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Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA) se junta à coalizão Make the Label Count

Abrapa é uma das seis organizações que recentemente aderiram à coalizão, agora composta por 52 membros, que busca reformular as Regras da Categoria da Pegada Ambiental de Produtos (PEFCR) da União Europeia para vestuário. A adesão à coalizão reforça significativamente a iniciativa em um momento crítico, com a Diretiva de Alegações Verdes da UE avançando para a fase de trílogo.

27 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) será membro pleno da coalizão Make the Label Count, a partir de 1º de dezembro de 2024. A entidade se junta à iniciativa para contribuir com sua voz e influência em um esforço conjunto para garantir que as alegações de sustentabilidade para têxteis na União Europeia sejam justas e confiáveis.


À medida que a legislação de Alegações Verdes da UE entra na fase final de negociações (trílogos), é urgente destacar o perfil ambiental das fibras naturais em comparação com as sintéticas.


Juntamente com a ANEA, a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, a adesão da Abrapa assegura que todo o setor algodoeiro brasileiro apoia esse esforço importante, reafirmando o compromisso do Cotton Brazil em fortalecer e defender os benefícios ambientais de fibras naturais, como o algodão, neste momento crucial.


“As Regras da Categoria da Pegada Ambiental de Produtos (PEFCR) para vestuário e calçados estão mal projetadas e não atendem ao seu propósito. No formato atual, favorecem injustamente as fibras sintéticas derivadas de combustíveis fósseis, enquanto classificam de forma inadequada o vestuário de fibras naturais como insustentável. Isso contraria o próprio objetivo da Diretiva de Alegações Verdes, que visa garantir declarações ‘confiáveis, credíveis e verificáveis’. Ao aderir à coalizão Make the Label Count, estamos comprometidos em corrigir essa grave situação antes que ela seja consolidada na legislação europeia.” destaca o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.


“Estamos muito felizes em receber a Abrapa e, consequentemente, o Cotton Brazil na coalizão Make the Label Count. Como uma organização globalmente reconhecida e comprometida com a produção sustentável de algodão, sua expertise e liderança fortalecerão nossa voz e esforço coletivo para garantir alegações de sustentabilidade justas e confiáveis para fibras naturais. Além da importância socioeconômica da produção de matérias-primas para muitos agricultores de algodão, a metodologia PEF da UE precisa abordar adequadamente o impacto ambiental dos materiais derivados de petróleo, como o poliéster, que contribuem para enormes resíduos plásticos e liberam microplásticos em nossas águas e solos.” Pontua Elke Hortmeyer, da Make the Label Count, ao dar as boas-vindas à Abrapa na coalizão.


Para garantir que as ferramentas usadas para validar alegações verdes sejam confiáveis, é essencial que sejam baseadas em pesquisas científicas. Embora especialistas tenham fornecido extensas pesquisas para informar esse processo – cobrindo áreas como Avaliação do Ciclo de Vida, comportamento do consumidor e microplásticos – nem todas as descobertas foram devidamente consideradas pelos legisladores ou por aqueles que desenvolvem as Regras da Categoria da Pegada Ambiental de Produtos (PEFCR) para vestuário e calçados.


É essencial que o PEF e as PEFCR para vestuário e calçados reflitam com precisão os verdadeiros impactos ambientais dos têxteis. Para garantir uma avaliação justa, fatores como poluição por microplásticos, resíduos plásticos e circularidade devem ser urgentemente integrados à análise.


Sobre a Abrapa


A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) foi fundada em 1999 para aumentar a competitividade e as oportunidades de lucro do setor algodoeiro brasileiro. Apoia e representa os produtores brasileiros tanto no Brasil quanto internacionalmente. É composta por 10 associações estaduais, que respondem por 99% da produção de algodão do Brasil e 100% das exportações totais do país.


Sobre o Cotton Brazil


O Cotton Brazil é uma iniciativa setorial dedicada a promover o reconhecimento e a aceitação do algodão brasileiro globalmente. Sua missão é destacar a qualidade, sustentabilidade, rastreabilidade e confiabilidade da fibra natural brasileira. Valorizado por seu conforto, biodegradabilidade e características naturais, o algodão brasileiro atrai consumidores que priorizam tanto a qualidade quanto o compromisso com a sustentabilidade, sendo uma escolha preferida no mercado global. O Cotton Brazil é uma iniciativa da Abrapa, da ANEA e da ApexBrasil, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.


