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Produtores e empresas apostam em técnica que recupera áreas

Modelos de cultivo ambientalmente inteligentes ajudam a enfrentar as mudanças climáticas, com proteção do solo e da água

29 de Novembro de 2023

“O produtor rural não consegue produzir se não tiver equilíbrio ecológico. A gente depende economicamente de uma natureza preservada.” A fala do produtor de soja Joel Carlos Hendges, de Balsas (MA), resume o conceito de agricultura regenerativa, ou Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), aplicada com a adoção de técnicas de cultivo ambientalmente inteligentes, com práticas voltadas para o enfrentamento das mudanças climáticas, proteção do solo e da água. Esse modo de plantar e colher, com técnicas simples, respeitando a natureza, recupera o ecossistema biológico e aumenta a produtividade, dando mais rentabilidade ao produtor.


Em um mercado mundial com apelos crescentes, sobretudo na Europa, por produtos agropecuários produzidos sem derrubar árvores, a agricultura regenerativa é uma resposta brasileira às pressões globais contra as emissões de gases de efeito estufa. Entre as culturas em que o modelo está mais avançado destaca-se o café, cuja produção pode ser a mais atingida pelas mudanças do clima. O Brasil é o maior produtor mundial, colhendo cerca de 3 milhões de toneladas por ano. É também o maior exportador do planeta, o que o obriga a acompanhar a mudança no perfil do consumidor de café no mundo, cada vez mais exigente de sustentabilidade ambiental na produção.


Embrapa Café desenvolve projetos de sistemas produtivos integrados, com o uso da forrageira braquiária como planta de cobertura nas entrelinhas do cafezal para manter o solo protegido contra o sol, ventos e erosões. É literalmente plantar capim para controlar o mato. A tecnologia traz impactos regenerativos, armazenando e reciclando nutrientes, e reduz de 30% a 40% o uso de herbicidas. E também diminui a temperatura média do solo, evitando a evaporação direta da água e elevando em 20% sua disponibilidade para a planta. Reduz, ainda, em 40% o uso de máquinas e implementos.


A Embrapa desenvolveu também cultivares – variedades de plantas – de café mais adequados para diferentes ecossistemas brasileiros, como as matas de Rondônia, as regiões serranas do Espírito Santo, as encostas da Mantiqueira, em Minas Gerais, e os campos do Paraná. “O produtor deve buscar a cultivar que mais se adapta às condições de clima e solo, e de acordo com suas necessidades de produção”, disse o chefe-geral da Embrapa Café, Antonio Fernando Guerra. Ele lembrou que estão em desenvolvimento os protocolos para nosso café carbono neutro.




Prática



Desde que iniciou a mudança no sistema de produção, em 2017, o cafeicultor Ricardo Bartholo, da Fazenda Cinco Estrelas, em Minas Gerais, conseguiu avançar do modelo convencional para a cafeicultura regenerativa e, daí, para o café orgânico com certificação. A mudança foi gradativa, mas irreversível, segundo ele. “Mudei a minha visão em relação ao café. Iniciei com o uso de compostagem com material que já tinha na fazenda, depois introduzi os pós de rocha nos compostos. Atualmente enriquecemos o composto com comunidades de biológicos”, disse.


O café, quando plantado em meio a espécies nativas, pode ajudar na agricultura regenerativa de determinada região.

As práticas sustentáveis regenerativas deram ao café produzido pela São Matheus Agropecuária, de Minas Gerais, o prêmio Best of the Best, promovido pela italiana illycaffé. O vencedor mineiro disputou com 27 agricultores dos principais países produtores. O reconhecimento é resultado do investimento da fazenda em processos internos que elevam a qualidade do produto, segundo Eduardo Dominicale, CEO do grupo BMG, dono da propriedade. “Adotamos a agricultura regenerativa, que, entre outros benefícios, melhora a fertilidade do solo e aumenta a biodiversidade dos ecossistemas, com impactos positivos ao produto que chega ao consumidor.”




