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O algodão brasileiro é homenageado no Senado Federal

06 de Outubro de 2023

Responsável por gerar emprego e renda para centenas de milhares de famílias no Brasil e movimentar uma extensa cadeia produtiva que fortalece a economia, a cotonicultura brasileira esteve no centro das homenagens no Senado Federal, nesta sexta-feira, 6 de outubro, véspera do Dia Mundial do Algodão.
Iniciativa da senadora Tereza Cristina, a sessão especial foi o ponto culminante de uma semana repleta de eventos de abrangência internacional, que trouxeram reflexões, celebrações e homenagens para a cadeia produtiva do algodão, que desempenha papel fundamental como fonte de receitas na economia mundial, sendo cultivado em mais de 70 países com envolvimento de cerca de 350 milhões de pessoas no mundo.


“Em 2023, colhemos 3,23 milhões de toneladas de pluma, a maior de toda a história do nosso país, e conquistamos duas importantes novas posições no ranking global, saímos de quarto para terceiro lugar, na produção, e de segundo para primeiro maior exportador da pluma. Nos dois casos, superamos os Estados Unidos. Esperávamos conquistar esse feito em três ou cinco anos, mas uma contingência climática no nosso maior concorrente, antecipou a meta. Entretanto, volume é só a consequência de um trabalho de vanguarda, desde a retomada da produção de algodão”, afirmou Marcio Portocarrero, diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


A cerimônia foi presidida pelo senador Izalci Lucas, que exaltou a importância do setor algodoeiro para a agricultura brasileira. Destacou que o algodão é a fibra natural que mais impulsiona o setor agrícola e que impacta mais de 100 milhões de famílias produtoras ao redor do planeta. “O algodão é, por essência, um produto sustentável, onde quase tudo se aproveita: 46% de seus resíduos tornam-se alimento e ração para animais, 33% da fibra é usada na indústria têxtil e no vestuário, e 27% da casca pode ser aproveitada na produção de combustível, embalagens e fertilizantes. Além disso, a fibra de algodão é natural, biodegradável, confortável e muito versátil”, lembrou o senador.


O diretor executivo de governança e gestão da Embrapa, Alderi Emídio de Araújo, afirmou que o algodão brasileiro é, de fato, o ouro branco do Brasil em razão do alto valor agregado, desde a sua saída do campo, até chegar às mãos do consumidor. “O produtor de algodão tem energia para alcançar patamares muito mais elevados que já conquistamos. A cultura do algodão gera renda, resultado e dignidade para muitas famílias”, disse.


Representante da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) e presidente da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer-Paraíba), Aristeu Chaves de Souza, ressaltou a importância desse momento para a cotonicultura brasileira. “Tive a honra de participar dessa semana de debates sobre a produção do algodão, intercâmbios com países latino-americanos e de compromissos firmados.”


A senadora e autora da sessão solene, Tereza Cristina, não pode estar presente no evento, e enviou uma carta que foi lida no plenário. Ao fim do cerimonial, ela fez uma participação on-line para destacar a importância do Dia Mundial do Algodão. “O algodão é um produto que muda vidas no Brasil e em todo o mundo. Por isso, é dia de parabenizar todos que pesquisam, cultivam, colhem, vendem e levam até o outro lado do mundo o nosso algodão. Sem contar os que atuam nas cadeias de beneficiamento dessa matéria-prima maravilhosa. Parabéns a todos”, destacou.


Mais Algodão
Rafael Zavala, representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil, destacou o projeto Mais Algodão, que há dez anos realiza experiências bem-sucedidas e inovações fundamentais para a transformação das regiões algodoeiras de países latino-americanos. “Temos muitos desafios ainda para impulsionar a cadeia algodoeira da nossa região, mas cremos que, com a cooperação entre as nações amigas, podemos seguir avançando, porque todos juntos somos Mais Algodão.” O projeto faz parte do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO, da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e da FAO.


A ministra Andréia Rigueira, coordenadora geral de Pacificação e Comunicação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) ressaltou a importância do setor algodoeiro na estratégia política de desenvolvimento econômico, social e na redução da pobreza da América Latina e Caribe, especialmente no âmbito do projeto Mais Algodão. “O algodão é um dos mais importantes produtos agrícolas do mundo, responsável pela geração de emprego e de renda e pela melhoria da segurança alimentar para milhões de famílias, especialmente em países em desenvolvimento, cuja economia e produção agrícola dependem dessa commodity”, lembrou.


Também parabenizaram a cotonicultura brasileira o senador Luis Carlos Heinze e o deputado federal Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). No plenário, autoridades e convidados, como Jorge Maeda, ex-presidente da Abrapa, acompanharam as homenagens.


Motivos para comemorar
Neste Dia Mundial do Algodão, a cotonicultura brasileira só tem motivos para comemorar. Levantamento da Abrapa, de 3 de outubro, indica que a produção da safra que acaba de ser colhida é estimada em 3,23 milhões de toneladas de pluma, alta de 26,5% com relação à safra passada. Além disso, houve aumento de área plantada de 4,6%, projetado em 1,67 milhão de hectares, e uma produtividade recorde para a cultura no campo, 1.931 kg/ha, alta de 21% que a registrada na safra passada e 7% acima do último recorde de produtividade registrado na safra 2019/20 (1.802 kg/ha).
Pela primeira vez na história, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking de produção mundial, após um ano de quebra de safra nos Estados Unidos. o país se consolidou entre os maiores produtores de algodão do mundo e tem sido destaque no crescimento da oferta com qualidade e sustentabilidade. “Guiado pelos pilares da qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade e promoção, a cotonicultura brasileira está fazendo história e se tornado referência para outras cadeias produtivas no Brasil e no mundo”, destacou o diretor executivo da Abrapa.


Algodão no mundo
Segundo o Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC), o valor da produção mundial de algodão é estimado em, aproximadamente, US$ 70 bilhões. Para continuar nesse patamar, o ICAC destaca que é necessário incrementar a implementação de sistemas de produção sustentáveis, impulsionar a demanda para competir com o poliéster e superar as dificuldades com os padrões contratuais de comércio e as distorções referentes à produção causadas por incentivos governamentais.