Sobre a Make the Label Count


A Make the Label Count é uma coalizão internacional de organizações que representam uma ampla gama de produtores de fibras naturais e grupos ambientais com um objetivo em comum: garantir que as alegações de sustentabilidade para têxteis na União Europeia sejam justas e confiáveis.

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Abrapa participa de projeto inovador para medir a pegada de carbono do algodão brasileiro

Iniciativa reúne ainda Embrapa, Abiove e Bayer para reforçar sustentabilidade e competitividade no mercado global

27 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e Bayer, lançou um projeto pioneiro para desenvolver perfis ambientais e calcular as pegadas de carbono do algodão em caroço, pluma e óleo, abrangendo as principais regiões produtoras do Brasil. A iniciativa foi apresentada durante o Carbon Science Talks, que aconteceu nos dias 26 e 27 de novembro, em Campinas (SP).


Com duração de 24 meses, o projeto busca estabelecer uma referência nacional, e referências regionais para diferentes modelos de produção para a pegada de carbono do algodão brasileiro, utilizando dados primários de cotonicultores e metodologias reconhecidas internacionalmente, como a Avaliação de Ciclo de Vida (ACV).  A caracterização dos sistemas de extração de óleo de algodão típicos, com seus parâmetros técnicos, suas emissões e representatividade para as principais regiões brasileiras também farão parte do trabalho e serão referências para a atualização da calculadora para o RenovaBio.


O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, destacou a relevância da iniciativa. “Essa parceria reforça o compromisso do setor algodoeiro com a sustentabilidade e a eficiência produtiva, além de posicioná-lo como uma referência global em práticas agrícolas responsáveis.” De acordo com dados da entidade, a produção estimada para a safra 2023/24 é de 8.890.058 toneladas de algodão em caroço, 3.680.309 toneladas de algodão em pluma e 4.720.310 toneladas de caroço de algodão.


Os primeiros cálculos utilizando a ferramenta Footprint PRO Carbono realizados com produtores do Mato Grosso, indicaram uma pegada de carbono média de 329 kg CO₂ eq/t (quilogramas de dióxido de carbono equivalente por tonelada de algodão), com possibilidade de redução de até 32% em áreas específicas. Além disso, o projeto prevê o detalhamento de perfis ambientais do algodão para diferentes produtos e regiões, começando pelos estados da Bahia e Goiás.


Segundo Alessandra Zanotto, vice-presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), que assumirá a associação no próximo mandato, “o algodão, devido às características da cultura, faz com que os produtores saiam na frente, com relação à inovação, e esse projeto, oriundo da parceria, é inovador porque é simples.” Alessandra comentou que reduzir a emissão de carbono contribui para a desaceleração do aquecimento global, preservação dos ecossistemas locais, ajuda a prevenir eventos climáticos extremos e a preservação da biodiversidade, beneficiando, não somente, os produtores, mas, principalmente, os consumidores e o meio ambiente.



Grande impacto


Para Marília Folegatti, pesquisadora sênior da Embrapa Meio Ambiente, a expectativa de impacto da iniciativa é grande. “A cadeia produtiva do algodão brasileiro faz um grande investimento em ações para a sustentabilidade que não são devidamente comunicadas. Esse projeto permitirá que se conheça a pegada de carbono do algodão brasileiro, o que já é uma exigência em vários mercados”, analisou.


A ferramenta, que utiliza metodologia de ACV para quantificar emissões e medir a pegada de carbono dos cultivos de soja e milho, passa a integrar também a cultura do algodão. O estudo trará uma caracterização dos principais sistemas de produção de algodão praticados no país e o seu perfil ambiental. “Isso permitirá a gestão de processos para a melhoria de desempenho, o que pode representar o acesso a mercados mais exigentes, por um lado, mas também contribuir para a redução da emissão de gases de efeito estufa, colaborando com o enfrentamento das mudanças climáticas”, informou a pesquisadora.


