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Conselho de Administração da Abrapa faz planejamento para 2024

06 de Dezembro de 2023

O Conselho de Administração da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) dedicou, o dia 5 de dezembro, para revisar e planejar as atividades de trabalho da entidade, que representa os cotonicultores brasileiros. Presidida por Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, a reunião teve como foco a avaliação dos resultados dos programas estratégicos e das ações futuras, começando pela aprovação prévia do orçamento de 2024 para submissão à assembleia.


A reunião teve início com a apresentação da política comercial da Bayer para a utilização das tecnologias Bollgard 3 RR Flex, Bollgard II RR Flex e RR Flex. Fernando Prudente, diretor de Negócios de Soja e Algodão da Bayer, e João Tovajar, líder Comercial do Negócio de Algodão da Bayer, mostraram essas tecnologias como uma forma de proteger o potencial de produtividade do algodoeiro, visando a safra 2023/2024.


O estudo sobre o conteúdo de fibras curtas conduzido pelo Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt) e pela Embrapa, com apoio da Abrapa, também foi destaque na avaliação dos conselheiros. Divulgado na semana passada, a nota técnica investigou origens do problema e sugeriu mudanças e aprimoramentos, desde a escolha das variedades, até o manejo com a cultura na lavoura, na colheita e no beneficiamento.


O pilar de promoção do algodão brasileiro, tanto no mercado interno como no externo, foi amplamente discutido na reunião. Os resultados do movimento “Sou de Algodão”, que contempla ações promocionais, de negócios e informacionais que vão desde campanhas de comunicação até projetos voltados à ampliação da competitividade e ações em universidades, e do Cotton Brazil, que representa um novo passo do algodão brasileiro no mercado global, foram analisados pelos presentes.


Os conselheiros discutiram também detalhes do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), programado para os dias 3 a 5 de setembro, em Fortaleza (CE). O debate contemplou os principais temas das plenárias que ocorrerão durante o maior evento da cotonicultura brasileira, e a atração artística que fará o show de encerramento do evento.

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Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro – safra 2022/23 (novembro)

06 de Dezembro de 2023

Veja, no relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro, da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o desempenho da safra 2022/2023, nas principais características mensuradas através de classificação instrumental. O documento considera os laboratórios que participam do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), nos quais, até esta data, cerca de 87% do volume esperado de amostras já foram processadas. A excelente notícia é a melhoria na performance do país no Índice de Fibras Curtas (SFI), em relação ao ciclo anterior. Clique no link e saiba mais!


https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2023/12/Relatorio_de_Qualidade_do_Algodao_Brasileiro__safra_2022_2023.novembro.pdf

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Brasil mostra opções contra volatilidade de preços em evento do ICAC na Índia

06 de Dezembro de 2023

Como o agricultor ao redor do mundo tem se protegido contra a volatilidade dos preços de algodão? O questionamento foi a tônica central de um painel ocorrido no domingo (3) durante a 81ª edição da Reunião Plenária do International Cotton Advisory Commitee (ICAC), realizada em Mumbai (Índia) nesta semana.


O assunto tem se tornado mais relevante porque, principalmente após a pandemia de Covid-19, a oscilação de cotações tem sido mais frequente, e causada por diferentes motivos. “Os preços não são mais definidos exclusivamente pelos fundamentos de ‘oferta’ e ‘demanda’. Temos as mudanças climáticas, a geopolítica mundial e a conjuntura econômica dos principais players globais”, contextualizou Haroldo Rodrigues da Cunha, ex-presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) e representante do Brasil no painel do ICAC.


A dinâmica nas políticas de exportação e importação também influencia no mercado. “Vários países têm políticas protecionistas, de cotas ou taxação de produtos. O agricultor que exporta precisa acompanhar essa movimentação também”, observou.


No Brasil, cerca de 70% da produção de algodão é destinada à exportação. Estimativas da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) indicam que, entre julho de 2023 e junho de 2024, serão exportadas 2,4 milhões de toneladas – 60% a mais que no ciclo anterior. Atualmente, o Brasil é o segundo maior exportador de pluma no mundo, ficando atrás dos Estados Unidos.


