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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO # 35/2023

08 de Setembro de 2023

Destaque da Semana - Depois de atingir 90 centavos na última sexta-feira, o mercado retraiu esta semana com o dólar mais alto e notícias econômicas ruins da China.


Algodão em NY - O contrato Dez/23 fechou nesta quinta 07/9 cotado a 85,38 U$c/lp (-2,8% na semana). O contrato Jul/24 fechou 85,38 U$c/lp (-1,7% na semana) e o Dez/24 a 79,24 (-0,7% na semana).


Basis Ásia – o Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 900 pts para embarque Out/Nov (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 31/out/23).


Altistas 1 - Os problemas climáticos seguem afetando as lavouras em várias partes do mundo. Seca nos EUA e Índia e inundações na Grécia e Turquia foram destaques desta semana.


Altistas 2 - A emissão de mais 750 mil toneladas de quotas de importação pela China esta semana reforça a esperança que o gigante asiático importe 2,4 milhões de toneladas este ano.


Baixistas 1 - A China enfrenta vários desafios pós-pandemia, incluindo uma crise imobiliária e menor demanda interna. Esta semana os dados de comércio exterior anunciados evidenciaram os problemas econômicos enfrentados.


Baixistas 2 - O índice do dólar americano atingiu sua maior cotação em seis meses, tornando o algodão mais caro para os importadores.


China 1 - A China emitiu mais 750 mil toneladas de quotas de importação de algodão. Algumas fiações já confirmaram o recebimento destas novas quotas esta semana.


China 2 - Os leilões da Reserva da China aumentaram para um nível diário de 20 mil toneladas na última segunda-feira e continuam a vender 100% dos lotes ofertados diariamente.


China 3 -O total vendido até agora nos leilões estatais é 368 mil toneladas e as maiores origens incluem o algodão dos EUA (42,38%), seguido pelo Brasil (38,31%), Xinjiang (10,58%) e Austrália (8,73%).


China 4 - A Associação de Algodão da China (CCA) indicou que o programa de vendas da Reserva Estatal pode continuar em paralelo com a chegada da nova safra, se necessário, para manter a estabilidade do mercado doméstico e dos negócios com a nova safra.


Índia - O plantio de algodão na Índia está atrasado, com um déficit de chuvas preocupante.


Grécia - A região da Tessália, onde a maior parte do algodão é cultivado na Grécia, foi atingida pela tempestade Daniel, causando inundações por toda parte. Mais de 350mm de chuva em poucas horas. Regiões da Turquia também foram fortemente atingidas por Daniel.


EUA 1 - O furacão Idalia enfraqueceu para uma depressão tropical após tocar terra na Flórida em 30.08. Chuvas intensas e ventos fortes avançaram para o interior da Geórgia e dos Carolinas, onde os produtores ainda estão avaliando os campos em busca de danos.


EUA 2 - Relatório do USDA mostrou que a condição da safra de algodão continua delicada. Bom/excelente caiu para 31% (-2%) e Ruim/muito Ruim subiu para 41% (-3%).


Agenda - A atenção está voltada para o próximo relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para ser divulgado em 12 de setembro.


Exportações 1 - O Brasil exportou 104,3 mil tons de algodão em ago/23. O volume foi 66% maior que o total embarcado em ago/22.


Exportações 2 - A receita com as exportações somaram 187,7 milhões de dólares em ago/23, alta de 51% com relação ao mesmo mês de 2022.


Exportações 3 - Agosto foi o primeiro mês do novo período comercial (2023/24).


Safra 2022/23 - De acordo com o 12º levantamento da safra 2022/23, divulgado na quarta (06/09) pela Conab, a área plantada de algodão é estimada em 1,664 milhão de hectares (+4,0%) e a produção de pluma em 3,15 (+23,3%). A estimativa de produção subiu 119 mil toneladas com relação ao mês passado.


Colheita 2022/23 - Até o dia 08/09 foram colhidos: BA (85,28%), GO (93,15%), MA (86%); MG (94%), MS (100%); PR (100%), SP (99%), MT (97%), PI (99,63%) Total Brasil: 94% colhido.


