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Piora o cenário para os preços do algodão

​A despeito da forte alta de ontem na bolsa de Nova York, risco de recessão ainda pesa sobre o mercado

06 de Outubro de 2022

A despeito da disparada dos preços na bolsa de Nova York no pregão de ontem, o cenário para as cotações do algodão no mercado globais piorou nas últimas semanas, principalmente por causa do crescente risco de recessão global. E a tendência mantém aceso o sinal de alerta para os produtores e exportadores do Brasil, um dos principais produtores do segmento, onde os preços domésticos têm forte relação com os externos.


Em linha com a valorização do petróleo, os contratos futuros de segunda posição de entrega encerraram esta terça-feira em alta de 4,75%, a 88,20 centavos de dólar por libra-peso. Com isso, a queda acumulada desde o início do ano diminuiu para 20,2%, segundo cálculos do Valor Data, determinada sobretudo pela retração de quase 25% registrada em setembro, mas uma grande sombra paira sobre o mercado.


Ocorre que, embora sofra influência considerável do comportamento do petróleo, uma vez que as fibras naturais competem com as sintéticas, o algodão é uma das commodities agrícolas mais suscetíveis aos altos e baixos da economia. Na crise, as compras de vestuário costumam diminuir.


"Inevitavelmente teremos algum impacto sobre a demanda pelo algodão. A questão é saber qual será o tamanho da queda", afirma Júlio César Busato, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


Mas, segundo ele, por causa do travamento de custos com antecedência, a pressão sobre as cotações não deverá fazer o produtor brasileiro tirar o pé do acelerador nesta safra 2022/23, cujo plantio começará em novembro. De acordo com a Abrapa, a área de plantio crescerá 9,3% em relação a 2021/22, para 1,8 milhão de hectares, e a produção - se o clima colaborar - será 27% maior (3,1 milhões de toneladas).


"Mesmo diante de toda essa incerteza na economia, o importante é que não estamos perdendo área. Ainda que a demanda seja menor, ela precisa ser atendida, e os compradores do país e do exterior querem o algodão brasileiro, [que tem] garantia de qualidade e rastreabilidade", diz Busato.



Venda antecipadas


Termômetro desse cenário, as vendas antecipadas da produção que será colhida na safra 2022/23 estão atrasadas. O percentual chegou a 60% da colheita estimada, quando o ideal seria 70%. No caso do algodão da temporada 2023/24, as vendas antecipadas sequer chegaram a 10%, quando o esperado era 30%.


"Os produtores seguraram as vendas desde que começaram essas quedas em Nova York. Além disso, ainda há dúvidas sobre o comportamento do clima, especialmente em Mato Grosso, onde o algodão é plantado após a colheita da soja. Se a chuva atrasar o plantio do grão, os produtores podem optar pelo milho, que tem ciclo mais curto que a pluma", destaca Busato.


Ele projeta que o preço vai voltar a US$ 1 dólar por libra-peso em Nova York apenas a partir de abril ou maio. "Esse pessimismo do mercado sobre o consumo deve se estender por um tempo", afirma.


No Brasil, os preços também estão em queda. Em setembro, o indicador Cepea/Esalq para a libra-peso posta na Grande São Paulo caiu 15,7% e chegou a R$ 5,7453, seu menor patamar em um ano.


"Desde maio, quando as notícias sobre o risco de recessão ganharam corpo, a queda do preço no Brasil tem sido forte. O mercado tentou sinalizar alguma melhora recentemente, mas a queda mês passado voltou a ser expressiva. A inflação em alta e o aumento dos juros afetam o consumo. Roupa e vestuário são os primeiros itens a sentir a retração na demanda", diz Lucilo Alves, professor da Esalq/USP e pesquisador de algodão do Cepea. Para o pesquisador, haverá grande volatilidade nos próximos seis meses.



