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“Missão Compradores” é concluída ampliando confiança e admiração pelo algodão brasileiro

07 de Agosto de 2024

Neste final de semana, a oitava edição da “Missão Compradores” foi finalizada, superando as expectativas da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A delegação convidada, formada por 21 executivos de fiações e indústrias de 12 países, aprofundou o conhecimento sobre o Brasil, ampliando o grau de confiança no modelo brasileiro de produzir algodão.


“Ao longo destes 11 dias de contato, os importadores acompanharam diferentes etapas do nosso processo produtivo, em diferentes regiões produtoras do País. Essa transparência contribui para uma relação comercial mais confiável, que é o nosso objetivo”, analisou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


Em 2024, participaram do intercâmbio executivos da indústria têxtil de Bangladesh, China, Colômbia, Coréia do Sul, Estados Unidos, Honduras, Ilhas Maurício, Índia, México, Paquistão, Turquia e Vietnã. A programação passou por nove municípios de cinco estados brasileiros. As visitas técnicas foram realizadas em fazendas, algodoeiras, indústrias de esmagamento, laboratórios de classificação e centros de pesquisa, além da sede da Abrapa, em Brasília (DF).


Além da confiança, a missão resultou em boas doses de admiração. Na fazenda Boa Esperança, em Lucas do Rio Verde (MT), a chinesa Sarah Hong gostou de ver que os lotes de algodão são separados já na colheita. “Isso é muito importante porque precisamos de lotes uniformes para tirarmos o máximo da capacidade produtiva da fiação”, observou. Já o turco Raza Ellahi salientou a eficiência e a tecnologia empregada na colheita. “São pessoas capacitadas. As máquinas fazem a colheita conforme a divisão de talhões e as variedades plantadas”, disse ele.


As boas condições de trabalho também foram percebidas por Faizah Mahmoot, de Bangladesh, na fazenda Bom Futuro, em Campo Verde (MT). “Vimos a classificação do algodão e os programas sociais e ambientais que o grupo tem. Foi ótimo”, disse.


Na fazenda Warpol, em São Desidério (BA), o chinês Qi Zhang se encantou pela brancura da pluma e pela rastreabilidade. “O algodão baiano é muito branco! Além disso, foi bom ver que cada amostra tem um número específico, que é o mesmo número que vai no fardo, no QR Code. É realmente uma rastreabilidade fardo a fardo”, notou.


As inovações tecnológicas da fazenda Pamplona, em Cristalina (GO), também saltaram aos olhos de Emre Akran, da Turquia. “Eles têm um software próprio que segrega o lote conforme a solicitação do comprador, usando a classificação visual e a instrumental, pelo HVI. Isso foi muito interessante”, pontuou.


A classificação do algodão brasileiro foi destaque. “O laboratório da Abapa (Associação Baiana dos Produtores de Algodão) segue os parâmetros internacionais e tem alta confiabilidade nas análises de HIV. Ver essa credibilidade nas análises aqui nos dá mais confiança”, analisou o sul-coreano Jiwoon Park. Jamil Uddin, de Bangladesh, concorda. “O centro brasileiro (Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão-CBRA) orienta todos os laboratórios para garantir alta confiabilidade nos resultados. E é exatamente isso que a gente busca: análises confiáveis”, reiterou o bengalês.


Cotton Brazil. A Missão Compradores é uma das atividades do Cotton Brazil, programa da Abrapa que posiciona mundialmente o setor produtivo do algodão e desenvolve novos mercados. “Nossa missão é ir além dos números e criar laços comerciais sólidos, tendo sempre em mente a relevância do algodão como uma fibra natural, renovável, biodegradável e produzida com responsabilidade”, ponderou Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa e responsável pelo Cotton Brazil.


Desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Cotton Brazil é apoiado pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e já entrega resultados positivos e concretos.


“É muito importante que os produtos brasileiros tenham uma marca forte no exterior. O algodão é um case de sucesso devido ao seu profissionalismo e aos belos resultados”, analisou o presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana. Na safra 2023/24, o Brasil alcançou pela primeira vez na história a marca de maior exportador mundial – com exportações estimadas em cerca de 2,6 milhões de toneladas.


Estados. A “Missão Compradores” começou a ser realizada em 2015 pela Abrapa e chegou à oitava edição em 2024. Neste ano, recebeu apoio das associações estaduais de produtores de algodão de Mato Grosso (Ampa), Bahia (Abapa) e Goiás (Agopa) – os três maiores produtores nacionais.


“É importante para nós podermos mostrar que aqui, em Mato Grosso, cultivamos com responsabilidade socioambiental e eficiência. E ainda temos potencial para expandir a produção: basta haver demanda”, afirmou o presidente da Ampa, Eraí Maggi, durante a visita a Cuiabá (MT).


