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Rastreio na cadeia têxtil garante sustentabilidade da semente do algodão ao guarda-roupas

Em entrevista ao Carbon Report, o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, fala sobre os desafios da descarbonização desde a produção agrícola do algodão ao produto final

07 de Novembro de 2023

Mariza Louven


O principal desafio da descarbonização da produção do algodão é a redução do uso de fertilizantes nitrogenados na etapa agrícola, afirma o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel. No entanto, os mercados exigem, cada vez mais, que a redução da pegada de carbono ocorra em todas as fases da cadeia produtiva, tornando a rastreabilidade uma peça-chave da moda sustentável e de baixo carbono.


Não basta ser o maior produtor mundial de algodão sustentável. É preciso comprovar, por meio da certificação da origem, desde a semente usada na agricultura até o guarda-roupas do consumidor, acrescenta Alexandre Schenkel.


Segundo ele, a certificação passou a ser fundamental para atender à demanda de clientes cada vez mais exigentes e com visão de responsabilidade socioambiental. Muitos países também já estabeleceram metas de utilização de produtos sustentáveis e rastreáveis, como a União Europeia, a Grã-Bretanha e o Japão.


A rastreabilidade e a sustentabilidade andam juntas na indústria têxtil e são estimuladas por iniciativas como a SouABR, implementada pela Abrapa em 2021, em parceria com grandes varejistas do país (Reserva, Renner, C&A etc.). Por meio desse programa, foram produzidas coleções 100% rastreáveis, da semente ao guarda-roupas, informa.


Com o uso, até então, inédito da tecnologia blockchain, o SouABR permitiu que o consumidor final pudesse, com o seu celular, ler o QR Code do produto e acompanhar o passo a passo da peça desde a lavoura. Esta iniciativa virou um case de sucesso pioneiro no mundo. Na visão dele, isso prova o compromisso dos cotonicultores brasileiros com a sustentabilidade e a transparência. A Abrapa participa mês que vem do seminário “Agro em código”, em que o case resultante da iniciativa SouBR será apresentado.


Cultivo da fibra movimenta US$ 40 bilhões por ano


O cultivo da fibra do algodão movimenta cerca de US$ 40 bilhões por ano, segundo a Abrapa. O Brasil é o segundo maior exportador mundial de algodão, atrás apenas dos Estados Unidos. Embora também seja considerado o maior fornecedor global do produto sustentável, precisa provar esta condição para não perder competitividade.


A proporção de algodão sustentável em relação ao total é de 82%, segundo a Abrapa, que certifica o produto com o selo Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Este programa que opera em benchmark com a Better Cotton (BCI).


“O ABR garante que o produto vendido do Brasil está em conformidade com as leis trabalhistas e ambientais brasileiras, além de atestar o uso de boas práticas agronômicas nas lavouras. Mesmo com a segurança de auditorias independentes, a Abrapa segue investindo no programa de certificação ABR, avaliando a adoção de novos indicadores de sustentabilidade para a cadeia, de modo a atender os anseios dos clientes e sociedade”, acrescenta.


A estimativa é de que o Brasil alcance 3,23 milhões de toneladas de algodão na safra 2022/23, dos quais 2,4 milhões de toneladas serão exportadas no ano comercial 2023/24. Confirmadas, essas previsões significariam um aumento de quase 26,5% em relação ao ciclo anterior.


“Trata-se de um resultado direto da visão de futuro do cotonicultor e das suas associações, bem como de instituições de pesquisa públicas e privadas, além das empresas de desenvolvimento e tecnologia do setor. Desde que foi introduzido e adaptado para o Cerrado, para onde a cultura migrou no fim dos anos 1990, a cotonicultura brasileira vem se desenvolvendo de forma exponencial e este crescimento se dá de forma organizada”.


Na etapa agrícola, desafio são os fertilizantes


O principal desafio para a descarbonização da produção do algodão está na otimização do uso dos recursos na lavoura, principalmente no que tange ao uso de fertilizantes nitrogenados, responsáveis por mais de 50% das emissões de gases de efeito estufa na fase de produção agrícola. Para isso, segundo ele, seria “importante desenvolver e empregar produtos com menor potencial de perdas por volatilização ou lixiviação. Adicionalmente, continuar avançando no uso da agricultura de precisão, para garantir que este e outros insumos sejam disponibilizados na quantidade e no momento corretos, buscando o máximo aproveitamento pelas plantas.”


A Abrapa apoiou a realização de um estudo que identificou 27 práticas agrícolas inteligentes implementadas por produtores brasileiros certificados pelo programa ABR e licenciados pela Better Cotton (BCI) no país, que contribuem para a adaptação e mitigação das mudanças climáticas.


