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Sou de Algodão promove duas palestras em universidades parceiras de Goiás

Alunos e docentes do curso de moda da UEG e da Universo ficaram sabendo mais sobre o algodão brasileiro e de que forma ele pode ser usado nas produções

14 de Agosto de 2024

Nos dias 13 e 14 de agosto, Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), promoveu duas apresentações em universidades parceiras. Primeiro, uma palestra na Universidade Estadual de Goiás (UEG), com cerca de 70 estudantes e docentes do curso de moda; e, no dia seguinte, uma aula magna na Universidade Salgado de Oliveira (Universo), com 60 presentes. Ambas no estado de Goiás.


Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do movimento, foi a responsável por conduzir as conversas que tiveram como foco o discurso da moda, com o objetivo de inspirar e mostrar aos estudantes as possibilidades criativas, usando algodão, além de mostrar um material introdutório sobre tecidos e criação.


Manami começou apresentando os dados sobre o atual cenário da indústria têxtil. Segundo a Textile Exchange e a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção): o algodão representa 22% do mercado têxtil mundial e 79% das fibras naturais; já o Brasil - a maior cadeia têxtil completa do Ocidente (contemplando etapas desde o cultivo da fibra até o varejo) -, é um dos cinco maiores produtores e consumidores de denim do mundo, e está entre os quatro maiores produtores globais de malha.


A gestora pontuou ainda que os consumidores vêm se tornando cada vez mais rigorosos em suas escolhas. “Segundo dados do Instituto Locomotiva, de um estudo feito em 2021, cerca de 86% da população brasileira se interessa por sustentabilidade e 75% consideram que as empresas de vestuário deveriam se preocupar com esse tema e tê-lo como pauta permanente. Por isso, 15% das pessoas estão dispostas a pagar a mais por produtos de marca com posicionamento sustentável e 60% deixariam de consumir de empresas que apresentam problemas éticos”, explica.


Como o algodão é uma das fibras mais importantes para o mercado da moda nacional, a Abrapa vem desenvolvendo um trabalho pensando na qualidade, sustentabilidade, rastreabilidade e promoção da matéria-prima. Para isso, um dos pilares é o ABR (sigla para Algodão Brasileira Responsável), programa criado em 2012, que certifica as unidades produtivas que seguem rigorosos critérios sociais, ambientais e econômicos.


“Esse trabalho nos levou a um novo cenário, depois de mais de 20 anos de existência da Abrapa. Hoje, o Brasil produz mais de 3,11 milhões de toneladas de pluma, sendo que 720 mil toneladas são consumidas pela indústria nacional. Cerca de 82% de toda essa produção tem certificação ABR, 92% é em regime de sequeiro (o algodão brasileiro cresce apenas com água da chuva). Somos o maior fornecedor de algodão responsável, maior exportador e terceiro maior produtor”, diz Manami.


Na parte final de cada palestra, foram apresentadas fotos de peças de desfiles Sou de Algodão no São Paulo Fashion Week (SPFW). O objetivo foi de mostrar aos estudantes de moda que existem muitas opções que podem ser produzidas com jeans, patchwork, tricoline, gaze e malha; e que sarja pode ser usada em outros estilos, macramê é mais do que decoração e crochê pode ser visto em outras estações do ano e não só no verão.


Um vídeo do desfile da collab Sou de Algodão + João Pimenta, no SPFW N57, encerrou as discussões nas universidades parceiras. Para conferir, é só entrar nesse link.