A oportunidade de dialogar com os importadores é uma das vantagens da Missão Compradores na ótica do presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi. “Podemos mostrar toda a eficiência brasileira na produção, em todos os elos da cadeia produtiva. Além disso, podemos receber feedbacks sobre pontos que ainda podemos melhorar no cultivo do algodão”, analisou.


Presidente da Agopa, Haroldo Rodrigues da Cunha considera a “Missão Compradores” como uma das iniciativas mais importantes da Abrapa. “Nada é mais explicativo do que conhecer a realidade da produção. É quando podemos mostrar como as fazendas são organizadas, o nosso profissionalismo, as ações de sustentabilidade, a qualidade das lavouras, o beneficiamento, a classificação. E, no caso de Goiás, é extremamente relevante mostrar que, apesar de termos uma área menor que Mato Grosso e Bahia, somos tradicionais na produção e cultivamos com o mesmo rigor, com o mesmo critério, com o mesmo profissionalismo”, observou.

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COMUNICADO | Regras e prazos de operação na plataforma Better Cotton - safra 2023/2024

06 de Agosto de 2024

Em 23 de agosto de 2024, terá início a nova safra (2023/2024) na plataforma da Better Cotton (BC), responsável pela rastreabilidade da cadeia produtiva do algodão licenciado.


A partir desta data, as licenças serão recebidas pelas fazendas aprovadas e os créditos (BCCUs) estarão disponíveis para transferência aos compradores. Cada quilograma (1kg) de pluma produzido equivale a 1 BCCU.


Entre 9 e 22 de agosto de 2024, a plataforma estará fora do ar para preparativos da nova safra, impedindo a realização de transações de BCCUs.


O estoque da safra 2022/2023 estará disponível no sistema até 31 de dezembro de 2024.


Os compradores poderão solicitar créditos (BCCUs) tanto da safra corrente (2023/2024) quanto da safra anterior/em estoque (2022/2023). É essencial que, ao comercializar fardos do estoque da safra 2022/2023, o comprador indique corretamente a safra, na plataforma, para manter o saldo adequado no estoque e a fazenda faça a checagem, antes de aprovar a transação.


Ressaltamos que a Autenticação Multi-Fator (MFA) permanece obrigatória. Para inclusão de outro usuário durante ausências do responsável principal, informamos que é necessário a abertura de um chamado no Help Desk, informando nome, função, e-mail e código da fazenda.


O acesso à plataforma permite que as fazendas comprovem o fornecimento de algodão licenciado, registrando informações sobre pedidos de algodão originados, gerenciando a documentação necessária, e registrando informações sobre vendas de pluma aos clientes.


Ainda com dúvidas? Um treinamento online da Better Cotton, em português, será realizado no dia 27 de agosto de 2024, das 15h às 17h (horário de Brasília). Caso ainda não tenha recebido o link, entre em contato com a sua associação estadual.

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“Missão Compradores” é concluída ampliando confiança e admiração pelo algodão brasileiro

06 de Agosto de 2024

Neste final de semana, a oitava edição da “Missão Compradores” foi finalizada, superando as expectativas da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A delegação convidada, formada por 21 executivos de fiações e indústrias de 12 países, aprofundou o conhecimento sobre o Brasil, ampliando o grau de confiança no modelo brasileiro de produzir algodão.


“Ao longo destes 11 dias de contato, os importadores acompanharam diferentes etapas do nosso processo produtivo, em diferentes regiões produtoras do País. Essa transparência contribui para uma relação comercial mais confiável, que é o nosso objetivo”, analisou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


Em 2024, participaram do intercâmbio executivos da indústria têxtil de Bangladesh, China, Colômbia, Coréia do Sul, Estados Unidos, Honduras, Ilhas Maurício, Índia, México, Paquistão, Turquia e Vietnã. A programação passou por nove municípios de cinco estados brasileiros. As visitas técnicas foram realizadas em fazendas, algodoeiras, indústrias de esmagamento, laboratórios de classificação e centros de pesquisa, além da sede da Abrapa, em Brasília (DF).


Além da confiança, a missão resultou em boas doses de admiração. Na fazenda Boa Esperança, em Lucas do Rio Verde (MT), a chinesa Sarah Hong gostou de ver que os lotes de algodão são separados já na colheita. “Isso é muito importante porque precisamos de lotes uniformes para tirarmos o máximo da capacidade produtiva da fiação”, observou. Já o paquistanês Raza Ellahi salientou a eficiência e a tecnologia empregada na colheita. “São pessoas capacitadas. As máquinas fazem a colheita conforme a divisão de talhões e as variedades plantadas”, disse ele.


As boas condições de trabalho também foram percebidas por Faizah Mahmoot, de Bangladesh, na fazenda Bom Futuro, em Campo Verde (MT). “Vimos a classificação do algodão e os programas sociais e ambientais que o grupo tem. Foi ótimo”, disse.


Na fazenda Warpol, em São Desidério (BA), o chinês Qi Zhang se encantou pela brancura da pluma e pela rastreabilidade. “O algodão baiano é muito branco! Além disso, foi bom ver que cada amostra tem um número específico, que é o mesmo número que vai no fardo, no QR Code. É realmente uma rastreabilidade fardo a fardo”, notou.