Leia mais:Piora o cenário para os preços do algodão_Valor Econômico.pdf


Mídia: Valor Econômico – 05/10/2022

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Abrapa comemora Dia Mundial do Algodão

​Para celebrar a data, comemorada em 7 de outubro, durante essa semana, a associação, por meio do movimento Sou de Algodão, trabalhará campanha com o conceito "Segue o fio"

05 de Outubro de 2022

Uma das culturas que mais dinamizam o meio agrícola e a economia do mundo é o algodão. A fibra é produzida em mais de 70 países, em todos os continentes, onde são plantados, anualmente, 32 milhões de hectares, movimentando 10 trilhões de dólares por ano. Nesse cenário, o Brasil tem peso expressivo, é o quarto maior produtor do mundo, segundo maior exportador e o sétimo maior consumidor. O Valor Bruto da Produção (VBP) de algodão, em 2022, é de R$ 41 bilhões, sendo a quarta cultura mais importante da agricultura brasileira, depois da soja, cana-de-açúcar e milho.


Para comemorar a pujança do setor, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) mobilizou cotonicultores, trabalhadores e pessoas ligadas à moda e ao setor produtivo, para celebrar o Dia Mundial do Algodão, comemorado em 7 de outubro. Durante essa semana, a associação, por meio do movimento Sou de Algodão, trabalhará na campanha alusiva à data, o conceito "Segue o fio", que estará presente em uma série de iniciativas para estimular o consumo da fibra. A jornalista e influenciadora Maria Prata é a personalidade da ação deste ano.  O Dia Mundial do Algodão foi lançamento oficial em 2019, em Genebra, na Suíça, durante evento promovido pela Organização Mundial do Comércio (OMC), numa iniciativa do ICAC, com outras entidades internacionais como FAO, Organização Mundial do Comércio (OMC), United Nations Conference of Trade and Development (Unctad) e o International Trade Center (ITC).



O caminho da pluma


O presidente da Abrapa, Júlio Busato, destaca a importância da fibra e enfatiza que a pluma natural, é biodegradável e sustentável, por isso é sempre uma boa escolha. "Celebramos o dia junto aos produtores de algodão que incorporam à fibra natural a sustentabilidade na cultura, tão essencial nos dias de hoje. Agradeço pelas contribuições, por se adaptarem e perseverarem nas mudanças que foram necessárias para mantermos a qualidade do algodão brasileiro", ressaltou. O algodão é usado por quase todas as pessoas em todo o mundo diariamente. Não à toa, a cadeia é uma das que mais gera emprego no País e no mundo, contribuindo para o desenvolvimento das regiões produtoras.


Parceira da cotonicultura na pesquisa e transferência de tecnologia para implementação de programas junto aos produtores e segmentos da cadeia, a Embrapa Algodão tem papel de destaque nas regiões produtoras da fibra. Para o chefe geral da Embrapa Algodão, Alderi Aarújo, é uma cultura complexa e que precisa permanentemente se renovar para atender as demandas e isso compreende desde o plantio até o beneficiamento. Segundo Araújo, esse aprimoramento possibilitou ao Brasil ter uma das melhores plumas do mercado, além dos melhores índices de produtividade. "Destaco como importante ganho da produção o fato de o algodão crescer no País como cultura sustentável na área econômica, social e, sobretudo, ambiental", disse.


Para Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o setor sente-se orgulhoso por ser parte relevante nessa rede da cotonicultura. "Somos o principal consumidor da matéria-prima produzida em nosso País, onde trabalhamos de forma conjunta com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão e Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, visando ao fortalecimento de uma cadeia vasta de produção e distribuição. Parabéns aos produtores de algodão do Brasil, bem como à indústria têxtil e de confecção de nosso país, o maior cliente da produção nacional".


O presidente da Anea, Miguel Faus, ressaltou a presença do Brasil entre os maiores produtores mundiais de algodão, junto a Estados Unidos, China, Índia e Paquistão e é líder em produtividade nas lavouras de sequeiro. Segundo ele, características como a qualidade da pluma e a regularidade no fornecimento atribuíram ao algodão brasileiro uma posição de destaque no mercado mundial, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores do globo. "Já ocupamos a posição de segundo maior exportador e continuamos a atuar para avançar ainda mais. Sendo uma das culturas mais importantes da nossa agricultura, gera emprego, renda e desenvolvimento em todas as regiões em que seu cultivo está presente", destacou.