Beneficiamento 2022/23 - Até o dia 08/09 foram beneficiados: BA (51%), GO (66%), MA (25%) MG (57%), MS (59%); PR (88%), SP (98%), MT (35%), PI (44%) Total Brasil : 40% beneficiado.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 07-09


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Sou de Algodão promove conexão entre marcas parceiras e estudantes no Amarê Fashion

Seis empresas doaram materiais para os 10 finalistas produzirem e desfilarem suas coleções no concurso

08 de Setembro de 2023

Entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro, ocorreu a Amarê Fashion, um dos eventos mais importantes no mundo da moda, em Goiás. Entre as atrações, houve uma competição de estilistas promovida pelo Sebrae/GO em parceria com o SENAC/GO e as Universidades Federal de Goiás (UFG), Estadual de Goiás (UEG) e Salgado de Oliveira (Universo). Para o desfile, foram reunidas dez coleções desenvolvidas pelos finalistas, estudantes de moda, resultando na produção e apresentação de 30 looks exclusivos, sendo três de cada.


O grande destaque desta edição foi a parceria entre as instituições de ensino e marcas reconhecidas do setor têxtil, que forneceram os tecidos para a criação das peças dos 10 finalistas. O movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), conectou as parceiras Canatiba, Cataguases, Paranatex, Santista, Teray Têxtil e Têxtil Piratininga.


Das dez coleções apresentadas, três se destacaram e foram escolhidas pelo júri composto por seis profissionais renomados do mercado, sendo quatro também parceiros do Sou de Algodão, como Isa Isaac Silva, Naya Violeta, Rafael Aquino (da marca Jacobina) e Theo Alexandre (da marca Thear). Os vencedores foram premiados com uma viagem para a próxima edição da São Paulo Fashion Week (SPFW).


A aproximação do movimento Sou de Algodão com o público de moda de Goiás é de extrema importância para fortalecer a indústria têxtil local e promover a conscientização sobre a produção de algodão responsável. Além disso, o apoio da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), ajuda a unir esforços para divulgar os benefícios da fibra e sua relevância na moda contemporânea.


Para Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa e gestora do movimento, a inclusão do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores no evento é uma oportunidade única de inspirar e engajar os estudantes de moda do estado. “Dessa forma, é possível criar um espaço para a criatividade florescer e incentivar o uso responsável de matérias-primas na indústria. Essa iniciativa não apenas estimula a inovação na moda goiana, mas também contribui para um futuro mais responsável e consciente”, finaliza.


As coleções vencedoras foram:
"Zazup" - Criada pelas estudantes Rayane Aparecida e Lys Rosa da UFG, esta coleção cativou o júri com sua originalidade e estilo ousado.
"Tempo e Espaço" - De autoria do estudante Deusivan Martins da UFG, esta coleção destacou-se pela combinação única de elementos tradicionais e contemporâneos.
"Project_afromush" - Criada pelo estudante João Henrique de Oliveira da UEG, esta coleção impressionou com seu enfoque inovador na moda afro-brasileira.


Sobre Sou de Algodão
É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 42% de toda a produção mundial de algodão sustentável.


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Sou de Algodão atinge 1.378 marcas parceiras em agosto

Só em agosto, foram mais de 40 empresas que entraram para o movimento; os destaques ficam para os segmentos de acessórios e artesanato e confecções

08 de Setembro de 2023

Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), fechou o mês de agosto com 43 novas marcas parceiras, totalizando 1.378 empresas de diferentes tamanhos, especialmente de pequeno porte, que somaram 41. A meta é chegar ao final do ano com 1.500 e, até agora, já são 64% do objetivo atingido.


Os diferentes segmentos da indústria são uma grande ajuda para alcançar o objetivo, visto que são inúmeras empresas que, cada vez mais, escolhem o algodão para trabalhar. Entre as confecções, a maior adesão, no mês de agosto, foi no segmento feminino, com 10 novas marcas, demonstrando a contínua demanda por esse mercado. Já aqueles que fabricam peças para o público masculino e feminino, tiveram um crescimento parecido, com sete novas cada, enquanto o infantil registrou seis entradas.


Crescimento anual
Em 2017, ano em que o movimento Sou de Algodão começou a receber marcas parceiras, foram onze que já acreditavam no propósito de estimular a moda responsável e o consumo consciente. Já em 2018, o ano fechou com 73 adesões. Com quatro anos de existência, em 2021, eram mais de 800 empresas dos mais diversos segmentos.


