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Adesão ao Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) cresceu na safra 2023/2024

30 de Janeiro de 2025

O Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), iniciativa voltada à sustentabilidade do algodão do Brasil, promovida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), chegou a 451 unidades produtivas, com volume de 3,04 milhões de toneladas de algodão certificado, na safra 2023/2024. Isso significa que o programa está presente em 83% da produção nacional. Em relação ao ciclo anterior, quando registrou 374 fazendas e 2,67 milhões de toneladas, foram 20,6% a mais no número de adesões, com incremento de 14% na produção certificada.


Para o presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, esses avanços destacam o compromisso dos produtores com melhores práticas nas dimensões social, ambiental e econômica, reforçando o protagonismo do Brasil no mercado global de algodão responsável.


"Após mais de dez anos de atuação, o ABR se consolida como um pilar fundamental para a promoção de uma produção responsável e sustentável de algodão no Brasil, sendo um catalisador de transformação no setor. O programa incentiva práticas agrícolas que respeitam as leis ambientais e trabalhistas brasileiras, promovendo a melhoria contínua nas propriedades rurais", afirma.


Criado em 2012, o ABR visa a padronizar e promover o aperfeiçoamento constante na gestão de recursos naturais, condições de trabalho e técnicas de cultivo nas fazendas de algodão. Com adesão voluntária, o programa atesta a conformidade com normas trabalhistas e ambientais brasileiras, além de critérios internacionais, em parceria com a Better Cotton (BC), uma das principais licenciadoras de sustentabilidade do mundo.


Fazendas em sete estados brasileiros participaram do programa na última safra, contribuindo de forma significativa para o avanço da sustentabilidade no setor. Mato Grosso, com 284 unidades produtivas, liderou a produção certificada, com 2.125.910 toneladas, seguido pela Bahia (641.555 toneladas) e Maranhão (55.682 toneladas). Além disso, as fazendas ABR geraram mais de 41 mil empregos diretos, incluindo 4.891 vagas para mulheres.


Visibilidade Internacional


De acordo com o último relatório publicado, o Brasil é responsável por 48% da produção mundial licenciada pela Better Cotton, destacando-se como referência em produção responsável. De todo algodão licenciado pela BC no mundo, mais de um terço foi cultivado em fazendas brasileiras.


Nos quatro municípios brasileiros com maior produção de algodão ABR, a população dobrou nos últimos 20 anos, refletindo em uma melhoria significativa na qualidade de vida. De acordo com o índice Firjan, a qualidade de vida desses municípios supera em 16,8% a média brasileira do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Nos últimos dez anos, o IDH nessas cidades cresceu 0,5% acima da média nacional. Outro diferencial do programa é o baixo consumo de água: apenas 7% da área plantada no Brasil utilizou irrigação na última safra, um índice bem abaixo da média global de 45%.


Para o presidente da Abrapa, alavancar a produção com práticas sustentáveis, inovação e governança é essencial para manter o Brasil como líder em longo prazo no mercado global de algodão e fortalecer sua presença no cenário internacional. "Programas como o ABR fornecem diretrizes abrangentes e completas para a produção de fibra dentro de parâmetros responsáveis", conclui.


Leia o relatório completo: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2025/01/Relatorio-da-safra-2023-2024-ABR.pdf 

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SouABR encerra 2024 com mais de 190 mil peças rastreáveis

Programa de rastreabilidade da Abrapa fortalece a transparência na cadeia têxtil, amplia parcerias com grandes marcas e impulsiona a conexão entre campo e consumidor

29 de Janeiro de 2025

O SouABR, primeiro programa de rastreabilidade de ponta a ponta da cadeia têxtil, encerrou 2024 com resultados expressivos: mais de 190 mil peças finais rastreáveis, distribuídas por marcas como Almagrino, C&A, Calvin Klein, Döhler e Veste S.A. A iniciativa, promovida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) por meio do movimento Sou de Algodão, conta com a participação de 79 produtores e 99 fazendas, que disponibilizaram informações sobre mais de 41 mil fardos de algodão rastreados, ao longo do ano.