Algodão para o bem em todo mundo


Há uma razão para o tema do Dia Mundial do Algodão ser "Algodão para o Bem"! Em todo o mundo, a fibra natural é a mais importante, enfatiza o diretor de comunicação do Icac, Mike McCUE. O argumento é de que alivia a pobreza e fornece trabalho e renda para mulheres em muitos países menos desenvolvidos, ajuda a combater as mudanças climáticas sequestrando mais carbono do que emite, além de fornecer subprodutos valiosos, como óleo de cozinha e ração para o gado, e é usado em produtos farmacêuticos, notas de moeda e muito mais. Diante de tantas justificativas positivas relacionadas à pluma, "talvez o mais importante de tudo, cada peça de roupa de algodão significa que haverá menos microplásticos em nossa água, em animais selvagens e em nossa cadeia alimentar". O algodão é bom para o planeta, ressalta, e nada mais justo do que uma data alusiva à fibra.



Leia mais: Abrapa comemora Dia Mundial do Algodão - Notícias Agrícolas (noticiasagricolas.com.br)


Abrapa comemora Dia Mundial do Algodão – Portal Campo e Negócios (campoenegocios.com.br)


Mídia: Notícias Agrícolas – 04/10/2022


Campo & Negócios – 05/10/2022

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Executivo da Abrapa é reconhecido com Medalha do Mérito

​Cerimônia ocorreu na abertura da 77ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), em Goiânia

05 de Outubro de 2022

Com uma homenagem a profissionais e entidades, a tradicional Cerimônia do Mérito do Sistema Confea Crea e Mútua marcou a abertura da 77ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), na terça-feira (4), no Centro de Convenções de Goiânia. O diretor Executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Marcio Portocarrero, foi um dos 27 agraciados com a Medalha do Mérito, pelos relevantes serviços prestados à Engenharia e à Agronomia.


Portocarrero reconheceu a importância da homenagem e disse estar grato e honrado. "É com satisfação que recebo a distinção em meio a um evento de tamanha importância como 77ª Soea, que traz para o debate temas atuais sobre sustentabilidade e responsabilidade social para o desenvolvimento do País", ressaltou.


A Comissão do Mérito, composta por integrantes das associadas, é responsável pela indicação dos agraciado com a laureação.

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Versátil, leve e sustentável

​Com mais de mil marcas reunidas, o movimento Sou de Algodão incentiva o uso da fibra natural com certificação socioambiental para produzir itens que vão da calça jeans à renda do vestido de festa

04 de Outubro de 2022

Não basta a roupa ser bonita e cair bem. Há uma geração de consumidores cada vez mais consciente que quer saber quem fez a peça, em quais condições de trabalho foi desenvolvida e qual é a origem do material. Por outro lado, a Abrapa (Associação Brasileira de Produtores de Algodão) já tinha um programa de sustentabilidade e de responsabilidade na produção da fibra de algodão há alguns anos, mas essas informações não chegavam ao consumidor final. Para colocar sob os holofotes a importância e a produção consciente da fibra, a Abrapa criou, em 2016, o movimento Sou de Algodão.


 

Leia mais: Versátil, leve e sustentável - Revista Marie Claire.pdf


Mídia: Marie Claire – 29/09/2022

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O algodão da semente ao guarda-roupa, com Silmara Ferraresi e Warley Palota

04 de Outubro de 2022

O Brasil está entre os cinco maiores produtores de algodão do mundo. Com tanto talento nesta produção, nosso ouro branco se fortalece a cada dia no mercado nacional e internacional. No episódio desta semana, conversamos sobre a cadeia do algodão e como ela começa no campo, na escolha das sementes e o processo até chegar nas prateleiras e no nosso guarda-roupa. Participam do papo, Silmara Ferraresi, gestora do Movimento Sou de Algodão, gerido pela Abrapa, e Warley Palota, líder de Sementes de Algodão, na BASF.