Com respeito



A Nescafé, principal marca de café da Nestlé, desenvolve o Nescafé Plan 2030, conhecido no Brasil como Programa Cultivado com Respeito, para ajudar a tornar a lavoura do café mais sustentável. Globalmente, a marca investirá mais de 1 bilhão de francos suíços (por volta de R$ 5,5 bilhões) até 2030 no Nescafé Plan. Esse investimento dá continuidade ao programa atual, à medida que a marca expande seu trabalho com foco em sustentabilidade.


As mudanças climáticas estão pressionando as áreas de cultivo de café, segundo David Rennie, diretor da divisão de marcas de café da empresa. “Com base na experiência de dez anos do Nescafé Plan, estamos acelerando nosso trabalho para ajudar a enfrentar as mudanças climáticas e os desafios sociais e econômicos nas cadeias de valor do café”, disse. Até 2050, o aumento das temperaturas reduzirá a área adequada para o cultivo do café em 50%.


Cerca de 125 milhões de pessoas no mundo dependem do café para seu sustento e muitas vivem na linha da pobreza ou abaixo dela. “Queremos que os produtores de café prosperem tanto quanto queremos que o café tenha um impacto positivo no meio ambiente”, disse Philipp Navrati, diretor da unidade de Negócios Estratégicos de Café da Nestlé.




A Nescafé oferece aos agricultores treinamento, assistência técnica e mudas de café de alto rendimento para ajudá-los a fazer a transição para práticas regenerativas de cultivo. Entre as práticas estão a incorporação de biofertilizantes ou fertilizantes orgânicos ao solo, o aumento de árvores e cultivo entre outras culturas.


Em março deste ano, o Origens do Brasil, linha de cafés especiais da Nescafé, ganhou a certificação de produto carbono neutro, de acordo com o The Carbon Neutral Protocol, principal framework global de neutralidade de carbono. Segundo a empresa, o resultado está ligado à adoção de práticas agrícolas regenerativas, redução da pegada de carbono em toda a cadeia e ao plantio de 1,5 milhão de árvores em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica. Atualmente, 35 famílias brasileiras fornecem grãos de café 100% arábica para a linha Origens do Brasil. A última safra de café dessas fazendas apresentou redução de 70% da pegada de carbono em comparação com a de 2021.







Grãos e fibras



A Amaggi, responsável pela comercialização de quase 19 milhões de toneladas de grãos e fibras, lançou uma nova fase do programa Regenera, como parte de seu compromisso de ajudar a desacelerar as mudanças climáticas. Desenvolvido em parceria com a reNature, associação especialista no segmento, e apoiado pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), o programa prevê atingir a neutralidade climática na produção agrícola até 2050, por meio de estratégias de descarbonização até 2035.


Segundo o diretor de Produção Agro, Pedro Valente, a Amaggi já adota há anos boas práticas agrícolas em suas fazendas para grãos e fibras. “A agricultura regenerativa vai além da conservação, pois através de práticas no campo, a fixação do carbono no solo e, consequentemente, o equilíbrio do clima são favorecidos. Ao ser usado de forma correta, o solo se recompõe, o ecossistema se regenera e o mercado é abastecido com produtos amigos da terra”, disse.




Acesso em: Produtores e empresas apostam em técnica que recupera áreas - Estadão (estadao.com.br)

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Termina amanhã (30/11) o prazo para inscrições para a Brazilian Cotton School

29 de Novembro de 2023

Os interessados em se matricular na primeira edição da Brazilian Cotton School têm até esta quinta-feira (30) para garantir suas vagas. Com o ritmo das inscrições acelerado, não há previsão de prorrogação no prazo. A iniciativa é inédita no Brasil e tem a assinatura das quatro maiores instituições representativas da cadeia produtiva do algodão: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM).


 Inédita no país, a Brazilian Cotton School vai permitir aos alunos uma imersão 360º no mundo da fibra, em versão nacional, na origem que hoje ocupa o segundo lugar no ranking dos maiores exportadores da pluma e o terceiro entre os maiores produtores mundiais. Serão 120 horas de conteúdo teórico e prático, 100% presenciais, com módulos distribuídos em três semanas, sendo o primeiro, em Brasília, no dia 04 de março e os demais em São Paulo. A experiência inclui visita a fazendas produtoras, que, além das lavouras, contam com estrutura de beneficiamento e classificação, além da oportunidade de conhecer o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), e o Porto de Santos.


