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Brasil e China alinham protocolos de qualidade do algodão

Governos chinês e brasileiro trocaram informações sobre sistemas de inspeção em reunião promovida pela Abrapa

19 de Outubro de 2021

Brasil e China deram mais um importante passo no fortalecimento das relações comerciais entre a indústria têxtil chinesa e os cotonicultores brasileiros. A convite da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), técnicos governamentais dos dois países trocaram informações sobre os sistemas de controle de qualidade adotados em cada nação,em reunião realizada nesta segunda-feira (18).



O encontro virtual teve, como principal objetivo, alinhar de informações sobre procedimentos de análise de qualidade de algodão, para facilitar o comércio, eliminar burocracias e valorizar o produto brasileiro no seu principal mercado.


Participaram da reunião técnicos do departamento de Inspeção e Supervisão de Algodão Importado da Alfândega da China em Qingdao e do Laboratório Central Estatal de Algodão Importado (State Key Testing Laboratory of Import Cotton, SKTLIC). A China National Cotton Exchange (CNCE), entidade setorial chinesa que recentemente formalizou parceria institucional com a Abrapa, também esteve presente.



Diretores e técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), cotonicultores ligados à Abrapa e a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea) compuseram a equipe brasileira na reunião. O evento foi realizado pelo programa Cotton Brazil, iniciativa da Abrapa, com apoio da Anea e da Apex Brasil, que visa promover o algodão brasileiro no mercado asiático.



Wang Ming, representante da Alfândega localizada na zona de livre comércio de Qingdao, apresentou as legislações que regram os protocolos de aferição de qualidade dos produtos importados e mostrou os principais procedimentos cumpridos. Qingdao responde por 60% do volume total de algodão importado pela China.  "Nos últimos cinco anos, a qualidade do algodão brasileiro evoluiu. De 2017 para cá, os índices de conformidade têm ficado em torno de 90% e percebemos que é uma fibra com boa uniformidade. Além disso, constatamos alto nível de aderência entre os indicadores brasileiros e os que aferimos na nossa própria inspeção", observou Wang.



A percepção de que o algodão brasileiro está em melhoria contínua é explicada pelos investimentos do setor em qualidade. "Analisamos 100% dos fardos produzidos no Brasil em modernos laboratórios e, a partir da safra 21/22, os resultados poderão ser conferidos pelo celular, via QR Code. Isso inclui os 81% de toda a nossa produção certificados pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR)", explicou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.



Gestor de Qualidade da Abrapa, Edson Mizoguchi apresentou como funciona e os principais resultados do programa de qualidade da associação, o Standard Brasil (SBRHVI), ancorado em critérios internacionais de classificação e controle. "Somente no ciclo 2020/21, analisamos 7.087.200 fardos de algodão, e a cada ano aprimoramos nossos processos. Estamos no caminho certo da excelência", avaliou.



Glauco Bertoldo, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Mapa, antecipou que as análises de qualidade ganharão ainda mais força. O algodão será o primeiro produto agrícola a ser incluído no ainda inédito sistema oficial de certificação voluntária desenvolvido pelo ministério.  "Iremos começar pela cadeia produtiva do algodão devido ao grau de organização e ao sistema da Abrapa, que certifica produtores e algodoeiras. É uma produção feita com responsabilidade e transparência. A nossa certificação com certeza irá atender os rigorosos critérios do governo chinês, que convidamos desde já para conhecer in loco nosso sistema", afirmou Bertoldo.



O detalhamento do Programa de Certificação Oficial do Algodão Brasileiro foi realizado por Hugo Caruso, coordenador geral de qualidade vegetal do Mapa. Dados de origem e das diferentes etapas de produção – da lavoura à usina beneficiadora da pluma, indo até cada fardo a ser exportado – poderão ser acessados, em tempo real, pelos compradores e auditores do produto. "O certificado poderá ser feito tanto impresso como em via digital, conforme a preferência do governo chinês", observou Bertoldo.



Principal destino do algodão brasileiro, a China absorveu 30% da fibra   exportada na temporada 20/21, e a tendência é de que o comércio exterior entre os dois países continue a crescer. Nos últimos quatro anos, o Brasil multiplicou o volume de algodão embarcado para a China em oito vezes, passando de 79 mil toneladas no ciclo 2017/18 para 721 mil toneladas na temporada 2020/21. Como resultado desse crescimento nas vendas, hoje o Brasil é o segundo maior fornecedor da pluma para a indústria chinesa, alcançando market share de 26% em 2021, atrás apenas dos Estados Unidos.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #41/2021

15 de Outubro de 2021

Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão no seu WhatsApp


 – Mais uma semana de muita volatilidade no mercado.  Relatório do USDA teve pontos altistas e baixistas. Preocupações com inflação e mercado aquecido na China colocam o mercado em limite de alta no noturno.


