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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #48/2024 20/12/2024

20 de Dezembro de 2024

Destaque da Semana - Cotações caíram durante a semana, mesmo com bom relatório de exportação dos EUA. Fatores baixistas listados abaixo pesaram mais.


Algodão em NY - O contrato Mar/25 fechou nesta quinta (19/dez) cotado a 67,91,09 U$c/lp (-3,1% vs. 12/dez). O contrato Dez/25 fechou em 69,12 U$c/lp (-3,0% vs. 12/dez).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia é 800 pts para embarque Jan/Fev-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 19/dez/24).


Baixistas 1 - A expectativa de acirramento da guerra comercial entre EUA e China após a posse de Trump preocupa, pois pode prejudicar o crescimento global.


Baixistas 2 - A grande depreciação do real frente ao dólar também é um fator baixista.


Baixistas 3 - Cotações de soja em Chicago estão se aproximando da mínima de quatro anos e esse viés baixista tem contaminado o algodão.


Altistas 1 - No último relatório do USDA, destaque para o aumento mensal tanto na demanda mundial quanto nas exportações.


Altistas 2 - Nestes níveis de preço, é natural que produtores americanos busquem alternativas. Para remunerar o produtor, o algodão precisa estar acima de 80cents.


China 1 - A China importou cerca de 110 mil tons de algodão em nov/24. Volume similar a out/24, mas 64% inferior a nov/23.


China 2 - Nos quatro primeiros meses do ano comercial 2024/25, o total é de 483 mil tons - menos da metade do total importado no mesmo período de 2023/24.


China 3 - Com a produtividade maior na safra 2024/25 de algodão, o Ministério da Agricultura chinês ampliou para 5,9 milhões tons a estimativa de produção.


China 4 - Desde 17/dez, turistas de 54 países (incluindo o Brasil) podem ficar até 10 dias (240h) na China sem necessidade de visto. A nova política chinesa vale para 21 aeroportos internacionais distribuídos em 24 províncias.


EUA 1 - A colheita da safra 2024/25 nos EUA praticamente encerrada, os produtores acompanham as precipitações de inverno para viabilizar a próxima safra.


EUA 2 - O USDA já classificou 85% da safra americana. Restam 276 algodoeiras ativas das 466 do país.


Paquistão - A Abrapa e a Anea planejam uma missão ao Paquistão em fev/25. O país tem estado ativo nas compras, já que os estoques disponíveis da safra local não ultrapassam 1 milhão de fardos.


Vietnã 1 - Em nov/24, o Vietnã importou 10% a mais de algodão que em nov/23, atingindo 132 mil tons. É o maior volume mensal desde mai/24. O Brasil respondeu por 44%.


Vietnã 2 - No ano comercial 2024/25, as importações somaram 512.532 tons, das quais 28% foram do Brasil.


Bangladesh - Com alta de 4% em relação a out/24, a importação de algodão em nov/24 em Bangladesh foi de 116 mil tons. No ano civil (jan/nov), o volume acumulado é de pouco mais de 1,5 milhão tons – dos quais 18% saíram do Brasil.


Índia - Na Índia, a importação de algodão em out/24 foi de 62 mil tons, pouco maior que em set/24, mas 5 vezes (5x) superior a out/23. O Brasil forneceu 10.026 tons – volume 111,5% acima do registrado em out/23.


Indonésia – A importação de algodão na Indonésia em out/24 somou 36 mil tons. A Austrália forneceu 40% desse total e o Brasil, 39%. De agosto a outubro, os indonésios importaram *118 mil tons *.


Austrália - Com o fim do beneficiamento e da classificação do algodão australiano da safra 2024, o foco fica nas exportações, que seguem até abr/25.


Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 157,7 mil tons até a 2ª semana de dezembro. A média diária de embarque é 10,1% menor que a registrada no mesmo mês de 2023.


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (19/12), foram beneficiados nos estados da BA (98%), GO (99,25%), MA (93%), MG (98%), MS (100%), MT (88,78%), PI (97,33%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 91,19%


Plantio 2024/25 - Até ontem (19/12), foram semeados nos estados da BA (51,3%), GO (70,4%), MA (14%), MG (60%), MS (79%), PI (49,27%), PR (90%) e SP (65%). Total Brasil: 14,29%


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 19_12

Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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Brasil conquista em 2024 o posto de maior exportador mundial de algodão

20 de Dezembro de 2024

Com a missão de posicionar o algodão brasileiro no mercado internacional, o programa Cotton Brazil, da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), conclui o ano de 2024 de forma histórica. Ao fim do ano comercial 2023/24, o País se tornou o maior exportador mundial de pluma – antecipando uma meta que estava prevista para 2030. A união de forças e a atuação estratégia ajudam a explicar o resultado.


“O caminho da sustentabilidade na moda e no consumo passa pelo algodão, uma fibra natural, reciclável e com menor pegada de carbono. Disseminar essa ideia e mostrar como o Brasil pode contribuir para esse cenário mundial tem nos ajudado a ter grandes conquistas”, analisa o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


A estratégia tem dado bons frutos. No ano comercial 2023/24, que foi de agosto de 2023 a julho de 2024, o Brasil embarcou 2,7 milhões de toneladas de algodão – 85% a mais que no ano comercial anterior (2022/23). Com isso, o País forneceu 28% de toda a pluma comercializada no período, ampliando em dez pontos percentuais (10 pp) a nossa presença no mercado mundial.