Segundo o presidente da Abrapa, a difusão das boas práticas depende de ações de extensão rural, o que já acontece hoje, tendo como vetores as instituições financiadas pelo setor, além de empresas privadas e de órgãos públicos de pesquisa e extensão, como a Embrapa. Isto tem ganhado corpo, com a estruturação de ferramentas de políticas públicas, como os programas de financiamento por linhas de crédito no escopo do Plano ABC, e pode ser impulsionado ainda mais, com o estabelecimento de programas privados que possam recompensar as boas práticas certificadas. O mercado de carbono certamente vai acelerar a adoção dessas práticas.


As principais práticas citadas pelo presidente da Abrapa são o plantio direto, a rotação de cultura, as culturas de cobertura, o controle biológico e microbiológico, o gerenciamento de subprodutos e resíduos. São técnicas adotadas por todos os produtores certificados pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), mas em níveis diferentes. “O que temos incentivado, por meio dos institutos de pesquisa, é a qualificação dessas práticas que trazem um efeito positivo para o planeta e contribuem para a melhor produtividade e resiliência da cultura do algodão.”


Etapa industrial deve focar a transição energética


Em termos globais, a indústria têxtil emite 4,4%, segundo estudo realizado pela McKinsey em 2020. Como o algodão representa menos de um quarto da matéria-prima utilizada pela cadeia produtiva, os produtos de algodão emitem menos de 1% dos gases de efeito estufa do planeta, afirma Schenkel. O cultivo, então, emite ainda menos, diz ele. Representa apenas entre 15% e 20% das emissões da cadeia têxtil.


De acordo com ele, se o fertilizante pesa mais na etapa agrícola, a forma mais eficaz de reduzir as emissões de CO2 “depois da porteira” é alterar a fonte de energia atual da indústria para energias renováveis.


Compliance da sustentabilidade


A certificação e o rastreio são fundamentais para atestar que a cadeia produtiva tem compliance em seus processos. Por ser um selo individual, exigir demonstração e ter auditoria externa, as informações podem ser verificadas a qualquer momento, garantindo sua idoneidade.


“Claro que este trabalho tem um custo”, diz ele. Porém, ao obter este status, os produtores têm mais opções de venda e podem receber um prêmio ao vender seu produto.


Para o mercado têxtil, o acesso a produtos certificados é cada vez mais importante. Além de atender à demanda de clientes cada vez mais exigentes e com visão de responsabilidade socioambiental, muitos países têm metas que exigem a compra de produtos certificados, como a União Europeia, a Grã-Bretanha e o Japão, que já exigem de suas indústrias a utilização de itens rastreáveis desde a origem e certificados por sistemas reconhecidos.


Custo de demonstrar esta captura de CO2


No Brasil, o mercado de créditos de carbono ainda tem pouco potencial para catalisar mudanças na produção agropecuária, comenta. Primeiro, diz ele, porque a capacidade de acumular carbono em clima tropical, versus o custo de demonstrar a captura do CO2 ainda não são recompensadores, para a maioria dos casos.


Segundo, diz ele, porque o setor cotonicultor lidera o uso de boas práticas agropecuárias, dificultando a venda de carbono por adicionalidade, que é aquela que remunera pela emissão de carbono evitada pelas boas práticas quando, comparada com o universo regional. No entanto, mesmo não sendo impactada diretamente pela remuneração do carbono, a produção agrícola de algodão vem sendo demandada pela indústria, que, por sua vez, tem sido diretamente cobrada pela sociedade e entidades como os parlamentos europeu, britânico e japonês, que exigem do setor redução de 10%, 15% e 20%, respectivamente, até 2030.


“Esta demanda traz perspectivas de um pagamento adicional para o produto ofertado, com o cálculo da pegada de carbono reduzida. De olho neste mercado, alguns grupos brasileiros começaram a investir no levantamento de dados e na rastreabilidade da informação.”


No Brasil, especificamente, os representantes do setor entendem que, antes de estabelecer metas, é importante conhecer com precisão os indicadores de emissão de gases de efeito estufa e validar cientificamente o que pode ser mitigado através de boas práticas aplicáveis.


