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Sou de Algodão promove encontros em universidades parceiras de Goiás e São Paulo

Iniciativa da Abrapa realizou palestras para mais de 160 estudantes e docentes, destacando a importância da criatividade, transparência e responsabilidade na moda

21 de Março de 2025

Seguindo a agenda de compromissos com as universidades parceiras, entre os dias 19 e 20 de março, o Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), promoveu três apresentações, sendo na Universo, em Goiânia, na Universidade Estadual do Goiás (UEG), e na Anhembi Morumbi, em São Paulo. Ao todo, mais de 160 estudantes e docentes dos cursos de Moda destas instituições foram impactados pelas conversas conduzidas por Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do movimento, e seus convidados. Ela foi a responsável por mostrar as possibilidades criativas usando o algodão, além de compartilhar os pilares de trabalho do movimento e da Associação, alinhados à sustentabilidade e à valorização da fibra nacional.

O primeiro encontro aconteceu na Universidade Salgado de Oliveira (Universo), e contou com a presença de Lucas Caslú, vencedor do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores. Em forma de bate-papo, o estudante do último ano do curso de Design de Moda da instituição, falou sobre suas estratégias e a importância do trabalho coletivo. "Compartilhei um pouco sobre o meu processo criativo, além de falar sobre minha trajetória, o que faço atualmente e os detalhes da próxima coleção. Também dividi alguns dos meus planos para o futuro”, explica Lucas.

“A palestra foi um verdadeiro sucesso! A participação do Lucas foi incrível, compartilhando sua experiência como vencedor do 3º Desafio e destacando a importância da criatividade e persistência. A interação com os alunos foi maravilhosa, tornando essa uma experiência enriquecedora para todos”, comenta Suely Calafiori, Coordenadora do curso de Design de Moda da Universo.

Na parte da noite, Manami conduziu uma palestra na UEG destacando o trabalho da Abrapa, seus pilares estruturais e projetos, como os programas de sustentabilidade, rastreabilidade, qualidade e promoção. Entre os principais pontos mencionados, a gestora ressaltou a liderança do Brasil na produção de algodão responsável e a capacidade de atender integralmente a demanda interna. Também destacou que os setores têxtil e de confecção são o segundo maior gerador de empregos no Brasil.

Além de compreenderem a importância da transparência e da sustentabilidade, os estudantes puderam conhecer de perto as diversas possibilidades de se trabalhar com o algodão, uma fibra natural, versátil e amplamente disponível no Brasil. “O algodão brasileiro oferece inúmeras oportunidades criativas para os futuros profissionais da moda, desde o design até a confecção, e contribui para o desenvolvimento de uma indústria mais responsável e conectada com as demandas do consumidor”, reforça Manami.

"É sempre um prazer receber o movimento em nosso curso, e a palestra ministrada pela Manami foi mais uma experiência enriquecedora para nossos alunos. O auditório da UEG Laranjeiras/Goiânia estava lotado, e os 40 estudantes do primeiro período tiveram a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre o algodão e suas inúmeras possibilidades criativas. Nossa parceria com o Sou de Algodão, que já nos proporcionou talks, palestras e visitas técnicas inspiradoras, segue fortalecida, contribuindo para a formação de designers mais conscientes e preparados para o mercado”, comemora a Profa. Ma. Carla Barros Nascimento, da UEG.



Já no dia seguinte, em São Paulo, foi a vez dos alunos da Anhembi Morumbi conhecerem mais sobre o Sou de Algodão. Junto com a estilista parceira Heloisa Strobel, responsável pela marca Reptilia, a aula magna destacou o trabalho da profissional no mercado da moda, que desfila sua nova coleção na edição N59 da São Paulo Fashion Week, em abril.


“Estamos cada vez mais entusiasmados com essa parceria, que nos permite proporcionar aos jovens estudantes oportunidades concretas de transformar seus sonhos profissionais em realidade, sempre com foco na sustentabilidade e no uso consciente dos recursos na Moda. Nosso agradecimento especial à Heloisa Strobel, que compartilhou sua trajetória e inspirou os futuros profissionais do universo fashion”, comenta Déborah Serretiello, Coordenadora dos cursos de Moda da Anhembi Morumbi.


Outro destaque da palestra foi a discussão sobre a visão do consumidor que está cada vez mais preocupado com a sustentabilidade e a busca por transparência das empresas. Segundo Manami, o Brasil tem a vantagem de conseguir produzir uma moda 100% nacional. “É preciso conscientizar os futuros profissionais sobre a importância de toda a cadeia e a valorização da indústria nacional. A moda brasileira tem grande vantagem: criadores talentosos, uma indústria diversificada e uma cadeia produtiva responsável. Podemos mostrar por quantas mãos aquela peça passa até chegar a quem compra, já que temos uma cadeia têxtil completa e verticalizada, desde a produção da matéria prima, que é produzida com responsabilidade socioambiental e certificada”, conclui.


Sobre Sou de Algodão


Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.

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Cadeia produtiva do algodão avalia perspectivas da safra 24/25

Setor discute cenário global, guerra comercial e impactos no consumo, além das projeções de produção e exportação da fibra

21 de Março de 2025

Com expectativa de crescimento de área plantada estimada em 10,3% em 2024/2025, a safra brasileira de algodão deve chegar a 3,95 milhões de toneladas do produto beneficiado (pluma), de acordo com os números apresentados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizada em Brasília. Guerra comercial, cenário econômico global, preços e pontos de atenção em relação do clima deram o tom da reunião de número 78ª da câmara, a primeira de quatro anuais.


