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Movimento Sou de Algodão e TEKA firmam parceria

A marca se une ao movimento para promover a sustentabilidade, valorizando o algodão brasileiro e oferecendo produtos de qualidade

13 de Dezembro de 2024

Em novembro, o Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), firmou parceria com a TEKA, de cama, mesa e banho. A novidade foi anunciada nas redes sociais da marca, que é referência em produtos têxteis de qualidade.


A decisão representa um passo importante para reafirmar o compromisso de ambas as partes com a responsabilidade socioambiental, o consumo consciente e a valorização do algodão brasileiro. Ao se tornar parceira do movimento, a TEKA fortalece o seu propósito de oferecer produtos que respeitam o meio ambiente, incentivam o uso de matérias-primas sustentáveis e valorizam também a cadeia produtiva nacional.


Em comunicado oficial, a marca cita que a parceria vai trazer diversos benefícios aos consumidores, como o uso de uma matéria-prima que tem origem responsável, preservando o ecossistema e a saúde de quem cultiva; a valorização do produto 100% nacional, e continuar oferecendo ao consumidor produtos confortáveis, duráveis e, agora, com mais propósito.


“Na TEKA, unir forças com o movimento Sou de Algodão é reafirmar nosso compromisso com a sustentabilidade e o consumo consciente. Escolhemos essa parceria porque acreditamos que o futuro do mercado têxtil é feito de escolhas responsáveis. O algodão, com suas características naturais e renováveis, é um protagonista dessa transformação. Queremos oferecer produtos que respeitem o meio ambiente, valorizem a cadeia produtiva brasileira e inspirem um novo jeito de consumir: com propósito e responsabilidade”, afirma Márcio Hoffmann, Diretor Comercial da TEKA.


“Com a TEKA, estamos criando novas possibilidades para transformar o mercado têxtil do país, mostrando que é possível unir qualidade, inovação e responsabilidade. Essa parceria é mais uma prova de que empresas comprometidas com o futuro podem fazer a diferença na forma como produzimos e consumimos”, reitera Alexandre Schenkel,  presidente da Abrapa.



Sobre Sou de Algodão


Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.

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Mapeamento da pegada de carbono do algodão deve aumentar competitividade da produção brasileira

Projeto da Embrapa Meio Ambiente tem apoio técnico da Abrapa, Abiove e Bayer para captar dados das principais regiões produtoras da pluma

13 de Dezembro de 2024

Um projeto da Embrapa Meio Ambiente vai calcular a pegada de carbono da cadeia produtiva do algodão no Brasil. A iniciativa conta com a parceria técnica da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e da farmacêutica Bayer, e tem o objetivo de introduzir práticas mais sustentáveis no setor.


Em entrevista ao Agro Estadão, a pesquisadora da Embrapa Marília Folegatti disse que a principal vantagem de mapear a pegada de carbono do algodão brasileiro é favorecer a competitividade no mercado internacional.


Além disso, “nas bases internacionais, não existe o perfil do algodão brasileiro. Existe o perfil do algodão americano, indiano e chinês. E o nosso perfil é bastante diferenciado, especialmente porque o algodão entra em sistemas de produção com outras culturas”, detalha.


Etapas do projeto


Há cerca de um ano, a Embrapa Meio Ambiente já vem desenvolvendo um método para calcular a pegada de carbono no sistema de produção do algodão. A terceira versão dessa calculadora foi aplicada pela Bayer em uma área de 77 mil hectares em Mato Grosso.


“Nós fomos a campo para validar essa ferramenta no ambiente de produtores altamente tecnificados no Mato Grosso. O produtor, em nível de talhão ou em nível de fazenda, vai poder falar da pegada de carbono da pluma e do caroço”, detalha a pesquisadora da Embrapa.


A estratégia é contar com o apoio da Abiove e da Abrapa para aplicar a mesma técnica em todo o território nacional, com base nas análises de emissões de carbono de diferentes produtos derivados do algodão, como farelo e óleo, além da pluma e do caroço.