O trabalho e esforço para entregar a rastreabilidade ao consumidor final foram reconhecidos ao ganhar o primeiro lugar no Prêmio AMCHAM 2024, um dos mais renomados reconhecimentos à inovação sustentável no Brasil. As peças jeans lançadas pela C&A, em fevereiro do mesmo ano, foram um dos destaques da premiação, que é promovida há mais de 40 anos pela AMCHAM – Câmara Americana de Comércio - e destaca práticas empresariais que impulsionam uma economia mais responsável e inovadora. A coleção vencedora contou com o blend de 53.460kg de algodão produzidos em cinco fazendas brasileiras, certificadas pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), 2.207,23 kg de fio e 3.713,40 m de tecidos da Santana Textiles, que, após o trabalho da confecção Emphasis, resultaram em 2.500 calças jeans rastreadas.

“O SouABR atingiu importantes marcos em 2024, como o lançamento das primeiras toalhas rastreáveis do Brasil, em parceria com a Döhler, e a adesão de grandes varejistas, como Calvin Klein e Veste S.A., dona de marcas como Dudalina e Individual. Esses avanços reforçam nosso compromisso com a rastreabilidade e a responsabilidade, conectando o campo ao consumidor final”, destaca Gustavo Piccoli, presidente da Abrapa.

O programa também registrou resultados significativos em outros segmentos da cadeia produtiva, alcançando mais de 1,75 milhão de quilos de fios, 160 mil metros de tecidos, 135 mil quilos de malhas e 205 mil peças confeccionadas.

Alexandre Afrange, CEO da Veste S.A., ressalta a importância da iniciativa para a moda brasileira: “A rastreabilidade completa das peças não apenas conecta o consumidor à história por trás de cada produto, mas também eleva os padrões de sustentabilidade e ética na indústria da moda. Começamos o projeto com 80 mil peças rastreáveis e nosso objetivo é expandir cada vez mais essa iniciativa para os demais produtos que utilizam a fibra de algodão como principal matéria-prima. Não se trata apenas de inovação tecnológica, mas de um movimento maior de transformação do setor.”

Pedro Sávio, sócio-fundador da Almagrino, destaca o SouABR como uma referência global em responsabilidade e moda consciente: “Por meio dessa iniciativa, demonstramos ao mercado consumidor nosso comprometimento com os mais altos padrões socioambientais. Na Almagrino, sentimos muito orgulho em fazer parte desse projeto e contribuir ativamente para o desenvolvimento de novos produtos e melhorias no processo de rastreabilidade.”

"Estamos muito satisfeitos com o resultado, repercussão e adesão do mercado a nossa toalha de algodão rastreável. Um projeto como esse não apenas garante a origem responsável do algodão, mas reforça nossa transparência com o consumidor que vai poder conhecer desde a fazenda em que o algodão foi colhido, passando pela fiação, tecelagem até a confecção final da peça.  A gente busca, sobretudo, um futuro mais sustentável”, destaca Marco Aurélio Braga, head de Comunicação e Marketing da Döhler.

Os resultados expressivos do SouABR em 2024 reforçam a importância da rastreabilidade na indústria têxtil, conectando consumidores à origem dos produtos e promovendo práticas mais sustentáveis e transparentes. “Com a adesão de grandes marcas e o reconhecimento em premiações de inovação, o programa segue impulsionando a transformação do setor, elevando os padrões de responsabilidade socioambiental e consolidando o Brasil como referência global em moda consciente”, finaliza Piccoli.



Para acessar o relatório completo do programa SouBR 2024, clique no link: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2025/01/Relatorio-SouABR-2024.pdf 

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IPA realiza primeira reunião de 2025 sob nova gestão, com balanço de resultados e expectativas para o futuro

29 de Janeiro de 2025

Em 28 de janeiro, o Instituto Pensar Agropecuária (IPA) realizou sua primeira reunião de 2025, marcando o início da gestão da nova presidente, Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB, eleita para liderar o instituto no biênio 2025-2027. O encontro híbrido realizado, em Brasília, reuniu representantes de diversas entidades do setor agropecuário, incluindo Marcio Portocarrero, representante da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), e apresentou o relatório anual de 2024, destacando avanços e metas para o próximo ano.