 Além de incremento de área e produção e exportações, o setor pode ter um aumento de até 20 mil toneladas no consumo da indústria nacional, que no ano passado fechou em 750 mil toneladas e o Brasil tem ampliado mercado para além da China, em países como Egito, Paquistão e Índia. A próxima reunião da Câmara está prevista para 30 de junho.


Normalidade


A estimativa da área de lavouras ocupadas com a cultura é um pouco superior ao projetado pela Conab na safra passada, que foi de 3,70 milhões de toneladas. A confirmação vai depender do desempenho da produtividade esperada pelos cotonicultores, em 1842 quilos por hectare, o que já representa 3,2% a menos do que a registrada no ciclo anterior. No momento, ocorrências de veranicos têm alertado produtores em algumas regiões de estados como Bahia e Goiás.


De acordo com o presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, que conduziu a reunião pela primeira vez, sucedendo o ex-presidente da associação e da Câmara, Alexandre Schenkel, os números ainda são preliminares, já que a safra em Mato Grosso, maior produtor do país, está no início.


“Podemos dizer que tudo está ocorrendo dentro da normalidade até aqui, mas existem preocupações com relação ao clima, e alguns estados já sentem os efeitos da estiagem. Mas tivemos notícias de que hoje (19), já choveu na Bahia, por exemplo. De todo modo, ainda é cedo para fechar as previsões. Preferimos sempre ser conservadores em nossas projeções”, afirmou Picolli.


Guerra Comercial


O tema do clima perdeu protagonismo na reunião para a pauta que tem sido o foco das atenções de produtores, exportadores e indústria, a guerra tarifária entre Estados Unidos e China, e as repercussões sobre o consumo da fibra. De acordo do diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, a nova fase da guerra comercial – a primeira foi em julho de 2018 – traz impactos diretos para o algodão brasileiro. Dentre os positivos, Duarte destacou a melhoria do basis na Ásia, uma maior competitividade no mercado chinês e a possibilidade de aumento das exportações no curto prazo.


“No entanto, há desafios, como a queda nas cotações da Bolsa de Nova York, maior concorrência em outros mercados e o fato de que o Brasil já ampliou significativamente sua participação na China, reduzindo o espaço para novos ganhos expressivos. Além disso, como o algodão importado pela China é majoritariamente usado para exportação de produtos têxteis, a taxação sobre esses bens pode limitar a demanda”, explicou. Segundo o diretor, com as novas tarifas anunciadas para 2025, os EUA podem perder ainda mais participação na China, consolidando o Brasil como principal fornecedor, mas sem a mesma intensidade da primeira fase da guerra comercial, num primeiro momento.


De Minimis


Ainda de acordo com Marcelo Duarte, o fim da isenção fiscal "De Minimis" – que permitia importações de até US$ 800 sem tributação, nos EUA – também pode afetar o consumo global, reduzindo a competitividade dos produtos têxteis chineses à base de poliéster e contribuindo para o aumento da demanda por produtos de maior qualidade, feitos de algodão.  “Isso pode significar menor demanda por produtos sintéticos de baixa qualidade via correios e maior importação de produtos de algodão via os canais convencionais de importação”, explicou.


Exportações


De acordo com os números apresentados pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) na reunião, de julho de 2024 até março de 2025, o Brasil já embarcou 2,2 milhões de toneladas de pluma, enquanto no último ano comercial (jul2024/jun2025), o volume de algodão exportado foi de 2.58 milhões de toneladas. O presidente da Anea, Miguel Faus, afirma que o cenário global é de preços reprimidos, devido a uma demanda internacional enfraquecida, influenciada por fatores como inflação e baixas taxas de juros. “A China segue sendo um destino importante para o algodão brasileiro, mas a concorrência dos Estados Unidos deve se intensificar em mercados onde o Brasil tem se consolidado nos últimos anos, como Índia, Egito, Paquistão, Bangladesh, Vietnã e Turquia”, destacou.


“Os Estados Unidos, por sua vez, estão negociando um acordo de livre comércio com a Índia para isentar 60 mil toneladas de algodão da tarifa de importação, o que pode impactar a participação brasileira nesse mercado”, disse Faus.


Metade já vendida


Segundo o presidente da Anea, a logística de exportação tem se destacado, permitindo que o Brasil bata recordes no escoamento do algodão. “A logística não deve ser um grande problema, desde que haja disponibilidade de navios, contêineres e rotas de transporte - atualmente, cerca de 50% da safra já foi vendida”, disse. Os números divulgados pelo USDA confirmam o maior exportador mundial de algodão também nesta safra.


“Quanto aos preços, a tendência é de estabilidade, uma vez que a produção global ainda supera o consumo, limitando aumentos significativos nos valores. A demanda também está abaixo do esperado, o que impede uma valorização expressiva do produto. No entanto, o mercado tem mostrado uma autorregulação: quando os preços caem muito, a demanda tende a crescer, o que ajuda a equilibrar as cotações.

