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Abrapa destaca papel do associativismo e da sustentabilidade na ExpoLondrina 2025

09 de Abril de 2025

O papel do associativismo no fortalecimento da cadeia produtiva do algodão e sua contribuição para a retomada do crescimento da cultura nas últimas décadas foram temas centrais da participação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) no “Seminário Algodão Paraná – Estratégias de incentivo à cotonicultura do Paraná”. Promovido pela Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) no dia 8 de abril, durante a ExpoLondrina 2025, o evento reuniu cerca de 150 pesquisadores, empresários e profissionais do setor, promovendo a troca de experiências e o debate de soluções para o avanço da cotonicultura no estado.


Durante o seminário, o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, destacou que o Brasil multiplicou por cinco sua produção de algodão utilizando uma área duas vezes menor em relação ao passado. Atualmente, o país ocupa a liderança nas exportações globais da fibra, com ênfase em qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade. Segundo ele, essa transformação é fruto de uma mudança estrutural e de mentalidade por parte dos produtores, aliada ao trabalho associativo coordenado pela Abrapa e suas entidades estaduais.


“Nos anos 1970 e 1980, o Brasil cultivava entre 4 e 4,3 milhões de hectares de algodão, produzindo pouco mais de 500 mil toneladas, fazendo com que o país se tornasse o segundo maior importador da fibra. A recuperação começou com a modernização do setor, impulsionada por investimentos em pesquisa, adoção de variedades transgênicas resistentes a pragas, e a implementação de boas práticas agrícolas, além de parcerias estratégicas com instituições como a Embrapa”, disse.


A consolidação do Brasil como potência global na produção e exportação de algodão exigiu não apenas tecnologia, mas também estratégias integradas, visão de longo prazo e organização setorial. Atualmente, praticamente toda a produção excedente do país é exportada, garantindo o abastecimento da indústria têxtil nacional e fortalecendo a presença brasileira nos mercados internacionais.


Ele também destacou as dez estratégias sustentáveis adotadas pela cotonicultura brasileira. Entre elas estão auditoria e verificação, bem-estar e segurança dos trabalhadores e produtores, conservação da vegetação nativa nas propriedades, uso eficiente da água, energia limpa, proteção do solo, manejo integrado de pragas com uso de biológicos, uso eficiente da terra, agricultura digital e de precisão, além de rastreabilidade e transparência. “A evolução do setor nas últimas décadas demonstra que é possível produzir mais e melhor, com respeito aos recursos naturais e às boas práticas ambientais e sociais”, informou.


Outro ponto enfatizado por Portocarrero foi a importância da estruturação de programas robustos que atestem, principalmente no mercado internacional, a confiabilidade e a competitividade do algodão brasileiro. Entre essas iniciativas, destacou-se o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), criado para certificar unidades produtivas com base em critérios socioambientais alinhados às melhores práticas globais. Seu sucesso permitiu a expansão para as unidades de beneficiamento (ABR-UBA) e terminais retroportuários (ABR-LOG).


A rastreabilidade da produção foi abordada como diferencial competitivo, por meio do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) e do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA). Estratégias de valorização da fibra no mercado nacional e internacional, como o movimento Sou de Algodão e a iniciativa Cotton Brazil, foram apresentadas como pilares da promoção da imagem e do consumo do algodão brasileiro.


O seminário também contou com a participação de importantes lideranças do setor. Almir Montecelli, presidente da Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar), abriu os debates. Eleusio Curvelo Freire, da Cotton Consultoria, apresentou o “Projeto Algodão Paraná”, com foco em temas como variedades, controle de pragas, doenças, ervas daninhas, colheita e transporte. Aristeu Sakamoto, do Sindicato Rural de Cambará, falou sobre custo de produção e rentabilidade, enquanto o professor João Celso dos Santos, da Orbi-Cotton, trouxe uma análise da comercialização do algodão no Brasil e no mundo.