- Algodão em NY – O contrato Dez/21, que chegou a atingir 116,48 U$c/lp na última sexta, caiu para 103,50, voltou a subir ontem, atingindo limite de alta, e neste momento está em

 111 U$c/lp após limite de alta no noturno.


- Preços - Ontem (30/9), o algodão brasileiro estava cotado a 117,75 U$c/lp (-700 pts) para embarque em Nov-Dez/21 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia).


 - Altistas 1 - As recentes altas do algodão na bolsa Chinesa de Zhengzhou (ZCE), motivadas pelo aquecido mercado físico de Xinjiang, estão impulsionando as cotações em NY.  O contrato de Jan/22 na China fechou nesta sexta o equivalente a 154 U$c/lp, quando atingiu mais uma vez limite de alta.


- Altistas 2 - Enquanto os especuladores podem rolar seus contratos, as fiações estão pressionadas, pois precisam fixar mais de três milhões de fardos nas próximas seis semanas e mais 4,6 milhões de fardos até fevereiro.


- Altistas 3 - A projeção para a safra americana foi reduzida em 3% no relatório mensal do USDA divulgado esta semana, para 3,9 milhões de toneladas. Considerando que a safra está atrasada, eventos climáticos adversos ainda podem impactar o resultado final.


-  Baixistas 1 - As projeções do USDA para os números globais foram levemente baixistas, já que a produção global subiu 0,6% para 26,2 milhões de tons, enquanto o consumo global foi reduzido em 0,6%s para 26,9 milhões de tons.


- China 1 - A inflação na China registrou um recorde em Setembro. Impulsionado pela valorização das matérias-primas, o índice de preços ao produtor da indústria (PPI) chinesa subiu 10,7% em setembro em relação ao mesmo mês de 2020.


- China 2 - O relatório mensal do USDA trouxe uma previsão de 2,3 milhões de toneladas para importações Chinesas em 21/22. Apesar desse número ser maior que a última estimativa, está muito abaixo dos 2,8 milhões importados em 20/21.


- China 3 - Considerando o volume de compras recentes e os preços locais, muitos analistas acreditam que importações Chinesas serão muito maiores que o estimado pelo USDA para 21/22.


- EUA 1 - 20% da safra americana 21/22 já está colhida.


- EUA 2 - A partir de agora, o Porto de Los Angeles, nos EUA, passará a funcionar 24h por dia, nos sete dias da semana, como ocorre em Long Beach. A decisão da Casa Branca visa reduzir o volume de navios em fila de espera para atracar no País.


- Agenda 1 - Na próxima Terça, 19/10, na China (segunda-feira no Brasil) a Abrapa irá realizar uma importante reunião com o órgão da Alfândega da China responsável pela classificação de algodão importado, o SKTLIC (antigo CIQ).


-  Colheita - A colheita de 2021 está finalizada no Brasil.


- Beneficiamento - Até ontem (14/10): BA e TO (80%); GO (96%), MA (54%); MG (90%), MS (99,4%), MT (58%), PI (93%) SP (100%) e PR (100%). Total Brasil: 65% beneficiado.


-  Exportações - O Brasil exportou 52,9 mil tons de algodão nas duas primeiras semanas do mês de outubro/21. A média diária de embarque está 26,8% inferior quando comparado a outubro/20.


- Preços - Consulte tabela abaixo

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Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Abrapa repudia atos de vandalismo

15 de Outubro de 2021

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) lamenta e repudia a invasão e depredação da sede da Aprosoja e demais entidades representativas dos produtores rurais brasileiros, ocorrida nesta quinta-feira (14), em Brasília.


Atos como os ocorridos são uma afronta à democracia. A Abrapa respeita o direito à manifestação, desde que realizada de forma pacífica e respeitado o direito à propriedade. A entidade espera que os envolvidos sejam identificados e responsablizados.

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Abrapa, Reserva e Renner lançam iniciativa de rastreabilidade do algodão brasileiro

14 de Outubro de 2021

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio do movimento Sou de Algodão, junto com a carioca Reserva e a Renner, lançam o Programa SouABR, que oferece informações sobre a origem da matéria-prima certificada e o processo de produção da peça adquirida pelos consumidores. O objetivo do SouABR, primeira iniciativa de rastreabilidade por blockchain da indústria têxtil nacional, é oferecer transparência e mostrar que o algodão presente na roupa tem a certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que entrega à indústria o comprometimento dos produtores com os três pilares da sustentabilidade: social, ambiental e econômico.