O último relatório de oferta e demanda do USDA, de 12 de setembro, indica que as perspectivas para a safra 2023/24 são de produção global estimada em 24,47 milhões de toneladas com queda de 5,3% em relação a 2022/2023 por conta de problemas com o clima. No entanto, consumo global é projetado em 25,23 milhões de toneladas, alta de 4,5% em relação à safra passada, uma estimativa otimista pelo mercado que já trabalha com queda no consumo, na safra 23/24, devido a conjuntura econômica global ainda pouco favorável.


06.10.2023
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
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Foto: Carlos Rudiney/Abrapa

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Sou de Algodão é tema de palestras em instituições e na reunião de comitê da Abit

A convite da FGV, da Afrolab e da Abit, o principal objetivo dos encontros foi mostrar o trabalho do movimento em prol da moda responsável

06 de Outubro de 2023

Entre os dias 03 e 04 de outubro, Sou de Algodão participou de três palestras online destinadas a alunos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), empreendedoras em capacitação na Afrolab e em uma reunião de comitê de Cama Mesa e Banho da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), que reúne os fabricantes de artigos têxteis voltados ao lar. A diretora de relações institucionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e gestora do Sou de Algodão Silmara Ferraresi e a gestora de relações institucionais do movimento Manami Kawaguchi, foram as responsáveis por conduzir as apresentações.


Nas três palestras, as representantes falaram sobre a organização do setor, apresentação do movimento Sou de Algodão e do Programa SouABR, além de convidar futuros empreendedores, da Afrolab Moda, e as empresas, que integram o comitê da Abit, a fazerem parte das duas iniciativas. O público deu um retorno positivo, com perguntas curiosas e, em certos momentos, pediram por informações mais detalhadas, falando sobre curiosidades sobre o algodão brasileiro.


Em todas as apresentações, as duas gestoras mostraram os objetivos e propósitos que fazem o Sou de Algodão ser, de fato, um movimento que envolve toda a cadeia, do produtor ao consumidor. “Aos poucos, temos provocado reflexões e uma mudança de comportamento do consumidor, gerando a preferência por fibras naturais, em especial o algodão”, comenta Silmara.


Segundo Rogério Mascarenhas, da empresa Estamparia S.A, que faz parte do comitê da Abit, o movimento foi apresentado em detalhes, de uma maneira bastante convincente e os motivando a participar. “Acreditamos que trata-se de algo muito importante para a cadeia têxtil. Há uma concorrência muito grande de fibras e nós temos que destacar o algodão por meio das propriedades: conforto, sustentabilidade e durabilidade que tem nas suas formas de ser confeccionado. E levando esse conhecimento para o consumidor e para a indústria, juntamente com os produtores, podemos alcançar patamares cada vez mais fortes de posicionamento e produção”, explica.


Sobre Sou de Algodão
É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, com 84% da produção com a certificação ABR.


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Fórum Regional do Algodão debate sustentabilidade, inovação e rastreabilidade na sede da Abrapa

06 de Outubro de 2023

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) recebeu nesta quinta-feira, dia 5 de outubro, a delegação dos países latino-americanos para 5ª reunião do Fórum Regional do Algodão. Além de debater a fibra regenerativa do algodão e sua adaptação às mudanças climáticas, representantes da Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru também conheceram os padrões de qualidade da produção brasileira e boas práticas de rastreabilidade do algodão, com a apresentação do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) e do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), que fica no prédio da Abrapa.


“O objetivo do Programa é garantir o resultado de origem, dar maior credibilidade e transparência aos resultados das análises de High Volume Instrument (HVI), o tipo de classificação mais utilizada nas transações com algodão em todo o mundo. Ele foi estabelecido sob três pilares, sendo que o primeiro, necessariamente, tinha que ser uma estrutura de um laboratório central. Dessa forma, foi inaugurado o CBRA, em 2016, para fazer a gestão do processo de checagem das amostras”, afirmou o gestor do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), Edson Mizoguchi.


Outro pilar do Programa destacado pelo gestor foi o Bando de Dados, que armazena as informações de análise e classificação do algodão produzido no país. Ele é integrado ao Sistema Nacional de Dados do Algodão (Sinda), ao Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e ao Sistema Abrapa de Identificação (SAI).


Com isso, as etiquetas com código de barras de rastreamento dos fardos, que fazem parte do SAI, trazem também os dados de análise da fibra. “O Brasil está entregando qualidade, rastreabilidade, confiabilidade e credibilidade de todas essas informações”, ressaltou. O terceiro pilar é a aplicação do protocolo de Verificação e Diagnóstico de Conformidade do Laboratório (VDCL) nas unidades de análise que integram o programa – atualmente são 12.


Para Cid Alexandre Rozo, auditor federal agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), órgão que faz a fiscalização do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – a confiabilidade para entregar um produto, na quantidade e na qualidade que o país precisa, é fundamental. O Mapa supervisiona os laboratórios de análise de qualidade de fibra, que atendem aos cotonicultores. A iniciativa valoriza o autocontrole executado pelos beneficiadores de algodão, trabalho este que é realizado pelos laboratórios de classificação monitorados pelo Programa SBRHVI.


“Quando falamos de qualidade do algodão, falamos, principalmente, de quatro parâmetros, que são: comprimento, resistência, tipo de fio e espessura da fibra. Se fizermos a comparação do algodão brasileiro com o americano, eles são idênticos. Só que o do Brasil perde competitividade porque o produto fica parado no porto da China”, lembrou. O programa iniciou com apenas um laboratório e duas unidades de beneficiamento de algodão (UBA), e esse ano, foram 12 laboratórios e 105 UBAs (unidade de beneficiamento de algodão) habilitadas.


“Tudo tem seu valor agregado e tem que ter cuidado nesse processo de beneficiamento. Por isso, seguimos todos os procedimentos e as boas práticas para manter a rastreabilidade do algodão, atendendo aos padrões de qualidade da fibra, não só do Brasil, mas do mundo”, explicou Edmilson Santos, coordenador corporativo de qualidade do algodão da SLC Agrícola, que apresentou todo o processo de produção realizado pela empresa, da colheita ao beneficiamento. Segundo ele, a pluma traz 86% do retorno financeiro e o caroço, em torno de 12%.