Evento


A ExpoLondrina 2025, uma das principais feiras agropecuárias do País, que ocorre até o dia 13 de abril, celebra 63 anos de história com expectativa de superar os números da edição anterior. Em 2024 o evento registrou mais de 470 mil visitantes e movimentou aproximadamente R$ 1,26 bilhão em negócios, gerando cerca de 9 mil empregos diretos e indiretos. Ao longo do evento, câmaras técnicas discutirão as cadeias do queijo, do café, novas tecnologias, além de uma série de inovações e transações comerciais.

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Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro - safra 2023/2024 (Março de 2025)

04 de Abril de 2025

A análise por HVI do algodão brasileiro da safra 2023/2024, conduzida pelos 12 laboratórios que integram o Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), avança para sua conclusão, prevista para o dia 10 de abril, com a publicação do relatório final no dia 15 de abril. Os dados atualizados até 31 de março indicam que 16.792.692 fardos de algodão da safra 2023/24 já foram analisados, com 18.102 fardos examinados apenas no mês de março. Restam cerca 6 mil fardos a serem analisados. O relatório de março aponta a estabilidade da qualidade em relação ao ciclo anterior, com destaque para melhorias significativas em relação ao histórico, com 92% dos fardos acima de 1,11 polegadas em comprimento UHML, 95% acima de 80% em uniformidade, 95% com resistência da fibra superior a 28 gramas tex e 79% dos fardos com índice de fibras curtas (SFI) menor que 10. Confira todos os detalhes no Relatório de Qualidade da Abrapa de março através do link: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2025/04/Relatorio-de-Qualidade-do-Algodao-Brasileiro-%E2%80%93-safra-2023.24-marco.pdf

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Comitê Sou de Algodão, formado por líderes da Abrapa e apoiadores platino, Basf e Bayer, se reúne para fechamento do planejamento 2025

Durante o encontro, foram compartilhadas as conquistas de 2024 e os próximos passos do movimento

04 de Abril de 2025

Na última sexta-feira, 28/03, aconteceu a primeira reunião de 2025 do comitê de Sou de Algodão, constituído por representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e dos apoiadores platino do movimento, Basf e Bayer. Durante o encontro, foram apresentados o balanço financeiro e os resultados alcançados em 2024, bem como a previsão de apoios e investimentos para 2025, e as metas para este ano.


Estiveram presentes pela Abrapa — Gustavo Viganó Piccoli, presidente; Marcio Portocarrero, diretor executivo; Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais; Camila de Souza Preuss, assessora de relações institucionais; Alessandra Zanotto e Walter Horita, membros do comitê Sou de Algodão; pela Bayer, estavam Fernando Prudente e Giulyah Santos; a Basf compôs o grupo com Warley Palota, Alexandre Garcia e Alessandra Homem de Maia; e participaram também Luciano Thomé Castro, Augusto Lima e Silva e Manami Kawaguchi Torres, da Markestrat, assessoria estratégica e de comunicação do movimento.


Em 2024, alguns dos resultados alcançados foram a produção de 194.066 peças rastreadas pelo programa SouABR; a realização do 3o desfile Sou de Algodão na São Paulo Fashion Week (SPFW); a final do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, que totalizou 960 inscritos; a parceria com 229 novas marcas, como a Teka e a Mash; visitas guiadas e palestras em universidades parceiras; e seis dias de Cotton Trip com 200 visitantes.


Warley Palota, gerente sênior de Marketing Algodão da Basf, citou que é uma grande satisfação apoiar o movimento Sou de Algodão, e ver o quanto ele tem evoluído para uma maior conscientização e promoção da fibra natural, junto aos consumidores brasileiros. “Não é apenas falar do algodão, mas sim como ele é produzido, da semente ao guarda-roupa, de forma sustentável. Acreditamos no movimento e na parceria com a Abrapa,  e esperamos que em 2025 possamos avançar ainda mais, junto aos consumidores”, ressaltou.


“A Bayer vem participando desde a inauguração do movimento Sou de Algodão, inclusive fomos um dos idealizadores do projeto junto com a Abrapa. Acompanhar o trabalho de conscientização sobre o uso da fibra natural do algodão para fora da cadeia traz um ganho de imagem importantíssimo para todo o setor cotonicultor.  Que o movimento siga impactando cada vez mais a sociedade, dando visibilidade ao cultivo sustentável que envolve toda a cadeia do algodão. Desejamos mais um ano de sucesso ao time do Sou de Algodão e à Abrapa pela iniciativa”, completou Fernando Prudente, Líder do Negócio de Algodão da divisão agrícola da Bayer.