Através da leitura do QR Code presente na etiqueta da peça, o consumidor pode conhecer a fazenda onde o algodão foi cultivado, a fiação que o transformou em fio, a tecelagem ou a malharia que desenvolveu o tecido ou a malha e a confecção que cortou e costurou. Todas as peças rastreáveis do programa SouABR usam, no mínimo, 70% de algodão em sua composição, sendo que 100% dessa fibra natural presente no produto tem certificação. A primeira coleção foi lançada pela Reserva para o público masculino e a Renner apresentará, a partir de 2022, as roupas para o segmento feminino.


https://vogue.globo.com/moda/noticia/2021/10/fashion-news-saiba-noticias-mais-quentes-da-moda-nesta-semana.html


Vogue - Paula Mello - 14/10/2021

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ONU comemora Dia Mundial do Algodão pela primeira vez

Evento online da Organização Mundial do Comércio celebra data inserida no calendário pela Assembleia Geral em agosto passado; cultura agrícola sustenta mais de 100 milhões de famílias em todo o mundo.

14 de Outubro de 2021

Abrapa na mídia


Este 7 de outubro de 2021 marca a primeira comemoração do Dia Mundial do Algodão. A data foi aprovada em agosto passado na Assembleia Geral emreconhecimento à importância da cultura para o alcance da Agenda 2030.


Como parte das comemorações, a Organização Mundial do Comércio, OMC, preparou um evento online para debater o cenário e o potencial da cadeia de valorda commodity no desenvolvimento econômico e redução de pobreza.


Ambiente 


Em entrevista à ONU News, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa, Júlio Busato, reforçou o papel econômico e social da cotonicultura.


"Esse ano, nós produzimos 2,3 milhões de toneladas de algodão e 700 mil toneladas vão abastecer a indústria têxtil brasileiras, que são quase 30 mil empresas e empregam 1,5 milhão de pessoas".


O algodão ocupa 2,1% das terras aráveis do mundo, mas atende a 27% das necessidades têxteis mundiais. De acordo com Busato, 60% da produção é de segunda safra, otimizando o uso do solo.


"O agricultor planta soja, colhe rapidamente, e depois faz uma safra de algodão. Isso é uma otimização enorme do uso do solo sem irrigação. 92% do algodão brasileiro é plantado em área de sequeiro".


Percursores  


De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, o Brasil é o segundo maior exportador e quarto maior produtor de algodão.


O país produz cerca de 2,5 milhões de toneladas e comercializa aproximadamente metade desse valor para outros países. A quantidade deixa a exportação brasileira apenas atrás dos Estados Unidos.


Quatro produtores de algodão foram percursores da celebração deste dia 7 de outubro: Benim, Burkina Faso, Chade e Mali. A aliança, conhecida como os Quatro do Algodão, fez a proposta de celebração à OMC. Estes países estão na lista dos principais produtores e exportadores.


Segundo a ONU, além da importância nessas nações, a commodity também é responsável pela renda de mais de 28 milhões de produtores em 75 países em cincocontinentes. Com os setores associados, a cultura garante o sustento de 100 milhões de famílias em todo o mundo.


Curiosidades 




  • De acordo com dados da ONU, o algodão é uma cultura com boa adaptação à seca, por possuir um sistema de raízes profundas ideal para climas áridos. Chuvas sazonais em pontos críticos do crescimento da planta seriam suficientes para produzir um alto rendimento.

  • Quase nada de algodão é desperdiçado. O produto é usado em têxteis, ração animal, óleos comestíveis, cosméticos ou combustível, entre outros usos.

  • Uma única tonelada de algodão fornece emprego durante todo o ano para cincopessoas em média, muitas vezes em algumas das regiões mais pobres.

  • Filamentos à base de algodão são adequados para impressoras 3D porque conduzem bem o calor, ficam mais forte quando molhados e são mais escaláveis do que materiais como madeira.


https://news.un.org/pt/story/2021/10/1765732



ONU News – 07.10.2021

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Grupo lança SouABR para entregar rastreabilidade do algodão brasileiro

14 de Outubro de 2021

Abrapa na mídia



No Dia Mundial do Algodão, 7 de outubro, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio do movimento Sou de Algodão, junto à carioca Reserva, do grupo AR&CO, e à Renner, lançam o inédito Programa SouABR (sigla para Algodão Brasileiro Responsável), que oferece informações sobre a origem certificada do algodão e o processo de produção da peça adquirida pelos consumidores brasileiros.


Em desenvolvimento há mais de um ano e meio, o principal objetivo do programa é oferecer transparência ao consumidor, e estimular escolhas mais conscientes, mostrando que o algodão presente naquela peça de roupa tem na origem, a certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável, ABR, que entrega à indústria o comprometimento dos produtores com os três pilares da sustentabilidade: social, ambiental e econômico.