Ouça o podcast aqui: Ep. 27 - O algodão da semente ao guarda-roupa, com Silmara Ferraresi e Warley Palota - BASF Agro - Um podcast que cultiva Legados | Podcast no Spotify


Mídia: BASF Agro/Spotify – 29/09/2022

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Abrapa comemora Dia Mundial do Algodão

Data foi inserida no calendário mundial em 2019, sendo uma iniciativa do International Cotton Advisory Committee (ICAC), entre outras entidades internacionais

04 de Outubro de 2022

Uma das culturas que mais dinamizam o meio agrícola e a economia do mundo é o algodão. A fibra é produzida em mais de 70 países, em todos os continentes, onde são plantados, anualmente, 32 milhões de hectares, movimentando 10 trilhões de dólares por ano. Nesse cenário, o Brasil tem peso expressivo, é o quarto maior produtor do mundo, segundo maior exportador e o sétimo maior consumidor. O Valor Bruto da Produção (VBP) de algodão, em 2022, é de R$ 41 bilhões, sendo a quarta cultura mais importante da agricultura brasileira, depois da soja, cana-de-açúcar e milho.


Para comemorar a pujança do setor, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) mobilizou cotonicultores, trabalhadores e pessoas ligadas à moda e ao setor produtivo, para celebrar o Dia Mundial do Algodão, comemorado em 7 de outubro. Durante essa semana, a associação, por meio do movimento Sou de Algodão, trabalhará na campanha alusiva à data, o conceito “Segue o fio”, que estará presente em uma série de iniciativas para estimular o consumo da fibra. A jornalista e influenciadora Maria Prata é a personalidade da ação deste ano.  O Dia Mundial do Algodão foi lançamento oficial em 2019, em Genebra, na Suíça, durante evento promovido pela Organização Mundial do Comércio (OMC), numa iniciativa do ICAC, com outras entidades internacionais como FAO, Organização Mundial do Comércio (OMC), United Nations Conference of Trade and Development (Unctad) e o International Trade Center (ITC).


O caminho da pluma


O presidente da Abrapa, Júlio Busato, destaca a importância da fibra e enfatiza que a pluma natural, é biodegradável e sustentável, por isso é sempre uma boa escolha. “Celebramos o dia junto aos produtores de algodão que incorporam à fibra natural a sustentabilidade na cultura, tão essencial nos dias de hoje. Agradeço pelas contribuições, por se adaptarem e perseverarem nas mudanças que foram necessárias para mantermos a qualidade do algodão brasileiro”, ressaltou. O algodão é usado por quase todas as pessoas em todo o mundo diariamente. Não à toa, a cadeia é uma das que mais gera emprego no País e no mundo, contribuindo para o desenvolvimento das regiões produtoras.


Parceira da cotonicultura na pesquisa e transferência de tecnologia para implementação de programas junto aos produtores e segmentos da cadeia, a Embrapa Algodão tem papel de destaque nas regiões produtoras da fibra. Para o chefe geral da Embrapa Algodão, Alderi Aarújo, é uma cultura complexa e que precisa permanentemente se renovar para atender as demandas e isso compreende desde o plantio até o beneficiamento. Segundo Araújo, esse aprimoramento possibilitou ao Brasil ter uma das melhores plumas do mercado, além dos melhores índices de produtividade. “Destaco como importante ganho da produção o fato de o algodão crescer no País como cultura sustentável na área econômica, social e, sobretudo, ambiental”, disse.


Para Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o setor sente-se orgulhoso por ser parte relevante nessa rede da cotonicultura. “Somos o principal consumidor da matéria-prima produzida em nosso País, onde trabalhamos de forma conjunta com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão e Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, visando ao fortalecimento de uma cadeia vasta de produção e distribuição. Parabéns aos produtores de algodão do Brasil, bem como à indústria têxtil e de confecção de nosso país, o maior cliente da produção nacional”.