Acesso em: Rastreio na cadeia têxtil garante sustentabilidade da semente do algodão ao guarda-roupas - carbonreport.com.br

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Comitiva que visitou o USDA e a Uster retorna ao Brasil com conhecimentos renovados

06 de Novembro de 2023

Com muita informação e referências “na bagagem”, o grupo de gerentes de laboratórios brasileiros de classificação de algodão e representantes do Ministério da Agricultura e pecuária (Mapa) e da Embrapa, está de volta ao país, após uma semana de imersão profunda na classificação e no beneficiamento da fibra nos Estados Unidos. Um dos pontos altos da viagem, conduzida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) foi a visita ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em Memphis, no Tennessee, onde acompanharam o passo a passo do programa de certificação de qualidade de análise de algodão americano pela entidade governamental, conhecido no mercado como “greencard”.

Outra importante passagem do grupo foi a visita à sede da empresa Uster Technologies, em Knoxville, no mesmo estado. A marca é líder global em equipamentos High Volume Instrument (HVI), considerados o padrão ouro na análise de algodão, e apresentou aos visitantes a evolução da máquina Uster 1000, a Automic, que, além de ganhos em precisão, traz como novidade a automação de uma parte relevante do processo.

A viagem teve como um dos principais objetivos, estabelecer referências para o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa, a certificação oficial do algodão, que teve início na safra 2022/2023, após cerca de dois anos de trabalho no seu desenvolvimento.

Para Raquel Mortari Gimenes, do Mapa, a viagem foi uma oportunidade de identificar os pontos críticos de controle do processo de certificação da qualidade do algodão, tanto do ponto de vista tecnológico quanto operacional. “Ficamos com a certeza de que o governo brasileiro, através do Ministério da Agricultura e Pecuária, está cumprindo a sua missão de promover a competitividade da nossa agricultura”, disse.

Segundo o chefe de operações (COO) da Uster Technologies, Peyman Dehkordi, que já conhecia alguns membros da comitiva, foi um privilégio receber os visitantes das instalações da Uster. “Achei o time muito motivado e animado por estar aqui, tendo uma melhor compreensão acerca de como funciona a cadeia de valor do algodão nos Estados Unidos, especialmente, no lado do beneficiamento e na classificação. O trabalho da Uster com o USDA começou há cerca de 35 anos. A delegação brasileira, nesta viagem, viu a classificação automatizada do USDA, em primeira mão. Eles tiveram uma noção do que podemos fazer pelo Brasil, pois a classificação brasileira segue um conceito semelhante”, afirmou.

O depoimento foi reforçado pelo gerente de vendas da Uster, Gregory Winiger."Para mim, foi ótimo ter todos vocês aqui, nos Estados Unidos, visitando a Uster. Acredito que todos estavam muito interessados. Espero que também tenha sido muito bom para todos vocês. Obrigado", frisou.

Presença maciça

Os gerentes de laboratórios que integraram a comitiva, representam 11 dos 12 centros de análise que fazem parte do programa Standard Brazil HVI (SBRHVI), da Abrapa. Em texto conjunto, eles afirmaram que a semana foi intensa, de muito conhecimento técnico e discussões sobre o programa de qualidade americano, assim como sobre temas como melhor performance no índice de fibras curtas, uma demanda do mercado.
“Reconhecemos que os Estados Unidos é uma referência de organização e temos muito que aprender, mas o Brasil tem feito o seu dever de casa. Não só aprendemos muito, como estabelecemos um canal de comunicação com a Uster e o USDA, que será muito importante e estratégico para a melhoria do nosso programa de qualidade”, disseram.

06.11.2023
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Brasil negocia vender uma cota de 100 mil t de algodão para Índia sem impostos

03 de Novembro de 2023

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) vai articular com as autoridades da Índia a viabilização de uma cota para exportação de 100 mil toneladas da pluma do Brasil livre da alíquota de 11% aplicada às cargas enviadas para o país asiático.


O pedido é reforçado pelo governo brasileiro e será tema de conversas do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, com autoridades indianas na missão oficial a partir desta quinta-feira (02/11). Representantes da Abrapa vão acompanhar a viagem e as agendas.
"Nós entendemos que se trata de um tema sensível, mas acreditamos que a entrada de um volume maior do nosso algodão será complementar à produção da Índia, especialmente, nesta safra, em que a produção indiana tem uma redução entre 7% e 10%, e eles certamente precisarão importar mais, inclusive do Brasil", afirma, em nota, o vice-presidente da Abrapa, Celestino Zanella.


O assunto já foi tratado em encontro com a secretária geral da Confederação Indiana de Indústria Têxteis (CITI, na sigla em inglês), Chandrima Chatterjee. Desde 2021, a Abrapa e a entidade indiana mantêm um acordo de cooperação, assegurado por um Memorando de Entendimento. A CITI estuda o pedido brasileiro, que tem potencial para ajudar a tornar a indústria local mais competitiva, disse a Abrapa, em nota.


