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Crédito: 71,7 mil produtores podem ter desconto de 0,5 p.p no custeio por prática ambiental

19 de Fevereiro de 2025

Médios e grandes produtores rurais poderão contratar financiamentos de custeio no âmbito do Plano Safra 2024/25 com desconto de 0,5 ponto porcentual nas taxas de juros por boas práticas ambientais. De acordo com o Ministério da Agricultura, 71,7 mil produtores estão credenciados em programas de certificação de sustentabilidade da Pasta, reconhecidos para o benefício financeiro e aptos a receber o desconto em operações de custeio. São eles Produção Integrada (PI Brasil), com aproximadamente 18 mil produtores, Boas Práticas Agropecuárias (BPA) com cerca de 3 mil produtores e de Produção Orgânica com aproximadamente 50 mil agricultores, informou a pasta ao Broadcast Agro.


O desconto no chamado "custeio sustentável" está autorizado desde 2 de janeiro conforme resolução do Conselho Monetário Nacional (CNM). Mas a implementação do programa atrasou, já que faltava a listagem dos programas e instituições certificadoras reconhecidas pelo governo. A regulamentação foi publicada em portaria interministerial pelo Ministério da Agricultura e pelo Ministério da Fazenda na última quinta-feira (13).


A portaria reconhece as instituições e organismos certificadores dos programas de produção integrada, boas práticas agrícolas e produção orgânica. No âmbito da Produção Integrada (PI Brasil), o programa reconhece o Instituto Certifica Brasil. Sete programas foram reconhecidos no âmbito do Programa de Boas Práticas Agrícolas (BPA): Programa Soja Legal da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), Programa Certifica Minas Café da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais; Programa Certifica Minas da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais; Programa Boas Práticas Agrícolas IBS do Instituto BioSistêmico; Programa Algodão Brasileiro Responsável da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa); Programa Selo Ambiental do Arroz Rastreado do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga/RS) e Protocolo de Sustentabilidade Cooxupé Gerações da Cooperativa Guaxupé.


Dentro dos sistemas de produção orgânica, foram reconhecidas 11 instituições certificadoras que poderão emitir os certificados aos produtores rurais. São elas: Instituto Certifica Sociedade Simples; IBD Certificações Ltda.; Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar); Instituto Mineiro de Agropecuária; Ecocert Brasil Certificadora Ltda.; Agricontrol OIA Ltda.; Associação dos Produtores Orgânicos do Tapajós; Central de Associações de Produtores Orgânicos Sul de Minas; Associação de Agricultura Orgânica e Agroecologia da Zona da Mata/MG; Associação de Agricultura Biodinâmica do Sul (ABD-SUL) e Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (Abio). Os produtores que tiverem a chancela das certificações dessas instituições passarão a ter direito ao benefício, chamado de juros verdes pelo governo.


A portaria interministerial estabelece que as instituições certificadoras serão as responsáveis pelo cumprimento dos critérios dos programas reconhecidos pelos seus produtores certificados, sendo passíveis de comprovação e verificação. As instituições devem assegurar que os produtores rurais certificados cumpram os requisitos estabelecidos nos programas.


Em caso de descumprimento dos critérios de práticas sustentáveis a instituição certificadora e os produtores certificados poderão ser penalizados, nos termos da legislação vigente, perdendo o direito à bonificação prevista na Resolução CMN nº 5.152, de 3 de julho de 2024. A relação das instituições reconhecidas pela portaria interministerial pode ser revista a qualquer momento, prevê a normativa.


Para concessão do desconto aos produtores rurais, as instituições financeiras deverão validar as informações na Plataforma AgroBrasil + Sustentável (AB+S) por meio da consulta de práticas agropecuárias sustentáveis. Os bancos devem checar se os produtores cumprem as regras para concessão de descontos por meio dos dados informados na plataforma. As instituições e certificadoras reconhecidas pelo governo devem manter atualizadas as informações dos produtores na plataforma AB+S, em especial quanto a mudança de classificação, inclusão ou exclusão de produtores certificados. O rebate nos juros será feito pelos agentes financeiros no momento da contratação das linhas quando a certificação ativa dos programas deve ser verificada.