Diferentemente de países onde há políticas mais protecionistas de preços e o algodão é quase 100% absorvido pelo mercado interno, como é o caso da China e da Índia, no Brasil o agricultor tem uma atuação mais “empresarial”. “O ponto de partida é saber o custo de produção para ‘travar’ pelo menos a parte da safra equivalente aos custos diretos”, explicou Haroldo Cunha.


Uma das operações mais usuais entre os brasileiros é o barter, na qual o algodão é ‘trocado’ por insumos para a safra seguinte. Outra opção comum é o hedge, em que o preço é fixado no momento da venda. Também são frequentes os contratos de opção e as vendas on call, pelas quais o produtor fixa o valor ‘Basis’ e trava o preço no decorrer da safra.


Todas essas alternativas são realizadas pelo produtor via bancos, corretoras e tradings. O fato é que, até o mês de novembro, 80% da safra 2022/23 de algodão brasileiro e 46% da safra 2023/24 já tinham sido comercializados antecipadamente no Brasil.


O painel mostrou também a diversidade de realidades da cotonicultura global. No continente africano, por exemplo, não é usual a política de garantia de preços como na Índia e na China. “A troca de experiências entre os produtores é um dos pontos altos de painéis como esse do ICAC”, salientou o representante brasileiro.


A plenária do ICAC continua nesta semana tendo como tema central “Cadeia de Valor do Algodão: Inovações locais para a prosperidade global”. O evento é aguardado pela indústria têxtil mundial, reunindo produtores, empresários, técnicos e profissionais do segmento.


De 6 a 8 de dezembro, ocorre um tour técnico na região de Ahmedabad (Gujarat). A agenda inclui encontro técnico com produtores, visita a unidades de beneficiamento e fábricas. Essa etapa será acompanhada por Marcelo Duarte Monteiro, diretor de Relações Internacionais da Abrapa e responsável pelo programa Cotton Brazil – marca que promove internacionalmente a cadeia produtiva do algodão brasileiro.

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ICA Bremen Quality Expert Instrument Testing

05 de Dezembro de 2023

O Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), agora tem no seu time um “ICA Bremen Quality Expert Instrument Testing”. Nesta semana, Deninson Lima, assistente do CBRA, teve sua recomendação aprovada pelo Conselho de Diretores do ICA Bremen, e foi certificado para o título. Deninson se tornou um dos 39 especialistas em todo o mundo em Qualidade na classificação de algodão.


O laboratório central, responsável pela verificação e padronização dos processos de classificação da fibra no Brasil, possui acreditação pela norma NBR ISO IEC 17025, detém a Certificação ICA Bremen e a habilitação como Serviço de Controle Autorizado (SCA) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). "Essa conquista é de extrema importância para o Brasil, pois ressalta a qualidade do algodão produzido no país, atraindo olhares globais para o nosso produto”, afirmou.


O gerente de laboratório da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Rhudson Assolari, também conquistou a certificação. O laboratório integra o Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), da Abrapa. Ao todo, apenas três brasileiros fazem parte do seleto grupo de especialistas em Qualidade do algodão, do ICA Bremen.

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Abrapa e associações estaduais discutem estratégias para 2024

04 de Dezembro de 2023

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, reuniu-se, nesta segunda-feira, 4 de dezembro, com diretores executivos das associações estaduais dos produtores de algodão para discutir as ações estratégicas realizadas durante o ano. A análise envolveu os quatro pilares de atuação da entidade nas áreas de promoção, rastreabilidade, sustentabilidade e qualidade, tomando como base o atual cenário competitivo do algodão e as oportunidades de melhorias para o próximo ano.
Durante o encontro, foi abordado o papel de influência que a Abrapa tem conquistado na cadeia produtiva do algodão. Este ano, pela primeira vez, o Brasil alcançou o terceiro lugar no ranking de maiores produtores, superando os Estados Unidos. O país também teve o primeiro lote de algodão certificado, chancelado pelo Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa, desenvolvido pela Abrapa, e tem sido referência de rastreabilidade para outros setores do agronegócio.
Ao enfatizar a sustentabilidade e a rastreabilidade, o presidente da Abrapa ressaltou o compromisso da entidade em conduzir a cadeia brasileira do algodão de maneira responsável. “Promovemos práticas que preservam o meio ambiente e asseguramos a capacidade de rastrear a origem dos produtos, contribuindo para um setor mais transparente e ético”, afirmou.
Ao fim da reunião, definiu-se a necessidade de instituir uma agenda periódica de reuniões entre a Abrapa e os executivos das associações, com objetivo de avaliar as estratégias adotadas para impulsionar o avanço do setor.

