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Abrapa participa do Fashion Revolution Day

19 de Abril de 2021

A sustentabilidade da moda começa na semente. Foi isso que a Abrapa mostrou na abertura do Fashion Revolution Day, promovido nesta segunda-feira (19) pelo Centro Universitário FMU | FIAM FAAM. No evento virtual, direcionado a estudantes e professores de moda, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão apresentou como vem se estruturando para entregar uma fibra produzida com responsabilidade socioambiental, qualidade e rastreabilidade de origem.


Júlio Cézar Busato, presidente da entidade, deu destaque ao programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), certificação que garante a sustentabilidade da produção brasileira de algodão e é estruturada em três pilares: social, ambiental e econômico. Para obter o selo ABR, a unidade produtiva precisa atender a 178 critérios, entre eles o cumprimento de 100% da legislação trabalhista brasileira, das normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Código Florestal Brasileiro, entre outras normas.


"Um levantamento da Embrapa Territorial, referendado pela Nasa, chegou à conclusão que os produtores brasileiros de algodão preservam 35% de sua propriedade com vegetação nativa", informou Busato. Segundo ele, 75% das fazendas obtiveram o selo ABR na safra 2019/2020, e a previsão é de ampliação na atual safra. "Esperamos que, no futuro, isso tenha um valor econômico", afirmou.


Outra iniciativa pró-sustentabilidade apresentada pela Abrapa no Fashion Revolution Day é o Movimento Sou de Algodão, que promove o uso da fibra natural pela indústria têxtil brasileira por meio do incentivo ao consumo responsável e já conta com mais de 500 marcas parceiras. Uma das frentes de atuação do movimento é justamente a informacional, que prevê o relacionamento com universidades como parte de um conjunto de ações e projetos para educar e informar a população sobre os benefícios do algodão.


Manami Kawagushi Torres, gestora de relacionamento institucional do Sou de Algodão, mostrou a evolução do movimento desde a sua criação, em 2016, e chamou atenção para o crescimento da conscientização dos consumidores durante a pandemia do novo coronavírus. "O consumidor passou a ficar mais em casa, a acessar mais informações e a buscar não só roupas mais confortáveis, mas também mais duráveis, produzidas por marcas mais responsáveis. Isso mudou a forma como a indústria passou a atuar", avaliou.


Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores


 


A Abrapa aproveitou a oportunidade para promover o 2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, um concurso voltado exclusivamente para estudantes de instituições brasileiras de ensino superior em moda, design ou áreas afins, reconhecidas pelo MEC.  A iniciativa tem como objetivo divulgar e incentivar o uso do algodão como matéria-prima.


Os estudantes interessados devem apresentar, até o dia 15 de outubro, uma coleção de seis looks produzidos com pelo menos 70% de algodão. As inscrições são individuais ou em duplas e é necessário ter um professor coordenador regularmente vinculado à respectiva faculdade ou universidade. Para saber mais, acesse https://soudealgodao.com.br/desafio/


Fashion Revolution


O Fashion Revolution é um movimento global presente em 100 países, que incentiva maior transparência, sustentabilidade e ética na indústria da moda por meio da conscientização, mobilização e educação. A iniciativa surgiu em 2013, após o desabamento do edifício Rana Plaza, que abrigava confecções de roupas em Bangladesh, deixando mais de mil mortos.


A data é lembrada anualmente na chamada Semana Fashion Revolution, que começou hoje e vai até o próximo domingo (25). Estão previstos cerca 180 eventos, 100% digitais, organizados por representantes, estudantes e docentes de moda todo o Brasil - o Fashion Revolution Day da FMU integra essa agenda.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

16 de Abril de 2021

ALGODÃO PELO MUNDO #15/2021



- Algodão em NY - Redução dos estoques americanos, continuidade da seca no Texas e bons dados econômicos deram o tom esta semana.  O contrato Jul/21 fechou em 86,26 U$c/lp, alta de 4,4% nos últimos 7 dias.


- Preços - O preço do algodão brasileiro Middling 1-1/8” (31-3-36) posto Ásia está cotado a 92,75 U$c/lp (+500 pts na semana) para embarque em Abr-Mai/21 e 92,75 U$c/lp (+275 pts) para embarque em Out-Nov/21.