O desconto é válido para operações contratadas até 30 de junho dentro do Plano Safra atual, ou seja, pode ser utilizado nas operações de custeio da safra de inverno. Outros 0,5 ponto porcentual de desconto nos juros pode ser obtido pelos produtores com Cadastro Ambiental Rural (CAR) validado - pouco mais de 105 mil. Médios e grandes produtores que contrataram financiamentos no RenovAgro (Programa de Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis, antigo ABC+) nos últimos cinco anos também poderão receber o abatimento adicional de 0,5 ponto porcentual nos juros para as áreas relacionadas com o investimento anterior - público estimado em 9 mil produtores rurais.

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O Futuro do Algodão Brasileiro

18 de Fevereiro de 2025

O crescimento da adesão das fazendas ao Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) na safra 2023/2024 foi o tema central da entrevista conduzida pela apresentadora Marusa Trevisan, no programa Planeta Campo, do Canal Rural, com o presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, nesta segunda-feira (17). Durante a conversa, ele também discutiu o futuro do algodão brasileiro, os desafios da sustentabilidade no setor e as perspectivas para o agronegócio. Piccoli destacou como o Brasil está se consolidando como referência mundial na produção de algodão sustentável. Não perca o bate-papo completo, disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=Z0Z6mXv5X4Y 

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #06/2025 14/02/2025

14 de Fevereiro de 2025

Destaque da Semana - Após o relatório relativamente baixista do USDA desta semana, o mercado aguarda para domingo (16) o relatório de intenções de plantio dos EUA para 2025 elaborado pelo Conselho Nacional do Algodão (NCC).


Algodão em NY - O contrato Mar/25 fechou nesta quinta 06/fev cotado a 66,83 U$c/lp (+1,2% vs. 06/fev). O contrato Dez/25 fechou em 69,15 U$c/lp (+0,4% vs. 06/jan).


Basis Ásia - Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 978 pts para embarque Fev/Mar-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 13/fev/25.


Baixistas 1 - O relatório mensal de oferta e demanda do USDA trouxe aumento de estoques tanto no mundo quanto nos EUA (mercado referência para a Bolsa de NY).


Baixistas 2 - A relação estoque/uso dos EUA, observada de perto pelo mercado, atingiu este mês 39%, a segunda maior desde a crise financeira de 2007/08, menor apenas que no auge da Covid em 2019/20.


Baixistas 3 - Com a grande posição líquida vendida (shorts) dos fundos especuladores, as cotações continuam pressionadas no curto prazo.


Altistas 1 - Se os especuladores estão vendidos, os “comerciais” (produtores, traders, fiações) estão majoritariamente comprados no mercado. Isso mostra que esses players do “mundo real” do algodão veem mais sinais de alta do que baixa.


Altistas 2 - A alta no mercado do petróleo e a queda no índice do dólar esta semana deram suporte às cotações de algodão.


Safra mundial 1 - Em seu relatório de “Oferta e Demanda” de fevereiro, o USDA manteve a estimativa de consumo para 24/25 em 25,2. milhões tons, e aumentou de 26 milhões tons para 26,2 milhões tons a estimativa de produção.


Safra mundial 2 - O aumento de produção está concentrado na China, que produziu uma super safra de 6,75 milhões tons. Com isso, os estoques subiram 110 mil tons, chegando a 17,1 milhões tons.


China 1 - A Beijing Cotton Outlook (BCO) acredita que a importação de 2024/25 chegue a 1,8 milhão tons, enquanto o USDA estima que não passe de 1,6 milhão tons.


China 2 - No ciclo anterior (2023/24), a importação foi de 3,3 milhões tons. Ou seja: independentemente do número (BCO ou USDA), a redução da importação de algodão pela China em 2024/25 será significativa.


EUA 1 - O USDA manteve a previsão de que os EUA produzirão 3,14 milhões tons de algodão na safra 2024/25 e exportarão *2,39 milhões tons


EUA 2 - Até 1º/fev, cerca de 99% da safra 2024/25 de algodão nos EUA já tinha sido beneficiada.


Vietnã - Em jan/25, o Vietnã importou 129.187 tons de algodão, 12% menos que em jan/24. O Brasil forneceu 47% desse total (60.454 tons).


Bangladesh - Bangladesh importou 120.743 tons de algodão em janeiro, tendo a Índia como principal origem (29%).