Com apoio técnico, financeiro e logístico da Abrapa, Abiove e Bayer, e coordenação técnica da Embrapa, a iniciativa busca atender às demandas globais por produtos sustentáveis, fortalecer a competitividade do algodão brasileiro no mercado internacional e abrir caminhos para novas oportunidades no programa RenovaBio e outros mercados de baixo carbono.



Carbon Science Talks


Promovido pela Bayer, o Carbon Science Talks tem como objetivo reforçar a jornada da empresa na integração de práticas agrícolas sustentáveis no campo que impactam positivamente toda a cadeia. Além da divulgação da V3 da calculadora Footprint PRO Carbono, a programação inclui uma série de painéis que discutirão os desafios e oportunidades do mercado de descarbonização no setor agrícola.


O primeiro dia do evento contou com seis painéis temáticos. Entre eles, o de quantificação da pegada de algodão e a parceria quadripartite entre Bayer Embrapa, Abrapa e Abiove, que teve a participação de Fábio Carneiro, gestor de Sustentabilidade da Abrapa. Outros painéis abordaram temas como Agricultura Tropical e Mudança Climática, Agricultura Regenerativa e Resiliência no Sistema de Produção, e Carbono Orgânico no Solo, que apresentou o modelo preditivo PROCS. A agenda do dia incluiu, ainda, discussões sobre Medição, Reporte e Verificação da Pegada de Carbono de Commodities Agrícolas, com a Footprint PRO Carbono 3.0, e Desafios para Mitigar Emissões de Escopo 3 na Cadeia de Valor.



No dia 27, o evento foi marcado por três painéis simultâneos que exploraram os temas centrais Descarbonizar, Remover e Regenerar. Esses debates aprofundaram estratégias para reduzir emissões, promover captura de carbono e implementar práticas regenerativas que reforcem a sustentabilidade na produção agrícola.



Com formato inovador, o Carbon Science Talks reuniu lideranças do setor agroindustrial, especialistas em sustentabilidade e tecnologia para discutir soluções que posicionem a agricultura como protagonista na mitigação das mudanças climáticas e no fortalecimento da economia de baixo carbono.

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Modernização da colheita eleva eficiência no cultivo de algodão no Brasil

Tecnologias têm potencial para reduzir os custos operacionais

27 de Novembro de 2024

A modernização das máquinas agrícolas está promovendo uma verdadeira revolução na colheita de algodão no Brasil. Equipamentos de última geração, equipados com sistemas de inteligência artificial e monitoramento remoto, estão trazendo maior precisão às operações e reduzindo significativamente as perdas no campo. Essa transformação tecnológica está impactando diretamente a rentabilidade do setor e posicionando o Brasil como líder global na produção de algodão de alta qualidade.


As colheitadeiras inteligentes, por exemplo, são capazes de mapear o campo em tempo real, ajustando automaticamente os parâmetros de colheita para maximizar a eficiência. Além disso, sensores avançados garantem uma coleta mais uniforme, preservando a qualidade da fibra. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), as tecnologias têm potencial para reduzir os custos operacionais, ao mesmo tempo que aumentam a produtividade.


Com a mecanização avançada, os produtores conseguem atender à crescente demanda global por algodão de alta qualidade, sem abrir mão da sustentabilidade. O Brasil, segundo maior exportador mundial da fibra, vê na modernização uma estratégia indispensável para consolidar sua liderança em um mercado cada vez mais competitivo.


 As máquinas modernas otimizam o uso de recursos naturais e reduzem o desperdício de insumos, contribuindo para práticas agrícolas mais sustentáveis. Além disso, a integração de tecnologias conectadas permite que os produtores acompanhem todas as etapas do processo, desde o plantio até a colheita, facilitando a gestão eficiente das lavouras.

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Abrapa participa do Encontro Nacional do Agro e dos Adidos Agrícolas

26 de Novembro de 2024

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou nesta terça-feira (26) do Encontro Nacional do Agro e dos Adidos Agrícolas, promovido pela ApexBrasil, em Brasília. Diversas entidades setoriais participaram do workshop, que se estendeu ao longo do dia, e que contou com a apresentação de cases de sucesso dos diversos projetos executados pelas entidades setoriais em parceria com a Apex-Brasil, além da troca de experiência entre os setores.