A Carta de Brasília


Realizado pelas Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e Ministério das Relações Exteriores (MRE), para celebrar os 10 anos do projeto regional +Algodão, a 5ª reunião do Fórum Regional do Algodão rendeu muito mais do que conhecimento. O evento selou o compromisso de sindicatos e organizações algodoeiras de países latino-americanos presentes, visando aumentar a discussão de temas como acesso a mercados, certificações, melhor produção e enfrentamento às mudanças climáticas.


A carta assinada pelos representantes dos países latino-americanos informa que a agricultura regenerativa é entendida pelos participantes como uma alternativa para realizar mudanças na produção algodoeira em direção a sistemas de produção mais sustentáveis, ampliando a oportunidade de alcançar a certificação das lavouras algodoeiras e outras culturas associadas, bem como a pesquisa, a inovação e o intercâmbio tecnológico em torno do algodão e as alternativas de renda que ele proporciona.


“Temos um desafio muito grande. A certificação, que é o passo mais importante para comprovar para o mercado e para as políticas públicas, que estamos produzindo de uma forma correta. Porém, não basta dizer que somos generativos ou sustentáveis, temos que comprovar isso”, afirmou o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, que, na ocasião, apresentou o trabalho desenvolvido pela associação, como o Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), certificação socioambiental do algodão brasileiro que vem sendo reconhecida como uma das mais completas do gênero em todo o mundo, assim como a rastreabilidade da pluma nacional, igualmente considerada inovadora.


Participaram ainda das discussões Lisiane Brichi, consultora de projetos de inovação da Peterson Brasil, e Sílvio Moraes, da Textile Exchange.


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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #39/2023

06 de Outubro de 2023

Destaque da Semana - Neste sábado (07.10), é comemorado o Dia Mundial do Algodão. A data foi instituída pela ONU, em reconhecimento à importância da cultura, que sustenta diretamente mais de 100 milhões de famílias em todo o mundo.


Algodão em NY - O contrato Dez/23 fechou nesta quinta 05/10 cotado a 86,54 U$c/lp (-2,4% na semana). O contrato Jul/24 fechou 88,15 U$c/lp (-0,9% na semana) e o Dez/24 a 81,25 (-0,5% na semana).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 874 pts para embarque Out/Nov (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 05/out/23).


Baixistas 1 - Os preços do petróleo tiveram forte queda esta semana (-10%) com incertezas sobre a demanda. A decisão da OPEP+ de manter os cortes na produção acabou sendo ofuscada.

Baixistas 2 - A demanda das fiações continua com foco no curto prazo (“da mão para a boca”), no mesmo modo que já vem vindo há algum tempo. Por outro lado, o mercado chinês tem mostrado sinais de reação.

Baixistas 3 – O dólar em alta esta semana pressiona as commodities.


 Altistas 1 - As vendas líquidas de exportação semanais do USDA saltaram para 251,5 mil fardos de 480 libras esta semana, com a China respondendo por 86% das compras.

Altistas 2 - Os leilões da reserva chinesa foram um sucesso de vendas, mesmo durante o feriado nacional com mais de 90% dos lotes ofertados sendo arrematados.


China 1 - Na próxima segunda-feira (09.10), a China retorna de seu longo feriado de uma semana. As bolsas de mercados futuros também ficaram fechados.


China 2 - As vendas da Reserva Estatal continuaram mesmo durante o feriado nacional. Nas três licitações realizadas nesta semana, 55 mil tons foram vendidas, de um total de 60 mil tons ofertadas. O total comercializado já é de mais de 640 mil tons.


China 3 - A safra de Xinjiang está atrasada entre 7 e 10 dias, mas a estimativa de produção segue em torno de 5,9 milhões de toneladas.


Paquistão 1 - O período de monções chegou ao fim, dando lugar a condições quentes e secas, o que é positivo para os agricultores paquistaneses. O clima úmido prejudicou a qualidade da colheita na região, assim como infestações de mosca-branca.


Paquistão 2 - A previsão é que o país produza este ano 1,42 milhão de toneladas (5º do mundo), importe 910 mil toneladas (5º do mundo), com uso total de 2,2 milhões de toneladas (3º do mundo).


EUA 1 - O USDA informou que 20% da safra norte-americana foi colhida até a semana passada.


EUA 2 - Em termos de condições das lavouras por lá, o nível de boas a excelentes permaneceu inalterado em 30%, enquanto ruins a muito ruins aumentou para 43% (+1%).


Agenda 1 - A Abrapa participa no dia 11.10 do encontro anual da International Cotton Association (ICA), em Singapura. Paralelo ao evento, a associação promove encontros de networking na “Sala Abrapa” e um almoço exclusivo do Cotton Brazil com mais de 100 convidados no dia 10.10.


Agenda 2 - De 16 a 18 de outubro, Abrapa, Anea, Ampa e Abapa realizam missão ao Paquistão, com uma série de reuniões com o Governo local, industriais e associações, além de eventos Cotton Brazil Outlook.


Agenda 3 - Quarta, 11 outubro, será dia de relatório de oferta e demanda mensal do USDA.


Exportações 1 - O Brasil exportou 186,5 mil tons de algodão em set/23. Este foi o recorde histórico para o mês de setembro.


Exportações 2 - No acumulado de ago/23 e set/23, as exportações somaram 290,8 mil toneladas, recorde para os primeiros dois meses do ano comercial 23/24, sendo 9% acima do registrado no melhor ano de exportações do Brasil (20/21).


Safra 2022/23 – Projeção da Abrapa para safra 22/23 é de 3,23 milhões tons, alta de 27% com relação à safra passada. Aumento de área de 4,6%, projetado em 1,674 milhão de hectares, e uma produtividade recorde: 1.931 kg/ha, alta de 21% que a registrada na safra passada e 7% acima do último recorde de produtividade registrado na safra 2019/20 (1.802 kg/ha).


