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Câmara Setorial do Algodão pleiteia medidas para minimizar os impactos dos problemas climáticos

Crédito, renegociação de dívidas, seguro rural efetivo, subvenção e garantia de Preço Mínimo elencam a série de possíveis recursos contra os efeitos da crise

16 de Fevereiro de 2024

A Câmara Setorial do Algodão e Derivados (CSAD), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), presidida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), reuniu-se em caráter extraordinário na manhã de hoje. O objetivo foi consolidar e aprovar o texto de um documento a ser entregue, ainda esta semana, ao Governo Federal, tratando de soluções emergenciais para minorar os efeitos da quebra de safra da soja pelas adversidades climáticas, potencializadas pelo El Niño.


Embora a soja tenha sido o cultivo mais afetado, seus reflexos sobre a fibra são diretos, já que, no Brasil, todo cotonicultor é necessariamente sojicultor. Atualmente, 62% da produção brasileira de algodão se dá em áreas de segunda safra, quando o algodão sucede imediatamente à soja.


Aos reveses climáticos se soma a queda nos preços de algumas das principais commodities agrícolas brasileiras, que comprometem a remuneração do produtor rural. Pelo indicador Esalq/B3, desde o início do ano passado, soja, milho e algodão registraram queda, de, respectivamente, 28%, 24% e 25%.


De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, os produtores querem evitar a inadimplência e a consequente falta de acesso ao crédito para financiamento e custeio de suas lavouras. “As medidas também devem impedir que os impactos da crise cheguem ao consumidor final, não apenas de roupas como de alimentos, pois a soja está na base de diversas outras cadeias produtivas do agro”, argumentou, durante o encontro, que reuniu os elos mais importantes da cadeia produtiva, além de órgãos governamentais, como a Conab.


Dentre os pontos elencados no documento, estão a disponibilização de uma linha de crédito emergencial que beneficie também o produtor de grande porte. “Do contrário, pode haver inadimplência nos compromissos já contratados. Da mesma forma, precisamos da prorrogação de operações de crédito, com prazo mínimo de um ano e taxas em linha com o praticado hoje no mercado, que estão menores do que na época em que alavancamos”, diz Schenkel. Os membros da Câmara lembraram que apesar dos pleitos ao governo, o grande financiador da produção é a iniciativa privada, e com esses também haverá conversas.


A Câmara também alerta para a importância de dotação orçamentária para a Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), para prover alguma estabilidade de renda para o produtor, e isso tornaria efetivas as soluções de subvenção, com os programas de PEP e Pepro. Outro ponto enfatizado foi o Seguro Rural, cuja abrangência tem diminuído, e o modelo, segundo os produtores, precisa ser reavaliado, como algo consistente e não apenas lembrado quando os problemas chegam.


“Os recursos têm de ser elevados já para o Plano Safra 2024/2025, para dar conta do que o campo precisa neste momento, mas o seguro tem que ser uma ferramenta que de fato funcione para como um instrumento de política agrícola, e que seja, também, interessante para que as empresas do ramo possam criar produtos e ofertar apólices com este fim”, disse Schenkel.


Acesso em: Câmara Setorial do Algodão pleiteia medidas para minimizar os impactos dos problemas climáticos - Revista Cultivar

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #05/2024 09/02

09 de Fevereiro de 2024

Destaque da Semana - Relatório do USDA divulgado ontem (8/2) trouxe viés altista, principalmente porque os números de produção dos EUA da última safra podem cair ainda mais, segundo o mercado. Amanhã (10/2) começa oficialmente o ano novo chinês. O gigante Asiático (que já vinha em ritmo lento) paralisa totalmente até 19/2 para celebrar a chegada do ano do Dragão.


Algodão em NY - O contrato Mar/24 fechou nesta quinta 08/02 cotado a 89,10 U$c/lp (+3,0% na semana). O contrato Jul/24 fechou 89,92 U$c/lp (+1,9% na semana) e o Dez/24 a 82,94 U$c/lp (+1,3% na semana).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 828 pts para embarque Jan/Fev (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 08/fev/24).