Representando a Abrapa, o gerente financeiro, Francisco Alves de Lima Júnior, foi um dos painelistas. Ele apresentou os principais resultados da gestão do Programa Cotton Brazil, que possui uma agenda consolidada de eventos no Brasil e no exterior, com o objetivo de promover o algodão brasileiro no mercado internacional.


“Apresentamos um pouco do que é o nosso projeto setorial, o Cotton Brazil, as experiências de sucesso, com a realização das missões, dos eventos e falamos um pouquinho da nossa estratégia de comunicação com os dez mercados alvos”, explicou Francisco.


O evento mais recente do Cotton Brazil foi a Missão Ásia, encerrada no dia 22 deste mês. A delegação brasileira esteve na China e no Vietnã, que atualmente são os dois maiores parceiros comerciais no Brasil na importação do algodão. Além de reuniões estratégicas, a comitiva visitou as principais fiações locais e promoveu o evento Cotton Outlook Brazil, apresentando números que reforçam o posto do país como o maior exportador mundial da fibra. Criado em 2020, o Cotton Brazil é fruto da parceria entre a Abrapa, ApexBrasil e a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).

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Assembleia do IPA e FPA debate caso Carrefour, bioinsumos e Reforma Tributária

26 de Novembro de 2024

Nesta terça-feira (26), a assembleia do Instituto Pensar Agropecuária (IPA) e da Frente Parlamentar de Apoio à Agropecuária (FPA) reuniu seus integrantes para tratar de temas relevantes que impactam o agronegócio brasileiro, como o caso Carrefour, os projetos de lei (PL) da Reciprocidade Ambiental, dos Bioinsumos e a da Reforma Tributária. O encontro contou com a participação do presidente da Câmara, Arthur Lira, além de parlamentares e representantes do setor.


De acordo com Júlio Cézar Busato, conselheiro consultivo da Abrapa e vice-presidente do IPA, o presidente da FPA, Pedro Lupion, destacou a importância de aprimorar o texto da PL da Reciprocidade, que está em tramitação na Câmara e no Senado, e de avançar na aprovação da PL dos Bioinsumos, cuja votação na Câmara é esperada para esta semana. "Lupion também alertou para os desafios que podem surgir na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será sediada no Brasil em 2025, destacando a necessidade de organização para enfrentar pressões internacionais que possam prejudicar a agricultura brasileira", afirmou.


Durante a reunião, a senadora Tereza Cristina chamou atenção para os cuidados necessários nas negociações do acordo Mercosul-União Europeia, enfatizando a competição desigual enfrentada pelos produtos brasileiros frente aos subsídios concedidos aos produtores europeus. Ela também mencionou reuniões com o embaixador francês para discutir ações recentes que impactam o comércio entre os países.


O presidente Arthur Lira reforçou a importância de usar o caso Carrefour como um momento de reflexão e preparação para a COP30, destacando a necessidade de mudar narrativas prejudiciais à agricultura brasileira. Lira disse que " Precisamos comparar quantos produtos europeus e brasileiros contribuem para a preservação ambiental, evidenciando as diferenças e mudando as narrativas prejudiciais à nossa agricultura." Ele ainda garantiu prioridade para a votação da PL dos Bioinsumos e da PL da Responsabilidade Ambiental, ressaltando a força dos agricultores brasileiros, que produzem sem subsídios e com muito esforço.


A assembleia reafirmou o compromisso do setor agropecuário em defender os interesses do Brasil nas pautas legislativas e em foros internacionais, garantindo competitividade e sustentabilidade à agricultura brasileira.

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GT Sustentabilidade da Abrapa inicia preparativos para temporada de 2025

22 de Novembro de 2024

O Grupo Técnico de Sustentabilidade da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) esteve reunido nesta sexta-feira (22), de forma remota, para fazer um balanço dos programas da área. O diretor executivo da associação, Márcio Portocarrero, iniciou o encontro abordando as discussões da associação para a renovação do benchmarking com a Better Cotton (BC).