 “Nos inspiramos nos modelos americano e inglês que, ao longo dos anos tem sido quase uma passagem obrigatória para quem quer adquirir conhecimentos aprofundados sobre o setor e estabelecer contatos significativos com os grandes players da commodity. O Brasil é hoje uma origem incontornável na produção de algodão, e isso em breve vai colocar a nossa cotton school no mapa mundial das escolas do algodão, atraindo alunos de diversos países”, afirma Schenkel, referindo-se às iniciativas internacional de referência no gênero, uma promovida pela International Cotton Association (ICA), em Liverpool, na Inglaterra, e a outra, pelo International Cotton Institut, da American Cotton Shippers Association (ACSA), que acontece em Memphis, nos EUA.


 De acordo com o diretor-executivo da Brazilian Cotton School, Marcelo Escorel,


 “o público-alvo são grupos de produtores ou empresas, com profissionais ‘high potencial’, que participarão das decisões a serem tomadas pelo setor ao longo de suas carreiras e dos próximos ciclos de crescimento da produção de algodão no Brasil”.


 As inscrições podem ser feitas diretamente no site:


www.braziliancottonschool.com.br.


 29.11.2023


Imprensa Abrapa


Catarina Guedes – Assessora de Imprensa


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Assembleia do IPA discute regularização de defensivos agrícolas

28 de Novembro de 2023

Integrantes do Instituto Pensar Agropecuária (IPA) e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) realizaram nesta terça-feira, dia 28 de novembro, em Brasília, uma assembleia para discutir importantes temas da atualidade do agronegócio brasileiro, com destaque para a votação do projeto de lei (PL) que altera o processo de regularização de defensivos agrícolas, atualmente em trâmite no Senado Federal.


Além da presença de deputados e representantes do setor, o conselheiro consultivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e vice-presidente do IPA, Júlio Cézar Busato, também participou da penúltima reunião de 2023. A discussão em torno das mudanças no processo de regularização de defensivos agrícolas reflete a busca por soluções alinhadas que promovam a sustentabilidade e o avanço tecnológico na produção agrícola brasileira.


Durante os debates, o senador Rogério Marinho acrescentou uma perspectiva sobre as ações e diretrizes do governo federal em relação ao setor agropecuário, reforçando o compromisso coletivo em buscar medidas que impulsionem o crescimento e a eficiência do agronegócio no Brasil.


O IPA congrega representantes das cadeias produtivas do agro brasileiro, da produção à indústria. A entidade discute e elenca as pautas prioritárias para o desenvolvimento agropecuário e subsidia, com informações, a FPA, que as defende no Congresso Nacional.

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Abrapa divulga Nota Técnica sobre “fibras curtas”

27 de Novembro de 2023

Uma das mais recorrentes demandas do mercado internacional para o algodão brasileiro é a melhoria no Conteúdo de Fibras Curtas (SFC). As fibras curtas são aquelas de comprimento inferior a meia polegada (12,7mm) e elas, geralmente, se tornam um problema para as fiações, acarretando perda de matéria-prima e de produtividade no processo. Para avançar neste ponto e fortalecer ainda mais a imagem do nosso algodão, o IMAmt e a Embrapa, com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), desenvolveram um estudo, investigando as origens do problema e sugerindo mudanças e aprimoramentos, desde a escolha das variedades, até o manejo com a cultura na lavoura, na colheita e no beneficiamento. Também assinam o documento, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa)


Clique no link e acesso o conteúdo completo: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2023/11/Indice-de-Fibras-Curtas.pdf

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Abrapa e Uster definem melhorias em equipamentos de laboratórios do Programa SBRHVI

27 de Novembro de 2023

O aprimoramento dos equipamentos nos 12 laboratórios que participam do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), para safra 2023-2024 foi o tema central da reunião realizada de forma presencial e virtual nesta segunda-feira, 27 de novembro. Participaram do encontro o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, o gestor do programa, Edson Mizoguchi, representantes dos laboratórios envolvidos, Embrapa e membros da fabricante de equipamentos de classificação instrumental de algodão, Uster Technologies. O objetivo é alinhar compromissos importantes que influenciam diretamente na melhoria constante das análises realizadas.