Segundo a associação brasileira, a medida tem precedente, pois a Austrália conta com tarifa diferenciada para exportação de uma cota de 50 mil toneladas de algodão. Embora seja o segundo maior consumidor mundial da pluma, a Índia também é um grande produtor da commodity. A atividade é baseada em um grande número de produtores, em pequenas unidades produtivas e com baixo índice de tecnologia embarcada.


Além do apoio governamental, o algodão brasileiro tem como diferenciais a rastreabilidade e a qualidade. Zanella reforça que o produto é livre de contaminação, rastreável, certificado e 100% analisado por High Volume Instrument (HVI).


Acesso em: https://g1.globo-o.com/brasil-negocia-vender-uma-cota-de-100-mil-t-de-algodao-para-india-sem-impostos/

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ALGODÃO PELO MUNDO # 43/2023 03/11

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

03 de Novembro de 2023

Destaque da Semana - Demanda fraca, juros altos, China desacelerando e safra do hemisfério Norte chegando derrubam os preços. Relato especial esta semana sobre a Índia, onde se encontra missão da Abrapa.

Algodão em NY - O contrato Dez/23 fechou nesta quinta 02/11 cotado a 79,80 U$c/lp (-5,7% na semana). O contrato Jul/24 fechou 83,74 U$c/lp (-3,8% na semana) e o Dez/24 a 78,84 (-2,7% na semana).

Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 894 pts para embarque Out/Nov 23 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 02/nov/23).

Baixistas 1 - A fraca demanda está muito relacionada aos altos juros praticados na maioria dos países, que infelizmente, segundo analistas, podem persistir altos por longo tempo.

Baixistas 2 - A economia chinesa ainda enfrenta desafios. No setor de fiações, os números do país indicam queda na taxa de utilização das indústrias e aumento no estoque de fios.

Baixistas 3 - Ainda sobre o gigante asiático, que começa a beneficiar agora seu algodão 23/24, o último leilão da reserva vendeu somente 12% do volume ofertado e as cotações de algodão na bolsa ZCE seguem caindo.

Baixistas 4 - Para finalizar a série baixista, o ICAC divulgou esta semana que os estoques globais de algodão devem aumentar 10% este ano para 23,32 milhões de tons. Este nível de reservas globais é o mais elevado em toda a série histórica de 83 anos do ICAC.

Altistas 1 - Vendas semanais de exportação dos EUA foram 496 mil fardos (de 480 libras).

Altistas 2 - Cotações em torno de 80 c/lp podem despertar a demanda das fiações.

Índia 1 - Preocupada com a oferta doméstica de algodão na Índia, maior produtor do mundo, a Associação de Algodão da Índia (CAI) afirmou esta semana que se produtores não tiverem como utilizar novas tecnologias de sementes de algodão para aumentar a produtividade, muito em breve o país se tornará um importador líquido de algodão.

Índia 2 - A baixa tecnologia aplicada na produção de algodão na Índia está em pauta neste momento no país. A produtividade média é em torno de 400kg de pluma (27@ de pluma) por ha.

Índia 3 - O algodão transgênico foi liberado no país em 2002 e contribuiu para um salto na produtividade. Mas alegações de perda de eficiência e discordância sobre valor de royalties fizeram com que as empresas de biotecnologia optassem por não lançar novos eventos na Índia, que até hoje só tem a primeira geração de algodão BT disponível.

Índia 4 - Mesmo com novas biotecnologias, os desafios de ganhos de eficiência são enormes em um pais que tem 6 milhões de cotonicultores plantando em 12 milhões de hectares.

Índia 5 - A preocupação aumentou agora porque a produção de algodão na Índia para 2023/24 deve cair 7,5% devido a menor área plantada e condições climáticas desfavoráveis, segundo fontes locais.

Índia 6 - Com esta quebra de safra, as importações podem mais que dobrar em relação ao ano anterior, podendo chegar a 500 mil tons de algodão em 23/24.

Índia 7 - É neste contexto que a comitiva brasileira da Abrapa está na Índia juntamente com a delegação liderada pelo ministro Carlos Fávaro, do MAPA, e Jorge Viana, presidente da Apex Brasil.

Índia 8 - A Abrapa busca apoio para o pleito de criação de uma cota de importação para algodão brasileiro livre do pagamento da tarifa de 11% atualmente vigente no país.

Índia 9 - Diretores da Abrapa se reuniram com a secretária-geral da Confederation of Indian Textile Industry (CITI), Chandrima Chatterjee, e explicitaram o pleito, além de solicitaram apoio para promover o algodão brasileiro, que pode complementar ao indiano por ser livre de contaminação, diferente do local.