SouABR é a primeira iniciativa de rastreabilidade, em larga escala, na cadeia têxtil nacional. “Tudo isso armazenado graças ao blockchain, que garante a rastreabilidade do algodão desde a propriedade de origem, com a garantia da certificação ABR, passando por toda cadeia têxtil até o produto na loja. A tecnologia proporciona digitalização que torna a informação acessível e auditável em todas as etapas do processo, garantindo confiabilidade”, explica Flavio Redi, CEO da EcoTrace, consultoria responsável pelo desenvolvimento da plataforma de T.I, especialista em rastreabilidade de commodities, com segurança e transparência para o mercado.


O caminho que o algodão certificado percorre começa na fazenda, onde a produção atende a um completo protocolo, que abrange desde o respeito ao meio ambiente e às leis trabalhistas, bem como zela pela eficiência econômica. A certificação ABR possui 178 itens de verificação distribuídos em 8 critérios: contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil, proibição de trabalho análogo a escravo ou em condições degradantes ou indignas, liberdade de associação sindical, proibição de discriminação de pessoas, segurança, saúde ocupacional, meio ambiente do trabalho, desempenho ambiental e boas práticas.


“O histórico de sustentabilidade da cadeia do algodão iniciou em 2005, no Mato Grosso, e se expandiu para outros estados, em 2009. Em 2012 foi criado um protocolo único para todos os produtores brasileiros, o programa ABR, que, há 9 anos, atua em benchmarking com outra iniciativa reconhecida mundialmente: a Better Cotton Initiative (BCI). É uma jornada longa conseguir levar essa certificação até a palma da mão do consumidor, nos enche de orgulho! Nosso cliente está mais exigente e estamos buscando entregar o que ele pede: responsabilidade e transparência.” explica Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa.


Por meio da leitura do QR Code presente na etiqueta da roupa, o consumidor que compra esta peça na loja pode conhecer a fazenda onde o algodão com certificação socioambiental foi cultivado, a fiação que o transformou em fio, a tecelagem ou a malharia que desenvolveu o tecido ou a malha e a confecção que cortou e costurou. Todas as peças rastreáveis do programa SouABR usam, no mínimo, 70% de algodão, em sua composição, sendo que 100% dessa fibra natural presente no produto tem certificação socioambiental.





https://siterg.uol.com.br/moda/2021/10/08/grupo-lanca-souabr-para-entregar-rastreabilidade-do-algodao-brasileiro/



RG – 08.10.2021



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Reserva insere QR code nas peças para destrinchar cadeia de produção do algodão utilizado

A partir de hoje, a marca do Grupo AR&Co passa a integrar programa de responsabilidade e vai mostrar de onde vem matéria-prima utilizada na confecção dos itens vendidos nas lojas

14 de Outubro de 2021

Abrapa na mídia​


A Reserva inaugura nesta quinta-feira (7/10) um novo capítulo na transparência da indústria nacional da moda. A partir de agora, todas as peças vendidas pela marca virão com um QR Code que mostrará a origem do algodão e de toda a matéria-prima utilizada para a confecção dos itens. A grife do Grupo AR&Co é a primeira a integrar o programa Sou de Algodão Brasileiro Responsável (SouABR), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que rastreia a origem do algodão responsável.


O lançamento acontece no Dia Mundial do Algodão. “Agora, todos os nossos clientes terão peças totalmente rastreáveis da semente ao guarda-roupa”, afirma Rony Meisler, CEO da AR&Co. A cadeia de fornecedores que participam do SouABR junto à Reserva são: Fiação Fio Puro e Incofios, na parte de fiações; as tecelagens RenauxView e Vicunha; Dalila Têxtil, com a malharia; ByCotton, EGM e Lavinorte, nas confecções



Os dados sobre a produção da peça serão armazenados com tecnologia blockchain – que registra informações em blocos criptografáveis interligados entre si e que impedem alterações.


Para se certificar na SouABR, as empresas devem cumprir 178 requisitos, em oito esferas, como contrato e condições de trabalho em toda a cadeia produtiva, inclusive de fornecedores, desempenho ambiental e boas práticas agrícolas.



"Diante de novas demandas de consumo, o mundo vem encarando diferentes modelos de produção que, muitas vezes, impactam negativamente no meio ambiente e em questões humanitárias. Quando falamos em rastreabilidade e algodão responsável, estamos garantindo que aquela peça de roupa que você acabou de comprar respeita melhores práticas ambientais e sociais em toda a cadeia produtiva", afirma Meisler.




