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Cerrado é destaque na produção sustentável de algodão

​Rentável e sustentável. Assim é a produção de algodão no Cerrado. É no centro do país que se encontra 90% das lavouras brasileiras de algodão

20 de Julho de 2022

Com investimento em tecnologia e pesquisa e somente 8% da área plantada irrigada, o Brasil pode ser considerado o maior fornecedor de algodão sustentável do mundo, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

Nas décadas de 1980 e 1990, o Brasil era um dos maiores produtores mundiais de algodão.

Porém, com a chegada do bicudo, a principal praga da cultura nas Américas, a área plantada diminuiu mais de 60% e o país deixou de ser um grande exportador para ser o segundo maior importador de algodão do planeta.

No início dos anos 2000, houve uma retomada do cultivo. A cultura migrou das regiões Sul e Sudeste para o Centro-Oeste.

Com a colheita mecanizada e investimento em pesquisa e novas tecnologias, o cenário mudou bastante.

Se em 1980, o Brasil produziu 500 mil toneladas de pluma em quatro milhões de hectares. Hoje, o país produz quase três milhões de toneladas em pouco mais de 1,5 milhão de hectares. Ou seja, uma produtividade cinco vezes maior em uma área plantada praticamente três vezes menor.

Rentável e sustentável. Assim é a produção de algodão no Cerrado. É no centro do país que se encontra 90% das lavouras brasileiras de algodão.

Uma cultura que já ocupou o sertão e a beira-mar, mas encontrou no Planalto Central as condições ideais para o seu desenvolvimento.

"A gente já tem previsões e históricos de onde iniciam as chuvas e onde elas terminam. Então, para o algodão, é fundamental. Um exemplo é que, nesse estágio que se encontra, da colheita, eu não posso ter mais chuvas. Então, se eu estiver em outra região do Brasil, do Sul, eu já tenho nessa época até chuvas ocorrendo e, no Cerrado, eu não tenho. Eu tenho um clima mais definido", explica Diego Andre Goldschmidt, coordenador de produção da Fazenda Pamplona, em Cristalina (GO).

Na fazenda, 100% das plumas são certificada pelo Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e pela Better Cotton Initiative (BCI).

"Ao obedecer todo esse protocolo, são 183 pontos de cumprimento e verificação, a Fazenda recebe uma auditoria externa que comprova que está feito esse papel e emite um certificado de sustentabilidade para produção que sai da propriedade", explica o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarreiro.

Os protocolos de sustentabilidade envolvem boas práticas agrícolas, sociais e econômicas.

No aspecto ambiental, um fator determinante é a economia de água e de energia: 92% da produção é feita em sequeiro. Ou seja, irrigada apenas com água da chuva.

Além disso, o monitoramento de pragas é feito por drone e há um intenso controle biológico.

Já no aspecto social, a empresa busca oferecer um ambiente seguro, salários adequados, opções de lazer para os funcionários e eliminar qualquer forma de trabalho humilhante ou degradante.

"Trata-se de uma tomada de consciência do consumidor mundial, preocupado com o meio ambiente, com relações de trabalho e qualquer exploração indevida de pessoas. então, quando uma pessoa nos Estados Unidos ou na Europa vai à uma loja comprar uma roupa ou um produto de cama, mesa e banho, ela busca saber se, ao comprar, ela não está contribuindo para esse tipo de crime ambiental e social. a única forma de garantir isso é certificando o processo, desde a origem, até chegar no produto final", complementa Portocarreiro.

 

Rastreabilidade

Uma das iniciativas que assegura a qualidade do algodão produzido em cristalina é a rastreabilidade.

Um sistema de logística reversa, com tecnologia blockchain – ou seja, inviolável – que permite ao comprador e aos consumidores, saberem, todo o processo percorrido pelo produto.

"Junto com o fardo de algodão, a partir de um qr code, é verificado pelo celular, o comprador pode verificar quem produziu, em que região do país produziu, o mapa da fazenda, da onde saiu aquele fardo, em que unidade de beneficiamento esse algodão foi beneficiado, e o mapa da onde está, em que laboratório ele foi analisado, também com mapa, e o resultado da análise, inviolável, que o comprador tem muito interesse em saber e que sabendo que ninguém pode mexer nesse resultado, ele confia no que está ali. e também a informação que o algodão é ou não é certificado, que vão as licenças fornecidas pelas empresas de auditoria", explica o diretor executivo da Abrapa.