- Altistas 1 - O forte ritmo de exportações dos principais exportadores, EUA e Brasil.  O USDA aumentou na semana passada sua previsão de exportações para 15,75 milhões de fardos (3,43 milhões de tons), com alguns analistas prevendo mais de 16 milhões de fardos. Assim, os estoques finais dos EUA devem cair para 3,90 milhões de fardos nesta safra.


- Altistas 2 - As exportações do Brasil caminham para mais um recorde esta safra.  Segundo previsões da ANEA, deve superar 2,3 milhões de toneladas esta temporada (Ago/20 a Jul/21), 18,4% a mais que 2019/20.


- Altistas 3 - A economia chinesa segue surpreendendo positivamente.  O governo local divulgou hoje que o PIB chinês do primeiro trimestre deste ano cresceu 18,3%, maior alta trimestral da série histórica.


- Baixistas 1 - Segundo o relatório de vendas de exportações dos EUA divulgado ontem, as vendas semanais caíram para 122 mil fardos, contra 270 mil fardos vendidos na semana anterior. Além disso, a China não estava na relação dos principais compradores, o que despertou especulações.


- China - Apesar da enorme expectativa entre as indústrias por novas cotas de importação de algodão, esta semana não tivemos novidades.


- China 2 - Falando no webinar da Ampa esta semana, o trader Thomas Reinhart destacou que mesmo com as incertezas geradas pela relação com os EUA, a indústria na China segue aquecida e o país mantém necessidade de importar cerca de 2 milhões tons de algodão para suprir seu parque industrial.


- Cotton Brazil - O Brasil deve intensificar a ação internacional de marketing via Abrapa/Cotton Brazil no mercado asiático. Segundo o trader Bill Ballenden, que também palestrou no webinar da Ampa esta semana, as ações do Brasil na Ásia estão sendo positivas para a valorização da pluma Brasileira.


- Plantio - O plantio segue em diferentes ritmos no hemisfério Norte. Enquanto se acelera em Xinjiang-China, nos EUA o plantio está em 8% da área total, um aumento de 2% na semana.  Dentre os grandes produtores, Índia e Paquistão também estão no período de plantio.


- Índia - A Índia se tornou o epicentro de Covid-19 nos últimos dias.  O número de novos casos bate recordes a cada dia e seus efeitos na indústria têxtil e no plantio da safra ainda não podem ser mensurados.


- Bangladesh - O governo local decretou lockdown de uma semana devido ao aumento de casos de Covid-19.  As indústrias no segundo maior importador de algodão do mundo, entretanto, permanecem abertas.


- Ramadan - Esta semana começou o Ramadan, mês sagrado dos muçulmanos.  Durante 30 dias, os muçulmanos não devem ingerir bebidas (nem água) nem alimentos entre a alvorada e o pôr do sol.  Dos seis maiores importadores de algodão do mundo, quatro (Bangladesh, Indonésia, Turquia e Paquistão) são países muçulmanos.


- Exportações - O Ministério da Economia divulgou que o Brasil exportou 55,8 mil toneladas de algodão na primeira semana de abril. O recorde para o mês de abril, 90,5 mil toneladas, deve ser facilmente superado neste ritmo.


- Preços - Consulte tabela abaixo

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Embrapa Algodão promove debate sobre desafios e avanços da cotonicultura brasileira

14 de Abril de 2021

Os principais desafios e avanços tecnológicos do algodão nas últimas décadas foram tema de um evento virtual realizado nesta terça-feira (13), em comemoração ao aniversário de 46 anos da Embrapa Algodão. O debate foi moderado pelo chefe geral da Embrapa Algodão, Alderi Emídio de Araújo, e contou com a participação do presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, do presidente do grupo SLC Agrícola, Aurélio Pavinato, e do engenheiro agrônomo e pesquisador da Agropecuária Oeste, Fernando Mendes Lamas.


Em pouco mais de 20 anos, o Brasil passou da condição de grande importador de algodão para o segundo maior exportador mundial da pluma.  Para Júlio Busato, isso foi possível por meio de um trabalho conjunto dos produtores com a Embrapa, universidades públicas e privadas, fornecedores de insumos e agrônomos. "Juntos, adaptamos a tecnologia de produção para o Cerrado", afirmou o presidente da Abrapa. "Destaco a mecanização, a melhoria na adubação e na fertilização do solo, o controle de pragas e doenças e a genética das novas variedades, que melhora a cada dia", completou.