Safra 2023/24 - As primeiras estimativas apontam para um crescimento de 8,4% na área plantada com algodão, que deve chegar a 1,81 milhão de hectares. Produção deve ser de 3,29 milhões de toneladas, 2% a mais em relação à safra recém-colhida.


Beneficiamento 2022/23 - Até o dia 05/10 foram beneficiados: BA (77%), GO (90%), MA (46%), MG (73%), MS (79%); PR (100%), SP (100%), MT (53%), PI (60%) Total Brasil : 59,3% beneficiado.


Colheita 2022/23 - 100% do algodão foi colhido.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Moda, design e sustentabilidade celebram o algodão no Brasil e América Latina

05 de Outubro de 2023

Moda, sustentabilidade, cultura e diálogo celebraram o sucesso da cooperação em prol do fortalecimento do setor algodoeiro entre o Brasil e os países da América Latina, durante um grande evento, realizado no dia 4 de outubro, no Museu da República, em Brasília. Um talk-show reuniu, num só palco, importantes parceiros da cadeia produtiva do algodão, como associação que representa os produtores, design, comércio varejista e educação, para debater “Tendências em Moda e Materialidade na América Latina”.


A diretora de Relações Institucionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Silmara Ferraresi, destacou o trabalho da entidade para levar informação e consistência de dados à toda cadeia produtiva e ao consumidor final, já que 82% da produção brasileira possui certificação socioambiental, o que corresponde a 42% de todo o algodão que é licenciado pela Better Cotton no mundo.


“Somos o maior fornecedor de algodão responsável do mundo. Antes, entregávamos rastreabilidade e sustentabilidade até o primeiro elo da cadeia produtiva, a fiação. Para que esses atributos chegassem ao consumidor final, criamos o Movimento Sou de Algodão”, afirmou. Atualmente, 67 estilistas e mais de 1.400 marcas fazem parte do movimento. Em 2012, lançamos o programa SouABR, que mapeando a cadeia de fornecedores de marcas como Renner. Reserva e C&A, em coleções-piloto, já leva sustentabilidade à mão do consumidor, por meio de um QRCode, que rastreia o algodão responsável desde a fazenda até chegar no lote final daquela peça que está sendo comprada.


O protagonismo feminino também permeou a tônica do debate. Cerca de 75% da mão de obra do mercado da moda é dominada por elas. “A moda é uma ferramenta de transformação para o Instituto Lojas Renner, e um dos pilares é o fomento ao cultivo do algodão orgânico e agroecológico, e temos também um dos grandes objetivos que é estreitar a relação entre as cadeias produtivas e o varejo”, explicou Fabíola Silvério, gerente de Conformidade de Fornecedores e Gestão do Instituto Lojas Renner S/A, que ressaltou a meta de a empresa de ter o algodão 100% certificado. A Renner foi uma das primeiras empresas a aderir ao movimento Sou de Algodão.


O professor de Design Gráfico do Centro Universitário IESB, Marco Aurélio Lobo, lembrou a importância do papel da educação no processo de transformação social. “Ao falar da importância do criar com a fibra natural, temos que educar desde as crianças sobre a importância que ela tem. Na universidade, estamos reestruturando nossos currículos, com a nova disciplina que inclui sustentabilidade, e desenvolvendo também novos olhares para questão de inclusão e inovação”, informou.


O estilista Ronaldo Silvestre lembrou dos impactos da moda sustentável, que trabalha localmente, porém se conecta globalmente. “Ninguém faz nada sozinho. Enxergar a base da pirâmide é muito difícil. Quando as grandes empresas começarem a enxergar a grande massa, a moda estará se tornando sustentável, e vamos envolver vários elos da cadeia, tanto no sentido de produção, quanto de políticas públicas e de desenvolvimento social”, afirmou.


Coleção de algodão

Após o talk-show, foi apresentado o desfile de moda “América Latina veste-se de algodão”, realizado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e Ministério das Relações Exteriores (MRE), para celebrar os 10 anos do projeto regional +Algodão, que faz parte do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO, da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e FAO.


O desfile contou com lançamento de coleção exclusiva, composta por 15 looks que destacaram a influência da cultura latino-americana no mundo da moda, ressaltando ancestralidade do cultivo e do manuseio do algodão e incorporando técnicas artesanais e bordados milenares da Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru. Durante a apresentação, as artesãs faziam suas artes, ao vivo, no palco.


Todas as peças foram confeccionadas com algodão produzido por agricultoras e agricultores familiares, e tiveram curadoria do estilista colombiano Juan Pablo Martinez. “O objetivo era apresentar o valor do trabalho das artesãs. Elas não têm esses espaços de difusão. Para mim é um orgulho poder trabalhar com elas e mostrar uma faceta diferente do que fazem. Estou muito orgulhoso do trabalho e com o grande impacto dele”, afirmou.


O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, lembrou que o algodão é inclusivo em toda a sua cadeia. “No desfile, podemos apreciar todo o processo até chegar ao resultado final. O que foi apresentado é um exemplo de moda brasileira e dos nossos países vizinhos, e mostrar que temos o perfil de responsabilidade, seja com o meio ambiente, com o trabalho social ou com o consumidor”, disse.


O evento foi assinado por Paulo Borges, sócio criador e fundador do São Paulo Fashion Week. “Sou um apaixonado por algodão, que representa muito a identidade brasileira. Quando ocorre um evento como esse, que reúne diversos países da América Latina, numa criação colaborativa, é muito moderno. Não foi um desfile apenas para ser visto, foi uma poesia, que mostrou tudo desde o princípio até o produto final. Essa é a mensagem poderosa”, finalizou.




No encerramento, às 19h, uma projeção na Cúpula do Museu Nacional da República mostrou imagens relacionadas ao algodão latino-americano.