 

Leia mais: Cerrado é destaque na produção sustentável de algodão (canalrural.com.br)

Mídia: Canal Rural

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Brasil terá menos algodão na safra 21/22

Previsão de 2,8 milhões de toneladas foi revista, mas, ainda assim, será 10% maior que a anterior

20 de Julho de 2022

Na safra 2019/20, o Brasil bateu o recorde da década, alcançando 3 milhões de toneladas de algodão. Em 2020/21, período marcado pelos efeitos da pandemia de covid-19, a produção recuou para 2,3 milhões de toneladas. Para a safra 21/22, que começa a ser colhida, a previsão que era de colher 2,8 milhões de toneladas foi revista e o Brasil terá menos algodão. "Faltou chuva no final do ciclo em Mato Grosso e Bahia", explica Júlio Busato, presidente da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão).

Ainda que o país termine a temporada 21/22 com menos algodão que o previsto inicialmente, a safra atual será cerca de 10% maior que a anterior, mantendo o Brasil como o quarto maior produtor de algodão do mundo. Do total cultivado, apenas 700 mil toneladas permanecem no país, basicamente para abastecer a indústria têxtil. O grosso da produção é exportado. Quase 95% têm a China por destino, destaca Busato em entrevista ao GBLjeans.

Conforme o produtor, 84% do algodão brasileiro têm certificação ABR. Dos 2,33 milhões de toneladas da safra 20/21, 1,96 milhão de toneladas correspondem a algodão certificado. Quase todo o volume certificado também conta com licença BCI, de forma que 42% do algodão BCI do mundo são de algodão do Brasil, informou Márcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa em apresentação a jornalistas.

Para comparar, ele citou que os Estados Unidos participam com apenas 214 mil toneladas de algodão BCI.

 

Giro pela fazenda

Para mostrar a cadeia de produção do algodão certificada antes da fiação têxtil, a Abrapa organizou um giro por uma das fazendas do SLC Agrícola, grupo que responde por 11% da produção brasileira de algodão. O destino foi a fazenda Pamplona, situada em Cristalina, cidade de Goiás a 124 quilômetros de Brasília.

Para a safra 21/22, só a fazenda Pamplona plantou 92 mil hectares de algodão de primeira safra, que termina de colher em agosto. A fazenda também planta soja e milho.

Conta com uma UBA (Unidade Beneficiadora de Algodão) no mesmo complexo, com capacidade para processar 65 mil fardos de 2,3 toneladas cada um. Depois de passar pela usina de beneficiamento, os chamados 'fardões' dão origem a dois ou três fardos de 230 quilos cada um. São os 'fardinhos' que abastecem as fiações.

Na UBA, os 'fardões' envoltos em embalagens de plástico amarelo são abertos e levados para equipamentos que fazem a limpeza do algodão em duas etapas. Em seguida, uma máquina trata do descaroçamento da pluma.

A pluma limpa segue pela esteira para empacotamento nos fardinhos, enquanto o caroço passa por outros processos. Serve de insumo às indústrias de alimentos, para produção de óleos, e de cosméticos. A sobra de pluma que fica grudada no caroço é chamada de línter e usada para fabricação de papel-moeda ou do algodão que se compra na farmácia.

Outros sub-produtos incluem a fibrilha da qual se faz a sacaria, panos de prato entre outras aplicações; a casca do caroço serve para ração de gado. "Tudo do algodão tem uso", assegura Filipe Mamede, gerente de vendas do SLC.

 

Leia Mais: Algodão na safra 21/22 tem projeção revista para baixo • GBLjeans

Mídia: GBLjeans

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Movimento Sou de Algodão expande conexões entre 1004 marcas parceiras para reforçar atributos da fibra

​Iniciativa amplia capacitação por meio de webinários técnicos, parcerias com universidades e reforça o papel socioeconômico com projetos voltados para o networking

19 de Julho de 2022

O Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), alcançou 1004 marcas parceiras no mês de junho e fortalece o posicionamento da fibra no mercado da moda gerando negócios e conexões para ampliar o conhecimento sobre os atributos da matéria-prima. Para isso, foi desenvolvido o pilar de negócios chamado Sou de Algodão Conecta, que tem como objetivo, por meio de webinars, ampliar o relacionamento entre as marcas participantes e gerar colaborações de sucesso.