Altistas 1 - O relatório de oferta e demanda do USDA reduziu os estoques finais dos EUA em 22 mil tons, chegando a 610 mil tons, o menor desde 2016/17. A relação estoque/uso caiu para 19,9%, a menor desde 2020/21.


Altistas 2 - Além disso, especula-se que o tamanho da safra 2023/24 seja ainda menor que os 2,7 milhões tons estimados pelo USDA, baseado em números de classificação e beneficiamento até aqui.


Altistas 3 - No cenário global, a produção 2023/24 foi reduzida para 24,57 milhões tons (-77 mil tons), o consumo ficou praticamente inalterado em 24,49 milhões tons e os estoques finais foram reduzidos em 149 mil toneladas.


Baixistas 1 - Nas cotações atuais, a relação de preços entre algodão e milho e algodão e soja continua favorecendo aumento de área de algodão nos EUA.


Baixistas 2 - A demanda continua preocupando. As fiações continuam tendo muita dificuldade de aferir margens com a atual relação de preços algodão/fio.


Baixistas 3 - A China entra em feriado hoje rodeada de incertezas. O país passa por uma turbulência na sua economia e na bolsa de valores. A deflação é tão grave que os preços ao consumidor registraram a taxa de redução mais rápida desde a crise financeira global.


EUA - A primeira informação de área plantada 2024/25 dos EUA será divulgada durante o USDA Agricultural Outlook Forum, que ocorre 15 e 16/fev. No domingo (18/2), o National Cotton Council dos EUA (NCC) apresenta suas estimativas de safra.


Austrália - Em meio a um clima seco e quente, a Austrália vê suas lavouras se desenvolverem bem. A projeção de safra com 1 milhão tons de algodão tem se fortalecido.


China 1 - A safra 2024/25 na China foi estimada pelo Beijing Cotton Outlook (BCO) em 5,86 milhões tons – 146 mil tons abaixo do registrado em 2023/24. De forma geral, o cenário é de queda em relação ao ciclo anterior.


China 2 - As importações chinesas foram projetadas em 1,9 milhão tons e o consumo em 8,05 milhões tons. Caso a estimativa de 20 mil tons exportadas se confirme, os estoques finais em ago/2025 chegarão a 5,44 milhões tons.


China 3 - Também de acordo com a BCO, cerca de 40% das fiações chinesas utilizaram 90% de sua capacidade ou mais em jan/24. Além disso, 58% dos industriais relataram que o número de pedidos de fios aumentou em janeiro.


Indonésia - Fiações na Indonésia estão em busca de matérias-primas mais acessíveis, já que têm dificuldade de aumentar o preço de venda dos fios.


Bangladesh - Setor de roupas prontas de Bangladesh em alta. Em jan/23, a exportação movimentou US$ 4,97 bilhões – 9% superior a dez/23 e 12,5% a jan/23. É o valor mensal mais alto da história.


Paquistão - Sétimo maior produtor mundial de algodão, o Paquistão começa a preparar as áreas para o plantio da safra 2024. O aumento nos preços locais é um incentivo à safra.


Índia - A proximidade e os preços atrativos têm contribuído para intensificar o comércio entre Índia e Bangladesh.


Logística - O pior já passou: de acordo com a Morgan Stanley, a tendência é de que o frete marítimo caia a partir de agora, após a alta de mais de 236% na rota Ásia/Europa.


Qualidade - A Abrapa liberou o Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro de janeiro. Em destaque, o indicador de resistência da fibra e o índice de fibras curtas. Confira na íntegra: https://bit.ly/abrapa-rqabjan23


Safra 2023/24 - No boletim de safra de 08/dez, a Conab elevou a estimativa da nova safra de algodão para 3,28 milhões tons (3,6% acima da safra 2022/23). A área plantada foi estimada em 1,87 milhão de ha, crescimento de 12,8%.