05.10.2023
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Fotos: Carlos Rudiney/Abrapa

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Abrapa discute políticas públicas e competitividade do setor em primeiro evento da Semana Mundial do Algodão

05 de Outubro de 2023

Representantes de associações ligadas à cotonicultura brasileira e governos de países latino-americanos, como Argentina, Bolívia, Peru, Paraguai, Colômbia e Equador iniciaram, na manhã desta quarta-feira (4), as comemorações do Dia Mundial do Algodão - celebrado em 7 de outubro - durante o Fórum Ministerial, realizado no escritório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em Brasília, para debater políticas públicas e a competitividade do setor algodoeiro regional.
Participaram das discussões: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Embrapa, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Empresa de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária da Paraíba (Empaer-PB), Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), além de ministros e delegações do setor agrícola dos países latino-americanos.
“O algodão é uma cultura com uma grande cadeia produtiva, que agrega inúmeras pessoas no Brasil e no mundo. Reunir todos esses países, que trabalham com o algodão, na semana em que comemoramos essa data tão importante, é um marco para a troca de informações e de experiências. O Dia Mundial do Algodão nos leva à reflexão, que temos a responsabilidade de produzir com sustentabilidade, preservando o meio ambiente, respeitando as questões sociais, para termos um produto sustentável e responsável para atender a população”, informou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, que também destacou a competitividade do algodão brasileiro no mercado internacional durante o evento.
Para Rafael Zavala, representante da FAO no Brasil, o algodão é muito mais que uma commodity. Atualmente, são 350 milhões de pessoas vinculadas à cadeia produtiva do algodão e cerca de 80% dos produtores em nível mundial são da agricultura familiar. “O algodão é um exemplo claro da diversificação da agricultura. O Brasil é o quarto produtor mundial e o segundo exportador do mundo e, ao mesmo tempo, tem uma região produtora no Nordeste onde representa a segurança alimentar de muitas famílias. É a cultura do agronegócio, por um lado, da agricultura em grande escala e também da agricultura em pequena escala. O algodão não é alimento, mas é a segurança alimentar para muitas famílias no Brasil e no mundo”, disse.
O vice-ministro do Ministério de Agricultura do Paraguai, Marcelo González Ferreira, celebrou o encontro com outros representantes de estado e destacou a importância da discussão das políticas públicas e da atualização delas para a produção da agricultura familiar, “para que seja uma oportunidade de diversificação de ingressos para as famílias”. Segundo ele, o Paraguai espera triplicar os 50 mil hectares de área plantada de algodão.


+Algodão

O encontro também celebrou os 10 anos do projeto regional +Algodão, que faz parte do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO, foi assinado em 2012 entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), para contribuir para o desenvolvimento sustentável do setor algodoeiro do Mercosul.
O objetivo é fortalecer o setor algodoeiro dos países parceiros, apoiando a sua competitividade e sustentabilidade, alinhando as suas ações com a segurança alimentar e nutricional, a superação da pobreza rural e a agenda 2020-2030 do Desenvolvimento Sustentável. Metas (ODS). Seu foco está voltado para o desenvolvimento de tecnologias de produção sustentáveis, a criação de alianças estratégicas público-privadas, o fortalecimento de associações entre produtores e a geração de oportunidades de acesso a mercados inclusivos.


Homenagem

No fim do encontro, Alexandre Schenkel, que também é presidente da IBA, recebeu uma placa em homenagem aos 10 anos da parceria e agradecimento ao trabalho em conjunto com a entidade, principal financiadora do +Algodão. “Esse prêmio é de todos os que trabalham com o algodão”, finalizou.


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Foto: Carlos Rudiney/Abrapa

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Abrapa elevou a estimativa de produção da safra de algodão 2022/2023

05 de Outubro de 2023

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) reviu para cima a estimativa de produção para a safra 2022/2023, durante a 72ª reunião ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizada on-line, nesta terça-feira (03). De acordo com a entidade, serão 3,23 milhões de toneladas de pluma neste ciclo, contra 3,07 milhões de toneladas esperados na reunião anterior da Câmara, em 30 de junho. O volume colhido representa uma alta de 26,5%, em relação à safra passada, 2021/2022. O dado divulgado na Câmara supera, também, o 12º levantamento da safra 2022/23 da Conab para o algodão, publicado em 06 de setembro último, de 3,15 milhões de toneladas de pluma, 23,3% a mais do que na safra passada. A Abrapa informou ainda que as lavouras já foram 100% colhidas, e o beneficiamento da fibra, até a data da reunião, estava em torno de 56%.


De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, o aumento na produção reflete o incremento na área plantada (4,6%), que totalizou 1,67 milhão de hectares, além da produtividade recorde para a cultura, cuja média ficou em 1931 quilos de algodão beneficiado, por hectare: 21% a mais que a registrada na safra passada e 7% acima do último recorde de produtividade alcançado na safra 2019/2020, de 1802 quilos por hectare.


Para a safra 2023/2024, as primeiras estimativas apontam para um crescimento de 8,4% na área plantada com algodão, que deve chegar a 1,81 milhão de hectares, com produção, preliminarmente aguardada, de 3,29 milhões de toneladas, 2% a mais, em relação à safra recém-colhida. “Sobre a produtividade para a próxima safra, neste momento, seremos muito conservadores, pois entendemos que as condições climáticas este ano foram vantajosas e a produção de algodão por hectare foi recorde. Para 2023/2024, espera-se uma queda sutil neste índice, de 5,9%, resultando em 1818 quilos de pluma por hectare”, afirma Schenkel.


Indústria


Também membro da Câmara Setorial e presente à reunião, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), representada pelo diretor superintendente, Fernando Pimentel, afirmou que 2023 deve fechar “no zero a zero”, na indústria, e a confecção ficará no negativo. “Esse é um momento desafiador, com as plataformas internacionais competindo de forma desleal com a indústria nacional e um inverno que não permitiu que vendêssemos bem as coleções. Além disso, existem crises em algumas varejistas”, explica Pimentel.


Para 2024, a indústria nacional é mais otimista. “A expectativa é de um modesto crescimento, acompanhando o PIB. O prognóstico de hoje é de cerca de 1,5%”, afirmou.


Exportações


Na safra 2022/2023, pela primeira vez, o Brasil alcançou o terceiro lugar no ranking de maiores produtores, superando os Estados Unidos. Segundo o levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de setembro, para o ano comercial 2023/2024, o Brasil colheu três milhões de toneladas de pluma, contra 2,86 milhões de toneladas dos americanos. Nas exportações, no mesmo levantamento, os Estados Unidos ainda se mantiveram na liderança, com 2,7 milhões de toneladas de pluma, ante 2,6 do milhões embarcadas pelo Brasil. O presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus, alerta que essas são posições não definitivas.