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SouABR foi tema de entrevista ao canal AgroMais

13 de Agosto de 2024

Nesta segunda-feira (12), a diretora de relações institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, que também é gestora do movimento Sou de Algodão, concedeu uma entrevista exclusiva ao canal AgroMais. Ela abordou o sistema de rastreabilidade dos fardos, a responsabilidade com a qualidade na produção, e o programa SouABR, que permite o mapeamento de todos os elos da cadeia têxtil, garantindo que 100% do algodão utilizado possui certificação socioambiental, além das parcerias bem-sucedidas com os varejistas nacionais. Destacou, em particular, o lançamento da primeira toalha de banho de algodão rastreável do Brasil, em parceria com a Dohler, que ocorreu na última semana. Confira mais detalhes neste vídeo:


https://www.youtube.com/watch?v=1Y18s5eKdrw

 

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Primeiro workshop inteiramente feminino marca 14º CBA

09 de Agosto de 2024

Pela primeira vez, em 14 edições do Congresso Brasileiro do Algodão, a programação terá um workshop inteiramente feminino. Com o tema “Fortalecimento da presença feminina na indústria do algodão”, o encontro reunirá, no dia 5 de setembro, último dia do congresso, nomes expressivos de mulheres ligadas à cadeia produtiva da fibra.


A vice-presidente da Abapa, Alessandra Zanotto Costa, fará a coordenação do workshop. “O agronegócio é um dos setores mais dinâmicos e importantes da economia brasileira. A participação das mulheres tem mostrado que a diversidade de gênero é um fator crucial para a inovação. As mulheres trazem diferentes abordagens para resolução de problemas, gestão de recursos e desenvolvimento de tecnologias, o que tem contribuído para o aumento da eficiência e produtividade. No que diz respeito à liderança, as mulheres têm se destacado em posições de comando, influenciando positivamente com a sensibilidade e a capacidade de comunicação, essencial para o sucesso a longo prazo do setor”, afirma Alessandra.


A economista, Dorothea Werneck abrirá o workshop abordando a importância da equidade de gênero e diversidade nas organizações. Em seguida,  Marzia Lanfranchi, co-fundadora do Cotton Diaries e consultora de sustentabilidade, falará sobre o papel da mulher no setor de algodão.


Zanotto liderará o painel “Cultivando o Presente: A importância da liderança feminina no agro”, com a exposição de cases de liderança.  Participa do debate, também, Pollyana Saraiva, do Rabobank, que falará sobre a importância da liderança feminina para o Brasil e, em específico, para o agronegócio brasileiro. Outros temas serão discutidos no workshop, tais como, os diferenciais da liderança feminina e como promover e incentivar a liderança feminina no agronegócio brasileiro.


O encontro seguirá com o Painel: “Cultivando o Futuro: O Papel das Mulheres na Produção de Algodão”. Rafaela Albuquerque, gestora do projeto setorial Cotton Brazil, na Apex, será a mediadora do debate. "A temática de igualdade e equidade de gênero no agronegócio brasileiro é particularmente relevante e crucial para promover uma gestão mais diversa e inovadora. O incentivo à inclusão de mais mulheres em cargos de liderança traz novas perspectivas para o setor, uma vez que a diversidade de gênero é associada a uma maior capacidade de resolver problemas de maneira criativa e eficaz, promovendo a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes”, acredita.


Quem abrirá a programação do workshop será a convidada Kim Hanna, da ICA Women in Cotton. Ela falará, on-line, sobre a liderança feminina no mercado internacional e a importância das conexões globais entre mulheres atuantes no setor. O encontro segue com Ingrid Zabaleta, da FAO, que destacará a sustentabilidade e o desenvolvimento no setor do algodão com o tema “Promovendo a Igualdade de Gênero e Sustentabilidade na Agricultura”. Encerra a programação da sala, a empresária Geni Schenkel, do projeto Agroligadas, cujo objetivo é conectar mulheres do campo e da cidade, a fim de inspirar uma nova visão sobre o Agro através da educação e da comunicação. Geni falará sobre as redes de apoio e capacitação.


“Acredito que o encontro será muito profícuo, pois além de promover debates interessantes, será uma oportunidade para integração e networking entre mulheres envolvidas com agronegócio, proporcionando um ambiente de suporte mútuo e troca de experiências”, afirma Rafaela Albuquerque.