Exportações 1 - O Brasil exportou 250,3 mil tons de algodão em jan/24. O volume foi 101,8% maior que o total embarcado em janeiro de 2023.


Exportações 2 - No acumulado de ago/23 a jan/24 (primeiro semestre do ano comercial), as exportações somaram 1,37 milhão tons, alta de 27,4% com relação ao mesmo período da temporada passada.


Beneficiamento 2022/23 - Até o dia 08/02: Os estados da BA, GO, MG, MS, PR, PI e SP já encerraram o beneficiamento, restando apenas os estados do MA (88%) e MT (99,52%). Total Brasil: 99,43% beneficiado.


Plantio 2023/24 - Até o dia 08/02, foram cultivados: BA (90,4%), GO (75,45%), MA (99%), MG (90%), MS (100%), MT (99%), PI (100%), PR (100%) e SP (97%). Total Brasil: 96,92%.


Preços - Consulte tabela abaixo


Quadro de cotações para 01-02 (1)

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Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro – safra 2022/23 (janeiro)

08 de Fevereiro de 2024

A resistência, uma das 15 principais características intrínsecas da fibra, mensuradas na análise de HVI, foi um dos destaques na qualidade do algodão brasileiro, na safra 2022/2023. O período também apresentou um avanço significativo no índice de fibras curtas, num claro resultado do esforço do setor para adequação do produto à demanda do mercado, dentro e fora do país. No Relatório da Qualidade do mês de janeiro, você confere o desempenho geral do ciclo, pois a etapa de análise está praticamente concluída (99%). Clique no link abaixo e saiba mais:


https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/02/Relatorio_de_Qualidade_do_Algodao_Brasileiro_%E2%80%93_safra_2022_2023.janeiro-1.pdf

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Programa ABR: estão abertas as adesões para a safra 2023/2024

07 de Fevereiro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) abriu, nesta quarta-feira, dia 07 de fevereiro, a temporada de adesão ao programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) para a safra 2023/2024. Esta é uma iniciativa facultativa para o produtor, mas os altos níveis de engajamento – 82% da produção certificada na temporada 2021/2022 – comprovam que o cotonicultor brasileiro entende e se compromete com as questões ambiental, social e econômica. Nos links a seguir, você encontra as orientações e toda a documentação necessária para habilitar a sua propriedade.


1. Regulamento; https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Regulamento-ABR-Safra-2023-2024.pdf


2. Termo de adesão; https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Termo-de-Adesao-ABR-Safra-2023-2024.pdf


3. Verificação para diagnóstico da propriedade - VDP; https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/01/VDP.-Programa-ABR.-Safra-2023-2024.pdf


4. Verificação para certificação da propriedade - VCP; https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/01/VCP.-Programa-ABR.-Safra-2023-2024.pdf 


5. Plano de Correção das Não Conformidades – PCNC; https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/01/PCNC.-Programa-ABR.-Safra-2023-2024.pdf


6. Guia Técnico; https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Guia-Tecnico.-Programa-ABR-Safra-23-24.pdf


5. Modelo de certificado – por estadual: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Certificado-ABR_-Safra-2023-2024_-Apipa-Genesis.pdf


https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Certificado-ABR_-Safra-2023-2024_-Ampasul-Genesis.pdf

https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Certificado-ABR_-Safra-2023-2024_-Ampa-ABNT.pdf

https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Certificado-ABR_-Safra-2023-2024_-Amipa-ABNT.pdf

https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Certificado-ABR_-Safra-2023-2024_-Amapa-ABNT.pdf

https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Certificado-ABR_-Safra-2023-2024_-Agopa-Genesis.pdf

https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Certificado-ABR_-Safra-2023-2024_-Abapa-QIMA.pdf

6. Nota técnica: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/02/Nota-Tecnica.-ABR-%E2%80%93-safra-2023.2024.pdf 

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CBRA sedia IV Workshop de Manutenção Uster

07 de Fevereiro de 2024

Nos dias 5 e 6 de fevereiro, o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), realizou o IV Workshop de Manutenção Uster, como parte do pilar de orientação aos laboratórios do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI). A capacitação foi ministrada em Brasília, pelos técnicos da Uster Technologies, tendo como público os operadores e técnicos de manutenção dos 12 laboratórios integrantes do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) e do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa. A Uster é a líder global em equipamentos HVI e uma das principais referências na análise de algodão em todo o mundo.