São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais são os três estados com maior presença de parceiras. Entre as regiões, o Sudeste, que corresponde à principal região do empreendedorismo têxtil e de moda brasileira, lidera, com 702 marcas parceiras, seguido pelo Sul, com 406 e Nordeste, com 170. Juntas, as três regiões somam mais de 90% das empresas que participam do movimento.


Para conferir todas as marcas parceiras Sou de Algodão, é só acessar este link: marcas parceiras - Sou de Algodão (soudealgodao.com.br)


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Algodão brasileiro amplia foco em marcas e consumidores mundiais

08 de Setembro de 2023

Os consumidores mundiais começam, pouco a pouco, a demandar produtos que vão além do que se propõem diretamente, ou seja, querem saber se o que estão consumindo é fabricado com responsabilidade social e ambiental. Além disso, metas ambientais estão nas agendas de empresários e governos por todo o mundo.


O movimento é percebido também na cadeia do algodão brasileira. Além das indústrias que consomem a fibra do país, agora também as marcas de produtos feitos com algodão procuram matéria-prima que tenham compromisso com ESG (Environmental, Social and Governance, na sigla em inglês).


“Este é um dos nossos desafios: mostrar aos consumidores, desde industriais até as marcas de varejo e o público final, que o algodão brasileiro é responsável”, afirmou Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) durante a reunião do Comitê Gestor do programa Cotton Brazil nesta quarta (06.09). A partir de agora, inicia-se o segundo ciclo do programa de desenvolvimento de mercado e promoção do algodão brasileiro no mundo.


Por meio do Cotton Brazil, a Abrapa apresenta a industriais, governos, marcas e consumidores finais, especialmente na Ásia, todo o processo de produção da fibra no país – desde a fazenda até o embarque nos portos para exportação.


“Dentre os nossos clientes prioritários, temos as fiações e marcas de varejo e consumo. Os primeiros demandam qualidade de fibra, confiabilidade dos resultados HVI, que melhorarão ainda mais com o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro, logística, fornecimento contínuo, entre outros. Já a segunda clientela tem demandas ESG, como o cumprimento de legislações de sustentabilidade, mostrar rastreabilidade, entre outros. Tudo isso é possível apresentarmos a eles”, disse Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa e responsável pelo Cotton Brazil.


Durante a reunião, foram apresentados os pontos fortes do algodão brasileiro, como o dado de que 82% da fibra produzida no Brasil tem certificação socioambiental. Ainda, apontou-se como pontos fortes diferencial a melhoria continua nos indicadores de qualidade, resultados de HVI fardo a fardo, colheita mecanizada que não gera contaminação, informações dos fardos online, logística com melhora contínua dando mais previsibilidade de entrega.


Em dois anos, o programa Cotton Brazil realizou ou participou de 42 eventos internacionais, impactando mais de cinco mil clientes e stakeholders. Promoveu duas grandes missões anuais, a Missão Compradores com 11 mercados asiáticos atingidos nos anos de 2019, 2022 e 2023, e a Missão Vendedores, que levou produtores rurais para apresentar seus produtos em 10 mercados internacionais.


“É um prazer e um orgulho estarmos neste projeto desde o início. Percebemos os resultados fora do Brasil e o efeito deste movimento do Cotton Brazil tem sido essencial para promover o algodão brasileiro”, disse Miguel Faus, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).


A gestora do projeto na ApexBrasil, Rafaela Albuquerque, ressaltou que o Cotton Brazil vem crescendo ano a ano. “No primeiro ciclo, calcamos a base para executar este segundo ciclo com excelência. Isso foi fundamental para os resultados exitosos que vimos e temos a expectativa de uma parceria longeva”, acrescentou.


A presença consistente do algodão brasileiro no mercado internacional foi institucionalizada pela Abrapa em 2019, com o início do programa Cotton Brazil. A iniciativa tem parceria da Apex-Brasil e da Anea, e tem apoio das embaixadas brasileiras e de adidos agrícolas nos dez países prioritários: China, Vietnã, Paquistão, Bangladesh, Coreia do Sul, Indonésia, Índia, Tailândia, Turquia e Egito.