O presidente da Anea, Miguel Faus, ressaltou a presença do Brasil entre os maiores produtores mundiais de algodão, junto a Estados Unidos, China, Índia e Paquistão e é líder em produtividade nas lavouras de sequeiro. Segundo ele, características como a qualidade da pluma e a regularidade no fornecimento atribuíram ao algodão brasileiro uma posição de destaque no mercado mundial, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores do globo. “Já ocupamos a posição de segundo maior exportador e continuamos a atuar para avançar ainda mais. Sendo uma das culturas mais importantes da nossa agricultura, gera emprego, renda e desenvolvimento em todas as regiões em que seu cultivo está presente”, destacou.


Algodão para o bem em todo mundo


Há uma razão para o tema do Dia Mundial do Algodão ser “Algodão para o Bem”! Em todo o mundo, a fibra natural é a mais importante, enfatiza o diretor de comunicação do Icac, Mike McCUE. O argumento é de que alivia a pobreza e fornece trabalho e renda para mulheres em muitos países menos desenvolvidos, ajuda a combater as mudanças climáticas sequestrando mais carbono do que emite, além de fornecer subprodutos valiosos, como óleo de cozinha e ração para o gado, e é usado em produtos farmacêuticos, notas de moeda e muito mais. Diante de tantas justificativas positivas relacionadas à pluma, “talvez o mais importante de tudo, cada peça de roupa de algodão significa que haverá menos microplásticos em nossa água, em animais selvagens e em nossa cadeia alimentar”. O algodão é bom para o planeta, ressalta, e nada mais justo do que uma data alusiva à fibra.

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Cotonicultura brasileira marca presença na 36ª Conferência Internacional do Algodão, na Alemanha

Programação diversificada inclui debates que oferecem uma visão geral do setor e perspectivas futuras

30 de Setembro de 2022

Especialistas da cadeia de fornecimento têxtil mundial se reúnem, em Bremen, na Alemanha, na 36ª Conferência Internacional do Algodão para discutir questões relativas à produção da fibra, qualidade, produtos, entre outros insights cientificamente fundamentados e práticos sobre a cadeia. O evento bianual que se iniciou na quinta-feira, dia 29, encerra hoje, 30, com a participação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


O diretor de Relações Internacionais da entidade, Marcelo Duarte, mediará o painel "Melhoramento do Algodão, Produção, Descaroçamento", no dia 30, que traz os palestrantes Alice Payne, professora da Universidade de Tecnologia de Queensland, Imme Gerke, conselheira de Governo e Indústria IDRG.eu, Gonzalo Scarpin, chefe da equipe de Pesquisa de Algodão do INTA e Luise Casas, gerente Técnico da Fundação MasValor, para discutir o tema.


Tópicos sobre os novos produtos de algodão, como o design 3D de têxteis, serão destacados. No painel sobre qualidade, a discussão se concentrará em mostrar a caracterização das fibras recicladas como base para a reutilização do algodão. "Teremos um debate bastante atual: o sequestro de carbono na produção de algodão como medida para combater ativamente as mudanças climáticas, por exemplo, a rastreabilidade que permitem verificar a sustentabilidade ao longo da cadeia de valor, entre tantos outros tópicos. E como é bom verificar que a cotonicultura brasileira está inserida neste processo, com programas como o ABR (Algodão Brasileiro Responsável) e o SouABR, que permite rastrear a fibra de ponta a ponta", ressalta Duarte.



Saiba mais sobre o evento acessando o link: https://cotton-conference-bremen.de/program/

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #39/2022

30 de Setembro de 2022

- Destaque da Semana – Prevaleceu nesta semana o sentimento negativo em relação ao mercado, apesar do furacão Ian nos EUA.  Perspectivas econômicas pessimistas nos quatro cantos do planeta estão ditando os rumos dos mercados, não somente de algodão.



Algodão em NY 1 – O contrato Dez/22 fechou ontem a 85,16 U$c/lp (-11,79%). Somente nos últimos 30 dias, Dez/22 já caiu 27%.



- Algodão em NY 2 – Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 73,56 U$c/lp (-8,66%) e o Dez/24 a 70,32 (-6,59%) para a safra 2023/24.