A certificação do ABR/Better Cotton é um marco importante para a produção nacional, com mais de 80% da pluma brasileira, atualmente, certificada. O protocolo está há mais de 10 anos sendo implementado no Brasil, e passa por constantes atualizações, como a que está sendo discutida agora, para atender  exigências nacionais e internacionais.


Na sequência, o gestor dos Programas de Sustentabilidade, Fabio Carneiro, apresentou a proposta de calendário de atividade para o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), na safra 2024/2025. O protocolo é o padrão nacional de certificação socioambiental do algodão no Brasil, cujo objetivo é promover critérios de sustentabilidade sociais e ambientais da fibra produzida no país.


Na agenda do encontro foram discutidos aspectos como a revisão do termo de adesão, regulamento, listas de verificação de diagnóstico e certificação, assim como o alinhamento com a equipe das estaduais. “Estamos sempre aprimorando o protocolo ABR que, sem dúvida, mudou a forma de produzir o algodão no Brasil. A credibilidade da certificação socioambiental brasileira elevou o padrão da pluma produzida no país tanto brasileira no mercado nacional e internacional”, aponta Fábio Carneiro.

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Adesão do Vietnã ao algodão brasileiro e parceria com órgãos chineses marcam a nona missão do Cotton Brazil no ano

22 de Novembro de 2024

O Cotton Brazil, programa de promoção do algodão brasileiro da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), finalizou a Missão Vietnã-China com saldo positivo. Durante a semana, foram realizados eventos, visitas técnicas e reuniões de trabalho que mostraram a adesão da indústria têxtil vietnamita à pluma brasileira e a abertura do mercado chinês à parceria com o Brasil.


Esta foi a nona missão internacional do Cotton Brazil, realizado pela Abrapa em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).


A delegação brasileira, composta por oito representantes, cumpriu uma série de agendas nos dois países de 17 a 23 de novembro com objetivo de intensificar ainda mais os negócios. China e Vietnã responderam por 64% das exportações nacionais de pluma realizadas no ano comercial 2023/24.


Um dos pontos altos da agenda pelo Vietnã foi confirmar a adesão ao algodão brasileiro. “Reunimos com indústrias vietnamitas que utilizam até 80% da nossa pluma para compor seu blend de fábrica. É uma conquista muito importante para nós, porque estamos falando do segundo maior exportador mundial de têxteis”, ponderou Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.


Em 2023/24, o Brasil ampliou de 15% para 27% a participação nas importações vietnamitas de algodão, totalizando 392 mil toneladas adquiridas. Com isso, o país foi o segundo a mais importar o produto brasileiro no período.


Três cidades foram visitadas pela comitiva brasileira no Vietnã. Em Hanoi, capital, o primeiro compromisso foi a visita técnica à fiação Tra Ly Hưng Yen, seguida por uma reunião de trabalho com a Vietnam Cotton and Spinning Association (VCOSA), a Vietnam National Textile and Garment Group (Vinatex) e diplomatas brasileiros. Hanoi também recebeu uma edição do seminário “Cotton Brazil Outlook”, voltado para empresários, industriais e investidores.


Em seguida, em Hue, o Cotton Brazil promoveu uma reunião-almoço com 12 das principais indústrias têxteis locais, seguida por uma visita técnica a uma fiação da Vinatex.


Em Ho Chi Minh City, a fiação Phu Hoang Spinning foi visitada pela delegação e uma nova edição do “Cotton Brazil Outlook” foi promovida na cidade, mobilizando 92 participantes – entre industriais, empresários, investidores, autoridades e diplomatas.


O embaixador do Brasil em Hanoi, Marco Farani, participou das agendas nas cidades vietnamitas, reforçando a presença do governo brasileiro na iniciativa do Cotton Brazil.


“Um dado importante é que no Vietnã pudemos nos relacionar com companhias que atuam não apenas no país, mas também na Coreia do Sul, no Japão e na China. E comprovamos que a percepção predominante é sobre a evolução do algodão brasileiro principalmente quanto aos indicadores de qualidade”, contextualizou Schenkel.