Na análise do ano civil de 2024, os resultados também são positivos. “Se a média dos últimos três meses se mantiver em dezembro, o Brasil pode fechar o ano de 2024 batendo a marca dos US$ 5 bilhões exportados. De qualquer forma, já superamos o recorde anterior, de 2022, quando o País registrou US$ 3,7 bilhões de receita com o comércio exterior”, observa o diretor de Relações Internacionais, Marcelo Duarte.


Duarte coordena de Singapura o programa Cotton Brazil, que ao longo de 2024 realizou 9 missões internacionais em diferentes países importadores. Ao todo, o Cotton Brazil impactou cerca de 4.500 stakeholders neste ano, com a realização e participação em 34 eventos e relacionamento junto a 20 países.


A união do setor produtivo do algodão é outro ponto que contribui para os bons resultados do programa. “O Cotton Brazil, propriamente dito, é a união da Abrapa com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea). Mas muitos outros players do mercado estão conosco nas nossas iniciativas”, afirma Duarte.


Seja em eventos setoriais estratégicos internacionais, como o congresso anual da International Cotton Association (ICA), ou em ações nacionais como a Cotton School, a Abrapa mobilizou marcas como a Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e as associações estaduais de cotonicultores.


“Outro apoio fundamental veio do Governo Brasileiro, via Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE)”, destacou Schenkel. Do Mapa, o Cotton Brazil conta com a rede de adidos agrícolas, e do MRE, com diplomatas e embaixadores – principalmente nos países prioritários do programa (Bangladesh, Coreia do Sul, China, Egito, Índia, Indonésia, Paquistão, Turquia e Vietnã).


 

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Rastreabilidade identifica origem e qualidade do algodão brasileiro

20 de Dezembro de 2024

No dicionário, a definição de rastreabilidade é “programa de acompanhamento sistematizado de um produto, desde sua origem, passando pelo processo de fabricação e manuseio, até o seu destino final”. Para a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a rastreabilidade é um compromisso, e se materializa em dois programas, o Sistema Abrapa de Identificação (SAI), o mais antigo instituído pela Abrapa, ainda em 2004, e o inovador Sou Algodão Brasileiro Responsável (SouABR), que une à rastreabilidade, um outro importante pilar da associação, a sustentabilidade.


O SouABR, primeira iniciativa de rastreabilidade em larga escala na indústria têxtil do Brasil, garante o rastreio de cada produto produzido com o algodão brasileiro certificado. Através da tecnologia blockchain, presente no QR Code que vem nas etiquetas, o consumidor pode conferir todo o trajeto da peça, da lavoura até o guarda-roupa, além de obter informações sobre a certificação socioambiental da origem da fibra. Em 2024, foram rastreadas 187.043 peças de cinco varejistas, entre eles, a C&A que já utiliza a tecnologia nas coleções de calças jeans.


Seu ineditismo e eficiência garantiram ao programa SouABR o reconhecido do Prêmio ECO AMCHAM 2024, promovido há mais de 40 anos pela Câmara Americana de Comércio. A iniciativa foi laureada na categoria produtos e serviços, no escopo do projeto “Jeans Rastreável” com o uso de blockchain, desenvolvido pela C&A Brasil, em parceria com o movimento Sou de Algodão, iniciativa da Abrapa. Outras marcas têm aderido. Em agosto passado, a Döhler se juntou ao SouABR e lançou as primeiras toalhas rastreáveis do Brasil.


 

Fardos rastreados


Além do rastreio de produtos feitos a partir do algodão, também é possível rastrear cada fardo da fibra produzida no país. O Sistema Abrapa de Identificação, SAI, funciona por meio de uma etiqueta que é fixada ao fardo assim que a algodoeira processa o beneficiamento. Com ela, é possível ver com precisão a fazenda onde a fibra foi produzida, a usina na qual foi beneficiada e até o laboratório que fez sua análise de qualidade. E não para por aí. As etiquetas trazem muitas outras informações, como os índices de análise instrumental por alto volume (HVI), as certificações pelos programas Algodão Brasileiro Responsável (ABR), ABR-UBA e Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB) e o licenciamento pela Better Cotton (BC).


Os números impressionam. Atualmente, existem 249 unidades de beneficiamento de algodão ativas em dez estados do Brasil. O SAI recebeu 380 pedidos de etiquetas e lacres de mala, gerando um total de 18.268.507 etiquetas SAI e 247.308 lacres emitidos. Sobre as etiquetas, 42% delas foram produzidas em vinil e 58%, em bopp. Já os lacres, foram 45% impressos em vinil e 55%, em bopp. Os meses de março, abril e maio responderam, respectivamente, por 14%, 55% e 22% do volume anual de pedidos de etiquetas e lacres, impressos e entregues por três gráficas parceiras homologadas, IGB, Grif e Prakolar.


A próxima operação do SAI será iniciada em 1° de março de 2025. Com a estimativa de 5,8% de aumento na produção de algodão, a previsão é de que sejam emitidas, considerando a área, mais de 19 milhões de etiquetas. É a rastreabilidade conferindo transparência, para que o comprador – seja ele a fiação ou o cliente da loja – conheça a fundo o que está levando e possa fazer boas escolhas.

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Qualidade que conquista o mundo, do Brasil ao Egito

19 de Dezembro de 2024

O Brasil vem escrevendo uma nova história em sua cotonicultura desde os anos 1990, com o algodão nacional se destacando por sua excelência e inovação. Em 2024, a pluma brasileira alcançou o topo do ranking como maior exportador mundial e, no ano anterior, conquistou um novo mercado: o Egito, símbolo de algodão de qualidade. Essa trajetória de sucesso é fruto de dedicação, investimentos em tecnologia e aprimoramento contínuo de processos. A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) tem liderado esse movimento com iniciativas estratégicas, como o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), que, neste ano, certificou 4,3 milhões de fardos, com bons índices de conformidade.