Este trabalho é intensificado com encontros e novidades, como uma área de fórum para a interação direta, para trocas de experiências e novas parcerias. Um exemplo é a colaboração entre a marca Dendezeiro e a Constâncio Vieira. Os estilistas responsáveis precisavam de fornecedores para a coleção que fariam para a edição do ano passado da Casa de Criadores. Por serem parceiros, o movimento conversou para entender a necessidade e foi levantado, entre as tecelagens participantes da região Nordeste, quais seriam os potenciais parceiros nesse projeto, indicando duas e compartilhando os catálogos de ambas. A escolhida foi a tecelagem citada, que tinha a gama de tecidos nas cores e quantidades requeridas. E essa parceria vem crescendo a cada coleção.

"Temos parceiros que trabalham em etapas diferentes da cadeia têxtil, e o que nos une é justamente a matéria-prima. É superimportante termos esse pilar dentro do movimento para nos conhecermos melhor e podermos avançar muito mais no futuro. Queremos levar transparência, rastreabilidade, sustentabilidade e mostrar quem somos, como pensamos e o que fazemos para os consumidores", explica Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa.

 

Atributos do algodão 

Busato observa ainda que é necessário informar e chamar a atenção para os atributos, e são essas características que se destacam e ganham a oportunidade de brilhar nos produtos das marcas, desde segmentos com pouca participação da fibra, como o beachwear, até em produtos com alto valor agregado, como vestidos de gala. Isso mostra que a matéria-prima está reconquistando o espaço no mercado da moda e chamando atenção, principalmente, sobre a qualidade que vem da produção até chegar no varejo.

 

Confira abaixo os motivos para que a matéria-prima seja procurada por empresários:

 

Responsável

O Algodão Brasileiro Responsável (ABR) é o programa que responde pelo comprometimento dos produtores com três pilares da sustentabilidade: social, que prevê respeito ao trabalhador e garante relações justas entre contratantes e contratados, sempre de acordo com a lei e contribuindo para o desenvolvimento da comunidade; ambiental, incluindo responsabilidade com a preservação do meio ambiente e uso controlado e adequado de defensivos; e econômico, enfatizando a saúde econômica dos negócios que envolvem a fibra, beneficiando a todos, de modo justo e equilibrado, e estimulando o crescimento do produto interno bruto brasileiro.

 

Natural

É uma fibra macia que cresce em torno das sementes de sua planta. Pode ser encontrada em arbustos das regiões tropicais e subtropicais.

 

Versátil 

Essa característica atende a todos os perfis de público, dos que preferem o liso básico, ao estampado divertido e cheio de personalidade, até ao mais sofisticado, com bordados e rendas.

 

Reciclável 

Os resíduos de tecidos 100% algodão podem ser triturados, desfibrados e reconstruídos na forma de novos fios e tecidos, garantindo um ciclo de vida infinito.

 

Durável

Por ser mais resistente a lavagens na máquina e ao ferro de passar, por exemplo, a fibra tem longa durabilidade.

 

Sobre Sou de Algodão

É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, com 84% da safra 20/21 com a certificação ABR.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #28/2022

15 de Julho de 2022

- Destaque da Semana – Mercado em forte alta nesta Sexta com dados positivos de consumo dos EUA, mas foi mais uma semana de queda significativa no mercado de algodão (assim como demais commodities). Inflação nos EUA continua batendo recordes e crescimento Chinês desapontando. Fatores macroeconômicos sobrepõem fundamentos, em uma semana de relatório do USDA confirmando situação apertada de estoques nos EUA.

 

- Algodão em NY – O contrato Dez/22 fechou ontem a 83,71 U$c/lp (-8,9%). Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 70,34 U$c/lp (-9,3%) e o Dez/24 a 67,60 USc/lp (-8,5%) para a safra 2023/24.

 

- Preços - Ontem, (14/07), o algodão brasileiro estava cotado a 129,75 U$c/lp (-325 pts) para embarque em Ago-Set/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22: 109,50 U$c/lp (-50 pts).

 

- Baixistas 1 - A China divulgou dados de PIB do 2º Trimestre/22 abaixo do esperado (esperava-se 1,2% a/a e o número foi 0,4%). Este foi o 2º pior trimestre desde que os dados começaram a ser divulgados em 1992, só perdendo para a contração de 6,9% no 1º Trimestre de 2020.