Dados da Abrapa mostram que o Brasil é o quarto maior produtor e o segundo maior exportador de algodão do mundo. A safra varia de dois a três milhões de toneladas por ano, e atende 100% da demanda da indústria têxtil nacional – exceto em casos específicos de variedades da fibra que não são cultivadas em solo nacional.


"O programa de rastreabilidade SouABR, que envolve a cadeia da moda, é um sonho antigo. Investimos mais de 15 anos em melhores práticas, para oferecer ao mercado uma fibra de qualidade, produzida com responsabilidade socioambiental, e sempre quisemos que o consumidor conhecesse quem nós somos e como cultivamos o algodão que ele veste", diz Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa.




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Iniciativa permite que consumidor descubra origem do algodão usado na roupa

A rastreabilidade do cultivo faz parte do programa SouABR da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, grupo AR&CO e Renner.

14 de Outubro de 2021

Os consumidores vão poder descobrir de onde vem o algodão usado na roupa em algumas peças do mercado. Uma parceria da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com a Renner e a Rerserva do grupo AR&CO oferece informações sobre a origem do algodão e o processo de produção da peça.


A iniciativa faz parte do Programa SouABR (Algodão Brasileiro Responsável) e tem o objetivo de gerar transparência na relação com o consumidor e dar mais base para que ele possa analisar suas escolhas na compra. Ela também promove a certificação do cultivo.


A rastreabilidade pode ser acessada por meio de um QR Code nas peças adquiridas. Com isso, é possível ver o caminho do algodão, desde seu plantio na lavoura.


As informações armazenadas passam pelo blockchain, um registro digital compartilhado de transações que é mantido por uma rede de computadores, permitindo que se chegue ao histórico do produto de forma acessível e auditável.


"A certificação ABR possui 178 itens de verificação distribuídos em 08 critérios: contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil, proibição de trabalho análogo a escravo ou em condições degradantes ou indignas, liberdade de associação sindical, proibição de discriminação de pessoas, segurança, saúde ocupacional, meio ambiente do trabalho, desempenho ambiental e boas práticas", diz a Abrapa em nota.


A SouABR é a primeira iniciativa de rastreabilidade em larga escala na cadeia têxtil nacional, informa a instituição. Todas as peças rastreáveis do programa usam, no mínimo, 70% de algodão, em sua composição, sendo que 100% da fibra tem certificação socioambiental.


"Quando se trata de sustentabilidade, é quase inevitável associá-la ao produto acabado. Mas ela começa muito antes, como, por exemplo, com a escolha da matéria-prima e, a partir daí, capilarizada para todo o processo produtivo", comenta Fernando Sigal, Diretor de Produto da Reserva.


"Este projeto em parceria com a Abrapa e a Reserva mostra como é possível conciliar moda, sustentabilidade e tecnologia com o propósito de que essa indústria seja cada vez mais transparente", disse o gerente geral de Sustentabilidade da Lojas Renner, Eduardo Ferlauto.


https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2021/10/12/iniciativa-permite-que-consumidor-descubra-origem-do-algodao-usado-na-roupa.ghtml



Por G1 | 12/10/2021

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Abrapa e sou de algodão: uma história de sustentabilidade em prol da pluma

O algodão brasileiro também é uma fibra natural, biodegradável, confortável e sustentável

14 de Outubro de 2021

Abrapa na mídia​


A Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) é uma entidade que preza pela produção do algodão sustentável e responsável. Para tanto, criaram o selo ABR (Algodão Brasileiro Responsável), que visa dar a garantia de que a fibra é produzida e vendida dentro das normas mais exigentes quanto a sua qualidade e rastreabilidade. A ideia é que o algodão tenha uma forma de produção e consumo consciente, desde a primeira cadeia, no plantio, até a última, o consumidor final – este tendo a possibilidade de ver nas etiquetas das peças o caminho traçado.



A exemplo do BCI (Better Cotton Iniciative) – organização sem fins lucrativos, criada em 2005, com sede em Genebra, Suíça -, o ABR quer dar visibilidade a todo processo produtivo do algodão, concedendo a seus implicados condições justas inseridas na Organização Mundial do Trabalho, assim como o fomento por uma fibra livre de implicações que andem contra as regras da Abrapa – cujos pilares são ações econômicas, sociais e ambientais.


A Abrapa tem rastreabilidade, que é o SAI (Sistema Abrapa de Informação). Com ele, a entidade sabe como cada fardo de algodão foi produzido, por quem e onde foi beneficiado. O algodão brasileiro também é uma fibra natural, biodegradável, confortável e sustentável.