Além disso, o setor registrou avanços significativos com a aquisição de modernas máquinas de análise instrumental, acreditação de laboratórios e aprimoramento de sistemas de gestão. Esses investimentos asseguram precisão e confiabilidade das análises ao longo de toda a cadeia produtiva, desde o campo até o mercado nacional e internacional. O algodão brasileiro é, hoje, muito mais do que uma commodity. É um exemplo de superação e trabalho para transformar desafios em conquistas. Com cada fardo que cruza os oceanos, o Brasil reforça sua posição como um dos grandes protagonistas no agronegócio mundial.


Programa Standard Brasil HVI


Os laboratórios participantes do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) apresentaram melhorias significativas em seus sistemas de gestão. O desafio, agora, é alcançar o nível de excelência em todos os instrumentos. Neste ano, a taxa de checagem deles chegou a níveis impressionantes, com 98% de estabilidade em 10 dos 12 estabelecimentos avaliados, sendo que alguns atingiram 99%.


A compra de duas máquinas de análise instrumental Classing Q Pro, da Uster, pelo Centro Brasileiro de Classificação de Algodão (CBRA), teve um papel crucial na produção de amostras de checagem e no aumento da confiabilidade das análises. Essas ferramentas são fundamentais para aprimorar o monitoramento da qualidade intrínseca do algodão brasileiro.


Além disso, nos últimos 12 meses a equipe do CBRA realizou sete treinamentos e workshops focados em qualidade e visitas orientativas a todos os laboratórios participantes do programa.


Desempenho Superior


No Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), 4,3 milhões de fardos foram certificados este ano, com o índice de aprovação de amostras de 95%, desempenho superior ao registrado no ano anterior e evidenciando a eficiência e confiabilidade do programa. Lançado oficialmente em 2023, o PQAB utiliza como base o Standard Brasil HVI (SBRHVI), agregando a certificação de amostragem e o controle externo realizado por fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Esse é o sistema oficial do governo brasileiro que certifica os indicadores de qualidade do algodão produzido no país.


O CBRA qualificou 98 inspetores de Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA) sobre requisitos legais do PQAB, como a Instrução Normativa 24 (IN24), que regulamenta o algodão em pluma, e a Portaria 375, que define critérios para certificação voluntária de produtos de origem vegetal. Também foram capacitados 41 profissionais de laboratórios nas melhores práticas no programa.


Participação Internacional


A Abrapa reforçou sua presença em eventos internacionais de alta relevância técnica. Deninson Lima, especialista em análise de pluma do CBRA e Quality Expert por ICA Bremen, representou o Brasil na Conferência Internacional de Algodão em Bremen, na Alemanha, e na Conferência de Padrões Universais de Algodão, em Memphis, nos Estados Unidos.


Avanços em Acreditação e Gestão


Os avanços em acreditação de laboratórios também foram notáveis. Além do Laboratório de Classificação Visual e Tecnologia da Fibra de Algodão da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) e do CBRA, o laboratório da Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul) foi avaliado conforme a norma ISO 17025, este ano. O CBRA mantém sua posição de referência com certificação ICA Bremen, acreditação pela Cgcre/Inmetro e habilitação pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).


Qualidade da fibra


Entre as características intrínsecas da fibra avaliadas nas análises por instrumentos de alto volume, houve avanços em índices como resistência, comprimento UHML, uniformidade, índice de fibras curtas e grau de reflexão, no ciclo 2023/24.


Nota Técnica sobre Contaminação


Ponto de atenção para desafios como pegajosidade, fibras curtas e contaminação por plásticos e seed coat, que impactam diretamente a competitividade do algodão brasileiro no mercado internacional. Para mitigar o problema de contaminação, o CBRA realizou uma publicação de uma nota técnica sobre o tema que reforça a importância de manter altos padrões de qualidade intrínseca e extrínseca, associados a baixos níveis de contaminação, garantindo maior competitividade no mercado internacional.


Os avanços em qualidade e conformidade obtidos pela Abrapa em 2024 refletem o compromisso contínuo com a excelência de seus processos, consolidando o algodão brasileiro como uma referência no mercado global.

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Cotonicultura Brasileira avança na descarbonização

Parceria técnica desenvolveu tecnologia

19 de Dezembro de 2024

Meses após se consolidar como a maior exportadora de algodão do mundo, o Brasil deu um passo pioneiro rumo à descarbonização da sua cadeia produtiva. Graças à Footprint PRO Carbono, desenvolvida pela Bayer em parceria com a Embrapa e a Abrapa, a pegada de carbono do cultivo de algodão foi mensurada pela primeira vez no país, utilizando dados primários de produtores de Mato Grosso. A calculadora, que já avaliava cultivos de soja e milho, revelou uma emissão média de 329 kg CO2 eq/t de algodão, com potencial de redução de até 32%.


Essa iniciativa também busca estabelecer uma referência nacional para emissões na cadeia do algodão, incluindo derivados como óleo e biodiesel. O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, destacou que o objetivo é fortalecer a posição do algodão brasileiro no mercado global e no programa Renovabio. A parceria técnica envolve ainda a Abiove, que integra dados de agricultores da Bahia e Goiás na fase inicial do projeto, reforçando os atributos sustentáveis da produção nacional.