 

- Baixistas 2 - A queda do 1T20 foi causada pelo choque inicial da Covid-19. O combate ao vírus continua em 2022 e a política de Covid-Zero é considerada a principal causa do decepcionante crescimento Chinês.

 

- Baixistas 3 - O governo chinês reduziu nesta semana a estimativa de importação de pluma para 1,75 milhão tons em 2021/22, um decréscimo de 250 mil tons.

 

- Baixistas 4 - Os EUA vivenciam a maior inflação em 41 anos. Esta semana foi anunciado o número anualizado de 9,1%.  Preços altos são combatidos com elevação na taxa de juros, e juros mais altos pressionam o mercado, enfraquecendo as commodities.

 

- Altistas 1 – Mesmo com preços em alta recorde, as vendas no varejo dos EUA subiram em junho mais do que o previsto. O consumidor na maior economia do mundo está resiliente graças a maiores salários e bom nível de poupança.

 

- Altistas 2 – Ondas de extremo calor continuam atingindo muito fortemente o Texas, piorando a situação de seca no principal produtor dos EUA, inclusive em áreas irrigadas.

 

- China - A semana foi marcada pelas primeiras compras de algodão pela reserva estatal chinesa nesta rodada destinada ao algodão doméstico.

 

- Oferta e Demanda 1 - Relatório WASDE do USDA de Julho revisou nesta semana a safra mundial de algodão 2022/23 em 26,14 milhões de toneladas – prevendo uma redução de 261 mil toneladas.

 

- Oferta e Demanda 2 - O consumo mundial caiu também, indo para 26,46 milhões de toneladas com a redução de 351 mil tons na China, Índia, Bangladesh e Vietnã. Resultado: estoques mundiais de 18,35 milhões tons – 324 mil tons acima da previsão anterior.

 

- Oferta e Demanda 3 - A produção dos EUA foi reduzida pelo USDA para 3,38 milhões tons (-218 mil tons) e a previsão é de que as exportações norte-americanas caiam para 3,05 milhões tons (-109 mil tons).

 

- Embaixadores 1 - A Abrapa recebeu representantes das embaixadas da Coreia do Sul, Vietnã e Turquia nesta quinta (14) na fazenda Pamplona (Cristalina/GO). O objetivo foi mostrar como é feita a produção de algodão brasileiro na prática.

 

- Embaixadores 2 - A programação terminou em Brasília, onde embaixadores, adidos e técnicos visitaram o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) ao lado do presidente da Abrapa, Júlio Busato.

 

- Agenda 1 – A partir do dia 29/7, o programa Cotton Brazil, da Abrapa, e a Anea, em parceria com a Apex-Brasil, receberão 25 industriais de diversos países na Missão Compradores 2022. A agenda inclui visitas a fazendas, laboratórios e algodoeiras nas principais regiões produtoras do país.

 

- Exportações - De acordo com dados do Ministério da Economia, o Brasil exportou 7,8 mil tons de algodão nas duas primeiras semanas de julho/22. A média diária de embarque é 52,7% inferior quando comparado com julho/21.

 

- Colheita 2021/22 - Colheita 2021/22 - Até ontem (14/07):  BA (49,6%); GO (39%); MS: (32%); MT (22,7%); MG (20%); SP (95%); PI (38%); MA (13%); PR (95%). Total Brasil: 28,5% colhido.

 

- Beneficiamento 2021/22 - Até ontem (14/07):  BA (20%); GO (13%); MS (13%); MT (3,2%); MG (14%); SP (93%); PI (4%); PR (90%). Total Brasil: 8% beneficiado.

 

- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇

 

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Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Aprendi sobre consumo consciente em fazenda que produz algodão sustentável

​Essa experiência também pode ampliar a forma como você enxerga a cadeia produtiva da moda

15 de Julho de 2022

Você já se perguntou de onde vem as suas roupas? Quem as produzem e quais são os processos envolvidos na produção da matéria-prima? Essas dúvidas costumam passar pela nossa cabeça quando estamos começando a entender e praticar hábitos conscientes de consumo e são legítimas e importantes de serem respondidas.