As inovações tecnológicas da fazenda Pamplona, em Cristalina (GO), também saltaram aos olhos de Emre Akran, da Turquia. “Eles têm um software próprio que segrega o lote conforme a solicitação do comprador, usando a classificação visual e a instrumental, pelo HVI. Isso foi muito interessante”, pontuou.


A classificação do algodão brasileiro foi destaque. “O laboratório da Abapa (Associação Baiana dos Produtores de Algodão) segue os parâmetros internacionais e tem alta confiabilidade nas análises de HIV. Ver essa credibilidade nas análises aqui nos dá mais confiança”, analisou o sul-coreano Jiwoon Park. Jamil Uddin, de Bangladesh, concorda. “O centro brasileiro (Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão-CBRA) orienta todos os laboratórios para garantir alta confiabilidade nos resultados. E é exatamente isso que a gente busca: análises confiáveis”, reiterou o bengalês.


Cotton Brazil


A Missão Compradores é uma das atividades do Cotton Brazil, programa da Abrapa que posiciona mundialmente o setor produtivo do algodão e desenvolve novos mercados. “Nossa missão é ir além dos números e criar laços comerciais sólidos, tendo sempre em mente a relevância do algodão como uma fibra natural, renovável, biodegradável e produzida com responsabilidade”, ponderou Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa e responsável pelo Cotton Brazil.


Desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Cotton Brazil é apoiado pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e já entrega resultados positivos e concretos.


“É muito importante que os produtos brasileiros tenham uma marca forte no exterior. O algodão é um case de sucesso devido ao seu profissionalismo e aos belos resultados”, analisou o presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana. Na safra 2023/24, o Brasil alcançou pela primeira vez na história a marca de maior exportador mundial – com exportações estimadas em cerca de 2,6 milhões de toneladas.


Estados


A “Missão Compradores” começou a ser realizada em 2015 pela Abrapa e chegou à oitava edição em 2024. Neste ano, recebeu apoio das associações estaduais de produtores de algodão de Mato Grosso (Ampa), Bahia (Abapa) e Goiás (Agopa) – os três maiores produtores nacionais.


“É importante para nós podermos mostrar que aqui, em Mato Grosso, cultivamos com responsabilidade socioambiental e eficiência. E ainda temos potencial para expandir a produção: basta haver demanda”, afirmou o presidente da Ampa, Eraí Maggi, durante a visita a Cuiabá (MT).


A oportunidade de dialogar com os importadores é uma das vantagens da Missão Compradores na ótica do presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi. “Podemos mostrar toda a eficiência brasileira na produção, em todos os elos da cadeia produtiva. Além disso, podemos receber feedbacks sobre pontos que ainda podemos melhorar no cultivo do algodão”, analisou.


Presidente da Agopa, Haroldo Rodrigues da Cunha considera a “Missão Compradores” como uma das iniciativas mais importantes da Abrapa. “Nada é mais explicativo do que conhecer a realidade da produção. É quando podemos mostrar como as fazendas são organizadas, o nosso profissionalismo, as ações de sustentabilidade, a qualidade das lavouras, o beneficiamento, a classificação. E, no caso de Goiás, é extremamente relevante mostrar que, apesar de termos uma área menor que Mato Grosso e Bahia, somos tradicionais na produção e cultivamos com o mesmo rigor, com o mesmo critério, com o mesmo profissionalismo”, observou.

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Comissão Científica do 14° CBA organiza os últimos detalhes do evento

05 de Agosto de 2024

Foi realizada na última sexta-feira (2), a última reunião da Comissão Científica antes do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA). Promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e suas nove associações estaduais, o evento ocorrerá entre os dias 03 e 05 de setembro de 2024, em Fortaleza (CE).


Na reunião, a organização do evento informou aos membros da comissão, os últimos avanços. São mais de 2.200 inscritos até o momento, além de 288 trabalhos científicos apresentados e aprovados. “Até o dia 16 de agosto, a Comissão de Premiação, constituída por parte da Comissão Científica, entregará à organização do 14°CBA, a lista com os nomes dos 12 melhores trabalhos e seus respectivos responsáveis. Estes, serão apresentados oralmente durante os intervalos dos dois primeiros dias do CBA”, explica o coordenador da comissão, Jean Belot (IMAmt).


Os 12 autores serão comunicados com a devida antecedência para terem tempo de elaborarem uma apresentação, com dez minutos de duração cada. Paralelo a isso, a Comissão de Premiação irá selecionar os melhores trabalhos de cada área temática a ser premiada em conjunto com os dois melhores professores orientadores. Os nomes só serão divulgados na plenária, que acontecerá na manhã do terceiro e último dia do congresso.