Missão Índia/Paquistão 1 - De 19/fev a 1º/mar, uma delegação brasileira visita os principais polos têxteis da Índia e do Paquistão. A primeira agenda internacional do ano abre o calendário oficial do Cotton Brazil.


Missão Índia/Paquistão 2 - A agenda de trabalho percorrerá cinco cidades nos dois países. Além de visitas técnicas e reuniões setoriais, serão promovidas quatro edições do seminário “Cotton Brazil Outlook”.


Missão Índia/Paquistão 3 - Uma das metas é ampliar a presença da pluma brasileira na Índia, detentora da segunda maior indústria têxtil do mundo, e no Paquistão, quinto maior consumidor mundial da fibra.


Missão Índia/Paquistão 4 - Missões internacionais são uma das principais estratégicas do programa Cotton Brazil, iniciativa desenvolvida pela Abrapa em parceria com a ApexBrasil e apoio da Anea.


Agenda - As bolsas norte-americanas não funcionarão na próxima segunda (17) devido ao feriado do “Dia do Presidente”.


Safra 2024/25 1 - A Conab aumentou as projeções da safra 2024/25 de algodão no Brasil nesta semana. A área passou de 2,005 milhões de hectares para 2,036 milhões há (+1,6% frente jan/25). Já a produção foi para 3,76 milhões tons (+1,7%).


Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 77,8 mil tons na primeira semana de fevereiro. A média diária de embarque é 14,6% superior que a registrada no mesmo mês de 2024.


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (13), foi finalizado o beneficiamento de algodão nos estados de GO, MA, MG, MS, PI, PR e SP, restando apenas os estados da BA (99%) e MT (99,17%). Total Brasil: 99,21%.


Plantio 2024/25 - Até ontem (13), foram semeados nos estados da BA (95%), GO (96,8%), MA (100%), MG (97%), MS (100%), MT (95%), PI (89,2%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 95,17%.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇



Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Safras revisa produção de algodão no Brasil em 2024/25 para 3,83 milhões de toneladas

13 de Fevereiro de 2025

Porto Alegre, 12 de fevereiro de 2025 – O plantio da safra 2024/25 no Brasil ganhou ritmo nas últimas semanas e alcançou 83% da área projetada até o último dia 6 de fevereiro, segundo informações da Abrapa. A semeadura está se aproximando do seu fim, com a maioria das lavouras em estágio de desenvolvimento vegetativo.


A área plantada com algodão no Brasil foi revisada para baixo, com as projeções da Safras & Mercado indicando 2,12 milhões de hectares, ligeiramente abaixo da estimativa inicial de 2,15 milhões de hectares. Mesmo com os ajustes, a área com algodão deve crescer 6,3% em relação à temporada passada. Esse número supera a estimativa da Conab, que aponta 2,00 milhões de hectares.


A produção de algodão na safra 2024/25 no Brasil deve alcançar 3,83 milhões de toneladas, uma ligeira correção negativa em relação à previsão anterior de 3,85 milhões de toneladas. Isso representa um avanço de 3,6% em relação à produção colhida na temporada 2023/24, estimada em 3,69 milhões de toneladas. A Abrapa aponta 3,92 milhões de toneladas e a Conab, 3,70 milhões de toneladas.

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VI Workshop de Manutenção Uster reforça qualificação dos laboratórios de análise de algodão  

13 de Fevereiro de 2025

Após três dias de capacitação, encerrou-se em 12 de fevereiro o VI Workshop de Manutenção Uster, o primeiro realizado em 2025 pelo Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). O treinamento, realizado em Goiânia (GO), faz parte do pilar de orientação aos laboratórios do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) e reuniu todos os laboratórios integrantes, além de técnicos da Uster Technologies, referência mundial em equipamentos de análise HVI.


De acordo com o gestor de Qualidade da Abrapa, Edson Mizoguchi, o foco do encontro foi a manutenção dos instrumentos HVI M100, que estarão em pleno funcionamento na safra 2024/2025. “O workshop abordou aspectos teóricos e práticos para garantir maior precisão e confiabilidade nas análises laboratoriais do algodão brasileiro”, afirmou. As atividades aconteceram no laboratório da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), que disponibilizou dois equipamentos para o treinamento.