“O Brasil vem perseguindo o posto de terceiro produtor e o maior exportador, já há algum tempo. A gente esperava que isso fosse acontecer mais para a frente, dentro de uns cinco anos. Contudo, em relação à produção global, alcançamos a meta já nesta safra. É muito importante salientar que esta é uma situação circunstancial. Os Estados Unidos tiveram uma quebra de safra causada pela seca no Texas. Vamos ver como ficarão as exportações. Comparados aos americanos, nossos embarques estão muito próximos. Se os ultrapassarmos agora, será também uma questão conjuntural”, pondera Faus. Segundo o presidente da Anea, os Estados Unidos devem voltar a plantar mais algodão no ano que vem.


“Se eles tiverem uma safra de normal para boa, sem os problemas de clima deste ciclo, voltarão a ultrapassar o Brasil. O mais importante é notar que o Brasil tem um papel relevante no comércio internacional de algodão, que, anos atrás, não possuía. Isso foi conseguido com o aumento da produção, melhoria da qualidade, investimentos em rastreabilidade, sustentabilidade e promoção nos mercados lá fora. Nós estamos no caminho certo para, se não for agora, a médio prazo, nos posicionarmos como o principal exportador do mundo”, considera Faus.


O Brasil exportou 186,5 mil toneladas de algodão em setembro de 2023. O volume foi 0,9% maior que o total embarcado no mesmo mês, em 2022. No acumulado de agosto e setembro de 2023, as exportações somaram 290,8 mil toneladas, alta de 17,4% com relação ao mesmo período de 2022. Setembro é o segundo mês do período comercial 2023/24.


Gargalos e proposições


Durante a reunião da Câmara, também foram abordados os problemas com a logística dos embarques na safra 2023/2024. De acordo com os dados apresentados pelo diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, os principais gargalos se deveram à perda do “REDEx” (Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação), por alguns dos terminais de estufagem de contêineres. O documento, expedido pela Receita Federal, tem por objetivo facilitar e agilizar os procedimentos de exportação, garantindo que as mercadorias cumpram todas as regulamentações e requisitos aduaneiros antes de serem enviadas para o exterior.


“Além deste complicador, temos quatro grandes obras sendo realizadas na entrada do Porto de Santos, responsável por 95% dos embarques de algodão no Brasil, somadas à falta de planejamento na chegada das cargas, à concorrência com as outras commodities exportadas via Santos e a questões com os processos de inspeção sanitária, pelo Mapa, dentre outros entraves”, relatou Portocarrero.


O executivo da Abrapa também apresentou as sugestões que serão entregues ao governo, apontadas pelo Grupo de Trabalho da Abrapa, Anea e outras entidades da cadeia produtiva. “Uma dessas propostas é que a inspeção agropecuária federal seja feita em armazém geral. Além disso, queremos fazer uma reunião com o Mapa, a Abrapa, a Anea, e os representantes dos operadores e dos terminais retroportuários, para estabelecer uma operação estruturada, capaz de agilizar o processo de inspeção. Visamos, ainda, definir um plano diretor para ordenar os processos de embarque de commodities e estabelecendo os critérios para a operação dos caminhões e terminais. Outro ponto é verificar a viabilidade de um investimento num ‘depósito pulmão’, em um local mais próximo ao Porto de Santos. Sugerimos também que seja o aprimoramento da programação por parte dos traders e produtores de algodão, com um cronograma de embarque e de acesso dos caminhões ao porto”, afirmou Portocarrero.


O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, finalizou a reunião destacando a importância da convergência de informações que a Câmara Setorial promove. “Isso representa valor para a cadeia produtiva e é essencial para que mantenhamos o Brasil como um grande produtor, assim como um país que industrializa boa parte da sua produção. Somos ainda o nosso principal mercado”, afirma Schenkel. “Esses encontros nos permitem aprimorar a rota. Temos que ser cada dia mais eficientes, com excelência no que fazemos”. Sobre os dados apresentados, ele considera serem “muito positivos”. Schenkel afirma que ainda há desafios, antes de terminar essa safra. “São eles, o beneficiamento e o escoamento dessa pluma, seja para as exportações ou para as nossas indústrias nacionais”, ponderou.


03.10.2023


Imprensa Abrapa


Catarina Guedes – Assessora de Imprensa


Acesso em: Sociedade Nacional de Agricultura – Inteligência em agronegócio desde 1897 (sna.agr.br)

Abrapa elevou a estimativa de produção da safra de algodão 2022/2023 - Sucesso no Campo

Abrapa elevou a estimativa de produção da safra de algodão 2022/2023 (novoeste.com)

Abrapa elevou a estimativa de produção da safra de algodão 2022/2023 – InfoEconômico (infoeconomico.com.br)

A Mídia Eletrônica mais completa de Mato Grosso do Sul - Jovem Sul (jovemsulnews.com.br)

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Abrapa elevou a estimativa de produção da safra de algodão 2022/2023 - Notícias Agrícolas (noticiasagricolas.com.br)

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Algodão: o pequeno notável

05 de Outubro de 2023

A data foi instituída pela ONU, em reconhecimento à importância da cultura, que sustenta mais de 100 milhões de famílias em todo o mundo. Então por que pequeno? Pequeno porque no Brasil tudo relacionado ao agro é superlativo. Cultivamos mais de 44 milhões de hectares de soja, 22 milhões de hectares de milho, mais de 8 milhões de hectares de cana-de-açúcar. E o algodão? Pouco mais de 1,6 milhão de hectares. E por que notável? Notável porque, neste ano, provavelmente o Brasil se tornará o maior exportador de algodão, ultrapassando os Estados Unidos. Só não exportará mais porque o consumo interno é grande. Estima-se que a indústria têxtil nacional, quase 30.000 empresas, empregue 1,5 milhão de pessoas.


