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Movimento Sou de Algodão promove live esclarecendo as diferenças na produção

​O encontro virtual teve como objetivo auxiliar na compreensão dos conceitos de orgânico, agroecológico, naturalmente colorido e responsável

10 de Outubro de 2022

O Movimento Sou de Algodão promoveu, na quinta-feira (06/10), uma live com Marcio Portocarrero, diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), e Alderi Emídio de Araújo, chefe geral da Embrapa Algodão, que teve a mediação de Luciano Thomé e Castro, sócio-diretor da Markestrat Group, com o objetivo de esclarecer as diferenças entre os conceitos de algodão orgânico, agroecológico, naturalmente colorido e responsável, além de expor como o Brasil é referência no mundo em responsabilidade socioambiental. O encontro, realizado pela plataforma Zoom, foi destinado aos profissionais das mais de 1.100 marcas e universidades parceiras, apoiadores e finalistas do 2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores.


Na abertura, o mediador apresentou alguns números referentes à última safra, quando o Brasil produziu 2,5 milhões de toneladas de algodão, sendo que 86% já saiu das fazendas com certificação socioambiental ABR. No mesmo período, o consumo da indústria têxtil nacional foi de 750 mil toneladas de pluma e mais de 1,5 milhão de empregos foi gerado pela cadeia, que inclui a produtiva e a têxtil.


"Somos líderes mundiais na adoção do sistema de plantio direto, tecnologia que permitiu o desenvolvimento da agricultura na região do cerrado brasileiro, preservação da qualidade biológica, química e física dos solos utilizados pela agricultura, e o uso de rotação de culturas e agricultura de precisão. Em relação à produtividade das nossas lavouras, obtemos em média 1.850 kg de pluma por hectare, enquanto os produtores dos EUA conseguem colher em média 950 kg. Podemos concluir que os produtores brasileiros são muito mais eficientes e conseguem obter o dobro de produção em comparação com os produtores americanos, possibilitando uma potencialização do uso/ocupação das áreas produtivas", explicou Portocarrero.


Um dos assuntos abordados na conversa, o algodão orgânico, que vem conquistando o interesse de marcas e da indústria, ganhou destaque. O chefe geral da Embrapa comentou que é uma alternativa para que os produtores do semiárido não deixassem o negócio, mas que ele não possui condições de produção em larga escala. "Em grande quantidade é muito difícil. A alternativa foi o algodão colorido, que já existe na natureza, mas as características que permitem a viabilidade de transformar em tecido de qualidade, não eram adequadas. Por isso, iniciamos o programa de melhoramento para incorporar essas características e permitir que fosse feito tecido de qualidade com esse algodão. Como o colorido é produzido sem aplicação de pesticidas, despertou o interesse em começar a produzir algodão branco da mesma forma", explica.


Para saber mais detalhes do que foi abordado no aulão e assistir na íntegra a conversa, é só acessar este link.

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Sustentabilidade do algodão brasileiro é destaque em eventos internacionais

​Abrapa mostra a industriais indianos e paquistaneses como a busca por uma produção mais responsável impulsionou o País, segundo maior exportador mundial

10 de Outubro de 2022

Em busca de mais sustentabilidade na produção de algodão, o Brasil profissionalizou sua cotonicultura e passou de segundo maior importador para segundo maior exportador, em 20 anos. Os detalhes dessa história estiveram no tema central da participação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) em dois eventos internacionais, nesta semana, dirigidos aos mercados indiano e paquistanês.


Na terça (4), industriais, investidores e técnicos do setor têxtil indiano se reuniram em evento do Conselho de Promoção da Exportação de Têxteis de Algodão da Índia (Texprocil). Convidado para palestrar, o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, mostrou o histórico da cotonicultura brasileira e como o empenho em aumentar a certificação socioambiental acabou levando à profissionalização dos cotonicultores.


O evento do Texprocil teve como tema sustentabilidade, circularidade e rastreabilidade da indústria têxtil. Um dos pontos altos foi a participação do ministro indiano de Têxteis, Uprenda Prasad Singh. Na Índia, segundo maior produtor e consumidor mundial de algodão, a manufatura têxtil é vital para a economia nacional. O desafio atual tem sido dispor de um produto de alta qualidade, o que acaba explicando a procura pela fibra brasileira.