Compartilha da mesma opinião, a coordenadora do Painel 1, Alessandra Zanotto, para quem o CBA representa uma oportunidade histórica para destacar e fortalecer a presença das mulheres na indústria do algodão. “Espero que este workshop promova e aumente a conscientização sobre a importância da igualdade de gênero no agronegócio, mostrando como a participação feminina pode transformar e enriquecer o setor. Que seja um espaço para inspirar outras mulheres a assumirem papéis de liderança, através de um ambiente de colaboração, onde as participantes possam trocar experiências, ideias e estratégias”, conclui.

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Empresa de SC lança a 1ª toalha de algodão rastreável do Brasil; entenda

Tecnologia permite conhecer todo o caminho percorrido pelo produto, da matéria prima à prateleira. Conforme a fabricante, iniciativa garante transparência nos processos de produção.

09 de Agosto de 2024

Uma empresa de Joinville, no Norte de Santa Catarina, lançou a primeira toalha de algodão rastreável do Brasil, divulgou a fabricante Döhler, na quarta-feira (7). Responsável pela produção, a empresa afirma que a tecnologia permite ao cliente conhecer todo o caminho percorrido pelo produto, da matéria prima à prateleira .


Conforme o head de comunicação da empresa, Marco Aurélio Braga, a iniciativa promove maior sustentabilidade e garante mais transparência aos processos de produção (leia mais abaixo). A toalha Marroco entrou para o mercado em agosto.


Mas como funciona?


 Com um celular, o consumidor vai poder ler o QR Code da etiqueta e conhecer as fazendas onde o algodão foi produzido, passando pela fiação, tecelagem até a confecção final da peça.


Segundo a Döhler, todos os elos da cadeia são mapeados pelo SouABR, programa de rastreabilidade da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e do movimento Sou de Algodão, que comprova que 100% do algodão utilizado tem certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável (ABR).


O SouABR descreve, em seu site, que o projeto busca tornar a sustentabilidade mais prática, "possibilitando uma escolha responsável ao consumidor final".


Braga afirma que a empresa usa apenas algodão de fazendas nacionais e que são certificadas.


As fazendas certificadas, conforme a companhia, adotam cuidados com o solo, com as áreas de preservação e com a água, além de atestarem que não usam trabalho infantil nem análogo à escravidão durante todo o processo.


Pela primeira vez, o Brasil se tornou o maior fornecedor de algodão do mundo, informou o Ministério da Agricultura em julho deste ano.


Construção da toalha


Para fabricar os primeiros lotes da toalha, foram usados 100 fardos de algodão, totalizando 22 mil kg de pluma, vindos de duas fazendas do Mato Grosso.




  • Esse algodão se transforma em fio e depois tecido.

  • No 1º lote, foram confeccionadas 675 toalhas, mas a previsão é fabricar 73,8 mil peças nessa fase inicial.

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Reunião do GT de Sustentabilidade discute atualização do Programa ABR

08 de Agosto de 2024

O Grupo de Trabalho (GT) de Sustentabilidade da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) esteve reunido nesta quarta-feira, 07 de agosto. Na pauta do encontro, o GT deu continuidade à atualização do Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que opera em parceria com a Better Cotton (BC), uma das principais licenciadoras de algodão do mundo.


Para tanto, a consultoria Lamparina apresentou a primeira proposta de materialidade do programa ABR, para validação do GT.  O diagnóstico inicial apresentado revelou quais são os temas estratégicos a serem priorizados. O resultado foi discutido pelos membros do GT, que consideraram as oportunidades e limitações de cada item. Muitos dos pontos citados pela consultoria já fazem parte do protocolo do Programa ABR, como rastreabilidade, saúde e segurança do trabalhador, saúde do solo, desmatamento, biodiversidade, pesticidas agrícolas, entre outros, e podem ser melhor explorados pela comunicação do programa.