Mizoguchi destacou a relevância desta reunião na definição e planejamento da próxima safra. “A estreita colaboração com a Uster é crucial para a estratégia e para o futuro da indústria algodoeira brasileira. A integração de conhecimentos e a troca de informações durante esse encontro contribuem significativamente para a evolução do setor, consolidando uma parceria estratégica para a excelência e inovação na produção de algodão no Brasil”, afirmou.


No decorrer do encontro, foram definidos o planejamento de manutenções para safra 2023-2024, a estratégia para a compra de peças de reposição pelos laboratórios, o cronograma para o Workshop de Manutenção Uster, ministrado anualmente aos técnicos dos laboratórios, além de abordar a aquisição de novos equipamentos, como a Automic, considerada a evolução do HVI, que promove avanços notáveis em precisão e automação em uma parte relevante do processo.


Atualmente, a Uster Technologies é líder global em equipamentos High Volume Instrument (HVI), considerados o padrão ouro na análise de algodão. No início de novembro, a delegação brasileira, composta por integrantes da Abrapa, associações estaduais e Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), visitou a sede da empresa, em Knoxville, no Tennessee (EUA). A viagem teve como um dos principais objetivos estabelecer referências para o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa. A iniciativa visa consolidar padrões elevados na análise de algodão, fortalecendo a certificação oficial da matéria-prima, contribuindo para aprimorar as práticas adotadas no Brasil e garantir a aderência aos mais altos padrões internacionais na produção e análise de algodão.


27.11.2023
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Sou de Algodão apresenta o 3º Desafio com a Casa de Criadores para o Istituto Europeo di Design de São Paulo

Estudantes de moda do IED da capital paulista puderam conhecer mais sobre o concurso em webinar promovido pelo movimento

27 de Novembro de 2023

Na última terça-feira, 21, o movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), promoveu um webinar para os estudantes do curso de moda do Istituto Europeo di Design (IED) de São Paulo. Na ocasião, os alunos e o docente Roberto Antônio Slusarz foram apresentados ao 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, que vai revelar, no ano que vem, o novo nome da moda autoral brasileira.



Durante o encontro, a gestora de relações institucionais do Sou de Algodão, Manami Kawaguchi Torres, falou um pouco sobre o movimento, suas ações, seu relacionamento com marcas e estilistas parceiros e também sobre o trabalho em prol de uma moda mais consciente e responsável, que traz como matéria-prima central o algodão brasileiro. Além disso, os estudantes puderam conhecer mais sobre o 3º Desafio do movimento em parceria com a Casa de Criadores, uma competição em que o estudante mais criativo será revelado como o novo nome da moda autoral do país.



Roberto Antônio Slusarz, professor de moda e coordenador acadêmico do IED, afirmou que diversos alunos do instituto estão interessados e empolgados com a oportunidade, e se comprometeu a divulgar ainda mais a informação e a receber o movimento novamente no início do próximo semestre letivo, já que muitos estudantes não puderam participar do encontro, devido às entregas, neste final de ano.


O IED de São Paulo foi também a instituição de formação de um dos finalistas da 1ª edição do Desafio, o estilista Rodrigo Evangelista. À época, Rodrigo recebeu mentoria do stylist Dudu Bertholini, que era coordenador criativo da instituição. A qualidade de seu trabalho fez merecer uma posição no line-up da Casa de Criadores, junto com Mateus Cardoso, vencedor do concurso, e Dario Mittmann.



O 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores tem como objetivo atrair alunos de graduação e dos cursos técnicos profissionalizantes da área da moda e design, de todas as partes do Brasil. Na edição anterior, o Desafio recebeu mais de 400 inscrições vindas de todas as regiões do país, evidenciando um crescente engajamento com a temática.



