estão cada vez piores. No último relatório, o percentual de lavouras ruins e muito ruins chegou a 71% (+5pp em relação à semana anterior).


Altistas 2 - Nos EUA como um todo, o percentual de lavouras com classificação boa/excelente caiu para 33% (-3pp) e com classificação de ruim a muito ruim aumentou para 46% (+3pp).


Baixistas 1 - Em mais um sinal de preocupação com a economia chinesa, a Bolsa de Xangai caiu para seu nível mais baixo em 2023.


Baixistas 2 - O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, falará em Jackson Hole, Wyoming, hoje (sexta-feira) e é quase certo que mencionará a necessidade de outro aumento das taxas com os preços da energia em alta.


China 1 - Hoje (25.08) a reserva estatal chinesa vendeu 12 mil toneladas de algodão, mais uma vez com 100% dos lotes ofertados vendidos.


China 2 - De 31.07 a 25.08, as vendas dos leilões da reserva estão em 100% dos lotes ofertados. Um total de 208 mil toneladas foram vendidas até agora para 259 fiações.


China 3 - As maiores origens incluem o algodão dos EUA (48,32%), seguido pelo Brasil (36,03%), Austrália (8,31%) e Xinjiang (7,34%).


China 4 - As importações de algodão da China em julho foram de 110 mil toneladas (-7% em relação ao ano anterior, mas aumentando 32% em relação a junho).


China 5 -As importações de fios de algodão estão crescendo no país. Em julho foram de 160 mil toneladas (+146% no ano e 16% no mês).


Qualidade 1 - O certificado do primeiro lote de algodão chancelado pelo Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro foi entregue à Chinatex, estatal chinesa que adquiriu o lote com certificação dos laudos de HVI emitidos pelos laboratórios do Brasil.


Qualidade 2 - O Programa, que é uma certificação voluntária, é desenvolvido pela Abrapa e pelo Ministério da Agricultura (Mapa). O Brasil possui 12 laboratórios que somam 74 máquinas HVI, integrantes do programa SBRHVI, da Abrapa.


Datagro 1 - Com problemas na safra americana e safra recorde no Brasil, a expectativa de que o Brasil se torne o maior exportador de algodão já na safra 2023/24 centralizou os debates ontem no evento de Abertura de Safra – Soja, Milho e Algodão da Datagro.


Datagro 2 - Nesta 4ª edição, o evento ocorreu em Cuiabá e reuniu Abrapa, Anea, Abit e BBM. Em pauta, a redução da área plantada com milho, a projeção de retração na safra norte-americana e a possível retomada econômica.


14º CBA - A 14ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) foi lançada para o mercado na semana passada em São Paulo. Com o tema “Construindo história rumo ao protagonismo mundial”, o evento será realizado de 3 a 5 de setembro de 2024, em Fortaleza (CE).


Exportações - O Brasil exportou 75,0 mil tons de algodão até a terceira semana de ago/23. O volume já supera em 12,2 mil toneladas o total exportado em ago/22 (62,8 mil ton).


Colheita 2022/23 - Até o dia 25/08 foram colhidos: BA (74,3%), GO (77,5%), MA (69%); MG (75%), MS (93%); PR (100%), SP (98%), MT (76%), PI (97%) Total Brasil: 76 % colhido.


Beneficiamento 2022/23 - Até o dia 25/08 foram beneficiados: BA (43%), GO (52%), MA (15%) MG (35%), MS (44%); PR (85%), SP (98%), MT (26%), PI (39%) Total Brasil: 31% beneficiado.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 25-08


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Certificada até o porto, cadeia do algodão usa rastreabilidade para ganhar mais clientes

Programa Algodão Brasileiro Responsável lança selo para garantir qualidade na logística dos fardos e, assim, responder a queixas de países compradores