O workshop acontece anualmente, como parte do objetivo da associação de melhorar constantemente as análises realizadas pelos laboratórios brasileiros. Os participantes têm a oportunidade de aprender desde o funcionamento básico do maquinário até o software utilizado e suas configurações, o que contribui para o incremento da qualidade e da precisão das análises. O treinamento é, também, uma ocasião para que os colaboradores dos laboratórios possam conhecer a estrutura do CBRA, que opera no mesmo prédio da Abrapa.

O aprimoramento dos profissionais nas atividades de manutenção de máquinas Uster HVI 1000M integra o pacote de ações definidas entre a Abrapa e a Uster para assegurar a qualidade das análises, e inclui ainda o planejamento de manutenções para safra 2023-2024, a estratégia para a compra de peças de reposição pelos laboratórios, e a avaliação da aquisição de novos equipamentos. Após a conclusão da capacitação, será iniciada a manutenção das máquinas e a produção de amostras de checagem para a safra 2023/2024.

“A integração de conhecimentos e a troca de informações, durante este encontro, contribuem de forma significativa para o avanço do setor, consolidando uma parceria estratégica voltada para a excelência e inovação na produção de algodão no Brasil”, disse o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. Ainda de acordo com ele, após a criação do CBRA, observou-se uma melhoria significativa tanto na qualidade quanto nos resultados das análises do algodão brasileiro.
"As fiações, atualmente, reconhecem que os laudos produzidos pelos laboratórios brasileiros melhoraram consideravelmente", afirmou Valmir de Morais Soares, instrutor e líder de serviço da Uster para o Brasil e Argentina.
O workshop está incluído no terceiro pilar do programa SBRHVI, que se concentra na orientação dos laboratórios participantes. Os demais pilares do programa são o CBRA e o Banco de Dados da Qualidade.
“Esse tipo de treinamento é fundamental para garantir que todos os laboratórios estejam alinhados e capacitados, assegurando a qualidade, reprodutibilidade e rastreabilidade cada vez maiores do algodão brasileiro”, conclui gestor do programa SBRHVI, Edson Mizoguchi.


07.02.2024
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
(71) 98881-8064
Monise Centurion – Jornalista Assistente
(17) 99611-8019

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Produção global de algodão deve somar 24,48 milhões de t em 2023/24, diz Icac

07 de Fevereiro de 2024

ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo, 6 – A produção mundial de algodão deve somar 24,48 milhões de toneladas na temporada 2023/24, que começou oficialmente em agosto, disse o Conselho Consultivo Internacional do Algodão (Icac, na sigla em inglês) em relatório mensal. O volume representa queda de 1,45% ante a estimativa para a temporada 2022/23, de 24,84 milhões de toneladas.


O consumo global em 2023/24 deve aumentar 0,34% ante a temporada anterior, para 23,76 milhões de toneladas. As exportações devem aumentar 10,42%, para 8,90 milhões de toneladas, disse o Icac. Já os estoques finais devem crescer 3,67%, para 22,01 milhões de toneladas.


As estimativas de preço para o índice A na temporada 2023/24 vão de 81,02 a 103,61 cents por libra-peso, com média de 90,88 cents.


Acesso em:

Produção global de algodão deve somar 24,48 milhões de t em 2023/24, diz Icac (uol.com.br)

Produção global de algodão deve somar 24,48 milhões de t em 2023/24, diz Icac - ISTOÉ Independente (istoe.com.br)

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ALGODÃO PELO MUNDO #04/2024

02 de Fevereiro de 2024

Destaque da Semana - Pela quarta semana consecutiva, as cotações de algodão terminam a semana no positivo, apesar dos sinais ruins vindos da economia chinesa e outra crise no transporte marítimo.