Índia 10 - As entidades já tinham uma relação através do programa Cotton Brazil. Em 2021 a Abrapa, ANEA e CITI (Índia) assinaram um Memorando de Entendimento, oficializando o compromisso de cooperação entre as entidades.

Índia 11 - Na quinta (02), a comitiva participou do Seminário Internacional "Perspectivas e o Futuro das Relações entre Índia e Brasil no Setor de Agroindústria".

Índia 12 - Hoje, haverá reunião com o Ministro do Comércio da Índia, juntamente com o ministro Carlos Fávaro, presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e o Embaixador do Brasil na Índia, Kenneth Nóbrega, para tratar da cota de importação de algodão, entre outros assuntos.

Índia 13 - A Índia está entre os nove países prioritários para o algodão brasileiro no programa Cotton Brasil, iniciativa da Abrapa com apoio da ANEA e Apex Brasil.

Exportações - O Brasil exportou 225,6 mil tons de algodão em out/23. O volume foi 13,2% menor que o total embarcado em out/22.

Exportações 2 - No acumulado de ago/23 e out/23, as exportações somaram 516,5 mil toneladas, alta de 1,7% com relação ao mesmo período de 2022.

Beneficiamento 2022/23 - Até o dia 02/11 foram beneficiados : BA (92%), GO (98%), MA (73%), MG (89%), MS (94%); PR (100%), SP (100%), MT (72%), PI (77%) Total Brasil : 77% beneficiado.

Preços - Consulte tabela abaixo ⬇

Quadro de cotações para 01-11

Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Abrapa e CBRA em recesso, nos dias 02/11 e 03/11/2023, em função do feriado do Dia de Finados

01 de Novembro de 2023

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) estarão em recesso, nos dias 02/11 (quinta-feira) e 03/11 (sexta-feira), em função do feriado do Dia de Finados. As atividades serão retomadas em 06/11 (segunda-feira), no horário normal de funcionamento.

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Missão oficial à Índia

Abrapa pleiteia cota de 100 mil toneladas livre de 11% de impostos nas exportações para a Índia

01 de Novembro de 2023

Em missão oficial à Índia, na comitiva liderada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) espera ver atendido um pleito importante do setor, a viabilização de uma cota de 100 mil toneladas de algodão do Brasil, livre da alíquota de 11% sobre as exportações àquele país. O pedido, que está sendo reforçado pelo governo brasileiro, foi tratado em encontro com a secretária geral da Confederation of Indian Textile Industry (CITI), Chandrima Chatterjee. Desde 2021, a Abrapa e a CITI mantêm um acordo de cooperação, assegurado por um Memorando de Entendimento. A entidade indiana estuda o pedido brasileiro, que tem potencial para ajudar a tornar a indústria local mais competitiva.

A Abrapa defende ainda que a medida tem precedente, já que, atualmente, a Austrália conta com uma tarifa diferenciada sobre uma cota de 50 mil toneladas. Embora seja o segundo maior consumidor mundial de algodão, a Índia também é um grande produtor da commodity, com uma cotonicultura empreendida por um grande número de produtores, em pequenas unidades produtivas e com baixo índice de tecnologia embarcada.

Complementar

“Nós entendemos que se trata de um tema sensível, mas acreditamos que a entrada de um volume maior do nosso algodão será complementar à produção da Índia, especialmente, nesta safra, quando a produção indiana tem uma redução entre 7% e 10%, e eles certamente precisarão importar mais, inclusive do Brasil”, afirma o vice presidente da Abrapa, Celestino Zanella. Ele reforça que o produto nacional é livre de contaminação, rastreável, certificado e 100% analisado por High Volume Instrument (HVI).

01.11.2023
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Reunião do IPA discute créditos de carbono para o agro

01 de Novembro de 2023

Na manhã de terça-feira, 31 de outubro, a assembleia do Instituto Pensar Agropecuária (IPA) e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se reuniu para discutir pautas essenciais para o setor agropecuário no Brasil, entre eles, a Reforma Tributária e Administrativa, o Marco Temporal, o projeto de lei (PL) dos defensivos agrícolas, a lei do licenciamento ambiental e a regulamentação dos créditos de carbono para agricultura brasileira.


Além de deputados e representantes do setor, a reunião contou com a presença do conselheiro consultivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e vice-presidente do IPA, Júlio Cézar Busato. “O que está se buscando é a necessidade de estabelecer critérios métricos para mensurar a preservação ambiental realizada pelos produtores brasileiros, permitindo que sejam recompensados pelo o que conservam e pelo o que fazem”, afirmou.