24 de Agosto de 2023

O Brasil é o quarto maior produtor e o segundo principal exportador mundial de algodão, cultura que rendeu US$ 2,7 bilhões em divisas ao País entre agosto de 2022 e junho de 2023. Tem conseguido conquistar mercados graças, sobretudo, a investimentos dos produtores, que entenderam que o segredo de vender mais no exterior ia além da qualidade. Há pelo menos 11 anos a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão Abrapa) vem aplicando uma das mais rigorosas metodologias de certificação socioambiental da produção agrícola do mundo, o selo ABR Algodão Brasileiro Responsável). O que valia só para dentro da porteira foi ampliado, em 2021, às unidades de beneficiamento, com o ABRUBA. E agora chegou até os portos por onde as fibras brasileiras são exportadas. Em parceria com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão Anea), a Abrapa começou este mês a emitir os primeiros selos ABRLOG, uma certificação socioambiental para os terminais retroportuários, responsáveis pelo recebimento dos fardos, armazenagem, estufagem do contêiner e embarque. Com isso, a cadeia do algodão praticamente cobre todo o ciclo, da lavoura ao navio, e atende a uma antiga demanda dos compradores sobre as condições de envio do nosso algodão. “Nas visitas às indústrias, não raramente, temos encontrado fardos de algodão de origem brasileira sujos e com as capas rasgadas”, afirma o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. “Além do comprometimento do aspecto, os danos na capa de proteção favorecem a contaminação do produto”. Esse foi um dos problemas identificados pela associação durante as missões internacionais que são realizadas todos os anos, principalmente em países da Ásia, para discutir as impressões do mercado acerca do algodão brasileiro. Apesar de gerar reclamações e prejudicar a imagem do Brasil, a situação não chegou a causar grandes prejuízos. “Não chega ao nível de cancelamento de compras. Mas entregar um fardo íntegro é do interesse dos produtores e exportadores, para manter a reputação de qualidade do algodão brasileiro”, explicou Schenkel. A iniciativa de criar o ABRLOG faz parte do programa Cotton Brazil, de promoção da fibra brasileira no mercado internacional, fruto da parceria entre Abrapa, Anea e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos ApexBrasil). Quatro empresas que aderiram ao programa já foram auditadas e aprovadas. São elas: a S. Magalhães & Essemaga – que teve seus terminais de Alemoa e Guarujá chancelados pelo programa –, a Hipercon Terminais de Carga, de Santos, e a Louis Dreyfus Company LDC, com terminal em Cubatão SP. A Brado Logística, terminal de Rondonópolis MT, e o Tecon Salvador BA aderiram e passaram por auditoria e em breve deverão ser certificados também. “Convidamos mais cinco terminais de Santos, Guarujá e Cubatão, e estamos em discussão para que eles possam fazer parte do ABRLOG, ainda no período comercial 2023/2024”, adianta o presidente da Abrapa. Os terminais de Santos são prioridade, pois é de lá que saem 97% das exportações brasileiras de algodão. “A gente espera abranger 30% das exportações, na safra 2022/2023, e ter até o fim do ano perto de 100% dos terminais que trabalham com o algodão certificados”, destaca o presidente da Anea, Miguel Faus. As etapas para a certificação são relativamente simples. Os terminais que têm interesse assinam voluntariamente um termo de adesão ao ABRLOG. A etapa seguinte é o agendamento da auditoria presencial, realizada por certificadoras de terceira parte, de renome internacional. No período comercial 2023/2024, a empresa Control Union foi credenciada como a responsável pelas auditorias do programa. Nesta etapa, são verificadas a regularidade das relações trabalhistas, a proibição da utilização de mão de obra estrangeira irregular, a segurança do trabalho, dentre outros critérios, sendo que a verificação do emprego de crianças e a prática de trabalho forçado ou análogo à escravidão desabilitam imediatamente o terminal à certificação. O programa prevê um processo de melhoria contínua. São necessários 80% de conformidade na lista de certificação, no primeiro ano. A partir da segunda safra, o terminal deverá possuir nível de conformidade igual a 82%, e, nas safras seguintes, deverá elevar o nível de conformidade em 2% a cada ano. “Os resultados esperados são que o comprador receba os fardos de algodão íntegros após o transporte, padronização e melhoria das operações de estufagem nos terminais brasileiros e o fortalecimento de quesitos sociais e ambientais em mais um elo da cadeia produtiva”, conclui Alexandre Schenkel.


Daiany Andrade/AGFeed

Acesso em: https://agfeed.com.br/esg/certificada-ate-o-porto-cadeia-do-algodao-usa-rastreabilidade-para-ganhar-mais-clientes/#

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Ministro anuncia certificação oficial do algodão brasileiro à estatal chinesa

Certificação vai permitir maior destaque para o produto no mercado chinês

24 de Agosto de 2023

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou nesta terça-feira (22) a certificação oficial do algodão brasileiro à Yuan Fei, presidente da Chinatex, estatal chinesa com foco na indústria têxtil. A certificação garante a veracidade dos laudos dos laboratórios de análises de fibras dentro dos padrões internacionais de qualidade com chancela do Ministério da Agricultura e Pecuária.


A dirigente da estatal ressaltou que a empresa, que é a maior compradora de algodão na China, quer promover o algodão brasileiro no mercado chinês. Nos últimos cinco anos, a Chinatex já comprou 400 mil toneladas de algodão do Brasil.


O ministro Fávaro apresentou, durante a audiência, o programa de produção sustentável de alimentos do mundo, que prevê a recuperação e conversão de 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis em dez anos para dobrar a área de produção de alimentos no Brasil sem desmatamento. Ele também ressaltou que os dois países, Brasil e China, têm o respeito recíproco com o compromisso ambiental de preservação do meio ambiente.


Fávaro lembrou que, com a retomada de Lula à presidência, o Brasil voltou a construir relações diplomáticas e a ampliação dos negócios comerciais com a construção de uma nova ordem econômica mundial.


Em 2022, de acordo com o Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (AgroStat), o Brasil exportou em produtos do agronegócio US$ 3,68 bilhões para a China. Deste total, 30% equivale ao algodão não cardado e não penteado, somando US$ 1,08 bilhão para aquele país.


A produção brasileira está estimada em 7,4 milhões de toneladas de algodão em caroço, o equivalente a 3 milhões de toneladas de algodão em pluma, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).