Após um ano de queda nas importações do Brasil, no ano comercial 2021/22 a Índia ampliou em 138% o volume de algodão brasileiro. Foram 22 mil toneladas embarcadas, o que posicionou o país como o 9º maior importador da pluma nacional.


Já na quinta (6), a Abrapa participou da reunião regional de membros da Better Cotton - no Paquistão – terceiro maior consumidor de algodão no mundo. Além de números mostrando a evolução do Brasil no cenário mundial de algodão, Duarte explicou como funciona o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), principal impulsionador de boas práticas entre cotonicultores.


O ABR é um protocolo brasileiro de certificação socioambiental, que avalia o cumprimento das leis brasileiras ambiental e trabalhista, além do uso racional de insumos pelas fazendas participantes. A adesão por parte dos produtores é grande: 84% da produção cultivada na safra 2021/22 tiveram certificação ABR.


Pautado pelo conceito de melhoria contínua, o ABR acaba estimulando, na prática, a eficiência na produção, o investimento em qualidade da fibra e rastreabilidade da pluma cultivada no País. Com isso, o Brasil também detém outro título importante no mercado mundial: é o maior fornecedor de algodão com licenciamento da Better Cotton.


Embora o Paquistão seja hoje o quinto maior produtor mundial de algodão (1,3 milhão de toneladas e 5% da produção global), o país precisou importar 958 mil toneladas no ciclo 2021/22 para suprir a demanda doméstica, que foi de 2,35 milhões de toneladas.


As importações de algodão do Brasil pelo Paquistão se ampliaram após a suspensão do comércio com a Índia. Assim, em dez anos, a compra de pluma brasileira aumentou 220%. Hoje, o país é o quinto maior comprador do produto brasileiro, tendo importado 190 mil toneladas na última temporada.

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Fibra natural com certificação socioambiental

07 de Outubro de 2022

O algodão é uma cultura que tem raízes no seio da civilização humana. Em todos os níveis da cadeia de valor, o setor representa uma forma de abordar questões de desenvolvimento mais amplas para aumentar o emprego, garantindo trabalho e renda decentes para todos. Tecnologias e recursos inovadores são vitais para que o setor se mantenha viável e sustentável e a mobilização e o empenho para isso não nos faltam. Em agosto de 2021, a Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu esses benefícios únicos da pluma ao proclamar o dia 7 de outubro de cada ano como o Dia Mundial do Algodão. Sim, o objetivo desta celebração global é aumentar a visibilidade do setor algodoeiro e a conscientização sobre o papel que desempenha no desenvolvimento econômico, comércio internacional e redução da pobreza. A fibra é produzida em mais de 70 países, em todos os continentes, onde são plantados, anualmente, 32 milhões de hectares, movimentando 10 trilhões de dólares por ano. Nesse cenário, o Brasil tem peso expressivo, é o quarto maior produtor do mundo, segundo maior exportador e o sétimo maior consumidor. O Valor Bruto da Produção (VBP) de algodão no Brasil, em 2022, é de R$ 41 bilhões, sendo a quarta cultura mais importante da agricultura nacional, depois da soja, cana-de-açúcar e milho.


O nosso diferencial e que nos dá credibilidade para a expansão no mercado global é o trabalho permanente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) que mobiliza cotonicultores, trabalhadores, pessoas ligadas à moda e o setor produtivo na execução de programas e ações que contribuem para a melhoria da cultura. Podemos dizer que o fio da meada do algodão brasileiro passa por: rastreabilidade, sustentabilidade, qualidade e promoção da pluma, pilares que foram ao longo de quase duas décadas internalizados pelo setor. Hoje, em todos os níveis da cadeia, a cotonicultura trabalha em um processo de produção de algodão responsável e certificado, direcionado a pequenos, médios e grandes produtores.


Para fazer frente às exigências dos novos compradores quanto à garantia de origem do algodão brasileiro, desde 2004, o setor segue o fio da rastreabilidade. A iniciativa resultou no Sistema Abrapa de Identificação (SAI) e, a partir de então, o SAI apresenta uma evolução constante. Hoje, por meio do SouABR, é possível verificar o caminho da fibra graças ao QR Code e a uma tecnologia chamada blockchain. Tudo começa na fazenda onde a produção certifica atende a 183 critérios de respeito ao meio ambiente, leis trabalhistas e transparência econômica. Com a origem comprovada, o algodão ABR vai para a usina de beneficiamento para ter a pluma separada do caroço e das impurezas, seguindo depois para a indústria têxtil e de confecção. Assim, podemos afirmar que o nosso algodão é rastreável da semente ao guarda-roupa.