Sob a nova gestão, o IPA reforçou seu compromisso com a defesa do agronegócio brasileiro e apresentou conquistas importantes do ano anterior. Entre os destaques, está a aprovação da Lei dos Bioinsumos (15.070/2024), que regulamenta e incentiva a produção de insumos biológicos no Brasil, promovendo práticas sustentáveis. Também foi enfatizada a atuação no programa de Socorro ao Rio Grande do Sul, que implementou medidas emergenciais para apoiar produtores afetados pela seca, como renegociação de dívidas rurais e suspensão temporária de pagamentos.


Outro marco relevante foi a aprovação da Reforma Tributária (Lei Complementar nº 214/2025), que incluiu demandas estratégicas do setor, como a regulamentação da cesta básica e incentivos fiscais para a cadeia produtiva do agro.


Na esfera institucional, o relatório destacou números expressivos. Das 8.014 votações realizadas na Câmara dos Deputados, 84,9% foram favoráveis à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). No Senado Federal, dos 205 projetos de interesse pautados, 97 foram aprovados. A equipe técnica do IPA intensificou suas atividades em 2024, orientando 548 comissões, um aumento significativo em comparação às 81 orientações de 2023. Além disso, o instituto participou de 122 reuniões de comissões e apresentou 177 emendas, das quais 84 foram voltadas para a regulamentação da reforma tributária.


Portocarrero ressaltou os impactos positivos dessa articulação. "A parceria entre o IPA, a FPA e as entidades representativas, tem sido essencial para garantir conquistas importantes para o setor agropecuário. Em 2025, continuaremos trabalhando para enfrentar os desafios e fortalecer o protagonismo do agro brasileiro”, declarou.


A reunião reafirmou o papel do IPA como líder nos debates e soluções para os desafios do setor agropecuário, apontando para um ano de intensas atividades e novas conquistas.


Sobre o IPA


O Instituto Pensar Agropecuária é uma organização voltada para a articulação de políticas públicas e iniciativas estratégicas que promovam o desenvolvimento sustentável do agronegócio.


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Sai a soja e entra o algodão em Mato Grosso

27 de Janeiro de 2025

O plantio de algodão em Mato Grosso, previsto para ser concluído até o final de janeiro, deverá se estender por boa parte de fevereiro devido ao atraso na safra de soja. Na reportagem do Globo Rural, são destacados os desafios da safra 2024/2025 no estado, que é o maior produtor de algodão do Brasil. O presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, comenta as expectativas dos produtores em garantir qualidade e produtividade, essenciais para atender à demanda global e manter o algodão brasileiro como referência no mercado internacional. Confira a reportagem no link: https://globoplay.globo.com/v/13286936/ 

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A partir da rastreabilidade das peças, Veste quer aumentar a ética na indústria da moda

As marcas Dudalina e Individual contarão com novas coleções com 80 mil peças rastreáveis, mas a expectativa é expandir para demais produtos de algodão

27 de Janeiro de 2025

Veste, dona das marcas Dudalina e Individual, acaba de apresentar suas primeiras coleções com peças rastreáveis. A novidade, divulgada com exclusividade à EXAME, permite que os clientes conheçam toda a jornada do produto a partir da leitura de QR Codes, que ilustram desde o cultivo do algodão até a confecção das peças.


O objetivo é que os consumidores possam conhecer mais do histórico da responsabilidade socioambiental das vestimentas, promovendo maior transparência e consumo consciente sobre as condições na cadeia produtiva.


A estratégia parte da adesão da Veste ao movimento Sou de Algodão. A iniciativa garante que peça com 70% de algodão em sua composição e provem de origens certificadas e responsáveis sejam registradas em blockchain, possibilitando que o compromisso com o meio ambiente e os trabalhadores seja mantido na produção.


O CEO da Veste S/A, Alexandre Afrange, contou que a ação ajuda a aumentar os padrões de sustentabilidade e ética na indústria. “Começamos o projeto com 80 mil peças rastreáveis e nosso objetivo é expandir cada vez mais essa iniciativa para os demais produtos que utilizam a fibra de algodão como a principal matéria-prima”, disse.


"A adesão de mais marcas reforça o compromisso do setor com a transparência e a sustentabilidade, permitindo que mais consumidores conheçam a jornada do algodão brasileiro, desde o campo até a peça final", afirma Gustavo Piccoli, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Segundo ele, a iniciativa valoriza o trabalho dos produtores, além de promover uma conexão mais consciente entre quem produz e quem consome.


