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Agro precisa estar atento às inovações para conquistar mercados

Especialistas debateram a relação entre o comércio internacional e a ação inovadora no setor durante o evento Agro Horizonte, em Brasília

12 de Dezembro de 2024

O agronegócio brasileiro é um caso de sucesso na conquista de mercados internacionais, graças aos fortes investimentos em produção e qualidade nas cadeias agropecuárias nas últimas décadas. No entanto, para ganhar ainda mais espaço, o setor precisa estar preparado para novos desafios geopolíticos e novas demandas ambientais e tecnológicas. Foi uma das conclusões do debate sobre comércio exterior promovido durante o Agro Horizonte, evento sobre inovação no agronegócio, promovido pela Globo Rural em Brasília nesta quarta-feira (11/12).


Especialistas analisaram a capacidade do Brasil de destravar mercados para seus produtos agropecuários, especialmente com o incremento da inovação no setor. Marcos Jank, coordenador do centro Insper Agro Global, apresentou um estudo mostrando que a produtividade do agronegócio brasileiro cresceu nos últimos 40 anos, a uma taxa de 2,5% ao ano, índice superior à média global de 1,5% e à dos Estados Unidos, de 1%.


“Isso ocorreu durante um cenário de redução da mão de obra no campo. O principal fator para esse crescimento foi a adoção de tecnologias, insumos e genética”, afirmou.


Segundo Jank, o crescimento do agro brasileiro desde a década de 1970 ocorreu graças a três ondas de adoção de novas tecnologias e formas de gestão e manejo. No entanto, agora, a quarta onda deverá vir de fora do agro. “São inovações que vão alterar tudo o que estamos fazendo, como inteligência artificial, blockchain, robótica e drones, e temos que estar preparados para adotar essas mudanças”, destacou.


A rapidez com que o produtor brasileiro consegue adotar inovações tem sido um fator que ajuda na conquista e manutenção de mercados para. Jank lembrou o caso do “boi China”. “A decisão da China de apenas importar carne de bovinos abatidos até 30 meses revolucionou a pecuária brasileira, a fim de atender a essa demanda”, disse.


No entanto, o coordenador do Insper Agro Global destacou a necessidade de o país diversificar os destinos de seus produtos. “A China, que se transformou em um parceiro essencial do agro brasileiro, não cresce mais tanto. Por isso, temos que abrir novos mercados, especialmente no resto da Ásia e na África, onde estão ocorrendo os maiores crescimentos de consumo”, afirmou.


Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), desde o início de 2023, o Brasil já abriu 285 mercados em 66 países. “Temos feito expansão de mercado levando qualidade sanitária aos demais países”, destacou Júlio Ramos, secretário-adjunto de Relações Internacionais. “Agora, o que fizemos com a China, em termos de conquista de mercado, é o que vislumbramos fazer com os países da África”, afirmou.


Ramos destacou que o país está preparado a enfrentar desafios e expandir sua presença agropecuária global, com a promoção da qualidade dos produtos nacionais. “No algodão, por exemplo, o Brasil se tornou o maior exportador do mundo sem que o consumo global aumentasse”, disse.


Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), lembrou que a produtividade do algodão brasileiro hoje é o dobro das lavouras americanas. No entanto, essa eficiência traz problemas: como colocar tanto algodão no mundo?


“A velocidade de melhoria da qualidade da nossa fibra também era maior do que a capacidade de conquistar mercado. O que mudou essa situação foi juntar os elos da cadeia e, junto com as tradings, promover nosso produto lá fora, mostrando que temos rastreabilidade e informação sobre a pluma desde a origem”, afirmou Schenkel.


Um passo recente que deve ajudar os produtos agrícolas brasileiros a conquistar ainda mais mercados é o acordo de livre comércio entre União Europeia (UE) e Mercosul, anunciado na última semana. Segundo Tatiana Prazeres, secretária de comércio exterior no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o acordo vai possibilitar que o Brasil ganhe acesso a novos países e novas tecnologias, ajudando a inserir melhor os produtos brasileiros em cadeia globais.


Apesar do temor de que o acordo sofra oposição de parlamentares europeus e de segmentos do agronegócio da UE, Tatiana acredita que o documento deverá ser assinado até o segundo semestre de 2025. “Ele não precisa ter aprovação unânime. Basta ser aceito por 65% dos países, com 55% da população, e uma maioria no Parlamento Europeu”, explicou.