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Primeira reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados avalia perspectivas para a safra 2024/2025

Setor discute cenário global, guerra comercial e impactos no consumo, além das projeções de produção e exportação da fibra.

21 de Março de 2025

Com expectativa de crescimento de área plantada estimada em 10,3% – 2.145,5 milhões de hectares – em 2024/2025, a safra brasileira de algodão deve chegar a 3,95 milhões de toneladas do produto beneficiado (pluma), de acordo com os números apresentados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na quarta-feira (19), na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizada em Brasília. Guerra comercial, cenário econômico global, preços e pontos de atenção em relação do clima deram o tom da reunião de número 78ª da câmara, a primeira de quatro anuais.


 Além de incremento de área e produção e exportações, o setor pode ter um aumento de até 20 mil toneladas no consumo da indústria nacional, que no ano passado fechou em 750 mil toneladas e o Brasil tem ampliado mercado para além da China, em países como Egito, Paquistão e Índia. A próxima reunião da Câmara está prevista para 30 de junho.


Normalidade


A estimativa da área de lavouras ocupadas com a cultura é um pouco superior ao projetado pela Conab na safra passada, que foi de 3,70 milhões de toneladas. A confirmação vai depender do desempenho da produtividade esperada pelos cotonicultores, em 1842 quilos por hectare, o que já representa 3,2% a menos do que a registrada no ciclo anterior. No momento, ocorrências de veranicos têm alertado produtores em algumas regiões de estados como Bahia e Goiás.


De acordo com o presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, que conduziu a reunião pela primeira vez, sucedendo o ex-presidente da associação e da Câmara, Alexandre Schenkel, os números ainda são preliminares, já que a safra em Mato Grosso, maior produtor do país, está no início.


“Podemos dizer que tudo está ocorrendo dentro da normalidade até aqui, mas existem preocupações com relação ao clima, e alguns estados já sentem os efeitos da estiagem. Mas tivemos notícias de que hoje (19), já choveu na Bahia, por exemplo. De todo modo, ainda é cedo para fechar as previsões. Preferimos sempre ser conservadores em nossas projeções”, afirmou Picolli.


Guerra Comercial


O tema do clima perdeu protagonismo na reunião para a pauta que tem sido o foco das atenções de produtores, exportadores e indústria, a guerra tarifária entre Estados Unidos e China, e as repercussões sobre o consumo da fibra. De acordo do diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, a nova fase da guerra comercial – a primeira foi em julho de 2018 – traz impactos diretos para o algodão brasileiro. Dentre os positivos, Duarte destacou a melhoria do basis na Ásia, uma maior competitividade no mercado chinês e a possibilidade de aumento das exportações no curto prazo.


“No entanto, há desafios, como a queda nas cotações da Bolsa de Nova York, maior concorrência em outros mercados e o fato de que o Brasil já ampliou significativamente sua participação na China, reduzindo o espaço para novos ganhos expressivos. Além disso, como o algodão importado pela China é majoritariamente usado para exportação de produtos têxteis, a taxação sobre esses bens pode limitar a demanda”, explicou. Segundo o diretor, com as novas tarifas anunciadas para 2025, os EUA podem perder ainda mais participação na China, consolidando o Brasil como principal fornecedor, mas sem a mesma intensidade da primeira fase da guerra comercial, num primeiro momento.


De Minimis


Ainda de acordo com Marcelo Duarte, o fim da isenção fiscal "De Minimis" – que permitia importações de até US$ 800 sem tributação, nos EUA – também pode afetar o consumo global, reduzindo a competitividade dos produtos têxteis chineses à base de poliéster e contribuindo para o aumento da demanda por produtos de maior qualidade, feitos de algodão.  “Isso pode significar menor demanda por produtos sintéticos de baixa qualidade via correios e maior importação de produtos de algodão via os canais convencionais de importação”, explicou.


Exportações


De acordo com os números apresentados pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) na reunião, de julho de 2024 até março de 2025, o Brasil já embarcou 2,2 milhões de toneladas de pluma, enquanto no último ano comercial (jul2024/jun2025), o volume de algodão exportado foi de 2.58 milhões de toneladas. O presidente da Anea, Miguel Faus, afirma que o cenário global é de preços reprimidos, devido a uma demanda internacional enfraquecida, influenciada por fatores como inflação e baixas taxas de juros. “A China segue sendo um destino importante para o algodão brasileiro, mas a concorrência dos Estados Unidos deve se intensificar em mercados onde o Brasil tem se consolidado nos últimos anos, como Índia, Egito, Paquistão, Bangladesh, Vietnã e Turquia”, destacou.


“Os Estados Unidos, por sua vez, estão negociando um acordo de livre comércio com a Índia para isentar 60 mil toneladas de algodão da tarifa de importação, o que pode impactar a participação brasileira nesse mercado”, disse Faus.


Metade já vendida


Segundo o presidente da Anea, a logística de exportação tem se destacado, permitindo que o Brasil bata recordes no escoamento do algodão. “A logística não deve ser um grande problema, desde que haja disponibilidade de navios, contêineres e rotas de transporte - atualmente, cerca de 50% da safra já foi vendida”, disse. Os números divulgados pelo USDA confirmam o maior exportador mundial de algodão também nesta safra.