Já na capital chinesa (Pequim), a delegação priorizou o relacionamento com entidades e empresas chinesas que representam o setor têxtil do país. No primeiro dia, a agenda foi com a Chinatex, atualmente uma das maiores importadoras de pluma brasileira. Em seguida, os encontros foram com a China National Cotton Group Corporation (CNCGC), a China National Cotton Exchange (CNCE), a China Cotton Textile Association (CCTA) e a China Cotton Association (CCA).


A China é a principal importadora de algodão do Brasil. No ano comercial 2023/24, absorveu 49% de todas as exportações brasileiras, somando 1,138 milhão de toneladas. Nessa temporada, o Brasil atingiu um feito histórico nas relações China-Brasil: foi o responsável por 40% das importações totais de algodão feitas pela China. Reflexo do aumento de 203% nas compras da pluma brasileira.

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Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa

ALGODÃO PELO MUNDO #44/2024 14/11/2024

22 de Novembro de 2024

 Destaque da Semana - Esta semana, a Abrapa e Anea realizaram missão comercial ao Vietnã e China, os dois maiores destinos do algodão Brasileiro no exterior. Neste boletim, trazemos um breve resumo das percepções destes mercados.


Algodão em NY - O contrato Dez/24, que tem seu first notice day amanhã fechou nesta quinta 21/nov cotado a 69,19 U$c/lp (+1,3% vs. 14/nov). O contrato Dez/25 fechou em 71,46 U$c/lp (-0,2% vs. 14/nov).


Basis Ásia - O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 954 pts para embarque Nov/Dez-24 (Middling 1-1/8" (31-3-36), fonte Cotlook 21/nov/24).


Altistas 1 - Aproveitando preços menores, as vendas da semana foram robustas. Vendas líquidas reportadas pelos EUA foram de 336.454 fardos (480 lbs), maior resultado do ano comercial.


 Altistas 2 - Os principais compradores do algodão dos EUA na semana forram: Vietnã: 146.432 fardos, Paquistão: 57.666 fardos e Turquia: 24.188 fardos.


Baixistas 1 - Importações de algodão pela China em outubro foram de 105,8 mil tons (-10% em relação ao mês anterior, -63% em relação ao ano anterior).


Baixistas 2 - Importações acumuladas pela China no ano (24/25): 372,8 mil toneladas (-47% em relação a 23/24).


Missão Vietnã-China 1 - O intercâmbio comercial do Cotton Brazil no Vietnã e na China contou com três eventos no Vietnã (Hanoi, Hue e Ho Chi Min City), além de visitas a fiações nas três cidades.


Missão Vietnã-China 2 - Depois, na capital chinesa (Pequim), a delegação se reuniu com duas das maiores importadoras da pluma brasileira, além das principais entidades empresariais do setor.


Missão Vietnã-China 3 - No Vietnã, segundo maior importador de algodão do Brasil, ficou claro que a percepção atual do mercado é: 1) A qualidade do Brasil tem aumentado a cada ano; 2) Eles estão comprando cada vez mais do Brasil; continua


Missão Vietnã-China 4 - 3) Há um desejo geral de aumentar a participação do nosso algodão no mix de compras; 4) A percepção de custo x beneficio do nosso algodão é muito boa; continua


Missão Vietnã-China 5 - 5) As fiações ainda operam com margens apertadas, mas os negócios melhoram aos poucos; 6) Logística incerta e demorada, índice de fibras curtas, pegajosidade, contaminação e dificuldade na checagem de dados de HVI dos fardos foram pontos a melhorar citados.


 Missão Vietnã-China 6 - Já na China, apesar de termos ouvido praticamente as mesmas recomendações, as discussões se centraram nas perspectivas de oferta, demanda e importações pelo gigante Asiático.


Missão Vietnã-China 7 - O país continua tendo dificuldades devido ao boicote dos EUA a têxteis feitos com algodão de Xinjiang (95% da safra Chinesa). Muitos exportadores estão reduzindo o uso de algodão para não ter barreiras, nem necessidade de fazer rastreabilidade das peças.