Como se inscrever no 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores


Os interessados em participar devem realizar as inscrições no portal http://www.soudealgodao.com.br/desafio até o dia 30 de abril de 2024, podendo ser projetos individuais ou em duplas. Além disso, os trabalhos poderão ser dos segmentos de moda masculina, feminina, alta costura, prêt à porter, fitness, homewear/loungewear ou streetwear.



Sobre Sou de Algodão
É um movimento único no Brasil que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 42% de toda a produção mundial de algodão sustentável.



Abrace este movimento: 


Site: www.soudealgodao.com.br


Facebook, Instagram, Youtube, LinkedIn, Pinterest: @soudealgodao


TikTok: @soudealgodao_

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ABRAPA ALCANÇA RESULTADOS POSITIVOS COM RASTREABILIDADE NA CADEIA DO ALGODÃO

27 de Novembro de 2023


Publicado em 25/11/2023 às 08:27 por Lenilde Pacheco









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Silmara Ferraresi: "Os bons resultados alcançados decorrem do compromisso de todos" - Foto: Acervo Abrapa





Uma das ações da cadeia produtiva do algodão em defesa de um sistema produtivo ambiental e socialmente mais equilibrado chama a atenção dos parceiros dos demais segmentos do agronegócio em razão dos bons resultados: o uso da rastreabilidade para conhecimento de todos os elos, do campo ao consumidor final, até o descarte. O programa SouABR – estratégia de rastreabilidade por blockchain da indústria têxtil do Brasil – foi um dos principais assuntos durante o seminário “O agro em código – Summit de Rastreabilidade no Agronegócio”, realizado em São Paulo, na última quarta-feira (dia 22).


O detalhamento do programa demonstrou a importância da rastreabilidade não apenas para atender a uma demanda do consumidor, mas também como ferramenta operacional para as empresas que a implementam. Na plateia do Summit, representantes de diversos setores do agro, desde a produção/indústria de alimentos, do varejo, de instituições governamentais e da sociedade civil organizada, além de agentes da área de Tecnologia da Informação.


Iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o SouABR é pioneiro na indústria têxtil nacional na rastreabilidade por blockchain e permitiu o mapeamento, passo a passo, da cadeia de suprimentos de uma camiseta de algodão, da semente até o guarda-roupa. Desde 2021, quando foi lançado, o SouABR já angariou a parceria de varejistas como Reserva, Renner e C&A.


Para chegar até este ponto, a diretora de Relações Institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi explicou os passos empreendidos pelos produtores brasileiros em seus programas estruturantes, desde a criação do Sistema Abrapa de Identificação (SAI), em 2004, a parceria com GS1 –empresa que, há 50 anos, implantou a identificação digital por código de barras no mundo – e a evolução do SAI, com a integração de outros sistemas, como o de certificação socioambiental (ABR), o de qualidade de análise de fibra e, a partir de 2023, a certificação oficial do algodão brasileiro (Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro), conferida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).


Em sua apresentação, Silmara Ferraresi falou do comprometimento de toda a cadeia, em especial, dos produtores de algodão, em disponibilizar, de forma transparente, informações fidedignas, e “abrir” as portas das fazendas para isso. “Não se faz rastreabilidade sozinho, é preciso colaboração, e esse foi um dos nossos maiores desafios, porque a cadeia têxtil é enorme. Os dados da fazenda, a nosso ver, pareciam resolvidos. Mas quando se traz a cadeia como um todo, a dificuldade é muito maior, principalmente, se tratando de uma cadeia como a têxtil nacional, que sofre com a concorrência e arca com altos impostos”, explicou Silmara.


Ainda de acordo com a diretora, para a Abrapa, sustentabilidade e rastreabilidade definem a permanência no mercado e se tornaram grandes diferenciais do algodão brasileiro, “seja internamente, uma vez que um terço da nossa produção abastece a indústria nacional, ou no mercado externo, destino de dois terços da nossa produção”.


Transparência


Com a rastreabilidade por blockchain, é possível verificar cada etapa produtiva, identificando onde, quando, como e quem fez, alcançando maior transparência nessa cadeia. Com muitas etapas, o setor têxtil é bastante complexo mas cresce o número de empresas interessadas no programa. O sistema de rastreio é perfeitamente aplicável e tende a ser cada vez mais recomendado, tornando-se um ganho coletivo e mitigando condições impróprias de trabalho ou a utilização de materiais de origem duvidosa.