Segundo Folegatti, a partir de janeiro de 2025, os técnicos irão a campo para caracterizar os sistemas de produção de importantes regiões produtoras de algodão, como o Oeste da Bahia, por exemplo.


“Então, a fase que estamos agora é de planejar com a Abrapa e com a Abiove a ida a campo para fazer o levantamento de dados. Depois nós processamos essa informação e geramos uma pegada de carbono regional, uma pegada de carbono nacional, publicamos em bancos de dados e ela pode ser comunicada”, explica.


Apoio técnico


A Abrapa reúne cerca de 18 mil produtores que respondem por 95% da produção nacional de algodão, portanto, tem capilaridade para captar dados em todo o país. Nesta etapa do projeto, a entidade vai contribuir com o levantamento de informações dos produtores filiados em Mato Grosso, Bahia e Goiás.


Ao Agro Estadão, o presidente da Abrapa Alexandre Schenkel disse que espera ter uma referência nacional de emissões de gases de efeito estufa para melhor posicionar a fibra brasileira como uma fonte natural e biodegradável no mercado internacional.


“Atualmente, a matriz têxtil global é baseada em fibras sintéticas, com mais de 75% do mercado tendo a participação de derivados de petróleo, sendo destaque o poliéster. Precisamos evidenciar a sustentabilidade do algodão nesse cenário desafiador para as fibras naturais”, destaca.


Na avaliação do presidente da Abrapa, os primeiros dados coletados no projeto mostram que o modelo de produção brasileiro é bastante eficiente em relação à redução das emissões de carbono.


“Há um grande potencial de redução de emissão com a eficiência da utilização da aplicação do nitrogênio nas lavouras, assim como com o incremento da qualidade do plantio direto, principalmente com a utilização de plantas de cobertura”, detalha.


Já a Abiove vai contribuir com a análise de extração de óleo e produção de biodiesel a partir do caroço do algodão. Ao Agro Estadão, a entidade disse que  os resultados do projeto “poderão ser usados por agricultores e empresas na venda de produtos em mercados que valorizem os aspectos ambientais desses produtos, bem como a comercialização de créditos de carbono e CBIOs”.


Rastreabilidade da pegada de carbono do algodão


Marília Folegatti explica que para fazer o mapeamento, os técnicos consultam os bancos de dados internacionais de emissão de carbono de todos os insumos da cadeia produtiva. “Então, desde a extração do petróleo, passando por todas as fases de extração até a ureia aplicada em campo, tudo é contabilizado. Depois, a informação é convertida em quilos de CO² equivalente por tonelada de produto”, esclarece.


Segundo a pesquisadora, essa rastreabilidade da pegada de carbono em todas as etapas de produção do algodão traz confiabilidade e competitividade para a fibra brasileira. “As grandes empresas de setores que estão mais adiantados em nível de processamento dependem de comprar matéria-prima com uma boa pegada de carbono. Se eu tivesse falando da soja, por exemplo, é preciso dizer qual é a pegada de carbono dessa soja, porque lá na frente, o derivado da soja vai carregar essa informação”, ressalta.


Mercado de crédito de carbono


Embora o marco legal do mercado de crédito de carbono não trate da agricultura primária (que ficou no mercado voluntário), a agroindústria está contemplada no mercado regulado. Na avaliação de Folegatti, o impacto deve ser compartilhado entre os setores do algodão.


“Um dos exemplos que eu posso mencionar é o do setor de biocombustíveis de cana-de-açúcar. Quem acessa os créditos de descarbonização é a usina. Mas hoje já existe um acordo para que o crédito que a usina acessa seja uma fração compartilhada com o produtor, porque ele faz investimentos para melhorar o seu desempenho”, avalia e conclui que o mesmo pode ser aplicado à cadeia do algodão.