Na reunião, foi destacada, também, a importância do fortalecimento da comunicação com os stakeholders como parte do posicionamento do ABR. Um plano de ação já está sendo traçado para a criação de um canal de comunicação permanente com seu público-alvo. “Estamos em constante renovação, buscando sempre estar alinhados com as melhores práticas, reforçando o compromisso que temos com a sustentabilidade, em todo o ciclo da produção de algodão”, afirma o gestor de presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. Ele  lembra que a certificação do ABR/Better Cotton, que existe no Brasil há mais de dez anos, atualmente, está em mais de 80% da pluma produzida no Brasil.

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“Missão Compradores” é concluída ampliando confiança e admiração pelo algodão brasileiro

07 de Agosto de 2024

Neste final de semana, a oitava edição da “Missão Compradores” foi finalizada, superando as expectativas da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A delegação convidada, formada por 21 executivos de fiações e indústrias de 12 países, aprofundou o conhecimento sobre o Brasil, ampliando o grau de confiança no modelo brasileiro de produzir algodão.


“Ao longo destes 11 dias de contato, os importadores acompanharam diferentes etapas do nosso processo produtivo, em diferentes regiões produtoras do País. Essa transparência contribui para uma relação comercial mais confiável, que é o nosso objetivo”, analisou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


Em 2024, participaram do intercâmbio executivos da indústria têxtil de Bangladesh, China, Colômbia, Coréia do Sul, Estados Unidos, Honduras, Ilhas Maurício, Índia, México, Paquistão, Turquia e Vietnã. A programação passou por nove municípios de cinco estados brasileiros. As visitas técnicas foram realizadas em fazendas, algodoeiras, indústrias de esmagamento, laboratórios de classificação e centros de pesquisa, além da sede da Abrapa, em Brasília (DF).


Além da confiança, a missão resultou em boas doses de admiração. Na fazenda Boa Esperança, em Lucas do Rio Verde (MT), a chinesa Sarah Hong gostou de ver que os lotes de algodão são separados já na colheita. “Isso é muito importante porque precisamos de lotes uniformes para tirarmos o máximo da capacidade produtiva da fiação”, observou. Já o turco Raza Ellahi salientou a eficiência e a tecnologia empregada na colheita. “São pessoas capacitadas. As máquinas fazem a colheita conforme a divisão de talhões e as variedades plantadas”, disse ele.


As boas condições de trabalho também foram percebidas por Faizah Mahmoot, de Bangladesh, na fazenda Bom Futuro, em Campo Verde (MT). “Vimos a classificação do algodão e os programas sociais e ambientais que o grupo tem. Foi ótimo”, disse.


Na fazenda Warpol, em São Desidério (BA), o chinês Qi Zhang se encantou pela brancura da pluma e pela rastreabilidade. “O algodão baiano é muito branco! Além disso, foi bom ver que cada amostra tem um número específico, que é o mesmo número que vai no fardo, no QR Code. É realmente uma rastreabilidade fardo a fardo”, notou.


As inovações tecnológicas da fazenda Pamplona, em Cristalina (GO), também saltaram aos olhos de Emre Akran, da Turquia. “Eles têm um software próprio que segrega o lote conforme a solicitação do comprador, usando a classificação visual e a instrumental, pelo HVI. Isso foi muito interessante”, pontuou.


A classificação do algodão brasileiro foi destaque. “O laboratório da Abapa (Associação Baiana dos Produtores de Algodão) segue os parâmetros internacionais e tem alta confiabilidade nas análises de HIV. Ver essa credibilidade nas análises aqui nos dá mais confiança”, analisou o sul-coreano Jiwoon Park. Jamil Uddin, de Bangladesh, concorda. “O centro brasileiro (Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão-CBRA) orienta todos os laboratórios para garantir alta confiabilidade nos resultados. E é exatamente isso que a gente busca: análises confiáveis”, reiterou o bengalês.