A Comissão Científica do 14° CBA,  coordenada pelo pesquisador Jean Belot (IMAmt), é composta por Ana Luiza Borin (Embrapa Arroz e Feijão), Cezar Augusto Tumelero Busato (Associação Baiana dos Produtores de Algodão-Abapa), Fernando Lamas (Embrapa Agropecuária Oeste), Lucas Daltrozo (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão- Ampa), Lucia Vivan (Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso), Odilon Reny Ribeiro Ferreira Silva (Embrapa Algodão), Rafael Galbieri (Instituto Mato-Grossense do Algodão), Thiago Gilio (Universidade Federal do MT), e Wanderley Oishi (Associação Goiana dos Produtores de Algodão – Agopa).

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Com sustentabilidade e tecnologia, Brasil pode se manter como líder no fornecimento de algodão para o mundo

Em Mato Grosso, estado com maior produção de pluma, Encontro Técnico apresenta desafios e perspectivas para o setor algodoeiro

05 de Agosto de 2024

O Brasil alcançou um marco histórico no setor algodoeiro, em 2024. Pela primeira vez, se tornou o maior exportador mundial de algodão, superando a tradição do mercado norte-americano. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na safra 2023/24 o país deve colher cerca de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações alcançarão cerca de 2,6 milhões de toneladas.


Nessa trajetória de sucesso, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) vem buscando novas pesquisas, ajudando e aprimorando nas tomadas de decisões com um time de profissionais capacitados para auxiliar nas orientações de manejo, que visam um cultivo mais sustentável, atuando sempre na busca pela inovação e soluções tecnológicas para auxiliar no controle das principais pragas e doenças do algodão durante a safra.


A liderança da fibra brasileira na exportação foi pauta do painel "Desafios, oportunidades e futuro da cotonicultura brasileira" que abriu o XVI Encontro Técnico do Algodão, promovido pela Fundação MT.


A colheita começa a acelerar no Brasil, mas cerca de 60% da produção já foi comercializada. O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero apresentou os fatores que contribuem para os números expressivos da produção nacional de algodão.


"Essa conquista se deve a um trabalho de 25 anos e de dedicação em trazer as melhores tecnologias que existem no mundo. Qualidade, rastreabilidade e o mais importante, uma garantia de que o algodão que o Brasil produz, exportado pro mundo todo, é sustentável", afirmou.


Cenário atual, novas tecnologias, inovação, sustentabilidade e rastreabilidade do algodão também foram debatidos no painel. O economista e sociólogo Marcos Troyjo pontuou que os patamares da exportação brasileira devem continuar ainda bastante elevados.


“O Brasil ter se tornado o maior exportador mundial de algodão é razão de muito orgulho. O ESG chega como um novo desafio, ou seja, os temas ambientais, sociais e de governança. Toda essa agenda ecológica, vai continuar no centro do palco e cada vez mais vai ganhar relevância. E isso é ponto positivo, como por exemplo, o aumento na demanda de treinamento da força de trabalho, de aprimoramento de capital humano, que irá suprir a ausência de mão de obra nas produções”, destacou.


Para o cotonicultor Samuel Locks, entre os desafios da produção, a falta de mão de obra qualificada é um dos grandes entraves na propriedade. Ele também comentou como vê o futuro da produção do algodão no Brasil.


"Apesar do produtor brasileiro ser o mais eficiente do mundo, e produzir o dobro do que a média do produtor americano, eu vejo que ainda tem muito espaço para a gente melhorar, para ganhar mais eficiência, com uso de tecnologias. A grande demanda de produção exige investimentos em inovações”, pontuou.


Encontro Técnico do Algodão


A abertura do evento trouxe o anúncio da renovação de membros atuantes no conselho curador da Fundação MT. Romão Viana, é o novo diretor presidente da Fundação e agradeceu a presença de todos os participantes, reforçando o compromisso da instituição com a imparcialidade e credibilidade dos resultados.


Realizado em Cuiabá, entre os dias 31 de julho, 1 e 2 de agosto, o encontro reúne experientes pesquisadores da Fundação MT e profissionais que são referência na cotonicultura brasileira.


"Cultivando o futuro" é o tema que norteia a programação dos três dias do encontro. O objetivo é disseminar dados de pesquisa, apresentar o posicionamento da Fundação MT, promover diálogos sobre os gargalos da cotonicultura, debater aspectos da última safra e planejar a próxima temporada em campo.

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Sou de Algodão dá início a Cotton Trip

A quarta edição do evento quebra recordes em números de dias de visitas, grupos e convidados

05 de Agosto de 2024

O Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), se prepara para a 4ª edição da Cotton Trip, que começa no dia 06 de agosto, terça-feira. Este ano, serão seis dias de experiência em locais como as fazendas Pamplona e Samambaia, ambas em Cristalina/GO, e suas respectivas UBAs, o escritório da Abrapa e o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA). São grupos de 20 a 40 pessoas por dia, e incluem desde estilistas e imprensa nacional, até fiações, tecelagens, confecções e varejistas.