Aurélio Pavinato, presidente da SLC agrícola, apontou o manejo da cultura e o controle de pragas como os principais desafios dos produtores atualmente, uma vez que o clima tropical favorece a produtividade, mas também é propício para pragas e doenças. "Vejo como muito promissor o manejo integrado e o controle biológico", afirmou. "Já estamos conseguindo fazer isso com alta eficiência e numa perspectiva de um controle, a cada dia, mais equilibrado. Isso vai ajudar a aumentar ainda mais nossa competitividade", avaliou, lembrando que o mercado busca, cada vez mais, produtos sustentáveis.


A sustentabilidade é justamente o grande desafio da agricultura brasileira, na opinião de Fernando Lamas. "Essa sustentabilidade passa pela integração das culturas e pela intensificação dos modelos de produção. Com isso, teremos sistemas menos perturbados e poderemos utilizar o controle biológico", ponderou.

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Exportação brasileira em 8 meses da safra 20/21 soma 1,943 milhão de T (+18% ante 19/20)

13 de Abril de 2021

​São Paulo, 12/04/2021 - As exportações brasileiras de algodão atingiram 1,943 milhão de toneladas nos oito primeiros meses da safra 2020/21 (de agosto de 2020 a março deste ano), informa a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). O volume é 18% maior que o embarcado em igual período da temporada anterior. No período, a receita gerada com as vendas externas da fibra brasileira foi de US$ 2,987 bilhões.


No acumulado da safra atual, a China segue como o principal destino do algodão brasileiro, com 33% das exportações, seguida pelo Vietnã, com 16% de participação. Logo atrás aparecem Paquistão (13% dos embarques), Bangladesh (11%), Turquia (10%), Indonésia (9%), Malásia (3%), Coreia do Sul (3%), Tailândia e Índia (ambas com 1%).


A associação destaca que o superávit da balança comercial do algodão brasileiro nos oito meses do ano comercial 2020/21 somou US$ 2,987 bilhões. "A previsão é que o Brasil novamente alcance o recorde histórico de US$ 3,5 bilhões até o final da temporada de exportações", projeta a entidade.


A Abrapa estima que a produção brasileira de algodão na temporada 2020/21 some 2,410 milhões de toneladas, queda de 20% ante o ciclo 2019/20. A área plantada, segundo a entidade, foi 17% menor, a 1,35 milhão de hectares.


Isadora Duarte


12/04/2021 18:58:51 - AGRO NEWS

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09 de Abril de 2021

ALGODÃO PELO MUNDO #14/2021



- Algodão em NY - Hoje é dia de relatório do USDA às 13hs (Brasília).  Na semana, os fundamentos de mercado prevaleceram.  O contrato Jul/21 fechou em 82,66 U$c/lp, alta de 4,3% nos últimos 7 dias.


- Preços - O preço do algodão brasileiro Middling 1-1/8” (31-3-36) posto Ásia está cotado a 87,75 U$c/lp (-150 pts na semana) para embarque em Abr-Mai/21 e 90,00 U$c/lp (-25 pts) para embarque em Out-Nov/21. Tabela com mais detalhes abaixo.


- Altistas 1 - O FMI divulgou seu último World Economic Outlook projetando números de crescimento de PIB global maiores que os divulgados no último relatório: 6,0% (+ 0,5%) para 2021 e 4,4% (+ 0,2%) para 2022.


- Altistas 2 - Estímulos fiscais nas grandes economias e uma recuperação antecipada graças à vacinação foram os fatores que fizeram o órgão aumentar a projeção.


- Altistas 3 - Daqui a pouco, o USDA divulgará seus dados mensais de oferta e demanda de abril. A previsão é de uma pequena redução nos números da safra de 2020/21 e um aumento nas exportações, resultando em menores estoques finais.


- Altistas 4 - Os números de vendas e exportações dos EUA divulgados ontem foram positivos, principalmente comparados com a semana passada, que foi marcada por um grande número de cancelamentos.  Os números até aqui indicam ritmo acima do previsto pelo USDA para 20/21, que foi de 15,5 milhões de fardos no último relatório.


- Baixistas 1 - A escalada nas tensões EUA-China, agora envolvendo importantes marcas e varejistas ocidentais, está longe de ser revolvida.  Os EUA já falam em possível boicote aos jogos olímpicos de inverno que serão em Beijing em 2022.  A China já está vetando marcas ocidentais que não usam algodão de Xinjiang.