No primeiro dia, o grupo recebeu orientações sobre a importância da manutenção preventiva e iniciou a prática no Módulo LS, responsável por medir o comprimento, a uniformidade e a resistência da fibra. No segundo dia, foi realizada a capacitação no Módulo Micronaire, utilizado para medir a finura da fibra. No terceiro dia, o foco foi o Módulo de Colorímetro e Trash. Ao final, o técnico da Uster fez uma apresentação da nova máquina Classing Q Pro e esclareceu as dúvidas dos participantes.


Ao final de cada módulo, os técnicos da Uster discutiram os principais problemas, suas causas e as possíveis soluções. Os participantes foram submetidos a uma avaliação e, aqueles que atingiram a média estabelecida, receberam certificados.



Adesão total


A capacitação teve todas as vagas preenchidas, refletindo a grande procura e o interesse dos profissionais em aprimorar seus conhecimentos. Ao todo, 23 pessoas participaram do encontro, incluindo cinco mulheres, reforçando a presença feminina no setor. "O treinamento junto aos técnicos que fabricam os equipamentos nos dá um suporte fundamental, juntamente com a Abrapa. Sempre há algo novo para aprendermos", destacou Iago da Silva Nascimento, encarregado de controle e qualidade do Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). Segundo ele, a expectativa para a próxima safra é de um aumento de 10% a 12% na área plantada, chegando a 500 mil hectares na região do Matopiba e cerca de 4,5 milhões de amostras analisadas.


Já Renato Marinho de Souza, gestor do laboratório da Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), reforçou a importância da uniformização dos processos laboratoriais. “A participação nos treinamentos nos ajuda a compartilhar boas práticas de manutenção e padronizar procedimentos operacionais, garantindo maior qualidade e confiabilidade às análises.” A expectativa da entidade para a safra 2024/2025 é a realização de cerca de 600 mil análises de HVI e 150 mil análises de classificação visual.


A equipe do Laboratório de Classificação Instrumental da Unicotton também aproveitou ao máximo o encontro. Segundo Cesar Arruda Cordeiro, supervisor de classificação tecnológica de algodão, a próxima safra é promissora, acompanhando o aumento da área plantada. “Vamos analisar cerca de 2 milhões de amostras e esperamos uma boa produtividade da safra”, destacou.


Para Rhudson Assolari, gerente do Laboratório de Classificação Visual e Tecnologia da Fibra de Algodão da Agopa, é sempre uma oportunidade para treinar novos profissionais e preparar a equipe para a safra, que promete ser ainda maior. “Consegui treinar dois colaboradores que já estavam comigo há anos, mas ainda não tinham participado desse workshop. Com isso, estamos mais preparados para a próxima safra, que deve crescer cerca de 20%”, disse.


“Tudo o que aprendi vou compartilhar com meus colegas. A capacitação nos ajuda a identificar problemas, as possíveis causas e, assim, vamos garantir mais confiabilidade no equipamento, menos tempo de parada, o que significa menos interrupções, e isso vai melhorar o rendimento e a qualidade dos laboratórios”, finalizou Gessagno Pereira, do Laboratório de Classificação de Algodão BV Kuhlmann.

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Ministro da Agricultura recebe presidente da Abrapa para tratar de temas estratégicos do setor algodoeiro

13 de Fevereiro de 2025

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu nesta terça-feira (12) o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gustavo Piccoli, para uma reunião em Brasília. Este foi o primeiro encontro entre ambos desde que Piccoli assumiu a presidência da associação, em janeiro deste ano. Durante a audiência, foram discutidos temas estratégicos para o setor, como o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e a apresentação do Relatório Anual 2024 da iniciativa Cotton Brazil, executado em parceria com a ApexBrasil e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).


Piccoli também apresentou ao ministro os resultados das exportações brasileiras de algodão, com destaque para a crescente participação do Brasil no mercado asiático. Um dos principais marcos foi o recorde histórico de exportação registrado em janeiro de 2025, quando o país embarcou 415.628 toneladas da fibra, volume 66% maior que o registrado no mesmo mês do ano passado. “Esse marco expressivo reflete os avanços significativos na logística e na competitividade do algodão brasileiro no cenário global, resultado de um planejamento estratégico e antecipação do setor”, afirmou o presidente da Abrapa. Ele estava acompanhado do diretor executivo da entidade, Marcio Portocarrero, durante o encontro.