“Para nós é muito importante aproximarmos todos os atores da extensa cadeia da moda e seus formadores de opinião, com a ponta que representamos. Agradecemos a parceria das fazendas Pamplona e Samambaia, nesta edição. Temos muito orgulho em mostrar, na prática, todos os nossos programas. Por meio delas, entregamos à indústria uma fibra de qualidade, produzida com responsabilidade socioambiental e certificada pelo programa ABR. A transparência começa na origem da produção da matéria prima”, explica Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.


O roteiro do evento conta com a visita à fazenda, onde os participantes podem conhecer as melhores práticas de produção, o campo branco e o processo de colheita. Em seguida, na usina de beneficiamento, conhecerão a primeira etapa de industrialização, onde a pluma se transforma em fardos identificados e se tornam rastreáveis pelo Sistema Abrapa de Identificação (SAI). No período da tarde, para encerrar o ciclo, todos se dirigem à sede da Abrapa, para conhecer o laboratório central de qualidade, no CBRA, e saber mais sobre todos os programas de sustentabilidade, rastreabilidade, qualidade e promoção da fibra desenvolvidos pela entidade.


A agenda da Cotton Trip foi estruturada para atender os públicos segmentados a cada dia: empresas associadas ao Santa Catarina Moda e Cultura (06); estilistas parceiros do movimento Sou de Algodão, stylists e produtores de moda (07); marcas parceiras dos segmentos de confecção e malharia (08); fiações e tecelagens (09);  imprensa de moda, agro, sustentabilidade e negócios (15) e embaixadores, representantes do governo federal, bancos e entidades (16).



Sobre Sou de Algodão


Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.

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Terminais certificados pelo ABR-LOG movimentaram 42% do volume exportado no período comercial 2023/2024

02 de Agosto de 2024

O programa de certificação Algodão Brasileiro Responsável para Terminais Retroportuários de Algodão, ABR-LOG, alcançou e superou a meta inicial em seu primeiro ano de operação. Estabelecida em 30%, ela foi ultrapassada com a movimentação de 42% do volume exportado de algodão através de seis terminais certificados no programa, durante o período comercial de 2023/2024. Gerido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) em parceria com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o ABR-LOG visa garantir a excelência na estufagem de contêineres com fardos de algodão, priorizando não apenas a qualidade do processo, mas também os aspectos ambientais e sociais.


A iniciativa faz parte do escopo do programa Cotton Brazil, de promoção da fibra brasileira no mercado internacional, proveniente da parceria entre Abrapa, Anea e ApexBrasil. "Recentemente, alcançamos o primeiro lugar na exportação global de algodão, um marco histórico ainda mais significativo com o papel desempenhado pelo ABR-LOG", afirmou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


Nesta safra, o Brasil projeta colher aproximadamente 3,7 milhões de toneladas de pluma, com exportações estimadas em cerca de 2,8 milhões de toneladas. A nova meta do ABR-LOG é estufar pelo menos 50% do volume exportado em terminais credenciados. A certificação conserva o valor do algodão brasileiro, pois rasgos e sujeira podem contaminar a pluma, afetando o trabalho realizado no campo, nas unidades de beneficiamento e nos laboratórios brasileiros. “Todo trabalho representa a união do setor em prol de um objetivo comum: fortalecer a posição do Brasil como referência global na produção e exportação da fibra”, enfatizou Schenkel.
Segundo o presidente da Anea, Miguel Faus, baseado em experiências anteriores em que fardos chegavam sujos e em contêineres inadequados, o programa ABR-LOG já está demonstrando impactos positivos. Especialmente na Turquia, a certificação tem sido valorizada, destacando a importância de como os fardos são tratados desde sua origem até o destino final.
“O sucesso do primeiro ano do programa foi evidente. Realizamos, em junho, um evento em Santos para incentivar a participação de todos os terminais. A expectativa é que, em breve, todos alcancem a certificação ABR-LOG, elevando, assim, os padrões de qualidade e eficiência em toda a cadeia de produção e logística do algodão brasileiro”, disse Faus.


Boas práticas de estufagem

Desde 2023, a Abrapa estendeu seu programa de certificação socioambiental Algodão Brasileiro Responsável (ABR) aos terminais retroportuários de algodão e armazéns que realizam o transbordo da carga e estão aptos para a operação de estufagem, criando assim o ABR-LOG. O programa é voluntário e promove o aumento progressivo das boas práticas de estufagem nessas unidades, fundamentado no cumprimento rigoroso das legislações e normas específicas para essa atividade.


Na safra 2023/2024, a empresas que participaram do programa e foram aprovadas após auditoria foram: S. Magalhães & Essemaga – terminais de Alemoa e Guarujá, ambos em Santos (SP) –, Hipercon Terminais de Carga, de Santos (SP), Louis Dreyfus Company (LDC), terminal em Cubatão (SP), Brado, em Rondonópolis (MT), e Tecon Salvador (BA).