Cotton Brazil. A Missão Compradores é uma das atividades do Cotton Brazil, programa da Abrapa que posiciona mundialmente o setor produtivo do algodão e desenvolve novos mercados. “Nossa missão é ir além dos números e criar laços comerciais sólidos, tendo sempre em mente a relevância do algodão como uma fibra natural, renovável, biodegradável e produzida com responsabilidade”, ponderou Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa e responsável pelo Cotton Brazil.


Desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Cotton Brazil é apoiado pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e já entrega resultados positivos e concretos.


“É muito importante que os produtos brasileiros tenham uma marca forte no exterior. O algodão é um case de sucesso devido ao seu profissionalismo e aos belos resultados”, analisou o presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana. Na safra 2023/24, o Brasil alcançou pela primeira vez na história a marca de maior exportador mundial – com exportações estimadas em cerca de 2,6 milhões de toneladas.


Estados. A “Missão Compradores” começou a ser realizada em 2015 pela Abrapa e chegou à oitava edição em 2024. Neste ano, recebeu apoio das associações estaduais de produtores de algodão de Mato Grosso (Ampa), Bahia (Abapa) e Goiás (Agopa) – os três maiores produtores nacionais.


“É importante para nós podermos mostrar que aqui, em Mato Grosso, cultivamos com responsabilidade socioambiental e eficiência. E ainda temos potencial para expandir a produção: basta haver demanda”, afirmou o presidente da Ampa, Eraí Maggi, durante a visita a Cuiabá (MT).


A oportunidade de dialogar com os importadores é uma das vantagens da Missão Compradores na ótica do presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi. “Podemos mostrar toda a eficiência brasileira na produção, em todos os elos da cadeia produtiva. Além disso, podemos receber feedbacks sobre pontos que ainda podemos melhorar no cultivo do algodão”, analisou.


Presidente da Agopa, Haroldo Rodrigues da Cunha considera a “Missão Compradores” como uma das iniciativas mais importantes da Abrapa. “Nada é mais explicativo do que conhecer a realidade da produção. É quando podemos mostrar como as fazendas são organizadas, o nosso profissionalismo, as ações de sustentabilidade, a qualidade das lavouras, o beneficiamento, a classificação. E, no caso de Goiás, é extremamente relevante mostrar que, apesar de termos uma área menor que Mato Grosso e Bahia, somos tradicionais na produção e cultivamos com o mesmo rigor, com o mesmo critério, com o mesmo profissionalismo”, observou.

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COMUNICADO | Regras e prazos de operação na plataforma Better Cotton - safra 2023/2024

06 de Agosto de 2024

Em 23 de agosto de 2024, terá início a nova safra (2023/2024) na plataforma da Better Cotton (BC), responsável pela rastreabilidade da cadeia produtiva do algodão licenciado.


A partir desta data, as licenças serão recebidas pelas fazendas aprovadas e os créditos (BCCUs) estarão disponíveis para transferência aos compradores. Cada quilograma (1kg) de pluma produzido equivale a 1 BCCU.


Entre 9 e 22 de agosto de 2024, a plataforma estará fora do ar para preparativos da nova safra, impedindo a realização de transações de BCCUs.


O estoque da safra 2022/2023 estará disponível no sistema até 31 de dezembro de 2024.


Os compradores poderão solicitar créditos (BCCUs) tanto da safra corrente (2023/2024) quanto da safra anterior/em estoque (2022/2023). É essencial que, ao comercializar fardos do estoque da safra 2022/2023, o comprador indique corretamente a safra, na plataforma, para manter o saldo adequado no estoque e a fazenda faça a checagem, antes de aprovar a transação.


Ressaltamos que a Autenticação Multi-Fator (MFA) permanece obrigatória. Para inclusão de outro usuário durante ausências do responsável principal, informamos que é necessário a abertura de um chamado no Help Desk, informando nome, função, e-mail e código da fazenda.


O acesso à plataforma permite que as fazendas comprovem o fornecimento de algodão licenciado, registrando informações sobre pedidos de algodão originados, gerenciando a documentação necessária, e registrando informações sobre vendas de pluma aos clientes.