Por isso, fiquei tão feliz quando o fui conhecer os bastidores da produção de algodão na Fazenda Pamplona, localizada em Cristalina – GO. O convite chegou do Movimento Sou de Algodão, uma iniciativa da Abrapa (Associação Brasileira de Produtores de Algodão), que busca unir todos os agentes da produção dessa fibra natural, desde as fazendas e os fornecedores de insumo até os estilistas e consumidores finais, com o objetivo de valorizar a moda consciente através de uma origem responsável.

Nesse passeio, aprendi que toda a pluma que sai da Fazenda Pamplona é certificada pelo Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), ou seja, trata-se de uma cadeia produtiva socialmente justa, economicamente viável e que visa a preservação da natureza. E não é simples de conseguir essa certificação não, viu? Existem 183 critérios, sendo 51 indispensáveis, que a fazenda deve cumprir para obtê-la. Entre eles, estão princípios básicos, como a proibição do trabalho análogo à escravidão, do trabalho infantil e de discriminação dos trabalhadores, a garantia de segurança e saúde no ambiente de trabalho, a manutenção da saúde do solo, o uso controlado da água, a correta destinação de resíduos… E, a cada ano, exige-se uma melhora das unidades certificadas – se houver regressão, elas perdem o selo ABR. Não basta dizer que é sustentável, tem que provar na prática!

Acompanhei de perto a colheita mecanizada na lavoura, que enche rolos de cerca de duas toneladas cada – essa técnica, inclusive, evita o desperdício, pois todo o algodão fica armazenado atrás da máquina. Também entendi que 92% do algodão no Brasil é produzido sem irrigação em sequeira, o que significa que as condições de chuva natural são aproveitadas, e a água não é retirada de reservatórios. Legal, né? Essa característica é mais uma prova de que o nosso país está na vanguarda da produção dessa fibra natural – somos o maior fornecedor de algodão responsável e certificado do mundo!

Depois da colheita, o algodão vai para a usina de beneficiamento, onde ocorre a separação da pluma e do caroço. E tudo é reaproveitado, viu? O caroço, por exemplo, faz o famoso óleo de algodão e até serve para fazer ração de animais herbívoros. A pluma, então, segue para a etapa da limpeza, e, ao final, formam-se fardos de algodão que podem ser armazenados nas indústrias têxteis. Sim, é mesmo uma cadeia longa, com centenas de regras e profissionais envolvidos, que vai muito além do que aquilo que vemos nas vitrines das lojas.

Se você ainda está se perguntando qual é a relação disso com a sua forma de consumir, saiba que é toda! Uma dica legal é ficar de olho na etiqueta da peça na hora de comprá-la. Ela foi feita no Brasil? Ponto positivo! É 100% algodão ou quase? Ponto positivo! Afinal, essa fibra tem longa durabilidade, proporciona conforto e é altamente reciclável. Quanto mais puro o tecido, mais chances de a roupa ser reaproveitada e, portanto, de seu ciclo de vida ser prolongado. Podemos também cobrar das marcas transparência dos processos de produção e exigir que elas usem matérias-primas certificadas. A iniciativa SouABR, do Movimento Sou de Algodão, por exemplo, propõe a rastreabilidade da cadeia produtiva das roupas por meio de um QR Code nas etiquetas, deixando mais fácil saber a origem do algodão com certificado ABR. Alô, marcas! Bora entrar nessa?

Fora a beleza da paisagem da plantação de algodão na Fazenda Pamplona, que, sim, me rendeu várias fotos lindas (hahaha!), essa experiência ampliou os meus horizontes na moda e aprimorou a minha capacidade de enxergar além de uma blusinha estilosa. Com certeza quero fazer isso mais vezes!

E você? Gostou de acompanhar essa aventura? Ficou motivada a tentar incluir hábitos de consumo consciente no seu dia a dia?

 

Leia mais: Aprendi sobre consumo consciente em fazenda que produz algodão sustentável | Capricho (abril.com.br)

Mídia: Capricho/Blog O Mundo de Sofia

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Encontro da cadeia produtiva do algodão no Brasil é realizado em Salvador

15 de Julho de 2022

O Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) reunirá toda a cadeia produtiva do setor durante os dias 16,17 e 18 de agosto no Centro de Convenções Salvador (CCS).

O evento será realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A 13ª edição do congresso terá como tema Algodão brasileiro – desafios e perspectivas no novo cenário mundial, com perspectiva de reunir mais de dois mil participantes.