Pedro Henrique de Martino, gerente de Relações Governamentais da GS1 Brasil, compartilha da mesma opinião. “Hoje, ninguém duvida de que a rastreabilidade é um investimento necessário para que as cadeias sejam sustentáveis e perenes”, diz. Ele acrescenta que a percepção deste tema evoluiu de “custo” para “investimento”, lembrando que a parceria entre Abrapa e GS1 começou em 2011, quando a entidade constatou a necessidade de garantir dados de origem do produto, com padrões universais. “O fardo brasileiro exportado, para qualquer país, dá acesso à informação. O Brasil, hoje, é o segundo maior entre os exportadores de algodão, e isso passa pela visão de que a identificação da procedência da fibra é fundamental para acessar mercados, sobretudo os asiáticos”, finaliza.


O seminário “O agro em código – Summit de Rastreabilidade no Agronegócio” foi promovido pela GS1 Brasil, Embrapa, Abrarastro e Instituto de Colaboração em Blockchain (iColab).


Sobre a rastreabilidade por blockchain


A tecnologia blockchain é um mecanismo de banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente de informações na rede. Um banco de dados blockchain armazena dados em blocos interligados em uma cadeia. Os dados são cronologicamente consistentes porque não é possível excluir nem modificar sem o consenso da rede. Como resultado, é possível usar a tecnologia blockchain para criar um registro inalterável para monitorar as transações ao longo do processo produtivo.


Acesso em: Desafio Ambiental | Abrapa alcança resultados positivos com rastreabilidade na cadeia do algodão

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Abrapa discute estratégias para potencializar o agro no cenário mundial

24 de Novembro de 2023

Com foco na criação de estratégias estruturadas para potencializar o papel do agronegócio brasileiro no cenário mundial, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou, no dia 24 de novembro, do I Encontro Nacional do Agro realizado em conjunto com o V Encontro de Adidos Agrícolas, em Brasília. Promovidos pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os encontros reuniram representantes de mais de 20 entidades setoriais e do governo brasileiro para debater acesso a mercados, a promoção comercial e gestão da imagem e reputação.

O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, compartilhou a trajetória da cadeia do algodão brasileiro durante sua participação. O setor evoluiu de segundo maior importador mundial nos anos 90 para se tornar, em 2023, o maior produtor e exportador global de algodão com certificação socioambiental.

“Atualmente, 82% da nossa produção é auditada e aprovada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Introduzimos inovações significativas nas formas de produção, como a agricultura regenerativa, adotamos tecnologias avançadas para mitigar os gases de efeito estufa e implementamos um programa abrangente de rastreabilidade, que cobre toda a cadeia produtiva, desde a semente até o produto final, no guarda-roupa. Esse programa é o SouABR, que reflete nosso compromisso integral com a sustentabilidade em todas as etapas do processo”, afirma.

Durante sua exposição, Portocarrero destacou o Cotton Brazil, o plano de promoção internacional do algodão brasileiro, realizado em parceria com a ApexBrasil e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), e ressaltou ainda a necessidade de superar obstáculos de infraestrutura para otimizar o escoamento da produção brasileira. Ele também enfatizou a importância da estreita colaboração com grandes marcas globais e influenciadores em todos os continentes, com um enfoque particular em sustentabilidade e rastreabilidade, além de investimento na abertura de novos mercados, como o Egito.

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Reportagem do programa + Agro, da TV Centro América, afiliada da Rede Globo em Cuiabá/MT

24 de Novembro de 2023

Quando a gente compra uma camiseta de algodão, leva para casa muito mais que uma roupa: leva a dedicação de uma longa cadeia produtiva que envolve muitas pessoas. Nesta reportagem, produzida e exibida pelo programa + Agro, da TV Centro América, afiliada da Rede Globo em Cuiabá/MT, o expectador conhece as duas pontas desta cadeia, a lavoura e o ponto de venda. Mas a viagem fica ainda mais completa e detalhada, graças à rastreabilidade, embarcada nos QR Codes da iniciativa SouABR.