Ainda com dúvidas? Um treinamento online da Better Cotton, em português, será realizado no dia 27 de agosto de 2024, das 15h às 17h (horário de Brasília). Caso ainda não tenha recebido o link, entre em contato com a sua associação estadual.

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“Missão Compradores” é concluída ampliando confiança e admiração pelo algodão brasileiro

06 de Agosto de 2024

Neste final de semana, a oitava edição da “Missão Compradores” foi finalizada, superando as expectativas da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A delegação convidada, formada por 21 executivos de fiações e indústrias de 12 países, aprofundou o conhecimento sobre o Brasil, ampliando o grau de confiança no modelo brasileiro de produzir algodão.


“Ao longo destes 11 dias de contato, os importadores acompanharam diferentes etapas do nosso processo produtivo, em diferentes regiões produtoras do País. Essa transparência contribui para uma relação comercial mais confiável, que é o nosso objetivo”, analisou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


Em 2024, participaram do intercâmbio executivos da indústria têxtil de Bangladesh, China, Colômbia, Coréia do Sul, Estados Unidos, Honduras, Ilhas Maurício, Índia, México, Paquistão, Turquia e Vietnã. A programação passou por nove municípios de cinco estados brasileiros. As visitas técnicas foram realizadas em fazendas, algodoeiras, indústrias de esmagamento, laboratórios de classificação e centros de pesquisa, além da sede da Abrapa, em Brasília (DF).


Além da confiança, a missão resultou em boas doses de admiração. Na fazenda Boa Esperança, em Lucas do Rio Verde (MT), a chinesa Sarah Hong gostou de ver que os lotes de algodão são separados já na colheita. “Isso é muito importante porque precisamos de lotes uniformes para tirarmos o máximo da capacidade produtiva da fiação”, observou. Já o paquistanês Raza Ellahi salientou a eficiência e a tecnologia empregada na colheita. “São pessoas capacitadas. As máquinas fazem a colheita conforme a divisão de talhões e as variedades plantadas”, disse ele.


As boas condições de trabalho também foram percebidas por Faizah Mahmoot, de Bangladesh, na fazenda Bom Futuro, em Campo Verde (MT). “Vimos a classificação do algodão e os programas sociais e ambientais que o grupo tem. Foi ótimo”, disse.


Na fazenda Warpol, em São Desidério (BA), o chinês Qi Zhang se encantou pela brancura da pluma e pela rastreabilidade. “O algodão baiano é muito branco! Além disso, foi bom ver que cada amostra tem um número específico, que é o mesmo número que vai no fardo, no QR Code. É realmente uma rastreabilidade fardo a fardo”, notou.


As inovações tecnológicas da fazenda Pamplona, em Cristalina (GO), também saltaram aos olhos de Emre Akran, da Turquia. “Eles têm um software próprio que segrega o lote conforme a solicitação do comprador, usando a classificação visual e a instrumental, pelo HVI. Isso foi muito interessante”, pontuou.


A classificação do algodão brasileiro foi destaque. “O laboratório da Abapa (Associação Baiana dos Produtores de Algodão) segue os parâmetros internacionais e tem alta confiabilidade nas análises de HIV. Ver essa credibilidade nas análises aqui nos dá mais confiança”, analisou o sul-coreano Jiwoon Park. Jamil Uddin, de Bangladesh, concorda. “O centro brasileiro (Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão-CBRA) orienta todos os laboratórios para garantir alta confiabilidade nos resultados. E é exatamente isso que a gente busca: análises confiáveis”, reiterou o bengalês.


Cotton Brazil


A Missão Compradores é uma das atividades do Cotton Brazil, programa da Abrapa que posiciona mundialmente o setor produtivo do algodão e desenvolve novos mercados. “Nossa missão é ir além dos números e criar laços comerciais sólidos, tendo sempre em mente a relevância do algodão como uma fibra natural, renovável, biodegradável e produzida com responsabilidade”, ponderou Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa e responsável pelo Cotton Brazil.


Desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Cotton Brazil é apoiado pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e já entrega resultados positivos e concretos.


“É muito importante que os produtos brasileiros tenham uma marca forte no exterior. O algodão é um case de sucesso devido ao seu profissionalismo e aos belos resultados”, analisou o presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana. Na safra 2023/24, o Brasil alcançou pela primeira vez na história a marca de maior exportador mundial – com exportações estimadas em cerca de 2,6 milhões de toneladas.


Estados


A “Missão Compradores” começou a ser realizada em 2015 pela Abrapa e chegou à oitava edição em 2024. Neste ano, recebeu apoio das associações estaduais de produtores de algodão de Mato Grosso (Ampa), Bahia (Abapa) e Goiás (Agopa) – os três maiores produtores nacionais.


“É importante para nós podermos mostrar que aqui, em Mato Grosso, cultivamos com responsabilidade socioambiental e eficiência. E ainda temos potencial para expandir a produção: basta haver demanda”, afirmou o presidente da Ampa, Eraí Maggi, durante a visita a Cuiabá (MT).


A oportunidade de dialogar com os importadores é uma das vantagens da Missão Compradores na ótica do presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi. “Podemos mostrar toda a eficiência brasileira na produção, em todos os elos da cadeia produtiva. Além disso, podemos receber feedbacks sobre pontos que ainda podemos melhorar no cultivo do algodão”, analisou.


Presidente da Agopa, Haroldo Rodrigues da Cunha considera a “Missão Compradores” como uma das iniciativas mais importantes da Abrapa. “Nada é mais explicativo do que conhecer a realidade da produção. É quando podemos mostrar como as fazendas são organizadas, o nosso profissionalismo, as ações de sustentabilidade, a qualidade das lavouras, o beneficiamento, a classificação. E, no caso de Goiás, é extremamente relevante mostrar que, apesar de termos uma área menor que Mato Grosso e Bahia, somos tradicionais na produção e cultivamos com o mesmo rigor, com o mesmo critério, com o mesmo profissionalismo”, observou.

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Comissão Científica do 14° CBA organiza os últimos detalhes do evento

05 de Agosto de 2024

Foi realizada na última sexta-feira (2), a última reunião da Comissão Científica antes do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA). Promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e suas nove associações estaduais, o evento ocorrerá entre os dias 03 e 05 de setembro de 2024, em Fortaleza (CE).


Na reunião, a organização do evento informou aos membros da comissão, os últimos avanços. São mais de 2.200 inscritos até o momento, além de 288 trabalhos científicos apresentados e aprovados. “Até o dia 16 de agosto, a Comissão de Premiação, constituída por parte da Comissão Científica, entregará à organização do 14°CBA, a lista com os nomes dos 12 melhores trabalhos e seus respectivos responsáveis. Estes, serão apresentados oralmente durante os intervalos dos dois primeiros dias do CBA”, explica o coordenador da comissão, Jean Belot (IMAmt).


Os 12 autores serão comunicados com a devida antecedência para terem tempo de elaborarem uma apresentação, com dez minutos de duração cada. Paralelo a isso, a Comissão de Premiação irá selecionar os melhores trabalhos de cada área temática a ser premiada em conjunto com os dois melhores professores orientadores. Os nomes só serão divulgados na plenária, que acontecerá na manhã do terceiro e último dia do congresso.


A Comissão Científica do 14° CBA,  coordenada pelo pesquisador Jean Belot (IMAmt), é composta por Ana Luiza Borin (Embrapa Arroz e Feijão), Cezar Augusto Tumelero Busato (Associação Baiana dos Produtores de Algodão-Abapa), Fernando Lamas (Embrapa Agropecuária Oeste), Lucas Daltrozo (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão- Ampa), Lucia Vivan (Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso), Odilon Reny Ribeiro Ferreira Silva (Embrapa Algodão), Rafael Galbieri (Instituto Mato-Grossense do Algodão), Thiago Gilio (Universidade Federal do MT), e Wanderley Oishi (Associação Goiana dos Produtores de Algodão – Agopa).