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Agro precisa estar atento às inovações para conquistar mercados

Especialistas debateram a relação entre o comércio internacional e a ação inovadora no setor durante o evento Agro Horizonte, em Brasília

13 de Dezembro de 2024

O agronegócio brasileiro é um caso de sucesso na conquista de mercados internacionais, graças aos fortes investimentos em produção e qualidade nas cadeias agropecuárias nas últimas décadas. No entanto, para ganhar ainda mais espaço, o setor precisa estar preparado para novos desafios geopolíticos e novas demandas ambientais e tecnológicas. Foi uma das conclusões do debate sobre comércio exterior promovido durante o Agro Horizonte, evento sobre inovação no agronegócio, promovido pela Globo Rural em Brasília nesta quarta-feira (11/12).


Especialistas analisaram a capacidade do Brasil de destravar mercados para seus produtos agropecuários, especialmente com o incremento da inovação no setor. Marcos Jank, coordenador do centro Insper Agro Global, apresentou um estudo mostrando que a produtividade do agronegócio brasileiro cresceu nos últimos 40 anos, a uma taxa de 2,5% ao ano, índice superior à média global de 1,5% e à dos Estados Unidos, de 1%.


“Isso ocorreu durante um cenário de redução da mão de obra no campo. O principal fator para esse crescimento foi a adoção de tecnologias, insumos e genética”, afirmou.


Segundo Jank, o crescimento do agro brasileiro desde a década de 1970 ocorreu graças a três ondas de adoção de novas tecnologias e formas de gestão e manejo. No entanto, agora, a quarta onda deverá vir de fora do agro. “São inovações que vão alterar tudo o que estamos fazendo, como inteligência artificial, blockchain, robótica e drones, e temos que estar preparados para adotar essas mudanças”, destacou.


A rapidez com que o produtor brasileiro consegue adotar inovações tem sido um fator que ajuda na conquista e manutenção de mercados para. Jank lembrou o caso do “boi China”. “A decisão da China de apenas importar carne de bovinos abatidos até 30 meses revolucionou a pecuária brasileira, a fim de atender a essa demanda”, disse.


No entanto, o coordenador do Insper Agro Global destacou a necessidade de o país diversificar os destinos de seus produtos. “A China, que se transformou em um parceiro essencial do agro brasileiro, não cresce mais tanto. Por isso, temos que abrir novos mercados, especialmente no resto da Ásia e na África, onde estão ocorrendo os maiores crescimentos de consumo”, afirmou.


Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), desde o início de 2023, o Brasil já abriu 285 mercados em 66 países. “Temos feito expansão de mercado levando qualidade sanitária aos demais países”, destacou Júlio Ramos, secretário-adjunto de Relações Internacionais. “Agora, o que fizemos com a China, em termos de conquista de mercado, é o que vislumbramos fazer com os países da África”, afirmou.


Ramos destacou que o país está preparado a enfrentar desafios e expandir sua presença agropecuária global, com a promoção da qualidade dos produtos nacionais. “No algodão, por exemplo, o Brasil se tornou o maior exportador do mundo sem que o consumo global aumentasse”, disse.


Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), lembrou que a produtividade do algodão brasileiro hoje é o dobro das lavouras americanas. No entanto, essa eficiência traz problemas: como colocar tanto algodão no mundo?


“A velocidade de melhoria da qualidade da nossa fibra também era maior do que a capacidade de conquistar mercado. O que mudou essa situação foi juntar os elos da cadeia e, junto com as tradings, promover nosso produto lá fora, mostrando que temos rastreabilidade e informação sobre a pluma desde a origem”, afirmou Schenkel.


Um passo recente que deve ajudar os produtos agrícolas brasileiros a conquistar ainda mais mercados é o acordo de livre comércio entre União Europeia (UE) e Mercosul, anunciado na última semana. Segundo Tatiana Prazeres, secretária de comércio exterior no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o acordo vai possibilitar que o Brasil ganhe acesso a novos países e novas tecnologias, ajudando a inserir melhor os produtos brasileiros em cadeia globais.


Apesar do temor de que o acordo sofra oposição de parlamentares europeus e de segmentos do agronegócio da UE, Tatiana acredita que o documento deverá ser assinado até o segundo semestre de 2025. “Ele não precisa ter aprovação unânime. Basta ser aceito por 65% dos países, com 55% da população, e uma maioria no Parlamento Europeu”, explicou.