- Preços (29/09), o algodão brasileiro estava cotado a 109,50 U$c/lp (-875 pts) para embarque em Nov-Dez/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook).



- Baixistas 1  Com o dólar americano atingindo as máximas em 20 anos, muito graças à política de juros no país, fundos buscam se afastar das commodities.



- Baixistas 2  O mercado de ações também sofre com a alta dos juros, com a bolsa americana caindo 20% no ano.



- Baixistas 3  Demanda das fiações segue fraca, com a volatilidade dos preços e incertezas econômicas e poucos pedidos dos varejistas.



- Baixistas 4  Os dados semanais de vendas de algodão dos EUA refletem a fraqueza do mercado, com apenas 7.620 tons vendidos ao exterior. No Brasil não temos dados de vendas semanais, somente de exportações.



- Altistas 1  O furacão Ian (Categoria 5) atingiu o Sul dos EUA esta semana.  Este tipo notícia normalmente agita o mercado, mas não foi o caso desta vez.



- Altistas 2  Somente 10% da safra americana deve ser atingida pela versão atenuada de Ian e o mercado tem apostado que serão poucos estragos.



- Brasil 1 - Abrapa divulgou na quarta (28) a revisão da colheita 2021/22, que ficou em 2,5 milhões de toneladas, ante a previsão de 2,6 milhões de toneladas de junho.



- Brasil 2 - Problemas climáticos nas regiões produtoras, como chuva excessiva ou seca, trouxeram números para baixo. Ainda assim, o volume de pluma é maior do que as 2,36 milhões tons colhidas na safra passada.



- Brasil 3 - Para a safra 22/23, que começa a ser plantada no Brasil em novembro, o prognóstico é de 3,1 milhões de toneladas, 27% a mais do que a safra anterior.



- Brasil 4 - A área plantada, segundo a projeção da Abrapa, será de 1,78 milhão de hectares, crescimento de 9,3% em relação à safra 21/22, que foi 1,63 milhão hectare.



- China 1 - Relatório do Banco Mundial aponta que economia chinesa está em declínio.  A política de COVID-zero do país é uma das grandes causas, segundo o relatório.



- China 2 - As importações de algodão em pluma da China em agosto de 2022 foram 107,4 mil toneladas, 9% a menos que o mês passado e 24% a menos que agosto de 2021.



- China 3 - A colheita em Xinjiang segue em andamento, mas o ritmo é mais lento devido às restrições por conta da Covid-19 no país.



- Ásia 1 - Segundo o Banco Mundial, a China deverá crescer apenas 2,8% em 2022, o que é uma queda acentuada em relação aos 8,1% de 2021.



- Ásia 2 - O crescimento da Ásia como um todo deve desacelerar para 3,2% este ano (foi 7,2% em 2021), antes de aumentar para 4,6% no próximo ano, segundo relatório do Banco Mundial.



- EUA 1 - Nos EUA, a colheita segue avançando. De acordo com o último relatório 15% já havia sido colhido, com 67% das lavouras em fase de abertura de capulhos.



- EUA 2 - O furacão Ian chegou à Florida na quarta (28) com categoria 5 de forma devastadora, causando mortes e destruições.



- EUA 3 - Ian se transformou em tempestade tropical e não atingirá o importante estado produtor de algodão da Georgia, mas segue em direção às regiões produtoras das Carolinas do Norte e do Sul.



- Paquistão - O Paquistão pode retomar a importação de algodão da Índia. A indústria têxtil está enfrentando escassez de matéria-prima por conta das enchentes que atingiram o país.



Conferência de Bremen - A Abrapa está na Conferência de Bremen, na Alemanha, que ocorre dias 29 e 30 de setembro. A participação foi no painel de produção e qualidade.



Exportações - O Brasil exportou 115,9 mil tons de algodão entre 1º e 26º dia de setembro/22. A média diária de embarque é 8,5% superior quando comparado com setembro/21.