Além do algodão, a Footprint PRO Carbono já está sendo aplicada na sojicultura. Em Santa Catarina, a Cooperalfa terá a pegada de carbono de seus grãos de soja monitorada a partir de 2025, abrangendo 5.000 hectares na primeira fase. A expectativa é alcançar emissões de 383 kg CO2 eq/t com intervenções agrícolas, demonstrando a eficiência do sistema brasileiro frente à média internacional.


O programa PRO Carbono também avança na inovação tecnológica com o Modelo Preditivo PRO Carbono, desenvolvido pela Bayer e Embrapa. Essa ferramenta promete simular a dinâmica de carbono no solo, reduzindo custos de análises e promovendo a agricultura conservacionista em larga escala. A validação internacional do programa, como no Scope 3 Standard Program da Verra, consolida o protagonismo do agronegócio brasileiro na mitigação climática e no mercado de carbono global.

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Sustentabilidade na base do protagonismo

18 de Dezembro de 2024

Aos olhos do mundo, o algodão brasileiro virou um case de sucesso. Afinal, como um país, em apenas um quarto de século, deixou a posição de um dos maiores importadores de algodão do mundo, para se tornar o maior exportador. E isso, diga-se, com metade da área que a cultura costumava ocupar no passado. Dentre os muitos motivos, que vão desde a profissionalização do cotonicultor e o aporte de novas tecnologias, graças à pesquisa científica intensiva, está a sustentabilidade. Para o algodão brasileiro, desde cedo, a sustentabilidade é um pilar, ou, como se diz na Abrapa, um compromisso. Sustentabilidade tem a ver com meio ambiente, tem a ver com gente, mas também diz respeito à saúde financeira dos negócios. É como um sistema que se retroalimenta, afinal, sem remuneração, o produtor não tem como investir em tecnologia, em boas práticas, em capacitação da mão de obra... e nestas circunstâncias, não tem negócio que dure, muito menos que se estenda por muitas gerações. Como em todos os anos, desde a fundação da Abrapa, a sustentabilidade foi foco, e também uma diretriz, que está na base de todos os demais programas da entidade, além é claro, do Algodão Brasileiro Responsável, o ABR, um dos protocolos de certificação de fibra produzida em parâmetros responsáveis, ou sustentáveis. Criado em 2012, o ABR está presente em mais de 80% da produção nacional, e desde 2020, vem ampliando sua atuação. Primeiro, para as Unidades Beneficiadoras de Algodão, com o ABR-UBA, e, desde o ano passado, para os terminais retroportuários, com o ABR-LOG.


Na safra 2023/24, mais de 3 milhões de toneladas de algodão foram certificadas pelo ABR. Isso representa 440 fazendas e, aproximadamente, 1,5 milhão de hectares. Essa certificação voluntária, auditada por órgãos independentes, posiciona o Brasil como referência global, em alinhamento com a Better Cotton (BC), a maior iniciativa de sustentabilidade no setor.


A certificação socioambiental eleva o padrão da pluma brasileira no mercado nacional e internacional, assegurando boas condições de trabalho e respeito ao meio ambiente em toda a cadeia, desde o campo até o porto.



Avanços na cadeia produtiva


Além do campo, o programa ABR-UBA certificou 47% das unidades beneficiadoras, o que representa 116 algodoeiras, promovendo eficiência, segurança e sustentabilidade no beneficiamento de 2,5 milhões de toneladas de algodão na safra 2023/2024. Nos terminais retroportuários, o ABR-LOG certificou 43% do volume movimentado, garantindo a integridade dos fardos destinados à exportação.


Cotton Day Santos


Em 06 de novembro, o Cotton Day Santos reuniu lideranças para debater melhorias no Porto de Santos, responsável por 95% dos embarques de algodão do Brasil. Com movimentação anual de 2,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado, o porto desempenha papel crucial no escoamento da produção crescente, processando de 110 a 120 mil contêineres por ano. O evento, promovido pela Associação Comercial de Santos (ACS), junto com a Abrapa, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), reforçou a importância de investimentos para sustentar o aumento contínuo das exportações.



Carbono: Uma Nova Fronteira


A cotonicultura brasileira também dá passos pioneiros no cálculo da pegada de carbono do algodão em caroço, pluma e óleo. E para isso, está desenvolvendo uma calculadora, a Footprint PRO Carbono, uma iniciativa desenvolvida em parceria com a Embrapa, Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e Bayer. Esse projeto, lançado em 27 de novembro, busca desenvolver perfis ambientais detalhados das principais regiões produtoras, reforçando o compromisso com práticas agrícolas responsáveis e alinhadas às exigências de mercados globais.



Compromisso com o Futuro


O Brasil deve manter a liderança de maior exportador de algodão em 2024/2025. A Abrapa prevê um aumento de aproximadamente 5,8% no volume de algodão beneficiado, consolidando sua posição no topo do ranking. Aliar inovação, sustentabilidade e governança, é, sem dúvida, a receita para a longevidade nesta posição.

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Rastreabilidade via blockchain avança no agro

Tecnologia ganha espaço em cadeias como as de algodão, vinhos e criação de gado

17 de Dezembro de 2024

Com a lei antidesmatamento da União Europeia no horizonte e a demanda crescente por produtos mais sustentáveis mundo afora, a rastreabilidade por meio de sistema blockchain, tecnologia de registro de dados, tornou-se prioridade para vários segmentos do agronegócio.