Segundo ela, o texto do documento dá garantias que a questão do meio ambiente e da sustentabilidade não será usada como desculpa para medidas protecionistas de países europeus. “Uma vitória que conseguimos foi a aceitação do uso de dados nacionais para cumprir as legislações sanitárias e comerciais”, destacou.

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Abrapa trabalha em melhoria contínua no SAI para a safra 2024/2025

13 de Dezembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) esteve reunida na tarde desta segunda-feira (09), em São Paulo, com as gráficas homologadas para a impressão das etiquetas do Sistema Abrapa de Identificação (SAI), fixadas nos fardos de algodão brasileiro – Grif Rótulos e Etiquetas Adesivas, Indústria Gráfica Brasileira Ltda e Rótulos Prakolar Sato – além da Avery Dennison, fornecedora das matérias-primas – vinil e bopp.


A utilização de liner mais sustentável, para a etiqueta em vinil, está em análise e testes para safra 2024/2025. Outro ponto discutido durante o encontro foi a melhoria do processo de checagem etiqueta a etiqueta. Está em discussão e estudo, a implementação de sensores de visão, nas impressoras, com o objetivo de reduzir os desvios em etiquetas dobradas ou no caso de ficar algum código de barras faltando. Além dos aprimoramentos para o próximo ciclo, foi avaliada a operação do exercício de 2024, quando foram impressas mais de 18 milhões de etiquetas e aproximadamente 248 mil lacres. O mês de abril foi o mais intenso, com mais de 10 milhões de solicitadas e o Mato Grosso foi o estado que mais utilizou o sistema de identificação, seguido da Bahia.


Segundo a diretora de Relações Institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, a última safra teve uma operação tranquila, sem atrasos no fornecimento e na entrega, bem como, os desvios foram pequenos. “Temos melhorado a cada safra tornando o processo, cada vez mais, confiável”, garantiu. A próxima operação do SAI será iniciada em 1° de março de 2025. E, com a estimativa de 5,8% de aumento na produção de algodão, a previsão é de que sejam emitidas mais de 19 milhões de etiquetas.


O SAI desempenha um papel crucial na garantia da rastreabilidade dos fardos de algodão, identificando cada um com um código único que contém informações como a numeração de série, a prensa utilizada, o laboratório que realizou a análise de HVI, entre outros dados, permitindo que o comprador rastreie a origem e a qualidade da fibra. Na safra 2023/2024, 249 Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs) de dez estados participaram do Sistema de identificação.

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Sou de Algodão participa de banca avaliadora em projeto sustentável de Design de Moda da PUC Campinas

Estudantes desenvolvem produtos circulares unindo criatividade e sustentabilidade

13 de Dezembro de 2024

Na última terça-feira, 10 de dezembro, o Sou de Algodão, representado por Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais da iniciativa, marcou presença na banca de avaliação dos alunos do curso de Design de Moda, da PUC Campinas. Os estudantes apresentaram seus produtos finais na disciplina Projeto Integrador, que consistiu no desenvolvimento de uma peça de roupa a partir de resíduos têxteis fornecidos pela Aramis, empresa parceira da instituição e também do movimento.


“Nosso compromisso com o meio-ambiente vai além das salas de aula, buscamos preparar nossos alunos para transformarem o mundo, e este projeto é mais uma linda etapa dessa jornada. Parcerias como essas são essenciais para prepará-los para um futuro mais verde”, comenta Rose Sathler, coordenadora do curso de Design de Moda da PUC Campinas.


Os resíduos utilizados nos projetos possuem, no mínimo, 70% de algodão, refletindo o compromisso da Aramis e do movimento Sou de Algodão com a promoção de materiais mais sustentáveis. Durante o desenvolvimento dos produtos, os alunos foram desafiados a incorporar o DNA da marca Aramis, alinhando inovação e responsabilidade ambiental para ampliar a oferta de produtos circulares na empresa.


A avaliação dos projetos foi realizada por uma banca composta por convidados especiais, incluindo representantes da Aramis e do movimento Sou de Algodão. “Estar presente nesse momento proporcionou um intercâmbio rico entre estudantes e profissionais do setor, reforçando a importância da colaboração de toda a cadeia produtiva para fomentar práticas mais responsáveis”, explica Manami.