Colheita 2021/22 - Até ontem (29/09):  A colheita foi encerrada nos Estados da BA; MS; MT; SP; PI; MA; e PR . Restam apenas alguns talhões em GO (99,8%); e MG (98%). Total Brasil: 99,20%



- Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (29/09):  BA (83%); GO (89%); MA (44%) MS (90%); MT (71%); MG (80%); SP (100%); PI (64%); PR (100%). Total Brasil: 73% beneficiado



Preços - Consulte tabela abaixo ⬇



Boletim Algodao pelo Mundo 39.jpeg


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Movimento Sou de Algodão e Agopa participam de “bate-papo” sobre a cadeia produtiva na Universidade Estadual de Goiás

O encontro, com os alunos e docentes da instituição, marca o início da parceria que tem como objetivo fomentar a pesquisa e a criatividade

30 de Setembro de 2022

O presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Carlos Alberto Moresco, a gestora de Relações Institucionais do Movimento Sou de Algodão, Manami Kawaguchi e o estilista Theo Alexandre, proprietário da marca Thear e integrante do line-up do São Paulo Fashion Week, participaram, na quarta-feira (28/09), de um bate-papo com os alunos e docentes da Universidade Estadual de Goiás. O encontro inaugurou a parceria entre a faculdade de moda e a iniciativa da Abrapa, que tem como objetivo fomentar a pesquisa e a criatividade na moda, com conhecimento e experiências, tendo o algodão como tema central.


O encontro teve início com a participação da gestora do Movimento Sou de Algodão explicando a importância da união dos elos que o algodão faz parte. "Representamos o início da cadeia, mas a nossa essência é a união e o fortalecimento de toda a cadeia, que vai do produtor ao varejo, passando pelas etapas da indústria têxtil, profissionais de moda, marcas dos mais diversos segmentos e, a partir deste ano, universidades. As marcas tornam a matéria-prima tangível no dia a dia das pessoas por meio de seus produtos, mas as universidades são importantes para nós, porque formam o futuro do nosso País, os criadores que vão desenhar coleções para as mais diferentes marcas e trazer novos olhares e inovação para a moda", explicou Manami.


O presidente da Agopa destacou a importância da produção de algodão para a economia do Brasil, que é o quarto maior produtor do mundo e referência no cultivo com certificação socioambiental, já que 84% da última safra foi certificada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR).


"Com esse programa, mostramos que nos preocupamos com a preservação do meio ambiente e com o uso controlado e adequado de defensivos aprovados. Todo o processo começa na fazenda certificada, onde a produção precisa atender a um extenso protocolo socioambiental, com mais de 180 itens distribuídos em 08 critérios como contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil, proibição de trabalho análogo à escravidão ou em condições degradantes ou indignas, desempenho ambiental e boas práticas agrícolas", reforçou Moresco.


Em relação à cultura da fibra no pilar ambiental, o presidente da Agopa explicou que, entre as melhores práticas, é adotado o regime de sequeiro em 92% da produção, quando as águas da chuva são aproveitadas e a lavoura não precisa de irrigação durante as estações secas. Outra iniciativa envolve as técnicas para redução da dependência do uso de insumos químicos como o controle biológico de pragas e a agricultura de precisão, que permitem uma maior sustentabilidade para a cotonicultura.


Moresco também falou sobre o Sistema Abrapa de Identificação (SAI), em que os dados presentes no código de barras permitem saber qual fazenda produziu o algodão, a algodoeira que beneficiou a pluma, o número da certificação ABR, se tem licenciamento Better Cotton Initiative (BCI) e quais são os dados de qualidade da fibra. Tudo integrado e registrado numa etiqueta que funciona como um RG do fardo de algodão.


"Para ampliarmos essa rastreabilidade para o consumidor de moda, que pede por isso, a Abrapa, por meio do Movimento Sou de Algodão, criou, em outubro de 2021, o Programa SouABR. Por meio de QR Code é possível verificar de qual fazenda saiu a matéria-prima presente na peça de roupa, a geolocalização, as certificações, a fiação, a tecelagem, a confecção e a rede varejista que participaram do processo de fabricação e de venda do produto. Tudo isso na palma da mão", explicou o presidente da Agopa.