Outro ponto abordado durante o encontro foi um pedido feito ao governo federal pela Frente Parlamentar Agrícola de subvenção do seguro agrícola para tentar mitigar os impactos causados pelo excesso de chuva aos produtores nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.


“A Frente Parlamentar tem realizado um bom trabalho e se empenhado muito em resolver os assuntos que envolvem a agricultura brasileira. Temos que nos unir, cada vez mais, aos nossos deputados, para solucionar essas questões que nos atingem”, afirmou.
O IPA congrega representantes das cadeias produtivas do agro brasileiro, da produção à indústria. A entidade discute e elenca as pautas prioritárias para o desenvolvimento agropecuário e subsidia, com informações, a FPA, que as defende no Congresso Nacional.


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Sou de Algodão ressalta a história do jeans em desfile no SPFW

O movimento reúne Paulo Borges e Paulo Martinez para assinarem a apresentação com peças de nove estilistas parceiros e do line-up da semana de moda

31 de Outubro de 2023

No dia 9 de novembro, o movimento Sou de Algodão retorna às passarelas do São Paulo Fashion Week, às 17h30, no Komplexo Tempo, em São Paulo. A apresentação será um tributo ao jeans, que completa 150 anos de história em 2023. A produção e direção criativa estão por conta de Paulo Borges, criador e diretor do SPFW, o styling é de Paulo Martinez, um dos grandes ícones da moda brasileira, e a beauty assinada por Ricardo dos Anjos. Os estilistas da Amapô, David Lee, Dendezeiro, Heloísa Faria, Korshi 01, Martins, Ronaldo Silvestre, Thear e Weider Silveiro foram os escolhidos para apresentarem os looks.


Ao todo serão 40 looks exclusivos produzidos pelos nomes parceiros do Sou de Algodão e que fazem parte do line-up do SPFW. Para a execução das peças, a ação teve o apoio de 19 empresas, entre tecelagens, fiações, malharias e confecções, e oito artesãos.


Segundo Borges, a proposta do desfile é apresentar as diversas possibilidades no uso do denim e construir imagens especiais, além de potencializar o algodão brasileiro como um dos melhores do mundo. “O jeans, mais do que um produto super urbano e atemporal, representa uma expressão sempre em movimento. Retrata os novos comportamentos”, explica.


Sobre o processo criativo, Martinez conversou com todos os estilistas para que ele pudesse explicar o que pretende entregar no desfile. “O principal pedido foi de que todos criassem as peças com o próprio DNA da marca, mas que, ao mesmo tempo, a entrega ficasse coesa. Vamos apresentar peças de alfaiataria urbana, todas blue jeans”. O responsável pelo styling também pensou na ordem de cada look para entrar na passarela.


A cenografia também segue a mesma linha de raciocínio, em que será retratada uma atmosfera lúdica e imagética. A ideia é transportar a plateia para o campo de algodão, contrapondo a força poética da natureza com a contemporaneidade urbana.


"Estar presente novamente na passarela do SPFW é uma honra para Sou de Algodão. O movimento, que nasceu no evento, em 2016, tem se fortalecido a cada ano e mostrado o quanto a fibra nacional deve e merece ser valorizada. Ao unir moda, arte, história e criatividade, conseguimos chamar atenção do público e do mercado, que estão mais abertos ao uso de peças conscientes e responsáveis", comenta Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa e gestora do movimento Sou de Algodão.


Ficha Técnica do desfile Sou de Algodão no SPFW N56


Direção Criativa: Paulo Borges
Stylist: Paulo Martinez
Make and hair: Ricardo Anjos
Estilistas: Amapô, David Lee, Dendezeiro, Heloísa Faria, Korshi 01, Martins, Ronaldo Silvestre, Thear, Weider Silveiro
Fiações: Círculo e Têxtil Piratininga
Malharias: Aradefe e Textilfio
Tecelagens: Canatiba, Capricórnio, Cataguases, Cedro, Covolan, MN Tecidos, Paraguaçu Têxtil, Paranatex, Santana Textiles, Santista Jeanswear, Tear Têxtil, Teray Têxtil, e Vicunha
Serviços de desenvolvimento e confecções: Emphasis Confecções e Volts Denim
Artesãos: Edineia Sinatra, Frede Gomides, Márcia Mendes, Milene Kuhn, Neuzy Valim, Oscar Menezes, Samuel Ramos e Zilda Sanches.


Sobre Sou de Algodão


É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 82% da produção brasileira e 42% de toda a produção mundial de algodão responsável licenciado pela BCI.