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Com sustentabilidade e tecnologia, Brasil pode se manter como líder no fornecimento de algodão para o mundo

Em Mato Grosso, estado com maior produção de pluma, Encontro Técnico apresenta desafios e perspectivas para o setor algodoeiro

05 de Agosto de 2024

O Brasil alcançou um marco histórico no setor algodoeiro, em 2024. Pela primeira vez, se tornou o maior exportador mundial de algodão, superando a tradição do mercado norte-americano. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na safra 2023/24 o país deve colher cerca de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações alcançarão cerca de 2,6 milhões de toneladas.


Nessa trajetória de sucesso, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) vem buscando novas pesquisas, ajudando e aprimorando nas tomadas de decisões com um time de profissionais capacitados para auxiliar nas orientações de manejo, que visam um cultivo mais sustentável, atuando sempre na busca pela inovação e soluções tecnológicas para auxiliar no controle das principais pragas e doenças do algodão durante a safra.


A liderança da fibra brasileira na exportação foi pauta do painel "Desafios, oportunidades e futuro da cotonicultura brasileira" que abriu o XVI Encontro Técnico do Algodão, promovido pela Fundação MT.


A colheita começa a acelerar no Brasil, mas cerca de 60% da produção já foi comercializada. O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero apresentou os fatores que contribuem para os números expressivos da produção nacional de algodão.


"Essa conquista se deve a um trabalho de 25 anos e de dedicação em trazer as melhores tecnologias que existem no mundo. Qualidade, rastreabilidade e o mais importante, uma garantia de que o algodão que o Brasil produz, exportado pro mundo todo, é sustentável", afirmou.


Cenário atual, novas tecnologias, inovação, sustentabilidade e rastreabilidade do algodão também foram debatidos no painel. O economista e sociólogo Marcos Troyjo pontuou que os patamares da exportação brasileira devem continuar ainda bastante elevados.


“O Brasil ter se tornado o maior exportador mundial de algodão é razão de muito orgulho. O ESG chega como um novo desafio, ou seja, os temas ambientais, sociais e de governança. Toda essa agenda ecológica, vai continuar no centro do palco e cada vez mais vai ganhar relevância. E isso é ponto positivo, como por exemplo, o aumento na demanda de treinamento da força de trabalho, de aprimoramento de capital humano, que irá suprir a ausência de mão de obra nas produções”, destacou.


Para o cotonicultor Samuel Locks, entre os desafios da produção, a falta de mão de obra qualificada é um dos grandes entraves na propriedade. Ele também comentou como vê o futuro da produção do algodão no Brasil.


"Apesar do produtor brasileiro ser o mais eficiente do mundo, e produzir o dobro do que a média do produtor americano, eu vejo que ainda tem muito espaço para a gente melhorar, para ganhar mais eficiência, com uso de tecnologias. A grande demanda de produção exige investimentos em inovações”, pontuou.


Encontro Técnico do Algodão


A abertura do evento trouxe o anúncio da renovação de membros atuantes no conselho curador da Fundação MT. Romão Viana, é o novo diretor presidente da Fundação e agradeceu a presença de todos os participantes, reforçando o compromisso da instituição com a imparcialidade e credibilidade dos resultados.


Realizado em Cuiabá, entre os dias 31 de julho, 1 e 2 de agosto, o encontro reúne experientes pesquisadores da Fundação MT e profissionais que são referência na cotonicultura brasileira.


"Cultivando o futuro" é o tema que norteia a programação dos três dias do encontro. O objetivo é disseminar dados de pesquisa, apresentar o posicionamento da Fundação MT, promover diálogos sobre os gargalos da cotonicultura, debater aspectos da última safra e planejar a próxima temporada em campo.

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