“Quanto aos preços, a tendência é de estabilidade, uma vez que a produção global ainda supera o consumo, limitando aumentos significativos nos valores. A demanda também está abaixo do esperado, o que impede uma valorização expressiva do produto. No entanto, o mercado tem mostrado uma autorregulação: quando os preços caem muito, a demanda tende a crescer, o que ajuda a equilibrar as cotações.


Indústria


O setor têxtil brasileiro fechou 2024 com crescimento de 4,8%, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), presente à reunião. A confecção avançou quase 4% e o varejo, cerca de 3%. No entanto, as importações cresceram cerca de 20%, o que preocupa a indústria.


“Quando as importações crescem em um ritmo bem superior ao do mercado, perdemos espaço”, alerta Fernando Pimentel, presidente da Abit, destacando que 23% a 25% do vestuário vendido no Brasil já vem do exterior. Para 2025, segundo a entidade, o cenário é de insegurança, com juros elevados e pressão sobre o consumo. A expectativa de crescimento caiu para 2% no setor têxtil e até 1% na confecção, bem abaixo dos números de 2024. “O consumidor está espremido pelos preços dos alimentos, energia e outros itens essenciais, o que reduz sua capacidade de compra”, aponta Pimentel.


A boa notícia da indústria para os produtores é que o consumo de algodão no mercado interno pode crescer até 20 mil toneladas. Mas depende do cenário econômico. “Se não houver mudança forte nos preços relativos favorecendo os sintéticos, dá para imaginar um leve avanço”. Ele reforça que a competição global segue desigual: “Não temos oposição ao comércio internacional, mas sim a um comércio desequilibrado e desleal”, concluiu.

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Relatório de safra - março de 2025

21 de Março de 2025

Com o plantio praticamente encerrado, a safra 2024/2025 avança com boas perspectivas. A Abrapa projeta 2,14 milhões de hectares plantados e 3,95 milhões de toneladas produzidas, um crescimento de 6,8% em relação ao ciclo anterior. No campo, as lavouras mais avançadas já começam a formar as maçãs. Enquanto isso, no mercado externo, fevereiro foi um mês histórico, com 274,6 mil toneladas exportadas e receita de US$ 462,2 milhões. Quer saber mais detalhes? Clique aqui e confira o relatório completo da safra de março.


 

 

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #11/2025 21/03/2025

21 de Março de 2025

Destaque da Semana - Guerra comercial EUA-China gera incerteza no comércio internacional. Além disso, conforme previsto, a China está importando bem menos algodão do que no último ano.


Destaque da Semana 2 - Começou esta semana em Brasília a 2a edição da Brazilian Cotton School.  O curso continua por mais duas semanas em São Paulo.


Algodão em NY - O contrato Jul/25 fechou nesta quinta 20/mar cotado a 67,57 U$c/lp (-0,2% vs. 13/mar). O contrato Dez/25 fechou em 69,36 U$c/lp (+0,2% vs. 13/mar).


Basis Ásia - Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 841 pts para embarque Mar/Abr-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 20/mar/25).


Baixistas 1 - As exportações semanais de algodão dos EUA somaram 101.058 fardos, o menor volume semanal desde outubro. A China cancelou 49.300 fardos.


Baixistas 2 - O Federal Reserve dos EUA manteve as taxas de juros inalteradas, mas aumentou a previsão de inflação para 2025 para 2,7% (antes era 2,5%).


Altistas 1 - O plantio de algodão nos EUA já começou no Sul do Texas, mas sob condições de seca severa.


Altistas 2 -  O Monitor de Seca dos EUA indicou que as regiões High Plains e Rolling Plains estão em condições de seca moderada a anormal.


 Plantio 1 - A *disponibilidade de água também causa apreensão no Paquistão, onde o plantio acelerou nesta semana.


Plantio 2 - Já na China, a expectativa é de que a semeadura avance na próxima semana a partir do sul de Xinjiang, rumo às áreas do norte.


Fiações 1 - Na Índia, as fiações operam quase que na capacidade total, apesar da limitação na oferta. Em Bangladesh, a produção está reduzida.


 Fiações 2 - Mesmo com margens de lucro menores, a indústria vietnamita opera em alta devido à demanda dos EUA e da Europa. Na China, o mercado de fios está estável, com operações entre 70% e 90% da capacidade.


China - De janeiro a fevereiro, a China importou cerca de 270 mil tons de algodão – 58% a menos que em 2024. De ago/24 a fev/25, o volume é de 890 mil tons (contra 1,9 milhão tons no ciclo anterior). Os dados são preliminares.


Índia - Em sua segunda estimativa da safra 2024/25, o Ministério da Agricultura da Índia previu 5 milhões de tons a serem colhidos em nov/25. É a menor projeção feita até aqui para a safra indiana.


Coreia do Sul - Em fev/25, a Coreia do Sul importou 8.057 tons de algodão, dos quais 70% saíram do Brasil. É o maior volume mensal importado desde jun/23. No ano comercial 2024/25, a soma é de 38.144 tons – sendo 67,4% pluma brasileira.


Safra 2024/25 1 - A Abrapa estima que a área plantada com algodão seja de 2,145 milhões de hectares no ciclo 2024/25 (10,3% a mais que em 2023/24). O número foi divulgado ontem (19) durante reunião da Câmara Setorial do Algodão.