A indústria têxtil, que utiliza algodão em suas linhas de produção, é uma das que largaram na frente. A Döhler, de Santa Catarina, firmou parceria com a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) em outubro de 2023 e lançou em agosto deste ano a primeira toalha de algodão rastreável do Brasil. Os registros de todas as etapas do algodão utilizado na produção são feitos em um sistema de blockchain.


A indústria de vinhos também adotou o sistema, como já mostrou o Valor. Os vinhos do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, tornaram-se os primeiros rótulos nacionais a contar com rastreabilidade feita a partir de uma plataforma de blockchain. O sistema, com as informações de todo o ciclo de produção do vinho, foram adotadas pelas vinícolas Pizzato e Dom Cândido.


Outro segmento que utiliza o blockchain é o de rastreabilidade animal. Em Carambeí (PR), a Fazenda Capão da Imbuia “transformou” as vacas em ativos digitais após registrar todas as informações sobre cada animal em um sistema blockchain. O projeto foi feito pela Simple Token, em parceria com a agtech Cowmed, que produz coleiras inteligentes que monitoram a saúde e o bem-estar das vacas. A ideia é que os proprietários possam usar os animais como garantia digital quando forem tomar crédito.


Desde que lançou a toalha de algodão rastreável, a Döhler já vendeu cerca de 100 mil unidades, segundo o diretor de comunicação e marketing da empresa, Marco Aurélio Braga. “Quando se consolidam as informações de cada elo, e o sistema valida que aqueles lotes são rastreáveis, o sistema salva e lança na rede blockchain. Esse registro se torna imutável, o que garante a autenticidade das informações”, explica.


Conhecido por seu uso em criptomoedas, o blockchain é uma tecnologia de registro de dados. Nesse sistema, as informações sobre um produto estão unidas por meio de “correntes de blocos” (as “blockchains”), que permitem rastrear toda a trajetória de um animal, de seu subproduto ou de uma commodity agrícola, por exemplo.


O mercado de blockchain como um todo deve crescer 40% em 2025, prevê André Carneiro, CEO da BBChain, startup brasileira especializada em soluções blockchain. Para ele, com as novas demandas, a rastreabilidade por blockchain tem de estar presente como um “fator de consumo” . “Cada vez mais existem mercados para produtos de regiões específicas, com interesse do consumidor em adquirir produtos de determinada origem”, diz.


No agronegócio, Carneiro destaca a proteína animal, os grãos e o algodão na vanguarda da rastreabilidade por blockchain. A indústria do couro também tem se beneficiado da tecnologia de segurança e monitoramento. O projeto de rastreabilidade do produto da empresa brasileira Durlicouros alcançou a marca de 200 mil animais monitorados em 53 fazendas no Pará e em um frigorífico do município paraense de Rio Maria.


O projeto já recebeu investimento de R$ 2 milhões nos últimos dois anos e quer chegar aos 250 mil animais monitorados em 2025, segundo Evandro Durli, diretor-executivo da Durlicouros. “Mesmo com o adiamento da lei antidesmatamento da União Europeia, nós não vamos diminuir o ritmo de investimento, porque entendemos que o mercado está amadurecendo o assunto de rastreabilidade no Brasil”, afirma. Originalmente, a lei da UE passaria a vigorar no fim de 2024, mas a Comissão Europeia adiou sua implementação para o fim do ano que vem.


Diante dessa demanda, agtechs têm investido em sistemas de blockchain para agregar valor a produtos, diz Henrique Galvani, CEO da Arara Seed, plataforma de financiamento coletivo em startups do agro. Hoje, afirma, o interesse pelo sistema ainda é pequeno entre empresas. “No couro, marcas de luxo, como Louis Vuitton, já investem em rastreabilidade porque pagam um prêmio por isso. Porém, marcas de varejo ainda não priorizam, porque talvez o consumidor não pague mais”, diz.

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Sou de Algodão em 2024: celebração dos oito anos com marcos e resultados expressivos

O movimento superou metas e consolidou seu impacto na cadeia da moda, com destaque para o terceiro desfile no SPFW e o lançamento da primeira toalha rastreável do Brasil

16 de Dezembro de 2024

Em 2024, o movimento Sou de Algodão completou seu oitavo ano de atividade marcado por grandes realizações, ultrapassando as metas planejadas. De janeiro a dezembro, a iniciativa teve novidades em todas as suas áreas de atuação, como a reunião de nomes relevantes da moda nacional em seu terceiro desfile no São Paulo Fashion Week, viagem com parceiros importantes ao campo de algodão, consolidação do Programa SouABR, com o lançamento da primeira coleção de toalhas rastreáveis, e a final do 3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores. O reconhecimento também pode ser medido pelas aparições do movimento na mídia, com mais de 350 matérias conquistadas, além de centenas de marcações de influenciadores nas redes sociais.


Um ano de muitas conquistas que fortalecem cada vez mais a iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) no mercado nacional nos segmentos de moda, tecnologia, sustentabilidade e varejo. Confira abaixo os resultados alcançados pelo Sou de Algodão em 2024:


SouABR


Até novembro de 2024, o programa contabilizou a participação de 32 produtores e 40 unidades produtivas em operação.


No consumo de fardos, os números cresceram significativamente: em 2022, foram utilizadas 11.041 unidades; em 2023, 5.351 unidades; e, em 2024, 29.748 unidades, totalizando 39.251 unidades acumuladas.