Missão Vietnã-China 8 - A colheita de algodão foi concluída na China. A produção total foi maior que a esperada e as entidades Chinesas esperam uma colheita entre 6,3 e 6,5 milhões tons - entre 8% e 9% a mais que em 2023. O USDA estima 6,1 milhões de tons.


Missão Vietnã-China 9 - O consumo industrial chinês deve ficar entre 8,0 e 8,2 milhões tons em 24/25. Esses números são mais baixos que os 8,27 milhões tons estimados pelo USDA.


Missão Vietnã-China 10 - Com produção maior e consumo menor, é natural que as exportações dininuam. A questão é quanto. Enquanto o USDA ainda fala em 1,96 milhão tons, este número parece alto também para os chineses com quem conversamos.


Missão Vietnã-China 11 - As indústrias chinesas aguardam novas cotas até o primeiro trimestre de 2025, já que somente 200 mil tons de cota adicional foram liberadas nesta temporada, contra 750 mil neste período do ano passado.


Missão Vietnã-China 12 - A China espera que as recentes medidas econômicas estimulem o consumo interno a partir do ano que vem. Porém, o setor exportador de confecções se preocupa com a intensificação das disputas comerciais com seu principal cliente: EUA.


Missão Vietnã-China 13 - A missão ajudou a estimular a demanda e a preferência pelo algodão brasileiro em mercados competitivos. Permitiu também educar os clientes sobre os benefícios do algodão brasileiro e apresentou feedbacks valiosos sobre o nosso produto.


Missão Vietnã-China 14 - O intercâmbio foi promovido pelo Cotton Brazil, programa da Abrapa em parceria com ApexBrasil e Anea, que promove o algodão brasileiro internacionalmente.


Exportações - As exportações brasileiras de algodão somaram 156,7 mil tons até a 3ª semana de novembro. A média diária de embarque é 23,5% maior que a registrada no mesmo mês de 2023.


Beneficiamento 2023/24 - Até ontem (21/11), foram beneficiados no estado da BA (96%), GO (96,98%), MA (70%), MG (94%), MS (100%), MT (80,89%), PI (85,61%), PR (100%) e SP (100%). Total Brasil: 84,37%.


Plantio 2024/25 - Até ontem (21/11), a semeadura atingiu 45% no Paraná (PR) e 37% em São Paulo (SP). Total Brasil: 0,30%.


Preços - Consulte tabela abaixo 


Quadro de cotações para 21_111

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Safras projeta produção brasileira de algodão em 3,89 milhões t para 2024/25

22 de Novembro de 2024

Porto Alegre, 21 de novembro de 2024 – A semeadura da próxima safra brasileira começou timidamente e alcança apenas 0,17% da área projetada, segundo levantamento da Abrapa. Os trabalhos estão restritos aos estados do Paraná, com 45%, e São Paulo, com 19% semeado. A área plantada com algodão no Brasil deve voltar a crescer e avançar 7,9% na temporada 2024/25, alcançando 2,15 milhões de hectares, de acordo com projeções da Safras & Mercado. Esse número supera a estimativa da Conab, que aponta 2,00 milhões de hectares, e fica ligeiramente acima da projeção da Abrapa, que indica 2,14 milhões de hectares.


O crescimento expressivo da área plantada ocorre principalmente na Bahia e no Mato Grosso. Mesmo com um rendimento médio menor do que o alcançado na temporada atual, a produção brasileira de algodão tem potencial para atingir 3,89 milhões de toneladas em fibra. Isso representa um avanço de 5,6% em relação à produção colhida esse ano (23/24), que é estimada em 3,68 milhões de toneladas.


Mato Grosso


No Mato Grosso, o maior produtor de algodão do Brasil, a área plantada deve crescer 6,9%, alcançando 1,56 milhão de hectares, o que corresponde a 73% da área total de algodão do país. Essa projeção é baseada em dados do Imea, que ressalta o que o plantio de segunda safra corresponde a 82% do total da área. A primeira safra (safra verão) abrange apenas 18% do total semeado.