Algodão em NY - O contrato Mar/24 fechou nesta quinta 01/02 cotado a 86,49 U$c/lp (+0,9% na semana). O contrato Jul/24 fechou em 88,25 U$c/lp (+0,8% na semana) e o Dez/24 a 81,86 U$c/lp (+0,9% na semana).


Basis Ásia - Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 858 pts para embarque Jan/Fev (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 01/fev/24).


Altistas 1 - Na reunião do Federal Reserve dos EUA esta semana, as taxas de juros permaneceram inalteradas, porém a sinalização foi de um tom menos conservador, gerando expectativas de cortes nos juros.


Altistas 2 - O relatório semanal de exportações do USDA trouxe números de vendas e exportações robustos, compensando o fraco resultado da semana passada.


Baixistas 1 - A economia chinesa continua preocupando. Hoje, as bolsas caíram para os níveis mais baixos em 5 anos, na pior queda semanal do período.


Baixistas 2 - Os problemas de transporte marítimo mais uma vez atingem o setor, embora menos que durante a pandemia de Covid. Os produtos acabados sofrem maior impacto, o que indiretamente também afeta a commodity.


Baixistas 3 - Segundo o ICAC, os ataques a navios no Mar Vermelho elevaram significativamente os preços do transporte marítimo nos últimos meses. As rotas comerciais mais afetadas são entre África Ocidental e Ásia e entre Europa e Ásia.


EUA 1 - O relatório semanal de exportações do USDA apontou vendas líquidas de 373 mil fardos de 480 libras (81 mil tons), lideradas pela China com 39%, Vietnã com 23% e Paquistão com 19%.


EUA 2 - O beneficiamento e a classificação da safra 23/24 estão chegando ao fim. 96% da safra já está classificada (12 milhões de fardos) e somente 30 algodoeiras ainda estão beneficiando algodão.


Austrália - O algodão australiano será o próximo a ser ofertado no mercado mundial neste ano. A safra do país da Oceania começa a ser exportada em abril, mas os meses de pico são jun-nov. 100% da safra estimada em 1,1 milhão tons é destinada ao mercado internacional.


China 1 Mesmo com a proximidade do Ano Novo Chinês (10 a 17/fev) e com as bolsas locais despencando, a China continua sendo o comprador mais ativo do mercado. A questão é se as vendas que aparecem hoje nos relatórios foram contratadas recentemente ou são vendas antigas.


China 2 - Em dezembro/23, a China importou 264,8 mil tons de algodão, 55% a mais que em dez/22. O Brasil foi a principal origem, com 52% do total importado pelo gigante asiático.


Indonésia - Em 2023, a indústria têxtil indonésia registrou apenas 50% de taxa de utilização. O dado é da Associação Têxtil da Indonésia (API), que estima crescimento no setor somente a partir de 2025, devido à menor demanda mundial.


Bangladesh 1 - A indústria têxtil primária de Bangladesh concluiu 2023 sem novos investimentos. Entre os fatores, a redução na demanda global e a crise energética no País, marcada pela alta de preços e pela escassez de gás.


Bangladesh 2 - De acordo com a BTMA (Associação de Fábricas Têxteis de Bangladesh), a produção no setor caiu para 40% da capacidade em janeiro devido a interrupções no fornecimento de gás.


Índia - O anúncio do orçamento preliminar da Índia para 2024 não agradou o setor têxtil indiano. A maior queixa dos líderes empresariais foi com a manutenção do imposto sobre a importação de algodão.


14º CBA - Temas de interesse do mercado importador do algodão brasileiro serão abordados durante o Congresso Brasileiro de Algodão (CBA), cuja programação está sendo definida. O evento ocorre de 3 a 5/set: https://bit.ly/abrapa240201


Exportações - O Brasil exportou 240,4 mil tons de algodão até a quarta semana de jan/24. A média diária de embarque é 125% superior em relação a jan/23.