Mas a tecnologia e a inovação aplicadas no melhoramento da cultura não se limitam à rastreabilidade. Outro fator bastante importante é como essa fibra é produzida nas lavouras visando cumprir as metas de sustentabilidade demandadas pelos seus clientes. O mercado busca fechar contratos antecipados com os produtores desse algodão e não à toa seguimos, sim, o fio da produção responsável desde 2012, quando implantamos o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e entregamos aos produtores de algodão,  um protocolo contendo toda a legislação trabalhista brasileira, as exigências dos atos Normativos do Ministério do Trabalho e o cumprimento de todas as determinações da Organização Internacional do Trabalho, para que os produtores se adequassem à Legislação e se preparassem para receber as empresas de auditoria de terceira parte, visando comprovar a regularidade das relações de trabalho.


Neste mesmo ano, convidamos o Better Cotton Iniciative (BCI) para atuar no Brasil junto com a Abrapa e promovemos um processo de benchmarking unindo os protocolos BCI e ABR. Hoje, o País é o maior produtor de algodão Better Cotton do mundo, com 42% da oferta mundial de pluma licenciada pela entidade. Na safra 2021/2022, 84% de toda a pluma brasileira foram certificadas/licenciadas pelo ABR/BCI, correspondendo a 2.000.000 de toneladas com a chancela de algodão responsável. Nos dedicamos, ao longo de quase duas décadas, a implantar um processo de produção de algodão responsável e certificado, direcionado a pequenos, médios e grandes produtores, mas sem esquecer também da qualidade da fibra e da sua promoção para alcançarmos novos mercados mundo a fora. E como o próprio conceito da nossa campanha propõe, seguimos o fio da qualidade e da promoção da pluma, visando estabelecer o fortalecimento da cadeia produtiva e ampliar a competitividade do setor algodoeiro em todo o continente.


Em 2016, desenvolvemos o programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), estruturado em três pilares: Centro de Referência de Análise de Algodão (CBRA), Banco de Dados da Qualidade do Algodão Brasileiro e Orientação aos laboratórios participantes. O CBRA é o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão, que desenvolve o programa de checagem das amostras analisadas pelos laboratórios participantes do programa, garantindo a padronização dos processos de classificação. Desse modo, os dados da qualidade da fibra também constam nas etiquetas quando rastreadas, garantindo o resultado de origem, dando credibilidade e transparência para os resultados de análise de HVI realizados pelos laboratórios de classificação instrumental que operam no Brasil.


Mesmo com todas essas ações, o algodão enfrenta uma série de incertezas, sobretudo nas demandas que precisam ser abordadas adequadamente para que o setor direcione seu potencial no apoio ao crescimento econômico e ao desenvolvimento sustentável. O movimento Sou de Algodão nasce em 2016 para estimular a moda responsável. Para isso, unimos em uma só voz todos os agentes da cadeia produtiva e da indústria têxtil dessa fibra, desde o homem do campo até o consumidor final, passando por tecelões, artesãos, fiadores, designers de moda brasileiros, estilistas e estudantes, para disseminar os benefícios da fibra natural. Hoje, nos orgulhamos em afirmar que o Brasil é o maior fornecedor de algodão responsável do mundo. E comunicamos isso para o mercado externo, que busca qualidade, relações transparentes e sustentabilidade, por meio do programa Cotton Brazil. Iniciativa que projeta a nossa pluma para parceiros das fiações, tecelagens e confecções ao redor do mundo.


Após quase 20 anos de constante inovação, pesquisa e investimentos em aprimoramentos, capitaneados pela Abrapa, suas associadas e parceiros, é hora de oferecer uma matéria-prima que busca incessantemente pela evolução da produção responsável, com qualidade e rastreabilidade. Passo a passo estamos produzindo e, ao mesmo tempo, cuidando do Planeta.