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Porque o mundo precisa de mais algodão

04 de Dezembro de 2023

No cenário atual, em que os reflexos das mudanças climáticas estão sendo sentidos diariamente pelas pessoas ao redor do mundo, o algodão é a opção mais sustentável disponível. Matéria-prima natural, de menor impacto ambiental e 100% biodegradável, ele tem perdido espaço no comércio global para as fibras sintéticas (mais baratas, mais poluidoras e menos duráveis). Durante a 28ª edição da Conferência de Mudanças Climáticas (COP) da Organização das Nações Unidas, que ocorre até 12 de dezembro em Dubai (EAU), o Brasil quer mostrar que essa história pode - e deve - ser mudada.


“O consumidor prefere o algodão, porque é mais confortável, mais fresco ao vestir e tem mais qualidade. O agricultor quer continuar produzindo, porque já aprendeu a cultivar de forma responsável, minimizando impactos e criando ativos ambientais que ajudam na gestão climática”, explica Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa).


Durante a COP28, o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte Monteiro, estará no painel “Diálogos de Produção Verde: Revelando Práticas Sustentáveis e Histórias de Sucesso em Carne Bovina e Algodão”. Será no dia 10/12 ao meio-dia (hora local). Há pelo menos três anos, a Abrapa tem levado para a COP cases de sustentabilidade e transparência da cotonicultura brasileira.


Neste ano, a presença terá função dupla. A primeira missão é mostrar como o modelo de produção de algodão brasileiro pode contribuir para o desafio das mudanças climáticas. Em segundo lugar, o objetivo é apresentar o sistema de rastreabilidade total dos fardos – que acompanha, com transparência, a jornada do produto desde as fazendas de origem até as indústrias, permitindo também o monitoramento dos benefícios ambientais do algodão.


“Entre as fibras têxteis de maior apelo comercial, o algodão é o que menos emite dióxido de carbono (CO²)”, pontua o diretor da Abrapa, citando dados de 2018 do International Cotton Advisory Committee (ICAC).


Ele lembra que, hoje, o País se destaca por ter mais de 80% de toda sua produção com certificação socioambiental. “Nas últimas décadas, o brasileiro desenvolveu um jeito próprio de cultivar. Aliamos eficiência, fazendo rotação de culturas e adotando a agricultura regenerativa, à responsabilidade. Quando a fazenda adere ao nosso protocolo de certificação socioambiental, ela se torna um ambiente seguro e digno para as pessoas trabalharem e também uma unidade de preservação ambiental, sem deixar de ser rentável”, afirma o diretor.


O protocolo citado por ele é o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), instituído em 2012 e que, hoje, abrange 82% de toda a produção nacional de algodão. A Scheffer, empresa agropecuária de Mato Grosso, possui fazendas certificadas pelo protocolo ABR. O sucesso de suas práticas regenerativas, totalmente rastreáveis, também será apresentado no painel da Abrapa pela diretora Comercial, Financeira e de Sustentabilidade da Scheffer, Fabiana Furlan.


“Toda nossa produção é monitorada da lavoura até o embarque, e os fardos que são exportados são rastreáveis por radiofrequência. Essa transparência é fundamental para que o mercado saiba que, no Brasil, o algodão é responsável e tem qualidade”, antecipa a executiva.


Dados do United States Departament of Agriculture (USDA) posicionam o Brasil como terceiro maior produtor e segundo maior exportador de pluma no mundo. Estimativas da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) indicam que, entre julho de 2023 e junho de 2024, as exportações somarão 2,4 milhões de toneladas – 60% a mais que no ciclo anterior.


A presença da Abrapa na COP28 atende a convite da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Ao lado da Anea, Abrapa e Apex-Brasil desenvolvem o Cotton Brazil – marca que representa a cadeia produtiva do algodão no mundo. Além da Abrapa, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) participa do painel com cases sobre a produção de carne brasileira.