Beneficiamento 2022/23 - Até 01/02: os estados da BA, GO, MG, MS, PR, PI e SP já encerraram o beneficiamento, restando apenas os estados do MA (87%) e MT (99,41%). Total Brasil: 99,33% beneficiado.


Plantio 2023/24 - Até 01/02, foram cultivados: BA (85,8%), GO (74,97%), MA (88%), MG (88%), MS(100%), MT (95%), PI (100%), PR (100%) e SP (94,5%). Total Brasil: 92,91% cultivado.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 01-02


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, marca que representa internacionalmente a cadeia produtiva do algodão brasileiro. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Abrapa recebe executivos da Ikea e apresenta programas de sustentabilidade, rastreabilidade e qualidade do algodão brasileiro

02 de Fevereiro de 2024

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, recebeu, acompanhado de diretores e gestores da entidade, a visita de representantes de uma das maiores redes varejistas mundiais, a sueca Ikea. O encontro ocorreu na terça-feira (30), na sede da associação, em Brasília, e teve como objetivo apresentar os compromissos de sustentabilidade, rastreabilidade e qualidade do algodão brasileiro.


A Ikea é uma das grandes marcas internacionais que assumiram publicamente a meta de garantir a origem sustentável de todo o algodão utilizado em seus produtos, que são famosos, dentre outros motivos, pelo design e praticidade. A preocupação com a matéria-prima também se estende aos outros insumos utilizados, que precisam ser necessariamente certificados.


Durante o encontro, foi apresentado o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que opera em benchmark com a Better Cotton (BC), reconhecida mundialmente por seu licenciamento de algodão responsável. “O programa da Abrapa não apenas atende aos critérios rigorosos do BC, mas também promove as boas práticas sociais, ambientais e econômicas nas fazendas de algodão para o contexto brasileiro”, explicou Schenkel. Os executivos da Ikea, já familiarizados com a Better Cotton, tiveram a oportunidade de entender o funcionamento do ABR, que na safra 2022/2023 respondeu por 37% de todo o algodão Better Cotton.


Após ser apresentado, o modelo de produção do algodão brasileiro foi elogiado pela equipe da Ikea. Temas como o desmatamento zero também toram debatidos. A adesão a essa prática sustentável reflete uma tendência global, com várias marcas já estabelecendo metas públicas de desmatamento zero em suas cadeias de suprimentos. O presidente da Abrapa explicou que o protocolo ABR segue a legislação ambiental brasileira, que inclui o Código Florestal, que adota medidas rígidas contra o desmatamento ilegal.


A Ikea destacou a importância da emissão de carbono como um indicador na escolha de materiais, favorecendo o algodão em detrimento de fibras sintéticas. “Foi um encontro de muita troca de informação e de conhecimento entre as duas equipes”, ressaltou Schenkel. Na ocasião, a diretora de relações institucionais, Silmara Ferraresi, apresentou o funcionamento do Sistema Abrapa de Identificação (SAI) no rastreamento do fardo do algodão, que pode indicar o local e uma série de informações como quantidade, certificações e práticas sustentáveis adotadas pelo produtor. Abordou também o trabalho desenvolvido com toda cadeia têxtil e as marcas varejistas parceiras para integrar as informações via Blockchain e proporcionar a verificação de origem da fibra em toda sua produção para o consumidor final. “Desta forma, criamos o SouABR, que fomenta o mercado do algodão responsável no Brasil, além de agregar valor, por meio da rastreabilidade do produto, da semente ao guarda-roupa”, explicou a diretora.


A rastreabilidade, embora elogiada no mercado doméstico, é considerada desafiadora em uma escala global. Para a Ikea, a integração da rastreabilidade com sustentabilidade é vista como uma exigência legal e de opinião pública na Europa, não apenas como um diferencial para o consumidor. Já no Brasil, pelo feedback recebido das marcas parceiras, as coleções rastreáveis são as mais procuradas nas prateleiras.