Segundo ela, o texto do documento dá garantias que a questão do meio ambiente e da sustentabilidade não será usada como desculpa para medidas protecionistas de países europeus. “Uma vitória que conseguimos foi a aceitação do uso de dados nacionais para cumprir as legislações sanitárias e comerciais”, destacou.

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'Reinvenção' do algodão pôs Brasil no topo das vendas

Inovações científicas e também comerciais transformaram o país, antes um importador, em maior fornecedor do produto no mundo

12 de Dezembro de 2024

Na safra 2023/24, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e tornou-se, pela primeira vez, o maior exportador global de algodão. No ciclo passado, os embarques brasileiros somaram 2,7 milhões de toneladas e os dos EUA, 2,4 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Agricultura americano (USDA, na sigla em inglês). A produção brasileira cresceu 16% na temporada 2023/24, para 3,7 milhões de toneladas, e agora o Brasil já fornece pluma até para a fabricação do algodão egípcio, referência mundial de alta qualidade.


O novo status do algodão brasileiro é resultado de uma série de iniciativas, entre elas a definição de um sistema que permite ao consumidor rastrear o algodão nacional até a fazenda de onde saiu o fardo da pluma. A liderança nas exportações é, possivelmente, o aspecto mais visível de um processo que começou muitos anos antes desse feito, quando a cadeia de produção da pluma decidiu se refazer depois dos estragos do bicudo-do-algodão, praga que surgiu no país em 1983 e dizimou grande parte do algodão nacional.


Tecnologia e cooperação foram elementos centrais nesses esforços, diz Marcio Portocarrero, diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Em comparação com outras commodities agrícolas, o algodão é uma cultura complexa, cara, que precisa de 180 dias de campo e exige investimentos altos em maquinário. Uma algodoeira, que transforma o algodão bruto em fibras, não sai por menos de R$ 30 milhões.


“Fomos um grande produtor, com baixa qualidade”, diz Portocarerro. “Viramos importadores, até que, no fim dos anos 90, investimos em conhecimento e tecnologia. Hoje, exportamos, com alta tecnologia e certificações”. Segundo ele, uma das grandes lições nesses esforços foi a importância de “ouvir, planejar e executar” — buscar referências, em resumo.


As diferentes iniciativas que permitiram ao algodão brasileiro conquistar mercado nos últimos anos integram o protocolo Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que estabelece o padrão nacional de certificação socioambiental da cultura. A Abrapa idealizou o protocolo em 2012 a partir da unificação de iniciativas regionais.


Um dos pontos centrais do ABR é a parceria com a Better Cotton Initiative (BCI), uma das mais importantes iniciativas globais de sustentabilidade da cultura. Desde 2013, BCI e Abrapa trabalham em cooperação para validar os itens de verificação do protocolo, que são similares aos exigidos pela certificação mundial.


A adesão ao ABR é voluntária, mas, com o sucesso da iniciativa, mais de 80% do algodão que o Brasio produz já segue essas diretrizes. Auditorias independentes fazem visitas às fazendas para assegurar que as propriedades seguem as exigências do protocolo.


Hoje, é possível rastrear cada fardo de algodão que o Brasil produz, o que assegura que as fazendas produtoras seguem boas práticas ambientais, sociais e de governança e, com isso, tem aberto mercados para a pluma nacional em várias partes do mundo. Por meio de um QR Code, importadores, indústrias têxteis e outros integrantes da cadeia de industrialização da pluma conseguem, por meio de um QR Code, saber exatamente de onde partiu o algodão brasileiro que está nas fábricas de itens como roupas e calçados.


Para recompor as lavouras, o Brasil buscou referências nos Estados Unidos e na Austrália e investiu em material genético. “O algodão brasileiro é hoje o melhor do mundo”, afirma Portocarrero. Segundo ele, o país já vendeu todo o volume da safra deste ano, de 3,7 milhões de toneladas, e 40% da colheita prevista para 2025/26. O mercado interno absorve 30% da produção nacional da pluma, e o restante é exportado.