“Esse projeto reforça nosso desejo de fomentar o pensamento sustentável na indústria desde o início, junto à próxima geração que será o rosto da moda brasileira. Hoje, na Aramis, estamos numa constante jornada de evolução para fortalecer nosso pilar de sustentabilidade e é muito importante nos unirmos a instituições que compartilham dos mesmos ideais de criar um futuro mais verde e mais justo” comentou Valesca Magalhães, Gerente de Sustentabilidade da Aramis Inc.


Foram 12 projetos apresentados, e tiveram os seguintes temas: Nightly Nostalgia, Verão Carioca, Acelerando a Inclusão, WQ325, Refúgios Urbanos, Formas Essenciais: O Toque de Waldemar Cordeiro, O Novo Mosqueteiro, Urban Blues, Navegando em Águas Profundas, Retrofuturo, O Clássico Reinventado e Projeto Cadillac.


 


Sobre Sou de Algodão


Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.

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Geopolítica e meio ambiente no radar

12 de Dezembro de 2024

Os avanços e desafios do algodão brasileiro, a busca por novos mercados e a ampliação das exportações, são os destaques no jornal O Globo, desta quinta-feira (12). A matéria traz a cobertura completa do evento Agro Horizonte 2024, realizado ontem (11), em Brasília (DF), que contou com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, como painelista. Promovido pelas publicações Globo Rural, Valor Econômico e rádio CBN, com patrocínio da Corteva Agriscience, o fórum reuniu o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, lideranças e especialistas para explorar as novas fronteiras da ciência, tecnologia e comércio internacional no agronegócio brasileiro. Confira a matéria completa na versão impressa.

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Como o algodão se reinventou e se tornou líder em exportações

12 de Dezembro de 2024

O jornal O Globo traz, na edição impressa desta quinta-feira (12), uma matéria sobre a reinvenção da cotonicultura no Brasil, que passou de país importador para o maior exportador da fibra no mundo. A conquista se deu graças ao aprimoramento da cultura através de certificações socioambientais e grande investimento em tecnologia, com inovações como a rastreabilidade. Confira a matéria completa na versão impressa.

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ApexBrasil e EXAME anunciam vencedores do Melhores dos Negócios Internacionais 2024

Premiação levou ao palco 16 empresas que se destacaram na internacionalização dos seus negócios e na atração de investimentos ao Brasil

12 de Dezembro de 2024

São inúmeros os exemplos pelo Brasil de negócios que prosperam, rompem fronteiras, e levam produtos, serviços e inovações mundo afora. Por trás dessas conquistas estão desde pequenos produtores a  grandes empresas que, com o apoio da ApexBrasil, se destacam pela capacidade de internacionalizar os seus negócios e colocam o país em posição de destaque no cenário global.


Para reconhecer esse esforço, ApexBrasil e a EXAME anunciaram, na última segunda-feira, 9, no Teatro Bravos, em São Paulo, os grandes vencedores do Prêmio ApexBrasil Melhores dos Negócios Internacionais 2024.


Participaram da premiação o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, além de líderes empresariais e especialistas em comércio exterior e investimentos estrangeiros.


Durante a cerimônia, Alckmin destacou os bons resultados comerciais do ano. De janeiro a novembro, o país exportou US$ 312,3 bilhões e importou US$ 242,4 bilhões, fechando a balança comercial com um saldo positivo de US$ 69,9 bilhões. “Entre janeiro e novembro batemos recorde e temos tudo para crescer ainda mais”, disse o vice-presidente da República.


Alckmin também destacou os recentes acordos comerciais capazes de contribuir para bons resultados, como o Mercosul-União Europeia. “Antes dele, 14% das empresas brasileiras tinham acordo preferencial. Com o acordo com a União Europeia, o valor mais que dobrou, para 30%, e vamos aproveitar essa energia para fazer acordo com o EFTA [Associação Europeia de Comércio Livre], com Emirados Árabes, para avançar ainda mais na integração da economia mundial, gerando emprego, renda e oportunidade.”