Em relação ao planejamento e metas para 2025, o grupo destacou os principais projetos: expansão do SouABR, programa de rastreabilidade, com o lançamento da política de participação; 5ª edição da Cotton Trip, com quatro dias de imersão em São Paulo e em Goiás; lançamento do 4º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores; e realização do 4º desfile Sou de Algodão na SPFW, em outubro. Além disso, estão previstas ações que envolvem canais digitais, marcas e universidades parceiras.


A reunião foi finalizada com uma avaliação dos resultados do movimento e também de rumos estratégicos para o futuro. Atualmente, Sou de Algodão é considerado uma marca de valor, sendo referência para outros setores do agro e tendo muita abertura com a indústria têxtil nacional.


“Nossos apoiadores são muito importantes no que diz respeito ao fomento da nossa iniciativa. É essencial nos reunirmos para discutir os resultados alcançados, e também a visão de futuro do Sou de Algodão. Temos muitos projetos e ações à vista com o movimento, e estamos trabalhando em conjunto para fazer acontecer”, declarou Silmara Ferraresi.

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Abrapa acompanha início da impressão de etiquetas e lacres do SAI para a safra 2024/2025

04 de Abril de 2025

Após a abertura do Sistema Abrapa de Identificação (SAI) para a safra 2024/2025, no dia 1º de abril, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) realizou, nos dias 3 e 4, visitas técnicas às gráficas homologadas para a emissão das etiquetas e lacres de mala. A equipe esteve na Grif Rótulos e Etiquetas Adesivas, Indústria Gráfica Brasileira Ltda e Rótulos Prakolar Sato para acompanhar o início dos trabalhos de impressão e garantir que tudo ocorra conforme o planejado, uma vez que houve melhorias no processo de checagem tanto na etiquetas quanto dos lacres.


Nesta safra, o QR Code das etiquetas segue o padrão GS1 Digital Link, com um nível de correção de erros H, garantindo mais qualidade na leitura. A etiqueta SAI foi ajustada, ficando 5 mm mais fina, otimizando o uso da matéria-prima sem comprometer a qualidade. O liner do vinil foi reformulado, com peso reduzido de 80g de para 60g, tornando-se mais leve e sustentável.


Para tornar o processo ainda mais preciso, as gráficas passaram a utilizar sensores de visão, capazes de inspecionar a etiqueta em sua totalidade — e não apenas o código de barras. “Esse investimento visa reduzir ao máximo a ocorrência de etiquetas faltantes ou duplicadas. O sistema também atribui uma nota de qualidade à impressão: padrões A e B são aceitos, mas se o equipamento identificar uma nota C,  a produção é paralisada.


O material é descarado e impresso novamente. Esses avanços são fundamentais para garantir a excelência em todas as etapas da produção”, destacou Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Abrapa.


As gráficas já iniciaram a produção dos materiais, que incluem lacres e etiquetas em BOPP adesivo, vinil adesivo e vinil adesivo com ilhós. A qualidade das tags é essencial, pois cada etiqueta possui uma numeração única para assegurar a rastreabilidade do algodão brasileiro. Até o momento, 59 Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs) já estão habilitadas no sistema e outras 19 se inscreveram para obter a autorização e começar a fazer seus pedidos. Já foram geradas 3.356.500 etiquetas e 17.910 lacres, totalizando 41 pedidos gerados e 1 em geração.


A Abrapa estima a utilização de  18,4 milhões de etiquetas nesta temporada, considerando a projeção de produção de 3,95 milhões de toneladas de algodão no Brasil.


Expectativas


Os representantes das gráficas destacaram o crescimento na demanda e os investimentos realizados para aprimorar a qualidade e segurança das etiquetas.