A transgenia, que permitiu o desenvolvimento de variedades mais resistentes a pragas e a problemas climáticos, foi um diferencial na recomposição das lavouras nacionais, avalia o dirigente. “No mundo, a produtividade média é de 400 quilos por hectare, e nos Estados Unidos ela chega a 900 quilos. No Brasil, produzimos hoje 1,9 mil quilos por hectare”, relata o dirigente.


Tão importante quanto agir para se reorganizar era o segmento relatar seus esforços para quem, em alguns casos, sequer tem ligação com a atividade. Uma das iniciativas nessa frente é a Sou de Algodão, que conecta produtores da pluma, fiações, tecelagens, malharias, confecções, varejistas e também o público final. Ao todo, 1,7 mil marcas já aderiram ao movimento.

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Avanços e desafios do algodão brasileiro são destaques no Agro Horizonte Brasília

12 de Dezembro de 2024

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, participou como painelista do Agro Horizonte 2024, evento promovido pelas publicações Globo Rural, Valor Econômico e rádio CBN, com patrocínio da Corteva Agriscience. Realizado em 11 de dezembro, em Brasília (DF), o fórum reuniu o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, lideranças e especialistas para explorar as novas fronteiras da ciência, tecnologia e comércio internacional no agronegócio brasileiro. Durante as discussões, o algodão brasileiro destacou-se como um dos protagonistas, com ênfase nos avanços que têm impulsionado a competitividade do setor no mercado global e enfrentado seus principais desafios.

“O Brasil conquistou o posto de maior exportador global de algodão e deve se manter no próximo ano, com uma projeção de exportação de 2,8 milhões de toneladas para a safra 2024/2025, representando um crescimento de 4,5% em relação ao ciclo anterior. Este desempenho reflete o investimento contínuo em tecnologia, que tem ampliado a produtividade e fortalecido a posição do país como líder mundial no setor”, afirmou Schenkel. Ele reforçou, ainda, que a inovação tecnológica é um dos principais motores desse crescimento. “Máquinas agrícolas mais precisas e engenharia genética avançada têm revolucionado o manejo da lavoura. Esses avanços não apenas garantem maior eficiência, mas também promovem a sustentabilidade, aspectos fundamentais para o sucesso do algodão brasileiro nos mercados globais”, pontuou.

Apenas em novembro de 2024, o Brasil exportou 299,5 mil toneladas de algodão, um crescimento de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre os principais mercados de destino estão o Vietnã e o Paquistão, que juntos contribuíram com um aumento de 95,8 mil toneladas no volume exportado. “O Egito, um mercado aberto recentemente, já se consolidou como um destino estratégico, evidenciando a crescente aceitação do algodão brasileiro, inclusive em mercados exigentes”, destacou.

O presidente da Abrapa integrou o Painel 2 - Comércio Internacional: destravando mercados e impulsionando o acesso à inovação de ponta, que abordou estratégias para ampliar o acesso do agronegócio brasileiro a novos mercados, além do impacto da inovação na competitividade global. Entre os debatedores estavam também nomes como Marcos Jank, do Insper Agro Global, Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior no MDIC, e Júlio Ramos, secretário-adjunto de Relações Internacionais do Mapa. O painel foi moderado pelo repórter da Globo Rural e Valor Econômico, Rafael Walendorff.

O evento contou também com debates sobre temas como edição genômica, inteligência artificial no campo e inovação em técnicas de manejo. Entre os outros painelistas participantes estavam personalidades como a ex-ministra da Agricultura e senadora Tereza Cristina, a vice-presidente da PepsiCo para a América Latina, Suelma Rosa, e o diretor de inovação da SLC Agrícola, Frederico Logemann.

Para Alexandre Schenkel, o evento foi uma oportunidade de destacar o papel do algodão brasileiro como referência em qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade no mercado internacional. “Participar de um evento como o Agro Horizonte é fundamental para reforçar as estratégias que colocam o Brasil na vanguarda do agronegócio global e discutir as ações necessárias para manter a competitividade de nossos produtos no cenário internacional”, destacou o presidente da Abrapa.

O Agro Horizonte tem a proposta de ser o maior encontro anual sobre inovação agropecuária no Brasil, conectando produtores, pesquisadores, representantes do governo e indústrias. Em destaque, estiveram os avanços em ciência e tecnologia, que têm consolidado o Brasil como potência mundial no setor agropecuário, e as perspectivas para o futuro em um cenário de crescente demanda por sustentabilidade e eficiência.