Por fim, apesar das preocupações sobre o custo em comparação com outros fornecedores, o algodão brasileiro é destacado como altamente competitivo nos últimos anos. “Podem voltar para casa e confiar que, se tiverem uma peça de roupa de algodão brasileiro - seja ela produzida no Brasil ou no Vietnã -, vocês estarão ajudando, com certeza, a manter um futuro melhor para as gerações”, disse o presidente da Abrapa.


O líder global em matéria-prima agrícola no grupo Ikea, Arvind Rewal, participou virtualmente da reunião e elogiou as apresentações. “Conheci a Abrapa no Conselho do BC e estamos ansiosos para uma parceria”, informou.


Além da apresentação do programa ABR e do protocolo de benchmark com a Better Cotton (BC), os representantes da empresa também conheceram o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB) – certificação voluntária/autocontrole – realizado em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que fez com que o algodão brasileiro fosse a primeira cadeia produtiva a ser certificada por autocontrole, no país, o Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), e visitaram Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), que funciona no mesmo prédio da entidade.

01.02.2024
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
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ALGODÃO PELO MUNDO #03/2024 26/01

26 de Janeiro de 2024

Destaque da Semana - Os preços do algodão atingiram máxima dos últimos três meses, com receio de estoques apertados nos EUA, recuo do dólar e movimento altista em Wall Street.


Algodão em NY - O contrato Mar/24 fechou nesta quinta 25/01 cotado a 85,76 U$c/lp (+3,9% na semana). O contrato Jul/24 fechou 87,59 U$c/lp (+4,3% na semana) e o Dez/24 a 81,15 U$c/lp (+1,6% na semana).


Basis Ásia - Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 824 pts para embarque Jan/Fev (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 25/jan/24).


Altistas 1 - As estimativas da safra 23/24 dos EUA continuam sendo reduzidas e, se a demanda não decepcionar, os estoques finais poderão ficar muito apertados.


Altistas 2 - O dólar americano desvalorizou um pouco esta semana, tornando o algodão mais barato para os compradores estrangeiros.


Baixistas 1 - Com as últimas movimentações de preços, hoje o algodão está mais rentável que o milho nos EUA, influenciando a decisão de plantio que ocorre neste momento.


Baixistas 2 - O relatório semanal de exportação do USDA trouxe vendas 42% menores que a semana passada e 30% abaixo da média de quatro semanas.


EUA - A semana registrou chuvas esparsas no Oeste do Texas e precipitação mais forte no Delta, melhorando a umidade no solo e as expectativas para a safra 2024.


Turquia - Para fugir do aumento no frete e do atraso nas rotas causados pela instabilidade no Mar Vermelho, empresas europeias têm buscado a Turquia como alternativa logística, através de conexão rodoviária com a Europa.


Vietnã - No Vietnã, o “efeito Mar Vermelho” já é sentido. Pedidos de marcas e varejistas da União Europeia foram cancelados nesta semana. Algumas fábricas têm absorvido os custos a maior para manter clientes.


China - O beneficiamento avança em Xinjiang com cerca de 5,4 milhões tons beneficiadas. Há 1.016 algodoeiras operando em Xinjiang atualmente.


Bangladesh - Estudo da Bangladesh Garment Manufacturers and Exporters Association (BGMEA) projeta que o país movimente US$ 489 milhões com a venda online de roupas para EUA, União Europeia e África até 2027.


Índia - Continua a pressão da indústria têxtil indiana sobre o governo. O pleito é por estabilidade de preços e disponibilidade de estoque para atender ao mercado doméstico.


Exportações - O Brasil exportou 193,0 mil tons de algodão até a terceira semana de jan/24. A média diária de embarque é 144% superior em comparação com jan/23.


Beneficiamento 2022/23 - Até o dia 25/01: BA, GO, MG, MS, PR, PI e SP já encerraram o beneficiamento. Restam apenas os estados do MA (86%) e MT (99,25%). Total Brasil: 99,2% beneficiado.