Júlio Cézar Busato


Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa)

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

​ALGODÃO PELO MUNDO #40/2022

07 de Outubro de 2022

- Destaque da Semana 1 – Feliz Dia Mundial do Algodão. Hoje, 7 de outubro, é comemorado globalmente o dia da fibra natural mais importante do mundo, cultivada em mais de 70 países e responsável pelo sustento de mais de 350 milhões de famílias. Parabéns a todos os agricultores, empresários e trabalhadores da cadeia do algodão!



Destaque da Semana 2 - Infelizmente, em termos de mercado, essa semana não foi para comemorar. Turbulências econômicas causaram alta volatilidade e resultado negativo mais uma vez.



- Algodão em NY 1 – O contrato Dez/22 fechou ontem a 82,90 U$c/lp (-2,65%).



- Algodão em NY 2 - Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 74,81 U$c/lp (+1,70%) e o Dez/24 a 73,76 (+4,89%) para a safra 2023/24.



- Preços (06/10), o algodão brasileiro estava cotado a 103,00 U$c/lp (-650 pts) para embarque em Nov-Dez/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook).



- Baixistas 1  O comércio global de mercadorias vai desacelerar no próximo ano, aponta relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC). Guerra na Ucrânia, altos preços da energia e política de juros estão entre os fatores.



- Baixistas 2  Segundo a OMC, o crescimento do comércio em 2023 deve cair para 1%, ante a previsão anterior de 3,4%.



- Baixistas 3  Anúncio da OPEP+ de cortar fornecimento de petróleo atinge Ocidente em meio à maior crise energética em 50 anos. No curto prazo poderia ser positivo para o algodão, mas no médio prazo é mais uma ameaça ao crescimento econômico.



- Altistas 1  Nos níveis de preços atuais, a rentabilidades dos principais exportadores (EUA e Brasil) está seriamente comprometida, principalmente se comparada com as culturas que competem com algodão por área: soja e milho.



- Altistas 2  A temporada de furacões nos EUA ainda não terminou. Duas potenciais tempestades estão literalmente no radar dos meteorologistas esta semana.



- Oferta e demanda 1 - Essa semana o ICAC divulgou em seu relatório mensal que o algodão 22/23 sofre ameaça tripla: menor produção, consumo em queda e volatilidade de mercado.



- Oferta e demanda 2 - O ICAC estimou a safra 2022/23 em 24,7 milhões de tons e o consumo em 25,3 milhões. Na próxima quarta (12), o USDA divulga seu relatório mensal de oferta e demanda.



- China 1 – Semana de feriado na China pelo Dia Nacional (Semana Dourada). Celebra a fundação da República Popular da China, em 1949.



- China 2 – O lockdown em Xinjiang, principal região produtora de algodão na China, se acirra. Na terça (04), autoridades suspenderam todos os serviços de viagens para impedir a propagação da Covid-19.



- EUA – Segundo os últimos dados do USDA, 22% da lavoura de algodão dos EUA havia sido colhida até semana passada.



- ONU 1 - Nesta manhã, na sede da Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma, ocorreu uma importante cerimônia em celebração ao Dia Mundial do Algodão.



- ONU 2 - A FAO pretende chamar a atenção para as pessoas ao redor do mundo que ganham seu sustento por meio da cadeia do algodão e destacar a contribuição do setor para a realização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.



- ONU 3 - O diretor-geral da FAO, QU Dongyu, conduziu a cerimônia. O vice-presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, participou representando o algodão do Brasil.



- Cotton Brazil 1 – Nesta semana, a Abrapa participou de dois eventos internacionais mostrando a industriais indianos e paquistaneses como a busca por uma produção mais responsável impulsionou a cotonicultura do País.



- Cotton Brazil 2 - Na terça (04), a Abrapa participou do congresso do Conselho de Promoção da Exportação de Têxteis de Algodão da Índia (Texprocil). Já na quinta (6), a entidade se apresentou durante a reunião regional de membros da Better Cotton no Paquistão.



- Safra 2022/23 – O plantio da soja em Mato Grosso está acelerado na safra 2022/23. Bom sinal para o algodão, já que no estado - maior produtor nacional da pluma - o cultivo é feito na 2ª safra.



- Exportações 1 - o Brasil exportou 185 mil tons de algodão em set/22. O volume supera em 31,6% o total embarcado em set/21.