Safra 2024/25 2 - Com isso, a projeção da Abrapa é de que sejam produzidos 3,95 milhões tons no ciclo atual. Na semana passada, a Conab divulgou a estimativa de 3,82 milhões tons.


Exportações 1 - Na mesma reunião, a Anea informou que, de jul/24 a mar/25, o Brasil embarcou 2,2 milhões tons. No mesmo período de 2024/25, o volume registrado foi de 2,58 milhões tons.


Exportações 2 - As exportações brasileiras de algodão somaram 132,3 mil tons na segunda semana de março. A média diária de embarque é 30,8% superior que a registrada no mesmo mês de 2024.


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (20/03), foi finalizado o beneficiamento nos estados de GO, MA, MG, MS, PI, PR e SP, restando apenas os estados da BA (99%) e MT (99,89%). Total Brasil: 99,74%.


Plantio 2024/25 - Até ontem (20/03), foi finalizado o plantio nos estados da BA, MA, MG, MS, MT, PI, PR e SP, restando apenas o estado de GO (98,91%). Total Brasil: 99,98%.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 20-03


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil - cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Primeira reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados avalia perspectivas para a safra 2024/2025

Setor discute cenário global, guerra comercial e impactos no consumo, além das projeções de produção e exportação da fibra.

20 de Março de 2025

Com expectativa de crescimento de área plantada estimada em 10,3% – 2.145,5 milhões de hectares – em 2024/2025, a safra brasileira de algodão deve chegar a 3,95 milhões de toneladas do produto beneficiado (pluma), de acordo com os números apresentados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na quarta-feira (19), na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizada em Brasília. Guerra comercial, cenário econômico global, preços e pontos de atenção em relação ao clima deram o tom da reunião de número 78 da câmara, a primeira de quatro anuais.


Além de incremento de área e produção e exportações, o setor pode ter um aumento de até 20 mil toneladas no consumo da indústria nacional, que no ano passado fechou em 750 mil toneladas e o Brasil tem ampliado mercado para além da China, em países como Egito, Paquistão e Índia. A próxima reunião da Câmara está prevista para 30 de junho.


Normalidade


A estimativa da área de lavouras ocupadas com a cultura é um pouco superior ao projetado pela Conab na safra passada, que foi de 3,70 milhões de toneladas. A confirmação vai depender do desempenho da produtividade esperada pelos cotonicultores, em 1842 quilos por hectare, o que já representa 3,2% a menos do que a registrada no ciclo anterior. No momento, ocorrências de veranicos têm alertado produtores em algumas regiões de estados como Bahia e Goiás.


De acordo com o presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, que conduziu a reunião pela primeira vez, sucedendo o ex-presidente da associação e da Câmara, Alexandre Schenkel, os números ainda são preliminares, já que a safra em Mato Grosso, maior produtor do país, está no início. “Podemos dizer que tudo está ocorrendo dentro da normalidade até aqui, mas existem preocupações com relação ao clima, e alguns estados já sentem os efeitos da estiagem. Mas tivemos notícias de que hoje (19), já choveu na Bahia, por exemplo. De todo modo, ainda é cedo para fechar as previsões. Preferimos sempre ser conservadores em nossas projeções”, afirmou Picolli.


Guerra Comercial


O tema do clima perdeu protagonismo na reunião para a pauta que tem sido o foco das atenções de produtores, exportadores e indústria, a guerra tarifária entre Estados Unidos e China, e as repercussões sobre o consumo da fibra. De acordo do diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, a nova fase da guerra comercial – a primeira foi em julho de 2018 – traz impactos diretos para o algodão brasileiro. Dentre os positivos, Duarte destacou a melhoria do basis na Ásia, uma maior competitividade no mercado chinês e a possibilidade de aumento das exportações no curto prazo. “No entanto, há desafios, como a queda nas cotações da Bolsa de Nova York, maior concorrência em outros mercados e o fato de que o Brasil já ampliou significativamente sua participação na China, reduzindo o espaço para novos ganhos expressivos. Além disso, como o algodão importado pela China é majoritariamente usado para exportação de produtos têxteis, a taxação sobre esses bens pode limitar a demanda”, explicou. Segundo o diretor, com as novas tarifas anunciadas para 2025, os EUA podem perder ainda mais participação na China, consolidando o Brasil como principal fornecedor, mas sem a mesma intensidade da primeira fase da guerra comercial, num primeiro momento.


De Minimis


Ainda de acordo com Marcelo Duarte, o fim da isenção fiscal "De Minimis" – que permitia importações de até US$ 800 sem tributação, nos EUA – também pode afetar o consumo global, reduzindo a competitividade dos produtos têxteis chineses à base de poliéster e contribuindo para o aumento da demanda por produtos de maior qualidade, feitos de algodão. “Isso pode significar menor demanda por produtos sintéticos de baixa qualidade via correios e maior importação de produtos de algodão via os canais convencionais de importação”, explicou.