O reconhecimento da certificação ABR pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), anunciado no ano passado, durante o Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), como elegível ao programa Brasil Agro Mais Sustentável foi tratado durante o encontro. Ele oferece um desconto de 0,5% nos juros do crédito de custeio do Plano Safra 2024/2025 para os produtores com fazendas certificadas. Fávaro destacou que o algodão foi a primeira cadeia produtiva a ser certificada e se beneficiar dessa iniciativa. “Estamos juntos para consolidar o algodão brasileiro como a fibra responsável e o Brasil como o maior exportador de algodão do mundo”, afirmou Piccoli.


A agenda também incluiu discussões sobre sustentabilidade e a parceria com a Better Cotton (BC), além de um pedido formal para a substituição do presidente da Câmara Setorial do Algodão, com a indicação de Gustavo Piccoli para assumir a função, a partir da primeira reunião de 2025, prevista para março.

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Índia e Paquistão recebem missão do Cotton Brazil a partir do dia 19

Foco é ampliar o market share do algodão brasileiro no segundo e quinto maiores consumidores mundiais de pluma (Índia e Paquistão, respectivamente)

12 de Fevereiro de 2025

De 19 de fevereiro a 1º de março, uma delegação brasileira formada por produtores e exportadores de algodão visitará os principais polos têxteis da Índia e do Paquistão. O objetivo é fortalecer as relações comerciais com os países e dar início ao calendário oficial de missões internacionais do Cotton Brazil, programa de posicionamento do algodão brasileiro no mercado internacional.


A iniciativa é da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A organização coordena as ações do Cotton Brazil em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e com apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).


“Índia e Paquistão são dois mercados prioritários para o algodão brasileiro. Sabemos que é possível ampliar nossa presença e que missões como essa contribuem para fortalecer a parceria com as duas nações”, observou Celestino Zanella, vice-presidente da Abrapa.


A agenda da “Missão Índia/Paquistão” começa no dia 19 por Coimbatore, cidade conhecida como a “Manchester do Sul da Índia” por sua tradição na produção têxtil. Lá, a delegação participa de reuniões com consultores indianos e com a Associação das Indústrias Têxteis do Sul da Índia (SIMA, na sigla em inglês).


Está programada também uma visita técnica à SCM Textile Spinners e a realização do seminário “Cotton Brazil Outlook”, onde a cuja pauta é o cenário da safra brasileira e as perspectivas de mercado para a exportação da pluma em 2025.


Em seguida, o grupo segue para Mumbai, importante e tradicional polo têxtil na Índia. A programação na cidade inclui reunião com o Conselho de Promoção de Exportações de Algodão (Texprocil, na siga em inglês) e o seminário “Cotton Brazil Outlook”.


Além disso, paralelamente à participação no Global Textile Technology & Engineers Show, importante evento técnico setorial, a comitiva brasileira se reúne com representantes de grupos empresariais como Welspun Living e Reliance India Limited.


A etapa paquistanesa da missão começa por Karachi, maior cidade do país, grande centro industrial e polo exportador. A agenda inclui uma série de visitas técnicas a fiações, além de encontros com empresários e uma edição do “Cotton Brazil Outlook”.


Lahore, principal centro industrial e têxtil do Paquistão, também receberá uma edição do seminário. Por lá, a programação prevê visitas técnicas a empresas, reuniões com entidades setoriais e representantes governamentais. Já na capital do país, Islamabad, o foco será voltado para agendas com o Governo Paquistanês.


Presença brasileira


A Índia é um dos principais players mundiais do mercado de algodão. Com a segunda maior indústria têxtil do mundo, é também a segunda maior produtora e consumidora da fibra, ficando atrás apenas da China.


No ano comercial 2023/24, o Brasil exportou 8 mil toneladas de algodão para os indianos, ficando com 4% de market share. Uma das metas do Cotton Brazil é ampliar a presença do produto brasileiro no mercado indiano.


Já no Paquistão, a participação da pluma brasileira é maior. No ciclo 2023/24, o Brasil exportou 165 mil toneladas. Mesmo com uma queda de 12% em relação à temporada anterior, o volume garantiu 24% de market share. Atualmente, o Paquistão é o quinto maior importador mundial de pluma.