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Cotton Brazil e Abrapa levam Prêmio ApexBrasil-Exame na categoria Imagem

10 de Dezembro de 2024

O programa Cotton Brazil, da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), conquistou ontem (9) o Prêmio ApexBrasil-Exame: Melhores dos Negócios Internacionais 2024. A promoção do algodão brasileiro em escala internacional concorreu com mais de 50 organizações na categoria "Imagem".


"A premiação é um importante reconhecimento neste ano histórico, em que a Abrapa completou 25 anos de criação e o Brasil se tornou o maior exportador mundial de algodão. Estamos muito honrados", afirmou o presidente da associação, Alexandre Schenkel.


O Prêmio ApexBrasil-Exame é realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e pelo portal Exame.


Criado em 2019, o Cotton Brazil é realizado em parceria com a ApexBrasil e com apoio da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea). Seu principal objetivo é posicionar o algodão brasileiro no competitivo mercado mundial de algodão. O programa prioriza dez países que, juntos, respondem por 90,7% do volume importado mundialmente: Bangladesh, China, Coreia do Sul, Egito, Índia, Indonésia, Paquistão, Tailândia e Vietnã.


Os trabalhos são realizados a partir do escritório de representação da Abrapa em Singapura, ligado à diretoria de Relações Internacionais da associação. Além de missões comerciais, eventos, inteligência de mercado e comunicação integrada, o Cotton Brazil mantém uma rede de relacionamento com adidos agrícolas brasileiros do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e diplomatas e embaixadores ligados ao Ministério das Relações Internacionais (MRE).


No ano comercial 2023/2024, que terminou em julho, o Brasil exportou 2,7 milhões de toneladas de algodão (28% do total exportado em todo o globo). Com isso, o País assumiu a liderança no ranking mundial, ampliando em 85% a marca do ano comercial passado.

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C&A é premiada pelo projeto de Jeans Rastreável com Blockchain

10 de Dezembro de 2024

C&A conquistou, pela oitava vez, o Prêmio ECO AMCHAM 2024, um dos mais renomados reconhecimentos à inovação sustentável no Brasil. Promovida há mais de 40 anos pela AMCHAM – Câmara Americana de Comércio, a premiação destaca práticas empresariais que impulsionam uma economia mais responsável e inovadora.


Este ano, o prêmio foi concedido ao projeto Jeans Rastreável com o uso de Blockchain, desenvolvido pela C&A Brasil em parceira com o movimento Sou de Algodão, por meio do Programa SouABR. A iniciativa alia tecnologia de ponta e práticas sustentáveis, garantindo a rastreabilidade de toda a cadeia produtiva do jeans – do plantio do algodão ao ponto de venda. O projeto reflete o compromisso da C&A com transparência e responsabilidade ambiental.


“Essa conquista reafirma o nosso compromisso com a sustentabilidade. O projeto representa um marco na nossa jornada, ao trazer inovação para o setor e reforçar nossa missão de oferecer uma moda mais sustentável e transparente. Agradecemos à AMCHAM Brasil, ao movimento Sou de Algodão e a todos os nossos fornecedores e parceiros por acreditarem nessa transformação. Continuaremos inovando e acreditando que a moda pode ser um agente de mudança positiva. A transformação exige coragem, inovação e, acima de tudo, compromisso com um futuro mais sustentável para todos”, afirma Paulo Correa, CEO da C&A Brasil.


“É uma honra receber esse reconhecimento pelo programa SouABR, que reflete nosso compromisso com a inovação, transparência e sustentabilidade em toda a cadeia têxtil. Essa conquista, graças à parceria com a C&A, demonstra o poder da colaboração entre diferentes elos do setor para entregar ao consumidor final não apenas um produto, mas uma história completa de responsabilidade e rastreabilidade”, comemora Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


A primeira coleção de jeans rastreável foi lançada em 2023, o projeto utiliza a tecnologia blockchain, para dar ao consumidor informações detalhadas sobre a produção de cada peça. A cliente pode escanear o QR-Code da peça e conferir todas as etapas da produção, da plantação do algodão nas fazendas até o produto na loja.