Prêmio ApexBrasil Melhores dos Negócios Internacionais 2024


O prêmio ApexBrasil Melhores dos Negócios Internacionais 2024 reconheceu iniciativas em quatro grandes categorias: Exportação, Desenvolvimento Sustentável, Investimento Estrangeiro e Promoção e Imagem. Além disso, reforçou o compromisso da ApexBrasil em apoiar empresas brasileiras em seus esforços globais, com soluções adequadas ao perfil e às necessidades de cada negócio, desde o primeiro passo até a expansão das operações.


“Há 20 anos, falávamos sobre poucos bilhões em exportação. Hoje, graças ao trabalho de empresários, empresárias e da ousadia dos negócios brasileiros, temos milhares de empresas. Este ano, batemos um recorde: mais de 18 mil empresas apoiadas pela ApexBrasil”, destacou Jorge Viana, presidente da ApexBrasil. “Estamos chegando a centenas de bilhões de dólares em exportação. Estamos chegando a uma era trilionária.”


Vencedores e Menções Honrosas


Além de levar 16 empresas ao palco (confira, abaixo, a lista de vencedores), em subcategorias como desenvolvimento regional e liderança feminina, e empresas pequenas e grandes que foram destaques da indústria, serviços e agronegócios, o evento premiou aquelas que se destacaram com as melhores performances exportadoras do ano. Receberam seus prêmios das mãos do vice-presidente Alckmin, Celina Hissa, da empresa Catarina Mina, que valoriza a cultura do artesanato cearense em suas confecções, e Joesley Batista, da JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, operando em mais de 20 países.


O prêmio contou ainda com duas menções honrosas: a primeira, à startup brasileira Future Climate, representada pelo seu CEO, Fábio Galindo, que tem como propósito apoiar empresas rumo à jornada de descarbonização e atrair investimentos climáticos para acelerar a transição do modelo econômico tradicional para uma economia justa, sustentável e de baixo carbono.


“Estamos em um ótimo momento da economia nacional, especialmente quando pensamos no que o mundo está vendo de nós. Voltamos a diminuir o desmatamento, criamos políticas públicas e voltamos a cuidar dos povos originários. Isso é criar narrativas e conceitos como os de ESG, por exemplo. Só os governos e as empresas que criam narrativas se destacam”, afirmou Viana.


A segunda menção honrosa foi às produtoras Carmen Lydia Junqueira Meirelles e Raquel Meirelles, da Fazenda Santa Rita do Xicão, no município de São Gonçalo do Sapucaí, em Minas Gerais. Elas ganharam destaque no Cup of Excellence deste ano, principal concurso de qualidade para café especial do mundo – e foram reconhecidas por contribuírem com a valorização da cadeia produtiva do café, além de representarem o protagonismo das mulheres cafeicultoras.


Personalidade do ano


A noite foi marcada ainda por uma homenagem ao presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes, Antônio Jorge Camardelli, eleito a personalidade exportadora do ano.

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Agro precisa estar atento às inovações para conquistar mercados

Especialistas debateram a relação entre o comércio internacional e a ação inovadora no setor durante o evento Agro Horizonte, em Brasília

12 de Dezembro de 2024

O agronegócio brasileiro é um caso de sucesso na conquista de mercados internacionais, graças aos fortes investimentos em produção e qualidade nas cadeias agropecuárias nas últimas décadas. No entanto, para ganhar ainda mais espaço, o setor precisa estar preparado para novos desafios geopolíticos e novas demandas ambientais e tecnológicas. Foi uma das conclusões do debate sobre comércio exterior promovido durante o Agro Horizonte, evento sobre inovação no agronegócio, promovido pela Globo Rural em Brasília nesta quarta-feira (11/12).


Especialistas analisaram a capacidade do Brasil de destravar mercados para seus produtos agropecuários, especialmente com o incremento da inovação no setor. Marcos Jank, coordenador do centro Insper Agro Global, apresentou um estudo mostrando que a produtividade do agronegócio brasileiro cresceu nos últimos 40 anos, a uma taxa de 2,5% ao ano, índice superior à média global de 1,5% e à dos Estados Unidos, de 1%.