- China - De acordo com as últimas estimativas do FMI, a China será o principal motor do crescimento global deste ano até 2026, respondendo por mais de um quinto da expansão econômica total do mundo (20,4%), seguido pelos EUA com 14,8% e Índia (8,4%).


- China 2 - No gigante Asiático, a expectativa entre as indústrias é por novas cotas de importação de algodão.  As importações de algodão se tornam mais importantes para a China neste momento de boicote a países e marcas ocidentais de roupas produzidas com algodão de Xinjiang.


- EUA - Nos Estados Unidos, as condições no oeste do Texas permaneceram anormalmente quentes e geralmente secas.  O avanço de plantio é de 6% no país.


- Exportações - Em mar/21, a China foi o maior comprador de algodão Brasileiro, com volume de 57,6 mil toneladas.  Vietnã, Turquia e Bangladesh aparecem nas demais colocações.  As exportações de março/21 foram de 221,9 mil tons.


- Exportações 2 - Nos 8 meses acumulados da temporada de exportações 2020/2021 (ago/20 a mar/2021), o Brasil exportou 1,943 milhão de tons, totalizando uma receita de US$ 2,99 bilhões. O volume embarcado nesse período é 18% superior que ao volume embarcado ao longo dos mesmos meses da temporada 2019/2020.


- Exportações 3 - O ranking dos 10 maiores importadores mundiais de algodão brasileiro no acumulado da temporada 20/21 é: China (33%), Vietnã (16%), Paquistão (13%), Bangladesh (11%), Turquia (10%), Indonésia (9%), Malásia (3%), Coréia do Sul (3%) e, finalmente, Tailândia e Índia (1%).


- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇

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Abrapa apresenta cenário de oferta e demanda de algodão à indústria têxtil mineira

08 de Abril de 2021

Embora o período de colheita ainda não tenha começado, 63% da safra 2020/2021 de algodão já foram comercializados. O volume de pluma ainda disponível para a indústria têxtil é de 890 mil toneladas. O panorama foi apresentado pelo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Júlio Cézar Busato, durante plenária virtual do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem no Estado de Minas Gerais (SIFT-MG), nesta quarta-feira (07).


A expectativa de produção é de 2,41 milhões de toneladas da pluma, volume 20% inferior à safra 2019/20. O recuo se deve, principalmente, à redução de 17% na área plantada, que ficou em 1,35 milhão de hectares na safra 2020/21.  "Durante o planejamento da safra 2020/21, os preços internacionais do algodão estavam abaixo de 63 cents de dólar/libra-peso. Nosso custo era 60, a decisão mais lógica era não plantar algodão", lembrou Busato, ressaltando que a comercialização antecipada busca travar o custo de produção. "Não podemos ter surpresas lá na frente",  frisou.


Segundo ele, a previsão é de redução de 8% na produção mundial de algodão na safra 2020/2021, frente a um crescimento de 8% no consumo global. A perspectiva de demanda pela pluma brasileira é de 720 mil toneladas no mercado interno e 2,31 milhões de toneladas no mercado externo. Para 2022, o prognóstico é de 700 mil e 1,83 milhão de toneladas, respectivamente.


Não há, no entanto, razão para preocupação quanto ao abastecimento da indústria nacional, garantiu o presidente da Abrapa.  "Precisamos ter uma maior aproximação da indústria com os produtores, para que também antecipem os contratos e garantam seu fornecimento", pontuou.


Bernardo Souza Lima, diretor da corretora Souza Lima, destacou que as exportações do primeiro trimestre deste ano ultrapassaram 730 mil toneladas, mais do que todo o consumo interno previsto para a safra 2020/2021. O estoque de passagem, portanto, deve ser baixo. "A exportação tende a ser um pouco menor no próximo ciclo, mas continuará havendo demanda pelo algodão brasileiro. É muito importante para a indústria trabalhar com maior antecedência na programação de compra de matéria-prima", avaliou.


Souza Lima chamou atenção para a volatilidade do mercado de algodão nos últimos 12 meses, resultado da flutuação da cotação na bolsa de Nova York e do câmbio – principais componentes na formação do preço no mercado interno.  "É muito importante ficar atento ao que pode acontecer com o câmbio e o preço internacional, porque isso vai impactar diretamente no nosso preço doméstico", afirmou.