Foram confeccionadas, em 2022, 107.217 peças, 52.493 em 2023 e 198.006 peças em 2024, totalizando 357.716 peças. Empresas como By Cotton, Villa Têxtil, Cataguases, Veste S.A., Döhler, Emphasis, Ease, Ufoway, Projeto 50 e Jace Confecções compõem o grupo de empresas que fazem parte do Programa SouABR.


Por fim, no varejo, foram registradas 59.114 peças vendidas em 2022; 68.311 peças, em 2023, e 187.043 peças em 2024, com um acumulado de 314.468 peças. Entre as empresas que comercializam peças rastreadas, estão Reserva, Renner, Youcom, C&A, Döhler, Individual, Dudalina, Calvin Klein e Almagrino.


Um grande marco para o SouABR em 2024, foi o lançamento da primeira toalha rastreável do Brasil. Junto com a Döhler, gigante têxtil que já é referência em sustentabilidade, foram produzidas mais de 131.605 toalhas Marrocos.


São Paulo Fashion Week


Em outubro, o Sou de Algodão apresentou seu terceiro desfile na maior semana de moda da América Latina, a São Paulo Fashion Week. Com o tema Manualidades, a iniciativa da Abrapa comemorou a participação na edição N58, que reuniu 12 estilistas parceiros para entregar 36 looks feitos com as técnicas manuais mais conhecidas.


Os estilistas Adriana Meira, Ateliê Mão de Mãe, Catarina Mina, David Lee, Heloisa Faria, Igor Dadona, João Pimenta, Martins, Ronaldo Silvestre, Thear, Walério Araújo e Weider Silverio criaram três peças cada, dentro do tema, baseando-se no DNA de suas próprias marcas. A direção criativa foi de Paulo Borges, o styling por Paulo Martinez e a beleza foi assinada por Vanessa Rozan.


A sala de desfile contou com mais de 580 presentes, entre representantes de apoiadores, associações estaduais, marcas parceiras, influenciadores e imprensa nacional, que puderam ver de perto os looks feitos a partir de técnicas como crochê, tricô, macramê, patchwork e aplicações. Além disso, pelo menos 70% da matéria-prima usada foi algodão.


O impacto do desfile foi notável, com publicações nos principais portais de moda e mais de 300 menções nas redes sociais, marcando não apenas o movimento Sou de Algodão, mas também a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Alguns destaques vão para as matérias: Veja, Forbes, Vogue, ELLE, L’Officiel, Metrópoles e IstoÉ Dinheiro.


3º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores 


O Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, concurso promovido pelo movimento Sou de Algodão e a Casa de Criadores, realizou, pela primeira vez, uma final com dois representantes de cada região do Brasil. O projeto bateu recorde de inscrições, com mais de 950, superando as duas primeiras edições juntas.


Mais de 55% das inscrições foram de estudantes do Sudeste, região com tradição no ensino de moda, e 2,4% foram trabalhos do Norte. Na fase da semifinal regional, foram 64 trabalhos, e os 25 jurados, todos profissionais da área da moda, avaliaram os estudantes de suas respectivas regiões. No Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Sul, foram 15 representantes cada, e o Norte teve quatro. Cada trabalho contou com a ajuda de um professor orientador. Ao todo, foram 169 docentes, sendo 122 mulheres e 47 homens.


No dia 07 de dezembro, aconteceu a grande final, em que os 10 finalistas apresentaram suas coleções com, no mínimo, 70% de algodão na composição. A coleção “Experiências”, do estilista Lucas Caslú, garantiu ao estudante de moda o título de campeão, ganhando um prêmio de R$ 30 mil, além de ingressar no line-up da Casa de Criadores. O segundo lugar ficou com Fernanda Bastos, da Faculdade Estácio do Pará (FAP), e o terceiro foi para Vitoria Antunes, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), de Porto Alegre. Ambas foram premiadas com produtos das tecelagens parceiras do movimento Sou de Algodão.


Cotton Trip 


Em agosto, aconteceu a tradicional Cotton Trip. Essa foi a 4ª edição, com seis dias de experiência, sendo a maior agora. Os locais escolhidos para a imersão foram as fazendas Pamplona e Samambaia, ambas em Cristalina/GO, suas respectivas UBAs, o escritório da Abrapa e o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA). Foram grupos que, juntos, somaram cerca de 200 pessoas, incluindo estilistas e imprensa nacional, fiações, malharias, tecelagens, confecções, apoiadores do movimento, embaixadas e representantes do Santa Catarina Moda e Cultura (SCMC).


Marcas parceiras 


No pilar de parceria com marcas, 2024 também foi de crescimento vigoroso, tendo acumulado, até novembro, 211 novas adesões. Entre os destaques estão a Teka, tradicional fabricante de artigos para cama, mesa e banho, e a Mash, famosa marca do segmento de moda íntima masculina.


O segmento de maior crescimento foi o de confecções, com 143 novas adesões, das quais 43 são de moda feminina. Fiações, tecelagens e malharias também apresentaram boa taxa de crescimento, somando 15 novas marcas parceiras.


A novidade do ano foi a criação da comunidade Sou de Algodão, no WhatsApp. Por meio desse canal, foi possível levantar insights para a geração de novos conteúdos, por meio de pesquisas focadas e interações diretas, uma forma de aproximar e aumentar o engajamento das marcas parceiras com o movimento.


Por fim, as marcas parceiras valorizam o movimento e usam intensivamente as tags, que são fornecidas gratuitamente a elas. Até novembro, somaram-se mais de 18 milhões de etiquetas entregues a mais de 310 empresas.