Mas nem sempre foi assim. No final dos anos 1980 o Brasil chegou a ser um dos maiores importadores de algodão do mundo. Tudo vinha muito bem, até que a inflação, o imposto de exportação e erros do Mercosul quase mataram a cultura, que era feita principalmente por pequenos agricultores nos estados do nordeste, de São Paulo e Paraná. Além do polo têxtil, que empregava muita gente já naquela época. Políticas erradas causaram o sumiço de estimados 1.500.000 empregos na época.


Mas o custo da produção em grande escala ainda permitia o cultivo, que se deslocava para Minas, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Depois Bahia, Maranhão, Piaui e outros estados com produção menor. Com algumas modificações tributárias, mais a lei Kandir, que isentou a exportação do ICMS, mais um trabalho muito bem feito de toda a cadeia produtiva da pluma, ou do ouro branco, resultou no protagonismo de hoje.


Pesquisa que desenvolveu tecnologia nacional, possibilitando o cultivo do algodoeiro em segunda safra, depois da soja, associada ao arrojo e inteligência de produtores, fizeram com que nosso algodão, que sofria deságio nas bolsas mundiais, seja hoje produto premium. A ABRAPA (Associação Brasileira de Produtores de Algodão) teve papel fundamental. Acionou os Estados Unidos contra os pesados subsídios praticados, e ganhou a causa, o que possibilitou a criação do Instituto Brasileiro do Algodão. Campanhas como, por exemplo, o Algodão Brasileiro de Qualidade, que permite o rastreamento completo da cadeia, com sustentabilidade e qualidade, e Sou de Algodão, que agrega empresas que utilizam e comercializam o produto, tem tido papel importante na divulgação do algodão brasileiro. A ABRAPA, juntamente com a ANEA (Associação Nacional dos Exportadores de Algodão) desenvolveram um programa chamado Cotton Brazil, que tem inclusive escritório em Cingapura, para promover exportações. Há que se ressaltar ainda o papel do MAPA, com participação ativa e profissional nas últimas décadas.


Isso tudo apesar dos governos e desgovernos. Então fica a mensagem: tudo é possível com determinação, trabalho, organização, conhecimento e, lógico, investimento e marketing inteligente.


O pequeno pode ser notável.


Por, Ciro Rosolem membro do Conselho Científico Agro Sustentável e Professor da Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP


Acesso em: Algodão: o pequeno notável - Portal do Agronegócio (portaldoagronegocio.com.br)

Algodão: o pequeno notável | Notícias de Campo Grande e MS - Capital News

Algodão: o pequeno notável - Vida Rural MT | Notícias do Agronegócio Mato-Grossense

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Abrapa elevou a estimativa de produção da safra de algodão 2022/2023

04 de Outubro de 2023

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) reviu para cima a estimativa de produção para a safra 2022/2023, durante a 72ª reunião ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizada on-line, nesta terça-feira (03). De acordo com a entidade, serão 3,23 milhões de toneladas de pluma neste ciclo, contra 3,07 milhões de toneladas esperados na reunião anterior da Câmara, em 30 de junho. O volume colhido representa uma alta de 26,5%, em relação à safra passada, 2021/2022. O dado divulgado na Câmara supera, também, o 12º levantamento da safra 2022/23 da Conab para algodão, publicado em 06 de setembro último, de 3,15 milhões de toneladas de pluma, 23,3% a mais do que na safra passada. A Abrapa informou ainda que as lavouras já foram 100% colhidas, e o beneficiamento da fibra, até a data da reunião, estava em torno de 56%.


De acordo com o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, o aumento na produção reflete o incremento na área plantada (4,6%), que totalizou 1,67 milhão de hectares, além da produtividade recorde para a cultura, cuja média ficou em 1931 quilos de algodão beneficiado, por hectare: 21% a mais que a registrada na safra passada e 7% acima do último recorde de produtividade alcançado na safra 2019/2020, de 1802 quilos por hectare.

Para a safra 2023/2024, as primeiras estimativas apontam para um crescimento de 8,4% na área plantada com algodão, que deve chegar a 1,81 milhão de hectares, com produção, preliminarmente aguardada, de 3,29 milhões de toneladas, 2% a mais em relação à safra recém-colhida. “Sobre a produtividade para a próxima safra, neste momento, seremos muito conservadores, pois entendemos que as condições climáticas este ano foram vantajosas e a produção de algodão por hectare foi recorde. Para 2023/2024, espera-se agora uma queda sutil neste índice, de 5,9%, resultando em 1818 quilos de pluma por hectare”, afirma Schenkel.

Indústria

Também membro da Câmara Setorial e presente à reunião, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), representada pelo diretor superintendente, Fernando Pimentel, afirmou que 2023 deve fechar “no zero a zero”, na indústria, e a confecção ficará no negativo. “Esse é um momento desafiador, com as plataformas internacionais competindo de forma desleal com a indústria nacional e um inverno que não permitiu que vendêssemos bem as coleções. Além disso, existem crises em algumas varejistas”, explica Pimentel. Para 2024, a indústria nacional é mais otimista. “A expectativa é de um modesto crescimento, acompanhando o PIB. O prognóstico de hoje é de cerca de 1,5%”, afirmou.

Exportações

Na safra 2022/2023, pela primeira vez, o Brasil alcançou o terceiro lugar no ranking de maiores produtores, superando os Estados Unidos. Segundo o levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de setembro, para o ano comercial 2023/2024, o Brasil colheu três milhões de toneladas de pluma, contra 2,86 milhões de toneladas dos americanos. Nas exportações, no mesmo levantamento, os Estados Unidos ainda se mantiveram na liderança, com 2,7 milhões de toneladas de pluma, ante 2,6 do milhões embarcadas pelo Brasil. O presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus, alerta que essas são posições não definitivas.