O diretor comercial da Grif Rótulos, Fernando Pirutti, ressaltou o aumento nas negociações antecipadas e a evolução do controle de fabricação das etiquetas. “Os volumes parecem ser maiores do que nos anos anteriores, indicando uma expectativa de crescimento. Além disso, os aprimoramentos implementados nos últimos três anos garantem mais segurança e confiabilidade aos usuários.”


Sócio da IGB, Fernando Rimini, destacou os avanços na inspeção de qualidade. “Aumentamos nossa produção em cerca de 17%, realocamos a operação para um espaço exclusivo e implementamos dois novos sistemas de inspeção, um por imagens e outro offline, garantindo 100% de controle sobre possíveis falhas”, afirmou.


Já o diretor executivo da Rótulos Prakolar Sato, Mauricio Medici, comentou sobre o crescimento esperado: “Esperamos um aumento de 30% no faturamento com as etiquetas SAI. Além disso, estamos alinhados com os novos procedimentos e controles implementados pela Abrapa para garantir ainda mais qualidade no processo.”


Sobre o SAI


O Sistema Abrapa de Identificação foi implementado em 2004 como parte do pilar de rastreabilidade da entidade. Ele desempenha um papel crucial no rastreamento do fardo de algodão, fornecendo informações detalhadas sobre a origem da produção, o produtor, certificações da fazenda, unidade de beneficiamento e qualidade da fibra, incluindo os resultados de HVI e laboratório de classificação.


Com a ampliação da rastreabilidade e aprimoramento das tecnologias envolvidas, o SAI reafirma seu compromisso com a transparência e a qualidade do algodão brasileiro no mercado global.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #13/2025 04/04/2025

04 de Abril de 2025

Destaque da Semana - Esta semana, a guerra comercial dos EUA se tornou global com tarifas adicionais a mais de 180 países. Futuros de algodão bateram limite de baixa após o “tarifaço”. A China, país mais atingido, anunciou hoje nova retaliação aos EUA.


 Algodão em NY - O contrato Jul/25 fechou nesta quinta 03/abr cotado a 65,71 U$c/lp (-3,8% vs. 27/mar). O contrato Dez/25 fechou em 67,55 U$c/lp (-3,9% vs. 27/mar).


Basis Ásia - Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 854 pts para embarque Abr/Mai-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 03/abr/25).


Baixistas 1 - O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou em comunicado que as tarifas anunciadas pelo governo americano "ameaçam a economia mundial".


Baixistas 2 - Os EUA são o principal mercado importador de produtos têxteis e confecções. Dos 10 maiores exportadores para o país, somente o México não foi atingido nessa rodada de tarifas.


Baixistas 3 - Todos os 10 maiores mercados de exportação de algodão do Brasil foram atingidos pelo tarifaço: China (34%), Vietnã (46%), Paquistão (29%), Bangladesh (37%), Turquia (10%), Índia (26%), Indonésia (32%), Malásia (24%), Egito (10%), Coreia do Sul (25%).


Baixistas 4 - Para a China, a tarifa adicional de 34% deverá somada aos 20% já anunciados em fevereiro deste ano, totalizando 54% de tarifa adicional.


Altistas 1 - Com negociações em andamento, acordos entre países podem ser anunciados, dando mais segurança ao mercado.


Altistas 2 - Como consequência das medidas dos EUA, especula-se que a Índia pode rever suas tarifas de importação de algodão, atualmente em 11%. Só não se sabe se será somente para os EUA ou todos os países.


Altistas 3 - O USDA confirmou uma redução significativa (12%) na área total a ser plantada com algodão em 2025. Além disso, mais da metade da área será em regiões de alto risco climático.


Tarifaço 1 - Em 2 de abril, os EUA anunciaram tarifas de importação adicionais de 10% a 49% para mais de 180 países. A medida, que entra em vigor amanhã (5), gerou enorme reação negativa nos mercados.


Tarifaço 2 - Em um só dia, as bolsas americanas perderam US$ 2,5 trilhões em valor de mercado. Isso é mais que o PIB brasileiro.


Tarifaço 3 - Marcas e varejistas de roupas nos EUA estão insatisfeitos. O país importa 98% das roupas, principalmente da Ásia. Mais tarifas levarão à queda nas vendas e nos lucros. Reflexo: ações caíram muito na bolsa esta semana.