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Agro brasileiro vai conquistar mais um pódio e com o dobro de produtividade dos EUA

04 de Dezembro de 2023

Texas ou Mato Grosso? Se fosse um campeonato por pontos corridos, os dois estados estariam medindo forças na disputa pelo título de maior região exportadora de algodão do mundo. Enquanto o Texas responde por 42% da produção dos Estados Unidos, líder dos embarques, o Mato Grosso representa sozinho 70% das plantações de algodão do Brasil, vice-líder no comércio internacional.


Analistas do mercado do algodão já dão como favas contadas: o Brasil em pouco tempo vai assumir o posto de maior exportador, e o algodão entrará para o seleto grupo de commodities em que o país é número 1 nas trocas globais. Já estão nesta lista soja, celulose, açúcar, frango, carne bovina, café e milho.


O que torna o desempenho brasileiro mais notável no algodão é que o cultivo empresarial começou em terras mato-grossenses há cerca de 30 anos, enquanto os campos brancos do Cotton Belt compõem o cenário do Sul dos Estados Unidos há mais de 200 anos.


Neste embate entre o tradicional e o moderno, o Centro-Oeste brasileiro vem embalado por clima favorável, tecnologia de ponta e alta profissionalização dos produtores, devendo ampliar a área plantada em 8,4% no ciclo 2022/23. Já os concorrentes americanos sofrem com estiagens seguidas, perda de qualidade da pluma e de clientes, voltando-se para outros cultivos. No Texas, a projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) é de que a área cultivada com algodão irá encolher 21% na próxima temporada.


Liderança nas exportações de algodão é questão de tempo


Assim, no ciclo de 2023/24 o Brasil pela primeira vez deverá superar a produção de algodão dos Estados Unidos, alcançando 3,17 milhões de toneladas, contra 2,85 milhões. Essa virada histórica vai levar a um emparelhamento com os rivais nas exportações, com projeção de que os EUA ainda sigam ligeiramente à frente, com 2,66 milhões de toneladas embarcadas contra 2,57 milhões, segundo o USDA.


À primeira vista, podem parecer conquistas temporárias, devido a contingências climáticas. Analisados mais de perto, no entanto, os números revelam claras tendências inversas envolvendo os dois países.


Cultivando quase o dobro da área dedicada ao algodão no Brasil – 3,24 milhões de hectares contra 1,7 milhão – os americanos colhem menos do que os concorrentes do hemisfério Sul. Isso se explica porque a produtividade brasileira, mesmo com 95% das lavouras sem irrigação, é o dobro da americana, que irriga 20% da área. Por aqui, colhe-se em média 1.900 kg por hectare, e, por lá, próximo de 900 kg por hectare.


“Ambos têm na China o principal cliente. A cada ano as exportações americanas vêm caindo, e as brasileiras o oposto, aumentando. A previsão é de que os EUA continuem a enfrentar seca nos próximos anos, tendo que diminuir suas exportações. Isso cria incerteza no mercado e dá oportunidade para o Brasil ter um market-share ainda maior”, avalia Lucy Farrand, analista da trader de commodities Czarnikow, de Londres.


Quase 90% do algodão brasileiro tem selo sustentável


Nesta disputa de mercado, a sustentabilidade é ao mesmo tempo o maior desafio e a maior oportunidade para os produtores de algodão. E nesse quesito a liderança global é tupiniquim. O selo de sustentabilidade Better Cotton Initiative (BCI), com sede na Suíça, já certifica 84% da produção brasileira, diante de uma média global de apenas 22%. “É um índice extremamente alto que mostra que a cadeia de fornecedores é sustentável no Brasil e está funcionando, e é isso que as empresas procuram no momento. A cadeia produtiva precisa ser rastreável, você precisa saber a origem do algodão. Há ainda muito trabalho a ser feito, mas o Brasil, com certeza, lidera esse processo”, aponta Farrand.


Além do diferencial de sustentabilidade certificada, o cotonicultor Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), sublinha três fatores que impulsionam a pluma nacional: solo plano e mecanizável, clima propício e agricultores altamente profissionais. Outra vantagem competitiva importante do Cerrado é que 65% da colheita está na safrinha ou “double-crop”. É a segunda safra do ano, cultivada logo após a colheita da soja.