Plantio 2023/24 - Até o dia 25/01, foram cultivados: BA (79,2%), GO (73,53%), MA (79%), MG (80%), MS (90%), MT (75%), PI (100%), PR (100%) e SP (91%). Total Brasil: 76,57%


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 25-01


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, marca que representa internacionalmente a cadeia produtiva do algodão brasileiro. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Debates da atualidade e feedbacks dos mercados terão peso na programação do 14º CBA

26 de Janeiro de 2024

Os temas científicos e agronômicos têm dominado a pauta do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), ao longo das suas treze edições do evento, até agora. No 14º CBA, eles continuam sendo a tônica, mas as sinalizações do mercado da fibra e os grandes debates da atualidade, como os efeitos da variabilidade climática sobre o manejo do algodão, devem ganhar ainda mais relevância entre as plenárias e salas temáticas do maior evento da cotonicultura brasileira, que acontece entre os dias 03 e 05 de setembro próximo, em Fortaleza. Nesta quinta-feira, 25/01, a comissão científica do 14º CBA se reuniu para discutir os temas que comporão a grade da programação do congresso, em especial, as salas temáticas. O encontro foi presencial e ocorreu na sede da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em Brasília.


De acordo com o coordenador da comissão científica, Jean Louis Belot, a equipe de técnicos está avançando na definição dos palestrantes, principalmente, para os hubs temáticos. “A novidade deste encontro foi a participação da equipe do Cotton Brazil, que trouxe alguns dos assuntos prioritários, levantados em seus contatos com o mercado consumidor lá fora, sobretudo, fiações e tecelagens. Com as contribuições, pensaremos em como responder melhor às demandas”, explicou o pesquisador, ressaltando, também, a importância das métricas em sustentabilidade, como no mapeamento da pegada de carbono, e os investimentos em pesquisa para melhorar a eficiência dos sistemas produtivos.


O Cotton Brazil é a iniciativa que promove o algodão brasileiro no mundo, estreitando o relacionamento com nove mercados prioritários da fibra no globo. Dentre os temas listados pelo programa, na reunião, está a discussão sobre a perda de espaço do algodão entre as demais fibras têxteis fabricadas pelo homem. Além desse, o índice de fibras curtas – no qual o Brasil vem avançando ano a ano –, a uniformidade dos lotes e a melhoria da percepção da imagem do comprador em questões já solucionadas, como a pegajosidade do algodão (stickness).


De acordo com o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, a comissão tem a seu encargo estabelecer o formato científico do congresso. “Para nós, esse é o ponto mais importante e que justifica a realização desse grande evento, que acontece a cada dois anos. São esses temas que atraem o interesse dos produtores e dos técnicos para o congresso. Estamos discutindo, para a formatação do 14º CBA, a nossa relação com o mercado internacional, questões relacionadas à mudanças climáticas, carbono, sustentabilidade, manejo eficiente de pragas e doenças, uso de biológicos, uso do solo de forma consciente e eficiente, e aspectos da economia mundial que possam interferir na evolução e no desafio de nos manter como segundo maior exportador mundial e terceiro maior produtor de algodão mundial”, resumiu Portocarrero.


Além do coordenador, a Comissão Científica é formada por Ana Luiza Borin (Embrapa Arroz e Feijão), Cezar Augusto Tumelero Busato (Associação Baiana dos Produtores de Algodão-Abapa), Fernando Lamas (Embrapa Agropecuária Oeste), Lucas Daltrozo (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão- Ampa), Lucia Vivan (Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso), Odilon Reny Ribeiro Ferreira Silva (Embrapa Algodão), Rafael Galbieri (Instituto Mato-Grossense do Algodão), Thiago Gilio (Universidade Federal do MT), e Wanderley Oishi (Associação Goiana dos Produtores de Algodão - Agopa).


26.01.2024
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
(71) 9 8881 – 8064
Monise Centurion – Jornalista Assistente
(17) 99611-8019

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