- Exportações 2 - No acumulado de ago a set/22, as exportações somaram 247 mil tons, alta de 29,5% com relação ao mesmo período da safra passada.



- Colheita 2021/22 - Restam apenas alguns talhões em MG (99%). Total Brasil: 99,22%



- Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (06/10):  BA (88%); GO (94%); MA (48%) MS (75%); MT (77%); MG (84%); SP (100%); PI (78%); PR (100%). Total Brasil: 79% beneficiado.



Preços - Consulte tabela abaixo ⬇



Boletim Algodao pelo Mundo 40.jpeg



Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Cotonicultura brasileira participa das comemorações alusivas ao Dia Mundial do Algodão, em Roma

Data é lembrada desde agosto de 2021, quando a Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu os benefícios da pluma

06 de Outubro de 2022

O presidente do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, participará, em Roma, de evento alusivo à fibra. Iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, que se realiza nos dias 6 e 7 de outubro. Schenkel integrará o painel temático "Algodão Sustentável – Desafios e Oportunidades para Pequenos Produtores" e destacará o papel da cotonicultura brasileira no desenvolvimento da cultura que, ao longo de 17 anos, implantou um processo de produção de algodão sustentável e certificado, direcionado a pequemos, médios e grandes produtores. Trabalho desenvolvido pela Abrapa, conjuntamente com as associadas, que tem proporcionado avanços para o setor.


A abertura caberá ao diretor-geral da FAO, QU Dongyu, que focará o papel vital do setor algodoeiro para os membros, bem como sua importância econômica e social mais ampla em todo o mundo. O encontro será uma ocasião para enfatizar a importância da cultura no alcance da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.



A cotonicultura brasileira


Schenkel discorrerá sobre o empenho da Abrapa, por meio das estaduais e dos produtores, para implantar a agenda de sustentabilidade para o setor algodoeiro do País.  A criação do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), em 2012, e a entrega aos produtores de algodão, de um protocolo contendo toda a legislação trabalhista brasileira, as exigências dos atos Normativos do Ministério do Trabalho e o cumprimento das determinações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), para que o setor se adequasse à legislação vigente e se preparasse para receber as empresas de auditoria de terceira parte, visando comprovar a regularidade das relações de trabalho. Partindo dessa iniciativa, o dirigente destaca a parceria da Abrapa com a Better Cotton Iniciative (BCI), com o intuito de promover um processo de benchmarking unindo os protocolos da BCI e do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR).


Dados do setor, apontam que o Brasil é o maior produtor de algodão Better Cotton do mundo, com 42% da oferta mundial da fibra certificada. Na safra 2021/2022, 85% das fazendas produtoras foram certificadas pelo ABR/BCI. Correspondendo a 84% de toda a pluma do País, ou seja, 2.000.000 de toneladas certificadas como algodão sustentável. Schenkel apresentará no evento os projetos e programas específicos da Abrapa que auxiliam a cotonicultura a atingir níveis de excelência no Brasil e no exterior.


Outro fator bastante importante que será abordado é a constatação de que, uma fazenda de produção de algodão certificada, comparada com uma sem a chancela, tende a produzir com mais eficiência, economia e lucratividade, pois nessas propriedades, todos os empregados são constantemente treinados e motivados a produzir melhor, com racionalização do uso de fertilizantes, água e dos insumos químicos em substituição por produtos biológicos.


Esse modelo de que estimula a inclusão de médios e pequenos produtores, através de suas associações e cooperativas, deveria ser adotado por todos os países produtores, como forma de permitir o acesso coletivo às melhores tecnologias disponíveis, adoção de boas práticas agropecuárias, beneficiamento, colheita mecanizada, compra de insumos e venda da produção de forma comunitária.



Instituto Brasileiro do algodão


Nesse sentido o IBA, tem trabalhado em parceria com o projeto +ALGODÃO, no desenvolvimento de máquinas e equipamentos adaptados à realidade de produção em pequena escala e beneficiamento coletivo da produção a exemplo do projeto desenvolvido com a cooperativa de Catuti (MG) e em Guanambi (BA), inclusive nesses locais fornece kits de irrigação para os pequenos produtores associados. O IBA e a Abrapa apoiam, desde 2013, a organização do Foro Regional Algodoeiro na América Latina, visando promover o fortalecimento da cadeia e ampliar a competitividade do setor algodoeiro em todo o continente.