“Isso ocorreu durante um cenário de redução da mão de obra no campo. O principal fator para esse crescimento foi a adoção de tecnologias, insumos e genética”, afirmou.


Segundo Jank, o crescimento do agro brasileiro desde a década de 1970 ocorreu graças a três ondas de adoção de novas tecnologias e formas de gestão e manejo. No entanto, agora, a quarta onda deverá vir de fora do agro. “São inovações que vão alterar tudo o que estamos fazendo, como inteligência artificial, blockchain, robótica e drones, e temos que estar preparados para adotar essas mudanças”, destacou.


A rapidez com que o produtor brasileiro consegue adotar inovações tem sido um fator que ajuda na conquista e manutenção de mercados para. Jank lembrou o caso do “boi China”. “A decisão da China de apenas importar carne de bovinos abatidos até 30 meses revolucionou a pecuária brasileira, a fim de atender a essa demanda”, disse.


No entanto, o coordenador do Insper Agro Global destacou a necessidade de o país diversificar os destinos de seus produtos. “A China, que se transformou em um parceiro essencial do agro brasileiro, não cresce mais tanto. Por isso, temos que abrir novos mercados, especialmente no resto da Ásia e na África, onde estão ocorrendo os maiores crescimentos de consumo”, afirmou.


Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), desde o início de 2023, o Brasil já abriu 285 mercados em 66 países. “Temos feito expansão de mercado levando qualidade sanitária aos demais países”, destacou Júlio Ramos, secretário-adjunto de Relações Internacionais. “Agora, o que fizemos com a China, em termos de conquista de mercado, é o que vislumbramos fazer com os países da África”, afirmou.


Ramos destacou que o país está preparado a enfrentar desafios e expandir sua presença agropecuária global, com a promoção da qualidade dos produtos nacionais. “No algodão, por exemplo, o Brasil se tornou o maior exportador do mundo sem que o consumo global aumentasse”, disse.


Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), lembrou que a produtividade do algodão brasileiro hoje é o dobro das lavouras americanas. No entanto, essa eficiência traz problemas: como colocar tanto algodão no mundo?


“A velocidade de melhoria da qualidade da nossa fibra também era maior do que a capacidade de conquistar mercado. O que mudou essa situação foi juntar os elos da cadeia e, junto com as tradings, promover nosso produto lá fora, mostrando que temos rastreabilidade e informação sobre a pluma desde a origem”, afirmou Schenkel.


Um passo recente que deve ajudar os produtos agrícolas brasileiros a conquistar ainda mais mercados é o acordo de livre comércio entre União Europeia (UE) e Mercosul, anunciado na última semana. Segundo Tatiana Prazeres, secretária de comércio exterior no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o acordo vai possibilitar que o Brasil ganhe acesso a novos países e novas tecnologias, ajudando a inserir melhor os produtos brasileiros em cadeia globais.


Apesar do temor de que o acordo sofra oposição de parlamentares europeus e de segmentos do agronegócio da UE, Tatiana acredita que o documento deverá ser assinado até o segundo semestre de 2025. “Ele não precisa ter aprovação unânime. Basta ser aceito por 65% dos países, com 55% da população, e uma maioria no Parlamento Europeu”, explicou.


Segundo ela, o texto do documento dá garantias que a questão do meio ambiente e da sustentabilidade não será usada como desculpa para medidas protecionistas de países europeus. “Uma vitória que conseguimos foi a aceitação do uso de dados nacionais para cumprir as legislações sanitárias e comerciais”, destacou.

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'Reinvenção' do algodão pôs Brasil no topo das vendas

Inovações científicas e também comerciais transformaram o país, antes um importador, em maior fornecedor do produto no mundo

12 de Dezembro de 2024

Na safra 2023/24, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e tornou-se, pela primeira vez, o maior exportador global de algodão. No ciclo passado, os embarques brasileiros somaram 2,7 milhões de toneladas e os dos EUA, 2,4 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Agricultura americano (USDA, na sigla em inglês). A produção brasileira cresceu 16% na temporada 2023/24, para 3,7 milhões de toneladas, e agora o Brasil já fornece pluma até para a fabricação do algodão egípcio, referência mundial de alta qualidade.