Tarifaço 4 - Já o mercado do algodão, que vinha em tendência de alta moderada, caiu forte após o anúncio das tarifas, atingindo o limite diário de baixa após o anúncio.


Tarifaço 5 - O Governo Chinês informou nesta sexta-feira (4) que irá impor tarifas adicionais de 34% sobre todos os produtos dos EUA a partir de 10 de abril, além de outras medidas de retaliação.


Tarifaço 6 - No entanto, como novos anúncios de tarifas ou acordos não estão descartados, o clima é de alerta, com muita volatilidade nos mercados.


Tarifaço 7 - O Brasil ficou entre os países menos impactados no tarifaço desta semana. Isso pode atrair investimentos para a maior industrialização no país. Os impactos para o algodão não serão no curto prazo.


ICAC - Em seu último relatório, o ICAC projetou 25,9 milhões tons de produção mundial de algodão em 2024/25 (+7,38% frente 2023/24). O consumo ficou em 25,5 milhões tons – alta de 2,27%.


EUA 1 - O USDA projeta* 9,87 milhões de acres* de área plantada de algodão neste ano. É um número menor que o divulgado pelo órgão em fev/25. Confirmando-se, será 12% inferior à área registrada em 2024.


EUA 2 - Preocupa o fato de que quase 60% da área plantada nos EUA foi identificada no Texas e em Oklahoma, estados suscetíveis ao abandono da cultura e com menores índices de produtividade.


EUA 3 - No ano passado, a área plantada foi de 11,2 milhões de acres. Para este ano, o USDA projetou inicialmente 10 milhões de acres enquanto o NCC projetou 9,6 milhões de acres em fevereiro.


China 1 - Na área de Xinjiang, principal região produtora de algodão na China, o clima adverso tem prejudicado o desenvolvimento das lavouras, que estão nos primeiros estágios após o plantio.


China 2 - Os estoques de algodão continuam altos na China, porém a demanda por fios melhorou e os estoques de fios diminuíram significativamente. O governo local está adotando medidas para estimular o mercado interno.


Exportações - Os dados sobre as exportações semanais de algodão brasileiro serão divulgados somente hoje à tarde.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 03-04


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil - cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Abrapa participa de visita técnica para discutir estratégias de controle da mancha-alvo

04 de Abril de 2025

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou, na última segunda-feira (31), de uma visita técnica na Estação Experimental da Staphyt, em Formosa (GO) – empresa que realiza pesquisas e ensaios de campo com os defensivos e novas cultivares nas diferentes culturas agrícolas. Durante o encontro, foram discutidas soluções eficazes no manejo da mancha-alvo e o desempenho das tecnologias disponíveis no mercado para a prevenção e controle da doença. A mancha-alvo, doença foliar causada pelo fungo Corynespora cassiicola, que ocasiona a desfolha precoce das plantas cultivadas, vem afetando a produtividade nas lavouras de algodão e de soja nesta safra, tornando-se um desafio para os produtores combatê-la.


Os debates enfatizaram a necessidade de soluções eficazes para a mancha-alvo, reforçando a importância de um manejo integrado que combine práticas agronômicas, uso de defensivos e desenvolvimento de cultivares resistentes. Na ocasião, o consultor técnico da Abrapa, Edivandro Seron, destacou a importância da Lei 14.785/23, que estabelece um novo marco regulatório para defensivos agrícolas, priorizando a introdução de novas moléculas e harmonizando padrões internacionais, o que agiliza o registro de novos produtos para combater a doença. Em seu discurso, ele também ressaltou o comprometimento da Abrapa na busca por soluções que garantam a segurança e a sustentabilidade da produção algodoeira.


“A Abrapa tem cobrado dos órgãos reguladores maior celeridade na aprovação de novas moléculas fungicidas para o controle mais eficiente e para que o cotonicultor consiga manejar a resistência do fungo aos fungicidas atualmente disponíveis no mercado”, ressaltou Seron.