Para encerrar os festejos alusivos à data, comemorado no dia 7 de outubro, será renovado o compromisso de uma produção de algodão sustentável para um meio ambiente e uma vida melhores.

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Piora o cenário para os preços do algodão

​A despeito da forte alta de ontem na bolsa de Nova York, risco de recessão ainda pesa sobre o mercado

06 de Outubro de 2022

A despeito da disparada dos preços na bolsa de Nova York no pregão de ontem, o cenário para as cotações do algodão no mercado globais piorou nas últimas semanas, principalmente por causa do crescente risco de recessão global. E a tendência mantém aceso o sinal de alerta para os produtores e exportadores do Brasil, um dos principais produtores do segmento, onde os preços domésticos têm forte relação com os externos.


Em linha com a valorização do petróleo, os contratos futuros de segunda posição de entrega encerraram esta terça-feira em alta de 4,75%, a 88,20 centavos de dólar por libra-peso. Com isso, a queda acumulada desde o início do ano diminuiu para 20,2%, segundo cálculos do Valor Data, determinada sobretudo pela retração de quase 25% registrada em setembro, mas uma grande sombra paira sobre o mercado.


Ocorre que, embora sofra influência considerável do comportamento do petróleo, uma vez que as fibras naturais competem com as sintéticas, o algodão é uma das commodities agrícolas mais suscetíveis aos altos e baixos da economia. Na crise, as compras de vestuário costumam diminuir.


"Inevitavelmente teremos algum impacto sobre a demanda pelo algodão. A questão é saber qual será o tamanho da queda", afirma Júlio César Busato, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


Mas, segundo ele, por causa do travamento de custos com antecedência, a pressão sobre as cotações não deverá fazer o produtor brasileiro tirar o pé do acelerador nesta safra 2022/23, cujo plantio começará em novembro. De acordo com a Abrapa, a área de plantio crescerá 9,3% em relação a 2021/22, para 1,8 milhão de hectares, e a produção - se o clima colaborar - será 27% maior (3,1 milhões de toneladas).


"Mesmo diante de toda essa incerteza na economia, o importante é que não estamos perdendo área. Ainda que a demanda seja menor, ela precisa ser atendida, e os compradores do país e do exterior querem o algodão brasileiro, [que tem] garantia de qualidade e rastreabilidade", diz Busato.



Venda antecipadas


Termômetro desse cenário, as vendas antecipadas da produção que será colhida na safra 2022/23 estão atrasadas. O percentual chegou a 60% da colheita estimada, quando o ideal seria 70%. No caso do algodão da temporada 2023/24, as vendas antecipadas sequer chegaram a 10%, quando o esperado era 30%.


"Os produtores seguraram as vendas desde que começaram essas quedas em Nova York. Além disso, ainda há dúvidas sobre o comportamento do clima, especialmente em Mato Grosso, onde o algodão é plantado após a colheita da soja. Se a chuva atrasar o plantio do grão, os produtores podem optar pelo milho, que tem ciclo mais curto que a pluma", destaca Busato.


Ele projeta que o preço vai voltar a US$ 1 dólar por libra-peso em Nova York apenas a partir de abril ou maio. "Esse pessimismo do mercado sobre o consumo deve se estender por um tempo", afirma.


No Brasil, os preços também estão em queda. Em setembro, o indicador Cepea/Esalq para a libra-peso posta na Grande São Paulo caiu 15,7% e chegou a R$ 5,7453, seu menor patamar em um ano.


"Desde maio, quando as notícias sobre o risco de recessão ganharam corpo, a queda do preço no Brasil tem sido forte. O mercado tentou sinalizar alguma melhora recentemente, mas a queda mês passado voltou a ser expressiva. A inflação em alta e o aumento dos juros afetam o consumo. Roupa e vestuário são os primeiros itens a sentir a retração na demanda", diz Lucilo Alves, professor da Esalq/USP e pesquisador de algodão do Cepea. Para o pesquisador, haverá grande volatilidade nos próximos seis meses.