C&A é referência em práticas sustentáveis no varejo de moda e foi reconhecida anteriormente pelo Prêmio ECO AMCHAM. Entre os projetos premiados estão o Jeans Reciclado em 2021, em 1º lugar, que utiliza peças doadas pelo consumidor para dar vida a novas coleções. Essa iniciativa faz parte do movimento ReCiclo da C&A que promove a circularidade na moda. E o Programa de Monitoramento Participativo em 2019, que fortalece a relação com fornecedores e promove boas práticas na cadeia produtiva.


Jornada sustentável


sustentabilidade é um compromisso histórico da C&A, que busca transformar a indústria da moda ao utilizar e reutilizar materiais de forma segura, proteger os ecossistemas e promover trabalho digno. Esse compromisso está refletido nas metas ASG até 2030, integradas a todas as áreas da companhia. Atualmente, 96% do algodão utilizado pela marca vem de fontes mais sustentáveis, enquanto 100% da energia consumida já é proveniente de fontes renováveis, evidenciando a integração de práticas responsáveis em toda a operação.


Entre as iniciativas, o Movimento ReCiclo arrecadou, em sete anos, 317 mil peças, o equivalente a 109 toneladas de roupas, incluindo 29 toneladas somente em 2024. O Jeans Circular deu nova vida a 2 toneladas de roupas usadas, com certificação internacional pelo Recycled Content Standard (RCS). Além disso, o Instituto C&A impactou, só em 2023, mais de 27 mil pessoas.


Em 2023, pelo sexto ano consecutivo, a C&A liderou o Índice de Transparência da Moda Brasileira (ITM), da Fashion Revolution Brasil. Além disso, a C&A passou a integrar a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 (ISE B3) neste ano, que reúne 78 companhias reconhecidas por suas melhores práticas em ASG (ambiental, social e governança).

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Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro – safra 2023/24 (novembro)

10 de Dezembro de 2024

Os laboratórios do programa SBRHVI analisaram 15.066.153 fardos de algodão da safra 2023/24 até o dia 30 de novembro, e os resultados das características intrínsecas da pluma têm se mostrado satisfatórios. Comparada ao período anterior, houve melhorias em indicadores como resistência, comprimento UHML, uniformidade, índice de fibras curtas e grau de reflexão, enquanto o grau de amarelamento se manteve estável. Outro aspecto, segundo os pesquisadores João Paulo, da Embrapa e Jean Belot,do IMAmt, foi a condição climática do ciclo que favoreceu o aumento das populações de mosca-branca, tanto na soja quanto no algodão de segunda safra. Para o próximo ano, os produtores estão se preparando para combater essas pragas de forma mais eficaz, evitando possíveis problemas de pegajosidade da pluma. Confira mais detalhes no Relatório de Qualidade completo: https://abrapa.com.br/wp-content/uploads/2024/12/Relatorio-de-Qualidade-do-Algodao-Brasileiro_-safra-2023.24-novembro.pdf

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Sou de Algodão promove mentorias para os finalistas do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores

A iniciativa ofereceu conhecimentos técnicos e estratégicos, destacando a importância de práticas responsáveis na indústria da moda 

10 de Dezembro de 2024

Como parte das ações realizadas para capacitar os finalistas do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, o movimento promoveu uma série de mentorias em parceria com especialistas e instituições do setor têxtil. O objetivo foi preparar os participantes para o mercado e também para o desfile da grande final, que aconteceu no último dia 07 de dezembro, dentro da Casa de Criadores, reforçando a importância de práticas responsáveis na indústria da moda.


"Nosso objetivo com as mentorias é oferecer aos finalistas não apenas conhecimento técnico, mas também uma visão ampla sobre o mercado da moda. Queremos capacitá-los para que possam criar coleções que unem criatividade, qualidade e responsabilidade, alinhadas aos desafios e demandas da indústria têxtil atual”, explica Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa e gestora do movimento Sou de Algodão.


A agenda incluiu encontros com temas estratégicos e insights valiosos sobre o universo do algodão e da moda responsável. Confira os detalhes das mentorias realizadas:



11 de novembro – Etiqueta Certa


Tema: Normas e regulamentação para etiquetagem de produtos têxteis.


Palestrante: Mariana Amaral, Sócia e Co-fundadora da Etiqueta Certa.