Abrace este movimento:
Site: soudealgodao.com.br
Facebook, Instagram, Youtube, LinkedIn e Pinterest: @soudealgodao

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Agendas internacionais abrem novembro na Abrapa

31 de Outubro de 2023

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) inicia o mês de novembro com três importantes agendas internacionais. O objetivo é intensificar as ações de promoção e desenvolvimento de mercados para o algodão brasileiro junto a importantes países importadores da pluma.

Entre os dias 1º e 4/11, o Cotton Brazil – programa de promoção do algodão brasileiro no mundo – une os cotonicultores à comitiva governamental do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na Índia. Junto ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o produtor rural e vice-presidente da Abrapa, Celestino Zanella, e o diretor de Relações Internacionais, Marcelo Duarte, participarão de agenda em Nova Delhi. A principal pauta da comitiva dos produtores de algodão será a negociação de uma cota de importação de algodão brasileiro livre de imposto.

“Estamos trabalhando para termos o mesmo acordo vigente entre Índia e Austrália, que é a isenção dos 11% de imposto cobrado na entrada no país”, explica Zanella. A Índia importou do Brasil 16,53 mil toneladas de algodão no ano comercial 2022/23.

Serão realizadas, durante a semana, reuniões setoriais, visitas técnicas e um seminário empresarial. O embaixador do Brasil na Índia, Kenneth Nóbrega, também oferecerá um jantar à comitiva brasileira. No dia 03/11, haverá visita à World Food India, onde o Mapa, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) organizaram o pavilhão institucional do Brasil.

Em seguida, até o dia 06/11, a comitiva participa do evento da Federação Internacional dos Fabricantes de Têxteis (ITMF, na sigla em inglês), em Shaoxing, na China. A associação atua como uma plataforma para indústrias têxteis de diversos países colaborarem e trocarem informações e conhecimentos relacionados ao setor. Paralelo ao evento, ocorre também a Conferência Mundial de Comércio de Têxteis.

Outra viagem internacional de destaque ocorre de 30/10 a 03/11, quando membros da equipe do Centro Brasileiro de Referência em Análise de HVI e representantes de 11 dos 12 laboratórios que compõem a rede SBRHVI estarão nos Estados Unidos. Em Memphis, Tennessee, conhecerão uma nova geração de instrumentos de análise de algodão do tipo HVI, entre outros assuntos, e farão visita ao USDA.

O posicionamento do algodão brasileiro no mercado internacional tornou-se um programa institucional da Abrapa em 2019, em parceria com Apex-Brasil e Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea). A marca Cotton Brazil representa toda a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global e prioriza dez países: China, Vietnã, Paquistão, Bangladesh, Coreia do Sul, Indonésia, Índia, Tailândia, Turquia e Egito.

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Abrapa sedia reunião de divulgação dos ensaios de eficiência de fungicidas contra ramulária e manchas do algodão

27 de Outubro de 2023

No dia 26 de outubro, na sede da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em Brasília, foi realizada a reunião de divulgação dos resultados dos ensaios conduzidos pela Rede Nacional de Pesquisa Cooperativa com diferentes fungicidas em relação à ramulária, um fungo que afeta as folhas do algodão, bem como às manchas do algodoeiro, durante a safra 2022-2023. A rede é composta por 13 instituições de pesquisa, dez empresas parceiras e conta com o apoio da Abrapa.
Os pesquisadores analisaram a severidade e a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) da infestação da ramulária quando exposta a fungicidas multissítios, sítio-específicos e em monitoramento, além de analisar a resposta das manchas do algodoeiro à ação desses produtos.


Os ensaios foram conduzidos em 13 locais, com oito aplicações que se iniciaram 30 dias após a emergência, com reaplicações a cada 14 dias. O delineamento experimental foi realizado em blocos ao acaso, com quatro repetições e parcelas de quatro linhas de seis metros. A instalação do ensaio respeitou a época da semeadura recomendada para cada região, nos municípios de Querência (MT), Sapezal (MT), Sorriso (MT), Campo Novo do Parecis (MT), Campo Verde (MT), Primavera (MT), Chapadão do Sul (MS), São Desidério (BA), Luís Eduardo Magalhães (BA), e Formosa (GO). O objetivo foi avaliar a eficácia de controle dos principais fungicidas disponíveis.