Toda a programação de palestras, salas temáticas e workshops do 13º CBA está disponível no site do evento: http://congressodoalgodao.com.br/

 

Leia Mais: Encontro da cadeia produtiva do algodão no Brasil é realizado em Salvador - Notícia - BN Hall - Bahia Notícias (bahianoticias.com.br)

Mídia: Bahia Notícias

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Cotonicultores mostram a embaixadores como produzir fibra com eficiência

A ação de promoção se mostra estratégica para divulgar a fibra brasileira globalmente

13 de Julho de 2022

A cidade de Cristalina foi a primeira parada do grupo de Embaixadores, convidados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para divulgar o sistema de produção e a cadeia da fibra no Brasil. Representantes da Coreia do Sul, Vietnã e Turquia conheceram os padrões operacionais da Fazenda Pamplona, desde a lavoura até o beneficiamento e armazenagem. A unidade é um dos modelos na produção de algodão, pertence ao grupo SLC Agrícola e está localizada em Goiás. O estado é o terceiro maior produtor de algodão do País, com 27,4 mil hectares de área plantada. A produtividade estimada na safra 2021/2022 é de 309 arroba por hectare. As atividades do dia encerraram na seda da Abrapa, em Brasília, onde conheceram o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA).

Os anfitriões aproveitaram a passagem da comitiva na Pamplona para mostrar também as áreas de florestas preservadas, o pátio de armazenagem e, sobretudo, as condições de trabalho dos funcionários, tudo em observância à legislação ambiental e trabalhista do Brasil. "Apresentamos ao grupo como funcionamos, os processos e o planejamento em cada etapa. Ficaram impressionados com o que viram", disse o Gerente de vendas da SLC Agrícola, Filipe Mamede. Coube ao diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, explicar o funcionamento do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Hoje 84% do produto tem o ABR, baseado nos pilares social, ambiental e econômico, de acordo com protocolo estabelecido. "O programa foi um grande passo que o setor deu e que posicionou o algodão em relação à forma de produzir no Brasil", observou. O ABR é gerido pela Abrapa, conjuntamente com as estaduais e os produtores. O diretor de Relações Internacionais da associação, Marcelo Duarte, reiterou a importância das ações de promoção à fibra brasileira globalmente, por meio do Cotton Brasil.



Produção eficiente e responsável

Os embaixadores foram escolhidos levando em conta os mercados que importam a fibra do Brasil e o potencial de futuros negócios. "É uma satisfação mostrar como é produzir algodão no Brasil. Temos eficiência, somos produtivos e responsáveis. A atividade ajuda a estreitar laços, creio que conseguimos apresentar um panorama muito bom da cotonicultura", disse o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, ao recepcioná-los, na sede da associação, em Brasília.

Para Busato, esse tipo de atividade se mostra estratégica para divulgar a cotonicultura brasileira globalmente. "É uma forma de fortalecer o algodão brasileiro e desmistificar a imagem de não respeito ao meio ambiente. Produzimos com qualidade, somos sustentáveis e damos condições de nosso produto ser rastreado do início ao fim do processo", observou.

Pham Thi Kim Hoa, embaixadora do Vietnã, destacou a pujança do sistema produtivo visitado e do País. "Ficamos impressionados com o que vimos, com o processo de produção sustentável e com a qualidade da fibra", ressaltou. O Vietnã é o segundo maior importador de algodão brasileiro com pouco mais de 270 mil toneladas (safra agosto/21 a julho/22). Segundo a embaixadora, é um mercado que está em expansão e a tendência é ampliar os negócios com o Brasil.

Além de Pham Thi Kim Hoa, integraram o grupo o embaixador da Turquia (Murat Yavuz Ates), o adido comercial da Coreia do Sul (Hyunjin Kim), o chefe da Divisão de Política Agrícola do Ministério das Relações Internacionais (MRE), Luiz Fellipe Flores Schimidt, e o diretor de Promoção Comercial e Investimentos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcelo Moreira, produtores e dirigentes da Abrapa.

 

Confira os importadores de algodão do Brasil:

 



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Fonte: ComexStat – ME, julho de 2022.