“Nosso diamante é o ABR. Nós temos o programa de sustentabilidade mais completo em nível mundial, porque a ABR tem três pilares: econômico, social e ambiental.  São 178 itens que o produtor tem que cumprir, nos três pilares estipulados.  Ademais, 35% das áreas de plantio são preservadas, e 81% do algodão produzido no Brasil tem o selo ABR. O nosso algodão ABR gera 38% de todo o algodão BCI no mundo”, diz Júlio Cézar Busato, engenheiro agrônomo, agricultor, plantador de algodão e presidente do conselho de administração da Abrapa.



A história do algodão começa em 1760, no estado do Maranhão. Naquela época os governadores já queriam cobrar impostos dos agricultores. “E eles impuseram taxas tão altas que acabou inviabilizando a cultura. Foi bem na época em que acontecia a Revolução Industrial na Inglaterra. Por conta disso, o Brasil perde uma grande chance de se industrializar e de se tornar um grande fornecedor de algodão para o mundo”, completa Busato.


Mas a iniciativa de sermos grandes produtores de algodão não terminaria aí. Nas décadas de 1970 a 1990, o Brasil aparece de novo como um grande produtor mundial de algodão, plantando 4,2 milhões de hectares. “Hoje plantamos 1,4 milhão de hectares, então era 3 vezes e meio o que temos hoje. Na década de 1990, o Brasil se torna o segundo maior importador de algodão, só perdendo para a China”, explica Busato. Atualmente, 96% do algodão brasileiro é produzido no cerrado.


A Abrapa se uniu à Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a universidades públicas e privadas, fornecedores de insumos, e foram “xeretar” formas de cultivo na Austrália, Estados Unidos e Israel. Era mais uma forma de aprendizado.


“Em 31 anos, hoje nós temos a maior produção de algodão não irrigado do mundo. Nós conseguimos produzir o dobro de pluma na mesma área de cultivo – no mesmo hectare – do que nosso colega norte-americano, e nos tornamos o quarto maior produtor mundial de algodão, além de sermos o segundo maior exportador. Então hoje, qual a importância do algodão para o Brasil? Nós fornecemos 700 mil toneladas para a indústria têxtil brasileira, que infelizmente decresceu nesse período, e exportamos o excedente. Em 2020, nós produzimos 3 milhões de toneladas, e trouxemos para casa US$ 3,5 bilhões”, comemora.


O que a Abrapa deseja é conquistar mais mercados. Atualmente, o Brasil tem 25% do mercado mundial, e os americanos têm 38%. “E por que que a gente quer plantar mais algodão? Porque o algodão tem um faturamento bruto 3 vezes maior que o da soja, e emprega 5 vezes mais pessoas que a soja. Ou seja, é interessante para nós e para o Brasil”, explica Busato.


A saber – Na década de 1970, os brasileiros compravam 80% de suas roupas feitas de algodão, e hoje são 49%. Ou seja, fomos perdendo mercado ao longo do tempo, e no mundo esse índice cai para 23%. Mas o trabalho da Abrapa é para reverter esses números.





Sou de Algodão

O presidente da Abrapa conta que em 2016 nasce o Sou de Algodão a partir de um plano estratégico que foi montado por meio de uma pesquisa, que teve início em meados de 2014 e terminou em 2015, ou seja, um um ano e meio de trabalho. Ele tem três pilares muito claros: informacional, o de negócios e o promocional. E dentro desses pilares – ao longo desses cinco anos, que se completam no próximo dia 26 – foram desdobrando o movimento em várias ações.


“Para cada ano de trabalho, a gente estabelece no mínimo dez metas que são cruciais para o Movimento Sou de Algodão. Então, obviamente, desde que começamos, as marcas parceiras sempre foram uma meta importante para nós. E por que isso? Porque desde o começo, com uma troca com os americanos, em 2011 ainda, antes de a gente se aventurar a pensar em Sou de Algodão no Brasil, nós pegamos muito da experiência deles, que já estão há 50 anos nisso. A marca parceira é fundamental porque não adianta dizer ao consumidor final ‘compre algodão’, você tem que dizer onde, quais marcas, mostrar como olhar a etiqueta. Trazer as marcas parceiras tem a ver com a ideia do coletivo, do engajamento. A Abrapa não poderia trabalhar um movimento como esse sozinha ou só com os produtores, ou seja, com o início da cadeia. O setor têxtil é o segundo em termos de transformação do País e em geração de empregos, boa parte da cadeia é feminina, então precisávamos dessa aproximação com o coletivo e com as marcas para chegar ao consumidor final.”


Mas nem tudo foi simples. No começo, tudo o que o que eles achavam que estavam construindo, nesses 15 anos, em termos de sustentabilidade e rastreabilidade, não chegava ao consumidor final, porque os fardos eram etiquetados, mas durante o processo isso se perdia e o consumidor final ficava sem as informações.