Exportações


De acordo com os números apresentados pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) na reunião, de julho de 2024 até março de 2025, o Brasil já embarcou 2,2 milhões de toneladas de pluma, enquanto no último ano comercial (jul2024/jun2025), o volume de algodão exportado foi de 2.58 milhões de toneladas. O presidente da Anea, Miguel Faus, afirma que o cenário global é de preços reprimidos, devido a uma demanda internacional enfraquecida, influenciada por fatores como inflação e baixas taxas de juros. “A China segue sendo um destino importante para o algodão brasileiro, mas a concorrência dos Estados Unidos deve se intensificar em mercados onde o Brasil tem se consolidado nos últimos anos, como Índia, Egito, Paquistão, Bangladesh, Vietnã e Turquia”, destacou.  “Os Estados Unidos, por sua vez, estão negociando um acordo de livre comércio com a Índia para isentar 60 mil toneladas de algodão da tarifa de importação, o que pode impactar a participação brasileira nesse mercado”, disse Faus.


Metade já vendida


Segundo o presidente da Anea, a logística de exportação tem se destacado, permitindo que o Brasil bata recordes no escoamento do algodão. “A logística não deve ser um grande problema, desde que haja disponibilidade de navios, contêineres e rotas de transporte - atualmente, cerca de 50% da safra já foi vendida”, disse. Os números divulgados pelo USDA confirmam o maior exportador mundial de algodão também nesta safra.  “Quanto aos preços, a tendência é de estabilidade, uma vez que a produção global ainda supera o consumo, limitando aumentos significativos nos valores. A demanda também está abaixo do esperado, o que impede uma valorização expressiva do produto. No entanto, o mercado tem mostrado uma autorregulação: quando os preços caem muito, a demanda tende a crescer, o que ajuda a equilibrar as cotações.”


Indústria


O setor têxtil brasileiro fechou 2024 com crescimento de 4,8%, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), presente à reunião. A confecção avançou quase 4% e o varejo, cerca de 3%. No entanto, as importações cresceram cerca de 20%, o que preocupa a indústria. “Quando as importações crescem em um ritmo bem superior ao do mercado, perdemos espaço”, alerta Fernando Pimentel, presidente da Abit, destacando que 23% a 25% do vestuário vendido no Brasil já vem do exterior. Para 2025, segundo a entidade, o cenário é de insegurança, com juros elevados e pressão sobre o consumo. A expectativa de crescimento caiu para 2% no setor têxtil e até 1% na confecção, bem abaixo dos números de 2024. “O consumidor está espremido pelos preços dos alimentos, energia e outros itens essenciais, o que reduz sua capacidade de compra”, aponta Pimentel. A boa notícia da indústria para os produtores é que o consumo de algodão no mercado interno pode crescer até 20 mil toneladas. Mas depende do cenário econômico. “Se não houver mudança forte nos preços relativos favorecendo os sintéticos, dá para imaginar um leve avanço”. Ele reforça que a competição global segue desigual: “Não temos oposição ao comércio internacional, mas sim a um comércio desequilibrado e desleal”, concluiu.

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Grupo de trabalho alinha preparativos para a safra 2024/2025 nos laboratórios SBRHVI

20 de Março de 2025

Em 19 de março, o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), vinculado à Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), realizou uma reunião com o Grupo de Trabalho de Laboratórios (GTL) para alinhar as ações antes do início da operação da safra 2024/2025. O encontro, que contou com a participação dos integrantes do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), teve como objetivo discutir e coordenar as atividades dos laboratórios que atuam na classificação e na qualidade do algodão brasileiro.


“Essa reunião foi um passo importante para o planejamento e alinhamento das ações para a safra 2024/2025, com foco em manter os altos padrões de qualidade do algodão brasileiro, fundamental para a competitividade no mercado global”, afirma Deninson Lima, especialista em análise de pluma do CBRA.


Durante o encontro, foram abordados temas como o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), que visa garantir a excelência dos resultados de qualidade da pluma, conforme padrões internacionais trazendo maior credibilidade no mercado nacional e internacional. Também foram discutidas as visitas técnicas realizadas ao longo do ano, bem como os treinamentos destinados aos profissionais envolvidos na classificação do algodão.


Além disso, os participantes trataram das notificações feitas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), durante a fiscalização da safra 2023/2024, pontuando as questões observadas e as correções necessárias. Outro tópico importante foi a revisão do VDCL (Valor de Classificação de Lote) e o regulamento do Programa SBRHVI, com a atualização das normas para garantir maior eficiência na operação dos laboratórios.

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Denim brasileiro: Inovação e sustentabilidade em 2025

19 de Março de 2025

Com a crescente demanda por produtos sustentáveis, a indústria têxtil brasileira está investindo fortemente em inovações que reduzem impactos ambientais. O Brasil, um dos cinco maiores produtores e consumidores globais de denim, tem se destacado pela qualidade e compromisso com processos produtivos mais responsáveis.

“Denim é um dos tecidos mais consumidos no mundo, e o Brasil, com sua produção de algodão de alta qualidade, desempenha um papel crucial na sustentabilidade dessa cadeia produtiva. A relação entre algodão e denim é fundamental para garantir um futuro mais responsável e circular para a indústria”, afirma Gustavo Piccoli, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


A sustentabilidade deixou de ser um diferencial e se tornou uma exigência no setor. Para 2025, as principais tecelagens brasileiras estão implementando novas tecnologias e processos que visam reduzir o consumo de recursos naturais e garantir maior transparência, com foco na circularidade e na rastreabilidade da cadeia produtiva.