“Temos uma safra de alimentos seguida por outra de fibra. Isso dá uma vantagem ao Brasil e nós conseguimos produzir o dobro”, aponta Schenkel. O fato de as chuvas “cortarem” no Brasil Central por volta do mês de maio é outro aliado do algodão, que praticamente nunca tem perda de qualidade por excesso de umidade na colheita. “Isso também ajuda no brilho e na cor do algodão, desde que se tenha feito o manejo correto”, explica.


Cotonicultor é empresário e cultiva em larga escala


Variedades resistentes a pragas e doenças, mecanização de ponta a ponta, solo e clima favoráveis contribuem para o sucesso do algodão brasileiro. Mas não explicam tudo, observa Miguel Faus, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). “O mais importante é a seriedade do produtor brasileiro. A gente está bem à frente deles. Temos empresários que buscam o resultado, mas respeitando todas as questões. O perfil do produtor americano médio é mais acomodado, às vezes está esperando dar uma quebra de safra para ganhar o seguro que eles têm lá. O foco aqui são áreas maiores e, em termos de competitividade, estamos bem à frente, por mais que as pessoas acreditem que isso não seja possível”, afirmou.


Se a China é o maior consumidor global de algodão, a Índia é o maior produtor, mas com índices de produtividade ainda muito baixos. A média indiana é de 447 kg por hectare, contra uma média brasileira quase quatro vezes maior. Esse desempenho faz com que o agronegócio da pluma tenha um efeito poupa-terra no Brasil. "No passado a gente produzia muito pouco algodão em 3 milhões de hectares no semiárido e 1 milhão em São Paulo e no Paraná. Precisávamos de 4 milhões para abastecer o mercado interno. Hoje plantamos 1,7 milhão de hectares, abastecemos o mercado interno e ainda somos o segundo maior exportador mundial", destaca Alderi Emídio de Araújo, chefe-geral da Embrapa Algodão, na Paraíba.


Em termos de qualidade do produto, o algodão “Made in Brazil” já teria se equiparado e até superado a concorrência estadunidense, mas ainda falta espraiar esta informação aos mercados internacionais. Miguel Faus, da Anea, aponta que o algodão brasileiro está construindo uma relação de confiança com os clientes, e isso leva tempo. “O algodão americano tem o green card, que é o governo que garante. As fiações confiam nele por causa disso. O algodão australiano não tem isso, mas o mercado já reconhece como de qualidade superior. E nós estamos criando confiabilidade. Cada negócio é importante, dentro de cada país você tem fiações que compram algodão bom, médio e ruim. É preciso conhecer a fábrica, conhecer o dono”, sublinhou.


Além de conhecer as idiossincrasias dos clientes em visitas técnicas, os cotonicultores têm estimulado o caminho inverso, organizando excursões de compradores às fazendas brasileiras, para que vejam in loco as práticas sustentáveis. Mais recentemente, no início do ano, a estratégia se ampliou para o marketing junto às grandes marcas, e estiveram no Centro-Oeste em visitas a campo diretores da Zara e da Levi Strauss & Co.


Acesso em: Algodão brasileiro deve ultrapassar os EUA, com dobro de produtividade (gazetadopovo.com.br)

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Abrapa e CBRA em recesso, nos dias 30/11 e 01/12/2023, em função do feriado distrital: Dia do Evangélico

30 de Novembro de 2023

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) estarão em recesso, nos dias 30/11 e 01/12/2023, em função do feriado distrital: Dia do Evangélico. As atividades serão retomadas em 04/12/2023 (segunda-feira), no horário normal de funcionamento.

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Para a Abrapa, aprovação do PL 1459/2022 foi um grande avanço

29 de Novembro de 2023

Uma das principais defensoras da modernização no sistema de registro de defensivos agrícolas no Brasil, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) comemorou a aprovação, no Senado Federal, do Projeto de Lei 1459/2022, que agora segue para sanção presidencial. Para a associação dos cotonicultores, a mudança no sistema de registros, proposta no PL, vai tornar os processos mais eficientes, transparentes e seguros, diversificando as moléculas disponíveis para o produtor, e, consequentemente, reduzirá riscos à saúde humana e ao meio ambiente.