Sustentabilidade na moda


Além o rastreamento dos produtos, a Veste ainda conta com metas globais de sustentabilidade, como sua adesão ao The Fashion Pact em 2022. "Somos o único membro da América Latina nessa coalizão global, que busca proteger o clima, a biodiversidade e os oceanos", explica o CEO da companhia.


Segundo Afrange, a empresa pretende submeter suas metas de redução de emissões à Science Based Targets Initiative até 2025, além de integrar o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 até 2030. "Essa iniciativa não é apenas inovação tecnológica, mas parte de uma transformação maior no setor", reforça o executivo.

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Nota de Pesar

27 de Janeiro de 2025

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) manifesta seu pesar pelo falecimento de Terezinha Gouveia Guimarães, mãe de Orcival Gouveia Guimarães, presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa).


Dona Terezinha, aos 92 anos, deixa um legado de amor, dedicação e valores que foram a base de sua família, ao longo de quase um século de uma existência plena de felicidade e afeto. Neste momento de tristeza, toda a cadeia produtiva do algodão se solidariza com Orcival e seus familiares, desejando-lhes conforto e força para enfrentar esta perda irreparável.


Nossos mais sinceros sentimentos.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #03/2025 24/01/2025

24 de Janeiro de 2025

Destaque da Semana 1 - Esta semana, a posse do 47º presidente dos EUA, Donald Trump, foi o assunto mais relevante do mercado, que continua absorvendo todas as mudanças que virão neste novo mandato.


Destaque da Semana 2 - Na Ásia, a próxima semana marca a chegada do Ano Novo Lunar, o ano da Serpente. Além da China, Vietnã, Coreia do Sul, Malásia e Indonésia estarão em celebrações, com atividades comerciais muito reduzidas.


Algodão em NY - O contrato Mar/25 fechou nesta quinta 16/jan cotado a 67,47 U$c/lp (+1,1% vs. 16/jan). O contrato Dez/25 fechou em 69,46 U$c/lp (+1,4% vs. 16/jan).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia é de 886 pts para embarque Fev/Mar-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36)), fonte Cotlook 23/jan/25.


Baixistas 1 - O mercado continua bem ofertado de algodão em relação à demanda atual. Com isso, as indústrias tendem a comprar somente para atender suas necessidades mais imediatas.


Baixistas 2 - O novo governo dos EUA anunciou tarifas de 25% para produtos do México e Canadá a partir do próximo mês. Em breve, a política para os demais países será divulgada.


Altistas 1 - Dólar mais fraco e mercado de grãos aquecido ajudaram os contratos futuros de algodão nesta semana, estabilizando em seguida.


Altistas 2 - A discussão sobre a expectativa da área plantada com algodão pelos EUA continua. A última previsão foi de 11,2 milhões de acres, mas pode haver redução caso as cotações se mantenham no patamar atual.


China 1 - Foram importadas 135.880 tons de algodão pela China em dez/24 (pouco mais da metade do realizado em dez/23). O Brasil respondeu por 55% do total.


China 2 - Nos 5 primeiros meses do ano comercial, a importação somou 616.917 tons (-48% que o realizado no mesmo período de 2023/24). Desse total, 39% saíram do Brasil.


China 3 - Já em relação a fios de algodão, os chineses importaram 153.056 tons em dez/24 - maior volume mensal desde mar/24, embora inferior ao realizado em dez/23.


China 4 - O maior exportador de fios de algodão para a China é o Vietnã (58%), seguido pelo Paquistão (12%) e pela Índia (6%).


Austrália - O estresse térmico na Austrália, que registrou temperaturas superiores a 40°C, preocupa. A colheita da nova safra começa em março.


Índia 1 - A Cotton Association of India estima uma safra de 5,18 milhões tons e consumo de 5,36 milhões tons, enquanto o USDA projeta 5,44 milhões tons e 5,66 milhões tons, respectivamente.


Índia 2 - Em relação à importação de algodão, a projeção é de 440 mil tons, contra as 570 mil tons estimadas pelo USDA.