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ABR-UBA certificou 114 unidades de beneficiamento, na safra 2023/2024

12 de Fevereiro de 2025

Iniciativa pioneira que certifica a sustentabilidade na primeira etapa industrial da cadeia produtiva do algodão, o beneficiamento, o Programa Algodão Brasileiro Responsável para Unidades de Beneficiamento (ABR-UBA), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), registrou um marco significativo na safra 2023/2024. Com 114 unidades de beneficiamento certificadas, ante 99, no ciclo anterior (safra 2022/2023), o programa alcançou 67% do volume total de algodão produzido no Brasil, equivalente a 2,45 milhões de toneladas.


“A certificação ABR-UBA é uma mostra clara da preocupação do cotonicultor brasileiro com a sustentabilidade, promovendo práticas responsáveis, desde o campo até o beneficiamento. Acreditamos que esta é uma iniciativa que gera benefícios compartilhados e reforça a importância do algodão como uma fibra têxtil em dia com as agendas dos nossos tempos”, destaca Gustavo Piccoli, presidente da Abrapa. Com resultados expressivos e perspectivas de crescimento, a certificação ainda contribui para a imagem internacional do algodão brasileiro, ampliando sua competitividade e alinhamento com exigências globais nos âmbitos sociais, ambientais e de governança.


Criado em 2021, o ABR-UBA é a derivação do Algodão Brasileiro Responsável, o ABR, um dos protocolos de certificação de fibra produzida em parâmetros responsáveis para o beneficiamento do algodão. Ele inclui auditorias independentes, realizadas por empresas internacionalmente acreditadas. Na última avaliação, foram credenciadas ABNT, Genesis Certificações e Qima WQS, que verificam 170 critérios, desde a segurança do trabalhador até o gerenciamento de resíduos e a eficiência energética.


A certificação abrangeu algodoeiras em 47 municípios de oito estados brasileiros, com Mato Grosso liderando a adesão, somando 65 unidades certificadas e um volume beneficiado de mais de 1,5 milhão de toneladas, seguido pela Bahia, com 30 algodoeiras e 558.404 toneladas. Juntas, as UBAs certificadas geraram 9.106 empregos diretos.


Com o pilar social sendo o DNA do programa, o protocolo também inclui atendimento às normas regulamentadoras, como a NR-10, NR-13 e NR-23, que tratam da instalação elétrica, vasos de pressão e prevenção de incêndios, respectivamente. Saúde e bem-estar do trabalhador, e, sobretudo, sua segurança no ambiente de trabalho, com redução de riscos de acidentes e doenças laborais são pontos cruciais embarcados na certificação ABR-UBA.


Melhoria contínua


O ABR-UBA introduz práticas que auxiliam, também, na gestão eficiente e padronização dos processos, como cuidados para evitar a contaminação dos fardos, garantindo a integridade daqueles armazenados, além de promover a padronização de tamanho e peso dos fardos de pluma.


Além das unidades certificadas, 51% das algodoeiras ativas no Brasil já participam de etapas de suporte e orientação das associações estaduais para futura certificação, demonstrando o crescente compromisso do setor com a sustentabilidade e as melhores práticas.

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Brasil bate recorde de exportação de algodão em janeiro e Abrapa reforça parceria com a ApexBrasil

12 de Fevereiro de 2025

O Brasil iniciou 2025 com um feito histórico para a cotonicultura nacional. Em janeiro, o país exportou 415.628 toneladas de algodão, estabelecendo um novo recorde para o período. O volume embarcado é 66% maior que o registrado no mesmo mês do ano passado. Com esse desempenho, as projeções indicam que o Brasil deverá manter a liderança global nas exportações da pluma, conquistada em 2024, consolidando-se como o maior exportador mundial da fibra pelo segundo ano consecutivo.