Leia mais:Piora o cenário para os preços do algodão_Valor Econômico.pdf


Mídia: Valor Econômico – 05/10/2022

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Abrapa comemora Dia Mundial do Algodão

​Para celebrar a data, comemorada em 7 de outubro, durante essa semana, a associação, por meio do movimento Sou de Algodão, trabalhará campanha com o conceito "Segue o fio"

05 de Outubro de 2022

Uma das culturas que mais dinamizam o meio agrícola e a economia do mundo é o algodão. A fibra é produzida em mais de 70 países, em todos os continentes, onde são plantados, anualmente, 32 milhões de hectares, movimentando 10 trilhões de dólares por ano. Nesse cenário, o Brasil tem peso expressivo, é o quarto maior produtor do mundo, segundo maior exportador e o sétimo maior consumidor. O Valor Bruto da Produção (VBP) de algodão, em 2022, é de R$ 41 bilhões, sendo a quarta cultura mais importante da agricultura brasileira, depois da soja, cana-de-açúcar e milho.


Para comemorar a pujança do setor, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) mobilizou cotonicultores, trabalhadores e pessoas ligadas à moda e ao setor produtivo, para celebrar o Dia Mundial do Algodão, comemorado em 7 de outubro. Durante essa semana, a associação, por meio do movimento Sou de Algodão, trabalhará na campanha alusiva à data, o conceito "Segue o fio", que estará presente em uma série de iniciativas para estimular o consumo da fibra. A jornalista e influenciadora Maria Prata é a personalidade da ação deste ano.  O Dia Mundial do Algodão foi lançamento oficial em 2019, em Genebra, na Suíça, durante evento promovido pela Organização Mundial do Comércio (OMC), numa iniciativa do ICAC, com outras entidades internacionais como FAO, Organização Mundial do Comércio (OMC), United Nations Conference of Trade and Development (Unctad) e o International Trade Center (ITC).



O caminho da pluma


O presidente da Abrapa, Júlio Busato, destaca a importância da fibra e enfatiza que a pluma natural, é biodegradável e sustentável, por isso é sempre uma boa escolha. "Celebramos o dia junto aos produtores de algodão que incorporam à fibra natural a sustentabilidade na cultura, tão essencial nos dias de hoje. Agradeço pelas contribuições, por se adaptarem e perseverarem nas mudanças que foram necessárias para mantermos a qualidade do algodão brasileiro", ressaltou. O algodão é usado por quase todas as pessoas em todo o mundo diariamente. Não à toa, a cadeia é uma das que mais gera emprego no País e no mundo, contribuindo para o desenvolvimento das regiões produtoras.


Parceira da cotonicultura na pesquisa e transferência de tecnologia para implementação de programas junto aos produtores e segmentos da cadeia, a Embrapa Algodão tem papel de destaque nas regiões produtoras da fibra. Para o chefe geral da Embrapa Algodão, Alderi Aarújo, é uma cultura complexa e que precisa permanentemente se renovar para atender as demandas e isso compreende desde o plantio até o beneficiamento. Segundo Araújo, esse aprimoramento possibilitou ao Brasil ter uma das melhores plumas do mercado, além dos melhores índices de produtividade. "Destaco como importante ganho da produção o fato de o algodão crescer no País como cultura sustentável na área econômica, social e, sobretudo, ambiental", disse.


Para Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o setor sente-se orgulhoso por ser parte relevante nessa rede da cotonicultura. "Somos o principal consumidor da matéria-prima produzida em nosso País, onde trabalhamos de forma conjunta com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão e Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, visando ao fortalecimento de uma cadeia vasta de produção e distribuição. Parabéns aos produtores de algodão do Brasil, bem como à indústria têxtil e de confecção de nosso país, o maior cliente da produção nacional".


O presidente da Anea, Miguel Faus, ressaltou a presença do Brasil entre os maiores produtores mundiais de algodão, junto a Estados Unidos, China, Índia e Paquistão e é líder em produtividade nas lavouras de sequeiro. Segundo ele, características como a qualidade da pluma e a regularidade no fornecimento atribuíram ao algodão brasileiro uma posição de destaque no mercado mundial, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores do globo. "Já ocupamos a posição de segundo maior exportador e continuamos a atuar para avançar ainda mais. Sendo uma das culturas mais importantes da nossa agricultura, gera emprego, renda e desenvolvimento em todas as regiões em que seu cultivo está presente", destacou.