Exportações 1 - As exportações brasileiras de algodão somaram 265,6 mil tons até a 3ª semana de janeiro. A média diária de embarque é 94,6% superior que a registrada no mesmo mês de 2024.


Exportações 2 - No acumulado de jan/25, o algodão é o 2º maior produto do agro brasileiro em receita, com US$ 455,3 milhões. Fica atrás apenas do café não torrado (US$ 799,6 milhões), mas à frente do milho (US$ 436,5 milhões) e da soja (US$ 223,5 milhões).


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (23/01), foi finalizado o processo de beneficiamento nos estados de GO, MA, MG, MS, PR e SP, restando ainda os estados da BA (99%), MT (96%) e PI (98,9%). Total Brasil: 96,87%.


Plantio 2024/25 - Até ontem (23/01), foram semeados nos estados da BA (74,9%), GO (84,08%), MA (72%), MG (90%), MS (98%), MT (29%), PI (78%), PR (100%) e SP (84%). Total Brasil: 42,31%.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


tabela 23.01


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #02/2025 17/01/2025

17 de Janeiro de 2025

Destaque da Semana - Com report mensal do USDA baixista, dólar forte e fraca demanda da China, o mercado esta semana atingiu as menores cotações em 2 meses .


Algodão em NY - O contrato Mar/25 fechou nesta quinta (16/jan) cotado a 66,73 U$c/lp (-2,6% vs. 09/jan). O contrato Dez/25 fechou em 68,53 U$c/lp (-1,5% vs. 09/jan).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia é de 855 pts para embarque Fev/Mar-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 17/jan/25).


Agenda - Devido ao feriado de Martin Luther King Day, nesta segunda (20) as bolsas norte-americanas não vão operar .


Baixistas 1 - A China continua decepcionando nas compras de algodão, principalmente dos EUA.


Baixistas 2 - O dólar americano está estável na semana, mas desde Nov/24 já valorizou 6% .


Baixistas 3 - Na última semana, somente 6% das vendas de algodão dos EUA foram para a China.


Altistas 1 - A revista Cottongrower lançou a estimativa de área de algodão para 2025 nos EUA: 11,04 milhões de acres , menos que 2024 (11,2 milhões).


Altistas 2 - As vendas líquidas semanais dos EUA para 2024/25 foram 71% acima da média das últimas quatro semanas.


Altistas 3 - O recente cessar-fogo no Oriente Médio , mediado pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, aumenta as expectativas de redução de outros conflitos, como na Rússia, após sua posse na próxima segunda-feira, 20/1.


Safra mundial 1 – Em seu último relatório, o USDA projetou a safra 2024/25 em 26,01 milhões tons (+5,7% ante 2023/24).


Safra mundial 2 - Com o consumo previsto de 25,23 milhões tons , os estoques finais ficaram em 16,96 milhões tons (+5,04% frente 2023/24).


Fios 1 - Na China, a redução nos pedidos tem levado ao aumento no estoque de fios e na queda de preços.


Fios 2 - O Vietnã também sente a redução no mercado, mas tem adotado uma postura comercial mais agressiva para reduzir os estoques.


China 1 - De acordo com a CCA, a área plantada com algodão na safra 2024/25 será de 2,93 milhões ha . A previsão significa um aumento de 0,7% em relação a 2023/24.


China 2 - Até 15/jan, foram beneficiadas 6,3 milhões tons de algodão de Xinjiang ( 97% da estimativa final de produção da região).


EUA 1 - O USDA aumentou a previsão da produção de algodão dos EUA na safra 2024/25, adicionando 34,6 mil tons e chegando a 3,14 milhões tons . É 19,4% a mais que em 2023/24.


EUA 2 - Já a exportação baixou de 2,46 milhões tons para 2,39 milhões tons com a redução de 65,3 mil tons na última projeção. Com isso, os estoques finais estão estimados em 1,05 milhão tons (+52,4% em relação a 2023/24).


EUA 3 - Até 1º de janeiro, 93% da safra norte-americana tinha sido beneficiada . Já a classificação do algodão nos EUA atingiu 81,1% da safra 2024/25.


Vietnã - A importação vietnamita de algodão em dez/24 somou 133.383 tons (+10% em relação a dez/23). Foi o maior volume mensal importado desde mai/24 . O Brasil respondeu por 47% do volume.