O novo status do algodão brasileiro é resultado de uma série de iniciativas, entre elas a definição de um sistema que permite ao consumidor rastrear o algodão nacional até a fazenda de onde saiu o fardo da pluma. A liderança nas exportações é, possivelmente, o aspecto mais visível de um processo que começou muitos anos antes desse feito, quando a cadeia de produção da pluma decidiu se refazer depois dos estragos do bicudo-do-algodão, praga que surgiu no país em 1983 e dizimou grande parte do algodão nacional.


Tecnologia e cooperação foram elementos centrais nesses esforços, diz Marcio Portocarrero, diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Em comparação com outras commodities agrícolas, o algodão é uma cultura complexa, cara, que precisa de 180 dias de campo e exige investimentos altos em maquinário. Uma algodoeira, que transforma o algodão bruto em fibras, não sai por menos de R$ 30 milhões.


“Fomos um grande produtor, com baixa qualidade”, diz Portocarerro. “Viramos importadores, até que, no fim dos anos 90, investimos em conhecimento e tecnologia. Hoje, exportamos, com alta tecnologia e certificações”. Segundo ele, uma das grandes lições nesses esforços foi a importância de “ouvir, planejar e executar” — buscar referências, em resumo.


As diferentes iniciativas que permitiram ao algodão brasileiro conquistar mercado nos últimos anos integram o protocolo Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que estabelece o padrão nacional de certificação socioambiental da cultura. A Abrapa idealizou o protocolo em 2012 a partir da unificação de iniciativas regionais.


Um dos pontos centrais do ABR é a parceria com a Better Cotton Initiative (BCI), uma das mais importantes iniciativas globais de sustentabilidade da cultura. Desde 2013, BCI e Abrapa trabalham em cooperação para validar os itens de verificação do protocolo, que são similares aos exigidos pela certificação mundial.


A adesão ao ABR é voluntária, mas, com o sucesso da iniciativa, mais de 80% do algodão que o Brasio produz já segue essas diretrizes. Auditorias independentes fazem visitas às fazendas para assegurar que as propriedades seguem as exigências do protocolo.


Hoje, é possível rastrear cada fardo de algodão que o Brasil produz, o que assegura que as fazendas produtoras seguem boas práticas ambientais, sociais e de governança e, com isso, tem aberto mercados para a pluma nacional em várias partes do mundo. Por meio de um QR Code, importadores, indústrias têxteis e outros integrantes da cadeia de industrialização da pluma conseguem, por meio de um QR Code, saber exatamente de onde partiu o algodão brasileiro que está nas fábricas de itens como roupas e calçados.


Para recompor as lavouras, o Brasil buscou referências nos Estados Unidos e na Austrália e investiu em material genético. “O algodão brasileiro é hoje o melhor do mundo”, afirma Portocarrero. Segundo ele, o país já vendeu todo o volume da safra deste ano, de 3,7 milhões de toneladas, e 40% da colheita prevista para 2025/26. O mercado interno absorve 30% da produção nacional da pluma, e o restante é exportado.


A transgenia, que permitiu o desenvolvimento de variedades mais resistentes a pragas e a problemas climáticos, foi um diferencial na recomposição das lavouras nacionais, avalia o dirigente. “No mundo, a produtividade média é de 400 quilos por hectare, e nos Estados Unidos ela chega a 900 quilos. No Brasil, produzimos hoje 1,9 mil quilos por hectare”, relata o dirigente.


Tão importante quanto agir para se reorganizar era o segmento relatar seus esforços para quem, em alguns casos, sequer tem ligação com a atividade. Uma das iniciativas nessa frente é a Sou de Algodão, que conecta produtores da pluma, fiações, tecelagens, malharias, confecções, varejistas e também o público final. Ao todo, 1,7 mil marcas já aderiram ao movimento.

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