Diante desse cenário positivo, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gustavo Piccoli, o gerente financeiro, Francisco Alves de Lima Júnior, o primeiro-secretário, Carlos Alberto Moresco, e o diretor executivo, Marcio Portocarrero estiveram reunidos, em 11 de fevereiro, com o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, para apresentar o Relatório Anual 2024 do programa Cotton Brazil, executado em parceria com a entidade e com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).  “Esse feito histórico foi possível graças ao empenho dos produtores e às parcerias estratégicas. A ApexBrasil tem sido essencial nesse processo, acompanhando de perto nossas missões internacionais e promovendo a imagem do algodão brasileiro no exterior”, afirmou Piccoli. Para ele, o crescimento das exportações e a consolidação do Brasil como líder global são resultados do trabalho conjunto entre produtores, entidades do setor e o apoio da ApexBrasil.


Durante a reunião, foram discutidos os avanços conquistados pela cotonicultura brasileira no último ano, incluindo a superação dos Estados Unidos no ranking global de exportações. No ano comercial 2023/2024, encerrado em julho, o Brasil exportou 2,7 milhões de toneladas de algodão, representando 28% do total exportado mundialmente, um crescimento de 85% em relação ao ciclo anterior.  Ao todo, 27 países importaram a fibra brasileira – dois a mais que em 2022/23, o que significa um aumento de 8%. Para a safra 2024/2025, as projeções indicam exportações na faixa de 2,8 milhões de toneladas, consolidando o país como o maior exportador mundial de algodão. Os principais destinos das exportações brasileiras em 2024 foram China, Vietnã e Paquistão, seguidos por Bangladesh e Turquia.


O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, ressaltou a importância da continuidade dessa parceria. “A Abrapa tem desempenhado um trabalho excepcional na promoção do algodão brasileiro, garantindo qualidade e confiabilidade para os mercados internacionais. Nosso compromisso é seguir fortalecendo essa aliança para que o Brasil continue expandindo sua presença global”, destacou.

Cotton Brazil
Criado em 2019, o Cotton Brazil é desenvolvido em parceria com a ApexBrasil e com apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). O programa tem como objetivo posicionar o algodão brasileiro no mercado global, focando em dez países que, juntos, representam 90,7% do volume importado mundialmente: Bangladesh, China, Coreia do Sul, Egito, Índia, Indonésia, Paquistão, Tailândia, Turquia e Vietnã. As ações do programa são coordenadas a partir do escritório de representação da Abrapa em Singapura, vinculado à diretoria de Relações Internacionais da associação. Além de missões comerciais, eventos, inteligência de mercado e comunicação integrada, o Cotton Brazil mantém uma forte rede de relacionamento com adidos agrícolas brasileiros do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e diplomatas ligados ao Ministério das Relações Exteriores (MRE). Com o recorde de exportações registrado em janeiro e a continuidade da parceria estratégica com a ApexBrasil, a Abrapa segue trabalhando para consolidar o Brasil como referência mundial em algodão de qualidade, fortalecendo sua competitividade no comércio global e abrindo novos mercados para os produtores brasileiros.

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Abrapa integra reunião de alinhamento da FPA para pautas estratégicas do agronegócio

12 de Fevereiro de 2025

A reunião semanal de deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), realizada nesta terça-feira (11), na sede do Instituto Pensar Agro (IPA), em Brasília (DF), contou com a presença do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gustavo Piccoli, e do primeiro-secretário Carlos Alberto Moresco, para discutir temas prioritários para o agronegócio.


Entre os principais assuntos abordados, destacaram-se a derrubada do veto governamental sobre a tributação dos Fundos de Investimento do Agronegócio (FIAGROs), que impacta diretamente os investimentos no setor, e a questão fundiária no município de São Mateus, no Espírito Santo, onde produtores rurais enfrentam desafios jurídicos que ameaçam a segurança no campo. Outro ponto de relevância foi a proposta de delegação de poder de polícia à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), medida que gerou preocupação entre os participantes da reunião, segundo Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa. A avaliação predominante é de que esse papel deve permanecer sob a responsabilidade da Polícia Federal e do Exército Brasileiro, evitando conflitos e garantindo segurança jurídica para produtores e comunidades indígenas.


O encontro contou com a participação de lideranças indígenas, que defendem o direito de suas comunidades de desenvolver atividades agropecuárias em suas terras, garantindo autonomia econômica e social. “A Abrapa acompanhade perto essas discussões, reforçando seu compromisso com o fortalecimento do agronegócio brasileiro e a defesa de um ambiente produtivo seguro e sustentável”, afirmou o executivo.

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