Bangladesh - Em dez/24, Bangladesh importou 125.804 tons de algodão, acumulando 1,65 milhão tons no ano comercial (+31% frente 2023). O Brasil respondeu por 18% do total acumulado.


Austrália - O bom desenvolvimento das lavouras australianas imprimiu otimismo na Austrália, que já considera rever para cima as estimativas de produção da safra 2024/25.


Conab - No quarto levantamento da safra 2024/25, a Conab aumentou em 3,2% a projeção da área (2,005 milhões ha) . Com a queda de 3,1% na previsão da produtividade (1.845 kg/ha), a produção permanece estimada em 3,69 milhões tons .


Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 154,3 mil tons até a segunda semana de janeiro. A média diária de embarque é 93,7% superior que a registrada no mesmo mês de 2024.


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (16/01). foram beneficiados nos estados da BA (99%), GO (100%), MA (100%), MG (100%), MS (100%), MT (93%), PI (98,5%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 94,66%.


Plantio 2024/25 - Até ontem (16/01), foram semeados nos estados da BA (73,8%), GO (79,88%), MA (72%), MG (89%), MS (94%), MT (19%). PI (77,41%), PR (100%) e SP (84%). Total Brasil: 34,65%.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Tabela 16.01


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Brasil vai produzir mais algodão em 2025, diz presidente da Abrapa

Para Gustavo Piccoli, da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, os desafios da produção devem passar pelos preços e logística; confira

14 de Janeiro de 2025

O Brasil se tornou o maior exportador mundial de algodão em 2024, o que significou um ano para a fibra brilhar não somente nas passarelas do São Paulo Fashion Week, promovido pelo movimento Sou de Algodão, como ocorreu em novembro, mas no mundo. Os créditos para o feito são do investimento em tecnologia na cadeia e na sustentabilidade: 82% do algodão possuem certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e licenciamento Better Cotton, e 100% da produção é rastreada.


No ano passado, o Brasil faturou US$ 5,2 bilhões (R$ 31,8 bilhões na cotação atual) com as exportações de 2,8 milhões de toneladas de algodão não cardado e não penteado. Os principais mercados importadores da fibra foram China (US$ 1,7 bilhão ou R$ 10,4 bilhões), Vietnã (US$ 1 bilhão ou R$ 6 bilhões), Bangladesh (US$ 604,4 milhões ou R$ 3,7 bilhões), Paquistão (US$ 519,9 milhões ou R$ 3,1 bilhões) e Turquia (US$ 460,9 milhões ou R$ 2,8 bilhões).


Em entrevista à Forbes Agro, Gustavo Piccoli, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), comemorou o resultado do ano e contou o que espera para 2025.


Quais as suas perspectivas para a produção de algodão em 2025


A Abrapa prevê um aumento de aproximadamente 5,8% no volume de algodão a ser produzido em 2025, devendo saltar de 3,69 milhões de toneladas, no ciclo anterior, para 3,91 milhões de toneladas, no próximo. A área destinada ao cultivo também deverá crescer, alcançando 2,12 milhões de hectares, o que representa um incremento de 6,6%.


Embora ainda seja cedo para determinar a produtividade exata, as projeções iniciais da Abrapa e suas associações estaduais indicam que esta será discretamente inferior (-0,7%) à registrada na safra 2023/24, quando o país colheu aproximadamente 1.844 kg de algodão por hectare.


Quais devem ser as tendências com relação à sustentabilidade e inovação tecnológica na cadeia?


O Algodão Brasileiro Responsável (ABR) é o programa de sustentabilidade da Abrapa, consolidado no Brasil e cada vez mais conhecido e respeitado no mercado global. Na safra 2023/24, 82% do volume de algodão brasileiro foi produzido em fazendas auditadas e aprovadas pelo programa.


Uma novidade promissora para este ano é parceria da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Bayer, que lançou um projeto pioneiro para desenvolver perfis ambientais e calcular as pegadas de carbono do algodão em caroço, pluma e óleo, abrangendo as principais regiões produtoras do Brasil.


Com duração de 24 meses, o projeto busca estabelecer uma referência nacional, e referências regionais para diferentes modelos de produção para a pegada de carbono do algodão brasileiro, utilizando dados primários de cotonicultores e metodologias reconhecidas internacionalmente, como a Avaliação de Ciclo de Vida (ACV).