O movimento Sou de Algodão, iniciativa da Abrapa, conversou com algumas das principais tecelagens parceiras, que compartilham o mesmo propósito de promover a moda responsável e o consumo consciente, para conhecer as tendências e novidades sustentáveis que chegarão ao mercado em 2025. Confira abaixo!


Canatiba Textil: inovações com algodão reciclado e menos impacto ambiental A empresa está ampliando seus esforços em sustentabilidade para 2025, com o uso de algodão recuperado e desfibrado, por exemplo. “Teremos investimentos em diversas áreas, desde a modernização da fiação para aumentar a produtividade e reduzir desperdícios, até melhorias no acabamento, com equipamentos de última geração que diminuem o consumo de água, energia e emissão de CO₂”, afirma Veruska Scarlazzari, Coordenadora de Sustentabilidade da Canatiba.


A Canatiba também investe em tecnologias para reduzir o consumo de água e energia, como automação e otimização dos processos produtivos. Com certificações como OEKO-TEX Standard 100 e Better Cotton, colabora com estilistas e marcas para levar a sustentabilidade ao mercado, com soluções inovadoras como o Denim No Laundry, que elimina a necessidade de lavanderia.


Capricórnio Têxtil: redução de emissões e foco em economia circular A Capricórnio está implementando soluções inovadoras para reduzir o consumo de água e energia, com metas para 2030, incluindo a utilização de uma caldeira de biomassa e a transformação de resíduos em compostos para agricultura. “Nossa meta é reduzir em 20% a nossa captação de água até 2030”, afirma Gabryella Cerri Mendonça, Coordenadora de Sustentabilidade da Capricórnio Têxtil.


A empresa utiliza 100% de energia limpa e reduziu em 23,5% seu consumo de água em 2024. Com a certificação de Energia Renovável e participação em movimentos como o Pacto Global da ONU, a Capricórnio aposta em matérias-primas sustentáveis e na rastreabilidade total da cadeia de suprimentos para 2025.


Cedro Têxtil: eficiência hídrica e tecnologias sustentáveis Aqui, o foco é investir em tecnologias como o uso de ultrassom nos processos de lavagem, reduzindo significativamente o consumo de água. “Sempre investimos principalmente em equipamentos que requerem menor consumo de água”, afirma Edson de Paulo Gonçalves, Gerente de Desenvolvimento e Inovação da Cedro.


A empresa também adota um sistema de rastreabilidade inovador, utilizando luz ultravioleta para identificar os produtos. Com foco na sustentabilidade, a Cedro busca conciliar inovação e redução de custos, sem elevar o preço dos tecidos para os varejistas. A empresa possui certificações como a ISO 14001 e participa de iniciativas como o C2C, sempre visando melhorar a eficiência energética e hídrica.


Covolan Têxtil: inovação em processos mais sustentáveis A Covolan está focada na implementação de inovações sustentáveis que otimizam os processos produtivos, garantindo maior eficiência e menor impacto ambiental. Entre os diversos processos, sua tecnologia de tingimento é três vezes mais eficiente e duas vezes mais limpa que as convencionais. Além disso, a empresa utiliza o Indigo Zero Anilina, corante não tóxico que reduz em 50% o uso de hidróxido de sódio, 60% de hidrossulfito de sódio e 10% de índigo blue, garantindo um tingimento seguro para o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores.


A empresa também investe em eficiência hídrica e energética, com uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), com a mais moderna tecnologia de processamento, a MBR – Membrane Bio Reactor, um processo feito por micro-organismos que degradam a matéria orgânica e inorgânica (efluente que sai da fábrica) e enviam para as membranas de ultrafiltração, devolvendo para a natureza águas cristalinas e livres de quaisquer substâncias tóxicas ao meio ambiente e ao ser humano. Utiliza, ainda, biomassa como fonte de energia renovável, que utiliza matérias orgânicas como resíduos de madeiras, podas de árvores, bagaço de cana-de-açúcar, e outros resíduos que seriam descartados e poluíram a natureza.


Possui em seu Sistema de Gestão Integrado (SGI) as certificações ISO 9001, ISO 14001, ISO 45001, associadas a OEKO-TEX Standard 100 e ao Better Cotton, garantindo o fornecimento de produtos acabados com altos níveis de qualidade, isentos de substâncias químicas nocivas, atendendo às necessidades e satisfação de seus clientes, priorizando a saúde, segurança e a responsabilidade social. Prova disso é que foi a primeira do segmento do denim a conquistar a certificação ABNT-2030:2022, práticas recomendadas para o atendimento ao ESG.


“A sustentabilidade está no centro da nossa estratégia e continuaremos a buscar soluções inovadoras que equilibrem qualidade e responsabilidade ambiental”, destaca James P. Nadin, Consultor responsável pelo Sistema de Gestão Integrado da Covolan.


Vicunha Têxtil: rumo a zero água de manancial até 2030 A Vicunha tem investido em tecnologias sustentáveis, como a inauguração de sua estação de tratamento de água em Pacajus (CE), que permite o uso de 100% de água de reúso no processo produtivo. “O esgoto que antes era descartado agora é reutilizado pela nossa indústria, permitindo que a água da natureza seja destinada a finalidades vitais para o ser humano e o meio ambiente”, afirma Renata Guarniero, gerente de Marketing da Vicunha.