O protocolo técnico estabelece diretrizes para os participantes, que incluem auditorias anuais conduzidas por empresas independentes que, no período de 2023/2024, foram realizadas pela Control Union. A gestão é supervisionada por um comitê que reúne representantes da Abrapa e da Anea, assegurando a conformidade e a evolução contínua das práticas adotadas nos terminais.


Os critérios de certificação abrangem três pilares fundamentais: social, ambiental e de governança. No aspecto social, o foco está na garantia de condições de trabalho dignas e no respeito aos direitos humanos. Ambientalmente, os terminais são incentivados a adotar práticas sustentáveis de gestão de resíduos e eficiência energética. Já em governança, a transparência e a ética são pilares essenciais para uma gestão responsável.


Com uma adesão inicial que superou as expectativas, o ABR-LOG reforça seu papel estratégico na cadeia produtiva do algodão, promovendo não apenas a excelência operacional, mas também o compromisso com a sustentabilidade e a qualidade dos produtos exportados. "A certificação se destaca por sua abordagem abrangente da qualidade, assegurando que o algodão brasileiro chegue ao destino em perfeitas condições. O programa implementa um conjunto de critérios que vão desde o cumprimento de normas trabalhistas e ambientais até a excelência nas operações de estufagem de contêineres", avaliou Schenkel.


Acesse o relatório final do ABR-LOG, período comercial 2023/2024 em: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/08/Relatorio-do-Programa-ABR-LOG-%E2%80%93-Periodo-Comercial-2023.2024.pdf

26.07.2024
Imprensa Abrapa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
(71) 98881-8064
Monise Centurion – Jornalista Assistente
(17) 99611-8019
Simone Seara – Jornalista Assistente
(71) 99197-9756

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Estratégia de futuro pauta a Missão Compradores, que termina neste final de semana

02 de Agosto de 2024

Após sete dias de agenda intensa e viagens por três dos maiores estados produtores de algodão do Brasil, a “Missão Compradores” chega ao fim neste final de semana. Com mais um saldo positivo, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) fecha a oitava edição do intercâmbio certa de ter criado relações mais prósperas com os países visitantes - Bangladesh, China, Colômbia, Honduras, Índia, Coréia do Sul, Ilhas Maurício, México, Paquistão, Turquia, EUA e Vietnã.


A visão de futuro está no DNA da “Missão Compradores”, explica o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero. “A missão é uma iniciativa muito estratégica. Com ela, queremos construir relações de confiança e de longo prazo com os principais compradores de algodão no mundo. Por isso, fazemos questão de trazê-los ao Brasil e mostrar o que temos de melhor quanto à qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade”, analisou o executivo.


Esse modelo de promoção internacional e desenvolvimento de mercados construído pela Abrapa com o Cotton Brazil tem sido bem avaliado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) – parceira na iniciativa. “É muito importante que os produtos brasileiros tenham uma marca forte no exterior. O algodão é um dos cases de sucesso desse branding internacional, porque está sendo desenvolvido com muito profissionalismo e já entregando belos resultados”, analisou o presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana.


Na safra 2023/24, o Brasil alcançou a marca de terceiro maior produtor mundial (com estimativa de produzir cerca de 3,7 milhões de toneladas de pluma) e maior exportador mundial – com exportações estimadas em cerca de 2,6 milhões de toneladas.


Neste ano, a “Missão Compradores” contou com uma inovação: uma reunião de feedback com os importadores apontando aspectos a serem aperfeiçoados. “A cotonicultura brasileira está numa jornada de crescimento e evolução. Temos desafios para superar e ouvi-los é muito enriquecedor”, afirmou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.


A união das diferentes nações presentes na Missão Compradores na defesa do algodão foi destacada por Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa e responsável pelo Cotton Brazil. “O grupo fez uma grande discussão sobre como aumentar a demanda mundial, afinal é um produto sustentável, renovável e biodegradável. Esse é o nosso grande desafio como setor”, enfatizou.


Na quinta (01), a agenda da missão começou pela fazenda Pamplona, em Luziânia (GO) – propriedade do grupo SLC, que nesta safra plantou 188 mil hectares de algodão com previsão de colher mais de 360 mil toneladas. A participação na “Missão Compradores” já está no calendário anual do grupo. “É estratégico para nós porque os clientes conhecem nosso processo de produção sustentável e rastreável. Com isso, adquirem mais confiança no Brasil como um fornecedor estável e de alta qualidade”, avaliou Aurélio Pavinato, CEO da SLC Agrícola.


Emre Akran, da Turquia, acompanhou de perto as demonstrações na fazenda Pamplona e se interessou particularmente pela forma como os lotes de algodão são separados. “Eles têm um software próprio que faz a segregação do lote de acordo com o que o comprador solicita, e a partir da classificação visual e da instrumental, pelo HVI. Isso foi muito interessante”, afirmou Akran.