Clique no link e assista!


+ Agro (MT) | Assista na Íntegra ao 3° Bloco do +Agro MT | Globoplay

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SouABR na vanguarda da rastreabilidade do agro

Abrapa apresenta iniciativa de sucesso de rastreabilidade por blockchain em evento em São Paulo

24 de Novembro de 2023

Exemplo de sucesso em rastreabilidade da cadeia produtiva do algodão, que vem inspirando diversos setores do agro do país, o SouABR, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), chamou a atenção, dessa vez, durante o seminário “O agro em código – Summit de Rastreabilidade no Agronegócio”. O evento, realizado em São Paulo, no dia 22 de novembro, foi promovido pela GS1 Brasil, Embrapa, Abrarastro e Instituto de Colaboração em Blockchain (iColab) e reforçou a importância da rastreabilidade não apenas para atender a uma demanda do consumidor, como por ser uma potente ferramenta operacional para as empresas que a implementam. Na plateia do Summit, representantes de diversos setores do agro, desde a produção/indústria de alimentos, do varejo, de instituições governamentais e da sociedade civil organizada, além de agentes da área de Tecnologia da Informação.


O SouABR foi pioneiro na indústria têxtil nacional na rastreabilidade por blockchain e permitiu o mapeamento, passo a passo, da cadeia de suprimentos de uma camiseta de algodão, da semente até o guarda-roupa. Desde 2021, quando foi lançado, o SouABR já angariou a parceria de varejistas como Reserva, Renner e C&A. Para chegar até este ponto, a diretora de Relações Institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi explicou os passos empreendidos pelos produtores brasileiros em seus programas estruturantes, desde a criação do Sistema Abrapa de Identificação (SAI), em 2004, a parceria com GS1 – empresa que, há 50 anos, implantou a identificação digital por código de barras no mundo – e a evolução do SAI, com a integração de outros sistemas, como o de certificação socioambiental (ABR), o de qualidade de análise de fibra (SBRHVI) e, a partir de 2023, a certificação oficial do algodão brasileiro (Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole), conferida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).


Colaborativo


Em sua fala, Silmara Ferraresi ressaltou o comprometimento da cadeia, em especial, dos produtores, em disponibilizar, de forma transparente, informações fidedignas, e “abrir” as portas das fazendas para isso, mostrando a cara de quem produz.


“Não se faz rastreabilidade sozinho, é preciso colaboração, e esse foi um dos nossos maiores desafios, porque a cadeia têxtil é enorme. Os dados da fazenda, a nosso ver, pareciam resolvidos. Mas quando se traz a cadeia como um todo, a dificuldade é muito maior, principalmente, se tratando de uma cadeia como a têxtil nacional, que sofre com concorrência, com altos impostos e, para a qual, cada centavo conta”, argumenta Silmara.


Perenidade


Ainda de acordo com a diretora, para a Abrapa, sustentabilidade e rastreabilidade passaram a ser mandatórios para a permanência no mercado e se tornaram grandes diferenciais do algodão brasileiro, “seja internamente, uma vez que um terço da nossa produção abastece a indústria nacional, ou no mercado externo, destino de dois terços da nossa produção”.


Pedro Henrique de Martino, gerente de Relações Governamentais da GS1 Brasil, compartilha da mesma opinião. “Hoje, ninguém duvida de que a rastreabilidade é um investimento necessário para que as cadeias sejam sustentáveis e perenes”, diz. Ele acrescenta que a percepção deste tema evoluiu de “custo” para “investimento”, lembrando que a parceria entre Abrapa e GS1 começou em 2011, quando a entidade constatou a necessidade de garantir dados de origem do produto, com padrões universais. “O fardo brasileiro exportado, para qualquer país, dá acesso à informação. O Brasil, hoje, é o segundo maior entre os exportadores de algodão, e isso passa pela visão de que a identificação da procedência da fibra é fundamental para acessar mercados, sobretudo os asiáticos”, finaliza.


 

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