A queda no preço do milho, reduzindo a rentabilidade da cultura, tem impulsionado a retomada do plantio de algodão no estado, já que a fibra, apesar dos preços mais baixos, oferece uma rentabilidade financeira mais atraente. No entanto, a recuperação recente dos preços do milho e os custos elevados que envolvem a produção do algodão acaba inibindo um avanço mais expressivo no plantio de algodão.


O plantio de algodão envolve um volume financeiro significativo, o que acaba resultando em uma resposta produtiva mais lenta em comparação com outras culturas, como os grãos. A produção de algodão no Mato Grosso na safra 2024/25 deve alcançar 2,77 milhões de toneladas, representando um crescimento de 4,2% em relação a temporada passada.


Bahia


Na Bahia, o plantio da nova safra começa no final de novembro, após o período de vazio sanitário, que vai de 20 de setembro a 20 de novembro. A produção está concentrada no oeste do estado, que responde por 98% da área plantada. A área com algodão deve crescer 10%, alcançando 380 mil hectares, o que representa 18% da área total plantada com algodão no Brasil. A queda no preço da soja e, especialmente, do milho, tem gerado maior interesse pelo algodão, não apenas entre os produtores que anteriormente haviam substituído a fibra por grãos, mas também entre novos produtores. A produção na Bahia deve crescer 10% e alcançar 748 mil toneladas. Do total plantado no estado, cerca de 72% são cultivados em regime sequeiro, sendo os 28% restante em áreas irrigadas.


Juntos, Mato Grosso e Bahia são responsáveis por 90% da área total plantada com algodão no Brasil. Os 10% restantes estão pulverizados entre outros estados, com destaque para o crescimento do plantio de algodão em Minas Gerais e atenção a evolução em novas fronteiras agrícolas, como é o caso de Piauí e Maranhão.

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Produção de algodão deve atingir 3,89 milhões de toneladas no Brasil

Volume representa um crescimento de 5,6% em relação à última safra, diz consultoria

22 de Novembro de 2024

A produção brasileira de algodão na safra 2024/25 tem potencial para atingir 3,89 milhões de toneladas, aponta a projeção da Safras & Mercado. Isso representa um avanço de 5,6% em relação ao colhido em 2023/24, estimado em 3,68 milhões de toneladas.


A semeadura alcançou 0,17% da área projetada, segundo levantamento da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Os trabalhos estão restritos aos Estados do Paraná, com 45%, e São Paulo, com 19% semeado.


A área plantada deve crescer 7,9% na temporada 2024/25, com um total de 2,15 milhões de hectares, de acordo com projeções da Safras. Esse número supera a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que projeta 2 milhões de hectares, e fica no mesmo patamar da projeção da Abrapa, que indica 2,14 milhões de hectares. O crescimento da área plantada ocorre principalmente na Bahia e em Mato Grosso.


Mato Grosso


Em Mato Grosso, o maior produtor de algodão do Brasil, a área plantada deve crescer 6,9%, alcançando 1,56 milhão de hectares, o que corresponde a 73% da área total de algodão do país. A projeção é baseada em dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, que destaca que o plantio de segunda safra corresponde a 82% do total da área. Já a primeira safra abrange 18% do total semeado.


produção de algodão em Mato Grosso na safra 2024/25 deve alcançar 2,77 milhões de toneladas, o que significa um crescimento de 4,2% em relação à temporada passada.


Bahia


Na Bahia, a produção está concentrada no Oeste do Estado, que responde por 98% da área plantada. A área com algodão deve crescer 10%, em 380 mil hectares, o que representa 18% da área total plantada com algodão no Brasil. A queda no preço da soja e, especialmente, do milho, tem gerado maior interesse pelo algodão, não apenas entre os produtores que anteriormente haviam substituído a fibra por grãos, mas também entre novos produtores. A produção na Bahia deve crescer 10% e alcançar 748 mil toneladas.


Juntos, Mato Grosso e Bahia são responsáveis por 90% da área total plantada de algodão no Brasil. Os outros 10% estão divididos entre outros Estados, com destaque para o crescimento do plantio de algodão em Minas Gerais e evoluções relevantes em novas fronteiras agrícolas, como no Piauí e no Maranhão.

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