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Comitiva da Abrapa visita Porto de Santos

​Grupo esteve em vários terminais de cargas para conhecer como se processa o descarregamento dos contêineres

12 de Julho de 2022

Atentos à demanda do mercado que exige cuidados no transporte do algodão da beneficiadora até o destinatário para que a fibra chegue em perfeitas condições, os cotonicultores brasileiros e representantes das estaduais, por meio da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), visitaram o Porto de Santos (SP), nos dias 6 e 7. O grupo esteve em vários terminais de carga para analisar como se processa o descarregamento, crossdocking e o estufamento dos contêineres. A Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) também integrou a comitiva.

Para o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, a iniciativa foi importante para observar como todo o processo funciona, esclarecer dúvidas e compreender a tecnologia que envolve outras áreas da porteira para fora. "Visitamos vários terminais com o objetivo de verificar o funcionamento e as melhores práticas adotadas no embarque dos produtos. A intenção é que haja padrão único de estufagem de contêineres, independente do terminal, produtor ou exportador. Isso é muito importante e atende a uma demanda do mercado global", disse Busato. Com essa iniciativa, a cadeia algodoeira terá mais uma etapa de acompanhamento da fibra, agora fora da porteira. Hoje, a chancela de boas práticas de sustentabilidade é a certificação da fazenda e das unidades de beneficiamento, por meio dos programas ABR (Algodão Brasileiro Responsável) e ABR-UBA, respectivamente.

 

Mapeamento e logística

Para fazer a avaliação de cenário, a associação contratou a AG Surveyors, empresa que definirá critérios e fará o mapeamento das boas práticas para que se tenha padrão único de estufagem de contêineres no Brasil. O objetivo é manter a produtividade das execuções logísticas, mas sobretudo, melhorar a qualidade dessas operações para que o algodão chegue ao destino sem avarias, danos físicos e sujo.

Carlos Freitas, da AG Surveyors, destacou a importância da parceria com a Abrapa para a implementação de projeto que visa à padronização e a busca pela excelência no processo de estufagem do algodão brasileiro para exportação, garantindo a qualidade do mesmo até o comprador final. Freitas acompanhou a comitiva no Porto de Santos, dando início à ação da Abrapa "Como representante legítima dos cotonicultores brasileiros, a Abrapa, é empenhada em elevar o nível da fibra, e cabe a nós e aos envolvidos na cadeia, contribuir para que juntos possamos seguir no mesmo propósito", disse.

Para o presidente do Comitê de Logística da Anea, Breno Queiros, a ida ao porto ocorreu com o objetivo de produtores e exportadores da fibra entenderem os gargalos da cadeia logística e que envolvem os terminais portuários. "Fomos verificar e apresentar às empresas projeto de certificação, por meio do cumprimento de protocolos (a serem definidos) para a melhoria continuada das estufagens e o transporte do algodão", ressaltou.

A ação realizada no porto de Santos integra o programa Cotton Brazil, gerido pela Abrapa e desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

ALGODÃO PELO MUNDO #27/2022

08 de Julho de 2022

- Destaque da Semana – Temores de uma recessão continuam impactando os mercados globais, e o algodão não é exceção. Especificamente no mercado da pluma a pergunta que permanece é o que cai mais este ano: o consumo ou a produção?

 

- Algodão em NY – O contrato Dez/22 fechou ontem a 91,88 U$c/lp (-7,04%). Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 77,55 U$c/lp (-6,30%) e o Dez/24 a 73,85 U$c/lp (-6,64%) para a safra 2023/24.

 

- Preços - Ontem (07/07), o algodão brasileiro estava cotado a 133,00 U$c/lp (-875 pts) para embarque em Ago-Set/22 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook). Para o embarque Out-Nov/22: 110,00 U$c/lp (-875 pts).

 

- Baixistas 1 - O dólar americano está no patamar mais alto (em relação a uma cesta de moedas) em 20 anos. Dólar subindo normalmente significa commodities baixando e vice-versa.

 

- Baixistas 2 - A Europa sofre com a guerra, um novo aumento dos preços do gás e agravamento dos temores de uma recessão. Com isso, o Euro despencou esta semana e já está quase em paridade com o dólar americano, algo inédito.

 

- Baixistas 3 - Notícias vindas da China revelam que a reserva estatal do país comprou recentemente grandes quantidades de algodão de Xinjiang para repor seus estoques. Isto significa menos compra de algodão importado no curto prazo.

 

- Altistas 1 - Naturalmente, a indústria têxtil Chinesa precisa muito de algodão importado, tanto em volume quanto em garantia de origem. Já os EUA e diversas marcas baniram importação de roupas feitas com algodão de Xinjiang.