Compartilha da mesma opinião, o presidente do Instituto Goiano de Agricultura (IGA) e da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Haroldo Rodrigues Cunha, convidado a participar do evento. "Um dos principais objetivos desse encontro foi levar ao Ministério da Agricultura a importância de considerar a mancha-alvo como uma praga prioritária para o registro de novas moléculas mais eficientes no seu controle. Durante a visita, foram apresentados os resultados de uma dessas moléculas em teste, buscando sensibilizar o Ministério a dar prioridade a esse processo, para que possamos contar com um fungicida mais eficaz no combate à doença”, afirma Cunha.


A visita teve a presença de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que junto aos demais participantes, tiveram a oportunidade de acompanhar ensaios de campo, avaliar novas tecnologias de manejo e discutir estratégias para o controle da doença, que se espalha rapidamente entre as culturas e pode causar perdas significativas na produtividade.


O fungo Corynespora cassiicola atinge aproximadamente 530 espécies de plantas e se dissemina por meio de sementes infectadas, restos culturais, ventos e chuvas. Estudos apontam que o problema é agravado por condições de alta umidade e pelo cultivo em espaçamentos reduzidos, fatores que favorecem a propagação do fungo.

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Iniciativas de sustentabilidades do algodão brasileiro reconhecidas pela WWF Brasil como exemplos, em evento em São Paulo

03 de Abril de 2025

Convidada pela WWF Brasil, uma das mais respeitadas entidades da sociedade civil organizada de defesa ambiental em todo o mundo, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou, na tarde desta quarta-feira (02), do evento “Tecendo o Futuro – Por uma cadeia responsável do algodão no Brasil”. O encontro reuniu, em São Paulo, a cadeia produtiva da fibra, indústria, tradings, varejistas nacionais e internacionais, bancos e o Governo para debater estratégias financeiras, agronômicas e de mercado, para um futuro mais sustentável.


O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, apresentou a evolução da cotonicultura no país e reforçou a importância da conscientização do mercado acerca da sustentabilidade do algodão brasileiro. Dentre os presentes, representantes da Better Cotton (BC), ANEA, ABIT, Appa, Agopa, SLC Agrícola, Louis Dreyfus Company, Rabobank, Renner, Capricórnio Têxtil, Grupo Veste Bem, Calvin Klein e Ikea.


A Abrapa destacou os desafios que o setor algodoeiro enfrenta para manter sua competitividade e sustentabilidade. Entre as iniciativas em andamento, estão o monitoramento das emissões de gases de efeito estufa, realizado em parceria com Abiove, e estudos sobre o consumo e a qualidade da água. “Atualmente, 92% da produção de algodão no Brasil é realizada em sistema de sequeiro”, lembrou. Outro ponto abordado foi o avanço no uso de produtos biológicos para controle de pragas e doenças. “Cerca de 25% dos defensivos utilizados na cotonicultura brasileira são biológicos, com perspectivas de crescimento conforme avançam as pesquisas na área”, afirmou Portocarrero.


O diretor também apresentou as 10 estratégias sustentáveis adotadas pela cotonicultura brasileira: Auditoria e Verificação; Bem-estar e segurança dos trabalhadores e produtores; Conservação da vegetação nativa nas propriedades; Uso Eficiente de Água; Energia Limpa; Proteção do Solo; MIP (Manejo Integrado de Pragas) e uso de biológicos; Uso Eficiente da Terra; Agricultura Digital e de Precisão e Rastreabilidade e Transparência. “A evolução do setor nas últimas décadas é uma prova de que é possível produzir mais e melhor, preservando recursos naturais e promovendo boas práticas ambientais e sociais”, afirmou, lembrando ainda a inclusão de pequenos produtores na cadeia produtiva do algodão, com a filiação recente da Associação dos Produtores de Algodão do Ceará à Abrapa. A entidade reforçou a importância de levar tecnologia e capacitação para pequenos produtores, permitindo que eles também façam parte da cadeia de valor do algodão brasileiro.