De acordo com o coordenador da Rede Nacional de Pesquisa Cooperativa, o engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa, Fabiano Perina, os ensaios são realizados anualmente com o propósito de fornecer aos produtores informações atualizadas sobre a eficácia dos fungicidas disponíveis no mercado. Ele ressalta a importância da metodologia padronizada, que possibilita a obtenção de resultados consolidados. Isso, por sua vez, permite que os produtores desenvolvam programas de controle bem estruturados, resultando em um eficaz manejo da doença no campo. “Esse processo não apenas reduz os custos, mas também melhora a eficiência agronômica e assegura a produtividade”, afirma.
Perina destaca também que os ensaios anuais desempenham um papel fundamental na identificação de quais fungicidas estão perdendo sua eficácia devido ao desenvolvimento de resistência no campo. “Ao longo dos anos, por meio dessa Rede, tivemos a incorporação de multissítios, aumentando muito a eficiência de controle. Hoje, o produtor de algodão sabe controlar muito bem a ramulária”, enfatiza.
O gestor de sustentabilidade da Abrapa, Fábio Carneiro, ressalta a importância de os produtores e a associação contarem com uma estrutura organizada, como a da Rede, para obter informações corretas da eficácia dos pesticidas e, sem viés econômico, utilizá-las da melhor forma no campo.


Ensaios


Quanto à eficácia dos fungicidas sítio-específicos, ou seja, aqueles que têm apenas um local de ação no fungo, foram submetidos a testes dez produtos em um total de oito aplicações, utilizando um delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições. Após um intervalo de 21 dias da última aplicação, os pesquisadores avaliaram a severidade da mancha de ramulária nas plantas de algodão, obtendo resultados surpreendentes.
Na área em que nenhum produto químico foi aplicado, a taxa de severidade atingiu 33,9%, enquanto nos quatro locais de teste, o resultado ficou abaixo dos 15,3%, chegando a notáveis 8,5% de severidade da mancha de ramulária em uma das amostras.
A produtividade do algodoeiro também teve impacto significativo na pesquisa. A redução da produtividade na área sem tratamento específico em relação ao melhor tratamento de controle de sítios-específicos foi em torno de 12%. Na área em que não houve uso de fungicidas, a produtividade do algodão em caroço atingiu 282,9 arrobas por hectare. Nas demais áreas que receberam as aplicações, a média registrada em oito locais superou as 300 arrobas por hectare, chegando, em uma delas, a atingir 323,0 arrobas por hectare.


Vale destacar também os ensaios realizados com dois fungicidas multissítios, que formam na planta uma camada protetora contra a germinação dos fungos. A severidade média em locais sem aplicação dos químicos era de 23,1%. Após o monitoramento de seis áreas que receberam os fungicidas multissítios, houve uma diminuição significativa para menos de dois dígitos, chegando, em um deles, a 5,2%.
A produtividade do algodão em caroço também apresentou melhoria, saltando de 296 arrobas por hectare na região livre de fungicidas multissítios para 325,5 arrobas por hectare em um dos sete locais pesquisados.
O ensaio também apresentou resultados de sete fungicidas que estão em monitoramento, que são aqueles que estão no mercado há mais tempo. Eles apresentaram um desempenho satisfatório no resultado de produtividade, fazendo com que os números subissem de 284,6 arrobas por hectare numa área sem aplicação de fungicida para 299,4 arrobas por hectare em uma das áreas testes.


Manchas Foliares


Após oito aplicações, o percentual de severidade das manchas foliares no algodão caiu de 20,6% (área livre) para 15,3% no melhor resultado na média de quatro áreas analisadas. A desfolha por metro linear também teve destaque, passando de 13,2 folhas por metro quatro para 9,1 no menor número analisado. Já a produtividade do algodão em caroço teve uma importante evolução, passando de 323,7 arrobas por hectare na área sem pulverização para 349,7 arrobas por hectare, no melhor resultado das amostras de áreas. Com isso, foi observado que a redução da produtividade na área sem aplicação correspondeu a 7% em relação ao tratamento com melhor produtividade no ensaio.

Rede Nacional de Pesquisa Cooperativa


A Rede Nacional de Pesquisa Cooperativa é formada pelas instituições de pesquisa: Agrodinâmica Pesquisa e Consultoria Agropecuária; Fundação Bahia; Assist Consultoria e Experimentação Agronômica; Fundação Chapadão; Círculo Verde Assessoria Agronômica e Pesquisa; Fundação MT; Instituto Mato-grossense do Algodão; Ceres Consultoria Agronômica; Instituto Phytus; Desafios Agro; Ide e Associados Consultoria Agrícola; Rural Técnica; e Embrapa. E tem como patrocinadores: Adama, Ihara, Basf, Isk Biosciences, Bayer, Sipcam Nichino Brasil, Helm, Syngenta, Isagro Brasil e UPL, e conta com apoio da Abrapa.

27.10.2023
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
(71) 98881-8064
Monise Centurion – Jornalista Assistente
(17) 99611-8019

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