Então a grande estratégia do sou de algodão foi dizer ao consumidor final tudo o que faziam dentro de casa, incentivar a cadeia têxtil a fazer parte disso. “Temos feito muitas ações em conjunto justamente para levar informação a esse consumidor final. Consulte a etiqueta, saiba o que você está comprando, qual é a composição”, orienta


Outra coisa bacana a ser dita, é que nessa safra mais recente, 80% da produção é certificada.  Além disso, 92% do algodão brasileiro é produzido em regime de sequeiro, ou seja, não utiliza irrigação – isso é feito única e exclusivamente com água da chuva. E por que eles frisam esses dados? Justamente porque seus maiores concorrentes, Estados Unidos e Austrália, produzem em regime de irrigação, assim sendo, a produção brasileira é mais eficiente pois consegue aproveitar melhor as janelas, as temporadas de secas e de chuvas.


“Cada vez mais as pessoas estão querendo se engajar nesse projeto, que leva o que o mercado está pedindo, como sustentabilidade e rastreabilidade. Nós levamos praticamente 15 anos para construir isso, mas agora nós temos um programa que está pronto. Estamos criando um grande exército de pessoas que vão mostrar que o produtor de algodão não é o que foi dito sobre ele, mas uma cadeia de responsabilidade social e ambiental”, diz Busato.


Desafio Sou de Algodão

Para incentivar cada vez  mais o uso de algodão como matéria-prima na moda, a Abrapa desenvolve um outro projeto, o Desafio Sou de Algodão, voltado a estudantes de moda.


“Nós já estamos na segunda edição do programa Desafio Sou de Algodão. No Dia Internacional da Moda, 22 de agosto, lançamos o segundo desafio. Vamos fazer seleções regionais, até 20 melhores trabalhos sendo avaliados por júri regional, resultando em dois trabalhos que representarão o Desafio Sou de Algodão. Serão 10 finalistas, diferentemente da primeira edição que tivemos seis, e faremos o desfile presencial em maio de 2022 com todos os finalistas.


Mas chegar às universidades e faculdades em tempos pandêmicos é um grande desafio, porque o segundo programa foi lançado bem no meio da pandemia, e eles tiveram dificuldade por algumas universidades estarem fechadas e não terem como acessar os coordenadores dos cursos. “Mas nós fizemos vários encontros no formato webinar, e estamos trabalhando com essa divulgação 100% online, com a qual temos alcançado muitas faculdades. As inscrições ficam abertas até o dia 15 de outubro”, lembra Busato.


Eles também perceberam que há uma grande carência sobre o ensino técnico do algodão nas faculdades de moda, e o Desafio Sou de Algodão consegue contribuir complementando esse conhecimento. “Então, nesta edição, além da parte criativa, nós estamos oferecendo uma jornada de conteúdos com vídeo de especialistas em vários assuntos para que possamos preparar esses estudantes para a fase final. São dicas como styling, fotografia de moda, relacionamento com a imprensa etc.”


O desafio objetiva que o estudante se dedique tanto à criação da coleção – como escolha de tecidos -, até a parte de conhecimento, para que estejam um pouco mais preparados para o mercado.


Sou de Algodão Conecta

O Movimento Sou de Algodão se divide em várias frentes, com a responsabilidade de explicar a importância de se usar o algodão como matéria-prima, quando falamos nas marcas, com o objetivo de incentivar novos criadores a optarem pelo tecido, e a troca de informações entre as marcas parceiras do projeto, como modelo de negócio.


“Nós sempre buscamos uma aproximação com as marcas e também entre as marcas, então é um modelo de negócio. Nós temos quase 700 marcas parceiras já, ou seja, um número enorme de CNPJs que podem compartilhar entre eles. Fizemos um primeiro webinar para falar sobre o comportamento do consumidor. Queremos justamente estimular esse networking para que todos possam se conhecer, confecções e marcas, tecelagens e confecções e assim por diante. Pretendemos fazer encontros frequentes com abordagens diferentes”, explica Busato.





SouABR


A mais recente novidade do Movimento Sou de Algodão é o SouABR. O projeto, unido à carioca Reserva, do grupo AR&CO, e à Renner, pretendem oferecer informações sobre a origem certificada do algodão e o processo de produção da peça adquirida pelos consumidores brasileiros.


Em desenvolvimento há mais de um ano e meio, o principal objetivo do programa é oferecer transparência ao consumidor, e estimular escolhas mais conscientes, mostrando que o algodão presente naquela peça de roupa tem na origem a certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável, que entrega à indústria o comprometimento dos produtores com os três pilares da sustentabilidade. SouABR é a primeira iniciativa de rastreabilidade, em larga escala, na cadeia têxtil nacional.