A plenária do SIFT-MG foi conduzida pelo presidente do sindicato, Rogério Mascarenhas, e contou ainda com a participação do presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit),  Fernando Pimentel, e do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe.

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Relatório de Safra - 1ª quinzena de março de 2021

08 de Abril de 2021

​O Brasil exportou 235.505 toneladas de algodão em fevereiro deste ano, volume 39% superior ao embarcado no mesmo mês de 2020.  O principal destino foi Bangladesh, com 52 mil toneladas, aponta o primeiro Relatório Abrapa de Safra de março.  A balança comercial da safra 2019/020 de algodão já acumula superávit de  U$ 2,616 bilhões de dólares e a previsão é que ultrapasse os U$ 3 bilhões até o final da temporada. Saiba mais aqui:


Relatório de Safra - 2ª quinzena_fevereiro_09.03.2021

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02 de Abril de 2021

ALGODÃO PELO MUNDO #13/2021



- Algodão em NY - O mercado resistiu ao anúncio de área maior que a esperada nos EUA, mas as baixas vendas semanais divulgadas ontem trouxeram o mercado para baixo.  O contrato Jul/21 fechou em 79,27 U$c/lp, queda de 0.3% nos últimos 7 dias.


- Preços - O preço do algodão brasileiro Middling 1-1/8” (31-3-36) posto Ásia está em 89,75 U$c/lp (-1,3% na semana) para embarque em Mar-Abr/21 e 90,25 U$c/lp (sem alteração na semana) para embarque em Out-Nov/21. Tabela com mais detalhes abaixo.


- Altistas 1 - Apesar do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ter divulgado esta semana em seu relatório de intenção de plantio - o Prospective Plantings – que a área plantada de algodão será 12,04 milhões de acres, a visão de muitos analistas é que esta área deve ser menor pela competição com outras culturas.


- Altistas 2 - Mais da metade da área plantada projetada é no Texas (56%), estado que vem sofrendo com seca, o que deve impactar tanto o % de abandono quanto a produtividade.


- Baixistas 1 - As vendas externas divulgadas esta semana no relatório semanal de exportação dos EUA foram as mais baixas do ano: 84.995 fardos, após cancelamentos de 165.120, principalmente da Indonésia (79%) e da China (15%).


- Baixistas 2 - O algodão está no centro do mais recente conflito China-EUA, por conta do boicote dos EUA e seus aliados ao algodão produzido na principal região produtora Chinesa.  Esta semana a China Cotton Association organizou um evento na região com diplomatas de 20 países.


- Exportações - Exportações brasileiras de algodão fecharam o mês março/21 com de 221,9 mil tons.  Este foi o maior mês de março da história, superando as 140 mil tons de mar/20.


- Exportações 2 - Neste ritmo, o Brasil deve superar 2,3 milhões de tons no período Ago/20 a Jul/21, recorde absoluto.  O volume exportado em 19/20 foi 1,95 milhões de toneladas.


- Importações - A China divulgou que nos primeiros dois meses deste ano importou 690,6 mil tons de algodão, o que representa um aumento de 67,51% com relação ao ano anterior.  Os EUA (43%) foram os maiores fornecedores, com o Brasil (38%) em segundo e a Índia (12%) em terceiro lugar.


- Importações 2 - Desde a assinatura da fase 1 do acordo comercial entre EUA e China, no início do ano passado, o Brasil perdeu muito espaço no mercado Chinês.  Entretanto, no acumulado dos últimos três meses divulgados pela China (Dez-Jan-Fev), o Brasil retomou as exportações e praticamente empatou com os EUA neste período.


- Paquistão-Índia - Após anunciar que estava retomando o comércio de algodão com a Índia, suspenso em 2019, o governo Paquistanês voltou atrás e resolveu manter a proibição.


- Bangladesh - Problemas no porto de Chittagong têm causado congestionamento e feito com que navios esperem até dez dias para atracar.  Esta situação tem dificultado a importação de algodão pelo país e aumentado os custos logísticos.


- Preços - Consulte tabela abaixo


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Câmara Setorial atualiza previsões da cadeia do algodão frente à pandemia

30 de Março de 2021

A safra 2020/2021 de algodão deve alcançar 2,41 milhões de toneladas da pluma. O volume previsto é 20% inferior à 2019/20 e resulta, principalmente, da redução da área plantada, que totalizará 1,35 milhão de hectares. A produtividade média estimada é de 1.784 kg de pluma por hectare. As projeções atualizadas da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa, mostram, ainda, que 65% do algodão plantado na safra 2020/21 é de segunda safra e 35%, de primeira.