Avanços reconhecidos


O programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e a iniciativa SouABR foram reconhecidos pela WWF e painelistas como referências em certificação de boas práticas, transparência e rastreabilidade na cadeia produtiva, que podem embasar políticas públicas e de financiamento para um algodão livre de desmatamento ilegal e especulativo, e o enfrentamento das mudanças climáticas. “Como organização da sociedade civil, a gente, obviamente, vai continuar sempre crítico, puxando a régua, elevando o nível de exigências, porque a gente entende que esse é o nosso papel, como guardiões dessa agenda, mas também reconhecemos os avanços e queremos estar juntos, ajudando a catalisar os resultados para mostrar isso para outras cadeias. Provar que é possível, porque eu acho que é com bons exemplos que a gente se inspira. A gente vai continuar. Tem muita sinergia para tecer um tecido muito legal dentro desse setor. Então, eu agradeço a presença de vocês. O nosso time WWF está à disposição para a gente seguir em conversa para essa jornada”, finalizou a diretora de Relações Corporativas do WWF-Brasil, Daniela Teston.

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Produção global de algodão em 2024/25 deve aumentar 7,38%

O consumo global em 2024/25 deve aumentar 2,28% ante a temporada anterior, informa Icac

03 de Abril de 2025

A produção mundial de algodão deve alcançar 25,9 milhões de toneladas na temporada 2024/25, que começou em agosto passado, informou o Conselho Consultivo Internacional do Algodão (Icac, na sigla em inglês) em relatório mensal. O volume representa aumento de 7,38% ante a estimativa para a temporada 2023/24, de 24,12 milhões de toneladas.


O consumo global de algodão em 2024/25 deve aumentar 2,28% ante a temporada anterior, para 25,53 milhões de toneladas.


As exportações tendem a aumentar 0,65%, para 9,95 milhões de toneladas, disse o Icac. Já os estoques finais podem subir 1,94%, para 19,2 milhões de toneladas.

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Algodão atinge maior preço nominal em 2 anos

Média de R$ 4,2148/lp em março reflete postura firme de vendedores, enquanto negociações no mercado nacional seguem travadas

03 de Abril de 2025

O preço médio do algodão em pluma atingiu, em março, o maior valor nominal dos últimos dois anos. O Indicador Cepea/Esalq, com pagamento em 8 dias, registrou uma média de R$ 4,2148 por libra-peso, o maior patamar desde abril de 2023, representando uma alta de 1,71% em relação a fevereiro de 2025. No entanto, em termos reais, ajustados pelo Índice Geral de Preços —  Disponibilidade Interna (IGP-DI) de fevereiro de 2025, o valor foi 8,32% inferior ao de março de 2024.


O motivo do recorde, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), é a posição firme dos vendedores nesta entressafra, que estão atentos à valorização dos contratos da Bolsa de Nova York e à alta do Índice Cotlook A (referente à pluma posta no Extremo Oriente).


Segundo os pesquisadores do Cepea, os produtores estão se capitalizando com a entrega dos produtos vendidos antecipadamente em contratos a termo ou ainda com a comercialização da soja da nova temporada.


Em relação ao mercado de compra e vendas imediatas, o spot nacional, as negociações ficaram limitadas por mais um mês, porque os compradores e vendedores tiveram dificuldade em chegar a um acordo sobre preço e qualidade dos lotes disponibilizados. A variação diária de preços do algodão pode ser conferida no site do Cepea.

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Nota de Falecimento - Francisco Renato Linhares Tavares

02 de Abril de 2025

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) manifesta seu profundo pesar pelo falecimento de Francisco Renato Linhares Tavares, ocorrido em 1º de abril de 2025. Renato foi um profissional admirável, cuja dedicação e contribuição para o setor algodoeiro deixaram um legado significativo.
Ao longo de sua trajetória, atuou como membro do Conselho de Administração da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), no mandato 2017/2019, e integrou a Junta de Corretores de Algodão no biênio 2021/2023. Seu trabalho colaborou com o desenvolvimento da cadeia do algodão no Brasil, contribuindo para a valorização e a solidez do setor, sempre com compromisso e profissionalismo.
Neste momento de dor, expressamos nossas mais sinceras condolências à família, amigos e colegas de trabalho. Que encontrem conforto nas lembranças e no impacto positivo que Renato deixou em todos que tiveram o privilégio de conviver com ele.


Abrapa

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