O estilista Theo Alexandre também destacou a importância da sustentabilidade e como o tema está cada vez mais presente no mundo da moda. Para ele, as marcas que não começarem a pensar sobre isso podem não durar muito tempo no mercado. A observação vai ao encontro de um levantamento do Instituto de Pesquisa Locomotiva, que aponta que 86% da população brasileira se interessa por sustentabilidade, 75% consideram que as empresas de vestuário deveriam se preocupar com o tema e tê-lo como pauta permanente e 45% acham que as marcas deveriam se posicionar sobre ele.


O encontro foi finalizado pelo presidente da Agopa que comentou sobre como os produtores passaram a entender a importância da moda para o algodão. "Queremos diminuir as distâncias entre os diferentes públicos e nos comunicar com os consumidores, envolvendo os produtores de algodão e toda a cadeia têxtil. Ao mostrarmos que o algodão é o elemento que nos conecta e demonstrarmos a importância de cada agente dessa grande cadeia, unimos todos em torno de um único propósito e rompemos os limites entre cada setor para que todos possam se comunicar".

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Abrapa revisa atual safra e projeta produção de 22/23

Balanço e prognósticos foram feitos durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, que reuniu representantes do setor

28 de Setembro de 2022

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) divulgou nesta quarta-feira (28), a revisão da colheita da safra 2021/2022. As previsões de 2,6 milhões de toneladas estimadas em junho oscilaram para baixo, ficando em 2,5 milhões. O movimento é atribuído aos problemas climáticos que atingiram as regiões produtoras de maneira diferenciada, com chuvas excessivas ou seca. A projeção inicial era de 2,8 milhões de toneladas para a safra 2021/2022. Apesar da revisão, o volume de pluma colheita 2021/2022 é maior do que as 2,36 milhões colhidas na safra passada. Os dados foram divulgados durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, que reuniu representantes do setor.


"Infelizmente, por questões climáticas, as lavouras do País foram impactadas e a produção oscilou para baixo, mesmo assim teremos volumes para atender o mercado", ponderou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.


Para a safra 2022/2023, que começou globalmente, em agosto, mas no Brasil começa a ser plantada em novembro, no entanto, os prognósticos são de produção de 3,1 milhões de toneladas, uma variação de 27% ante os atuais 2,5 milhões. As projeções levam em conta os cálculos estimados pela nove estaduais associadas à Abrapa, em setembro de 2022. A área plantada é projetada em 1,78 milhão de hectares, um crescimento de 9,3% com relação à safra 21/22 (1,63 milhão de hectare).


Abit e Anea apresentam resultados parciais de 2022 e projetam o próximo período


A reunião da Câmara teve a participação da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). Fernando Pimentel, presidente da Abit, apresentou informações sobre a produção têxtil no acumulado de 12 meses, que teve retração foi de 14,1%. Entre janeiro e julho deste ano, comparativamente ao mesmo período de 2021, a queda foi de 14,6%. A alta da inflação e os custos impactaram no desempenho da indústria têxtil e de confecção. Para 2023, a expectativa é de “ligeira” recuperação, com crescimento na produção de 1,9% e 0,9% em vendas internas.


Representando a Anea, Marco Antônio Aluísio, apresentou as estatísticas e informações sobre a exportação da pluma brasileira em 2022 e as estimativas para 2023. Embarques de algodão para 2021/2022 fecharam em 1,72 milhão de toneladas, sendo China, Vietnã e Paquistão os principais destinos. Para o setor, os efeitos do lockdown da China seguram a demanda, outro impacto é a inflação mundial que segue elevada e a possível recessão mundial. O executivo considerou ainda a volatilidade do petróleo, que foi a 125 dólares, hoje está em 85 dólares (impactando positivamente nos sintéticos). Os fertilizantes, que ainda permanecem elevados, continuam a pesar sobre o setor, neste e ano e em 2023.


A próxima reunião da Câmara está prevista para o dia 15 de dezembro.

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