Os dados foram apresentados pelas associações estaduais na primeira reunião do ano da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).  O encontro, virtual, contou com a participação de todos os elos do setor.


A indústria têxtil apresentou suas expectativas, diante da queda na demanda interna, em razão da segunda onda da pandemia de Covid-19 no país.  A previsão é de um consumo de 700 mil toneladas de algodão. Segundo Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o recuo nas vendas do varejo já vinha sendo observado desde novembro e, a partir de março, começou a ser sentido pela indústria. "Estamos procurando costurar soluções que não coloquem em risco toda a rede de produção e distribuição", informou.


Pimentel acredita que somente em 2022 o setor retomará os níveis de 2019. Neste sentido, manifestou preocupação quanto ao estoque de passagem. "Precisamos trabalhar juntos, indústria, cotonicultura e varejo, para que não haja escassez de algodão e tenhamos uma situação de crescimento da cotonicultura e da indústria brasileira, rumo a nossa meta de um milhão de toneladas. Há preocupação com estoque de passagem muito apertado e é preciso que cotonicultura e indústria estajam afinados neste tema para não haver falta de algodão para a indústria têxtil brasileira", concluiu.


No que se refere às vendas externas, a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) estima que alcancem 2,315 milhões de toneladas da pluma entre julho de 2020 e junho de 2021 – até fevereiro, os embarques totalizavam 1,8 milhão de toneladas.  "Seria um novo recorde de exportação para o Brasil, além de solidificar a posição de segundo maior exportador do mundo, depois dos Estados Unidos, com praticamente 25% do comércio global", destacou Henrique Snitcovski, presidente da Anea. A China segue como principal destino da produção brasileira, responsável por mais de um terço das exportações de algodão.


 


A Abrapa aproveitou a reunião para apresentar o programa de promoção internacional do algodão brasileiro, o Cotton Brazil. Lançado em 2020 em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), o projeto tem foco no mercado asiático, destino de 99% das exportações brasileiras da pluma. Desde dezembro de 2020, a Abrapa conta com um escritório em Singapura, de onde foram realizados 10 eventos virtuais denominados Cotton Days - com a presença de mais de mil potenciais compradores, embaixadores e diplomatas - além de reuniões com as principais entidades do setor industrial têxtil da Ásia.


Como convidada especial da reunião, a pesquisadora Lêda Carvalho Mendes, da Embrapa Cerrados, falou sobre perspectivas de uso da Análise Biológica dos Solos – BIOAS - para uma agricultura mais sustentável. Lançada no ano passado, a tecnologia busca aliar alta produtividade com qualidade de solo. "Queremos fazer agricultura em solos saudáveis", afirmou.


 


Deliberações


 


O reajuste do Preço Mínimo do Algodão foi um dos temas em debate. A Câmara setorial decidiu solicitar ao Mapa a atualização dos valores no próximo Plano Safra, que deve ser anunciado pelo governo federal entre maio e junho deste ano. A proposta está sendo elaborada com base em dados do Centro de Pesquisas Econômicas da Esalq/USP e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). "É importante termos a garantia do preço mínimo não só para uma eventualidade, que esperamos que não aconteça, mas também como balizador dos cálculos para tomada de empréstimo e outros levantamentos", pontuou o diretor-executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero


Outra demanda que será enviada ao Ministério da Agricultura é a criação de mecanismos regulatórios que minimizem os impactos do processo de reavaliação do imidacloprido à agricultura brasileira. Também será reiterado o pedido, feito em dezembro de 2020, de priorização de registro de defensivos para pragas de difícil controle, como o bicudo do algodoeiro e a ramulária.


Ao final desta 62º reunião da Câmara Setorial, o presidente, Milton Garbugio, passou a liderança do fórum a Júlio Cézar Busato, que está à frente da Abrapa, desde janeiro deste ano.  "Queria agradecer a todos da câmara setorial, quantos problemas já resolvemos aqui. Temos muitas conquistas e ficamos orgulhosos com isso", falou Garbugio. "Temos que, intensivamente, trabalhar cada vez mais e mostrar que temos, sim, produto com responsabilidade e qualidade como qualquer produtor do mundo", finalizou.