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Abrapa e CBRA em recesso nos dias 07/09 e 08/09

06 de Setembro de 2023

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) estarão em recesso nos dias 07/09 (quinta-feira) e 08/09 (sexta-feira), em função do feriado da Independência do Brasil. As atividades serão retomadas em 11/09 (segunda-feira), no horário normal de funcionamento.

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Procura antecipada pelo 14º Congresso Brasileiro do Algodão surpreende organizadores

Para dar conta da demanda por estandes na área de exposição, a Abrapa abriu nova rodada de comercialização com espaços extras

06 de Setembro de 2023

A pouco menos de um ano para ser realizado – de 03 a 05 de setembro de 2024 – o 14º Congresso Brasileiro do Algodão já supera expectativas e bate as suas próprias marcas. Mais de 90% da área de exposição do evento já foi comercializada, e a demanda por mais espaços fez a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) dar início a uma segunda rodada de vendas de estandes, algo que, tradicionalmente, só acontecia na reta final. Na última edição, que ocorreu em Salvador, o congresso reuniu mais de 3,5 mil participantes, sendo 2,47 mil inscritos, de todos os estados brasileiros e de 29 países. Para Fortaleza/CE, a julgar pela velocidade do mercado na aquisição de cotas de patrocínio e pela grande adesão de novos expositores, a Abrapa espera números ainda maiores.


O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, credita o sucesso antecipado do CBA à consolidação do evento como o maior encontro da cotonicultura brasileira, assim como à “volta ao ritmo normal” do público e expositores, pós-pandemia. “O CBA é um acontecimento incontornável para quem está no mercado de algodão do Brasil e mesmo para quem está baseado em outros países, mas entende o posicionamento estratégico da nossa cotonicultura. O produtor participa, os representantes da cadeia de suprimento, também, assim como as instituições financeiras e os consultores, nas mais diversas áreas. É uma oportunidade de se estar ao mesmo tempo e no mesmo lugar, em contato com essas pessoas, tendo acesso a conteúdos muito importantes, sobretudo para a produção”, diz Alexandre.


Além da área de vendas, quem também já trabalha intensamente na elaboração do evento é a Comissão Cientifica do congresso, novamente coordenada pelo pesquisador Jean Belot. Os interessados em submeter trabalhos devem ficar atentos ao calendário, pois, em 1º de abril, as inscrições estarão abertas. Todas as informações sobre o 14º CBA estão disponíveis no recém-lançado site www.congressodoalgodao.com.br. Lá também já é possível entrar em contato com a agência de turismo oficial e providenciar a logística. “Considerando o ritmo do congresso até aqui, planejamento e organização por parte do público são fundamentais”, conclui Alexandre Schenkel.


06.09.2023
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
(71) 9 8881-8064
Monise Centurion – Jornalista Assistente
(17) 99611-8019

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BRASIL NA VANGUARDA DO ALGODÃO RASTREÁVEL

DESAFIO DO PAÍS É ESCALAR A SOLUÇÃO PARA RASTREAR A CADEIA DE PONTA A PONTA, DO CAMPO AO VAREJO.

05 de Setembro de 2023

Em dois anos, desde o lançamento do programa SouAbr, o Brasil avançou para a vanguarda internacional em algodão rastreável desde a fibra no campo até a roupa chegar à loja de varejo. “Somos o primeiro país no mundo que tem isso. Podemos aumentar muito porque o processo está pronto”, afirma Júlio Busato, produtor de algodão e ex-presidente da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão). Ao apresentar a solução brasileira em evento no exterior, ele disse que a comunidade ficou espantada e muito interessada. Na avaliação dele, para se manter na vanguarda do algodão rastreável, o Brasil terá que acelerar porque é questão de pouco tempo para Estados Unidos e Austrália, considerados os concorrentes mais próximos, lançarem soluções próprias.


Conforme Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa, o programa de rastreabilidade SouAbr registra 122 mil peças rastreadas até julho, produzidas com algodão de 43 fazendas localizadas em estados diferentes. Só as 8 mil peças jeans da C&A usaram algodão de 18 fazendas distribuídas por Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.


Desse total de peças rastreadas, que é uma fração muito pequena da produção brasileira de vestuário (150 bilhões de unidades em 2022, segundo o Iemi), 106 mil correspondem a camisetas da Reserva, a marca que mais avançou no processo. “A Reserva está um passo à frente porque conseguiu colocar o fluxo das camisetas no dia a dia dela, não é mais uma coleção”, contou Silmara ao GBLjeans.