Sobre inovação tecnológica, com ênfase na sustentabilidade, pretendemos dar continuidade às ações do projeto SouABR, uma experiência pioneira na indústria têxtil nacional, de rastreabilidade total de uma coleção, desde a semente até o guarda-roupa, através da tecnologia de blockchain.


O projeto piloto do SouABR foi implantado em 2021, em parceria com a varejista de roupas masculinas Reserva. Em 2022, com a maior loja de departamentos nacional, a Renner, foi criada uma coleção feminina. O consumidor lá na loja, com o próprio celular, abre o QR Code e pode saber tudo sobre de onde veio aquela peça, a localização exata da fazenda, a foto do produtor, onde foi beneficiado, onde foi feito o tecido, quem confeccionou. Isso está totalmente em linha com a agenda mundial. Agora muitas outras marcas estão se habilitando a participar.


Quais são os desafios que a cultura deve enfrentar em 2025?


Infelizmente, o baixo preço da fibra, que achata as margens dos produtores. Os preços em NY, que estavam perto dos USDc 85/lb (centavos de dólar por libra) no começo de 2024, atualmente, são negociados abaixo de USDc 70/lb. Uma outra questão é que estamos produzindo mais, e naturalmente, exportando mais, também, já que a indústria têxtil nacional consome cerca de 700 mil toneladas de algodão, e nós produzimos quase quatro milhões de toneladas.


Isso aumenta a pressão sobre o porto de Santos, que concentra quase 100% dos embarques. É preciso rever este modelo e investir em alternativas. Já estamos vendo resultados interessantes com a entrada do Porto de Salvador nas exportações de algodão. É importante lembrar que isso não depende apenas da decisão do produtor ou mesmo do governo. É preciso um movimento de mercado, para garantir rotas marítimas constantes partindo desses portos alternativos, o que tem a ver também com o movimento e disponibilidade de contêineres. É complexo, leva tempo, mas precisa acontecer.


Um desafio global ao algodão é a alta competitividade das fibras sintéticas fósseis, na matriz têxtil, que dificultam o aumento da demanda do algodão em um contexto global. Isso tem sido tema central nas discussões em todo o mundo. Fazer o algodão voltar a ser a fibra preferida dos consumidores passa por uma mudança de mentalidade. O algodão é uma fibra milenar, mas, ao mesmo tempo, absolutamente em dia com as pautas da contemporaneidade. É natural, biodegradável, reciclável, sustentável, mais saudável, e vem perdendo participação de mercado para um produto feito à base de petróleo, poluente, gerador de microplásticos. Precisamos investir em conscientização do consumidor.


Quais são as expectativas para as exportações?


De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), para a safra 2024/25, as projeções indicam exportações na faixa de 2,8 milhões de toneladas, consolidando o país como o maior exportador mundial de algodão.


O foco é aumentar a participação em países que já compram algodão brasileiro. O Egito foi um mercado de destaque recente. Reconhecido por ser um algodão de algodão de qualidade, o país abriu as importações para o algodão brasileiro apenas no início de 2023. No período comercial 2023/24 o Egito foi o nono maior importador do algodão brasileiro e continua aumentando as importações em 2024/25.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #01/2025 10/01/2025

10 de Janeiro de 2025

Destaque do Ano 1 - Em 2024, as receitas com a exportação brasileira de algodão superaram US$ 5 bilhões (2,77 milhões tons), recorde absoluto. O melhor ano havia sido 2022 com US$ 3,7 bi.


Destaque do Ano 2 - Os números confirmaram o Brasil na liderança mundial de exportação de algodão pela primeira vez na história.


Algodão em NY - O contrato Mar/25 fechou nesta quinta 09/jan cotado a 68,50 U$c/lp (+1,2% vs. 02/jan). O contrato Dez/25 fechou em 69,90 U$c/lp (-1,7% vs. 02/jan).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia é de 800 pts para embarque Fev/Mar-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 09/jan/25).


Análise 2025 - Abaixo, alguns fatores que podem impactar o mercado neste ano:


Baixistas 1 - No dia 20/jan, Donald Trump inicia seu segundo mandato como presidente dos EUA. Espera-se aumento de incertezas e volatilidade no mercado internacional.