Estiveram presentes também na audiência, os dirigentes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e representantes da empresa chinesa Minghong Chen, Shuwen Deng, Kai Weng e Zhuoer Li.


A comitiva da empresa estatal visitou regiões produtoras e fazendas de algodão no Mato Grosso e Bahia e conheceu o processo de classificação de algodão e também conversou com autoridades do setor agrícola nacional.


Fonte: MAPA Agricultura


Acesso em: Ministro anuncia certificação oficial do algodão brasileiro à estatal chinesa — Ministério da Agricultura e Pecuária (www.gov.br)

ALGODÃO: Ministro anuncia certificação oficial do algodão brasileiro à estatal chinesa | MAIS SOJA - Pensou Soja, Pensou Mais Soja

Mapa anuncia certificação de algodão brasileiro para estatal da China - Avance News

Mapa anuncia certificação de algodão brasileiro para estatal da China (canalrural.com.br)

 

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Algodão é a primeira cadeia produtiva certificada por autocontrole no Brasil

A gigante chinesa Chinatex adquiriu o primeiro lote certificado Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa

23 de Agosto de 2023

O certificado do primeiro lote de algodão chancelado pelo Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa, desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foi entregue, ontem (22), pelo ministro Carlos Fávaro, à indústria têxtil internacional China Corporation Limited, a Chinatex, em cerimônia promovida pela Abrapa, em Brasília. A entrega finaliza uma semana de imersão da cúpula da estatal chinesa aos estados de Mato Grosso e Bahia, respectivamente, primeiro e segundo maiores produtores da fibra no Brasil, bem como à sede da Abrapa, no Distrito Federal, onde conheceram o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA).


A certificação oficial atesta a veracidade dos laudos de High Volume Instrument (HVI) emitidos pelos laboratórios brasileiros. Isso dá ao comprador a segurança de que as amostras analisadas – e que serviram de referência para a comercialização do produto – correspondem e representam os fardos adquiridos e que a análise à qual foram submetidas respeitou os padrões internacionais. O Brasil possui 12 laboratórios que somam 74 máquinas HVI, integrantes do programa de qualidade Standard Brasil HVI (SBRHVI), da Abrapa.


O lote entregue à Chinatex foi produzido no estado de Mato Grosso e pesa 200 toneladas. O documento oficial, de mais de 30 páginas, com os índices das características intrínsecas daquele algodão, afirma que “os fardos descritos foram amostrados e avaliados por instrumento de alto volume sob sistema de identificação, rastreabilidade, controle e monitoramento do Ministério da Agricultura e Pécuária- MAPA (Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro)”.


Referência


“O algodão brasileiro está sempre na vanguarda, buscando melhorar os processos para ganhar mercado e virar uma referência para todos os outros produtos brasileiros”, destacou o ministro Carlos Fávaro, na ocasião. Ao entregar o certificado à presidente da Chinatex, Yuan Fei, Fávaro disse que a certificação é muito importante, “principalmente, na nossa relação com a China, quanto à qualidade, a certificação e a rastreabilidade do algodão produzido no Brasil. Tenho certeza de que isso irá contribuir para dar agilidade às negociações, vencendo etapas como a reclassificação, evitando retrabalho, e, consequentemente, remunerando melhor os nossos produtores”, projeta Fávaro.


A Chinatex é a maior compradora de algodão no país asiático. O conglomerado consome em torno de dois milhões de toneladas de pluma importada, ao ano, e responde por uma cadeia integrada na produção têxtil, com fiação, tecelagem, além de exportação e importação de produtos acabados. Nos últimos cinco anos, a companhia comprou 400 mil toneladas de algodão do Brasil, e o país atualmente participa com 20% do montante importado pela estatal.


Reconhecimento


Para o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, a certificação oficial é um reconhecimento da qualidade do algodão brasileiro. “Já produzimos um dos melhores algodões do mundo, e, agora, a análise e a amostragem da pluma estão chanceladas pelo Governo Federal. Isso é segurança para os nossos clientes, dentro do Brasil e nos mercados internacionais. Essa parceria com o Mapa nos fez sermos os pioneiros no ‘autocontrole’ no país e, para tanto, um grande esforço foi feito em capacitação de inspetores. Isso é motivo de muita alegria para nós”, disse Schenkel.


O presidente da Abrapa afirmou, ainda, que a vinda da Chinatex para conhecer o modelo brasileiro de produção de algodão é parte do trabalho da iniciativa Cotton Brasil, que reúne, além da Abrapa e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), a ApexBrasil. Presente à solenidade de entrega do certificado, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, disse não ter nenhuma dúvida de que o Brasil em breve será o maior exportador de algodão do mundo, e o trabalho do Cotton Brazil, agora impulsionado pela certificação oficial, está sendo essencial para isso. “Hoje foi um momento histórico para o algodão brasileiro. Tenho certeza de que este programa vai prosperar e o Brasil ganhará ainda mais espaço no mercado internacional”, concluiu Viana.


23.08.2023
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
(71) 9 8881-8064
Monise Centurion – Jornalista Assistente
(17) 99611-8019

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