A outra parte está dividida entre os projetos de C&A, Renner e Almagrino, marca de roupa masculina de Cuiabá, que começou a rastreabilidade pela linha de camisetas e que estuda expandir para tecidos planos usados na produção de camisas.


META DE 1 MILHÃO DE PEÇAS RASTREADAS


“A gente queria muito bater um milhão de peças rastreáveis em 2023, mas já sabemos que não vamos conseguir chegar”, reconhece a diretora.


Para a Abrapa, que coordena o programa de rastreabilidade SouABR tendo investido na construção da plataforma de controle por blockchain, o avanço depende do interesse de varejistas e marcas em engajar a cadeia de fornecimento no projeto. São elas que atrairão fornecedores de matéria prima e as confecções que prestam serviço à varejista ou marca de moda, diz.


Para o tecido, a exigência é de composição com, no mínimo, 70% de algodão, todo ele certificado com selo ABR, tanto na malha quanto nos planos. “Pode ter 30% de outras fibras no tecido. Vocês rastreiam as outras fibras? Não. O compromisso do ABR é com a rastreabilidade do algodão que está na peça”, afirma Silmara.


EXPERIÊNCIA DA C&A


Durante o Febratex Summit, evento realizado em meados de agosto, a Abrapa coordenou painel para o qual convidou a C&A e dois de seus fornecedores no projeto – a Vicunha que forneceu o denim e a Emphasis na produção das peças.


Para Cyntia Kasai, gerente executiva de ESG da C&A Brasil, a empresa é “um elo com grande força para provocar a mudança” sobre a primeira coleção de algodão rastreável lançada no primeiro semestre. A intenção é escalar a partir de 2024, diz.


Outro desafio é fazer o consumidor reconhecer esse investimento porque as peças dessa coleção não são mais caras por serem rastreáveis, ressalta. Ela entende que assim como já faz com o rótulo de alimentos e bula de remédios, o consumidor vai incorporar o hábito de consultar a etiqueta das roupas, que deverá trazer mais informações, como acontece com o QR Code do SouABR.


Renata Guarniero, gerente de marketing da Vicunha, contou que a companhia tem uma de suas três fábricas brasileiras inteiramente abastecida com algodão certificado ABR. “A rastreabilidade é um caminho sem volta”, afirmou a executiva da empresa que já participou do projeto piloto desenvolvido com a Renner.


É a primeira vez que a Emphasis participa de um projeto de rastreabilidade, explicou Gabriele Ghiselini, diretora da empresa que atua como PL. No projeto com a C&A a produção das peças foi feita internamente, o que facilitou os controles. Para ganhar volume, teria que envolver subcontratados, uma rede 32 empresas. Mas ela não vê problema para que eles controlem os lotes rastreáveis.


Ela explica que a Emphasis separa no estoque toda a matéria-prima feita de algodão rastreável. No caso de envolver sub-contratados Gabriele entende que não seria complicado porque a Emphasis envia todo o material já cortado para fechamento das peças.


Jussara Maturo/GBL JEANS

Acesso em: https://gbljeans.com.br/mercado/negocios/brasil-na-vanguarda-do-algodao-rastreavel/

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Abrapa participa do Orígeo 360, em São Paulo

05 de Setembro de 2023

Desde a pesquisa até o consumidor final, com destaque para o agricultor do cerrado brasileiro. Essa é a abrangência do evento Orígeo 360, que entre os dias 04, 05 e 06 de setembro, está reunindo, na capital paulista, representantes de todos os segmentos das cadeias produtivas do agro nacional, para discutir temas fundamentais da atualidade, que impactam nas decisões do produtor rural, dentro e fora da porteira. A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) também esteve junto ao público de cerca de 600 participantes, representada pelo presidente Alexandre Schenkel, pelo diretor executivo Marcio Portocarrero e a diretora de relações institucionais, Silmara Ferraresi.


O protagonismo do produtor rural na cadeia de valor do agronegócio do futuro foi a tônica da programação, assim como as grandes a sua importância para o alinhamento do elo da produção às demandas do consumidor final, que passam por um ecossistema cada vez mais sustentável. A Orígeo é uma companhia que surgiu como uma jointventure entre as empresas UPL e Bunge.