 

- Altistas 2 - A safra americana continua piorando semana após semana. O índice de lavouras ruins a muito ruins subiu 1 p.p. para 31% no último relatório. No entanto, a previsão nas principais partes do Cotton Belt é de chuvas de normal a acima do normal nos próximos dias.

 

- Índia - O governo indiano prorrogou por mais um mês a isenção de impostos sobre a importação de algodão. Com a safra atrasada devido à irregularidade das chuvas de monções, o incentivo segue até 31 de outubro, podendo ser renovado.

 

- China - Especula-se sobre novas rodadas de testes em massa pra Covid-19 em Xangai. Com isso, há temor de mais lockdowns na China.

 

- BCI 1 - A Abrapa recebeu a visita de representantes da Better Cotton Initiative (BCI) nesta semana em Brasília. As duas entidades atuam em benchmark desde 2013 com o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), licenciado pela Better Cotton.

 

- BCI 2 - O programa Better Cotton é a maior iniciativa de sustentabilidade de algodão do mundo. Em 20/21, o Brasil foi o maior fornecedor global, com 42% do total de algodão licenciado pela BCI.

 

- ABR Log – Esta semana em Santos, o presidente da Abrapa, Júlio Busato, iniciou as discussões de critérios e regras do projeto piloto de um programa de padronização e certificação de processos de manuseio e estufamento de containers no Brasil. A meta é garantir mais qualidade e eficiência.

 

- Exportações 1 - Dados do Ministério da Economia indicam que o Brasil embarcou 62,7 mil toneladas de algodão em jun/22, totalizando US$ 157,9 milhões. O volume foi 37,7% inferior ao registrado em jun/21.

 

- Exportações 2 - Bangladesh, Índia e Turquia foram os maiores importadores do algodão brasileiro em jun/22. Os três países absorveram 37,4 mil tons (59% das exportações totais).

 

- Exportações 3 - No acumulado de ago/21 a jun/22, foram exportadas 1,663 milhão de tons (28,8% abaixo que o registrado de ago/20 a jun/21). China segue como principal compradora total (27% do total).

 

- Agenda 1 – Na semana que vem (12/Jul), será divulgado mais um relatório mensal de oferta e demanda do USDA.

 

- Safra 2021/22 - Em seu 10º levantamento de safra, a Conab indica área plantada com 1,601 milhão há no ciclo 2021/22, superando em 16,8% a temporada anterior. A produção foi divulgada em 2,78 milhões tons (já a Abrapa trabalha com 2,6 milhões tons).

 

- Colheita 2021/22 - Até ontem (07/07):  BA (37,0%); GO (23%); MS: (16%); MT (16%); MG (15%); SP (94%); PI (33%); MA (3%); PR (95%). Total Brasil: 20,5% colhido.

 

- Beneficiamento 2021/22 - 2021/22 - Até ontem (07/07):  BA (11%); GO (10%); MS (7%); MT (1,0%); MG (11%); SP (91%); PI (4%); PR (85%). Total Brasil: 4% beneficiado.

 

- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇

Boletim Algodao pelo Mundo 27.jpeg

 

Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Governo divulga preço mínimo do algodão

Os novos valores valem para a safra 2022\2023 e são fixados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)

07 de Julho de 2022

O preço mínimo do algodão foi atualizado. O aumento da pluma foi de 45,82%, passando para R$ 120,45. O novo valor foi publicado nesta quarta-feira, 6, na portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nº 452 no Diário Oficial da União (DOU). Os novos valores valem para a safra 2022\2023 e são fixados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Custos variáveis de produção, além de outras condições de mercado impulsionaram os novos valores. No entanto, a elevação do gasto com fertilizante foi o que mais pesou.

Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, o preço do algodão está muito acima, mas a atualização é importante porque baliza os programas governamentais que o cotonicultor pode necessitar no futuro. "Nosso agradecimento à ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina e ao atual ministro Marcos Montes por entenderem a necessidade de atualização", ressaltou Busato.

A Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) é uma ferramenta para diminuir oscilações na renda dos produtores rurais e assegurar uma remuneração mínima, atuando como balizadora da oferta de alimentos, incentivando ou desestimulando a produção e garantindo a regularidade do abastecimento nacional.

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