Para o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, ainda que o texto não tenha sido integralmente aprovado, a votação no Senado já é uma vitória. “Esperamos mais de 20 anos para que isso acontecesse. Ao contrário do que alguns podem pensar, o PL não torna a legislação mais frouxa. A partir de agora, a Avaliação dos Riscos do produto se torna obrigatória. O Ministério da Agricultura e Pecuária terá a coordenação do sistema, mas todo o processo será colegiado, com a Anvisa e o Ibama, sem tirar as competências dos órgãos de controle e fiscalização”, argumenta Schenkel.


Pelo texto, os prazos para registro deverão ser de 24 meses para novos produtos, 12 meses para o registro de genéricos (off patent) e de 180 dias para a inclusão de novas fábricas e culturas. Atualmente, para que uma nova molécula possa chegar ao mercado, leva-se em torno de oito a dez anos. O presidente destaca que a legislação brasileira para registro de pesticidas é uma das mais rígidas do mundo e o Brasil é um dos poucos países que possui receituário agronômico para uso e comercialização dos produtos.


“O Brasil desenvolveu um modelo de agricultura tropical que se tornou referência mundial em sustentabilidade e produtividade. E fez isso com pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico, porque não é fácil produzir nos trópicos, onde as condições são extremamente propícias ao ataque de pragas e doenças”, pondera Schenkel. “Termos acesso a moléculas mais modernas potencializa nossa matriz de manejo integrado, que hoje cada vez mais já conta com os biológicos”, explica.


29.11.2023


Imprensa Abrapa


Catarina Guedes – Assessora de Imprensa


(71) 98881-8064


Monise Centurion – Jornalista Assistente


(17) 99611-8019

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Abrapa prestigia Prêmio Abapa de Jornalismo em Salvador

29 de Novembro de 2023

Depois de participar da etapa de visitas técnicas e ciclo de palestras dos estudantes de jornalismo às áreas-chave da cadeia produtiva do algodão na região Oeste da Bahia, falando sobre as iniciativas da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em sustentabilidade, rastreabilidade, qualidade e promoção, a diretora de Relações Institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, acompanhou a última e mais esperada das fases do Prêmio Abapa de Jornalismo, a cerimônia de premiação, realizada na noite da terça-feira, 28 de novembro, no teatro da Casa do Comércio, em Salvador.

Trata-se de uma ação desenvolvida pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) como uma forma de reconhecer o trabalho dos profissionais de todo o Brasil, que atuam na cobertura jornalística do algodão baiano, assim como de incentivo à formação de futuros jornalistas do setor. Estes últimos integram a categoria “Jovem Talento”, que, antes de submeter seus trabalhos à avaliação da comissão julgadora, têm a oportunidade de conhecer presencialmente uma boa mostra do que é a cadeia produtiva, acompanhando a colheita, o beneficiamento, a classificação, dentre outros elos, conversando com as fontes, para, finalmente, escolher as pautas que irão desenvolver.

“Sair da sala de aula e ‘ver de perto’ como as coisas acontecem é um poderoso aliado na aprendizagem de um conteúdo e na mitigação dos ruídos de comunicação”, explica Silmara Ferraresi. “Na Abrapa, assim como as estaduais, acreditamos na educação e desenvolvemos experiências semelhantes, como o Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, e as Cotton Trips, com jornalistas e outros profissionais. Eventos assim estreitam os laços entre jornalistas e fontes, estimulando a comunicação transparente, ética e verdadeiramente informativa, como deve ser. A Abapa está de parabéns por criar, manter e sempre aprimorar esta iniciativa”, afirmou.

Para o presidente da associação baiana, Luiz Carlos Bergamaschi, ter o suporte da Abrapa é muito importante. “A Abapa agradece à Abrapa, na pessoa da Silmara, por acreditar nesse projeto e participar dele, desde as etapas anteriores à premiação, levando informação precisa e de qualidade sobre o algodão brasileiro e a sua cadeia produtiva, da semente até o guarda-roupa. Com esse prêmio, contribuímos para a formação desses profissionais do futuro”, concluiu.

29.11.2023
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