Algodão para o bem em todo mundo


Há uma razão para o tema do Dia Mundial do Algodão ser "Algodão para o Bem"! Em todo o mundo, a fibra natural é a mais importante, enfatiza o diretor de comunicação do Icac, Mike McCUE. O argumento é de que alivia a pobreza e fornece trabalho e renda para mulheres em muitos países menos desenvolvidos, ajuda a combater as mudanças climáticas sequestrando mais carbono do que emite, além de fornecer subprodutos valiosos, como óleo de cozinha e ração para o gado, e é usado em produtos farmacêuticos, notas de moeda e muito mais. Diante de tantas justificativas positivas relacionadas à pluma, "talvez o mais importante de tudo, cada peça de roupa de algodão significa que haverá menos microplásticos em nossa água, em animais selvagens e em nossa cadeia alimentar". O algodão é bom para o planeta, ressalta, e nada mais justo do que uma data alusiva à fibra.



Leia mais: Abrapa comemora Dia Mundial do Algodão - Notícias Agrícolas (noticiasagricolas.com.br)


Abrapa comemora Dia Mundial do Algodão – Portal Campo e Negócios (campoenegocios.com.br)


Mídia: Notícias Agrícolas – 04/10/2022


Campo & Negócios – 05/10/2022

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Executivo da Abrapa é reconhecido com Medalha do Mérito

​Cerimônia ocorreu na abertura da 77ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), em Goiânia

05 de Outubro de 2022

Com uma homenagem a profissionais e entidades, a tradicional Cerimônia do Mérito do Sistema Confea Crea e Mútua marcou a abertura da 77ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), na terça-feira (4), no Centro de Convenções de Goiânia. O diretor Executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Marcio Portocarrero, foi um dos 27 agraciados com a Medalha do Mérito, pelos relevantes serviços prestados à Engenharia e à Agronomia.


Portocarrero reconheceu a importância da homenagem e disse estar grato e honrado. "É com satisfação que recebo a distinção em meio a um evento de tamanha importância como 77ª Soea, que traz para o debate temas atuais sobre sustentabilidade e responsabilidade social para o desenvolvimento do País", ressaltou.


A Comissão do Mérito, composta por integrantes das associadas, é responsável pela indicação dos agraciado com a laureação.

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Versátil, leve e sustentável

​Com mais de mil marcas reunidas, o movimento Sou de Algodão incentiva o uso da fibra natural com certificação socioambiental para produzir itens que vão da calça jeans à renda do vestido de festa

04 de Outubro de 2022

Não basta a roupa ser bonita e cair bem. Há uma geração de consumidores cada vez mais consciente que quer saber quem fez a peça, em quais condições de trabalho foi desenvolvida e qual é a origem do material. Por outro lado, a Abrapa (Associação Brasileira de Produtores de Algodão) já tinha um programa de sustentabilidade e de responsabilidade na produção da fibra de algodão há alguns anos, mas essas informações não chegavam ao consumidor final. Para colocar sob os holofotes a importância e a produção consciente da fibra, a Abrapa criou, em 2016, o movimento Sou de Algodão.


 

Leia mais: Versátil, leve e sustentável - Revista Marie Claire.pdf


Mídia: Marie Claire – 29/09/2022

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O algodão da semente ao guarda-roupa, com Silmara Ferraresi e Warley Palota

04 de Outubro de 2022

O Brasil está entre os cinco maiores produtores de algodão do mundo. Com tanto talento nesta produção, nosso ouro branco se fortalece a cada dia no mercado nacional e internacional. No episódio desta semana, conversamos sobre a cadeia do algodão e como ela começa no campo, na escolha das sementes e o processo até chegar nas prateleiras e no nosso guarda-roupa. Participam do papo, Silmara Ferraresi, gestora do Movimento Sou de Algodão, gerido pela Abrapa, e Warley Palota, líder de Sementes de Algodão, na BASF.


Ouça o podcast aqui: Ep. 27 - O algodão da semente ao guarda-roupa, com Silmara Ferraresi e Warley Palota - BASF Agro - Um podcast que cultiva Legados | Podcast no Spotify


Mídia: BASF Agro/Spotify – 29/09/2022

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