Universidades parceiras


2024 foi movimentado nesta frente de trabalho. A adesão de mais uma universidade, a FAAL, de Limeira, e a realização de diversos encontros marcou o tom deste pilar, desde o início do ano.


Foram realizadas três aulas magnas, na PUC Campinas (PUC/SP), Universidade de Caxias do Sul (UCS/RS) e Universidade Anhembi Morumbi (UAM/SP) com o estilista João Pimenta, principal nome do SPFW; visita à fazenda, na Experiência Sou de Algodão com APPA, em Paranapanema/SP, com estudantes e docentes da PUC Campinas e Senac/SP; visita à planta da malharia e confecção Traciatti, em Caxias do Sul/RS, com estudantes e docentes da UCS/RS, e na tecelagem Covolan, em Santa Bárbara d’Oeste/SP, com o público das faculdades PUC/SP, Senac/SP e UAM/SP. Além disso, mais seis palestras foram realizadas, na PUC/SP, UAM/SP, Universidade Salgado de Oliveira (Universo/GO), Universidade Estadual de Goiás (UEG/GO), Universidade de Fortaleza (Unifor/CE), Universidade Ateneu (Uniateneu/CE, com o objetivo de disseminar o conhecimento sobre os pilares da Abrapa e o uso da fibra na moda.


Campanhas de 2024 


O Garimpo Sou de Algodão continuou durante o ano. Toda semana, nas redes sociais do movimento, foi publicada uma produção de moda que evidenciou o algodão em diferentes usos, mostrando toda a versatilidade da fibra e das marcas nacionais. E, uma vez por mês, um convidado especial estava na produção de fotos, como, por exemplo: Vanessa Rozan, Claudia Liz, Paulo Borges e André Hidalgo.


Além disso, foi lançado um novo posicionamento que enaltece dois pilares de comunicação: algodão brasileiro e moda nacional. A campanha ganhou o tema: “Respiramos moda brasileira, costuramos responsabilidade”. Para conferir, é só acessar esse link.


Outro destaque do ano foi a campanha desenvolvida para o Dia Mundial do Algodão,  comemorado em 7 de outubro. O movimento lançou com o objetivo de valorizar o uso da fibra nacional por diversas gerações. Acesse o link para conferir o vídeo completo.


O que esperar de 2025


A consolidação do movimento, ao longo de oito anos, traz um olhar para a profissionalização do relacionamento com os stakeholders e de maior responsabilidade com as entregas.


A Abrapa pretende fortalecer o relacionamento com as marcas, principalmente fiações, tecelagens e malharias, que são os elos iniciais que consomem a fibra, e também com os varejistas, que oferecem o produto ao consumidor final, com um olhar especial para a rastreabilidade.


O programa SouABR encerra a fase piloto, de olho no crescimento, junto com as varejistas que já divulgaram compromissos públicos de rastreabilidade de seus produtos feitos com a fibra. O engajamento destas é fundamental para a ampliação do programa e a democratização da transparência na moda.


O fortalecimento do pilar informacional se dará com a frequência e a qualidade na geração de conteúdos novos, focados em marcas parceiras e universidades, e também na realização das ações que contemplam as Experiências, que unem a indústria e a academia. O alcance às universidades também será ampliado, com a prospecção ativa a escolas situadas nas cinco regiões do País.


Encerrando o encontro, o comitê discutiu novas frentes de trabalho para 2025, alinhadas aos três pilares estratégicos do movimento: promocional, negócios e informacional. As iniciativas prometem dar continuidade ao fortalecimento da cadeia produtiva do algodão, promovendo sua responsabilidade e presença no mercado.

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Abrapa celebra os 25 anos de fundação da associada Agopa

O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, celebrou o jubileu de prata da Agopa e do Fialgo durante evento, em Goiânia, que também marcou a posse da nova diretoria da associada para o próximo biênio 2025/2026.

13 de Dezembro de 2024

A noite desta quinta-feira (12) foi de celebração para a Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) e para o Fundo de Incentivo A Cultura do Algodão (Fialgo) que completaram 25 anos de fundação. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, esteve presente na solenidade, que aconteceu em Goiânia, e discursou para os presentes sobre a importância da associada no desenvolvimento da cotonicultura brasileira.


“É muito bonita a história que a Agopa tem e a importância que desempenha dentro do setor. Sem dúvida, sua contribuição foi fundamental para que o Brasil alcançasse o posto que ocupa hoje de maior exportador de algodão do mundo”, afirmou Schenkel.


Além do jubileu de prata das associações, a ocasião marcou, também, a posse do novo Conselho Diretor e Fiscal da Agopa para o biênio 2025/2026. O atual presidente da entidade, Haroldo Rodrigues da Cunha, reassumiu a presidência e enfatizou durante seu discurso, a importância da união na transformação de toda cadeia produtiva do algodão no Brasil.


“Vale lembrar que quando começamos o Brasil era um país importador de algodão. Mas, com muito esforço e trabalho nos tornamos os maiores exportadores de algodão do mundo. Essa transformação é um marco para a agricultura brasileira, exemplo de como a união e o comprometimento podem mudar a realidade de um setor inteiro”, ressaltou Cunha, para quem “celebrar o passado e planejar o futuro é o que motiva seguir adiante”.