A empresa capta 120 milhões de litros de água da chuva por ano e utiliza 9 milhões de toneladas de algodão reciclado nas operações. Com 11 certificações ambientais, incluindo ISO 14001 e Oeko-Tex, a Vicunha aposta em inovação para reduzir o consumo de água, usar fibras recicladas e adotar energia limpa, com foco na logística reversa.

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Abrapa inicia maratona de reuniões estatutárias de 2025

19 de Março de 2025

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) deu início, nesta terça-feira (18), à maratona de reuniões estatutárias de 2025. O primeiro encontro foi do Conselho Fiscal, realizado de forma on-line, para revisar as demonstrações financeiras e as avaliações da empresa auditora independente Ernst & Young. As conclusões referentes ao ano de 2024 serão submetidas à aprovação do Conselho.

O próximo encontro será com o Conselho de Administração, dando sequência à agenda de reuniões que culminará, no dia 01 de abril, com a 1ª Assembleia Geral Extraordinária do Conselho de Representantes da Abrapa. Na ocasião, serão apresentados e aprovados os resultados dos programas estratégicos da entidade, permitindo um planejamento preciso para as ações futuras e garantindo transparência na comunicação com as associadas.

Essa também foi a primeira reunião do Conselho Fiscal do biênio 2025/2026, que conta com a seguinte composição: Walter Yukio Horita (1º Conselheiro), Thomas Derks (2º Conselheiro) e Guilherme Scheffer (3º Conselheiro).  Segundo Francisco Alves e Lima Júnior, gerente financeiro da Abrapa, a reunião acontece a cada seis meses e nela são apresentadas as demonstrações financeiras e a auditoria externa, que realiza a revisão dos números da entidade. “A Ernst & Young, como empresa auditora de terceira parte, submete suas conclusões para a aprovação do Conselho. É uma abordagem essencial para a associação”, explica.

A pauta do encontro incluiu a prestação de contas do exercício de 2024 e a emissão do parecer que será apresentado à Assembleia Geral Ordinária de Representantes da Abrapa. Entre os itens analisados estavam a aprovação das contas do período, a comparação entre valores orçados e realizados, os saldos bancários ao final de dezembro de 2024 e o relatório da auditoria externa.

Com essa série de reuniões, a Abrapa reforça seu compromisso com a governança e a transparência, estruturando suas ações para um novo ciclo de gestão eficiente no setor do algodão.

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Iniciam aulas da segunda turma da Brazilian Cotton School

Encontros desta semana acontecem em Brasília

18 de Março de 2025

Iniciaram nesta segunda-feira (17), na capital federal, as aulas da segunda turma da Brazilian Cotton School. A escola é uma iniciativa das principais entidades ligadas ao mercado do algodão no país, como Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), e Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM). “Serão três semanas de muito aprendizado e convívio com alunos que têm o potencial de conduzir a cadeia de algodão do Brasil pelos níveis de liderança que temos hoje”, declarou Marcelo Escorel, diretor da escola.


A aula inaugural abordou a história do algodão no Brasil e no mundo e foi ministrada pela jornalista e autora do livro “Algodão, o fio da história no Brasil”, para a Abrapa, Catarina Guedes, e por Jonas Nobre, sócio da Corretora Laferlins e representante da BBM na Câmara Setorial do Algodão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com atuação de 35 anos na cotonicultura. Na parte da tarde, os alunos se aprofundaram no plantio, desenvolvimento e colheita da pluma, além de custos de produção, ciclo reprodutivo, questões climáticas e insumos.


Os próximos encontros irão receber especialistas em rastreabilidade, sustentabilidade, ESG – sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança -, legislação, descarbonização agrícola, plantio regenerativo, classificação, destinos do algodão brasileiro, entre outros. O presidente emérito da Abit, Fernando Pimentel, esteve presente na abertura oficial da segunda turma da Brazilian Cotton School e falou sobre a meta do Brasil de virar um exportador de manufatura de algodão atingindo posições relevantes como já ocorre na exportação da matéria bruta e sobre a missão de cada um dos alunos da escola para tornar esse objetivo em uma realidade.


Os trinta e seis alunos da turma deste ano representam os mais variados setores da cotonicultura, como produção agrícola, beneficiamento, indústria, comércio e consultoria de mercado. “Minha expectativa ao participar do Cotton School é aprimorar meus conhecimentos e obter uma visão completa sobre todos os elos da cadeia do algodão. Isso, junto à oportunidade de networking com especialistas e outros profissionais, será fundamental para fortalecer parcerias estratégicas e impulsionar minha atuação na exportação, promovendo o algodão brasileiro para o mundo com ainda mais propriedade”, explanou Camila Liberato, aluna da segunda turma, do departamento Comercial da A1 Comexport.


O curso terá no total três semanas de aula, sendo uma em Brasília (DF) e, as outras duas, em São Paulo (SP), incluindo ainda visitas técnicas que contemplam fazenda de algodão, indústria têxtil, laboratório e Porto de Santos. O conteúdo didático da Cotton School aborda todas as etapas envolvidas na cadeia da fibra natural, desde a produção até as operações em mercado futuro, passando ainda pela industrialização, legislação e arbitragem, dividido em uma carga de 120 horas/aula.

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