12 de novembro – Ecomaterioteca


Tema: Classificação de tecidos responsáveis - como planejar coleções com bases que têm menores impactos ambientais.


Palestrante: Gabriela Marcondes Schott, Idealizadora da Ecomaterioteca.



13 de novembro – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa)


Tema: Sustentabilidade, Qualidade, Rastreabilidade e Promoção - os pilares que estruturam o setor produtivo do algodão, em prol de uma moda mais responsável.


Palestrante: Manami Kawaguchi, gestora de relações institucionais do movimento Sou de Algodão.



06 de dezembro – Denim City SP


Tema: Visita guiada ao universo do jeans - processos para o jeanswear com menores impactos ambientais.


“As mentorias reforçaram o compromisso do movimento com o desenvolvimento de novos talentos e a promoção de uma moda mais consciente. Por meio dessas iniciativas, os finalistas puderam aprofundar seus conhecimentos e se inspirar em práticas que contribuem para um futuro mais sustentável na indústria da moda”, finaliza Manami.

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Lucas Caslú é o vencedor do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores 

O representante do Centro-Oeste, estudante da Universidade Salgado de Oliveira (Universo), conquistou a vaga como novo integrante do line-up oficial do maior evento de moda autoral do Brasil

10 de Dezembro de 2024

A coleção “Experiências”, do estilista Lucas Caslú, trouxe a mistura de fotografias, embalagens, suas próprias roupas, retalhos e acessórios para construir peças assimétricas e cheias de criatividade. E foi essa junção que garantiu ao estudante de moda o título de campeão do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, realizado na noite de sábado (07/12), na capital paulista. A conquista também garantiu a vaga de estreante no line-up oficial do maior evento de moda autoral do Brasil e um prêmio no valor de R$30 mil. A professora Suely Moreira Borges Calafiori, orientadora do trabalho, foi premiada com R$10 mil em formato de bolsa destinada à pesquisa sobre algodão.


O segundo lugar ficou com Fernanda Bastos, da Faculdade Estácio do Pará (FAP), e o terceiro foi para Vitoria Antunes, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), de Porto Alegre. Ambas foram premiadas com produtos das tecelagens parceiras do movimento Sou de Algodão.



Lucas é um acumulador assumido e sua coleção é um reflexo disso


A definição dos vencedores ocorreu após avaliação de uma banca de jurados formada por 10 profissionais do segmento da moda: o consultor de moda Arlindo Grund, a editora-chefe da Capricho Andréa Martinelli, a fotógrafa Cássia Tabatini, o estilista Dario Mittmann, a estilista Day Molina, o estilista Gui Amorim, o editor de moda da Bazaar Guilherme de Beauharnais, a estilista Isa Silva, a jornalista e diretora de redação da L'Officiel Hommes Patrícia Favalle e a CEO das Edições Globo Condé Nast Paula Mageste.


O estudante vencedor do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores afirmou que o resultado é uma sensação indescritível. “Essa foi a minha terceira inscrição. No primeiro ano, submeti um projeto, mas não fui aprovado. Para mim, nunca foi um problema perder; nunca me senti mal por isso. Acho que só o fato de estar tentando já é uma conquista e tanto para me sentir realizado. Na segunda tentativa, também não fui aprovado, mas meus amigos foram, e eu continuei super feliz por eles. Então, na terceira vez, me inscrevi novamente e fiquei surpreso por ter sido aprovado. As coisas começaram a acontecer. E agora, sou o vencedor. Estou muito feliz e muito surpreso. É tudo muito novo para mim”, comemora.



Segundo e terceiros lugares representaram a locomoção hidroviária e a biodiversidade


A coleção da Fernanda Bastos, segunda colocada, levou o tema “Na esquina do Rio”, inspirado na forma da locomoção hidroviária, mais especificamente no trajeto Macapá/AP — Belém/PA. “É sobre as estradas da Bacia Amazônica, seus inúmeros rios e tudo o que foi visto durante minha travessia constante para estudar Design de Moda”, explica. A coleção possui looks que representam o mapa dessa estrada, composto de bordados em máquina de costura, feitos em fios de barbante e macramê, com texturas de malha e resíduos de cortes de brim.