Para Paulo Shimohira, coordenador do Fialgo - fundo de incentivo que dá suporte financeiro para execução de projetos, visando o desenvolvimento da cotonicultura goiana - todos estão “unidos pelo algodão honrando quem nos trouxe até aqui”. Na ocasião, os ex-presidentes da Agopa receberam uma homenagem pelo empenho na busca pela excelência na produção de algodão no estado de Goiás.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #47/2024 13/12/2024

13 de Dezembro de 2024

Destaque da Semana - Mercado oscilou pouco na semana, sempre em torno de 70 U$c/lp. Cotton Brazil recebeu prêmio da ApexBrasil e Exame. Último relatório de Oferta e Demanda do USDA trouxe poucas mudanças nesta semana.


Algodão em NY - O contrato Mar/25 fechou nesta quinta 12/dez cotado a 70,09 U$c/lp (-1,4% vs. 05/dez). O contrato Dez/25 fechou em 71,27 U$c/lp (-2,8% vs. 05/dez).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia é de 790 pts para embarque Jan/Fev-25 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 12/dez/24.


Baixistas 1 - A moeda americana (dollar index) atingiu ontem o valor mais alto em 2 semanas. Essa alta pressiona para baixo as commodities cotadas em dólar.


Baixistas 2 – Menos vendas e embarques de algodão nos EUA preocupam analistas porque maiores estoques de passagem geram pressão baixista na ICE.


Altistas 1 - Em outubro, os EUA (maior mercado consumidor do mundo) atingiram o maior volume importado de produtos têxteis de algodão desde set/22.


Altistas 2 - A exportação de têxteis e vestuário pela China em novembro gerou US$ 25,17 bilhões (+6% a.a.). No acumulado jan/nov, a cifra é de US$ 273,06 bilhões (+2% a.a.).


Exportações 1 - Se mantiver a média dos últimos 3 meses (Set-Nov), o Brasil ultrapassa em 2024 a marca de US$ 5 bilhões de algodão exportado. O recorde anterior foi de US$ 3,7 bilhões em 2022.


Exportações 2 - Santos segue liderando com 94% de participação nos embarques. Destaque para Salvador, com 4% contra 1,4% no ciclo anterior.


Exportações 3 - O principal destino segue sendo a China (26% das vendas no ano comercial até aqui). O destaque de nov/24 foi a Índia (32 mil tons), quase 4X o volume do ano anterior.


Cotton Brazil - A Abrapa recebeu nesta semana o Prêmio ApexBrasil-Exame: Melhores dos Negócios Internacionais 2024. O Cotton Brazil, iniciativa da Abrapa em parceria com ANEA para promover o algodão do Brasil no exterior, concorreu com mais de 50 organizações de diversos setores na categoria "Imagem".


Oferta e demanda 1 - No relatório de Oferta e Demanda desta semana, o USDA estimou a produção global em 25,56 milhões tons (+263,23 mil tons ante nov/24).


Oferta e demanda 2- O consumo mundial ampliou 124 mil tons, ficando em 25,21 milhões tons. Com isso, os estoques finais aumentaram para 16,55 milhões tons (+58 mil tons).


Oferta e demanda 3 - A relação estoque/uso global ficou em 66%, acima da última temporada (65%) e abaixo de 2022/23 (67%).


Oferta e demanda 4 - Chamou a atenção a queda na estimativa de importação de algodão pela China. O volume estimado (1,85 milhão tons) é 108,86 mil tons menor que a projeção de nov/24 e 43% inferior aos 3,26 milhões tons de 2023/24.


China 1 - Uma das razões para essa menor importação na China é a ótima safra doméstica. Esta semana, a BCO aumentou em 220 mil tons a previsão de safra 2024/25, chegando a 6,75 milhões tons (USDA = 6,14 mi tons).


China 2 - A BCO justificou sua projeção de safra com aumento de 14% na área plantada no sul de Xinjiang e aumento na produtividade devido ao clima favorável.


EUA 1 - Nos EUA, a colheita de algodão está praticamente concluída.


EUA 2 -Produtores dos EUA agora estão de olho nas cotações Dez/25 que ainda longe do ponto de equilíbrio para eles que está acima de 80 centavos/lp.


Paquistão - A colheita de algodão no Paquistão já foi quase toda finalizada. Estimativas de mercado indicam que a produção será de 1,2 milhões de tons, 22% a menos que 23/24.


Bangladesh - Em nov/24, Bangladesh exportou US$ 3,3 milhões em roupas de malha e tecido – 16% a mais que em nov/23. O total acumulado no ano fiscal (jul/23 a nov/24) é US$ 16,1 bilhões (+12% frente a 2023/24).


Austrália 1 - Em out/24, a Austrália exportou 151.403 tons de algodão. O Vietnã liderou as compras, com 44.701 tons (29%), deixando a China em segundo lugar (31.160 tons e 21%).


Austrália 2 - No acumulado ago/out, o volume exportado pelos australianos foi de 523.922 tons (+4% que em 2023).


Exportações Dez - As exportações brasileiras de algodão somaram 57,1 mil tons na primeira semana de dezembro.


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (12/12) foram beneficiados nos estados da BA (98%), GO (98,33%), MA (90%), MG (98%), MS (100%), MT (88,78%), PI (96,04%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 91,1%.


Plantio 2024/25 -Até ontem (12/12), foram semeados nos estados da BA (32%), GO (57,8%), MG (50%), MS (0,3%), PI (17,51%), PR (90%) e SP (63%). Total Brasil: 8,44%.


Preços - Consulte tabela abaixo ⬇


Quadro de cotações para 12_12


Este boletim é produzido pelo Cotton Brazil, iniciativa que representa a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global. Contato: cottonbrazil@cottonbrazil.com

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