 


Em nome do setor, Busato agradeceu a atuação de Garbugio em ações que beneficiaram a cotonicultura brasileira e reiterou o compromisso dos produtores com qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade. "Temos que fazer o dever de casa, vamos ter um trabalho enorme e não vai ser fácil. O que queremos, com isso, é conquistar mercado e valorizar a pluma brasileira", destacou. A próxima reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados está marcada para julho.


 

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão

26 de Março de 2021

ALGODÃO PELO MUNDO #12



- Algodão em NY - Semana de queda significativa no mercado, com especuladores saindo em massa de suas posições.  Com o mercado em limite de baixa ontem, o contrato Jul/21 fechou em 79,52 U$c/lp, queda de 8% nos últimos 7 dias.  Desde o pico no final de Fevereiro, o contrato já perdeu 15 U$c/lp.


- Preços - O preço do algodão brasileiro Middling 1-1/8” (31-3-36) posto Ásia está em 91 U$c/lp (-4% na semana) para embarque em Mar-Abr/21 e 90,25 U$c/lp (-3% na semana)  para embarque em Out-Nov/21.  Tabela com mais detalhes abaixo.


- Altistas - Mesmo com o mercado em baixa na semana, é importante destacar que os fundamentos de mercado não se alteraram de maneira significativa.  Apesar das (poucas) chuvas, a seca no Texas continua e o ritmo de exportações segue forte. Além disso, a área de plantio deste ano nos EUA ainda é incerta e está pressionada por conta da relação de preços algodão x grãos.


- Baixistas 1 - Analisando os fatores baixistas, é importante destacar que a pandemia COVID-19 continua preocupando e limitando o crescimento, principalmente na Europa.  A grave situação no Brasil também está no radar, além das tensões sobre distribuição de vacinas entre a UE e Reino Unido além da Índia limitando exportações da vacina.


- Baixistas 2 - Os novos capítulos da relação EUA-China também contribuíram para a onda baixista.  Após o boicote de produtos com algodão de Xinjiang, os americanos, liderando uma coalizão com seus aliados da Europa e Canada, impuseram novas sanções à China por conta das acusações de campos de trabalho forçado na região.


- Baixistas 3 - A China, por sua vez, nega as acusações e já retaliou com sanções aos ocidentais.  Ao mesmo tempo, esta semana há uma forte campanha nas redes sociais defendendo algodão produzido em Xinjiang e pedindo boicote a várias marcas de varejo que proibiram os produtos da região.  Somente a hashtag #euapoioalgodãodeXinjiang já teve até ontem 1,8 bilhões de visualizações.


- Exportações - Exportações brasileiras de algodão na 3a semana de março foram de 49 mil toneladas.  O acumulado do mês nestas três semanas é de 153,8 mil tons.  Com estes números, mar/21 já é o maior mês de março da história, superando as 140 mil tons de mar/20.


- Relação Paquistão-Índia - O comércio de algodão entre os dois países foi suspenso em 2019 pelo Paquistão devido a litígios de fronteira na região da Caxemira. Os primeiros-ministros dos dois países estão em negociação que pode levar à suspensão do embargo.


- A Austrália teve cinco dias de chuvas contínuas, com algumas áreas recebendo as maiores precipitações em mais de meio século. Com isso, os reservatórios estão se enchendo, o que traz esperança de melhores dias para a cotonicultura local.


- Apesar de não interromper o comércio de algodão, o bloqueio do Canal de Suez impacta diretamente a cadeia têxtil pois esta é a principal via de exportação marítima de toda a Ásia para a Europa. A operação para desencalhar o navio Ever Given, um dos maiores navios do mundo com 400 mts de comprimento, pode levar muitos dias ainda.  A cada dia de interrupção, em torno de US$ 10 bilhões de mercadorias deixam de transitar pelo canal.


- Agenda - O relatório de intenções de plantio do USDA para esta safra será divulgado na quarta-feira, 31/mar. Entretanto, após o fim da pesquisa com produtores o mercado caiu mais 10 U$c/lp, o que pode indicar que o número anunciado pode estar acima do que será efetivamente plantado. A estimativa do USDA em Janeiro foi de 12,00 milhões de acres.


- Preços - Consulte tabela abaixo ⬇

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