Segundo o head comercial da Orígeo para o Mapitobapa, Marcio Trento, entre outros, o objetivo da empresa é contribuir para criar conexões entre o produtor do cerrado brasileiro, a indústria e o mercado consumidor dos produtos oriundos desta região, como o algodão, soja e milho. “O Orígeo 360 é o primeiro de uma série de eventos nos quais a Origeo recebe os seus principais clientes para tratar de temas relevantes dentro e fora da porteira. Tecnologia, conectividade, insumos, genética e tudo o que venha a agregar à produção estará em pauta. Em outros momentos da programação, falamos sobre as grandes demandas do consumidor final e o quão importante é o produtor estar adequado para atendê-las, sobretudo, no que tange à sustentabilidade”, disse.


Para o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, o Orígeo 360º mostrou a grande capacidade de mobilização da companhia, para além da relevância dos assuntos abordados. “Foi impressionante a quantidade e a qualidade do público presente, com maciça participação do produtor rural, que deixou o campo para discutir o futuro do setor, na maior cidade do país. Esta abertura e disponibilidade para a aquisição de conhecimento são uma forte marca do agricultor do cerrado, e, em especial, do cotonicultor”, afirmou Schenkel.

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Sou de Algodão marca presença no Agroligadas Experience

Para comemorar os cinco anos do movimento, as conversas e palestras giraram em torno da comunicação e da educação para mulheres ligadas ao agro

05 de Setembro de 2023

No dia 1º de setembro, a diretora de relações institucionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e gestora do movimento Sou de Algodão, Silmara Ferraresi, marcou presença no Agroligadas Experience, um evento em comemoração aos cinco anos do movimento Agroligadas. Junto com outras mulheres, ela fez parte de um talk show com o tema “Comunicação para Abrir Porteiras entre Campo e Cidade”.



Para a executiva, a conversa foi de extrema importância para unir as raízes agrícolas com a compreensão da vida urbana. “É uma ponte que a Abrapa, por meio do movimento Sou de Algodão, tem a honra de construir, mostrando como o algodão é parte fundamental do cotidiano de todos nós, independente de onde estamos. Essa conexão nos lembra da importância do nosso trabalho no campo e da necessidade de valorizar o que produzimos, porque, afinal, o produtor e o consumidor são elos inseparáveis em nossa sociedade”, explica.



O Agroligadas Experience teve o objetivo de inspirar e se conectar com as mulheres ligadas ao agronegócio. Para isso, foram oferecidas palestras, painéis e apresentações artísticas sobre os temas inovação, criatividade, inspiração, além de contar com ações para estimular a conexão entre o campo e a cidade.



Geni Schenkel, presidente da Agroligadas, explica que o movimento nasceu em 2018 com uma reunião para 40 mulheres e, ao longo desses cinco anos, impactando mais pessoas, foi possível fortalecer o propósito, a missão e os projetos. “O objetivo era passar para elas sobre o legado e a liderança, porque é o que a gente faz dentro do movimento. Contamos a história dessas mulheres, de protagonismo dentro do agro, fazendo com que outras se inspirem em estar mais presentes no agro e a contar a sua história”, finaliza.



Sobre Sou de Algodão
É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 42% de toda a produção mundial de algodão sustentável.



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SouABR em podcast

05 de Setembro de 2023

Quem não conseguiu assistir à apresentação do caso de sucesso do SouABR com a C&A durante o Febratex Summit – um dos maiores eventos da cadeia têxtil no mundo – não precisa ficar por fora das discussões. Basta assistir ao episódio do Ruja Podcast, gravado no próprio local da feira, em Blumenau/SC, no dia 24 de agosto, com as três painelistas: Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa, Cyntia Kasai, líder das áreas de ESG, comunicação e de investimento social da varejista C&A, e Gabriela Ghiselini, diretora administrativa da confecção Emphasis. A entrevista foi mediada por Claudenir Silva, e aprofundou nas questões chaves do SouABR, transparência, rastreabilidade e, claro, sustentabilidade. Tudo isso em linha com o consumo de uma moda mais responsável, uma das agendas mais importantes da atualidade. Clique no link e confira!


https://www.youtube.com/watch?v=aM9k24CzOjg&list=PLGret0Vcebt7KaAfWm-I5fhGCb30x_aQz&index=13

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