A comitiva internacional visitou também o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), em Brasília. Oportunidade ímpar para disseminar os cuidados do Brasil com a classificação do algodão, observou Edson Mizoguchi, gestor dos programas de qualidade da Abrapa. “Os clientes percebem as melhorias obtidas ano a ano e isso dá mais confiança e credibilidade nos negócios com o Brasil”, enfatizou. “Hoje, temos um Sistema de Gestão de Qualidade que garante a competência técnica das análises e contamos com a certificação do algodão pelo Ministério da Agricultura, outra importante conquista”, citou.


Esse cuidado com a classificação do algodão foi percebido pelos importadores. “Vimos que o centro brasileiro é um balizador da qualidade do algodão no Brasil, porque ele guia todos os laboratórios para que eles tenham alta confiabilidade nos resultados (da análise feita) por HVI. E é exatamente disso que a gente precisa: de análises confiáveis. Assim, eu posso tomar a melhor decisão e ter o melhor aproveitamento da fibra na indústria têxtil”, explicou Jamil Uddin, de Bangladesh.


A “Missão Compradores” começou a ser realizada em 2015 pela Abrapa. Neste ano, recebeu apoio das associações estaduais de produtores de algodão de Mato Grosso (Ampa), Bahia (Abapa) e Goiás (Agopa). O intercâmbio faz parte do Cotton Brazil, que além da parceria com a Apex-Brasil recebe apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #28/2024 02/08/2024

02 de Agosto de 2024

Destaques da Semana - Ontem, 1/ago, começou o ano comercial 24/25, para fins estatísticos. A 8ª Missão Compradores Cotton Brazil mais uma vez é um sucesso.


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Algodão em NY - O contrato Dez/24 fechou nesta quinta 01/08 cotado a 68,08 U$c/lp (-1,2% vs. 25/jul). O contrato Dez/25 fechou em 71,31 U$c/lp (-1,1% vs. 25/jul).


Basis Ásia - o Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 851 pts para embarque Out/Nov-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 01/ago/24).


Baixistas 1 - Cotações sob pressão com evidências de oferta global de algodão confortável para esta safra, com o Brasil devendo liderar com folga as exportações nos próximos meses.


Baixistas 2 - O governo chinês anunciou que irá alocar 200 mil toneladas de cota de importação em 2024. O volume é menos da metade do realizado em 2023 (750 mil tons).


Baixistas 3 - A demanda por fios, têxteis e vestuário continua fraca na maioria dos países, apesar das recentes reduções de preço do algodão.


Altistas 1 - Houve pequena piora nas condições das lavouras nos EUA. Ultimo relatório do USDA mostra que 49% das lavouras estão em condições boas a excelentes (53% na semana anterior).


Altistas 2 - O PIB dos EUA para o segundo trimestre foi anunciado em 2,8%, bem acima da previsão de 2,1%.

Altistas 3 - Incentivos econômicos positivos foram anunciados pelo governo chinês esta semana, gerando certo otimismo, pois a situação econômica atual não é boa.


China 1 - A Cota de somente 200 mil toneladas de importação de algodão anunciada pelo governo Chinês deixou o mercado preocupado esta semana.


China 2 - Este é o nível mais baixo de cotas anunciadas desde 2018, com cotas anteriores variando de 400.000 a 800.000 toneladas.

China 3 - As fiações devem se candidatar para alocação das cotas no período de 1 a 7 de agosto, demonstrando capacidade instalada de pelo menos 50.000 fusos.


China 4 - O mais relevante fato altista para o mercado em 23/24 foi o grande volume de importações da China, que deve fechar em 3,2 milhões de tons, maior número em 12 anos.


China 5 - Para o ano comercial 2024/25, que começou 01/08, a expectativa é que o país importe pelo menos 2,4 milhões de tons para cobrir o déficit anual, mas há algodão em abundância hoje no país e a economia não vai bem.

Paquistão - A queda nas cotações internacionais e aumento dos preços internos levou a um aumento nas consultas por importação no Paquistão.


Bangladesh 1 - A produção industrial em Bangladesh foi retomada nesta semana, após a paralisação causada pelas manifestações.


Bangladesh 2 - A situação em Bangladesh ainda preocupa. Protestos contra o governo continuam e a situação é instável.


Egito - Dados não oficiais projetam a área plantada com algodão no Egito para a safra 2024/25 em cerca de 132 mil hectares, com produção estimada de 100 mil tons de pluma.


Missão Compradores 1 - Termina neste final de semana a oitava “Missão Compradores”. A Abrapa recebeu 21 executivos da indústria têxtil de 12 países: Bangladesh, China, Colombia, Honduras, India, Coréia do Sul, Ilhas Maurício, México, Paquistão, Turquia, EUA e Vietnam.