Baixistas 2 - A China é o principal exportador de produtos têxteis e tem nos EUA seu maior mercado. Tarifas e barreiras ao comércio de confecções irão impactar negativamente nossas exportações para lá.


Baixistas 3 - Desafios macroeconômicos permanecem: altas taxas de juros, pressões inflacionárias e dólar forte.


Baixistas 4 - Competição: o algodão continua perdendo participação de mercado para fibras sintéticas como o poliéster.


Altistas 1 - Embora as expectativas em relação à demanda continuem ruins no geral, alguns países podem aumentar as importações, principalmente se os níveis de preços continuarem competitivos.


Altistas 2 - Os patamares atuais de preços (dez/25) podem levar produtores de algodão dos EUA a buscarem culturas alternativas, reduzindo a área de algodão.


Altistas 3 - O complexo mais amplo de commodities, incluindo grãos e sementes oleaginosas, pode fornecer suporte indireto aos preços do algodão, caso elas se fortaleçam.


Altistas 4 - Eventos extremos climáticos têm se intensificado e causado sucessivos danos a lavouras ao redor do mundo, impactando na oferta.


China 1 - Até 8/jan, 95% da produção de algodão estimada em Xinjiang pela BCO foram beneficiadas (6,15 milhões tons). Esse volume é 19% maior que o registrado no mesmo período em 2024.


China 2 - A boa notícia é que pelo menos uma parte da Cota de Tarifa Reduzida (TRQ) de 894 mil toneladas já está sendo distribuída a fiações na China.


China 3 - O sistema de importação de algodão da China utiliza duas cotas. A Cota de Tarifa Reduzida (TRQ) segue regras da OMC e permite a importação de até 894 mil toneladas anuais com tarifa reduzida de 1%.


China 4 - O outro tipo de cota é a Cota de Tarifa Variável (Sliding scale), emitida quando a demanda excede a TRQ, com tarifas variáveis mais altas que a TRQ, mas inferiores às tarifas fora da cota.


China 5 - Em 2024, a China não emitiu cotas de importação com tarifa variável (Sliding scale) além da TRQ padrão de 894 mil toneladas. Mas, em 2023, o país realizou uma cota adicional de 750 mil toneladas.


EUA - A colheita foi finalizada nos EUA e o foco dos produtores agora é o plantio. A chuva contribuiu para a melhoria da umidade do solo no Texas, principal estado produtor.


Austrália - O plantio da safra 2025 na Austrália foi concluído. As primeiras plantações progridem bem, pois a precipitação das últimas semanas tem assegurado a umidade do solo necessária.


Cotton Brazil 1 - Além do título de maior exportador mundial de algodão, o Brasil fechou 2024 com uma programação intensa do Cotton Brazil. Foram 34 eventos, 9 missões internacionais, 2 missões no Brasil e 5 ‘Cotton Tours’.


Cotton Brazil 2 - Ao todo, o programa de promoção do algodão brasileiro passou por 20 países, englobando um público de 4,5 mil empresários e investidores. Em fev/25, a agenda retorna com a Missão Índia, Bangladesh e Paquistão.


Exportações 1 - As exportações brasileiras de algodão somaram 352,8 mil tons em dez/24. Foi o segundo melhor mês de dezembro na história das exportações brasileiras de pluma (em dez/20, o volume foi de 370,5 mil tons).


Exportações 2 - De janeiro a dezembro de 2024, as exportações de algodão somaram 2,77 milhões tons, alta de 71,4% com relação a 2023.


Exportações 3 - Em receita, as exportações somaram US$ 5,15 bilhões, valor recorde no ano civil e alta de 67,7% em comparação com 2023.


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (09/01), foram beneficiados nos estados da BA (98%), GO (100%), MA (95%), MG (99%), MS (100%), MT (92,73%), PI (98%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 94,17%.


Plantio 2024/25 - Até ontem (09/01), foram semeados nos estados da BA (66,3%), GO (76,7%), MA (83%), MG (87%), MS (79%), MT (14%), PI (77,2%), PR (90%) e SP (73%). Total Brasil: 29,42%.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 09_01


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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