Já Vitoria Antunes, que ficou em terceiro lugar, levou para a passarela o “Sapiens Caribal”. “A coleção é a construção de uma narrativa tangível e literal na busca da sensibilização sobre a função individual real e ativa, enquanto coletivo social, dito civilizado, e a urgência de um olhar mais gentil para a nossa biodiversidade. As cores presentes nas peças retratam as áreas dos biomas: vermelho, laranja, amarelo e azul, sobretudo, com destaque ao vermelho, que, pela psicologia, denota a intensidade, a força e o perigo cabíveis à mensagem que a estudante deseja passar”, explica.


Os demais finalistas foram: Júlia Theophilo, do Instituto Federal de Brasília (IFB); Artur Leovegildo, da Universidade Federal do Cariri (UFCA); Natália Ferreira, da Universidade Salvador (Unifacs); Bruno Babildri, da Universidade da Amazônia (Unama); João Freitas, da Universidade Anhembi Morumbi/RJ; Laura Diniz e Yohanna Oliveira, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); Nanda Oliveira e Queren Santos, da UniSenaiPR.


“O Desafio teve, pela primeira vez, uma final com todas as regiões do Brasil. Hoje, temos um pódio formado com representantes de três regiões diferentes, inclusive da região Norte - que, no ano passado, não conseguimos ter na final. É uma alegria imensa poder dar voz e visibilidade para nomes tão talentosos e para a diversidade da moda brasileira. E é melhor ainda termos o nosso algodão como viabilizador disso”, comemora Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Abrapa e gestora do movimento Sou de Algodão.


André Hidalgo, diretor da Casa de Criadores, entregou os troféus aos vencedores junto com Silmara e, diz que ter uma final com candidatos de todas as regiões do Brasil celebra a nossa diversidade e a riqueza. “Nós conseguimos dar oportunidade a estudantes que representam o futuro do setor. O Desafio, acima de tudo, é uma forma de revelar novos profissionais”, finaliza André.



Sobre Sou de Algodão


Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.

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CdC + Desafio Sou de Algodão: a versatilidade do algodão brasileiro

Veja todos os detalhes do pódio do Desafio Sou de Algodão + CdC!

09 de Dezembro de 2024

Em sua terceira edição, o Desafio Sou de Algodão (@soudealgodao) + Casa de Criadores exaltou a importância de mostrar aos estudantes de moda a versatilidade do algodão brasileiro. Os dez finalistas (dois de cada região do País), mostraram coleções originais, cuidadosamente trabalhadas. Representando a @lofficielhommesbr, participei do júri e vi de perto o que cada concorrente levou para a passarela. Nesta edição, o apuro das técnicas empregadas, os acabamentos bem feitos e os moods inclusivos chamaram a minha atenção.


O primeiro colocado, Lucas Caslú (@lucas.caslu), do Centro-Oeste, partiu do seu próprio senso como acumulador para tramar peças a partir do upcycling. O resultado foi um mix de retalhos e de resíduos transformado em roupas engajadas. A parte cênica - do uso de máscaras que cobriram completamente os rostos à trilha sonora cadenciada pelo zunido de máquinas de costura - foi um acerto e tanto.


Já a segunda colocada, Fernanda Bastos (@_nandera) mergulhou na hidrografia amazônica para reverenciar a sua terra natal, o Pará. A designer também aproveitou o momento para alertar sobre os problemas que os igarapés locais enfrentam - tudo esmiuçado por bordados, fios de barbantes, macramês, redes e sobras de brim.


O pódio foi preenchido por Vitoria Antunes (@antunesvit), que exibiu a  (desequilibrada) relação entre a humanidade e a biodiversidade em sua coletânea “Sapiens Caribal”. Suas peças com mapas bordados e drapeados dramáticos evidenciaram a crise climática vivida no Sul com as chuvas apocalípticas deste ano.

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Melhores momentos do jantar de Posse do Conselho de Administração e Fiscal do Biênio 2025-2026

06 de Dezembro de 2024

Confira os melhores momentos do jantar de Posse do Conselho de Administração e Fiscal do Biênio 2025-2026, da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A cerimônia aconteceu na última quarta-feira (04), em Brasília, e reuniu ex-presidentes e lideranças da entidade, além de autoridades e parceiros.


Clique aqui.

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