Missão Compradores 2 - Na visita por MT, os destaques foram o profissionalismo e a sustentabilidade. “Fiquei impressionada com o quanto a colheita é bem estruturada”, disse a chinesa Sarah Hong: https://bit.ly/3Wy7Q6a


Missão Compradores 3 - Já na Bahia, o ponto alto foi a rastreabilidade. O chinês Qi Zhang viu em detalhe como cada amostra é identificada e se encantou com a ‘brancura’ do algodão: https://bit.ly/4fnrZ7P


Missão Compradores 4 - O intercâmbio também passou por Goiás e terminou na sede da Abrapa, em Brasília. A Missão é uma ação do Cotton Brazil, e tem apoio e parceria da Apex-Brasil, da Anea e das associações estaduais.


Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 155,7 mil tons até 29 de julho. A média diária de embarque é 2,25 vezes maior que a média registrada no mesmo mês de 2023.


Colheita 2023/24 - Até ontem (01/08), foram colhidos no estado da BA (44,05%), GO (60,21%), MA (47%), MG (50%), MS (80,8%), MT (35%), PI (52,71%), PR (100%) e SP (88%). Total Brasil: 38,85%


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (01/08), foram beneficiados no estado da BA (30%), GO (20,15%), MA (14%), MG (20%), MS (32,8%), MT (6,5%), PI (19,92%), PR (100%) e SP (81%). Total Brasil: 12,35%


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 01_08


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global.
Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Com sustentabilidade e tecnologia, Brasil pode se manter como líder no fornecimento de algodão para o mundo

Em Mato Grosso, estado com maior produção de pluma, Encontro Técnico apresenta desafios e perspectivas para o setor algodoeiro

02 de Agosto de 2024

O Brasil alcançou um marco histórico no setor algodoeiro, em 2024. Pela primeira vez, se tornou o maior exportador mundial de algodão, superando a tradição do mercado norte-americano. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na safra 2023/24 o país deve colher cerca de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações alcançarão cerca de 2,6 milhões de toneladas.


Nessa trajetória de sucesso, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) vem buscando novas pesquisas, ajudando e aprimorando nas tomadas de decisões com um time de profissionais capacitados para auxiliar nas orientações de manejo, que visam um cultivo mais sustentável, atuando sempre na busca pela inovação e soluções tecnológicas para auxiliar no controle das principais pragas e doenças do algodão durante a safra.


A liderança da fibra brasileira na exportação foi pauta do painel "Desafios, oportunidades e futuro da cotonicultura brasileira" que abriu o XVI Encontro Técnico do Algodão, promovido pela Fundação MT.


A colheita começa a acelerar no Brasil, mas cerca de 60% da produção já foi comercializada. O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero apresentou os fatores que contribuem para os números expressivos da produção nacional de algodão.


"Essa conquista se deve a um trabalho de 25 anos e de dedicação em trazer as melhores tecnologias que existem no mundo. Qualidade, rastreabilidade e o mais importante, uma garantia de que o algodão que o Brasil produz, exportado pro mundo todo, é sustentável", afirmou.


Cenário atual, novas tecnologias, inovação, sustentabilidade e rastreabilidade do algodão também foram debatidos no painel. O economista e sociólogo Marcos Troyjo pontuou que os patamares da exportação brasileira devem continuar ainda bastante elevados.


“O Brasil ter se tornado o maior exportador mundial de algodão é razão de muito orgulho. O ESG chega como um novo desafio, ou seja, os temas ambientais, sociais e de governança. Toda essa agenda ecológica, vai continuar no centro do palco e cada vez mais vai ganhar relevância. E isso é ponto positivo, como por exemplo, o aumento na demanda de treinamento da força de trabalho, de aprimoramento de capital humano, que irá suprir a ausência de mão de obra nas produções”, destacou.


Para o cotonicultor Samuel Locks, entre os desafios da produção, a falta de mão de obra qualificada é um dos grandes entraves na propriedade. Ele também comentou como vê o futuro da produção do algodão no Brasil.


"Apesar do produtor brasileiro ser o mais eficiente do mundo, e produzir o dobro do que a média do produtor americano, eu vejo que ainda tem muito espaço para a gente melhorar, para ganhar mais eficiência, com uso de tecnologias. A grande demanda de produção exige investimentos em inovações”, pontuou.


Encontro Técnico do Algodão


A abertura do evento trouxe o anúncio da renovação de membros atuantes no conselho curador da Fundação MT. Romão Viana, é o novo diretor presidente da Fundação e agradeceu a presença de todos os participantes, reforçando o compromisso da instituição com a imparcialidade e credibilidade dos resultados.


Realizado em Cuiabá, entre os dias 31 de julho, 1 e 2 de agosto, o encontro reúne experientes pesquisadores da Fundação MT e profissionais que são referência na cotonicultura brasileira.


"Cultivando o futuro" é o tema que norteia a programação dos três dias do encontro. O objetivo é disseminar dados de pesquisa, apresentar o posicionamento da Fundação MT, promover diálogos sobre os gargalos da cotonicultura, debater aspectos da última safra e planejar a próxima temporada em campo.

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