O caminho que o algodão certificado percorre começa na fazenda, onde a produção atende a um completo protocolo, que abrange desde o respeito ao meio ambiente e às leis trabalhistas, bem como zela pela eficiência econômica. A certificação ABR possui 178 itens de verificação distribuídos em 8 critérios: contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil, proibição de trabalho análogo a escravo ou em condições degradantes ou indignas, liberdade de associação sindical, proibição de discriminação de pessoas, segurança, saúde ocupacional, meio ambiente do trabalho, desempenho ambiental e boas práticas.


Por meio da leitura do QR Code presente na etiqueta da roupa, o consumidor que compra esta peça na loja pode conhecer a fazenda onde o algodão com certificação socioambiental foi cultivado, a fiação que o transformou em fio, a tecelagem ou a malharia que desenvolveu o tecido ou a malha e a confecção que cortou e costurou. Todas as peças rastreáveis do programa SouABR usam, no mínimo, 70% de algodão, em sua composição, sendo que 100% dessa fibra natural presente no produto tem certificação socioambiental.



https://harpersbazaar.uol.com.br/bazaar-green/abrapa-e-sou-de-algodao-uma-historia-de-sustentabilidade-em-prol-da-pluma/



Harper's Bazaar – Por Ligia Kas – 12.10.2021

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Agro debate estratégias para enfrentar o protecionismo mundial

Painel com Abrapa integrou programação do Enaex 2021

14 de Outubro de 2021

A Abrapa participou, nesta quinta-feira (14), do primeiro dia de debates do 40º Encontro Nacional de Comércio Exterior – Enaex 2021. O evento, realizado de forma virtual pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), reúne, até amanhã, autoridades públicas e representantes de entidades privadas em torno do tema Reformar para Crescer.



O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, apresentou dados do setor e estratégias de conquista dos mercados interno e externo em painel sobre Cenários e Perspectivas para o Agronegócio no Mundo mais Protecionista. Busato lembrou que o Brasil já foi grande importador de algodão, se tornou um mercado de oportunidade e, há apenas quatro anos, se destacou como fornecedor global, se consolidando como segundo maior exportador mundial da pluma – atrás, apenas, dos Estados Unidos.



Apesar da posição de destaque, o mercado asiático, destino de 99% da pluma brasileira, ainda prefere a fibra norte-americana e paga mais por ela.  "Na média, nosso algodão é melhor que o americano em comprimento de fibra, resistência e micronaire, e igual em uniformidade de fibra. No entanto, no ano passado, vendemos nosso produto 8% mais barato que os americanos", pontuou Busato.



Foi para reduzir essa diferença e ampliar a fatia brasileira no mercado mundial, que hoje é de 24%, que a Abrapa criou o Cotton Brazil. Lançado em 2020, o projeto é executado em parceria com a Agência Brasileira de Promoçãode Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com o apoio da da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e dos Ministérios de Relações Exteriores (MRE) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). "Estamos mostrando ao mercado asiático que o Brasil, como quarto maior produtor de algodão do mundo, tem quantidade, qualidade, rastreabilidade e o programa de sustentabilidade mais completo em nível mundial", relatou o presidente da Abrapa.



 Ricardo Santin, presidente da Asscoiação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), participou do mesmo painel e também destacou o compromisso do agro com práticas responsáveis. "Além de fazer bem, o Brasil precisa levar a mensagem que é um país que produz sustentavelmente", afirmou. Ressaltou, ainda, a necessidade de mais acordo comerciais.



Bartolomeu Braz, vice-presidente da Aprosoja, acredita que é preciso enfrentar o protecionismo mostrando que o Brasil está apto a abastecer a demanda mundial atual e futura. "Temos condições de produzir com sustentabilidade, qualidade e responsabilidade, em menos área, transformando pastagens degradadas em áreas produtivas", ponderou.



A diversificação de parceiros comerciais foi apontada como fundamental por Marcos Jank, coordenador do Centro Insper Agro Global.  "Não podemos ter dependência tão forte da China. Nossa presença tem que se fortalecer nos países emergentes do Oriente, começando pela Ásia e avançando para a África", afirmou, elogiando a estratégia da Abrapa de investir em um amplo projeto de promoção no sudeste asiático.



Jank acredita que é preciso reforçar a comunicação. "Temos que levar para fora nossas soluções, como as variedades que nos permitiram chegar ao cerrado,  a questão da produtividade mais alta e das duas safras, a integração lavoura-pecuária, o plantio direto, energias renováveis, alta conversão de grãos em carnes. Todas essas coisas que o Brasil fez em agricultra tropical não têm paralelo no mundo e são as soluções reais para equilibrar meio ambiente e alimentação", ressaltou. No encerramento do painel defendeu, ainda, novos acordos comerciais e a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC).

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