“O Brasil vem perseguindo o posto de terceiro produtor e o maior exportador, já há algum tempo. A gente esperava que isso fosse acontecer mais para a frente, dentro de uns cinco anos. Contudo, em relação à produção global, alcançamos a meta já nesta safra. É muito importante salientar que esta é uma situação circunstancial. Os Estados Unidos tiveram uma quebra de safra causada pela seca no Texas. Vamos ver como ficarão as exportações. Comparados aos americanos, nossos embarques estão muito próximos. Se os ultrapassarmos agora, será também uma questão conjuntural”, pondera Faus. Segundo o presidente da Anea, os Estados Unidos devem voltar a plantar mais algodão no ano que vem.
“Se eles tiverem uma safra de normal para boa, sem os problemas de clima deste ciclo, voltarão a ultrapassar o Brasil. O mais importante é notar que o Brasil tem um papel relevante no comércio internacional de algodão, que, anos atrás, não possuía. Isso foi conseguido com o aumento da produção, melhoria da qualidade, investimentos em rastreabilidade, sustentabilidade e promoção nos mercados lá fora. Nós estamos no caminho certo para, se não for agora, a médio prazo, nos posicionarmos como o principal exportador do mundo”, considera Faus.

O Brasil exportou 186,5 mil toneladas de algodão em setembro de 2023. O volume foi 0,9% maior que o total embarcado no mesmo mês, em 2022. No acumulado de agosto e setembro de 2023, as exportações somaram 290,8 mil toneladas, alta de 17,4% com relação ao mesmo período de 2022. Setembro é o segundo mês do período comercial 2023/24. Atualize seu Apple Watch com nossas pulseiras de relógio inteligente premium! Explore nossa coleção de estilosos bandje apple watch opções para a escolha final. Eleve seu estilo hoje!

Gargalos e proposições

Durante a reunião da Câmara, também foram abordados os problemas com a logística dos embarques na safra 2023/2024. De acordo com os dados apresentados pelo diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, os principais gargalos se deveram à perda do “REDEx” (Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação), por alguns dos terminais de estufagem de contêineres. O documento, expedido pela Receita Federal, tem por objetivo facilitar e agilizar os procedimentos de exportação, garantindo que as mercadorias cumpram todas as regulamentações e requisitos aduaneiros antes de serem enviadas para o exterior.

“Além deste complicador, temos quatro grandes obras sendo realizadas na entrada do Porto de Santos, responsável por 95% dos embarques de algodão no Brasil, somadas à falta de planejamento na chegada das cargas, à concorrência com as outras commodities exportadas via Santos e a questões com os processos de inspeção sanitária, pelo Mapa, dentre outros entraves”, relatou Portocarrero.

O executivo da Abrapa também apresentou as sugestões que serão entregues ao governo, apontadas pelo Grupo de Trabalho da Abrapa, Anea e outras entidades da cadeia produtiva. “Uma dessas propostas é que a inspeção agropecuária federal seja feita em armazém geral. Além disso, queremos fazer uma reunião com o Mapa, a Abrapa, a Anea, e os representantes dos operadores e dos terminais retroportuários, para estabelecer uma operação estruturada, capaz de agilizar o processo de inspeção. Visamos, ainda, definir um plano diretor para ordenar os processos de embarque de commodities e estabelecer os critérios para a operação dos caminhões e terminais. Outro ponto é verificar a viabilidade de um investimento num ‘depósito pulmão’, em um local mais próximo ao Porto de Santos. Sugerimos também que seja o aprimoramento da programação por parte dos traders e produtores de algodão, com um cronograma de embarque e de acesso dos caminhões ao porto”, afirmou Portocarrero.

O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, finalizou a reunião destacando a importância da convergência de informações que a Câmara Setorial promove. “Isso representa valor para a cadeia produtiva e é essencial para que mantenhamos o Brasil como um grande produtor, assim como um país que industrializa boa parte da sua produção. Somos ainda o nosso principal mercado”, afirma Schenkel. “Esses encontros nos permitem aprimorar a rota. Temos que ser cada dia mais eficientes, com excelência no que fazemos”. Sobre os dados apresentados, ele considera serem “muito positivos". Schenkel afirma que ainda há desafios, antes de terminar essa safra. "São eles, o beneficiamento e o escoamento dessa pluma, seja para as exportações ou para as nossas indústrias nacionais”, ponderou.

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CBRA conclui auditoria interna com sucesso

03 de Outubro de 2023

A equipe do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), concluiu com sucesso a auditoria interna, realizada em 28 e 29 de setembro. O resultado atesta a robustez do Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) e a competência técnica do CBRA na realização de ensaios e produção de material de referência para o Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI).


Além de ser obrigatória, a auditoria realizada no CBRA pela empresa Mundo Quali avaliou os requisitos da norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017, nos ensaios das seis principais características comerciais (Mic, UHML, UI, Str, Rd e +b). O CBRA é um dos pilares do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI). Os demais são Banco da Qualidade do Algodão Brasileiro e a aplicação do protocolo de Verificação e Diagnóstico de Conformidade do Laboratório (VDCL).


“Tivemos participação efetiva de toda a equipe do laboratório, demonstrando que, a cada ano, os colaboradores estão cada vez mais envolvidos no processo. Estamos acreditados na norma, desde 2020, e a cada auditoria notamos um sistema mais robusto e consolidado, no entanto sempre haverá melhorias que contribuem para o seu aperfeiçoamento. É um ciclo de melhoria contínua”, disse o gestor do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), Edson Mizoguchi.


Para a auditoria, foi convidada uma colaboradora do laboratório da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), que já atua com o Sistema de Gestão de Qualidade. “À medida que os laboratórios tenham o sistema implementado, haverá mais intercâmbio de conhecimentos com demais colaboradores que participarem desses treinamentos”, destacou o gestor.


O assistente do CBRA, Deninson Lima, explicou que a avaliação é estratégica para o laboratório avaliar a consolidação do seu sistema de gestão. “Desta forma, garantimos a reprodutibilidade e qualidade dos nossos ensaios.”


Para a auditora líder, Adelaide Rebouças, a avaliação é de fundamental importância. É o momento de checar se os processos estão sendo executados e controlados de acordo com a documentação do próprio laboratório e com os requisitos da norma. “O resultado foi excelente. O sistema de gestão do CBRA, hoje, é uma referência no que diz respeito à qualidade laboratorial e confiabilidade nos resultados emitidos”, afirmou.


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